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Antes de iniciar as perguntas, gostaria de dizer que fiquei bastante impressionado com seu
trabalho e proposta. Sou um defensor dos ideais do trabalho cooperativo, entretanto,
como jornalista, gostaria de tocar nas últimas perguntas dessa entrevista em alguns pontos
que, na minha visão, são críticos.
1) Conte um pouco da sua história. Como começou o seu trabalho com jogos cooperativos?
FOB: Minha história com os Jogos Cooperativos seria muito diferente se contada
separadamente a da história do Projeto Cooperação. Nascemos em 1992, sonhando
realizar ações que estimulassem a prática da Cooperação em organizações de todos os
tipos: empresariais, escolares, comunitárias, familiares, governamentais e não
governamentais. De lá para cá, temos realizado uma boa parte desse sonho (que se
atualiza a cada momento) através de palestras, oficinas, cursos e consultoria; da
publicação de livros, realização de eventos (em especial, o Circulando Cooperação... no
Rio, em setembro de 2003) e do programa de Pós-graduação em Jogos Cooperativos, em
parceria com a Unimonte, em Santos-SP. Hoje, estamos sendo desafiados a descobrir
como ampliar e aprofundar a pratica da Cooperação dentro de nossa própria
Organização, para que possamos seguir em frente como uma Comum-Unidade viva e
cheia de Com-Fiança na Cooperação (im) possível para todos e em todos os lugares.
2) Você pode citar algum caso de sucesso em empresas, registrado após a aplicação de suas
oficinas?
FOB: Nos termos da Cooperação, os indicadores de sucesso estão bem próximos aos da
felicidade, sendo que um deles, é a vontade de continuar jogando juntos! Podemos dizer
que ao longo de 14 anos de atuação, nós do Projeto Cooperação temos tido muitos
motivos para nos sentirmos bem sucedidos e felizes, especialmente, porque temos tido a
honra e o prazer de Jogar com muitos bons parceiros, entre eles: Motorola, Unilever,
Petrobrás, Gerdau, Caixa Econômica Federal, Redecard, Nestlé, Banco do Brasil, SBT,
Eliane, Unimed, Viacredi, Natura, Seagram do Brasil, Hospital 9 de Julho, Hospital
Oswaldo Cruz, entre outros.
• Estou neste mês justamente iniciando uma nova fase na minha vida
profissional, (...) a partir de agora assumirei a gerência de um grupo
de 17 pessoas. Vocês não imaginam o quanto o curso e tudo que
vivenciamos juntos está me ajudando nesta empreitada! E como com
a visão um pouco mais ampliada estou me sentindo muito mais
tranquila e preparada para lidar com o grupo, resolver os conflitos,
buscando o consenso e procurando harmonizar o grupo e o ambiente
de trabalho. (M.Y. – Banco do Brasil – Brasília-DF)
FOB: Estamos todos aprendendo com cada experiência que convivemos. Por isso é
importante que sejamos estimulados a seguir descobrindo melhores maneiras para
realizar metas, solucionar problemas e harmonizar conflitos. Nesse sentido, um dos
desafios fundamentais de toda Liderança é saber reconhecer e estimular o
desenvolvimento das Co-opetências Essenciais em cada pessoa. Essas Co-opetências
estão muito mais ligadas à Vocação e menos relacionadas à Ocupação. Quando somos
motivados a Ser-e-Fazer quem somos e o que trazemos como potencial original,
restauramos o vigor e a beleza da Cooperação, através da qual, realizamos o que
sozinhos jamais realizaríamos tão bem e com tanta economia e satisfação.
FAÇA COM-TATO