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br
É pouco, mas é um pouco mais
N
este mês, além aos anunciantes. Na edição passada, por
de acompanhar os Paulatinamente, vamos im- exemplo, no acato de suges-
mais importantes plantando inovações e fica- tões, passamos a incluir no
eventos relacionados a emba- mos felizes ao ver que são final da revista um Índice
lagem no Brasil, a equipe de bem recebidas. Gostaríamos de Anunciantes. Para facilitar
EMBALAGEMMARCA estará de realizar de uma só vez o a aproximação entre eles e
presente nas feiras Label- grande número de projetos os possíveis interessados em
Wilson Palhares expo Europe, em Bruxelas, que temos. Mas, assim como entrar em contato, ou localizar
na Bélgica, Pack Expo Las o próprio projeto da revis- rapidamente seus anúncios,
Cobrindo eventos no Vegas, nos Estados Unidos, ta em si levou algum tempo não nos limitamos a informar
exterior, cumprimos e Envase/Alimentek, na vizi- para se consolidar, com deta- nomes e números de páginas.
de forma mais nha Buenos Aires (nesta, lhes introduzidos edição por Colocamos também seus tele-
com estande). Com essas edição, novidades de maior fones e endereços na internet
abrangente o dever
viagens de trabalho, não só impacto virão a seu tempo (confira na pág. 64). Pode
de informar e vamos
cumprimos de forma mais (uma delas para breve). Temos ser pouco, mas é um pouco
formando um
abrangente o dever de infor- a preocupação de fazer as mais. Entendemos que é bom
precioso banco de mar com acuidade, mas esta- coisas depois de bem testadas para nossos clientes, isto é,
dados a serviço mos formando um precioso e com plena consciência de os anunciantes, que querem
de nossos clientes, banco de dados que, com o que nunca estão completas, vender, e em maior número
os anunciantes tempo, transformaremos em podendo sempre ser corrigi- os leitores, que podem decidir
e os leitores mais serviços aos leitores e das e aperfeiçoadas. as compras.
nº 73 • setembro 2005
Diretor de Redação
Wilson Palhares
10 Águas Minerais
Ao comemorar dez anos, marca
Crystal aposta em embalagens
30 Cerâmica
Cerveja de prestígio americana,
envelhecida onze anos e
palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem
ergonômicas para reforçar comercializada por 100 dólares, Flávio Palhares
tributos e consolidar liderança ganha mercado em garrafa de flavio@embalagemmarca.com.br
cerâmica made in Brazil Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
12 Cervejas
AmBev lança nova versão de
Bohemia explorando garrafas 32 Chás prontos
Leão Junior proporciona à
Leandro Haberli Silva
leandro@embalagemmarca.com.br
pintadas com processo decorati- Marca Brasil sua primeira Departamento de Arte
vo inspirado na alta perfumaria utilização em rótulos de uma Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
linha regular de produtos, arte@embalagemmarca.com.br
a de chás para exportação José Hiroshi Taniguti (Assistente)
Departamento Comercial
afiam a competição num Embalagem revelam crescimen-
comercial@embalagemmarca.com.br
mercado historicamente to do esmero técnico dos proje-
tos nacionais de embalagem Karin Trojan
regido por oligopólios – em
Wagner Ferreira
produção e em embalagem
46
Circulação e Assinaturas
Entrevista: Guido Pelizzari Marcella de Freitas Monteiro
Presidente da Câmara Setorial assinaturas@embalagemmarca.com.br
de Máquinas e Acessórios Assinatura anual: R$ 90,00
para a Indústria do Plástico
(CSMAIP), ligada à Abimaq, Público-Alvo
analisa invasão de equipamentos EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
asiáticos no mercado brasileiro que ocupam cargos de direção, gerência
e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
52
envolvidos com o desenvolvimento de
Plásticos
embalagens e com poder de decisão colo-
Xampu contra queda de
cados principalmente nas indústrias de bens
cabelos inova com frasco e de consumo, tais como alimentos, bebidas,
tampa de rápida degradação cosméticos e medicamentos.
24 Bebidas
Aumento dos índices de
consumo, fusões e nova
Filiada ao
onda de lançamentos
colocam mercado de sucos
no centro das atenções
de simbolizar a marca,
superfície em relevo
facilita a pega. Na
foto menor, o novo
molde nas versões
de 1,5 litro e 510ml
Alcoa
(11) 4195-3727
www.alcoa.com.br
Converplast
(11) 64621177
www.converplast.com.br
Engepack
(11) 3848-8800
www.engepack.com.br
Müller Camacho
(11) 3819-4417
www.mullercamacho.com.br
Visual de cerâmica
Bohemia Confraria explora garrafas com pintura vitrificada
C
arro-chefe do portfólio de cerve-
jas premium da AmBev, a marca
Bohemia é responsável por lances
importantes na história recente da
embalagem de luxo no Brasil. Ao evidenciar
visualmente suas qualidades e conquistar con-
sumidores dispostos a pagar mais por novos
tipos da bebida, cervejas como Bohemia Weiss
e Bohemia Escura, lançadas como edições
especiais e hoje integrantes do portfólio da
marca, provaram que há espaço para as grandes
cervejarias investirem em garrafas e acessórios
de acondicionamento de alto valor agregado.
Mantendo a tática de enaltecer e diferenciar
visualmente suas cervejas premium, a AmBev
lançou em garrafa especial uma nova edição
limitada de Bohemia. Batizada de Confraria, a
cerveja é do tipo abadia, o que significa que sua
fórmula é inspirada nas antigas receitas e regis-
tros históricos de mosteiros (ver quadro).
