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Baruch Espinosa

Uma subversão filosófica: o homem e a liberdade

Marilena Chaui

I. MALEDICTUS

A 27 de julho de 1656, a assembléia dos anciãos que dirige a comunidade judaica de Amsterdã
promulga um herem (excomunhão, em hebraico), excluindo e banindo Espinosa, que, nessa
época, tem 24 anos.
Em 1670, aos 37 anos, Espinosa publica o Tratado Teológico-Político, impresso sem o nome do
autor. A obra se destina à defesa da liberdade de pensamento e de expressão. A 19 de julho de
1674, trazendo o brasão e as armas de Guilherme de Orange III, os Estados Gerais da Holanda,
sob orientação e exigência do Sínodo calvinista, promulgam um édito em que declaram o livro
pernicioso, venenoso e abominável para a verdadeira religião e para a paz da república, proibindo
sua impressão e divulgação.

Em 1678, um ano após a morte de Espinosa, um novo édito do governo da Holanda proíbe a
divulgação do conjunto de sua obra, publicada postumamente por seus amigos.

Afinal, o que dissera o jovem Espinosa - em 1656 -, o que escrevera o filósofo - em 1670 - e o que
deixara escrito - em 1678 -, para que fosse expulso da comunidade judaica e condenado pelas
autoridades cristãs? Por que alguns leitores, seus contemporâneos, afirmam estar diante de "nova
encarnação de Satã" e que seu nome, Benedictus em latim, deveria ser mudado para Maledictus?

A filosofia espinosana é a demolição do edifício filosófico-político erguido sobre o fundamento da


transcendência de Deus, da Natureza e da Razão, voltando-se também contra o voluntarismo
finalista que sustenta o imaginário da contingência nas ações divinas, naturais e humanas. A
filosofia de Espinosa demonstra que a imagem de Deus, como intelecto e vontade livre, e a do
homem, como animal racional e dotado de livre-arbítrio, agindo segundo fins, são imagens
nascidas do desconhecimento das verdadeiras causas e ações de todas as coisas. Essas noções
formam um sistema de crenças e de preconceitos gerado pelo medo e pela esperança,
sentimentos que dão origem à superstição, alimentando-a com a religião e conservando-a com a
teologia, de um lado, e o moralismo normativo dos filósofos, de outro.

II. DEUS, OU SEJA, A NATUREZA:


A FILOSOFIA DA IMANÊNCIA

A tradição teológica e metafísica ergueu-se sobre uma imagem de Deus, forjando a divindade
como pessoa transcendente (isso é, separada do mundo), dotada de vontade onipotente e
entendimento onisciente. Criadora de todas as coisas a partir do nada (confundindo Deus e a ação
dos artífices e artesãos), legisladora e monarca do universo, que pode - à maneira de um príncipe
que governa segundo seu arbítrio e capricho - suspender as leis naturais por atos extraordinários
de sua vontade (os milagres). Essa imagem faz de Deus um super-homem, que cria e governa
todos os seres de acordo com os desígnios ocultos de Sua vontade, a qual opera segundo fins
inalcançáveis por nosso entendimento.

Incompreensível, Deus se apresenta com qualidades humanas: bom, justo, misericordioso,


colérico, amoroso, vingador, que pune ou recompensa o homem, conforme este transgrida ou
obedeça aos decretos divinos, pois é dotado de livre-arbítrio ou de livre vontade para escolher
entre o bem e o mal.

Identificando liberdade e escolha voluntária e imaginando os objetos da escolha como contingentes


(isto é, como podendo ser ou não ser, serem estes ou outros, serem como são ou serem de outra
maneira), a tradição teológico-metafísica afirma que o mundo existe simplesmente porque Deus
assim o quis ou porque Sua vontade assim decidiu e escolheu, e poderia não existir ou ser
diferente do que é, se Deus assim houvesse escolhido.

