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Índice
HÁ UM PROPÓSITO NA VIDA
DE ALMEIDA
(Capitulo 1 )
Ari não sabia ao certo o que estava escutando; era sonho? Era loucura?...
Ele tinha certeza de uma coisa, aquela mulher já estava em seus braços.
Já havia uns três meses, desde que Cláudio saíra de viagem, um tanto sem
rumo. Seu maior desejo era melhora os negócios do Box, só não imaginava que sua
chegada de jornada iria ser dolorosa. Ao por os pés em casa era a primeira notícia
que escutaria. A venda do Box. Era um fim de semana e como de costume, a família
toda estaria presente. Quando Cláudio entrou pele porta, todas as atenções
voltaram-se para ele, mas ao mesmo tempo, pairou um silêncio no ar... Parecia que
havia tido um culto fúnebre, todos queriam dar uma noticia mortal. Cláudio solta
as bolsas no chão, incluindo a que ele carregava em seu ombro, e como de imediato
solta um suspiro de alívio. Só não imaginava que seu alívio transformar-se-ia em
grande angustia.
Augusto da um salto na frente de Cláudio, estendendo as duas mãos e a
sacolejando começa a soltar toda notícia desagradável:
_ Você nem sabe!? Você nem sabe!?
Acabou cara, acabou, tchau!
_ O que Augusto, o que é que você ta falando.
_ Ari, cara! O Ari vendeu tudo?
A reação de Cláudio foi de choque, parecia que o mundo tinha desabado aos
seus pés. Ao mesmo tempo uma afeição de raiva tomou conta de Cláudio.
_ Ari!!! Desgraçado! Cadê ele? Cadê aquele infeliz?
Augusto tenta acalmar Cláudio enquanto todos da família parte pra cima.
Tentando também acalmá-lo. Exceto Ari que vinha La dos fundos com o dedo apontado
em sua defesa.
_ Cala a boca ai cara! Cala a boca, a loja era minha, faço dela o que eu
quiser!
_ Porque foi que você aprovou minha viagem então? Foi só pra me desgraçar.
Cláudio consegue soltar-se dos seus familiares e de súbito dar um soco nos
lábios de Ari, que cai de costas em cima da mesinha central.
O Sr. Benedito toma a frente de Cláudio e asperamente manda se retirar. Ari
no seu momento de explosão corre de encontro às bolsas e começa a jogar para fora
de casa. Quando olha de lado vê uma histeria e todos partindo para cima de dona
Rita, que naquele instante momento passa mal. Ari passa pela porta bufando, seu
ódio era quase incontrolável, seu destino era esganar Claudio, que naquele momento
estava já cruzando a esquina.
_ Vem cá Cláudio!!! Volta aqui. Covarde, eu te pego!!!
Ari entra em seu carro e sai cantando pneus, em arrancada brusca. E em rumo
contrario o do Cláudio. Nem ao menos percebeu o sangue que escorria de seus
lábios.
Algum tempo depois de Melissa assumir definitivamente o Box, já demonstrava
uma capacidade administrativa excepcional. Os negócios no Box iam de crescendo a
cada dia, era um progresso de certo ponto, rápido para um negocio falido. A única
questão era Ari, que andava um tanto esquisito, nem ao menos pensava que Ari
estivesse envolvido com outra mulher.
Na última ligação do Sr. Jonas, para Ari, o Sr. Jonas tinha feito um
pedido que causou um novo rumo para Ari, talvez o pior rumo que Ari pudesse tomar
que é os braços de jante, esposa de Jonas. Naquele dia Ari não resistiu, caiu nos
encantos de Janete e vice-versa. A churrascaria da esquina 23, não era um local
apropriado para um relacionamento tão complicado, ali mesmo naquele local, todas
as sextas Ari e Jonas se encontravam, tanto para falar de negócios como para
tomarem o velho uísque juntos.
Melissa por vezes tentava comunicar-se com Ari, porem o telefone
encontrava-se desligado. A volta de Jonas seria também uma surpresa para Janete,
que também vezes por outra sumia. Só que seu sumiço acabava nos braços de Ari.
Na manhã da chegada de Jonas inesperadamente, Janete não estava em casa,
sua noite tinha sido ao lado de Ari. Tinha ela saído na noite anterior, esquecido
o telefone, na cabeceira da cama. O estranho era que para Jonas, ninguém naquela
noite tinha dormido em casa. A única coisa a fazer era entra de imediato em
contato com Ari:
_ Alô. Ari tenho novidades, precisamos nos ver.
_ Ta certo Jonas, te encontro na loja (matriz).
Não sabia Ari como encarar seu sócio. Parecia que seu adultério era bem
explícito. A sensação era que Jonas tinha pré-sentido toda traição. Sem contar o
que ele teria que contar para Melissa, que desculpa daria por desligar o telefone?
A trama de há libe falso, já estava mais que manjado!
O encontro na loja entre Ari e Jonas seria breve, seria um acerto final na
nova sociedade, sem um terceiro majoritário, isso falando de Senhor Everardo.
_ Como vai Ari? Pronto para notícia que vai que vou te dar?
_ Ari um tanto sem jeito, meio desengonçado e com um sorriso sem graça no rosto
responde:
_ É to bem! Pode dizer.
_ O que é que foi cara? O que é que tu tens, que ta todo esquisito.
_ Não é nada... To apreensivo com a notícia que você vai dar.
_ Rapaz, fica frio, tudo deu certo. O Sr. Everardo, lavava dinheiro sujo, tava só
nos usando, agente não deve nada!
_ Comprei tudo cara. Comprei os homens, comprei nossa liberdade e incluído as
lojas, Só temos que mudar o nome.
_ Já sei! Tu usaste os 70% do Sr. Everardo?!
_ Foi. Justamente com as outras mercadorias que já estavam para ser mandadas para
cá.
Tudo o que os sois desejavam estava consumado, porém a alegria de Ari não
disfarçava sua culpa, traição e mentira. Ele só não esperava que Jonas perguntasse
por Janete, coisa que o surpreenderia muito mais que a noticia dada. Teria que
mentir e ao mesmo tempo disfarçar. Este não era o maior obstáculo que Ari
enfrentaria, com certeza teria que encarar Melissa e mentir novamente para ela,
mesmo sem saber como iria fazer, já se esgotara todas suas idéias de escapulidas e
noitadas a fora com Janete. Sabia muito bem que melissa poderia Ser meiga,
compreensiva, só não sabia que era vingativa e altamente astuciosa, sua paixão
poderia se transformar em ódio mortal...
Logo após a desavença na casa do Sr. Benedito, as coisas mudariam de mal a
pior. Tanto que Cláudio saíra de casa intrigado com seu pai, Augusto receberia
toda culpa da venda da loja por Ari e dona Rita teria sérios problemas cardíacos.
Por um breve tempo Ari não pisaria ali na casa de seus pais, nem ao menos sabia
que seu retorno a casa paterna seria constrangedora. Até aquele presente momento
ninguém conhecia a amada de Arimatéia a bela Melissa.
Ao se encontrar com Melissa no Box, a primeira coisa era soltar uma
daquelas mentiras esfarrapadas, só que desta vez, Melissa não cairia na lábia
absurda de Ari.
_ Melissa! Desculpe. Amor. Ontem não pude te vê. Foi maior problemão.
_ O que foi desta vez Ari?
_ Fui roubado, roubaram meu telefone. Ainda bem que deixaram a carteira.
