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JUNHO DE 2007
PREFÁCIO
ii
CONTEÚDO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 1
iii
2.3.2 FORMULAÇÃO DO MODELO ESPECTRAL ......................................................................... 47
2.3.3 ESPECTRO DE PIERSON-MOSKOWITZ .............................................................................. 49
2.3.4 ESPECTRO DE JONSWAP .................................................................................................. 51
2.4 FORÇAS GERADAS PELA MOVIMENTAÇÃO DO FLUIDO INDUZIDA PELAS ONDAS ....... 54
2.4.1 FORMULAÇÃO DE MORISON ........................................................................................... 54
2.4.2 FORMULAÇÃO DE FROUDE-KRYLOV .............................................................................. 57
2.5 FORÇAS DE CORRENTEZA ................................................................................................ 59
2.5.1 INTERAÇÃO COM AS FORÇAS DE ONDA: INTERAÇÃO FÍSICA .......................................... 59
2.5.2 INTERAÇÃO COM AS FORÇAS DE ONDA: INTERAÇÃO ESTATÍSTICA ............................... 60
2.6 VENTO ............................................................................................................................... 61
2.6.1 CÁLCULO DAS FORÇAS: PARCELA ESTÁTICA ................................................................. 61
2.6.2 CÁLCULO DAS FORÇAS: PARCELA DINÂMICA ................................................................ 62
3. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 64
iv
1. INTRODUÇÃO
O objetivo principal desta seção é introduzir os conceitos básicos necessários para
o entendimento dos problemas relacionados com a Hidrodinâmica de Estruturas
Offshore. Os quais incluem conceitos matemáticos relacionados com cálculo vetorial,
equações diferenciais ordinárias e parciais, e, conceitos de Mecânica dos Fluidos.
Um campo vetorial é uma função que associa, a cada ponto do espaço, um vetor.
Campos vetoriais são geralmente utilizados na física para indicar, por exemplo, a
velocidade e a direção de um fluido se movendo pelo espaço, ou o comprimento e
direção de alguma força, tal como a força magnética ou gravitacional, com seus valores
de ponto em ponto.
→
F (X )
X A
Em resumo, um campo vetorial é uma função que associa a cada ponto um vetor,
cujas componentes variam, de ponto para ponto, de maneira contínua e diferenciável.
Isto significa que podemos calcular as derivadas parciais dessas componentes, obtendo
novas funções contínuas.
1
Figura 2 – Campo vetorial dado por vetores da forma (-y, x).
→
O gradiente de uma função f(x1, x2,...,xn), denotado por grad ( f ) ou ∇f(x1, x2,..,xn),
é um vetor de derivadas parciais da função f:
→ ⎛ ∂f ∂f ∂f ⎞
grad ( f ) = ∇f ( x1 , x2 ,..., xn ) = ⎜⎜ , ,..., ⎟⎟ (1.1)
⎝ ∂x1 ∂x2 ∂x n ⎠
Dado um ponto (x1, x2,...,xn), a direção dada pelo vetor gradiente é a direção de
maior crescimento em torno deste ponto, ou seja, o vetor gradiente indica a máxima
variação da função e o sentido que essa variação tem.
2
1.1.3 Rotacional
→ → → →
Consideremos o campo vetorial F ( x, y, z ) = P( x, y, z ) i + Q( x, y, z ) j + R( x, y, z ) k
definido no domínio Ω ⊂ ℜ . Suponhamos que P, Q e R admitam derivadas parciais em
3
→ →
Ω. O rotacional de F , que se indica por rot F , é o campo vetorial definido em Ω e
dado por
→ ⎛ ∂R ∂Q ⎞ → ⎛ ∂P ∂R ⎞ → ⎛ ∂Q ∂P ⎞ →
rot F = ⎜⎜ − ⎟⎟ i + ⎜ − ⎟ j + ⎜⎜ − ⎟⎟ k (1. 2)
⎝ ∂y ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂x ⎠ ⎝ ∂x ∂y ⎠
O rotacional corresponde a um vetor tangencial à superfície de uma função. É um
operador vetorial que mostra a tendência de um campo vetorial de girar ao redor de um
ponto.
∂R ∂ y .
→ →
O rotacional pode ser expresso como um produto vetorial: rot F = ∇ × F , onde
∇ é o operador nabla
∂ → ∂ → ∂ →
∇= i+ j+ k (1. 4)
∂x ∂y ∂z
→ → → →
Seja o campo vetorial definido por F ( x, y, z ) = ( xy) i + ( yz 2 ) j + ( xyz) k . O
→
rot F será:
r r r
i j k
r ∂ ∂ ∂ r r r
rotF = = ( xz − 2 yz )i + (0 − yz ) j + (0 − x)k
∂x ∂y ∂z
xy yz 2 xyz
portanto,
→ → → →
rot F = z ( x − 2 y ) i + ( yz ) j − ( x) k
3
→ →
OBS.: Seja F : Ω ⊂ ℜ n → ℜ n (n = 2,3) um campo vetorial qualquer; dizemos que F é
→ → → → →
irrotacional se e somente se rot F = 0 em Ω. F irrotacional ⇔ rot F = 0 .
1.1.4 Divergente
r
Seja F = ( F1 , F2 ,K , Fn ) um campo vetorial definido no aberto Ω ⊂ ℜ n e
⎛ ∂ ∂ ∂ ⎞ ∂F ∂F ∂F
⎟⎟ ⋅ (F1, F2, ...Fn ) = 1 + 2 + ... n
→
∇. F = ⎜⎜ , ,..., (1. 5)
⎝ ∂x1 ∂x 2 ∂xn ⎠ ∂x1 ∂x2 ∂xn
Pode-se definir o divergente de um campo vetorial, como a medida da dispersão
de seus vetores num determinado ponto.
4
fluido. A mesma situação surge com medidas da mudança da densidade, temperatura,
etc.
5
1.2 Mecânica dos Fluidos
6
Figura 5 – Escoamento turbulento.
1.2.3 Densidade
7
temperatura. Normalmente a temperatura usada é 4º , porque nesta temperatura a massa
específica da água é de 1000kg/m3.
ρ fluido
SG = (1. 9)
( ρ água )4o C
O valor de SG não depende do sistema de unidades utilizado. O peso específico a
massa específica, e a densidade são interdependentes.
A Hidrodinâmica é o estudo geral da dinâmica dos líquidos, bem como dos gases
incompressíveis sob a influência de pequenas variações de pressão. Dinâmica dos gases
á o estudo geral dos gases compressíveis sob a influência de pressões, causando,
comparativamente, grandes variações de massa específica.
