You are on page 1of 65

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: Gerenciamento de Obras

Planejamento, programação,
acompanhamento e controle de obras

Profª. Drª. Débora de Gois Santos


Definição de planejamento:

“Um futuro desejado e os meios eficazes


para alcançá-lo”.
“O processo de tomada de decisão que
envolve o estabelecimento de metas e dos
procedimentos necessários para atingí-las,
sendo efetivo quando seguido de um
controle” (FORMOSO, 1991)
 “O planejamento antecipado das tarefas
possibilitou ao engenheiro exercer sua função
principal de gerenciar a obra em vez de ‘apagar
incêndios’. [...] Possibilitou a avaliação e
mensuração de desempenho por tarefa e por
período. Com isso, houve redução de 25% de
operários, com aumento de 20% na produtividade
de mão-de-obra ” (Construtora C. Rolim,
Fortaleza/CE).

Revista Construção Mercado, Agosto de 2008


Dimensões do Planejamento:

Vertical.
Horizontal.
Dimensão vertical
FORMOSO (2006)

Sistema Last PlannerTM de


Planejamento e Controle da Produção

 Transparência de processos
 Produção puxada (num sentido mais amplo)
 Gestão de fluxos
 Mecanismos de participação
 Redução do tempo de ciclo
 Atenção aos detalhes
 Etc.
Planejamento e Programação de
Obra
Planejamento
Ballard (1994, 2000) Sistema Last PannerTM :

Plano mestre Longo Prazo

Ballard (1997) Lookahead planning


Médio Prazo

Ballard e Howell Commitment planning Curto Prazo


(1998)
Programação de recursos
Horizonte de Recursos com:
tempo
Longo ciclo de aquisição e baixa repetitividade deste ciclo. O
Longo prazo lote de compra corresponde ao total de quantidade de recursos
a serem utilizados.
Ciclo de aquisição inferior a 30 dias e representado por média
Médio prazo freqüência de repetição deste ciclo. Os lotes de compra são
frações da quantidade dos recursos.
Ciclos curtos. Compra a partir do controle de estoque da obra e
Curto prazo do almoxarifado central (se houver). Pequeno ciclo de
aquisição e alta rotatividade deste ciclo.
Planejamento de médio prazo –
lookahead planning

PPC(%) = Tarefa executada x 100


Tarefa planejada

Tarefas S T Q Q S S OK Problemas
Colocação das fôrmas do 4 6 6 6 6 X OK!
pavimento
Desformar o 2 pavimento 4 4 4 X OK!

Alvenaria área 1 do 1 3 3 3 Faltou


pavimento material
• RESTRIÇÕES: “Todo tipo de recursos (materiais,
informações, financeiros, dentre outros) que não estão
disponíveis em um momento próximo a sua demanda ou,
ainda, no momento que são necessários” (BERNARDES e
FORMOSO, 2002).
•Responsabilidade pelo planejamento
•Pré-planejamento
•Programação de obra

• No planejamento estratégico – definição do que fazer critérios


competitivos e metas da empresa

• No planejamento tático – no longo e médio prazo: o que produzir,


quem, em que seqüência e a quantidade  distribuição de recursos

• No planejamento operacional – no curto prazo: forma de execução


dos processos construtivos e identificação de problemas verificar
as incertezas e sua influência no trabalho
Dimensão horizontal
1. Planejamento de tempos

D=QxP
H

D  duração.
Q  quantidade de serviço a ser executado.
P  produtividade da mão de obra.
H  homem.
Cronograma de redes

1) Rede PERT/CPM (1957)

1) PERT - Técnica de Avaliação e Revisão de Programas

 T= (a + 4 m + b)/6

2) CPM - Método do Caminho Crítico


(LIMMER, 1997)

Cronograma de redes

2) Representação de uma rede PERT/CPM

(PDI) (PDT)
[UDI] [UDT]

Onde: PDI – primeira data de início; PDT – primeira data de


término; UDT – última data de início e UDI – última data de
término.
(LIMMER, 1997)

Cronograma de redes

2) Rede de atividades em nós


(LIMMER, 1997)

Cronograma de redes
3) Ligações de rede de atividades em nós
Cronograma de redes
4) Cálculo da rede PERT/CPM

FT = (UDT – PDI) – duração ou FT = TD - D


FL = (UDT – UDI) - duração
TD = UDT – PDI

ONDE: D – duração da atividade.