Melissa em resposta bruta aponta o dedo na cara de Ari e desabafa toda sua
fúria
_ Escuta aqui Ari. Eu não sou nenhuma idiota.
_ O que descobri que você ta mentindo eu acabo contigo.
_ Tudo bem. Eu sei que to falando a verdade, você vai mesmo é me pedir desculpas
isso sim.
As coisas complicaram mais ainda quando Jonas pergunta se Janete a respeito
de Ari. No dia que ele ligou dizendo que ela poderia procurar Ari ela o tinha dito
que estava precisando cobrir um cheque naqueles dias. Esta foi justamente a
pergunta de Jonas para Ari; quanto é que ele tinha emprestado para Janete.
Enquanto Ari ficou sem resposta, Janete disse o valor especifico do cheque que Ari
teria supostamente cobrido. Janete ficaria com uma pulga atrás da orelha! Porém
sua confiança e amor por Janete era altamente cego.
Logo após a pequena discurção de Ari e sua Amada, ele não imaginaria que Melissa
falava tão sério, pena ele não passou de um blefe de mulher apaixonada.
Aquela suposta ameaça seria desconsiderada, porém na cola de Ari estava um
profissional o espiando e recolhendo toda prova possível do que estava para
acontecer com Ari. Aquilo desencadearia a maior queda na sua vida e
desestruturaria toda sua família por completo.
O próximo encontro de Ari e Janete já estava preparado, o local seria o
mesmo possível aos seus encontros, uma suíte luxuoso, no motel “GARDEN SEXÓ .
_ Janete nem ao menos espera chegar ao motel, seu assunto seria logo o seu marido
e agora uma nova estratégia de encontro. Não percebia os dois que, estavam sendo
espiados e ao mesmo tempo fotografados.
No fim de semana posterior ao que se pode dizer último encontro e de Ari e
Janete tudo desabaria sobre a cabeça de jovem José Arimatéia. Ao chegar, no
domingo pela manhã cedo na casa de seus pais, seu retorno seria frustrado. Ao
colocar seus pés em casa, todos estavam já a sua espera, suas irmãs com lágrimas
nos olhos, Augusto totalmente embriagado e seus pais com um olhar de decepção no
qual Ari jamais viu.
Augusto seria o primeiro a desabafar:
_ Ari, você é um desgraçado! Você... Você... Infeliz!
O senhor Benedito pega Augusto pela gola da camisa e o impulsiona a sentar-
se e logo assumiria a responsabilidade de verdadeiro patriarca.
_ Senta ai Augusto e cala a boca. Ari você pode ser meu filho, querido, mas o que
você fez desgraçou a família e também sua vida.
Ari atônito fica perdido meio a toda aquela acusação.
_ O que foi?! O que foi que aconteceu?
Sua irmã mais velha levanta e entrega umas fotos pra Ari. Ao mesmo tempo
faltam os pés no chão de Ari. Sua mãe também começa a revelar todo o
acontecimento:
_ Meu filho, que vergonha. Melissa veio nos vê ontem, a moça vem pela a primeira
vez em nossa casa e nos conta uma vergonha!
Ari senta-se com as mãos na cabeça, totalmente desconfortado, não esperava
tal coisa. Sua mãe continuava falando:
_ Olha só que você fez, Cláudio foi proibido por seu pai de andar aqui, enquanto
que você é o vilão da história.
Sr. Benedito tomou as dores.
_ Pode me desconsiderar. Mas fazer isso com seus irmãos, prejudicá-los, sei que o
Box era seu, mas eles são seu sangue!!
_ Mas pai!...Pai.
_Cale-se. Você também traiu seu próprio amigo, você é um infeliz!
Ari amassa as fotos com uma fúria incontrolável, sai de casa as carreiras
para dentro do carro, seu rumo seria encontrar-se com Melissa, nem ao menos
observa as fotos em suas mãos. Na metade da viagem rumo à casa de Melissa o
telefone toca. Era um de seus funcionários.
_ Sr. Arimatéia. O Senhor Já ta sabendo?
_ O que foi? (fala aos gritos de raiva)
_ Senhor Arimatéia, o Sr. Jonas Morreu!
Ari para o carro bruscamente e fica como fora de si, sem nenhuma reação.
Estava totalmente paralisado. Até que:
_ Repete! Rapaz. Repete!
_ Ele se matou!
_ O quê?!
_ Foi Sr. Arimatéia. Descobriu que sua mulher estava o traindo. Mandaram fotos
para ele.
Foi justamente o que aconteceu quando a pericia chegou. Fotos espalhadas
pela cama inundadas de sangue e uma 38 com todas suas impressões, e um tiro na
cabeça. Jonas jamais imaginaria uma traição de sua esposa. Do outro lado da linha
telefônica fica o funcionário de Ari taraguelando enquanto Ari joga o telefone no
banco do passageiro e sai em disparada a casa de Jonas, a intenção era vê Janete,
saber como ela esta.
Ao chegar à rua, ou assim por dizer a tumultuada rua. Era pessoas curiosas
cercando as redondezas da casa de Jonas, carros da polícia e da perícia.
Um policial (já na rua), casa da esquina manda encostar o carro de Ari, a
ordem era barra qualquer transito a partir daquele perímetro da rua. Ari encosta o
carro e parte em direção a casa o impossível era conseguir passar pelo tumultuado.
O jeito era pedir para alguém informações, ali mais próximo encontrava-se um
policial vistoriando e barrando a entrada dos curiosos, Ari estende a mão e
direciona a palavra ao policial.
_ O soldado! Por favor, soldado!
Sou sócio do dono da casa, quero saber da esposa dele.
O policial faz uma cara de que não tava entendendo e maneia a cabeça
pedindo explicação, até que uma pessoa próxima ao policial sussurra a pergunta de
Ari. Até o policial responder em voz alta:
_ O marido dela a matou. Depois se matou também
Ari da alguns passos para traz até esbarra em uma pessoa próxima, sai aos
tropeços, esbarrando naquele tumulto, até chegar em seu carro. Seu destino era a
casa de Melissa.
Melissa com certeza já estava a espera por Ari; não demoraria muito para
que ele chega-se a sua procura. O carro para bruscamente em frente a sua casa.
Fazendo um rastro de pneus misturado com fumaça, a buzina quase ensurdecedora
insiste até que melissa saísse de dentro de casa.
Ari sai do carro bravejando e aos berros, com o dedo apontado em direção
de Melissa.
_ sua assassina!!! Você é uma assassina!
Melissa parte pra cima de Ari e o agride, arranhado seu rosto e rasgando
sua camisa; ele em contra resposta da um soco em seu rosto, quando ela cai, ele
volta em direção ao carro, neste momento a rua se em festava de gente por todos os
lados, Melissa levanta-se e vai em direção ao carro entrando porta adentro com Ari
quase em arrancada.
_ Você é louca! Você não sabe o que fez você acabou comigo. Você matou Janete!!
Você matou Jonas e destruiu minha família!!
_ Ari pensava que eu tava brincando? Seu corno!
_ O que!? Você é louca mesmo!
_ Você não viu as fotos não é?
No assoalho do carro estavam as fotos que ele amassou ao sair da casa de
seu pai. Foi ai que Ari percebeu que nem ao menos olhou as fotos. Parou o carro,
empurrou as pernas de Melissa que pisavam as fotos, viu o que não esperava: uma
das fotos Janete beijava-o, outra ela beijava outro... Ari conhecia bem aquele
homem e com certeza não era ele; Era seu personal trainneer.
