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TRANSCRANIANA

Introdução
As regiões da ATM são de difícil visualização nas técnicas convencionais, pois são
relativamente limitadas para a anatomia da região. As imagens radiográficas da ATM são
importantes para a avaliação de distúrbios relacionados a ela. Sabe-se que atualmente, a
região da ATM é de vital importância para quase todas as áreas da odontologia, por isso
pode-se contar com exames que possam oferecer imagens detalhadas dos componentes
da ATM, como as radiografias transcranianas que têm como vantagens sua praticidade,
custo, rapidez na visualização das condições ósseas e do posicionamento dos côndilos
na articulação. Esse exame possibilita analisar mudanças de forma, deslocamentos de
disco e outras alterações relacionadas, levando a um tratamento mais especializado e
condizente.
Quando a técnica radiográfica transcraniana não fornece os resultados esperados,
exames como ressonância magnética e tomografia computadorizada são necessários
para a formação e complementação do diagnóstico.

Objetivo
O trabalho tem como objetivo a avaliação das técnicas radiográficas transcranianas, bem
como, suas indicações, posicionamento , informações para um diagnóstico de distúrbios
da ATM e visualização relacionadas a ela.

Conceito
A técnica radiográfica transcraniana tem sido indicada por ser de fácil realização em
consultórios, pois, não exige equipamentos sofisticados e auxilia a avaliação da ATM.
Alguns autores indicam também como orientadores para diagnóstico e tratamentos de
determinadas situações oclusais (TAKAHASHI e BOTTINO 1997). É uma técnica que
possibilita a visualização da Articulação temporomandibular. Essa técnica recebe este
nome devido a passagem de raios X do lado direito do crânio para visualização da ATM
do lado esquerdo e vice versa.
A técnica se fundamenta na realização de 3 radiografias para cada ATM do paciente, em 3
posições diferentes: repouso, MIH (máxima intercuspidação habitual) e abertura máxima.
Registrando as 6 imagens em um mesmo filme. O filme contendo as imagens
radiográficas dispostas desta maneira permite uma melhor visualização de grau de
movimentação da articulação, de suas estruturas e seu relacionamento com a fossa
articular.
Indicação da Técnica
A técnica transcraniana é indicada principalmente para pacientes que apresentam
disfunção dolorosa da ATM e desarranjos internos da articulação que produzem dor,
estalido e limitações de abertura; investigar o tamanho, a posição do disco e o grau de
movimento das articulações.

Técnica Lateral transcraniana de Gillis


O paciente deve estar com o plano de Camper paralelo ao plano horizontal e os raios
centrais do feixe de radiação tenham sua incidência num ponto localizado meia polegada
(1,27 cm) à frente e duas polegadas (5,02 cm) acima do meato acústico externo e dirigido
no sentido da articulação temporomandibular ao lado oposto.

Técnica lateral transcraniana de Grewcok


O plano de orientação utilizado é o de Frankfurt paralelo ao plano horizontal e o ponto de
entrada do feixe central da radiação deve estar situado a uma polegada (2,54 cm) acima
do meato acústico externo. O feixe central de radiação deve ser dirigido para a articulação
temporomandibular do lado oposto.

Técnica lateral transcraniana de Lindblon


A cabeça do paciente deve ter como orientação o plano de Camper, O ponto preconizado
para a incidência do feixe central da radiação é 2 cm atrás e 6 cm acima do meato
acústico externo e dirigido para a articulação temporomandibular do lado oposto,

Técnica lateral transcraniana de Updegrave


A preocupação maior na tomada de radiografias da articulação temporomandibular por
esta técnica, é posicionar a cabeça do paciente no suporte e colocação correta do
cabeçote do aparelho de Raios-X, conforme a orientação da haste, sem se importar com
o ponto de entrada do feixe central da radiação, mais tendo a articulação
temporomandibular do lado oposto como alvo.

Tempo e Distância
O tempo de exposição indicado nas técnicas acima, varia de 6 a 10 segundos, a distância
da área focal com o filme é de aproximadamente 20 centímetros e o tempo de revelação
dependera da câmera escura. Apesar da técnica de Updegrave divergir quantos aos
princípios fundamentais, com respeito ao ponto de entrada dos raios centrais dos feixes
de radiação, ela também recebe a mesma indicação das demais.

Estruturas Anatômicas Visualizadas


Aspecto lateral da fossa mandibular
• Aspecto lateral da eminência articular
• Aspecto lateral do espaço articular
• Aspecto lateral do côndilo
• Aspecto lateral do tubérculo articular e pós glenoíde
• Incisura da mandíbula
• Meato acústico externo
• Parte petrosa do osso temporal

Descrição da Técnica
Para a realização da técnica transcraniana utiliza-se
• Filme 13x18 e 18x30
• Ecrans intensificadores no chassi
• Distância foco-filme de aproximadamente 20 m
• Tempo de exposição de aproximadamente 1,6 s
• Revelação em 3 min a 20º C
Devido às variações anatômicas individuais existentes é necessário que o ponto de
entrada dos raios x acompanhe o longo eixo do côndilo a ser radiografado para que se
consiga a projeção mais adequada dos côndilos da mandíbula.
Referências Bibliográficas
Curso de radiologia em Odontologia, 4º Edição Luiz Casati Álvares e Orivaldo Tavano
Santos, livraria Editora. 1998

Radiologia bucal. Técnicas e interpretação Leônidas de Freitas.


Pancast editorial. 1992

Radiologia Odontológica, 4º edição, Agnaldo de Freitas, José Edu Rosa, Idéo Faria e
Souza1998. Editora Artes Médicas

TAKAHASHI, F.E., BOTTINO, M.A. Disfunção craniomandibular e sua correlação com


radiografias transcraniana da articulação temporomandibular: estudo comparativo entre
indivíduos portadores de sintomas severos pelo índice de Helkimo e indivíduos
assintomáticos.

CASTILHO, J.C , M, et al . Estudo comparativo da técnica transcraniana lateral da


articulação temporomandibular (ATM)- técnica convencional e técnica corrigida (USO DO
ACCURAD-200)

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