Se o mundo é contingente, porque fruto de uma escolha contingente de Deus, então as leis da
Natureza e as verdades (como as da matemática) são, em si mesmas, contingentes, só se
tornando necessárias por um decreto de Deus que as conserva imutáveis. Assim, a necessidade
(isso é, o que só pode ser exatamente tal como é, sendo impossível que seja diferente do que é)
identifica-se com o ato divino de decretar leis, ou seja, a necessidade nada mais é senão a
autoridade de Deus. Compreende-se, então, porque tradicionalmente liberdade e necessidade
foram consideradas opostas e contrárias, pois a primeira é imaginada como escolha contingente de
alternativas também contingentes e a segunda, como decreto de uma autoridade absoluta. Donde
o mito do pecado original, quando o primeiro homem teria usado a liberdade (entendida como o
poder de escolha) para desobedecer aos mandamentos ou leis de Deus. Com esse mito, ergue-se
a imagem da liberdade humana como um poder para escolher o mal, porta aberta para nossa
perdição. A um Deus autoritário corresponde um homem decaído e desobediente, por culpa da
liberdade. Como, indaga Espinosa, foi possível tanta ignorância e superstição para transformar o
que temos de mais precioso - a liberdade - em culpa, perversidade e perigo?

Essa imagem de Deus, demonstra Espinosa em sua obra magna, a Ética, não é senão a projeção
antropomórfica de uma imagem do homem, confundindo propriedades humanas imaginárias com a
essência divina. Porque os homens se imaginam dotados de vontade livre ou livre-arbítrio
(imaginando que ser livre é poder escolher entre coisas ou situações opostas e agir segundo fins
escolhidos pela vontade). Porque imaginam que o verdadeiro poder é aquele que se separa dos
que a ele estão submetidos, dominando-os do alto e de fora. Porque imaginam a Natureza agindo
segundo fins e para servi-los, os homens imaginam Deus como arquiteto que constrói o mundo e
como príncipe que o governa. Se, portanto, quisermos alcançar o conhecimento verdadeiro da
essência e da potência divinas, precisamos ultrapassar esse imaginário e, ultrapassando a
imagem, chegar à idéia de Deus.

Espinosa parte de um conceito muito preciso, o de substância, isso é, de um ser que existe em si e
por si mesmo, que pode ser concebido em si e por si mesmo e sem o qual nada existe nem pode
ser concebido. Toda substância é substância por ser causa de si mesma (causa de sua essência,
de sua existência e da inteligibilidade de ambas) e, ao causar-se a si mesma, causa a existência e
a essência de todos os seres do universo. A substância é, pois, o absoluto ou uma realidade
absolutamente complexa, constituída de infinitas qualidades infinitas, cada uma das quais é uma
potência produtora ou agente que engendra por si mesma e de si mesma as múltiplas ordens de
realidade que formam o universo. A substância é a potência causal ou produtiva absolutamente
infinita de auto-produção e de produção de todas as coisas. É o que chamamos de Deus.

Ao causar-se a si mesmo, fazendo existir sua própria essência, Deus faz existir todas coisas
singulares que O exprimem, porque são efeitos de Sua potência infinita. Em outras palavras, a
potência produtora infinita é imanente aos seres produzidos, a causa é imanente ao efeito, porque
se exprime nele e ele a exprime. Deus não é uma causa transcendente, separada dos seres
singulares, mas é imanente a eles, pois eles são modos ou expressões do ser absoluto. À
substância e suas infinitas qualidades infinitas, enquanto atividade infinita que produz a totalidade
do real, Espinosa dá o nome de Natureza Naturante. O conjunto de todos os modos produzidos
pela substância Espinosa designa com o nome de Natureza Naturada. A totalidade constituída pela
Natureza Naturante e pela Natureza Naturada é Deus. Donde a célebre expressão espinosana:
Deus sive Natura. Deus, ou seja, a Natureza.

Das infinitas qualidades ou potências produtivas da substância, conhecemos duas: o Pensamento


e a Extensão. A atividade da potência do Pensamento produz idéias; a da Extensão, corpos. Idéias
e corpos são modos finitos imanentes à substância infinitamente infinita, exprimindo-a de maneira
determinada, segundo a ordem necessária que rege as relações entre todos os seres do universo.
Os seres humanos, constituídos pela união de um corpo e uma mente (ou uma idéia), são modos
finitos de Deus ou partes da natureza infinita de Deus.