Viscosidade é definida como a propriedade que um fluido tem para resistir a razão
de deformação quando o fluido é submetido a forças tangenciais. De acordo com a lei
de Newton da viscosidade (definindo os fluidos newtonianos), para uma dada tensão
cisalhante agindo num elemento fluido, a razão com a qual o fluido se deforma é
inversamente proporcional ao valor da viscosidade. Isto implica que quando submetido
a uma tensão cisalhante constante, a razão com que a deformação se dá é maior para
fluidos com menores valores de viscosidade.
8
A fim de ajudar a visualizar a natureza da viscosidade e das tensões de
cisalhamento, o seguinte exemplo será considerado. A Figura 6 representa um sistema
de coordenadas cartesianas com centro no ponto O, através do qual um fluido é
considerado em movimento. Para simplificar, assumimos que a velocidade (u) resultante
do fluido está na direção Ox e sua magnitude varia linearmente somente com y.
y
L1
L2
o u, x
De acordo com a lei de Newton da viscosidade a tensão cisalhante tem que ser
proporcional à razão de variação no tempo da deformação angular e a constante de
proporcionalidade é a viscosidade dinâmica μf
d ⎛ dx ⎞
τ xy = μ f ⎜ ⎟ (1. 11)
dt ⎜⎝ dy ⎟⎠
9
Invertendo a ordem da diferenciação temos
d ⎛ dx ⎞
τ xy = μ f ⎜ ⎟ (1. 12)
dy ⎝ dt ⎠
e como u = dx dt então
d
τ xy = μ f u (1. 13)
dy
Foi mencionado também que a tensão cisalhante é:
dθ
τ xy = μ f (1. 14)
dt
Acima apresentamos a relação entre a tensão atuando entre duas camadas de
fluido e a taxa de deformação por unidade de tempo introduzindo o conceito de
viscosidade. Para o caso mais geral de uma partícula fluida, a deformação dá-se em duas
direções. Consideremos então o caso de um quadrado infinitesimal com lados dx e dy. A
taxa de deformação total por unidade de tempo é dada pela soma das deformações em x
e em y:
dθ ∂v ∂u
= + (1. 15)
dt ∂x ∂y
e a tensão cisalhante resultante vale:
dθ ⎛ ∂v ∂u ⎞
τ xy = μ f = μ f ⎜⎜ + ⎟⎟ (1. 16)
dt ⎝ ∂x ∂y ⎠
Para movimentos sem fricção, implica que as tensões cisalhantes (ou de atrito)
não estão presentes, ou seja, τxy = 0.
10
1.2.6 Fluido Ideal e Fluido Real
Segue que duas camadas adjacentes de um fluido ideal podem mover-se com
velocidades distintas, sem que uma afete a outra por fricção interna. A única influência
que uma exerce sobre a outra é a de sua geometria, que tem que se amoldar com a outra.
Consequentemente, qualquer camada de um fluido ideal pode ser removida do
escoamento e substituída por um contorno sólido da mesma forma geométrica que a
camada removida. O que não alterará o escoamento restante.
Estudo dos fluidos ideais serão importantes para aplicação a regiões onde as
forças de origem viscosas são desprezíveis em comparação às forças inerciais.
11
1.3 As Formas Diferenciais das Leis Fundamentais
Muitas das equações descritas neste item são obtidas de princípios básicos de
conservação da massa, momento, e energia.
Na sua forma mais geral, uma lei de conservação estabelece que a razão de
mudança de uma propriedade continua L definida em todo volume de controle deve ser
igual aquilo que é perdido através das fronteiras do volume, carregado para fora pelo
movimento do fluido, mais o que é criado e/ou consumido pelas fontes e sorvedouros
dentro do volume de controle.
Em um fluido real a massa precisa ser conservada, isto é, não pode ser criada ou
destruída.
12
Identifique ρu, ρv e ρw no centro do elemento e trate cada uma dessas
quantidades como uma variável única.
⎡ ∂ ( ρv) dy ⎤ ⎡ ∂ ( ρv) dy ⎤
+ ⎢ ρv − ⎥ dxdz − ⎢ ρv − dxdz
⎣ ∂y 2 ⎦ ⎣ ∂y 2 ⎥⎦
⎡ ∂ ( ρw) dz ⎤ ⎡ ∂ ( ρw) dz ⎤ ∂
+ ⎢ ρw − ⎥ dxdy − ⎢ ρw − ⎥ dxdy = ( ρ dx dy dz ) (1. 18)
⎣ ∂z 2 ⎦ ⎣ ∂z 2 ⎦ ∂t
Aplicando a propriedade distributiva tem-se
∂ ( ρu ) dx ∂ ( ρu ) dx
ρu ( dydz ) − dydz − ρu ( dydz ) − dydz
∂x 2 ∂x 2
∂ ( ρv) dy ∂ ( ρv) dy
+ ρv( dxdz ) − dxdz − ρv( dxdz ) − dxdz
∂y 2 ∂y 2
∂ ( ρw) dz ∂ ( ρw) dz ∂
+ ρw( dxdy ) − dxdy − ρw(dxdy ) − dxdy = ( ρ dx dy dz ) (1. 19)
∂z 2 ∂z 2 ∂t
Somando os termos semelhantes, obtemos
∂ ( ρu ) dx ∂ ( ρv) dy ∂ ( ρw) dz ∂
−2 dydz − 2 dxdz − 2 dxdy = ( ρ dx dy dz ) (1. 20)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 ∂t
Dividindo todos os termos por dxdydz, temos:
∂ ∂ ∂ ∂
− ( ρu ) − ( ρv ) − ( ρw) = ρ (1. 21)
∂x ∂y ∂z ∂t
A massa específica é considerada uma variável, então podemos derivar os
produtos e a equação (1.21) toma a seguinte forma:
∂u ∂ρ ∂v ∂ρ ∂w ∂ρ ∂ρ
ρ +u + ρ +v + ρ+w + =0 (1. 22)
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z ∂t
ou
∂ρ ∂ρ ∂ρ ⎛ ∂u ∂v ∂w ⎞ ∂ρ
u +v +w + ρ ⎜⎜ + + ⎟⎟ + =0 (1. 23)
∂x ∂y ∂z ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠ ∂t
Em termos de derivada material,
Dρ ⎛ ∂u ∂v ∂w ⎞
+ ρ ⎜⎜ + + ⎟⎟ = 0 (1. 24)
Dt ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠
13
Essa é a forma mais geral da equação diferencial da continuidade expressa em
coordenadas retangulares. Introduzindo o operador nabla na equação (1.24) ela pode,
então, ser escrita na forma
Dρ →
+ ρ∇. v = 0 (1. 25)
Dt
→ → → → →
Em que v = u i + v j + w k e ∇. v é o divergente da velocidade. Essa forma da
equação da continuidade não se refere a nenhum sistema de coordenadas particular. É a
forma usada para expressar a equação da continuidade em vários sistemas de
coordenadas.