Ari acelera o carro novamente jogando de lada as fotos e sai em
velocidade, Melissa solta uma gargalhada, até perceber que Ari passava dos limites
de velocidade.
_ Para o carro Ari. Para o carro Agora!!!
Ari neste momento ultrapassava os cem quilômetros por hora, quando melissa
puxa a direção fazendo o carro perder o controle e desce a ribanceira capotando
diversas vezes (...)
O POÇO PROFUNDO DE ARI.
(Capítulo 3)
Era fim de tarde quando Ari desperta, como de sono profundo, quase não dava
para vê aquele ambiente onde ele estava apenas um fecho de luz penetrava pela
veneziana de janela. O mais sombrio não era o quarto em si e sim seu corpo
dormente e ainda aquele sono quase incontrolável que tirava sua consciência, os
olhos baixavam devagar e se retorciam não tinha como ter resistência.
...Depois se vinha recobrando a sóbria consciência, os olhos se abriam
lentamente, dava para se vê apenas um vulto ao seu lado, mexia alguma coisa,
depois ficava em pé do lado com a palma da mão esquerda em posição de toque, porém
o sono era mais forte.
Os olhos novamente se abriam parecia haver mais resistência por parte de
Ari que desta vez olhava para todos os lados possíveis só não conseguia mover seu
corpo, o pior era o pânico que tomava conta de si, sem nem mesmo conseguir
controlar sua aflição e nem soltar uma palavra, de repente entra no quarto uma
mulher que vem de encontro a ele, o olha e das às costas saindo do quarto as
carreiras, falta fôlego em Ari e um aperto agudo no peito, nem ao menos percebia
que sua pressão tinha subido, e a quela correria era para salvar sua vida.
Aos Poucos Ari abre os olhos, lentamente, aquele vulto estava de novo ao seu lado,
dava para escutar uns sussurros, aquela velha sena de um vulto com as palmas das
mãos estendida sobre, ele, já tinha visto antes; de repente sua vista vai
recobrando as condições normais, aquela pessoa ao seu lado sai aos poucos de
costas para ele, quando ele consegui por impulso mover-se segurando nas mãos
daquela pessoa que estava saindo. Voltando-se de repente dava para vê de quem era
aquele vulto, a mesma enfermeira que lhe acudia no dia anterior, naquele surto de
ataque cardíaco. Desta vez ele já conseguia vê-la e ouvir um breve grito
entusiasmado que desta vez ele conseguia distinguir dos sussurros que geralmente
escutava: Aleluia!!!
A enfermeira o direcionava a palavra :
_ graças a Deus! Senhor Arimatéia, que Deus te abençoe. Tenha calma, está tudo bem
com o Senhor, só não se angustie você está sendo medicado, avisarei sua família.
As lágrimas caiam em seu rosto, já fazia tempo que Ari não chorava tão
amargamente, parecia que aliviava a dor que ele sentia dentro do peito.
Na manhã seguinte, Ari acordava bem mais aliviado, parecia que suas forças
tinham voltado, ele já conseguia mover os dedos do pé, já respirava o ar, mais
aliviado; de repente entra no quarto a enfermeira, que vem ao seu encontro com um
sorriso radiante, aquele sorriso chamou sua atenção, era diferente, trazia paz ao
seu coração.
_ Bom dia, Sr. Arimatéia! Que bom ver o senhor acordado há esta hora! Trouxe seu
medicamento.
Agora tudo se encaixava, era a mesma pessoa do vulto, ela sempre vinha e
trocava o soro nas veias. Só restava saber que sussurros estranhos eram aqueles
que ela soltava.
_ Agora Sr. Arimatéia, vou ler uma palavra pro senhor, depois vou fazer uma breve
oração.
Ari um tanto espantado e surpreso, fita os olhos de admiração naquela
enfermeira e a observa lendo aquela bíblia e seus olhos ficam vidrados naquela mão
estendida sobre ele enquanto ela orava. Ai estava o mistério dos sussurros e do
vulto próximo ao seu leito. De repente entra no quarto, Helena a irmã mais velha
de Arimatéia que vem se aproximando o olha admirada pra ele e solta um sorriso
emocionado que se misturava com lágrimas.
A enfermeira pede licença e se retira. Helena vem de encontro a Ari, e toca
suavemente em seu rosto barbado.
_ Maninho, maninho...
Helena nem ao menos conseguia expressar com palavras sua emoção só um pouco
tempo ela consegue enxugar suas lágrimas e pronunciar alguma palavra:
_ Ari, meu bem! Não vou poder ficar com você; você esta em tratamento intensivo,
mas logo que receber alta, eu estarei do seu lado.
Arimatéia consegue ter forças apenas para virar a cabeça de lado, mas não
consegui solta nenhuma palavra. Sua irmã beija sua mão se despedindo e parte
saindo daquele quarto sombrio e deixando Ari com uma falta tremendo no coração.
Na manhã seguinte La estava de novo à enfermeira, La vinha ela cantando musica
gospel, Ari lembra-se muito bem como costumava tratar aqueles que ele tanto
desprezava e chamava de fanáticos; ele lembrava muito bem um dia como aquele que
ele enfurecido com palavras de uma jovem senhora evangélica, lhe dando um
daqueles papeis que ele detestava. Ele amassou o papel, pisou esfregando no chão,
olhou para a jovem e mandou ela e trabalhar, arrumar uma lavagem de roupas... La
vinha a enfermeira com a bíblia na mão dizendo as mesmas palavras e dizendo: “
vou orar por vocêÓ.Ele desta vez a ignora virando o rosto para a parede, ela sem
nenhuma importância, o abençoava orando por ele.
No dia seguinte, seria a mesma coisa, parecia uma maldição dos crentes, ele
ali paralisado tendo que ouvir a força aquela chata enfermeira berrando no seu
ouvido. Ele estava odiando.
_ Paz do Senhor, irmão Ari!
_ Ele com todas suas forças consegue falar algumas palavras:
_ Vai... Em bo... Ra!!!
Ela pelo contrário solta um sorriso para ele e diz:
_ Viu seu Ari, Jesus te cura.
Ele em contra resposta vira o rosto para a parede. Eram assim todas as
manhãs de recuperação de Ari.
Em certa manhã, esperava como de sempre a enfermeira vim a seu quarto,
medicá-lo depois Ler a bíblia, orar, cantar; era assim toda amanhã. Naquele dia
seria diferente, quando a maçaneta da porta vira, Ari dar as costas, voltando-se
para o outro lado.
Só que não imaginava que aquele dia não seria igual. A voz da pessoa que
chamava por ele, o despertando para tomar o medicamento era desconhecida. Ele de
repente vira-se na curiosidade de saber quem era com certeza era outra funcionária
de plantão.
_ Olá Sr. Arimatéia. Vamos tomar o medicamento?
Ari fica olhando fixo, em quanto àquela enfermeira retira o soro, injetado
outra medicação em suas veias, as sensação era de uma falta tremenda daquela voz
fina cantarolando musica golpel, mas era impossível ele sentir aquilo, ele tinha
abuso daquela voz!
_ Moça. Cadê a outra enfermeira?
_ Ela hoje foi forçada a folga.
_ Como assim!?