Marilena Chaui
é filósofa e professora livre-docente da Universidade de São Paulo (USP)

Leia o texto completo na CULT 109

Marxilena Oiapoque, ops!, Marilena Chauí tem todo o direito de ser petista e manifestá-lo numa publicação de cunho
privado, mas fazê-lo denota a petralhice de sua figura, apesar de não ter assim se comportado, pelo menos não
desta vez. Porém é irresistível uma observação: Chauí falando de Ética, mesmo depois de todas as lambanças de
seu partido é de uma hipocrisia hilária e constrangedora, para os leitores,contudo só para os de sólida formação
moral e intelectual. E, quanto ao argumento que paira nas entrelinhas de alguns comentários de que defen- der
Marilena Chauí é ser do "bem", lembro-lhes que a vida é muito mais que Deus e diabo, e citando um filósofo -- este,
sim, de verdade -- muito conhecido de todos, Jean-Paul Sartre, "o inferno são os outros".
Giancarlo Galdino [07/12/2006 06:46:00]
giancarlogaldino@hotmail.com

Professora Chauí. Segundo está escrito em sua resenha: "A atividade da potência do Pensamento produz idéias; a
da Extensão, corpos. Idéias e corpos são modos finitos imanentes à substância INFINITAMENTE INFINITA...".
Pergunto, que diabos é "substância infinitamente infinita?! Será que a infinitude necessita de superlativo? Será que
ela não se basta em si mesma? Seria redundância ou pleonasmo estilístico? E mais: "Os seres humanos,
constituídos pela união de um corpo e uma mente (ou uma idéia), são modos finitos de Deus ou partes da natureza
infinita de Deus". Por que precisa ser tão rebuscada em termos linguísticos se bastaria simplesmente dizer que
Espinosa não passa de um gnóstico?
Ahmed Islam [07/12/2006 02:56:19]
hermanoembrazil@uol.com.br
Quer saber mais e ter um verdadeiro contato com o Espinosa? Leve vela 1/2 preta 1/2 vermelha, frango novo e forte
(pena preta e pescoço pelado), charuto baiano (se cubano melhor), aguardente de primeira, farofa rica com toucinho
etc... e outras coisas que pra quem entende de filosofia não precisa ficar explicando. Leve tudo para o endereço:
Travessa do Forte, cruza com Emiliano Perneta, às 00:00 do aniversário do dito filósofo (24 de novembro). O contato
será porreta. Você vai ficar sabendo tudo e mais um pouco. Esse negócio de Marilena Chauí não está com nada. Ela
nunca fez despacho conforme o recomendado. Daí a sapiência dela sobre o Espi ser livresca e absolutamente
distante do que ele quiz dizer. O que ele disse só é acessível por intermédio dessa mesa branquíssima. Venham
todos vocês. Quem puder mais vai chorar menos. Hete o Doxo
Ortodoxo mas heterodoxo [07/12/2006 01:28:22]
orto&hetero@doxo.gov.br

Boa noite! Sem comentários para essa maravilhosa filósofa brasileira Marilena. Felicidades, um feliz natal e ano
novo.
maria amélia [07/12/2006 00:35:52]
miriam.lia@uol.com.br

Vale a pena comparar os argumentos de Olavo e Marilena.


Rcesar [07/12/2006 00:24:02]
rcesarfs@gmail.com

Bom texto... para um bacharel em filosofia. Resenhar filósofos é uma atividade nobre, não porém para filósofos.
Filósofo filosofa. Simples assim. Melhor ficarmos com o frango desfiado das receitas.
Dialogar [07/12/2006 00:15:32]
dialogando@ig.com.br

MI DISCULPEM ATRAPALIAR O DESCANSSU DOS SENHORES,É QUE EU PODERIA TÁ


ROUBANU,MATANU,CHEIRANU,FUMANU...MAS EU TÔ AÍ NA BATALIA PÁ GARANTI O PÃO DAS CRIANSSA E
POR CAUSO DIÇU EU PESSO ,COM TODO RESPEITU, UM MINUTINHU DA SUA ATENSÃO PÁ PIDI UMA
AJUDAR QUALQUÉ ,(CAVALO DADO NÃO SE OLHA OS DENTE),UM TROCADINHO,PERO AMOR DI DEUS!!!!!
FIQUA COM DEUS AÊ E OBRIGADO PELA ATENSÃO,COÉ MOTÔ VÔ DEÇE AÊ! VLW FIEL!! EI! QUEM É ESSE
TAL DE OLAVO DI CARVALIO??É UM PASTÔ DI IGREJA?
Renato P. de Almeida [ren] [07/12/2006 00:12:32]
dirtbreadwithegg@hotmail.com

Ah, os ressentidos da direita...ha ha ha morram!