14
D
(ρvi ) + ∇.⎛⎜ ρvi v ⎞⎟ = ρf i
→
(1. 29)
Dt ⎝ ⎠
ρf i é a i-ésima componente da força atuando no fluido (sempre força por unidade
de volume. As forças comumente encontradas incluem a gravidade e gradientes de
pressão.
São nove as componentes de tensão (Figura 8), sendo três componentes de tensão
normal ( σ x , σ y e σ z ) e seis componentes de tensão tangencial ou cisalhante ( τ xy , τ yz ,
15
Com base na equação (1.16) essas tensões cisalhantes podem ser escritas da
seguinte forma:
⎛ ∂v ∂u ⎞
τ xy = τ yx = μ f ⎜⎜ + ⎟⎟ (1. 33a)
⎝ ∂x ∂y ⎠
⎛ ∂v ∂w ⎞
τ yz = τ zy = μ f ⎜⎜ + ⎟⎟ (1. 33b)
⎝ ∂z ∂y ⎠
⎛ ∂w ∂u ⎞
τ xz = τ zx = μ f ⎜ + ⎟ (1. 33c)
⎝ ∂x ∂z ⎠
Usaremos essas nove componentes para nas deduções relacioná-las aos campos de
pressão e de velocidade.
16
(refazer esta figura)
a forma:
⎛ ∂σ x dx ⎞ ⎛ ∂τ yx dy ⎞ ⎛ ∂τ dx ⎞ ⎛ ∂σ x dx ⎞
⎜σ x + ⎟dydz + ⎜⎜τ xy + ⎟⎟dxdz + ⎜τ zx + zx ⎟dxdy − ⎜ σ x − ⎟dydz
⎝ ∂x 2 ⎠ ⎝ ∂y 2 ⎠ ⎝ ∂z 2 ⎠ ⎝ ∂x 2 ⎠
⎛ ∂τ yx dy ⎞ ⎛ ∂τ dx ⎞ Du
− ⎜⎜τ yx + ⎟⎟dxdz − ⎜τ zx − zx ⎟dxdy + ρg x dxdydz = ρdxdydz (1. 35)
⎝ ∂y 2 ⎠ ⎝ ∂z 2 ⎠ Dt
Du
em que a componente do vetor g, que age na direção x é gx e é a componente x da
Dt
aceleração da partícula do fluido. Depois de dividir a equação (1.35) pelo volume
dxdydz, obtemos:
Du ∂σ x ∂τ yx ∂τ zx
ρ = + + + ρg x (1. 36)
Dt ∂x ∂y ∂z
similarmente, para as direções y e z, temos:
Dv ∂τ xy ∂σ y ∂τ zy
ρ = + + + ρg y (1. 37)
Dt ∂x ∂y ∂z
Dw ∂τ xz ∂τ yz ∂σ z
ρ = + + + ρg z (1. 38)
Dt ∂x ∂y ∂z
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1.3.4 Equação de Euler
⎡p 0 0⎤
Π = − ⎢⎢ 0 p 0 ⎥⎥ (1. 39)
⎢⎣ 0 0 p ⎥⎦
Para tais escoamentos suponha que as componentes de cisalhamento sejam
desprezíveis e as componentes normais da tensão sejam iguais à pressão estática com
sinal negativo, introduzindo essas componentes nas equações (1.36), (1.37) e (1.38)
obtem-se, para esse escoamento sem atrito
Du ∂p
ρ = − + ρg x (1. 40)
Dt ∂x
Dv ∂p
ρ = − + ρg y (1. 41)
Dt ∂y
Dw ∂p
ρ = − + ρg z (1. 42)
Dt ∂z
Introduzindo o operador nabla na equação (1.43) ela pode, então, ser escrita na
forma:
→
Dv →
ρ = −∇p − ρg k (1. 44)
Dt
18
1.3.5 Equação de Navier-Stokes
Estas equações, diferentes das equações algébricas, não procuram estabelecer uma
relação entre as variáveis de interesse (por exemplo velocidade e pressão), em vez disto,
elas estabelecem relações entre as taxas de variação ou fluxos destas quantidades. Em
termos matemáticos, estas razões correspondem a suas derivadas. As equações de
Navier-Stokes para o caso mais simples de um fluido ideal com viscosidade zero,
estabelecem que a aceleração (a razão de variação da velocidade) é proporcional a
derivada da pressão interna.
Substituindo as expressões (1. 33a), (1. 33b), (1. 33c), (1. 34a), (1. 34b) e (1. 34c)
nas equações diferenciais de movimento (1.36), (1.37) e (1.38), obteremos:
Du ∂p ∂ ⎡ ⎛ ∂u 2 → ⎞⎤ ∂ ⎡ ⎛ ∂v ∂u ⎞⎤
ρ = ρg x − + μ f ⎜ 2 − ∇ v ⎟⎥ + ⎢ μ f ⎜⎜ + ⎟⎟⎥ +
Dt ∂x ∂x ⎢⎣ ⎝ ∂x 3 ⎠⎦ ∂y ⎣ ⎝ ∂x ∂y ⎠⎦
∂ ⎡ ⎛ ∂w ∂u ⎞⎤
+ μf ⎜ + ⎟ (1. 45)
∂z ⎢⎣ ⎝ ∂x ∂z ⎠⎥⎦
Dv ∂p ∂ ⎡ ⎛ ∂v ∂u ⎞⎤ ∂ ⎡ ⎛ ∂v 2 → ⎞⎤
ρ = ρg y − + ⎢ μ f ⎜ + ⎟⎥ + ⎢ μ f ⎜ 2 − ∇ v ⎟⎟⎥ +
Dt ∂y ∂x ⎣ ⎜⎝ ∂x ∂y ⎟⎠⎦ ∂y ⎣ ⎜⎝ ∂y 3 ⎠⎦
∂ ⎡ ⎛ ∂v ∂w ⎞⎤
⎢μ f ⎜ ++ ⎟⎥ (1. 46)
∂z ⎣ ⎜⎝ ∂z ∂y ⎟⎠⎦
Dw ∂p ∂ ⎡ ⎛ ∂w ∂u ⎞⎤ ∂ ⎡ ⎛ ∂v ∂w ⎞⎤
ρ = ρg z − + μ f ⎜ + ⎟ + ⎢ μ f ⎜ + ⎟⎥ +
Dt ∂z ∂x ⎢⎣ ⎝ ∂x ∂z ⎠⎥⎦ ∂y ⎣ ⎜⎝ ∂z ∂y ⎟⎠⎦
∂ ⎡ ⎛ ∂w 2 → ⎞⎤
+ μ f ⎜ 2 − ∇ v ⎟⎥ (1. 47)
∂z ⎢⎣ ⎝ ∂z 3 ⎠⎦
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que são as equações de Navier-Stokes.
