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VIEIRA, Alberto(1996),
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PARAA HISTÓRIADA
AUTONOMIANA
MADEIRA
Introdução
A criação do conceito
História da autonomia
Cronologia
Bibliografia
Textos
"Dar autonomia à Madeira, é construi-la em unidade política e
administrativa. (...) É reconhecer que a Madeira pela sua situação
geográfica, pela qualidade e número das suas relações com o mundo,
pelos usos e costumes do seu povo, pelo grau de desenvolvimento
moral, intelectual, agrícola, industrial e comercial, adquiriu uma
fisionomia própria e especiais interesses colectivos próprios, que a
individualizam como região e como agregado social. Daqui surge a
necessidade duma diferenciação nos processos políticos e
administrativos a aplicar-lhe"
A Autonomia é uma realidade vivencial que não se compadece com a frieza dos
conceitos.
Lamentavelmente, este debate foi sol de pouca dura pois que se afogou na
esperança adiada, que foi o Estado Novo. Este apagou a autonomia o político e
procurou trazer para o seu seio alguns dos principais arautos, como foi o caso
de Manuel Pestana Reis. A autonomia ficou adormecida até que nova mudança
política veio trazer ao de cima esta ancestral reivindicação que nos possibilitou
as armas para vencer os desafios do presente e projectar os rumos do futuro.
Hoje podemos dizer que a autonomia política não é uma palavra vã e que nos
foi dada a possibilidade de afirmação da nossa vontade e especificidades
próprias. E, tal como referiu M. Pestana Reis em 1922, podemos repetir hoje
com segurança que "a autonomia não é um grito de revolta, mas simples petição
de justiça. Adquirimos direitos, exigimos que os reconheçam e nos garantam o
seu livre gozo e exercício".
A criação do conceito e a realidade envolvente
A ilha assume-se como uma região particular, tendo uma identidade própria.
É, no entender de Lucien Febvre, um "pequeno quadro natural". É por si só uma
unidade social, económica e política, constituindo uma forma singular de ser
mundo. O mar, factor de aproximação e isolamento, é o principal gerador dessa
individualização. Por tudo isto é possível falar do mundo insular, assente numa
singular personalidade, numa particular cosmovisão, ou melhor ainda, numa
forma de ser e estar no mundo.
Estes são alguns dos espinhos que atingiram o Estado Novo e testemunham a
nossa luta pela liberdade e democracia. Nada disto foi esquecido pelo Dr.
Oliveira Salazar que como ministro das Finanças e, depois, presidente do
conselho, resolveu vingar-se da rebeldia insular com o ataque à autonomia e no
abandono a que fomos votados, não obstante algumas medidas de cosmética
que não conseguiram solucionar os problemas mas apenas adiar. Mais, tentou-
se apagar a forte consciência autonómica que animou a politica madeirense nos
anos vinte.
A Junta Geral é a expressão desta nova realidade, adquirindo nas ilhas uma
estrutura distinta na sua organização e funcionamento. Todavia esta autonomia
administrativa não convenceu os madeirenses. À crise política junta-se a
económica, esta última agravada com a primeira grande guerra. O isolamento a
que ficou votada a ilha testemunha mais uma vez a orfandade da mãe-pátria.
Deste modo em 1917 a autonomia surge como uma emanação prática. A
solução da crise passa por uma autonomia, aqui considerada como a via para a
solução desses problemas. No post-guerra mantiveram-se os problemas a
acalentar a opção autonómica. As comemorações do descobrimento da ilha em
1922 serviram de pano de fundo para nova reivindicação da autonomia. No
folheto evocativo da efeméride Manuel Pestana Reis lançou o mote. O debate
passou às páginas dos jornais. Foi o responsável da comissão executiva da Junta
Geral, Dr. Fernando Tolentino da Costa, quem reclamou perante o presidente
da República de passagem na ilha, a revisão do estatuto de autonomia das ilhas.