_ Não sei o que o Senhor fez com ela, só sei que tem meses que ela não folga só
pra lhe acompanhar! Brigava para esta de plantão, nem que fosse só para trazer sua
medicação.
_Moça me faz um favor, pelo amor de qualquer coisa, não deixa mais aquela mulher
vim pra cá, não, por favor!
_ O que foi que houve?
_ Ela me incomoda, fica aqui lendo a bíblia. Ela me força a aceitar aquilo.
_ Ô que!? Vou falar para enfermeira chefe agora!
_ Moça, obrigado. Obrigado. Muito obrigado.
Ari tinha acabado de assinar a demissão daquela mulher amorosa, que se
dedicava em um esforça voluntário.
Naquele fim de semana, receberia uma visita mais que esperada, sua querida
irmã Helena acompanhada de seu cunhado Ricardo chegariam para visitá-lo. Pena que
sua alegria momentânea se transformaria no maior momento de depressão em sua vida.
Ao chegar ao leito de Ari, Helena toda sorridente fita os olhos em Ari, inclina a
cabeça para o lado e emocionada da um sorriso e lágrimas começam a descer sobre
seu rosto lentamente. Do lado de sua irmã seu cunhado tira as mãos de dentro do
bolso abraça Helena e da um beijo em sua testa. Ari olha para aquele casal, dentro
de si bate uma saudade grandiosa do aconchego familiar.
_Helena, como é que está mamãe?
Helena nem responde, baixa a cabeça, da uma pequena mordida nos lábios,
depois levanta a cabeça olhando em direção a Ricardo e os dois deixam bem claro
uma comunicação por troca de olhares.
_ Bem Ari... Com licença, preciso ir ao banheiro.
Sai de repente e apressa a caminhada em direção a porta do banheiro.
Ricardo recoloca as mãos no bolso, olha bem firme para Ari e balança a cabeça numa
posição afirmativa, e responde por Helena:
_ Ari. Dona Rita ta bem. Tem passado um pequeno problema de pressão alta, mas está
tomando remédio.
_ E papai? Como está?
_ A família em si ta bem.
Só o seu Benedito que às vezes exagera na bebedeira!
Ari olha pra ele e faz a pergunta que o casal mais temia responder. Ricardo
fica um pouco pálido e faz um breve minuto de silêncio a respeito da pergunta que
Ari estava para fazer...
_ Melissa... Como está Melissa?
(...)
_ Ela não resistiu Ari... Eu... Eu lamente muito!
Agora os dois fazem um breve silêncio enquanto que Helen ouvia tudo do
outro lado da porta quase aos soluços de choros, tampando a boca com as mãos.
Ari. Vira-se para o lado oposto de Ricardo e derrama suas lágrimas
silenciosamente, só Deus sabia o que passava La no fundo do coração do jovem Jose
Arimatéia.
Pouco depois Helena sai do banheiro, tinha enxugado os olhos com lençinhos
de papel; vai em direção a Ari puxa ele pelos ombros e o abraça.
_ Não vou te deixar. Eu prometo; não vou nunca!
Nem Ricardo conteve sua emoção.
Ari já esperava o resultado final do médico, tinha passado algumas
cirurgias, incluindo a do fêmo na qual tinha que tomar analgésicos para aliviar a
dor. Pelo período da tarde, ele receberia o diagnóstico final, dando um perecer em
todo quadro clinico de Arimatéia. A receita seria um tratamento fisioterapeutico,
que ele passaria a fazer semanalmente.
Não sabia Ari como ele iria enfrentar sua situação La fora; como encararia sua
família; o que faria com os negócios. Nem mesmo sabia que todos seus bens já
haviam sido confiscados, teria que responder alguns processos jurídicos e o pior
que, o que lhe salvou foi tirado do que restava em sua conta corrente, incluindo
toda despesa hospitalar.
Logo após ele receber alta, sairia daquele hospital para enfrentar o mundo que lhe
cercava, só não sabia se iriam ter forças para isso, pois so lhe restava depressão
e angustia. Helena esperava do lado de fora do hospital, enquanto Ricardo
empurrava a cadeira de rodas de encontro ao taxi na portaria.
Todas as manhãs eram melancólicas, sua vida já não era mais a mesma, seu desejo de
continua a vida era escasso. De passos lentos se dirigia a varanda da casa de sua
irmã Helena, na qual estava hospedado, ficava horas a fio olhando o céu, o
movimento do tráfego dos carros e voltava ao quarto onde se trancava e passava o
outro resto de seu tempo. Não havia entusiasmo. Nem para ir fazer a fisioterapia.
Eram só suas colheradas de comida que o satisfazia e quando se olhava no
espelho via alguém irreconhecível; barba grande, cabelo comprido, rosto afilado.
Dava uma olhada no profundo de seus próprios olhos, suspirava e voltava para o
quarto que o separava do restante do mundo.
Helena não conseguia animar Arimatéia, Dona Rita ficava horas batendo na
porta do quarto tentando convencer Ari de Sair. Arimatéia só tinha uma convicção
de uma coisa, não viveria mais neste mundo infeliz, sua vida já não tinha mais
sentido e justamente na noite anterior Ricardo e Helena passaram a noite a
discutir sobre Ari e que fariam. Ricardo não disfarçava sua raiva, aquela
situação estava tirando seu sossego.
As 05h00min da manhã, Ricardo sai de encontro ao banheiro, vê aporta do quarto de
Ari entre aberta. Ele empurra a porta bem devagar e toma um susto ao vê o lençol
pendurado no armador, olha aquela cena e deduz o que realmente aconteceu.
Arimatéia tentou o suicídio. Ricardo não incomoda o sono de sua esposa, vai a e
procura Ari... Neste momento Arimatéia já estava a dois bairros de distância do
bairro da casa de sua irmã, sem saber nem mesmo a direção e o caminho que estava
seguindo, subia uma ladeira em direção a ponte do rio principal. Ao chegar em cima
na ponte ele ouse uma voz meiga, suave bem perto:
“Daqui da para pular nas pedras, do rio, chegou o fim de todo sofrimentoÓ
Ari sobe no pequeno para peito, ficando de pé olhando para os 30 metros que
separava a ponte do rio principal, que do local de onde ele estava dava pra vê as
pedras pontiagudas do rio.
Ele desce lentamente do para peito, segue sem rumo adiante da ponte. Ali
ficaria o restante do seu dia debaixo da ponte ao lado e margens do rio. O sono
vai tomando conta de seu ser, assim como a aurora do entardecer vai desaparecendo.
Na madrugada seguinte uma terrível dor tomaria conta do jovem Arimatéia,
despertando do seu sono com as mãos sobre a coxa esquerda, o local da cirurgia, o
frio causava uma terrível dor. Ele se levanta do chão e segue seu caminho mancando
de dor, às vezes parando e enfrentando o local dolorido. Dois dias se passavam
errante pelo caminho no qual não conhecia, seguia totalmente desorientado, quando
a fome vem tão forte que parecia arrancar seu estomago.