Du ∂p ⎛ ∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u ⎞
ρ = ρg x − + μ f ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟ (1. 48)
Dt ∂x ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠
Dv ∂p ⎛ ∂ 2v ∂ 2v ∂ 2v ⎞
ρ = ρg y − + μ f ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟ (1. 49)
Dt ∂y ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠
Dw ∂p ⎛ ∂2w ∂2w ∂2w ⎞
ρ = ρg z − + μ f ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟ (1. 50)
Dt ∂w ⎝ ∂x ∂y ∂z ⎠
Admitindo que as forças do corpo derivam de um potencial gravitacional Ω = -gz,
obtemos a equação de Navier-Stokes para a hidrodinâmica:
→
Dv → ∇p →
= −g k − + μ f ∇2 v (1. 51)
Dt ρ
Para o caso do escoamento sem atrito ( μ f = 0 ), a equação (1.51) reduz-se à
20
1.4 Equações no Plano XZ
→ →
Então, para um escoamento irrotacional no qual rot v = ∇ × v = 0 , uma função
→
escalar Φ, deve existir tal que o gradiente de Φ seja igual ao vetor velocidade, v , desta
forma
→
v = ∇Φ (1. 53)
Assim,
∂Φ
u= (1. 54)
∂x
∂Φ
w= (1. 55)
∂z
as quais introduzidas na equação da continuidade (1. 27) conduz a
∂ 2Φ ∂ 2Φ
+ =0 (1. 56)
∂x 2 ∂z 2
ou, na forma vetorial,
∇ 2 .Φ = 0 (1. 57)
que é conhecida como equação de Laplace.
21
nas quais as forças viscosas são desprezíveis. Nestas regiões, diz-se que fluido é
invíscito, ou seja, μ f = 0 .
Todos os fluidos reais possuem viscosidade, mas há muitas situações nas quais a
hipótese de escoamento invíscito simplifica consideravelmente a análise e, ao mesmo
tempo, fornece resultados significativos.
Du ∂u ∂u ∂u 1 ∂p
= +u + w = − (1. 58)
Dt ∂t ∂x ∂z ρ ∂x
Dw ∂w ∂w ∂w 1 ∂p
= +u +w =− −g (1. 59)
Dt ∂t ∂x ∂z ρ ∂z
∂u ∂w
Substituindo-se a condição de irrotacionalidade no plano, = , em (1.58) e
∂z ∂x
(1.59) , tem-se:
∂u ∂u ∂w 1 ∂p ∂u ∂ ⎛ u 2 ⎞ ∂ ⎛ w 2 ⎞
+u + w =− = + ⎜ ⎟+ ⎜ ⎟ (1. 60)
∂t ∂x ∂x ρ ∂x ∂t ∂x ⎜⎝ 2 ⎟⎠ ∂x ⎜⎝ 2 ⎟⎠
∂w ∂u ∂w 1 ∂p ∂w ∂ ⎛ u 2 ⎞ ∂ ⎛ w 2 ⎞
+u + w =− −g = + ⎜ ⎟+ ⎜ ⎟ (1. 61)
∂t ∂z ∂z ρ ∂z ∂t ∂z ⎜⎝ 2 ⎟⎠ ∂z ⎜⎝ 2 ⎟⎠
Introduzindo (1.54) e (1.55) em (1.60) e (1.61), tem-se:
∂ 2Φ ∂ ⎛ u 2 ⎞ ∂ ⎛ w2 ⎞ 1 ∂p
+ ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ = − (1. 62)
∂x∂t ∂x ⎝ 2 ⎠ ∂x ⎝ 2 ⎠ ρ ∂x
∂ 2Φ ∂ ⎛ u 2 ⎞ ∂ ⎛ w2 ⎞ 1 ∂p
+ ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ = − −g (1. 63)
∂z∂t ∂z ⎝ 2 ⎠ ∂z ⎝ 2 ⎠ ρ ∂z
que podem ser reescritas na forma:
22
∂ ⎡ ∂Φ 1 2 p⎤
⎢ + (u + w 2 ) + ⎥ = 0 (1. 64)
∂x ⎣ ∂t 2 ρ⎦
∂ ⎡ ∂Φ 1 2 p⎤
⎢ + (u + w 2 ) + ⎥ = − g (1. 65)
∂z ⎣ ∂t 2 ρ⎦
Integrando-se em x e z as equações (1.64) e (1.65) tem-se:
∂Φ 1 2
+ (u + w 2 ) + = C ' ( z , t )
p
(1. 66)
∂t 2 ρ
∂Φ 1 2
+ (u + w2 ) + = C ( x, t ) − gz
p
(1. 67)
∂t 2 ρ
Substituindo a parcela do lado direito de (1.66) em (1.67), pode-se concluir que
∂Φ 1 2
+ (u + w2 ) + + gz = C (t )
p
(1. 69)
∂t 2 ρ
que é a equação de Bernoulli.
∂Φ p 1 ⎡⎛ ∂Φ ⎞ ⎛ ∂Φ ⎞ ⎤
2 2
+ + ⎢⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⎥ + gz = C (t ) (1. 70)
∂t ρ 2 ⎢⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎥⎦
a qual correlaciona a pressão do fluido, a ordenada z da partícula e o potencial de
velocidades.
23
ρ ⎡⎛ ∂Φ ⎞ ⎤ ρ ⎡⎛ ∂Φ ⎞ ⎛ ∂Φ ⎞ ⎤
2 2 2 2
⎛ ∂Φ ⎞
Δp = p A − p B = ⎢⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⎥ − ⎢⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⎥ +
2 ⎢⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎥⎦ B 2 ⎢⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎥⎦ A
⎡⎛ ∂ Φ ⎞ ⎛ ∂Φ ⎞ ⎤
+ ρ ⎢⎜ ⎟ −⎜ ⎟ ⎥ + ρ g (Z B − Z A ) (1. 71)
⎣ ⎝ ∂ t ⎠ B ⎝ ∂ t ⎠A⎦
Note-se que a constante de Bernoulli C(t) é a mesma em nos pontos A e B de tal
forma que nos permite subtraí-la da equação (1.70).
∂f (t )
¾ Define-se a função = C (t )
∂t
∂ (Φ + f (t ) ) 1 ⎡⎛ ∂Φ ⎞ ⎛ ∂Φ ⎞ ⎤ p
2 2
+ ⎢⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⎥ + + gz = 0 (1. 72)
∂t 2 ⎣⎢⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎦⎥ ρ
¾ Define-se
∂Φ ∂Φ'
u= = (1. 75)
∂x ∂x
e
∂Φ ∂Φ'
w= + (1. 76)
∂z ∂z
24
2. FORÇAS AMBIENTAIS
2.1 Introdução
Este capítulo apresentará a formulação para o cálculo das forças externas que
agem em estruturas flutuantes offshore.
