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Imagine que você irá fotografar um objeto que tenha apenas 5 cm, como um
grande grilo. Imagine agora que você fez um enquadramento bem fechado nele,
o colocando por inteiro dentro do fotograma, ou seja, o seu grilo terá uma
medida de 3,6 cm no filme, a medida de cada fotograma nas câmeras 35 mm.
Para calcular a ampliação é só dividir o tamanho do assunto no filme pelo
tamanho original do assunto, ou seja: 3,6/5,0 ~ 0,7. Pode-se falar então que a
ampliação foi 1:0,7 (1 para 0,7).
Você pode ainda querer uma ampliação maior ainda, pegando apenas 1,8 cm
do inseto, fazendo com que este espaço ocupe todo o fotograma. A ampliação
será 2:1, ou seja, o objeto terá o dobro do tamanho original quando olhado no
filme.
No mercado nacional encontramos diversos filmes para este uso, sendo que
pessoalmente aprecio muito o Fuji Provia 100F, que é extremamente fino e
possui uma boa sensibilidade, proporcionando uma ótima reprodução de
detalhes. Só não esqueça que os filmes reversíveis necessitam de uma
revelação diferente dos filmes negativos, então será necessário leva-lo a um
laboratório que faça esse tipo de revelação.
Para sanar este problema já que não são todos que podem adquirir uma lente
macro existem alguns acessórios que permitem um maior ampliação com o uso
de lentes normais. O acessório mais popular de todos é o filtro Close-up, que
como o próprio nome diz, permite que você chegue mais perto do assunto a ser
fotografado, proporcionando assim uma maior ampliação.
Os filtros close-up, que possuem sua potência indicada por dioptrias, sendo
os mais comuns os +1, +2, +3 e +4, são rosqueados diretamente na frente da
objetiva, sendo portanto encontrados em diferentes tamanhos e individualmente
ou em kits. Quanto maior o valor de dioptria mais próximo você poderá estar
focalizando. Você pode ainda utilizar mais que um filtro ao mesmo tempo,
sendo que sua potência final será a soma dos filtros utilizados. A vantagem
desse acessório é o custo, muito menor que uma lente macro e não há perda
de luminosidade. Como desvantagem esta sua qualidade ótica, principalmente
nas bordas da foto, sendo necessário ara minimizar este problema o uso de
pequenas aberturas de diafragmas. Existe ainda filtros close-up com mais de
um elemento ótico, permitindo assim uma melhor qualidade ótica, ma você irá
pagar por essa diferença.
Muitas vezes também se torna necessário o uso de um tripé, fazendo com que
a câmera fique mais firme e a fotografia não saia tremida. Em conjunto ao tripé
é sempre bom utilizar um cabo disparador, evitando assim que a câmera trema
ao ser acionado o seu botão disparador. Outro acessório útil nesta circunstância
é um trilho, também dificilmente encontrado no Brasil. O trilho permite que a
câmera seja movimentada para frente e para trás em pequenos movimentos,
permitindo assim um controle melhor do foco.
Faça um curso de macrofotografia e close-up
Fotografando em campo
- profundidade de campo
Quanto maior for a ampliação, menor será a profundidade de campo. Devido a
isso você terá de usar pequenas aberturas de diafragma, o que tornará
necessário o uso de velocidades baixas de disparo (lembre-se que os melhores
filmes são os pouco sensíveis!).
- foco
O foco em macrofotografia é muito crítico e, aliado à profundidade de campo
limitada, torna-se necessário um grande cuidado na hora de focalizar. Como
primeira dica, se sua máquina possui autofocus, desligue-o! Devido ao foco
muito limitado, qualquer movimentação fará o sistema de focagem automática
de sua máquina ficar maluco, indo para frente e para trás sem achar um ponto
ideal, portanto comece desligando-o! Outra sugestão é, ao invés de se
preocupar em ajustar o foco através do anel de foco, mantenha-o fixo e
movimente a câmera para frente e para trás. Apesar de estranho, este modo de
focalizar é muito mais simples e fácil. Olhando pelo visor e movimentando
levemente a câmera, quando o assunto estiver em foco é só disparar. Um
acessório que ajuda e muito nessa circunstância é o trilho, que permite
pequenos movimentos para frente e para trás mantendo a câmera fixa em um
tripé.