O produto está sendo vendido em garrafas
de 550ml fabricadas pela vidraria Saint-Gobain
em Porto Ferreira (SP). Um dos destaques é o
sistema de pintura das embalagens. Inspirado OPACAS –
Pintadas, as
em cervejas estrangeiras distribuídas em gar- garrafas contribuem
FOTO: DIVULGAÇÃO
rafas artesanais, o processo proporciona ao para preservar a
vidro a aparência de cerâmica. O projeto foi aura de mistério
que envolve as
desenvolvido numa ação conjunta que envol-
cervejas inspiradas
veu a AmBev, o fornecedor da garrafa e a Deda nas receitas dos
Decorações, empresa de Campo Largo (PR) mosteiros belgas
responsável pelo revestimento das garrafas de
Bohemia Confraria. “Houve muitas pesquisas
M
arcas líderes começam a perder
espaço para vorazes emergentes – e
Por Guilherme Kamio até para produtos das bandeiras do
varejo. Então, contra-atacam com
novas estratégias em embalagem. O enredo é
conhecido. Resume os últimos anos de uma série
FONTE: ACNIELSEN
de mercados de itens de largo consumo no país. Em 2000 as três
Agora, ele parece estar ganhando força no negó- principais marcas
cio de detergentes em pó, comandado com mão de sabão em pó
detinham
65%
de ferro pelas multinacionais desde a década de
50, quando elas difundiram o consumo do pro-
duto entre os brasileiros. Vive-se uma inquietude
nesse setor, responsável por 36% das vendas das
do mercado
seções de limpeza dos supermercados e que já
GODOY
54%
NDRÉ
que especial ante algumas informações. O poder caixinha de surpresas”, avalia Fernando Silva,
das três principais marcas da área vem caindo gerente de negócios da Rhotoplás. Ele descarta
progressivamente nos últimos anos. Segundo a a possibilidade de as embalagens plásticas um
ACNielsen, em 2000 elas detinham, em volume, dia dominarem as prateleiras de sabão em pó no
65% do mercado. Hoje, esse índice é de 54%. Brasil, como ocorre na Argentina – a propósito,
Ainda que não respalde com números, a Abipla – as embalagens da Rhotoplás chegam até lá, e Nos últimos dez
anos o mercado
Associação Brasileira das Indústrias de Produtos também ao México, via marcas da P&G. A cau- nacional de sabões
de Limpeza e Afins informa que no primeiro tela também prevalece no balcão dos fabrican- em pó cresceu
73%
semestre as marcas B de sabão em pó obtiveram tes. “Ocorre que a classe AB demonstra muita
FONTE: ACNIELSEN
melhores desempenhos que as notórias. resistência em consumir sabões nessa apresen-
Tal cenário põe em pauta uma delicada tação”, diz Edison Nunes, gerente comercial do
questão. Se as bolsas plásticas são armas para Grupo GR, fusão de três indústrias de itens de
amainar o ímpeto das marcas alternativas, elas limpeza – as fluminenses Zimbra e Bio Brilho
não poderiam surtir na seara de sabões em pó Química e a mineira Tecno Clean – que acaba de
efeito similar ao causado pelas garrafas de PET lançar lava-roupas das marcas Bio Brilho, Barra
ao negócio de refrigerantes – ou seja, o de tiro e Bica em sachês de 500g, supridos por uma
pela culatra para as líderes? “As flexíveis de carteira ampla de convertedoras, mirando o con-
fato permitem baratear custos e são totalmente sumidor de baixa renda. “As flexíveis são ideais
adequadas a esse mercado, que ainda é uma para esse público, pois garantem, em relação aos
DE MASSA – Sachês
Amparo, a dona da marca de higiene e limpeza do Grupo GR têm a
Ypê. “Mas cremos que o mercado dificilmente missão de penetrar
nos lares da classe CD
irá enveredar pela guerra nivelada nessa faixa.”
A Amparo lançou em agosto uma versão de
seu sabão em pó Tixan, a Maciez, em bolsas da
MIX – Assolan aposta em
variações de embalagem Para cada bandeira uma sentença
É possível dizer que para hábito de compra do consu-
o lançamento dos novos midor de cada uma dessas
sabões em pó Ariel em bol- bandeiras. Outra cria nova
sas plásticas, feito cerca de da P&G, o Ace Profissional
três meses atrás, a Procter – variante direcionada a
FOTOS: DIVULGAÇÃO
zer aos consumidores tradicionalistas, enquanto
os sachês terão preços mais em conta. Segundo
Mônica, Assim será uma marca versátil: irá bri-
gar nas faixas de primeiro preço, mas também
terá a missão de encarar as marcas notórias.
Certos detalhes levam a crer que o desafio às
líderes é pra valer.
Líderes desafiadas
Os cartuchos de Assim são produzidos pela
Dixie Toga, a mesma fornecedora dos cartuchos
de Omo e de outras poderosas instituições de
sabão em pó. A marca está sendo apresentada
SINTONIA – Marcas
ao público a reboque de uma extensa campa- próprias do varejo Antes da transação, a Quimivale disputava
nha publicitária, protagonizada por bebês com também inovam mercado com as marcas Rizzo e Maj, agora des-
lanosas perucas (criação da agência Africa, de na apresentação continuadas. Também era a maior abastecedora
de sabões em pó.