Para o cálculo das forças devidas à movimentação do fluido induzida pelas ondas
e pela correnteza, atuando tanto no casco da plataforma quanto nas linhas de ancoragem
e risers, é necessário inicialmente apresentar a formulação dos modelos de
representação das ondas do mar.
25
2.2 Modelos de Representação das Ondas do Mar
26
Neste ponto é conveniente entendermos a diferença entre onda progressiva e onda
estacionária. Esta diferença é melhor apresentada na Figura 12.
27
2.2.1 Problema de Valor de Contorno para Ondas do Mar
CC cinemática
CC dinâmica
η(x,t)
x
∇ 2Φ = 0
d
CC de fundo
28
¾ A condição de contorno dinâmica, que pode ser deduzida a partir da equação
de Bernoulli, partindo da premissa que a pressão atmosférica fora da região do
fluido é constante (como demonstrado em [2]):
∂Φ 1 ⎡⎛∂Φ⎞2 ⎛∂Φ⎞2⎤
+ ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ ⎥ + gη = 0 em z = η (2.1)
∂t 2 ⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎦
onde η(x,t) é uma função que exprime a elevação da onda na superfície livre.
∂Φ
= 0 em z = −d (2.3)
∂z
O problema de valor de contorno completo é portanto descrito pela equação de
Laplace (1.57) e as três condições de contorno (2.1) a (2.3).
L
c = T (2.4)
29
∂Φ 1 ⎡⎛∂Φ⎞2 ⎛∂Φ⎞2⎤
z = − 2 ⎢⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ ⎥ − gη
∂t ⎣⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂z ⎠ ⎦
∂Φ ∂η ∂Φ ∂η
= +
∂z ∂t ∂x ∂x
η(x,t)
a
Η x
L,T
∂Φ
= 0
∂z
∞
Φ = ∑ εn Φn (2.5)
n=1
onde Φn é a solução de ordem n para Φ; assume-se que o valor do potencial de
velocidade (ou, equivalentemente, o perfil da onda na superfície) converge
assintoticamente com as ordens mais elevadas das séries em ε. Uma solução analítica
30
fechada pode então ser obtida introduzindo uma aproximação, que consiste em limitar o
parâmetro de perturbação ε a uma dada ordem.
H
ε = π L (2.6)
2π
k = L (2.7)
kH
ε = 2 (2.8)
31
Figura 15 – Região de validade das Teorias de Onda.
32
2.2.3 Teoria Linear de Airy
• Linearização
∂η1 ∂Φ1
− = 0 em z = 0 (2.10)
∂t ∂z
e
∂Φ1
+ gη1 = 0 em z = 0 (2.11)
∂t
Da equação (2.11), a elevação da onda acima da superfície média da água é dada
por:
1 ∂Φ1
η1 = − g (2.12)
∂t
As duas condições de contorno de superfície livre podem ser combinadas em uma,
pela eliminação de uma das incógnitas η1:
∂2Φ1 ∂Φ1
+ g = 0 em z = 0 (2.13)
∂t2 ∂z
Desta forma, o PVC fica definido pela equação diferencial (1.56) e pelas
condições de contorno (2.13) e (2.3).
33
Φ1(x,z,t) = Y(z) Λ(α) (2.14)
onde, para uma onda progressiva com celeridade c, e assumindo que a onda está
viajando na direção x positiva, a periodicidade α é dada por α = x + ct.
∂2Y
− k2 Y = 0 (2.15)
∂z2
∂2Λ
+ k2 Λ = 0 (2.16)
∂α2
As soluções gerais para estas equações diferenciais são:
cosh k(z + d)
Φ1(x,z,t) = A1 A4 cosh kd sen [k (x − c t)] (2.19)
deduz-se que:
ga
A1 A4 = k c (2.20)
Finalmente, lembrando que c = L/T (2.4), T = 2π/ω e L = 2π/k (2.7), deduz-se que
kc = ω onde ω é a freqüência da onda em rad/s. Assim, obtém-se a seguinte expressão
para o potencial de velocidade de 1a ordem (Φ = ε Φ1):
g a cosh k(z + d)
Φ(x,z,t) =
ω cosh kd sen (kx − ω t) (2.21)
34
Substituindo o valor de Φ na condição de contorno de superfície livre combinada
(2.13), obtém-se a relação de dispersão linear, que fornece a relação entre freqüência
circular da onda e o número de onda k em lâminas d’água com profundidade d:
A RG = k . d
S
A RG > 64
k = 1 / ( C . tanh ( A RG ) )
ABS S
(k -k)/k< 0.001 k = k
λ= 2 π/k
k =k W rite ( ) k, λ
IN TE R = IN TE R + 1
35
Para águas profundas o valor de L = 2π/k tende para gT2/2π já que tanh kd tende
para 1. Já para águas rasas o valor de L = 2π/k tende para T gd .
∂Φ g k a cosh k(z + d)
u = = cos (k x − ω t) (2.24)
∂x ω cosh kd
∂Φ g k a senh k(z + d)
w = = sen (k ξ − ω t) (2.25)
∂z ω cosh kd
Observando-se as expressões de velocidades horizontal e vertical, verifica-se que
a velocidade horizontal da partícula de fluido é máxima (ou mínima) quando a
velocidade vertical for zero e vice-versa.
36
Figura 17 – Pontos de velocidade horizontal máxima, mínima e nula.
37
As acelerações da partícula do fluido nas direções horizontal e vertical são dadas
por:
∂u cosh k(z + d)
ax = = gka sen (k x − ω) (2.26)
∂t cosh kd
∂w senh k(z + d)
az = =− gka cos (k x − ω t) (2.27)
∂t cosh kd
A Figura 20 mostra os pontos de aceleração horizontal máxima, mínima e nula.
Enquanto que a Figura 21, apresenta os pontos de aceleração vertical máxima, mínima e
nula. É importante observar que os pontos de aceleração máxima e mínima
correspondem aos pontos de velocidade nula.
38
• Deslocamento das Partículas Fluidas
(x1, z1)
cosh k(z + d)
r = − a senh kd sen (k x − ω t) (2.28)
senh k(z + d)
s = a senh kd cos (k x − ω t) (2.29)
HT g
A= (2.30)
4π d
e o semi-eixo B fica:
39
H ⎛ z1 ⎞
A= ⎜1 + ⎟ (2.31)
2 ⎝ d⎠
Em águas intermediárias, o semi-eixo A > B.
H k z1
A=B e (2.32)
2
o que implica em trajetória circular das partículas, cujos raios decaem
exponencialmente.
A visualização dos orbitais das partículas podem ser observados na Figura 23.