Geraldo P. Mello [06/12/2006 23:59:40]
gmello@terra.com.br

Já diria Goethe: "A arte não é para todos, se for para todos, então não é arte". Com a filosofia se dá o mesmo e nos
tempos atuais, onde qualquer um emite sua opinião anonimamente e sem nenhuma responsabilidade, nos
deparamos com essas fanfarrices virtuais: temos o trigo e o joio na mesma tela. Mas que se importa? Lugar de
intelectual nunca foi tela de PC mesmo...
Niva Lisboa [06/12/2006 23:52:16]
nivalisboa@gmail.com

marxilena chaui contra o complô da mídia. que feio defender mensaleiros. só posso imaginar uma razão
marx [06/12/2006 23:36:23]
chaui@mensalao.com
Admiro qualquer produção literária no Brasil,no entanto, quanto ao trabalho de alguns intelectuais como Leonardo
Boff e Marilena Chauí causa-me profunda tristeza, pois os mesmos, nos últimos anos, direcionaram suas produções
para aspectos prioritariamente academicistas. Produzem livros para serem vendidos e não para construir o
conhecimento brasileiro. A distinta filosofa, em suas primeiras produções, assim como Boff, muito contribuiu para o
enriquecimento cultural de nosso país. Espero que não fujam da linha assumida em tempos de outrora, nem sejam
meros professores de cátedras, porém, intelectuais orgânicos que façam a diferença e não reescritores de filósofos
passados. Todavia, enquanto em nossa língua as traduções ou mesmo produções sobre os grandes filosofo são
raros, escrever sobre Spinosa tem sua importância. Gostaria que aos iniciantes no saber, ou seja , os estudantes e
graduandos, estivesse a incumbência de produzir comentários ou biografias sobre esses sábios e não a uma filosofa
já renomada. Sua originalidade se vê diminuída diante de tão insignificante oficio de copista. Alan Rocha dos Santos
(pedagogo) [06/12/2006 20:28:04] (comentário corrigido e acrescentado) tianat2@hotmail.com
Alan Rocha dos Santos [06/12/2006 23:21:04]
tianat2@hotmail.com

Parabéns,pelo texto maravilhoso


Marilene [06/12/2006 23:20:38]
marilene-diniz@bol.com.br

VENDO VOYAGE 88 1.8, SEMI-NOVO. PNEUS NOVOS E RETROVISOR ESQUERDO. R$2.800,00. ACEITO
TROCAS. FINANCIO. TRATAR COM PAULINHO DA FORÇA 6846-5999
Paulinho Da Força [06/12/2006 23:15:54]
paulinho@mst.org.br

Se quando o Lula fala o céu fica iluminado... Chaui é um apagão geral


Lourival Cardoso [06/12/2006 23:10:45]
lourival.cardoso@uol.com.br

Professora, muito bom o seu livro. Fiz uma galinha desfiada no último domingo e o pessoal adorou! Continue assim,
difundindo seu notável conhecimento! Um beijão
Gustavo [06/12/2006 23:07:59]
gusta@gmail.com

Pense o que quiser,mas, a Grandesa do homem não é o pensamento,e sim, Deus!


cláudio [06/12/2006 23:05:39]
Csc_claudio@hotmail.com

Gente! Pelo amor de Deus! Não comentem mais sobre o tal filósofo que iniciou esse debate, não toquem mais no
nome dele. Que vergonha! Um suposto intelectual, o tal, faz promoção pessoal na parte de um comentário de um
texto. Ele, o tal filósofo, é ridículo ao extremo, não é comentado e nem discutido nas universidades brasileiras,
ninguém fala dele. Num artigo de O GLOBO, quando esse jornal deixou essa besta humana publicar alguma coisa,
ele escreveu que há um "complô internacional socialista para dominar o mundo". Por favor, esqueçam esse homem,
não falem mais nele. Parabéns filósofa! Obrigado por suas contribuições.
Marcelo Coelho [06/12/2006 22:35:58]
super.prof@uol.com.br

Quando se discute sobre a carga fundamentalista que dirige as nossas vidas, atacam-se as pessoas e perdem-se do
texto. Deus é certeza para muitos emquanto a miséria prospera. Os ricos agradecem.
Mauro Serra [06/12/2006 21:34:45]
adv.mauroserra@bol.com.br