Nizan Guanaes, também responsável pelo nome Lata do Extra (à dir.) de marcas próprias do varejo, modelo de negócio
Assim, que busca remeter por assonância à faturou série de prêmios que será preservado, Mônica informa. Lançados
Assolan). Ademais, a direção da Assolan lançou pela preocupação do setor de distribuição em não
a expectativa de bater a capacidade produtiva ficar à mercê dos poucos fabricantes do produto
da P&G em dois anos, por meio de incrementos nas negociações de preço, os sabões em pó igual-
em sua fábrica em Itajaí (SC), adquirida por 25 mente vêm abrindo espaço a chamativos proje-
milhões de reais da Quimivale. tos de embalagem. Veja-se o caso da Companhia
Brasileira de Distribuição (CBD). Em meados
DIVULGAÇÃO
çamento de seu sabão em pó em bolsa plástica, ...e de Surf, para ganhar em logística e em visibilidade nos pontos-de-venda
fornecida pela Canguru e com visual projetado
pela Pandesign.
Design Absoluto
(11) 3071-0474 expertise em cartuchos para cosméticos nessa
ACESSE CONTEÚDO ADICIONAL EM WWW.EMBALAGEMMARCA.COM.BR
Reação em cadeia
Compra da Sucos Mais favorece onda de lançamentos entre fabricantes da bebida
Por Leandro Haberli
A
visão de peças de dominó enfileira- que no mercado de sucos a empre-
das e caindo sucessivamente sim- sa poderá fazer novas aquisições
boliza uma conhecida teoria cujas ou trazer para o Brasil sua marca
aplicações parecem cada vez mais internacional Tropicana.
corriqueiras no mundo do varejo. No contex- Em meio às movimentações,
to do marketing e dos negócios, o chama- a cadeia de embalagens tem moti-
do efeito dominó significaria que, ao se vos para enxergar na indústria
concretizar determinado movimento de brasileira de sucos um segmento
mercado, outros similares podem ser com potencial ampliado. No primeiro
desencadeados em série. Pelas novas semestre deste ano, o setor movimen-
estratégias e lançamentos observados tou 472 milhões de reais, mais da metade
durante as últimas semanas no mercado das vendas de 2004, calculadas em 707,1
brasileiro de sucos, uma reação em cadeia milhões de reais. Em volume, o primeiro
sobreveio nas gôndolas da categoria após semestre de 2005 representou a venda de
o fechamento de um negócio estratégico no 134,2 milhões de litros, contra 211,4 milhões
segmento de sucos prontos para beber. em todo o ano passado.
Trata-se da aquisição da Mais Indústrias de Os balanços animadores favoreceram
Alimentos pela Coca-Cola do Brasil. Embora mudanças de rumo no curso de importantes for-
tenha sido fundada há menos de três anos e necedores do setor. Depois de iniciar as ativida-
conte com uma única fábrica no país, localizada des na produção de polpa de frutas, a Agrofruit,
MATTHEW BOWDEN
em Linhares (ES), a dona da marca Sucos Mais empresa do pólo de fruticultura da zona da mata
despertou o interesse da multinacional de refrige- mineira que fornece para fabricantes como a
rantes ao se tornar a segunda maior fabricante de Kraft, dona da marca Maguary, decidiu dedicar-
sucos prontos do país, atrás apenas da mexicana se à briga das gôndolas. A guinada se deu com o
Dell Valle. Estimado em 110 milhões de reais, o recente lançamento da marca Brisk, que chegou
negócio pode ter feito muito mais do que inserir aos supermercados em sete sabores.
a Coca-Cola, que já atuava com a linha Kapo de
sucos infantis, no segmento adulto da categoria. Design arrojado
Ao lado de perspectivas favoráveis de con- Os produtos de varejo da Agrofruit reforçam
sumo, a compra da marca capixaba colocou o a tese de que o mercado de sucos reserva atra-
Entre junho de 2004
mercado de sucos em evidência, impulsionan- e maio deste ano, o entes oportunidades à cadeia de embalagens.
do uma forte onda de lançamentos e alimen- consumo de sucos Vendida com rótulos termoencolhíveis de PVC
tando expectativas em torno de novas fusões. prontos para beber fornecidos pela Propack e tampas plásticas de
Profissionais do setor aguardam, por exemplo, aumentou rosca com 38mm de diâmetro da Alcoa, a linha
9%
a definição de estratégias da Pepsi. Comenta-se Brisk fez a empresa encomendar à Saint-Gobain
Embalagens um modelo especial de garrafa de
vidro. Com formato ergonômico e curvas suaves,
projetadas para enaltecer e facilitar a rotulagem,
a embalagem é oferecida nas capacidades de 1
litro e 300ml, e tem a missão de diferenciar a
marca numa categoria cada vez mais concorrida.
EXPERIÊNCIA - “Estamos levando aos consumidores mais exi-
Termoencolhíveis gentes um produto com design arrojado e funcio-
da Propack decoram nal”, define Aléxia Mendonça Campos, diretora
garrafas de vidro
da Saint-Gobain
comercial e de marketing da Agrofruit.
na linha Brisk No lado da Saint-Gobain, o projeto trouxe a
Sinalizando valor
Unidade do Grupo SIG especializada em
máquinas de enchimento e sistemas de
embalagem cartonada asséptica, a Sig
Combibloc está oferecendo seu novo
formato combifitPremium no mercado
brasileiro de produtos lácteos e bebi-
das. Um dos setores que têm desper-
tado especial interesse da empresa é
o de sucos prontos para beber. Para
mostrar as possibilidades de diferen-
ciação da linha combifitPremium, que
tem topo chanfrado e dorso anatômico,
a Sig Combibloc divulgou a adoção do
sistema pela marca alemã Punica, líder
no mercado de sucos daquele país.