Aquele Ari não era mais o mesmo homem comunicativo, nem esperto, não sabia
como fazer e nem mesmo o que fazer, hora sentava-se no chão, derramava suas
lágrimas, lembrava de toda sua desgraça e saia determinado a tirar sua própria
vida. O cruzamento férreo era o local ideal para findar sua dor, já dava para
escutar o som do trem que estava a cominho. Ari deita-se sobre o trilho, fecha bem
os olhos e quando os abre esta do outro lado, oposto a que o trem passava, mas
parecia que não era possível, ele poderia estar deprimido, parecia louco escutando
aquela voz mandando se matar, mas não sabia que era idiota total em erra o lado
que o trem passaria, ele mesmo estava vendo o trem vindo em sua direção. Talvez
houvesse um desvio na linha só que ao constatar, avaliava que o desvio do trilho
estava a mais de 2 km do local de onde o trem já estava passando, rumo ao local
que se deitara. Todo o dia Ari saia à procura de alimento era restos deixados na
lata de lixo, só não sabia que teria que disputaria vez por outras os melhores
restos que sobravam que eram justamente os de refeições. O orgulho não deixava com
que ele pedisse e vez por outra aceitava algo das pessoas que se compadeciam.
Uma das vezes em que pode se deliciar com uma alimentação foi aos fundos do
restaurante MIRIARDES, restaurante granfino de zona nobre da cidade grande. Quando
estava para provar novamente daquela refeição, como do nada alguém toca em seu
ombro e fala asperamente:
_ Passa a comida, idiota.
Olhando firme para aquela criatura toda esfarrapada, cabelos rastafári e
com um odor desagradável, ele como por impulso responde a altura
_ A comida é de idiota e não de merda alguma!!
Ele recebe um soco na boca do estomago, caindo e contorcendo-se de dor;
recebe um chute nas costelas lhe falta o ar e é espancado de pontas-pé de todos os
lados, não sabia de onde viera outros, pouco estava a sós, em outro tempo aparece
uns agressores lhe espancando. Estava quase perdendo a consciência quando falaram
no seu ouvido:
_ Esta área aqui, é nossa.
Ensangüentado no chão, Ari respirava com dificuldade, seu rosto estava
inundado de sangue. Seus mesmo agressores saem às carreiras, enquanto se chegam
alguns funcionários do restaurante para socorrê-lo. O hospital era um local que
ele desejaria manter a distância, mas era inevitável não receber o socorro
daquelas pessoas.
Alguns pontos no rosto, uma costela fraturada e a mão dismitida; era o
estado de Ari, agora novamente preso naquele hospital, não sabia o que era melhor,
seu tratamento, repouso ou alimento hospitalar.
A administração do hospital procurava identificação de Arimatéia, mesmo
que para eles fosse só mais um mendigo que perambulava pelas ruas da cidade grade.
No vai e vem das visitas, Ari já tinha achado uma escapulida daquele local,
pegou a roupa do paciente internado ao lado de seu leito, tomou um banho, barbeou-
se e saiu em direção a saída do hospital, agora estava livre; ... Novamente nas
ruas da cidade.
Alguns dias depois, perambulando pelas ruas, ainda traumatizado pelo
ocorrido recente ele estaria novamente a procura de alimento, seus locais
costumeiros sempre estavam com outros mendigos esperando os restos, nem que fossem
do lixo. Ao se encostar próximo ao local que geralmente ele encontrava comida, já
havia outro catando a lixeira, não poderia se aproximar ainda estava dolorido,
mancando e respirando com dificuldades, era so esperar; sentar-se e ficar olhando
como um cão que pede comida ao dono, sempre espiando, sem latir.
Aquela figura de homem, magro, alto, era um tanto esquisito, um mendigo que
chamava atenção. Catando na lixeira, levanta a cabeça começa a olhar para Ari. Que
estava sentado do outro lado só a observa, esperando uma oportunidade de se
aproximar. Ele pega um saco com alguns restos, levanta para cima.
_ Ei cara! Ta esperando o que?
Vem pegar logo tua comida.
Ari aproximou-se devagar, um pouco cabreiro, também meio temeroso.
_ Ei! Que é que tu tens, que ta todo engembrado?
_ Fui agredido, quando tava pegando comida.
_ La no MIRIARDES?
_ Foi La mesmo.
_ Cara tu entrou nas áreas do Bob. Tem que aprender tomar teu espaço!
_ Como!?
_ Come ai Cara... Fica aqui comigo; Ai tu aprende.
Ari divide a comida com o rapaz, que logo se afeiçoa a (Ele). E daí inicia-
se uma grande amizade.
Logo depois da comida, Ari limpa a boca,olha para seu novo parceiro, vê
aquele cara esquisito, magro de tão alto que era encurvado, falava sempre com a
boca cheia, cuspindo comida pra todo o lado. Sua aparência fazia juízo ao nome:
“MANIVELAÓ.
Daquele local partiram em rumo a outro, no qual manivela dizia que tinha a
sobremesa. Chegando ao local depara-se com inúmeras crianças catando o lixo.
_ Ari. È Ari mesmo, Né!? Vai La nos guris e expulsa todos.
_ O que!? Não cara, não vou fazer isso não!
Manivela olha para Ari, balança a cabeça com olhar de reprovação e vai de
encontro aos meninos dando cascudos e expulsando á todos.
_ 1ª lição: Marque sua área, ta certo?
Arimatéia balança a cabeça afirmativamente repetindo as mesmas palavras:
_ Ta certo. Ta certo. Ta certo.
Daquele dia em diante os dois iriam pra todo canto, os laços de amizade se
tornavam mais firme. Em certo local estavam procurando comida quando foram
surpreendidos por Bob:
_ Ei Manivela. Sai fora que é minha vez.
Manivela levanta a cabeça do tambor de lixo, juntamente com ri que fica
frio e como uma pedra. Bob reconhecia aquele barbudo de cabelos compridos em
qualquer lugar.
_ Ei Manivela, porque foi que tu trouxeste pra cá esse otário?
_ Ah Bob! Tu bateu no meu amigo num foi? Ainda chamou tua gangue!
_ Foi. Se vacilar bato de novo
_ pois vem se tu e homem!
Quando Bob vem se aproximando, Ari sai dando uns passos para traz, todos
pálido e passa para traz de Manivela. Não foi preciso nem mesmo combate rígido,
bastou apenas um soco de Manivela em Bob, para ele cair e se levantar saindo às
presas.
Manivela olha para Ari!
_ Viu cara! A Área agora é nossa.
Em um fim de tarde, ele se dirigiam a um local no qual Manivela não parava
de falar. La distribuía lençóis, roupas e um bom caldo quente. Ari só não
imaginava que era uma ação social dirigida por evangélicos. Logo na primeira
oração ele ficou com a cara amarrada.
Agora se explicava a loucura do Manivela, depois de comer lixo levantava
as mãos pro auto e dizia:
“Bendito seja DeusÓ!
La do fundo vinha em direção aos dois, um garotinho, tinha aproximadamente oito
anos de idade. Ele aponta o dedo para Ari, balança e diz, de uma maneira carinhosa
e meiga: “_ Jesus te ama e eu tambémÓ. Ari abre bem os olhos e recebe em abraço
aconchegante. Dava para se sentir sinceridade e o amor radiante vindo daquela
criança, era algo sobrenatural.
Manivela sai empolgado, todo sorridente enquanto Ari estava determinado
nunca mais aparecer lá. Todo domingo ao meio dia, Manivela saia para a zona
central, antes passava por uma pracinha, retirava uma pedra de cima de um poço e
retirava de dentro uma bíblia, certo que também neste poço ele guardava outros
objetos pessoais. Ficava debaixo de um alpendre ali sentado como se espera-se
alguma coisa, Ari ficava somente á acompanhar-lo, sem perguntar. De repente surge
um senhor bem trajado, vem com a bíblia na mão e na outra uma sacola com algumas
quentinhas. Em pouco tempo, apareciam outros mendigos da região, ele ficava com
uma quentinha e comia junto com os demais. Ali eles falavam, riam jutos, tiravam
algumas brincadeiras e depois começavam a falar de Jesus; sua morte e paixão,
falava e fluía uma paz. Ari mesmo um tanto cabreiro ficava a escutar.