• Pressões
∂Φ 1
p(x,z,t) = − ρ gz − ρ − 2 ρ (∇Φ)2 (2.33)
∂t
A primeira parcela desta expressão corresponde ao termo de ordem zero, ou de
pressão hidrostática. As demais parcelas correspondem às parcelas de primeira e
segunda ordem da pressão dinâmica. De forma consistente com a expansão de primeira
ordem do potencial de velocidade assumida pela teoria linear de Airy, a expressão de
primeira ordem da pressão fica:
∂Φ
p1 = − ρ gz − ρ (2.34)
∂t
onde a segunda parcela do lado direito representa a pressão dinâmica ou oscilatória pd1:
∂Φ ∂Φ1
pd1 = −ρ = −ρε (2.35)
∂t ∂t
40
Empregando a expressão (2.21), pode-se então obter a expressão desejada para
pd1.
cosh k(z + d)
pd1(x,z,t) = ρ g a cosh kd cos (k x − ω t) (2.36)
cosh k(z + d)
pd1(x,z,t) = ρ g cosh kd η(x,t) (2.37)
pd1x=0,z=0,t=0 = ρ g a (2.39)
como seria de se esperar, considerando ainda que a pressão hidrostática na superfície
média (calculada com z = 0 na primeira parcela do lado direito de (2.34)) é igual a zero.
Além disso, em uma partícula localizada no cavado da onda, ter-se-ia
pd1x=0,z=-a,t=T/2 = − ρ g a (2.40)
Este é um resultado fisicamente razoável. Entretanto, não é preciso. Pois a pressão
na superfície livre instantânea não é nula. Este é um problema que vêm da linearização
do problema que acarreta a transferência da posição para se impor a condição de
contorno.
Como será visto, neste caso, o valor calculado para a superfície média será
tomado como sendo o valor na superfície livre. Assim, na crista da onda a pressão
dinâmica fica igual a ρga, mas a condição de contorno de pressões na superfície é
atendida porque a pressão hidrostática (calculada com η = a na primeira parcela do lado
direito de (2.34)) é negativa e igual a −ρga. Por outro lado, no cavado a pressão
41
dinâmica é −ρga, mas a pressão hidrostática fica igual a ρga e, portanto a pressão total
fica igual a zero.
d
cosh k(z + d)
∂Φ gka η+d
u = = cos (k x − ω t) (2.41)
∂x ω senh kd
Observa-se que, na expressão original (2.24), que podia ser usada para valores de
z apenas até a superfície média, para pontos no nível de águas tranqüilas onde z =η = 0
o argumento do cosseno hiperbólico seria kd. Na expressão modificada (2.41), que pode
ser usada para pontos acima da superfície média, em qualquer ponto na superfície livre
da onda tem-se z =η e, portanto, o argumento do cosseno hiperbólico continua sendo kd
− confirmando o pressuposto que os valores na superfície livre para a expressão
modificada são os mesmos obtidos na superfície média para a expressão original. Os
demais valores para pontos abaixo da superfície livre assumem uma distribuição em
cossenos hiperbólicos “esticada” (se o ponto está na crista, ou “encolhida” se o ponto
42
está no cavado), de modo a permitir a determinação da cinemática da onda até o fundo
do mar.
a ω cosh k(z + d)
Φ(x,z,t) = k senh kd sen (k x − ω t) (2.42)
∂Φ cosh k(z + d)
u = = aω cos (k x − ω t) (2.43)
∂x senh kd
∂Φ senh k(z + d)
w = = aω sen (k x − ω t) (2.44)
∂z senh kd
∂u cosh k(z + d)
ax = = a ω2 sen (k x − ω t) (2.45)
∂t senh kd
∂w senh k(z + d)
az = = − a ω2 senh kd cos (k x − ω t) (2.46)
∂t
Em águas com profundidade infinita (ou, em termos práticos, em águas profundas
com lâmina d’água maior que o comprimento de onda), pode-se admitir tanh(k d) ≈ 1 e
a relação de dispersão (2.23) é dada por:
ω2 = g k (2.47)
Ainda para águas profundas, a seguinte aproximação é válida:
ga
Φ(x,z,t) = ek z sen (k x − ω t) (2.49)
ω
e as expressões correspondentes para velocidades e acelerações ficam da seguinte
forma:
u = a ω ek z cos (k x − ω t) (2.50)
43
w = a ω ek z sen (k x − ω t) (2.51)
ax = a ω2 ek z sen (k x − ω t) (2.52)
az = − a ω2 ek z cos (k x − ω t) (2.53)
Por sua vez, a expressão para a pressão dinâmica (2.36) passa a ser:
πH 2 cosh kd
η ( x, t ) = a cos(k x − ω t ) + [2 + cosh 2kd ]cos(k x − ω t ) (2.55)
8 L senh 3 kd
Como se nota, coloca-se um termo adicional à equação de Airy.
44
A partir da teoria de Stokes de 2ª ordem, há transporte de massa, pois os orbitais
das partículas não são fechados.
πH cosh k ( z + d )
u= cos(k x − ω t ) +
T senh kd
3 ⎛ πH ⎞ πH cosh 2k ( z + d )
+ ⎜ ⎟ cos 2(k x − ω t ) (2.56)
4⎝ L ⎠ T senh 4 kd
πH senh k ( z + d )
w= sen(k x − ω t ) +
T senh kd
3 ⎛ πH ⎞ πH senh 2k ( z + d )
+ ⎜ ⎟ sen 2(k x − ω t ) (2.57)
4⎝ L ⎠ T senh 4 kd
¾ Aceleração horizontal e vertical (ax e az):
2π 2 H cosh k ( z + d )
ax = sen(k x − ω t ) +
T senh kd
3π 2 H ⎛ πH ⎞ cosh 2k ( z + d )
+ ⎜ ⎟ sen 2(k x − ω t ) (2.58)
T 2 ⎝ L ⎠ senh 4 kd
2π 2 H senh k ( z + d )
az = − cos(k x − ω t ) −
T senh kd
3π 2 H ⎛ πH ⎞ senh 2k ( z + d )
− ⎜ ⎟ cos 2(k x − ω t ) (2.59)
T 2 ⎝ L ⎠ senh 4 kd
¾ Pressão dinâmica (p):
cosh k ( z + d )
p = ρga cos(k x − ω t ) +
cosh kd
3 πH 2 1 ⎡ cosh 2k ( z + d ) 1 ⎤
+ ρg ⎢ − ⎥ cos 2(k x − ω t ) −
4 L senh 2kd ⎣ senh 2 kd 3⎦
1 πH 2 1
− ρg [cos 2k ( z + d ) − 1] (2.60)
4 L senh 2kd
45
2.3 Representação Espectral
2.3.1 Introdução
46
espectro em termos de um somatório de um número arbitrado de componentes de onda
regular. Neste procedimento, determinam-se os valores que caracterizam cada
componente: períodos (ou freqüências), amplitudes e fases aleatórias. Para cada
componente, aplicam-se as expressões de Airy, obtendo-se, por exemplo, as velocidades
e acelerações em um dado ponto pelas expressões (2.24) a (2.27). Finalmente, os
valores desejados para o estado de mar irregular podem ser determinados pelo
somatório dos valores calculados para cada componente de onda regular.