Segundo o departamento de marketing
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Saint-Gobain Embalagens
(11) 3874-7211
www.sgembalagens.com.br
Sig Combibloc
(11) 2107-6744
www.sigcombibloc.biz
Tetra Pak
(11) 5501-3262
www.tetrapak.com.br
Vitopel
(11) 4977-7241
www.vitopel.com.br
White Cap
(11) 5585-0723
www.amcorwcb.com.br
V
ender com sucesso uma garrafa de Utopias, que alude a antigos tonéis de cobre para
cerveja a 100 dólares poderia soar a a torrefação de cevada, em conjunto. Um lote
uma utopia das cervejarias. Mas não inicial da cerveja foi vendido dois anos atrás,
é. Isso acaba de ocorrer nos Estados exigindo 8 000 garrafas da Ceramarte. Já para a
Unidos. Colocada no mercado em meados de edição de julho último, lançada para aproveitar
julho, a cerveja de prestígio Samuel Adams a celebração do Mês da Cerveja Americana,
Utopias, da Boston Beer Company, que em o pedido subiu para 10 000 garrafas. “Nesse
moeda nacional custaria cerca de 250 reais, período há uma grande procura por cervejas
esgotou-se em poucos dias. Com teor alcoólico exclusivas e de qualidade nos Estados Unidos”,
de 25º, mais que o quíntuplo dos graus das explica Jim Koch, fundador e mestre cervejeiro
cervejas commodities – o que lhe vale o título da Boston Beer.
de cerveja mais forte do mundo no Guinness
Book, o livro dos recordes –, a Utopias é uma Como uma garrafa de vidro
loira singular. Aliás, nem loira é. Tem cor “As embalagens são embarcadas vazias para a
escura, não faz espuma e recomenda-se cliente americana em caixas máster de
bebê-la depois das refeições, como doze peças, que partem em navios dos
digestivo, à temperatura ambiente. portos catarinenses”, conta Klaus
Ela envelhece por onze anos em Schumacher Júnior, diretor geral
barris de carvalho usados para da Ceramarte. “Somos os únicos
maturar uísques. Seu sabor no mundo a oferecer garrafas
revela notas de baunilha, de cerâmica que suportam
canela e maple (a árvore cuja pressão de envase de até
folha é o símbolo do Canadá 120 libras e com fechamento
e da qual se extrai um melado de rosca com dimensional
popular entre os americanos). e desempenho iguais aos
A Utopias é praticamente um das garrafas de vidro.” Esse
spirit, uma bebida alcoólica fina, detalhe, no entanto, ainda não
e o marketing da Boston Beer gerou entusiasmo nas cervejarias
não mede esforços para vendê- e outras indústrias nacionais de
la como uma pequena jóia. Tanto é bebidas. “Gente de marketing adora os
que, para apresentar a bebida, escolheu projetos, mas eles param quando chegam ao
LUXO – Lustrada com
uma seleta garrafa estrangeira de cerâmica, cujo ouro, garrafa de chão de fábrica”, afirma Schumacher.
acabamento de lustre leva 3% de ouro puro. A cerâmica da Samuel Para mostrar na prática ao empresariado
origem dessa embalagem? O Brasil. Adams Utopias vai de nacional algumas possibilidades de trabalho com
navio de Santa Catarina
Quem a produz é a Ceramarte, de Rio Ne- suas embalagens, a Ceramarte adquire licores e
para os Estados Unidos
grinho (SC). Conhecida entre os colecionadores cachaças nobres e os comercializa, sob marcas
de canecos de chope e com negócios em utensílios próprias, em garrafas originárias de seus fornos.
domésticos, a empresa coordena um trabalho de Há a aposta de que cachaças podem ser um canal
prospecção de produtos no mercado americano Ceramarte para os recipientes de cerâmica. “Produtores de
(47) 641-1111
desde 1973. Mais recentemente, passou a apostar www.ceramarte.com.br
rótulos nobres vêm sinalizando interesse”, revela
no potencial das embalagens por lá. Deu certo. o dirigente da Ceramarte. “Também queremos
FOTO: DIVULGAÇÃO
A aproximação com a dona da marca Samuel mostrar que nossas garrafas têm em sua retaguarda
Adams ocorreu há cerca de três anos. Fornecedora capacidade industrial e tecnologia para atender
e cliente desenvolveram o formato da garrafa da bebidas de prestígio aqui no Brasil.”
C
riada a partir de um esforço conjunto
entre governo e setor privado para
padronizar a divulgação da imagem
do Brasil no exterior, fomentar o
turismo e identificar lá fora os produtos daqui,
a Marca Brasil, lançada em meados de março
(e abordada em EMBALAGEMMARCA nº 68,
abril de 2005), acaba de ganhar sua primeira
utilização em embalagens de uma linha regular
de produtos. Quem sai na frente é a fabricante
de bebidas Leão Junior. A versão for export
do chá pronto para beber Matte Leão passa
CHANCELA – Bebidas
a carregar, no rótulo que decora sua garrafa para exportação da
plástica, a estampa da Marca Brasil. Vale Leão Junior são os
esclarecer que, antes, a AmBev, a Penalty e a primeiros produtos
regulares a ostentar
Abic – Associação Brasileira da Indústria do
em seus rótulos a
Café, entre outros nomes, já haviam adotado a logomarca-pátria
Marca Brasil em embalagens, porém de edições Gráfica Serena
limitadas. Desenhado pela agência paranaense (41) 3274-2424
Kommdesign, o rótulo é produzido pela Gráfica www.graficaserena.com.br
dores de diversas nacionalidades lugar. Num cotejo com outras pelo estudo. Maiores informações
acerca da imagem de 25 países economias emergentes, o Brasil sobre ele podem ser obtidos em
em seis quesitos – turismo, força ficou à frente de México (16º), www.nationbrandindex.com.
um produto bem mais caro sem nem desconfiar” no primeiro semestre de 2005, em
comparação com o mesmo perío-
Da deputada distrital Arlete Sampaio (PT-DF), autora do projeto que originou a lei nº 3.638 de 2005, do de 2004, e a previsão da FGV é
que obriga todos os supermercados de Brasília a acrescentar às etiquetas de preço das prateleiras que ela termine o ano 2,9% maior
o preço da unidade de medida do produto – metro, quilograma e litro – para facilitar a comparação
do que no ano passado.
de preços reais das mercadorias. A lei entrou em vigor no Distrito Federal em 28 de julho.