A luta contra o regime político caído em 1974 esteve muitas vezes ligada à
batalha pela autonomia. Desde a década de vinte que se haviam bloqueado
todas as saídas. Por isso a queda do regime abriu a porta para a afirmação dos
impulsos autonomistas, refreados por mais de cinquenta anos. O vinte e cinco
de Abril é o princípio do processo de mudança, legitimado em pleno com a
Constituição da República de 1976. Pela primeira vez na História de Portugal a
autonomia política não é uma palavra vã e às ilhas foi dada a possibilidade de
afirmação da sua vontade e especificidades próprias. Deste modo, para nós,
madeirenses, o vinte e cinco de Abril de 1974 é também sinónimo de
autonomia. Ele pode ser definido pela seguinte trilogia: liberdade, democracia e
autonomia. Foi, na verdade, um virar de página e, por isso, assume particular
significado. Para trás ficou um passado de sofrimento e de angústia, mas
também de luta permanente pelos nossos interesses e direitos políticos.
Não mais a solução dos nossos reais problemas terá de passar pelo crivo de
alguém distante. Todos eles têm ou podem ter resposta no momento certo em
instituições próprias. É esta capacidade de opção, de definir o rumo e de
encontrar soluções para o dia a dia. Que nos permite aquilatar quão importante
é para nós esta data. Ela não deve ser entendida como um corte com o passado,
mas sim a passagem daquilo que nos impuseram para o que queremos ser e
estamos a construir.
JARDIM, Alberto João Jardim, Tribuna Livre. 1974-78, 3 vols., Ponta Delgada,
1995.
AUTONOMIA DA MADEIRA
Esses direitos. E aqui está porque a nossa voz soa a quebrado, colidem, de certo
modo com os princípios da democracia pura. E digo de certo modo, porque o
sistema político, dito democrático, que nos rege, é manifestamente híbrido. Em
boa democracia a centralização é a regra. Todas as funções se concentram nas
mãos do Estado. A Nação resume-se numa abstracta consciência colectiva que
se define pela lei do número que por sua vez, se concretiza nos poderes
legislativo e executivo. Uma republica individualista e egualitaria, como parece
ser a nossa, só aberrativamente comporta uma, administração diferenciada e
fraccionada por autonomias locaes. O Estado dividiu o Paiz em províncias,
distritos, concelhos e freguezias. Administrativamente a província nada
significa, é uma designação que ficou dos velhos tempos que se conserva em
atenção à história. As restantes divisões são arbitrárias. Criou-as o Estado para
escalonar e facilitar a sua administração. A sua base J o cadastro populacional.
O Estado define-as e limita-as pelo número de habitantes, de contribuintes e
deleitares. Por cada uma distribua um número certo de funcionários que o
representam e executam serviços em seu nome. Tudo isto J uniforme e
puramente mechanico.
Na base não falo num corpo legislativo, Esta função é importante e essencial.
Basta atender-se ao que se está passando com as questões que mais interessam a
nossa vida económica. E já vasta a legislação especial aplicada unicamente <
Madeira. O regime sacarino, o regime dos trigos e farinhas, o regime vinícola,
etc. Mas ha ainda o regime dos bordados, das manteigas, do turismo, das obras
e exploração do porto, afora as questões d'aguas, de colonia, de baldios, de
florestas e outras sobre que nos temos de pronunciar criando formulas jurídicas
que satisfaçam as suas especiais condições e os seus fins. E não nos digam que
tudo isso nos pôde vir por meio dum parlamento nacional! A mecânica e
composição do Congresso da Republica obstam a que taes assuntos sejam
resolvidos a nosso contento. O sistema parlamentar, entregue a partilhas
partidárias, pouco mais produz do que intriga política. Os nossos interesses, as
nossas necessidades não são atendidas, porque se não cura do seu estudo e
porque os senhores deputados nos ignoram completamente, quando nos não
desprezam. Ora nós, se queremos viver e progredir, temos de fugir à intriga
política e acomodar-nos dentro de fórmulas políticas e administrativas que nos
permitam regular as questões regionaes por nós mesmos, livres da acção imoral
de agenciadores de votos.