T
2 s
η (t )sen nwt dt
Ts ∫0
bn = (2.63)
Esta forma de representar um estado de mar por an e bn com N finito pode ser
usado para representar uma onda harmônica particular, mas não um estado de mar
aleatório. Um estado de mar aleatório de curta duração deve ser caracterizado por
propriedades estatísticas definidas; a melhor representação consiste em um espectro de
47
densidade de energia. Assim, a energia total E do estado de mar (por unidade de área) é
dada pela integral:
∞ 2
1
E = ρg ∫ [η (t )] dt (2.64)
2 −∞
Procede-se agora à generalizando a expressão de η(t) em (2.9), agora com
freqüências não mais representadas por componentes da Série de Fourier, mas sim
variando continuamente; desta forma os coeficientes an e bn são substituídos por funções
a(w) e b(w), resultando na seguinte expressão:
∞
1
η (t ) =
π ∫ [a(w) cos wt + b(w) sen wt ]dw
−∞
(2.65)
onde:
∞
a(w) = ∫ η (t ) cos wt dt (2.66)
−∞
∞
b(w) = ∫ η (t ) sen wt dt (2.67)
−∞
1
∞
⎡∞ ⎤
E= ρg ∫ η (t )⎢ ∫ [a ( w) cos wt + b( w) sen wt ]dw⎥ dt (2.68)
2π −∞ ⎣ −∞ ⎦
Trocando as integrais e desenvolvendo, pode-se chegar às seguintes expressões:
1
∞
⎡ ∞ ∞
⎤
E= ρg ∫ ⎢a( w) ∫ η (t ) cos wt dt + b( w) ∫ η (t )sen wt dt ⎥dw (2.69)
2π − ∞⎣ −∞ −∞ ⎦
ou
∞
E=
1
2π
[
ρg ∫ a 2 ( w) + b 2 ( w) dw ] (2.70)
−∞
ou ainda
∞
1
E= ρg ∫ A 2 ( w) dw (2.71)
2π −∞
48
∞ 2 ∞ 2
1
∫ [η (t )] dt = π ∫ [A(w)] dw
−∞ −∞
(2.72)
Ts 2
1
[η (t )]
2
= ∫ [η (t )] dt (2.73)
Ts 0
que pode ser escrito como a energia média por unidade de área:
E=
1
ρg ∫
[A( w)] dw
∞ 2
(2.74)
2π −∞
Ts
S ( w) =
[ A( w)]
2
(2.75)
πTs
A energia total é obtida da área coberta pela curva de densidade de energia como
função da freqüência.
∞
1
E= ρg ∫ S ( w) dw (2.76)
2π −∞
⎡ ⎛ wU w ⎞ ⎤
−4
S ( w) = αg w exp ⎢− 0.74⎜⎜
2 −5
⎟⎟ ⎥ (2.77)
⎢⎣ ⎝ g ⎠ ⎥⎦
onde α = 0.0081. Alternativamente, pode-se escrever esta expressão em termos de
frequência de pico do espectro (wp)
⎡ ⎛ w ⎞
−4
⎤
S ( w) = αg w exp ⎢− 1.25⎜⎜
2 −5
⎟⎟ ⎥ (2.78)
⎢⎣ ⎝ wP ⎠ ⎥⎦
49
∞
σ = m0 = ∫ S ( w)dw
2
(2.79)
0
dx
w −5 dw = − (2.80)
5w 4p
Então a equação (2.79) torna-se
αg 2
σ = m0 =
2
(2.81)
5w 4p
Isolando α, temos
5σ 2 w 4p
α= (2.82)
g2
Substituindo este valor na equação (2.78), obtemos
w −5 ⎡ ⎛ w ⎞
−4
⎤
S ( w) = 5σ 2
−4
exp ⎢− 1.25⎜⎜ ⎟⎟ ⎥ (2.83)
wp ⎢⎣ ⎝ wP ⎠ ⎥⎦
g α
σ= (2.84)
w 2p 5
A altura de onda significativa Hs, pode ser escrita como
H s = 4σ (2.85)
e a frequência de pico relativa a altura de onda significativa pode ser obtida por
g
w 2p = 0.161 (2.86)
Hs
Uma forma equivalente para o espectro de P-M em termos de ciclos de frequência
(hertz - Hz), f (= w/2π) pode ser escrita como
αg 2 − 5 ⎡ ⎛ f ⎞ ⎤
−4
onde f p = w p 2π .
50
O momento de segunda ordem da densidade espectral de energia é definido
como
∞
m2 = ∫ f 2 S ( f )df (2.88)
0
1 π αg 2
m2 = (2.89)
4 1.25 (2π )4 f p2
m2
wz = 2π (2.90)
m0
Logo, a frequência de pico relacionada a wz pode ser obtida por
w p = 0.71 wz (2.91)
⎤ exp ⎢⎢ − (w2τ−2wwp2)
⎡ 2 ⎤
g 2 ⎡ ⎛ w ⎞
−4
⎥
⎥⎦
S ( w) = α exp ⎢ − 1 .25⎜ ⎟ ⎥γ ⎣ p
(2.92)
2π 4 w5 ⎢ ⎜w ⎟ ⎥
⎣ ⎝ p ⎠ ⎦
Esta expressão fornece, a partir de um valor de freqüência w (em Hz), a densidade
de energia correspondente S(w). Os parâmetros variáveis do espectro são a freqüência
de pico wp (em Hz), e os parâmetros de forma α e γ (este último conhecido como o
“parâmetro de pico”). Estas quantidades são dadas por:
⎛ g ⎞
w p = 2π ⎜⎜ ⎟⎟( X 0 )−0.33 ; normalmente relacionado a γ.
⎝Uw ⎠
51
gX
X0 = 2
; normalmente não é usado.
Uw
H s = 0.1317T p2 (2.96)
T p = 1.4014Tz (2.97)
⎡ ( )2 ⎤⎥
w −5 ⎡ ⎛ w ⎞
−4
⎤ exp ⎢⎢ − w2τ−2wwp2 ⎥⎦
S ( w) = α * H s2 −4 exp ⎢− 1.25⎜ ⎟ ⎥γ ⎣ p
(2.98)
wp ⎢ ⎜w ⎟ ⎥
⎣ ⎝ p ⎠ ⎦
onde
0.0624
α* = (2.99)
0.230 + 0.0336γ − 0.185(1.9 + γ ) −1
52
30
25
20
Densidade de Energia - S(w)
15
10
0
0 0.4 0.8 1.2 1.6 2
Freqüência (rad/s)
Espectro de Pierson-Moskowitz
Espectro de Jonswap
⎛ Tp ⎞
γ = exp⎜1.0394 − 0.01966 ⎟ (2. 100)
⎜ H s ⎟⎠
⎝
H s2
α = 5.0609 [1 − 0.287 ∗ ln(γ )] (2.101)
T p4
53
2.4 Forças Geradas pela Movimentação do Fluido induzida pelas
Ondas
A presente seção irá tratar dos procedimentos para o cálculo das forças no casco e
nas linhas de ancoragem e risers exercidas pelo fluido. Esta é uma das principais tarefas
no projeto de sistemas offshore: trata-se de uma tarefa complexa, pois envolve diversas
incertezas, que se somam às envolvidas na formulação do modelo de ondas, e na
natureza randômica de um estado de mar real, como descrito na seção anterior.