Quando separado por materiais,
o desempenho do setor mostra
Omo e Coca-Cola, variações significativas. O vidro,
que terminou 2004 com queda
rainhas em recall na produção da ordem de 11,2%,
cresceu 4,6% no 1º trimestre deste
Como acontece na maioria das pesquisas
ano, e 9,6% nos três meses seguin-
sobre lembrança de marcas no Brasil, Omo
tes. As embalagens metálicas, por
e Coca-Cola foram top of mind da segunda sua vez, que tinham terminado o
pesquisa sobre marcas mais prestigia- ano de 2004 com crescimento de
das pelo consumidor brasileiro promovida 2,3% (o mesmo que a média do
pela Associação Brasileira de Anunciantes setor), apresentaram quedas de
(ABA) em parceria com a consultoria Top 6,4% e 7,5% nos dois primeiros
Brands. O anúncio foi feito em mea- trimestres de 2005, respectivamen-
dos de agosto, durante o Fórum te. O melhor desempenho ficou
por conta das embalagens de
Internacional ABA Branding 2005.
madeira, que após terminar 2004
Omo, da Unilever, obteve 82% de
com aumento de 10,4%, voltaram
menções na categoria de deter- a crescer na casa dos dois dígi-
gente em pó, enquanto Coca- tos nos dois primeiros trimestres
Cola amealhou 57% das lem- deste ano (16,3% e 23,2%). As
branças em refrigerantes. As duas embalagens celulósicas, com cres-
marcas também foram campeãs cimentos de 1,9% e 2,0%, ficaram
da primeira edição da pesquisa, aquém do desempenho de 2004,
no ano passado. O levantamento, quando apresentaram expansão de
6,7%. No sentido oposto, as emba-
realizado pelo instituto de pesquisa
lagens plásticas, que terminaram
de mercado Quest, baseou-se em
2004 com crescimento pífio (0,8%),
entrevistas por telefone com 980
recuperaram-se nos dois primeiros
consumidores de São Paulo, Porto semestres deste ano, e cresceram
Alegre, Rio e Recife. às taxas de 7,4% e 8,4%.
L
ançado para ser o concurso visual das apresentações dos produtos resultante dos votos colhidos no fim
oficial da cadeia nacional de nacionais mantêm-se na ascendente. de maio na capital paulista, durante a
embalagem, o Prêmio Abre “Os resultados obtidos confirmaram o feira de negócios Fispal Tecnologia, na
de Design & Embalagem, aumento da qualidade das embalagens, qual havia uma exposição com todas
organizado pela Associação Brasileira o que, aliás, é visivelmente exposto no as peças postulantes ao Prêmio. A
de Embalagem (Abre), reuniu mais de mercado”, comenta Luciana Pellegrino, seguir, EMBALAGEMMARCA mostra as
300 pessoas na cerimônia de revelação diretora executiva da entidade de classe. embalagens consagradas no concurso
dos laureados e de entrega de troféus De acordo com a Abre, a versão de deste ano. Vale lembrar que a citação
da sua edição de 2005, a quinta de 2005 de seu Prêmio movimentou 365 como vencedor cabe à empresa que
sua história. Ocorrida na noite de 24 inscrições de embalagens, 54 a mais que inscreve o projeto, e que os cases
de agosto numa casa de eventos em na edição do ano passado. Os projetos premiados ganham o direito de concorrer
São Paulo, a premiação passou recibo concorreram em 27 categorias distintas, no WorldStar, prêmio da Associação
de que a qualidade técnica e o apuro incluindo uma de escolha popular, Mundial de Embalagem (WPO).
MÓDULO DESIGN
Design Bebidas
Não-Alcoólicas
OURO FINO BLUE
Vencedor: Empresa de
Águas Ouro Fino
Design: Empresa de
Águas Ouro Fino
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Convertedor: Plasticase
Design Família de Produtos
Usuário: Empresa de
Águas Ouro Fino
LINHA METALATEX PREMIUM
Vencedor: Ph2 Full Creativity
Design: Ph2 Full Creativity
Convertedor: Cerviflan
Usuário: Sherwin-Willians
Design Bricolagem
EMBALAGEM VISUAL PARA
DUCHAS MANUAIS DECA
Vencedor: Deca
Design: Deca
Convertedor: Gráfica São
Januário/ LGE Embalagens
Usuário: Deca
Design Miscelânea
SOFT BENEFITS – SET DE CAFÉ
Vencedor: Abille WOW
Design: Abille WOW
Convertedor: Associação de
Famílias Carentes de Palmital
Usuário: Santander Banespa
MÓDULO
EMBALAGEM
Embalagem Destaque
Miscelânea
EMBALAGEM PARA MUDAS Redesign Alimentos
DE HEMEROCALLIS e Bebidas
Vencedor: Design Inverso ESPUMANTE DE GRÊVILLE
Design: Design Inverso Vencedor: Saint-Gobain
Convertedor: Box Print Design: Saint-Gobain
Usuário: Agrícola da Ilha Convertedor: Saint-Gobain
Usuário: Bacardi-Martini
Embalagem Destaque
Alimentos
SERV-OPEN
Vencedor: Metalgráfica
Palmira
Design: Metalgráfica
Palmira
Embalagem Destaque Higiene e Limpeza Convertedor:
FAMÍLIA SAPÓLIO RADIUM Metalgráfica Palmira
Vencedor: MN Design Usuário: Polenghi
Design: MN Design
Convertedor: Propack
Usuário: Bombril
Embalagem Destaque
Inovação Tecnológica
EMBALAGEM PARA
HOT POCKET SADIA
Vencedor:
Brasilgráfica S.A.