A base 70 consigna uma percentagem fixa das nossas receitas para o Estado. I a
inversa do que se dá presentemente. Mas assim J que deve ser. O produto do
nosso trabalho, das nossas riquezas, deve ser aplicado em nosso proveito. O que
não faz sentido é que se esteja a contribuir para as obras do Porto de Leixões,
para o sorvedouros dos bairros sociaes e de todas as revoluções que a irrequieta
gente da Capital queira fazer e alimentar.
Artigo 13.° As juntas gerais dos distritos autónomos serão constituídas por
quinze membros, dos quais nove electivos, sendo seis eleitos pela maioria e três
pela minoria, e os restantes seis vogais natos, que serão os seguintes: o
secretário-geral do governo civil ou o funcionário que o substituir, quando
aquele exerça funções de governador civil; o reitor do liceu, o inspector de
sanidade marítima, o inspector de sanidade terrestre, o engenheiro director dos
serviços de obras públicas e o engenheiro agrónomo chefe dos serviços
respectivos ou o intendente de pecuária do distrito, pertencendo a efectividade
ao mais velho dos dois.
Não, Srs. da Ditadura! Não se atira assim, com tanta leveza de ânimo Cor
que não dizê-lo? Com tanta insensatez, o brio, o orgulho, os claros sentimentos
patrióticos dos madeirenses, para a crítica severa do estrangeiro, que, de boa fé,
aceitará a informação, supondo-a correspondendo a uma verdade. Não, oh Srs.
da Ditadura! Através das nossas paixões, das nossas relações políticas, uma
coisa deve haver a pairar mais alto: a unidade da nossa dedicação à Pátria, o
desejo ardente de todos os portuguesesseja qual for o torrão que pisem de
bem servir a Pátria, de engrandecer e dignificar Portugal. Para os estrangeiros,
para a opinião estrangeira, deve-se sempre acentuar, firmemente, esta verdade:
nas nossas lutas, mesmo no seu entrechoque mais vivo ou mais sangrento,
nunca esquecemos o nosso orgulho de sermos portugueses, portugueses acima
de tudo! Por febril patriotismo, que é bem do nosso feitio e timbre de Raça, e
atépor elegância moral.
O que disse o Governo da Ditadura para o estrangeiro foi uma calúnia. Uma
calúnia grave, ignominiosa, que repetimos!
É certo que a Madeira tem ainda o seu problema local por resolver; é certo que a
Madeira pugna, e tem pugnado, sem desfalecimentos, para que os Poderes
Públicos lhe dêem aquela necessária autonomia administrativa que permita
desenvolver as suas estupendas fontes de riqueza, as suas extraordinárias
possibilidades económicas; é certo também que o povo madeirense possue um
vibrante sentimento regionalista, um grande amor por este sagrado torrão, que
é uma maravilha bem-dita da Natureza. É absolutamente verdade! Mas,
autonomia política, mas independência política, não a desejamos, não a
queremos. Orgulhamo-nos tanto de ser portugueses, que só uma História nos
serve, a de Portugal!
Art. 2.° Os distritos autónomos do Funchal e de Ponta Delgada são de 1.a
ordem; os restantes distritos autónomos são de 2.a ordem.
Art. 3.° Cada distrito das ilhas adjacentes constitui uma pessoa moral de
direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira.
Art. 4
- O órgão da administração distrital autónoma é a junta geral, que exerce
as suas atribuições e competência directamente ou por intermédio de uma
comissão executiva.
Art. 6.° As juntas gerais poderão deliberar a criação de quaisquer órgãos
privativos de consulta, de carácter permanente ou transitório, com a
composição que determinarem e para fins relativos ao exercício das suas
atribuições e competência.