Espinosa pretende demonstrar sua tese à moda dos geômetras, ligando palavra com palavra. Na geometria, isso só
"funciona" porque nela se trabalha ligando desenho com nome, de maneira bem simplória, ou seja, mal engrena na
geometria quem dirá na filosofia. Além de soltar umas pérolas do tipo "deus é causa de si" rs. A Marilena nunca foi
marxista porque no Brasil isso não existe. Aqui, no corpo, todo mundo é oligarca-paternalista, já na garganta os
discursos variam como roupas, tem pra todo gosto.
Luciano (ex-aluno) [06/12/2006 20:47:44]
marraluc3@uol.com.br

pena que a professora marilena esteja levantando a bandeira do mesmo sabendo de toda a corrupção. isso é uma
lástima
pedro [06/12/2006 20:45:53]
pdro@hotmail.com

Admiro qualquer produção literária no Brasil,no entanto quanto ao trabalho de alguns intelectuais como Leonardo
Boff e Marilena Chauí me causam tristeza, pois os mesmos, nos ultimos anos, direcionaram suas produçoes para
aspectos academicistas de mais, produzem livros para sem vendidos e nao para construir o conhecimento brasileiro.
A distinta filosofa, em suas primeiras produçoes, assim como Boff, muito contribuiu para o enriquecimento cultural de
nosso país. Espero que nao fujam da linha assumida em tempos de outrora, nao sejam meros professos de
catredas, mais sim, intelectuais orgânicos que façam a difereça e nao reescritores de filosofos passados.
Alan Rocha dos Sanos [06/12/2006 20:28:04]
tianat2@hotmail.com

Li o texto pq aprecio Marilena Chauí e me fez lembrar um versículo bíblico: "porque desde a criação do mundo, os
atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, sendo percebidos nas
coisas criadas". Rom 1:20
Tamara [06/12/2006 20:22:43]
ide.tamara@uol.com.br

Gostaria de destacar a importância da inserção histórica na análise do mérito e da realização de cada homem e
mulher. Os que criticam os Clássicos Gregos esquecem que foram escritos na Idade do Bronze, Baruch levantou
uma voz dissidente pela Razão quando ainda era comum queimarem as pessoas em praça pública por muito menos
do que isso, daí seu grande valor, sem diminuir seus demais méritos. O estudo da Filosofia e do pensamento do
Homem não podem ser dissociados de sua evolução tecnológica, econômica, política e social. Da mesma forma
Marilena Chauí, por suas contribuições, escolhas e posicionamentos, será avaliada pela História. Como "Filho da
PUC" dos anos 80, particularmente me senti enojado e traído por seu maquiavelismo pragmático, hoje, a considero
um pária enquanto filósofa. Fala de Spinoza e trai seu espírito.
Jorge Araujo [06/12/2006 20:22:21]
araujo_jrl@hotmail.com

"Discípula bastarda do filósofo holandês, a uspiana Marilena Chauí mostra que é filha legítima de Marx e transforma
Espinosa num militante do MST" Se isto for mesmo uma amostra das idéias da ala dita intelectual Brasileira, então
nosso país não tem mesmo nenhuma esperança. É admissível que um sujeito que supostamente tem boa cultura
filosófica se expresse como adolescente ou crie polêmicas usando e abusando de falácias (vejam no site)? Para
esclarecer os Trolls de plantao que gostam de atirar adHominens a torto e direito, adianto que não sou partidario das
idéias de Marilena Chauí, Karl Marx e muito menos da direita, portanto o fato de criticar Olavo não me classifica
automaticamente como seguidor dela ou adepto da esquerda - nonSequitur. Acho que fui bem claro.
nonononon [06/12/2006 20:03:20]
x@y.z

Eu não entendo de Filosofia. Por causa disso, iniciei um estudo sério sobre a matéria, para ver se eu consigo
aprender um pouquinho, já que todo mundo fala tanto e está em moda atualmente. Até comprei um livro acerca do
blá-blá-blá intrincado deste tal marrano sabichão (O judeu Baruch de Espinhosa)- dizem que o tema central da
Filosofia do cara é remover Deus - escrito pela tal professora. Dizem que ela é comunista de carteirinha, e que
quando aconteceu aquela corrupção toda envolvendo o PT e Roberto Jeferson, deu a maior vontade nela de ficar
calada e não explicar coisa nenhuma. Tendo esse silêncio todo sido intitulado "o silêncio dos intelectuais". Não sei se
agora dona Chauí está em silêncio, boquiaberta ou se voltou a tagarelar. Vamos a ver.
Ahmed Islam [06/12/2006 19:57:21]
hermanoembrazil@uol.com.br