Design: Team Creatif
Convertedor:
Brasilgráfica S.A.
Usuário: Sadia
Embalagem Destaque Exportação
SLEEVE PARA CAFÉ TURMALIN
Vencedor: Sleever International
Design: Nakazawa
Convertedor: Nissei ASB/ Embalagem
Sleever/Sonoco For-Plas Destaque Design
Usuário: Fatec Industrial
LATA EXPANDIDA
NESCAU
CAPPUCCINO
Vencedor: Nestlé
Design:
MÓDULO ESPECIAL FutureBrand
Convertedor: CBL
– Cia. Brasileira de
Latas
Usuário: Nestlé
Especial – Ecodesign
CREMES DE LINHAS Empresa do Ano
EKOS INTERNACIONAL NATURA
Vencedor: Natura Cosméticos COSMÉTICOS
Design: Natura Cosméticos
Convertedor: TPI Molplastic
Usuário: Natura Cosméticos
mercado fosse realmente ativo, poderíamos triplicar nossa da economia em 2004. A maioria das empresas do setor de
capacidade produtiva trabalhando em três turnos. Ocorre transformação de plástico passou de 2004 para 2005 com
que quase todos os fabricantes de máquinas trabalham em uma importante carteira de pedidos. Agora essa carteira
um só turno. Não é verdade que o país precisa importar está diminuindo, sendo lentamente comida. Se o governo
bens de capital no setor de plástico porque os fornecedores não baixar os juros, e não incentivar os investimentos, o
não estão atendendo à demanda. setor de bens de capital pode ser fortemente afetado.
E quanto à cadeia de embalagens? Qual a importância A base instalada de máquinas para a indústria brasileira
desse setor para os fabricantes de equipamentos para a do plástico se nivela ao resto do mundo? Ou o senhor diria
indústria plástica? que o cenário nacional está defasado?
A importância da cadeia de embalagens também é crescen- Nos equipamentos em geral, e especificamente na área
te. Basta dizer que, no universo de transformação de plástico de extrusoras, injetoras, sopradoras e máquinas de corte
no Brasil, atualmente 40% da matéria-prima vai para o e solda, é no mínimo igual ao resto do mundo. Porém, os
segmento de embalagens. Desse total, os filmes represen- fabricantes de máquinas ficam estarrecidos, perplexos e
tam 31%, seguidos pelo setor de sopro, com participação de atônitos ao ver que o transformador brasileiro está com-
17%, injeção, com 16%, e termoformagem, com 6%. prando equipamentos da Ásia, da China e em especial
modo de Taiwan, que têm características tecnológicas
Apesar da crise política, a economia continua a operar de máquinas que se produziam no Brasil há vinte anos.
num ritmo apreciável. Nesse sentido, o senhor diria que é Apresentam consumos energéticos altíssimos, a maio-
equivocada a percepção, de parte do empresariado, de um ria não opera com sistema de controle a anel fechado.
quadro de estagnação nos investimentos industriais? Portanto, parte do setor brasileiro de transformação de
Nós ainda estamos colhendo os benefícios do crescimento plásticos está se colocando num patamar tecnológico
de vinte anos atrás. O preço explica esse fenômeno. As dinheiro para investir em equipamentos mais sofisticados.
máquinas asiáticas estão entrando no país com o custo da Essa é uma das razões da invasão de equipamentos asiáti-
matéria-prima aqui no Brasil. Porém, quando considera- cos. Por outro lado, temos que defender um pouco a segun-
mos a incidência do custo de amortização sobre o produto da geração, porque a resina é vinculada ao petróleo. Se o
final, é absurdo que se compre uma máquina só porque ela petróleo está a 70 dólares o barril, e a resina é um deriva-
é barata. Junto com o baixo preço vem a improdutividade, do do petróleo, é óbvio que ela aumenta. É um processo
a imprecisão. Enfim, o que você poupa na máquina perde mundial. Provavelmente aqui no Brasil o aumento é maior
na produção. Existe falta de infor- devido à carga tributária na cadeia
mações e de consciência tecnológica “Um dos fatores de produtiva, ao alto custo do dinheiro.
por parte de quem compra esse tipo Porém, já que as resinas estão subin-
de equipamento. Por outro lado, a do, o transformador deveria investir
China é um dos maiores importado-
competitividade da em equipamentos muito mais produ-
res de máquinas injetoras do mundo. tivos, que permitam diminuir o custo
Importam máquinas de alto nível economia chinesa é por peça, em função da eficiência do
tecnológico, como as que são produ- equipamento.
zidas no Brasil. que a moeda deles é
Esse ganho de escala não vem ocor-
Ou seja, eles compram produtos subvalorizada em 35%, rendo?
bons e exportam equipamentos Não, porque muitos transformadores
atrasados?
Exatamente. Daqui a pouco, se o
40% em relação ao dólar. compram máquinas de vinte anos
atrás. O país tem um juro tão alto,
fabricante nacional não abrir os uma taxa de câmbio tão desfavo-
olhos, serão exportados os produtos
Enquanto isso, o real no rável, que realmente parece que se
plásticos acabados que eles fazem, quer combater o desenvolvimento da
e não somente os equipamentos. último ano e meio se indústria nacional.