- iluminação
Devido ao problema da profundidade de campo limitada, sendo necessário o
uso de pequenas aberturas de diafragma, será necessário também o uso de
uma velocidade baixa de disparo, o que pode ser resolvido com o auxílio de um
bom tripé e um cabo disparador. No caso de se fotografar algo em movimento,
isso não será possível, sendo então necessário o uso de uma fonte externa de
luz, como um flash. Pode-se usar um ring-flash ou um flash simples. Com um
flash simples recomendo o uso de um cabo disparador e o posicionamento do
mesmo de modo que o assunto seja completamente iluminado, evitando a
formação de muitas sombras, o que ocorre se o mesmo for deixado em sua
posição padrão, sobre a câmera. Para facilitar o trabalho com o flash pode-se
comprar ou fazer em casa um bracket. Desse modo faz-se um prévio
posicionamento do flash, deixando para o momento da foto apenas a
preocupação com o enquadramento e foco.
- Círculo de medo
No caso de se fotografar plantas, rochas ou qualquer objeto estático isso não é
uma preocupação. Entretanto, no caso de fotografia de insetos, isso deve ser
sempre levado em conta. O círculo de medo é referente ao quão próximo um
inseto deixa que você se aproxime dele. Alguns insetos como formigas,
besouros, lagartas, grilos etc. não parecem se incomodar muito com a
aproximação de um fotógrafo. Já outros insetos, como as moscas, borboletas,
mariposas, libélulas etc. possuem um maior receio conosco, fotógrafos. Para se
fotografar esses insetos é necessário o uso de uma teleobjetiva, permitindo a
fotografia a uma maior distância e uma boa dose de sorte, relacionada com o
humor do inseto.
Uma surpresa boa em macrofotografia é achar uma bela flor sem nenhum
defeito em suas pétalas, um inseto diferente, colorido e calmo, texturas
diferentes e não dar de cara com uma forte chuva no caminho ou um tempo frio
de congelar os ossos. Além disso, os insetos não costumam gostar muito de
frio, quando desejar fotografa-los prefira os dias quentes e úmidos e, por esse
mesmo motivo, cuidado redobrado com o equipamento, que teme muito a
umidade.
Outra sugestão que muitas vezes é esquecida e responsável por uma saída
fotográfica se tornar uma saída frustrada é a vestimenta. Sempre que for
fotografar em meio à natureza procure não estar destoante com suas cores,
evitando estar com uma calça vermelha, uma camiseta amarela e boné verde
limão. Cores claras como o branco também não são recomendadas porque
além de chamarem muito a atenção em meio à natureza, sujam muito (chegará
um dia em que você terá de ajoelhar na lama para conseguir aquela foto,
lembre-se de mim nesse momento!). Prefira sempre roupas em tons verde e
beges e sempre compridas. Um colete fotográfico é outra dica útil, deixando
tudo com um acesso mais facilitado para você.
Tacio Philip - todos direitos reservados, proibida cópia sem prévia autorização
do autor
www.macrofotografia.com
TÉCNICA DA LENTE INVERTIDA
Flávia Maciel
cursos, workshops e safáris fotográficos - natureza e macrofotografia
Não é novidade alguma que na fotografia, seja amadora ou profissional, é
necessário usar a criatividade. Nos dias de hoje, quando tudo está muito caro, é
preciso usar a imaginação ao extremo!
O maior problema para maioria dos fotógrafos é o preço das objetivas. Mas tem
como dar um jeitinho pra algumas situações. Uma delas, é o macro.
Um abraço
Flávia Maciel
Para esse texto foram feitos vários testes e com isso chegamos a várias
conclusões. Também são mostradas as justificativas físicas/matemáticas para
os efeitos alcançados (não que isso seja importante para a fotografia em si,
mas é bom saber).
Exemplo:
Com o uso de uma lente 50 mm e um ET de 25 mm chegamos a seguinte
ampliação:
ampliação = 25/50 = 1/2
Ou seja, você consegue uma ampliação de 1/2, ou em outras palavras, de 1:2.
Exemplo:
Com o uso de uma lente 50 mm e um ET de 50 mm chegamos a seguinte
ampliação:
ampliação = 50/50 = 1
Ou seja, você consegue uma ampliação de 1, ou em outras palavras, de 1:1 ou
lifesize.
O TC, assim como os ET, são colocados entre o corpo da câmera e a lente a
ser utilizada. Vendidos normalmente nas 'potências' de 1.4x e 2x (sendo
encontrados às vezes 3x também), eles ampliam a distância focal da lente
utilizada pelo seu fator.
Exemplo:
Com o uso de uma lente 100 mm f2.8 macro que alcança 1:1 e com o uso de
um TC2x chegamos a:
distância focal = 100 mm x 2 = 200 mm
ampliação 1:1 = 1x2 = 2:1
abertura 2.8 x 2 = 5.6
Sua lente passa a se comportar como uma 200 mm f5.6 alcançando uma
ampliação de 2:1.
Uso combinado de ET e TC
extensão utilizada;
teleconversor utilizado;
ORDEM UTILIZADA.