Penso, que não se deve confundir a nobre professora com a política partidária que ela defende. Como neurologista
(UNIFESP), neurocirurgião (9 de Julho), neuroradiologista (Sírio-Libanes), e estudante-pesquisador das
neurociências, acabei de fazer uma crônica sobre Espinoza, agradecendo a ele por ter sido o pai da neurobiologia,
base atual das neurociências, a medicina da esperança de dias melhores, juntamente com o genoma.A gratidão, é a
memória do coração. Por isso, não esqueço Bento Espinoza. (eca!)
Jorgson Ksam [06/12/2006 19:28:05]
jgs.sp@terra.com.br

Eu acredito em Olavo de Carvalho. Uma coisa é fazer propaganda, outra coisa é deixar sua opinião. É um direito
dele fazer isso e justificar a mesma colocando o link do site dele com a justificativa.
leandro [06/12/2006 19:12:20]
l.leandro@hotmail.com

Esta obra ainda não está a altura do povo brasileiro que ainda perpetua mais de noventa por cento de analfabetos e
ignorates.
Wilson Pacheco [06/12/2006 18:46:24]
drp.rep@uol.com.br

SOFISTA e da pior especie,engajada !! Do tipo que encerra o pensamento em CAVERNAS para depois ,acabar por
encerrar PESSOAS em cavernas ! Mas até chegarmos a isto ela já será embaixadora em Parrí!
Paulo Boccato [06/12/2006 18:41:33]
pofboccato@yahoo.com.br

Se por um lado é preciso reconhecer que Chauí é bem didática e clara ao expor
os princípios fundamentais do pensamento spinoziano, por outro, é preciso
lembrar que ela tenta o transformar num mártir injusticado. Faltou para a Chauí
mostrar claramente que o spinozismo nao passa de um panteísmo disfarcado e,
por isso, perfeitamente conciliavel com o marxismo da autora. Alguns
comentandores nao entenderam nada, como um aí que falou que o texto tem
Deus demais, ou seja, ele nao entendeu nada ou os outros que foram pouco
educados. Chauí é uma sofista, mas o ataque tem que ser com argumentos e nao
com ofensas.
Joaquim Geerlach [06/12/2006 18:11:02]
fqneto@uol.com.br
Seria um prazer ser "filho legítimo" de Marx ! A obra continua... Parabéns a filósofa pelo texto ! Salve Baruch !
Marcos Alexandre [06/12/2006 17:56:10]
phgmate@hotmail.com

Estudo doutorado na sorbonne, nao sou filosofo sou geografo. Mas posso dizer com certeza Marilena chaui eh umas
das mais respeitadas cirntistas brasileiras no exterior Aqui na sorbonne ela considerada a maior especialista em
Espinosa no mundo> Aqui Marilena chaui 'e um nome de fato. O texto q fez na revista cult mostra sua capacidade,
inteligencia e brilhantismo tratar de espinosa de forma tao simples e clara faz desta intelectual brasileira um pessoa
que merece todo nosso respeito. pessoas vulgares falam dos outros pessoas comuns falam de fatos pessoas
inteligentes falam de id'eias pensem nisso> (diploma de burrice!)
Adilson guaiati [06/12/2006 17:31:42]
quaiat@hotmail.com

Corajosa ou será apenas cara-de-pau da senhora Oiapoque? "Espinosa" esta missão de se saber se a mesma ainda
possue ainda alguma credibilidade intelectual nas coisas que diz e escreve! Filosofa engajada só produz farofa
salgada ,sendo doce ,só ao paladar de quem a ela ou dela se serve !!
Paulo Boccato [06/12/2006 17:18:56]
pofboccato@yahoo.com.br

Na concepção de Spinosa apenas se vê uma contestação a uma interpretação possível de Deus e uma
contraposição no sentido de dar maior relevância à imanescia "natureza" em relação à transcendência " espírito".
Primeiramente não significa uma negação da existência de Deus mas uma concepção contraditória já que aponta
para uma resolução mateiralista e natural. Coisas da época em que viveu. Quanto ao artigo acho que faltou um
posicionamento mais claro. Mas também não cabe execrar a Marilena pelos erros do PT.
Ismael Pescarini [06/12/2006 17:13:22]
islum@uol.com.br