Art. 7.° As juntas gerais poderão sempre solicitar o parecer dos órgãos
consultivos da administração central do Estado acerca de negócios dos serviços
públicos que lhes estejam confiados e sobre que tenham de deliberar.
1.° A junta geral tem presidente, nomeado por quatro anos, pelo governador
do distrito, de entre os procuradores eleitos, podendo excepcionalmente recair a
nomeação em pessoa estranha ao corpo administrativo desde que tenha
revelado méritos extraordinários em serviços prestados ao Estado
1.° Os procuradores natos são substituídos, nas faltas e impedimentos legais,
por quem suas vezes fizer nos lugares públicos que desempenham.
2.° Quando o Ministro das Obras Públicas considere inconveniente a
participação dos engenheiros a que se refere a alínea c) nas juntas gerais, serão
substituídos por procuradores de nomeação do mesmo Ministério, escolhidos
de preferência de entre indivíduos diplomados com curso superior de
engenharia.
Art 10.° Os restantes procuradores serão eleitos, em lista completa e por
escrutínio secreto, pelas câmaras municipais e organismos corporativos morais,
culturais e económicos do distrito
Tentar separar a Madeira do todo nacional, para além de ridículo constitui uma
machadada grave na consciência do País. E significa abandonar esta minúscula
porção de terra a ambições vorazes e estranhas, das quais não nos saberíamos,
nem nos poderíamos defender.
30-10-1974
(Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, 1995, p.12-13)
O Governador numa região autónoma deve ser eleito por sufrágio directo e
universal, e por maioria absoluta. Um período de quatro anos pode considerar-
se razoável. Mas o princípio da não reeleição é útil porque não faz a governação
cair numa rotina perniciosa, nem faz cultivar o gosto ou o vício pelo poder. Na
Madeira, pois uma vez vigente uma lei orgânica a subordinar este território a
uma estrutura efectivamente autónoma, seria num Governador assim eleito que
se centralizariam os Serviços Distritais. Ele responderia politicamente perante o
eleitorado, e legalmente perante os Tribunais. (...)
29-12-74
Ora. Para que uma região autónoma possa conscientemente planear o seu
futuro e repartir as receitas disponíveis pelas prioridades julgadas mais
convenientes. Não ficando assim à mercê de contingências estranhas. Há um
sector onde a autogerência deve indiscutivelmente manifestar-se. O campo
financeiro.
31.12.74
11.02.75
Autonomia que não é o mesmo do que descentralização. Esta é uma praxis que
é possível até desenvolver em sistemas de integração. Bastando para tal uma
especial distribuição de tarefas ao nível dos vários postos da hierarquia
administrativa. Autonomia não significa uma mera execução mais
responsabilizada. Vai mais longe. Robustece os laços entre as parcelas do todo
nacional, através de um funcional Esquema de articulação em que os problemas
específicos de cada território são legislados localmente com realismo,
permitindo aos órgãos da cúpula nacional uma actuação mais preocupada com
os problemas da comunidade no seu global, na potencial certeza que, por sua
vez, constitui até um importante factor para uma actuação mais eficiente, mais à
vontade, do poder central.
18.12.75
A História mais que comprovou que enquanto a Madeira não for governada do
Funchal e definirem os Madeirenses as estruturas tidas por mais convenientes,
as coisas correrão sempre mal no nosso Arquipélago, as necessidades populares
não estão célere e correctamente atendidas. Mais. O descontentamento assim
permanentemente gerado será sempre factor desagregador da sociedade
portuguesa, em vez de obter-se a meta almejada do robustecimento da
República, da Democracia e da Justiça Social.
Também a História tem provado que nós, Madeirenses, capazes de fazer tanta
coisa gigante em todo o canto do mundo como temos sabido executar, cá,
dentro de casa, somos ilhas na Ilha. Ora, ou acabamos com o individualismo
egoísta, com os interesses de clãs, com os espíritos de classe, ou então nunca
seremos capazes de realizar cá dentro, a epopeia que diariamente erguemos em
cada esquina do mundo. E a hora em que presentemente vivemos é de desafio.