Exemplo Uso de uma lente 100 mm + TC2x + ET56 (note que a ordem utilizada
é: lente 100 - TC - ET - corpo da câmera)
Para entender como será o resultado, vamos começar pensando na lente 100
mm + TC2x, obtendo assim o equivalente a uma lente 200 mm.
Agora vamos pensar com o ET56. Como visto acima, a ampliação com ET é:
ampliação = extensão / distância_focal = 56 / 200 = 0,28 vezes, ou pouco
menos de 1:3
Exemplo Uso de uma lente 100 mm + ET56 + TC2x (note que a ordem do ET e
TC entre a lente e a câmera foi invertida em relação ao exemplo anterior)
Vamos novamente pensar em partes, começando na lente 100 mm + ET56,
obtendo assim a seguinte ampliação:
ampliação = extensão / distância_focal = 56 / 100 = 0,56 vezes, ou pouco
menos de 1:2
Agora vamos pensar com o TC2x, obtendo agora:
ampliação = 0,56 x 2 = 1,12, ou seja, uma ampliação de 1,1:1
Nas fotos abaixo foi utilizada uma lente 100 mm em posição infinito de foco:
Exemplo Uso de uma lente 100 mm macro que por si só chegue a 1:1 + ET56
ampliação = extensão / distância_focal = 56+100 / 100 = 1,56 vezes
Exemplo Uso de uma lente 100 mm macro que por si só chegue a 1:2 + ET56
ampliação = extensão / distância_focal = 56+50 / 100 = 1,06 vezes
Exemplo Uso de uma lente 100 mm macro que por si só chegue a 1:1 + TC2x
ampliação 1 x 2 = 2 vezes = 2:1
Nas 5 fotos abaixo foi utilizada uma lente 100 mm macro em posição 1:2 de
ampliação.
sem acessório extra 20 mm ET TC 2x
20ET + TC2x TC2x + 20ET Nas fotos abaixo foi utilizada uma
lente 100 mm macro em posição 1:1.
O PASSO-A-PASSO DA MACROFOTOGRAFIA
Francisco Lopes Filho
Engenheiro Agrônomo e Fotógrafo
cursos, workshops e safáris fotográficos - natureza e macrofotografia
Muitos fotógrafos não gostam de fotografar o que normalmente os outros
enxergam no dia-a-dia. Vão mais além na busca de detalhes, procurando
compor com formas e cores, imagens que escapam da maneira convencional
de observação e interpretação. E a macrofotografia é uma prática ideal para
desvendar esse maravilhoso mundo que é a fotografia de aproximação.
A câmera
A câmera mais recomendável para se fazer macrofotos é a reflex, pois este tipo
de câmera permite trocar as lentes e usar a objetiva macro ou uma lente close-
up (de aproximação ., Esta última, por sinal, é muito utilizada por fotógrafos
iniciantes e por aqueles que têm poder aquisitivo mais baixo. Câmeras digitais
também podem ser usadas para se fazer macrofotos.
O filme
Um dos filmes mais adequados para fazer macrofotografia é o cromo (slide) de
baixa a média sensibilidade, como por exemplo, o de ISO 64 e ISO 100. Filmes
negativos também podem ser usados e são até mais baratos que o cromo. A
sensibilidade destes filmes também deve ser baixa, pois dá melhor contraste e
nitidez à imagem. Isso, no entanto, não invalida o uso de filmes de maior
sensibilidade como os de ISO 200 ou de ISO 400, mas normalmente
apresentam granulação na fotografia ao ser ampliada.
A focalização
Para focalizar, o método mais eficiente é por aproximação em relação ao
assunto. No início, dá um pouco de trabalho encontrar o foco. Uma mesa
“estativa”, um tripé ou monopé facilitam a focagem, pois mantêm a câmera
imóvel. Quando se utiliza uma mesa “estativa” é bom usar um cabo disparador
para evitar movimentar a câmera quando se aperta o disarador.
Profundidade de campo
Em macrofotografia a profundidade de campo é muito importante e depende da
objetiva e do grau de ampliação do assunto a ser fotografado. Quanto maior a
aproximação, menor é a profundidade de campo. Um dos “macetes” é utilizar
diafragmas bem fechados (f/16, f/22 ou f/32).
Fundo
É aconselhável preencher todo o quadro do visor com o assunto a ser
fotografado para evitar que sobre espaço na foto e apareçam outros detalhes.
Se o fundo for muito disperso e estiver atrapalhando, recomenda-se utilizar um
fundo neutro como, por exemplo, uma folha de cartolina colocada atrás do
objeto a ser fotografado.
Estas informações não esgotam o assunto. Outros detalhes podem ser obtidos
em livros, revistas e sites que tratam quase que somente de macrofotografia.
E-mail: f.lopesfilho@uol.com.brNO.SPAM
www.lopesfotografia.hpg.com.br