A sra. Chauí é uma criatura pretensiosa. Não é filósofa, é professora de filosofia. Mas como em terra de cego quem
tem um olho é rei, no Brasil, onde se desconhece filosofia e qualquer outra coisa, chamam-na "filósofa", e ela,
vaidosa, acredita nisso. Não produziu uma linha original sequer. Devia seguir o exemplo do professor Maunuel
Garcia Moriente, muito melhor do que ela: quando seus alunos insistiam em chamá-lo filósofo, dizia, com humildade
"yo no soy ya filosofo, pero filosofilo" (eu não sou filósofo, sou amigo da filosofia). Esta lição serve a ela e muitos
outros intelectualóides tupiniquins.
Paulo F. D. Feres [06/12/2006 16:57:58]
paulo.feres@uol.com.br

No PT, os intelectuais e os símbolos de honestidade são usados como decoração do bolo mas quem dirige mesmo é
o Campo Majoritário e outras panelinhas. Acho lamentável que um intelectual que se pretende ter algum relevo sirva
de enfeite ou para dar um charme intelectual a um partido populista e sem ética como têm se mostrado o PT. Acho
que ela seria mas sincera se assumisse logo Marx e não fosse se esconder em Spinoza.
Raquel Willem Machado [06/12/2006 16:52:50]
rwmpro@yahoo.com

Ainda bem que ninguém em sã consciência leva a sério Olavo de Carvalho.


Tarso Cabral Violin [06/12/2006 16:32:29]
tarsocv@uol.com.br

ACHO ESSA TAL DE MARILENA UMA LOUCA DESOCUPADA. QUE PERDA DE TEMPO ESCREVER UM ARTIGO
SOBRE ALGUÉM QUE TAMBÉM ERA MALUCO. ALÉM DO QUE SOUBE QUE ELA É UMA DESSAS PETISTAS
QUE NUNCA TRABALHOU NA VIDA. E PRONTO.
paulo [06/12/2006 16:24:10]
trykol@bol.com.br

a confusão que a ciência comete é de querer ver deus como se fosse a natureza. Mas é justamente essa posição
materialista é que está destruindo o mundo. enquanto não percebermos que a natureza vai além da matéria, e que
só com a compreensão científica da energia essencial que forma a matéria, poderemos resolver os problemas
tecnológicos, que a nossa tecnologia atrasada e perversa nos impôs. O que destrói o nosso planeta, é justamente a
nossa inveja diante do criador, como Espinosa defende, que nos leva a uma tecnologia medíocre e destrutiva.
fernando frascari [06/12/2006 16:08:46]
marfmogi@uol.com.br

Leram a 13ª Carta de Voltaire, não? Então leiam! Ou seja, PTralha Chaui, diz coisas absurdas para que possamos
considerá-la filósofa. Li em um texto dela, que: "a internet é perigosa, sugere, cautela e, é para precavermo-nos".
Então para os PTralhas, algo de lógica e filosofia: Cara Doutora, sem querer importuná-la, veja só que preciosidade
da MEDICINA: "Das Leis Quanto à sua Relação com o número de habitantes - XXIX. DOS HOSPITAIS (do lat. tard.
hospitale, "hospedaria"): Um homem não é pobre pelo fato de nada possuir, mas porque não trabalha. Aquele que
não têm nenhum bem e que trabalha, vive com tanto conforto quanto aquele que possui cem escudos de renda sem
trabalhar... ...Mas, quando a nação é pobre, a pobreza particular deriva da miséria geral; e é ela (a miséria
particular), por assim dizer, a miséria geral. Todos os hospitais (do lat. tard. hospitale, "hospedaria") do mundo não
poderiam sanar essa pobreza particular; pelo contrário, o espírito de indolência que eles (hospitais ou hospedaria)
inspiram aumenta a pobreza geral e, por conseguinte, a particular.
luiz [06/12/2006 15:59:02]
clickluiz@uol.com.br

Essa senhora, Marilena Chauí deveria ser processada por exercício ilegal da profissão. Isso dá cadêia!! Essa
senhora está gozando com a nossa cara. Ah se Espinosa fosse vivo, essa senhora estaria agora às voltas com a
justiça. Com certeza esse e-mail não será publicado!
Hipólito Arbaulle [06/12/2006 15:41:24]
baulle@zipmail.com.br

Discípula bastarda do filósofo holandês, a uspiana Marilena Chauí mostra que é filha legítima de Marx e
transforma Espinosa num militante do MST: http://www.olavodecarvalho.org/convidados/jmaria2.htm
Olavo de Carvalho [06/12/2006 15:40:54]
olavo@olavodecarvalho.org

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