Enfim, o parque industrial brasileiro
está se tornando obsoleto em função valorizou em 30%. Só aí Que tipo de ações a CSMAIP tem
da dificuldade que o transforma- desenvolvido para criar o que o
dor enfrenta ao tentar ter acesso a existe uma diferença por senhor chamou de consciência tec-
linhas de crédito de baixo custo. Se nológica?
considerarmos que muitas máquinas Estamos fazendo um trabalho muito
são compradas por preço, e não por
efeito cambial de 70%” forte para ajudar os empresários a
tecnologia, a tendência é que esse parque industrial fique entender que eles estão tomando um caminho que os preju-
ainda mais obsoleto. O fato de o transformador ser esma- dica. É um tiro no pé. Daqui a pouco, também os produtos
gado por alta carga tributária também força essa situação. plásticos chineses acabados vão chegar ao Brasil com as
A médio prazo isso vai enfraquecer ainda mais a atualiza- mesmas características, ou seja, custando o mesmo que a
ção tecnológica do setor. matéria-prima usada pelo transformador brasileiro.
Qual a participação dos países asiáticos na importação Embora atendam importantes clientes por aqui, poucos
brasileira de máquinas plásticas? fabricantes multinacionais de injetoras plásticas têm
Em número de máquinas, só a China já representa 60% de fábricas no Brasil. Por que esse número é reduzido?
todos os equipamentos importados pelo Brasil. Hoje, as Porque a política de custo fiscal, a política de custo do
máquinas completas chinesas estão chegando a um custo trabalho e a política do custo do dinheiro afugentam os
médio de 2,30 dólares o quilo. O custo da matéria-prima, investimentos produtivos, premiando os investimentos
do fundido, aqui no Brasil também é 2,30 dólares o quilo. especulativos. Se o Brasil continuar com essas políticas,
vai perder um momento histórico em que poderia tornar-
Em virtude da pressão de preços exercida pelos fabrican- se uma das maiores potências do mundo. Estamos nos
tes de resinas, os transformadores têm reclamado de um reduzindo a exportadores de commodities, principalmente
processo de achatamento de suas margens de ganho. Em minério e outras matérias-primas não-renováveis, e con-
que medida esse problema tem afetado os fabricantes de tinuamos importando um bocado de produtos acabados
máquinas para a indústria do plástico? com alto agregado de mão-de-obra. O Brasil precisa de
Que o setor está empobrecendo, não há dúvidas. Não há investimentos na indústria.
Q
uase dois anos atrás, os plásticos sócia-diretora da NYX. As tampas são inje-
de rápida degradação, obtidos pela tadas com a mesma resina termoplástica e,
adição de uma especiaria às suas como os frascos, decompõem-se dois anos
fórmulas, deram alô ao cenário após o descarte. Todo o processo de desenvol-
nacional de embalagens na forma de sacolas vimento do novo recipiente ambientalmente
e outros envoltórios flexíveis. Desde então se mais correto levou quase três meses. Agora, a
aguarda com certa expectativa o espraiar des- Medicatriz procura soluções mais ecológicas
ses materiais aos recipientes rígidos. Afinal, para o rótulo do frasco, atualmente um auto-
são essas as embalagens de maior visibilidade adesivo comum de papel. “Nossa idéia inicial
no ambiente – são as que mais geram volume era utilizar etiquetas de papel reciclado com
nos lixões, que bóiam nos cursos d’água. adesivo degradável, porém não encontramos
Ainda não é uma difusão, mas acaba de che- uma resposta no mercado para nossa escala,
gar ao mercado o primeiro xampu com frasco que é modesta”, diz Gonçalves. Fica dado o
e tampa oxi-biodegradáveis – adjetivo cunha- recado aos fornecedores.
do para definir a decomposição acelerada que
DIVULGAÇÃO
esses plásticos especiais sofrem no contato
prolongado com oxigênio, microorganismos,
Ebulição rende visita
água e raios solares. No início de agosto a inglesa
Integrante de uma linha de produtos para Symphony, detentora da tecnologia
combate da calvície, o Fortesse NC Bioseiva de degradação rápida de polímeros
Xampu Ecológico é produzido pela paulistana que está se difundindo no país, a
Medicatriz sob grandes cuidados ambientais. D2W, esteve em São Paulo para
“Até onde sabemos, ele é o primeiro xampu participar de um encontro com enti-
do mundo sem sulfatos como tensoativos”, dades de classe nacionais da indús-
afirma Marcos Moisés Gonçalves, diretor tria de plásticos, como a Plastivida
científico da Medicatriz. Os sulfatos são gran- e a Abief – Associação Brasileira da
Indústria de Embalagens Plásticas
des responsáveis pelas espumas químicas que
Flexíveis. Foi uma oportunidade para
se formam nos rios. Segundo Gonçalves, a
Michael Laurier, CEO da Symphony,
fórmula do produto utiliza contratipos impor-
e Michael Stephens, diretor técni-
tados da Alemanha, que se degradam uma
co, esclarecerem dúvidas sobre a
semana depois de descartados na natureza.
tecnologia. O Brasil é um mercado
Daí a idéia de utilizar uma embalagem sinto-
em ebulição para a companhia. Já
nizada com esse diferencial.
passam de 200 os produtos oxi- PRIMEIRO – Frasco
O laboratório procurou a RES Brasil, e tampa do xampu
biodegradáveis desenvolvidos no
empresa que licencia no mercado nacional o Fortesse NC Bio Seiva
país, entre itens regulares e spot.