¾ Formulação de Morison;
¾ Formulação de Froude-Krylov;
54
D
L <5 (2. 102)
1 . . . . π D2 .. π D2 ..
F = ρ
2 w D Cd ⎪ u − x ⎪( u − x ) + ρ w
4 Cm u − ρ w
4 Ca x (2.103)
55
ancoragem e risers modelados por elementos finitos. Nestas aplicações, no entanto,
deve-se ter em mente os seguintes aspectos:
Como será comentado mais adiante, esta equação também pode ser empregada em
plataformas flutuantes compostas por membros reticulados, tais como as plataformas
semi-submersíveis, TLPs ou SPAR-buoys. Nestes casos, membros muito próximos
podem “confinar” uma porção da massa de fluido, que pode agir como parte da
estrutura, levando ao aumento da força de massa adicional. Assim, a utilização pura e
simples da equação de Morison equivaleria a assumir que os membros, além de
relativamente esbeltos, são razoavelmente espaçados entre si, de modo que o
espaçamento médio entre dois membros é grande quando comparado com as dimensões
transversais da seção. A força que o fluido exerce em cada membro não seria então
afetada pela presença de outros membros, e a força total pode ser obtida somando-se as
forças calculadas individualmente para cada membro. O efeito de “confinamento” do
fluido poderia ser modelado empiricamente, aumentando o valor do coeficiente Ca
(proporcional à aceleração do corpo), mas sem alterar o valor do coeficiente Cm que
afeta apenas a força de inércia proporcional à aceleração do fluido.
56
2.4.2 Formulação de Froude-Krylov
Fx = CH ⌠
⌡ p nx dS (2. 104)
s
⌠ p ny dS
Fy = CV ⌡ (2. 105)
s
fFK = ⌠
⌡ p n ds (2. 106)
S
onde S é a superfície que envolve o volume imerso do corpo; n é um vetor unitário
normal à superfície, e p é um vetor contendo componentes da pressão do fluido dada
pela expressão (2.34).
fFK = ⌠
⌡p n ds = ⌠
⌡∇p dv (2. 107)
S V
Para membros reticulados de plataformas flutuantes, a integração no volume V
pode ser substituída pela multiplicação da área da seção transversal A pela integral ao
57
longo do comprimento do eixo do membro. Além disso, considerando que as dimensões
da seção transversal são pequenas comparadas com o comprimento de onda, os valores
do gradiente de pressão na seção transversal podem ser tomados como constantes e
iguais aos valores calculados no eixo. Desta forma, a força de Froude-Krylov pode ser
aproximada pela seguinte integral:
L
⌠ ⎛∂p⎪ ∂p⎪ ∂p⎪ ⎞ _
fFK = ⎮ A ⎜ ⎪ , ⎪ , ⎪ ⎟ dx (2. 108)
⌡ ⎝ ∂x⎪0 ∂y ⎪0 ∂z ⎪0⎠
0
58
2.5 Forças de Correnteza
Usualmente, as cargas totais sobre uma unidade flutuante são consideradas pela
soma vetorial das componentes individuais de onda, vento e corrente, sem considerar
qualquer interação entre eles.
59
inicialmente lembrar que, para a Teoria Potencial continuar sendo aplicável, a
velocidade de correnteza (constante) deve ser menor que a velocidade da partícula da
onda (periódica), do contrário a hipótese de fluido ideal não é mais válida e uma
separação massiva do fluxo pode ocorrer [8]. Ignorar a interação entre onda e correnteza
equivaleria a ir mais além e assumir que a velocidade da correnteza não é maior do que
a dos termos de segunda ordem da onda (de baixa freqüência ou deriva lenta) e portanto
muito menor do que a dos termos de primeira ordem da onda.
Algumas teorias vêm sendo desenvolvidas para predizer a forma como as forças
de deriva são afetadas pela correnteza [9]. Para estruturas esbeltas, enfoques simples
como, por exemplo, o baseado no conceito da freqüência de encontro fornecem bons
resultados. A freqüência de encontro ωc pode ser calculada a partir da freqüência da
onda ω e da velocidade da correnteza na superfície vc pela seguinte expressão:
Além da interação física, deve ser considerada também uma interação estatística
entre as forças de onda e correnteza. As normas API RP 2SK [10] e DNV/POSMOOR
[11] especificam um período retorno individual para onda, vento e corrente, como por
exemplo:
60
2.6 Vento
Para o cálculo da parcela estática da força de vento é assumido que a área exposta
à ação do vento na embarcação possa ser caracterizada por um único número, o qual
representa o produto da área exposta ao vento pelo fator de forma.
ρ
Fvento = 2
AventoVvento (2. 110)
2
onde:
ρ - densidade do ar;
61
obter as forças, as velocidades de vento medidas precisam ser transportadas para esta
mesma altura de 10 metros, de acordo com a fórmula abaixo [10]:
0,13
⎛ Z ⎞
Vw = V10m ⎜ 10 ⎟ (2. 111)
⎝ ⎠
σ (z )2
S( f ) = 5
(2. 112)
⎡ f ⎤
3
f p ⎢1 + 1.5 ⎥
⎢⎣ f p ⎥⎦
⎧ ⎛ z ⎞
−0.125
⎪⎪0.15⎜ z ⎟ para z ≤ z s
σ(z) = V(1hr,z) × ⎨ ⎝ s⎠ (2. 113)
− 0.275
⎪0.15⎛⎜ z ⎞⎟ para z > z s
⎪⎩ ⎝ zs ⎠
0.125
⎛ z ⎞
V (1hr , z ) = V (1hr , z R )⎜⎜ ⎟⎟ (2.114)
⎝ zR ⎠
fp ⋅z
0.01 ≤ ≤ 0.10 (2.115)
V (1hr , z )
onde:
f – Freqüência em Hz;
62
zr – 10 m (altura da referência).
A Figura 25 ilustra o espectro de vento da API para uma velocidade média horária
fp ⋅z
de 35 m/s e = 0.05 .
V (1hr , z )
450.0
400.0
350.0
300.0
250.0
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f (H z )
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3. REFERÊNCIAS
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