PDI - primeira data de início.
PDT - primeira data de término.
UDT - última data de término.
UDI - última data de início.
TD - tempo disponível.
FL - folga livre.
FT - folga total.
Cronograma de redes
4) Cálculo da rede PERT/CPM
(13) (22)

G
3 5
4

[17] [25]

13 17 22 25

PDI UDI PDT UDT

4 FT

4 FL

TD
Rede PERT/CPM
4) Cálculo da rede
PERT/CPM
(LIMMER, 1997)

5) Cronograma de barras
5) Cronograma de barras
5) Cronograma de barras
(LIMMER, 1997)
6) Histogramas e Curva S
(LIMMER, 1997)
6) Histogramas e Curva S
6) Histogramas e Curva S
7) Alocação e
nivelamento de recursos
8) Programação

•Técnica de linha de balanço

•Cronograma de barras (MS Project)


Linha de Balanço
Gráfico de Gantt
2. Dimensionamento da
Mão de obra
1) Índice de Produtividade
(Hh/quantidade produzida)
Os problemas para medição da produtividade são de
ordem técnica e organizacional. Os primeiros
relacionam-se com variações importantes ao longo
do tempo que complicam a medição. Os segundos
são problemas organizacionais como o temor e a
resistência à mudança
2. Dimensionamento da
Mão de obra
2) Formação de equipes
Mistas ou complexas
Especializadas
Mecanizadas
2. Dimensionamento da
Mão de obra
3) Fatores que influenciam na produtividade
Efeito Aprendizado, Efeito Continuidade e Efeito Concentração

Produtividade

Tempo
2. Dimensionamento da
Mão de obra
4) Determinação dos recursos humanos e da
duração das atividades
MO = (P x Q) / D
Onde:
MO – é a quantidade de mão-de-obra (homens).
P – é o índice de produtividade da mão-de-obra que a executa
(Hh/ unidade produzida).
Q – é a quantidade de serviço a ser executado nesta atividade
(unidade de produção).
D – é a duração de uma determinada atividade em h (horas) ou d
(dias). Considera-se a jornada de trabalho com 8,8h/dia.
2. Dimensionamento da
Mão de obra
5) As características determinantes da mão-
de-obra são: observar ocorrência de mão de obra direta;
considerar rotatividade; considerar região do país na qual a obra
será executada; verificar se os serviços executados ocorrem com
freqüência; considerar anomalias decorrentes das inovações do
tipo de serviço no contexto da cultura da empresa; observar se
para a execução de determinado serviço a empresa deverá se
equipar com mão-de-obra não disponível no seu próprio quadro;
observar a familiaridade da mão-de-obra com o equipamento a ser
utilizado em determinado serviço; observar a familiaridade da
mão-de-obra com o material a ser utilizado em determinado
serviço.
GEHBAUER et al. (2002)

2. Dimensionamento da
Mão de obra
6) Planejamento da mão de obra
GERENTE DE OBRA

Assistente do gerente
supervisor

Mestre-de-obra Mestre-de-obra

Contramestre
Contramestre Contramestre Operários especializados
Operários especializados Operários especializados Serventes
Serventes Serventes
2. Dimensionamento da
Mão de obra
7) Produtividade da mão de obra
Mínima Mediana Máxima

Melhor Valor Pior


desempenho mediano desempenho

P = (equipe x horas gastas) / quantidade de serviço.

Onde: equipe corresponde ao número de operários na equipe. A


unidade final pode ser Hh/m2, Hh/m3, Hh/kg, Hh/m.
2. Dimensionamento
da Mão de obra

8) Cálculo da quantidade de mão de obra

MO = (P x Q) / D
3. Linha de balanço
Quantidade
de produção

Avanço da produção

Tempo
3. Linha de balanço
Padronização dos serviços -
discriminações técnicas e orçamentárias,
especializações e normas, memorial
descritivo
Linha de início
Quantidade
de produção Linha de fim (entrega)

Ritmo de progresso

Tempo (dia,
semana ou mês)
3. Linha de balanço

Unidade Unidade de
repetição

to
a

en
tur

naria

im
tru

st
Es

ve

Fa
Alve

Re

ch
ad
a
Tempo
Ritmo constante e balanceado Tempo
Ritmo constante e não balanceado
3. Linha de balanço
Quantidade
de produção

Tm - Tempo de mobilização.
Seqüência

R
Tb - Tempo de base = tempo
para o término da primeira
unidade de repetição.
Dt P Tempo R - Ritmo de entrega.
Tm Tb
P - Prazo do projeto.
Resursos
Tempo de preparação reduzido Dt – Duração total = Tempo
para entrega da obra.
Recurso máximo
desmobilização

mobilização

Tempo
Setup reduzido
3. Linha de balanço
Lead time da operação na
unidade de repetição

Lead time = tempo de


atravessamento

Paralelismo (fluxo paralelo)


u t
Buffers (pulmão Tempo total
de tempo)
Tempo de atravessamento
da operação

t
Dt
3. Linha de balanço
Unidade de repetição ição
O que? contrapiso pet
(pavimento)

ão
re
a

tiç
d

pe
io
íc

re
In

da
m
5o pav.