Depois de alguns domingos, aquele pregador se dirigi a Ari.
_ tudo bem Ari? Rapaz senti vontade de te presentear, posso?
_ Claro!
Ele retira de uma sacola uma camisa de linho fino, dava pra vê que era
nova. Ari da um sorriso sem graça, agradece e recebe. Aquele senhor da um sorriso
estende a mão e aperta a mão de Ari, fitando bem em seus olhos.
Ari procurava se afastar daqueles momentos aos domingos, assim como também
nas sextas-feiras onde havia o sopão.
Todas as noites, Manivela antes de dormir, lia alguns versículos bíblicos
junto com Ari, orava e caia no sono, dava para se perceber aos poucos a mudança em
Manivela, porém era o único que conseguia se aproximar de Ari pregando a bíblia.
Certo domingo Ari partia em busca de comida enquanto Manivela saia de encontro ao
homem de Deus. Mais tarde ao se encontrarem, manivela passa um cartão junto a um
embrulho de presente. Estava escrito: “Arimatéia. Sei muito bem o amor de Deus
para contigo; sei quanto você é para Deus. Paz do SenhorÓ!
Olhando para Ari, dava para se perceber seus olhos querendo lagrimejar,
Manivela olha para Ari e começa a brincar com a situação.
_ Chora Ari. Chora. Quero vê agora se tu não aceita a palavra de Deus.
_ To chorando não... Vai vê se to na esquina Manivela!
Manivela apontando o dedo na cara de Ari ficava dobrando-se de rir. Até Ari
toca num assunto que mexesse com ele.
_ Preciso agradecer cara.
_ Pelo menos antes abre, pra vê o que é.
Ao Abrir o presente, era uma camisa de linho fina. Manivela olha para o
presente e revela:
_ Ari. O pastor não vai vim mais.
_ Porque cara!?
_ Sei não. Entendi que ele ia viajar pra índia.
Aquele homem de Deus poderia ter ido, porém a semente ficou plantada. Era
assim na vida de Manivela. Todas as noites ele abria a bíblia, lia algumas
passagens para Ari:
_ Olha só Ari o que é que Deus diz: “Porque o filho do homem veio salvar o que
estava perdidoÓ. Viu cara, Deus quer é pecador mesmo.
_ É por isso que todo evangelico já foi errado na vida?
_ Eu acho que é!... Ele veio pros pecadores.
Logo depois de lerem, Manivela fazia uma breve oração, e caia no sono.
Naqueles dias enquanto perambulavam acharam um bom abrigo na periferia, era uma
casa um pouco arejada, possuía muitos cômodos, dava até para repartir com demais.
Pena que tinham que repartir tanto com pessoas de bem, como pessoas
marginalizadas. Ali tinha de tudo, ponto de trafico, motel e esconderijo de
assaltantes.
Em uma manhã dava para se ouvir o berro, parecia que alguém estava sendo
torturado o que Ari e Manivela podiam fazer era que os demais faziam: Ficar em
silêncio.
Dias anteriores aquele, Manivela estava com alguns surtos de febre, não
tinha muito apetite. Coisa contraria aquele magricelo esfomeado, não passava uma
hora sem que estivesse mastigando alguma coisa. Ari sai, e volta munido de
alimentos para repartirem entre si. Nas noites frias, manivela se cobria com
cobertores e obrigava Ari a lê algumas passagens bíblicas e até mesmo orar. Ari
saia-se bem, embora sua dureza de coração o atrapalha-se.
No dia dos gritos, bateram na porta dos dois:
_ Manivela. Ari. Todo mundo tem que sair cara.
Ari responde:
_ O que foi que aconteceu?
_ Mataram um cara ai. Sujou. Quem ficar se complica.
Tiveram que deixar o cômodo que tanto eles zelavam.
Na noite seguinte, Manivela estava na rua juntamente com Ari, debaixo de um
alpendre o noticiário não era outro a não ser o da casa abandonada: “esquartejaram
um homem vivo!Ó Era o que dizia a manchete. Manivela batia os queixos de frio. Ari
preocupado sentia que a situação era séria, às vezes Manivela cuspia secreção e
sangue. A madrugada era chuvosa e fria a água respingava nos dois, até que
Manivela desse uma palavra.
_ Ari. Ta acordado, cara?
_ To. O que é?
_ Cara... Eu sou servo de Jesus ou não?
_ È cara! É claro que é
Ali Manivela silenciou-se, Ari pegou a bíblia leu alguns versículos e fez
uma oração sem que Manivela o forçar-se.
Na manhã seguinte, Ari levanta-se, não incomoda Manivela e sai à procura do
café da manhã. Era uma manhã nublada, respingava, garoava às vezes. Trinta minutos
depois voltava Ari com um café quente e alguns torradas.
_ Acorda Manivela. Olha só que foi que eu trouxe! Manivela?
Ele se aproxima balança e chacoalha Manivela que não responde. Põe a mão
sobre seu coração e vê que ele não estava mais vivo. Ari puxa o corpo de Manivela
abraça chorando:
_ Manivela. Não me deixe cara. Não me deixa. Eu trouxe café, ta bem quentinho,
acorda!
Ali ele chorava enquanto que as pessoas que passavam percebiam que o rapaz
tinha falecido.
Já fazia um bom tempo que ele não ouvia aquela voz, agora ela volta com
mais força. Era vontade de desaparecer deste mundo, Arimatéia não via mais sentido
em continuar nem nas ruas e nem nesta vida, e a voz contribuía para isso.
Um dia passava; a noite ia embora e o tempo corria, passavam-se já três
dias que não comia nem mesmo procurava alimentar-se. Seria ideal procura a Av.
Principal, é um transito rápido e violento, qualquer pedestre que se passa por lá
descuidado, assinava sua morte.
Passando pela praçinha central, Arimatéia lembrou-se do local que Manivela
guardava seus pertences, lembrou-se da pequena bíblia: Poderia ser isto que
preenche-se o vazio que Manivela deixou. Ari tira de dentro do buraco somente a
bíblia, os olhos enche-se de lágrimas, ele rapidamente esconde entre os braços e
carrega. Ao iniciar a leitura aumentava o desejo de suicídio à voz alarmava em sua
cabeça só que desta vez não o incentivava a tirar sua vida e sim desistir daquela
leitura, ela repetia: “Você vai ficar louco, fanático como os crentesÓ!
À medida que lê, ele fica com mais vazio em si, uma depressão terrível!
Joga fora a bíblia em uma lata de lixo na esquina da Av.Central, próximo a
pracinha, sai desnorteado, parecia um zumbi ambulante. Algo o puxava rumos à morte
faltavam dois quarteirões para chagar na Av. Principal, no qual estava disposto a
jogar-se sobre os carros, que ali passavam em alta velocidade. A voz não se calava
dizendo: “É O FIMÓ. De repente ele não estava mais nas ruas, desconhece aquele
local, da uma olhada ao seu redor e percebe que esta dentro de uma igreja. Como
poderia aquilo!? Veio a sua lembrança o dia que se deitou sobre os trilhos (...)
foi quase a mesma experiência. A voz já não o incomodava, havia paz, de repente
uma brisa suave toca-lhe o corpo, ele olha para frente, enxerga o altar, vai
adiante e curva-se pronunciando palavras que vinham a sua cabeça:
“Jesus Cristo é o Senhor da VidaÓ. Abre seus lábios e começa a orar.