aditivo com a tecnologia de rápida degradação se decompõem dois
“Temos registrado uma média de anos após descartados
D2W, da inglesa Symphony, e a colocou em
quatro lançamentos por semana”,
contato com a sua fornecedora de embalagens,
informa Eduardo Van Roost, diretor
a NYX. Especializada no sopro de frascos
superintendente da RES Brasil, a
para indústrias de cosméticos e farmacêuticos, responsável pelo licenciamento da
a NYX realizou alguns testes e rapidamente tecnologia da Symphony no Brasil e NYX
teve êxito no trabalho com o aditivo. “A única no Mercosul. Segundo ele, outros (11) 4787-5584
preocupação foi utilizar polipropileno random frascos de degradação acelerada www.nyx.ind.br
no sopro, pois polipropileno comum poderia estão na iminência de serem oficial- RES Brasil
implicar em problemas de solda do fundo mente lançados. (19) 3871-5185
do frasco”, comenta Flávia Fogaça Ashcar, www.resbrasil.com.br
A
lém de marcar a chegada de novos de vedete do Open House 2005, realizado em
equipamentos gráficos ao merca- São Paulo, na Print Media Academy (PMA),
do brasileiro, o Open House 2005 foi a Speedmaster XL 105. Apresentado ini-
promovido em agosto último pela cialmente na drupa 2004, onde já havia sido
Heidelberg consolidou a reestruturação ope- uma das grandes sensações no estande da
racional pela qual a empresa passou recente- Heidelberg, o equipamento é considerado a
mente, quando foram criados novos serviços última palavra na produção de embalagens,
e divisões. A fabricante aproveitou seu even- rótulos e materiais promocionais.
to anual, que contou com a presença de parte
do corpo de diretores da matriz alemã, para Duas que valem por três
divulgar o lançamento de ferramentas de Destinada a gráficas com grandes volumes
assistência pós-venda e de uma linha própria de impressão, a XL 105 é capaz de impri-
de produtos de consumo, além de sua entrada mir 18 000 folhas por hora no formato 75
no mercado de máquinas gráficas usadas. PULO DO GATO x 105 centímetros. De acordo com Diego
Na parte de equipamentos sem uso, embo- – Speedmaster XL 105 Hellmuthhäuser, gerente da divisão de solu-
com visão panorâmica
ra o evento tenha sido pródigo em novidades no pé da página:
ções planas da Heidelberg no Brasil, o ganho
destinadas ao mercado editorial – como alce- robustez e ganho de de produtividade atinge 75%. “Duas XL 105
adeiras, dobradeiras e grampeadeiras, a gran- produtividade de 75% fazem o trabalho de três máquinas conven-
cionais”, ele coteja.
Antes desse esperado lançamento, a sub-
sidiária brasileira da Heidelberg se estruturou
para oferecer toda a consultoria necessária
sobre a Speedmaster XL 105. Uma unidade
da máquina foi instalada na PMA, localizada
no âmbito da Escola Senai Theobaldo De
Nigris, no bairro paulistano da Mooca, onde
técnicos e operadores de gráficas compra-
doras receberão o treinamento relativo ao
equipamento.
Outro destaque em máquinas para aca-
bamento de cartuchos e embalagens foi o
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A
história de algumas empre-
Fábrica em Vinhedo (SP): 25 000 m2,
sas e a aposta que fazem
em área total quatro vezes maior
no futuro servem muitas
vezes de indicador das pos-
sibilidades de certos segmentos de
mercado. É o caso da Avery Dennison,
uma das maiores fabricantes mun-
diais de produtos auto-adesivos para
impressão. Mais de trinta anos atrás,
quando o uso e o próprio concei-
to desse sistema de decoração ainda
eram escassamente difundidos no país,
a empresa de origem americana já
os fornecia no Brasil. Eram lamina-
dos, em papel e em filme, importados
desde 1969 dos Estados Unidos e da
Europa por sua subsidiária local, a a matriz decidisse iniciar em Vinhedo, modernas edificações abrigam a fábri-
Fasson Mercantil, instalada em São a 100 quilômetros da capital de São ca, escritórios, laboratório, restaurante
Paulo. A Avery Dennison foi o primei- Paulo, a construção de sua fábrica em e área de lazer para os atuais 400 fun-
ro fabricante de auto-adesivos a chegar solo brasileiro. Desde então, a empresa cionários. Nesse espaço, rodam hoje
na América do Sul. não parou de crescer no país e se prepa- três laminadoras, 24 horas por dia, sete
Esse e os passos seguintes da ra para chegar ao final de 2005 com o dias por semana – e estão em fase de
empresa demonstraram mais uma vez dobro da atual capacidade produtiva. acabamento os preparativos para, em
que grandes corporações multinacionais A dimensão desse potencial pode breve, receber a quarta máquina, de
não fazem apostas, mas sim investimen- ser imaginada ante o tamanho das ins- origem européia.
tos com retorno garantido. Passaram-se talações: 25 000 m2 de área construída, Segundo a gerente de marketing
menos de três anos para que, estimulada numa área total quatro vezes maior, da Divisão de Materiais Brasil, Isabela
pelo êxito do sistema no mercado local, onde, em meio a jardins bem cuidados, Monteiro Galli, “essa intensa imple-
Um início despretensioso
Algumas das primeiras indústrias brasileiras cializado com a marca Biotônico Fontoura,
de remédios surgiram no início do século sugerida pelo escritor Monteiro Lobato, que
passado sem grandes pretensões, a partir da foi amigo do farmacêutico. O livreto Jeca
dedicação de farmacêuticos à produção de Tatuzinho, escrito por Lobato, foi a prin-
medicamentos em pequena escala. Um cipal alavanca de vendas do produto
deles foi Cândido Fontoura. Formado (ver EMBALAGEMMARCA nº 15, seção
em 1905, ele criou no início de carreira Almanaque). Hoje acondicionado em
um estimulante de apetite e antianê- frascos plásticos, o fortificante, vendido
mico para a própria esposa, que tinha pela DM Indústria Farmacêutica, ainda
saúde frágil. Começou a ser comer- é um dos líderes de sua categoria.