Fi
4o pav.

3o pav.
Onde? 2o
pavimento E1 Quem? Equipe 1
2o pav.

1o pav.

Tempo
(semanas)
1 2 3 4 5 6

Quando? 2a semana
3. Linha de balanço
O ritmo de progresso é determinado pela equação:
R = Dt – Du
N–1

Onde:
R – ritmo de progresso.
Dt – duração total do serviço.
Du – duração unitária.
N – número de unidades.

Uma outra equação é a que calcula o número de equipes


(Ne): Ne = Du
R
3. Linha de balanço
Equipes:
casas
u

Equipe 3

Equipe 2

Equipe 1
R

Du tempo semanas
P
1 2 3 4 5 6 7
casas
casas

semanas semanas
1 2 3 4 5 6 7
3. Linha de balanço
u

Pavimentos

Térreo e subsolo

tempo
3. Linha de balanço
Cálculo:
1- Elaborar um diagrama de precedência para reproduzir as relações de
dependências técnicas entre os pacotes de trabalho.
2- Definir o tamanho de cada equipe que executará cada pacote de trabalho na
unidade de repetição.
3- Definir a unidade de repetição.
4- Calcular o número de homens-hora da unidade.
5- Calcular a duração de execução de cada pacote de trabalho.
6- Obter o tempo de base da unidade.
7- Verificar a duração total do empreendimento (Dt) e o tempo de mobilização
do canteiro (Tm).
8- Calcular o tempo de ritmo (Tr).
9- Calcular o ritmo (R).
10- Definir o número de equipes (N).
11- definir a estratégia de execução da obra.
12- Desenho da linha de balanço.
3. Linha de balanço

Exercício
4. Cronograma de Barras

Action - Ação Plan - Planejamento


A P

C D
Check - Acompanhamento Do – Execução
Softwares
 Primavera (Petrobrás / Vale)
 MS Project (Microsoft)

Respostas do Project
 O que fazer? (Atividades)
 Quando fazer? (Tempo)
 Quem vai fazer? (Recursos)
 Qual o custo? (R$)
O que fazer?

Chapisco

Emboço

Cerâmica

Textura

Tempo
Fonte: Sena
Quando fazer?

Chapisco

Emboço

Cerâmica

Textura

Tempo
Fonte: Sena
Quem vai fazer?
Chapisco

Emboço

Cerâmica

Textura

Tempo
Fonte: Sena
Qual o custo?
Chapisco

Emboço

Cerâmica

Textura

Tempo

Fonte: Sena
5. Sistema de controle de obras

• Definição e descrição de controle da produção:


Gerencial e Operacional.
Controla-se o que exceder 10%.
• Objetivo do controle
5. Sistema de controle de obras

• Padrão de referência:
-Experiência passada.
- Previsão de condições futuras.
- Definição de padrões.

• Para que serve o controle


5. Sistema de controle de obras
Que tipo de informação é controlado

O controle de projeto requer um sistema que seja adequado às suas


peculiaridades, deve:
•Ser relacionado com as demais funções do projeto,
•Ser econômico, para justificar seu custo operacional,
•Antecipar e permitir que a gerencia seja informada em prazo
oportuno sobre desvios, de modo que ações corretivas possam ser
iniciadas, e
•Ser acessível para ajustar-se rapidamente às mudanças do ambiente
organizacional.
5. Sistema de controle de obras
Origem dos cronogramas
5. Sistema de controle de obras
Tipos de controle:
•Controle de custos, prazos e recursos
•Softwares específicos e sistêmicos
Exercício:
Suponha que após a primeira
Fazer o controle de prazo para as seguintes semana de trabalho foram
etapas de obra, identificadas na figura abaixo, realizados:
para o prazo de 1 mês. 70% da escavação programada,
40% da regularização do fundo
programada e
5% das fôrmas programadas.

Suponha ainda que ao final da


quarta semana (1 mês) foram
realizados:
100% da escavação programada,
100% da regularização de fundo
programada,
50% das fôrmas programadas,
30% do concreto e armadura, e
20% do reaterro.
Com estes dados calcule os
progressos programado (P) e
realizado (R) para 1 semana e para
1 mês e verifique se há desvios
entre estes.
5. Sistema de controle de obras

Exercício
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: Gerenciamento de Obras

Planejamento, programação,
acompanhamento e controle de obras

Profª. Drª. Débora de Gois Santos

You might also like