_ Deus, eu sei que existis. Perdoa-me. Perdoa-me... Perdoa-me. Ajude-me, eu quero
viver. Eu quero ter outra chance!
Ari cai em prantos, levantando as mãos para cima, seu corpo estremecia e
arrepiava-se. Parecia que estava louco, chorando de alegria, era grande contrate,
pois o momento que estava vivendo era de grande amargura.
Ele se levanta, vai de encontro à saída, para um pouco se vira para o
altar, quando é abordo por um home que lhe dirige a palavra:
_ Por favor. Queira se retirar
Ele olha nos olhos daquele homem da um sorriso e tenta abraçá-lo quando
leva um empurrão e toma uma chave de braço. Não consegui nem mesmo abrir a boca
para defender-se, olhando para o lado na igreja, podia vê outro homem de pé, bem
vestido que acompanhava toda a situação. Ele é empurrado para fora com bastante
violência caindo de quatro. Levanta-se e sai pulando, socando para cima num ato de
vibração, era um gozo incontrolável, A primeira coisa que ele pensou foi na bíblia
que ele jogou na lata do lixo, teria que resgatá-la.
Arimatéia resplandecia e exuberava muita alegria. Ao passar por uma
vidraçaria ele retorna. Começa a ver seu reflexo no espelho, embora sua aparência
externa fosse de um andarilho esfarrapado e moribundo, ele mesmo percebia que não
era o mesmo.
Agora ele corria saltando de alegria rumo à lixeira no qual jogou a bíblia,
só que chegando ao primeiro quarteirão, ele vê o caminhão recolhendo os lixos, de
repente para, o fôlego quase fumegante, desanima-se e vai andando com os olhos
fixos para o caminhão. Ao chegar à lata de lixo da esquina na Av. Central, ele da
uma olhada passa de lado até que sente um impulso e retorna para olhar de mais
perto, só poderia se um milagre!... Ele olha novamente sem acreditar, não
recolheram o lixo. Voltando as outras latas de lixo, vêem todas elas vazia, Ari
cai de joelho, coloca a bíblia sobre sua testa inclinando a cabeça e solta um
brado de louvor! Aleluia!!!
Naquele mesmo dia, já ao entardecer ele lembra que era o exato dia do sopão
dos crentes, outro milagre acontecia, não seria como antes no qual evitava
participar do sopão, ele mesmo repudiava, agora estava louco para estar no meio
deles. Chegando ao local, muitos dos seus conhecidos ficaram apontando admirados,
conheciam muito bem sua antipatia. Ele passa no meio de todos, naquele instante já
tinham distribuídos sopão, estavam preparando-se para o momento de reflexão. Ari
sobe no pequeno altar ao centro e ousadamente levanta a bíblia e começa a falar do
amor de Deus:
_ Atenção! Todos que estão aqui. Venham; e ouçam; e vejam as grandezas do Deus
vivo.
Neste momento, começam a se aglomerar todos que estavam no local. Tanto
evangélicos como moradores de rua. Havia algo diferente naquela voz chamativa, bem
que muita curiosidade de saber o que o amigo inseparável de manivela iria falar.
_ Vivia eu nas ruas, muitos aqui me conhecem. Até a pouco tempo atrás eu poderia
ter aparência de cidadão, porém era uma serpente venenosa, não queria saber nada
de Deus, foi ai que perdi tudo, até mesmo a vontade de viver. Agora Deus me
resgatou e estou certo que Jesus vive em mim, já não tenho mais vontade de morrer
e toda minha amargura se transformou em alegria, mesmo eu não sabendo como pode
ter acontecido isto! Agora com certeza vou falar pra todo mundo que Deus Ama e
principalmente o pecador, este era o meu caso...
De repente do meio da multidão sai um homem, com as palmas das mãos
estendidas para o alto e bradando o nome de Arimatéia. Ari interrompe seu
discurso, fica a olhar aquele homem que vinha em sua direção, tentava identificá-
lo. O homem estava chorando, não conseguia nem ao menos falar. Ari desce do
pequeno altar, sai de encontro ao homem olhando bem direto nos seus olhos.
Surpreso, Arimatéia levanta os dois braços para o alto da um brado de glória e
abraça o homem que na verdade era Cláudio, seu irmão. Os dois choram se
reconciliando e trocando palavras de amor. As pessoas ao redor começam a aplaudir
aquela cena, enquanto que os dois choravam em voz alta.
Também em meio aquelas pessoas aproxima-se dos dois, uma senhora de cabelos
grisalhos, vinha ela falando enrolada, Ari ficava perplexo e admirado, nunca tinha
visto aquilo. De repente ela olha nos fundos dos olhos de Arimatéia, segura firme
em seus ombros:
_ Meu filho! Você nem sabe o quanto orei por você! Nunca, nunca senti Raiva de
você, Deus sempre me falou que você é um escolhido.
Como do nada suas palavras começam a ganhar outro significado.
_ O meu servo! Tirei-te do fundo de um poço imundo, te atrai com grande amor, de
agora em diante veras a minha glória! Tão somente recebe o meu poder.
Ela coloca a mão sobre a cabeça de Arimatéia e começa a orar enquanto Ari
baixa a cabeça e novamente derrama suas lágrimas e sente pela segunda vez, aquele
mesmo gozo inicial.
Ao término da oração, Ari de frente para Cláudio e aquela senhora, começa a
fazer perguntas:
_ Eu conheço a Senhora!? É de algum canto, mas conheço!
_ Filho, poucas vezes você me viu. Mas da ultima vez que nos vimos, você estava
atribulado
_ Quando!?
_ Quando você foi pegar minha filha em casa, você chegou aos berros.
_ Meu Santo Jesus!!! A senhora... A senhora... A Melissa!
_ Calma filho! Satanás já é um derrotado! A minha oração foi ouvida.
_ Me perdoe. Perdoe-me.
_ Claro! Jesus te perdoou, eu... Também!
Os dois se abraçaram. Daquele dia em diante, aquela senhora seria sua
segunda mãe. Ari olha para Cláudio e o enche de perguntas:
_ Cláudio, eu te amo cara! Perdoa-me.
_ Ari. Precisa eu dizer alguma coisa? È claro que sim cara!
_ Cadê mamãe? Papai? Helena? Quero saber tudo.
_ Senta ai cara, vou te contar. Mamãe ta bem. Sofre um pouco do coração, Papai...
Faleceu
_ Quando?
_ Três anos depois de você sumir. Deprimiu-se e só vivia para beber. Quero te dar
outra notícia ruim...
Augusto também faleceu... Cirrose hepática! Helena e Ricardo estão bem e vovó ta
mais velhinha que nunca.
Ari dar um pequeno sorriso. Cláudio olha no fundo de seus olhos:
_ “Quem esta em cristo nova criatura é, as coisas velhas ficam para traz, e agora
Deus faz tudo novoÓ.
Ari espreme os lábios, solta algumas lágrimas e vibra glorificando á Deus.