Ou arrancamos agora, mesmo no meio de uma crise ameaçadora, ou teremos de
esperar muito tempo. Muito tempo mesmo. Que os egoístas, os clãs, as falsas
elites ao menos deixem os outros trabalhar...
Mas essa íntima interdependência, a ponto de formar um todo só, não pode ser
concebida em relação a áreas descontíguas, que formam uma individualidade
geográfica, um espaço próprio distinto do continental. As fronteiras do nosso
Arquipélago são tão radicalmente definidas, que o isolam como zona
individualizadíssima. Insusceptível do mero tratamento de província em
paridade por exemplo com o Algarve em relação ao Continente, por exemplo.
15.01.76 (Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, 1995, vol. II, p.29-
30)
Vamos pensar a sério em nós, Povo Madeirense. Mas com o espírito aberto à
autenticidade e não ao sectarismo nem ao pacto com a mediocridade. A
Madeira será aquilo que os Madeirenses quiserem e fizerem. Por muito que
custe ou por muito que demore. Mas é preciso acima de tudo saber querer e,
principalmente saber fazer.
29-01-76
(Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, vol. II, 1995, p.53)
30.02.76
(Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, 1995, vol.II, p.87-89)
16-05-7
(Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, 1995, vol.II, p.230-231)
Sou dos que venho criticando aqueles que tomam posições radicais nas relações
Continente-llhas.
Creio mesmo que não existe o que se poderá chamar uma "consciência
nacional" com a generalização que ela por definição impõe. O que noto é que há
um sentimento fortemente regionalista a correr sérios riscos de se transformar
em "separatismo" na grande maioria da população, se o Governo Central
continuar a fazer as asneiras que faz, continuar a praticar interpretações legais
prepotentes - como a dos casos em que os Governos Regionais têm que ser
ouvidos se os problemas da Madeira andarem por mãos de políticos ou
autoridades que não sabem distinguir "regionalismo" de "separatismo"; que não
compreendem, por dentro, a consciência regionalista e autonómica do Povo
local.(...)
1.02.77
(Alberto João Jardim, Tribuna Livre, Ponta Delgada, 1995, vol. III p.55-57)
1977. Regime Politico Administrativo da Madeira e Açores
TÍTULO VII
Regiões autónomas
ARTIGO 229.
(Poderes das regiões autónomas)
1. As regiões autónomas são pessoas colectivas de direito público e têm
os seguintes poderes, a definir nos respectivos estatutos:
i) Exercer poder tributário próprio, nos termos da lei, e dispor de receitas fiscais
nelas cobradas e de outras que lhe sejam atribuídas e afectá-las às suas
despesas, bem como adaptar o sistema fiscal nacional às especificidades
regionais, nos termos de lei-quadro da Assembleia da República;
J) Criar e extinguir autarquias locais, bem como modificar a respectiva área, nos
termos da lei;
ARTIGO 230.
(Limites dos poderes)
ARTIGO 235
. (Assinatura e veto do Ministro da República)
Perdoe-me V. Ex.a a extensão desta carta. Ela lhe provará [...] o cuidado que me
merece essa Madeira encantada e infinitamente ingrata. Em toda a parte há
gente que não sabe agradecer, mas uma terra inteira, cheia de benefícios e
desconhecedora deles, só a Madeira. E porquê? Porque no fundo deseja o que
não pode ter, quer o que não é capaz de realizar e faz ideia que é ao Governo
que cabe a responsabilidade dos erros e dos crimes praticados pelos seus
naturais.
TITULO I
Art. 5IA Região tem bandeira. brasão de armas, selo e hino próprios,
aprovados pela Assembleia Legislativa Regional.
Art. 8.° IA Região exerce poder tributário próprio nos termos da lei e
dispõe das receitas fiscais nela cobradas, bem como de outras que lhe sejam,
atribuídas, nomeadamente as geradas no seu espaço territorial.