De repente surgem alguns mendigos que se aproximam de Arimatéia.
_ Ari. Nos aqui estamos querendo esse Jesus ai, que tu aceitaste.
Os irmãos que estavam próximos começaram a aplaudir e a glorificar a Deus.
A noticia correu rápido. Dona Rita estava com crise de pressão, Cláudio já
tinha levado Arimatéia para sua casa, a ansiedade aumentava a cada hora para um
encontro familiar. Cláudio agora tem que da a notícia desagradável para Ari.
_ Ari. As meninas estão a caminho, já que elas chegam, vem trazendo a vovó.
_ E mamãe, não vem?
_ Lavaram mamãe pro hospital. A pressão dela subiu com a notícia! Coitada da
mamãe, já tem sofrido, com aquela pressão alta.
Ari baixa a cabeça, fechado os olhos e começa a interceder. Quando termina
a oração. Cláudio faz uma pequena observação.
_ Ari, faltou você falar o nome de Jesus!
_ Há! Ta certo. Em nome de Jesus.
Os dois sorriem, olhando fixo um para o outro e voltam a se abraçar.
A casa de Cláudio era pequena, tinha apenas dois cômodos, a alegria maior
de Ari era os seus sobrinhos. Não sabia Arimatéia que Cláudio se dedicava ao
máximo indo até mesmo viajar, justamente porque na época sua namorada estava
gestante. No dia que Cláudio saiu de casa, expulso pelo pai. Pegou as bugigangas
que trouxera e montou uma barraquinha pelo centro da cidade grande. Foram dias
difíceis! Hoje ele conta com um comercio legal. Isto é que vem o sustentando.
Fazia um pouco mai de seis anos que Ari saíra sem rumo, o incrível era que
em todos esses anos nunca foram encontrados pelos Seus familiares, perambulando
pelas periferias e regiões metropolitanas, o maior tempo ele passou na região
central foi os tempos com Manivela. Agora o encontro seria maravilhoso, uma
verdadeira vitória! Helena seria a primeira a chegar e abraçando beijando seu
irmão tão amado.
Vovó andando de bengala não deu a menor importância, não reconhecia Ari e
nem mesmo lembrava. Era uma alegria única aquele encontro. A esposa de Cláudio
chorava de emoção. Pouco depois encosta um carro no portão da casa, era Ricardo,
esposo de Helena, juntamente com sua filha mais velha e dona Rita, que pulavam do
carro de encontro à família. Chegam anunciando os acontecimentos,a primeira
notícia veio de patrícia a filha mais velha de Helena.
_ Mamãe!! Nem sabe o que aconteceu!?
Vovó focou boazinha!
_ Como é que é!? A pressão baixou?
Ricardo toma a palavra:
_ Melhor... O médico diagnosticou, constatou uma pressão normal e encaminhou um
novo cardiograma, porém, observando, viu os batimentos cardíacos em perfeito
estado.
Cláudio olha fixo para Ari. Os dois começam a vibrar, glorificando a Deus. Dona
Rita surpreendendo a todos afirma que sentiu um toque que esquentou seu peito e
tórax esquerdo. Até aquele momento, Helena e seu esposo, não eram evangélicos,
receberiam o convite para participarem de um culto e daí em diante iriam se firmar
na igreja.
Arimatéia não tinha palavras para com Dona Rita, os dois passavam o resto
do dia abraçado, Ari sentia-se uma criança no colo da mãe. A Alegria da família
aumentava a cada boa noticia. incluindo o diagnostico final de dona Rita que
constatava cura.
Domingo era o dia especial para Arimatéia, estaria ele indo à igreja com
grande ansiedade, mesmo que fosse com roupa emprestada de Cláudio. A curiosidade
também era saber qual era a igreja de Cláudio. O sopão era realizado por irmãos de
diversas igrejas. Na medida em que iam caminhando para igreja, Ari ficava perplexo
olhando os locais que costumava ficar. Chegando ao local, Ari um tanto atônito,
com os olhos fixos e boca aberta a porta do templo. Até que Cláudio percebe e toma
a palavra:
_ Que foi Ari? Que é que tu tem!?
Um pouco de silêncio (...)
_ Foi aqui que eu encontrei Jesus!
Cláudio dar um sorriso de alegria e da uma tapinha em suas costas.
_ Vamos logo!
Mal sabia o episódio que aconteceu naquele local. Ari entra meio cabreiro,
olhando para todos os lados até identificar os homens que expulsaram ele dali,
porém não encontrando!
O culto começa dando um susto em Ari. Que nem mesmo conseguia orar
perplexo, olhando aquele homem orando no altar, justamente o homem que lhe jogou
para fora do templo, mais surpreso ele ira ficar quando o outro homem assumisse o
púlpito, era o homem que ele viu assistindo ele ser jogado para fora.
Quando Cláudio olha para Arimatéia, Vê ele sentado perplexo, pasmo... Até
ele o sacudir e lhe dirigir a palavra.
_ O que foi Arimatéia? Que bicho te mordeu?
_ Quem são aquele dois homens que falaram agora?
_ O mais alto que falou primeiro, é o prebistero Maurício, e este que fala agora é
o pastor Carlos. Por quê?
_ Não... Depois te falo.
Ao término do culto, Cláudio puxa Ari pelo ombro e o encaminha em direção
ao altar, onde o pastor Carlos cumprimentava os fieis. Ari suava as mãos, dava pra
vê em sua fisionomia pálida, sem jeito. Até Cláudio o apresentar:
_ Pastor. Quero que conheça meu irmão de sangue Jose de Arimatéia.
_ Tubo bem Arimatéia? Ficará se consagrando conosco?
Arimatéia um tanto desengonçado, falta não responder gaguejando.
_ To... To bem pastor, Vo... Fi... Fi... Ca... Aqui.
Ao saírem, Cláudio pergunta de imediato a situação:
_ O que foi que aconteceu pra você ficar daquele jeito?
_ O pastor não me reconheceu, mas foi ele que presenciou quando, aquele presbisto
me colocou pra fora.
_ Ari. É presbítero. Você deve ter chamando a atenção deles, levantando suspeita.
-não se preocupe Claudio, o assunto morre aqui.
Ari com certeza perdoaria aquela má compreensão, ainda muitas águas iria
rolar.
Nos dias seguintes, Cláudio estaria contando com uma grande ajuda e força em
seu pequeno comercio, era um talento nato de Ari, comercializar. As vendas dia a
dia cresciam cada dia um novo cliente. O maior pedido de Arimatéia era o espaço
que ele pediu a Cláudio, que era uma liberação a partir das 15h00min da tarde,
tempo para dedicar-se a leitura e devoção bíblica. A hora de almoço. Pegava sua
quentinha sai em meio ao centro, achava um mendigo, dividia sua marmita e ficava a
meia-hora de intervalo para almoçar junto aos pobres:
Aqueles velhos tempos de domingo entre família estavam de volta, só que
desta vez diferente, era um verdadeiro culto doméstico. Não demorou muito para que
Ari estivesse trazendo uma questão átona: evangelismo e caridade. Seriam perguntas
que traria para Cláudio.
_ Cláudio, sera que o pastor Carlos deixaria evangelizar?
_ Não sei Ari, esse negócio de Evangelizar... Vamos perguntar a ele!
_ Se ele precisar eu ajudo no sopão!
_ Não cara! Não fala do sopão pra ele não.
_ Por quê? Não é a igreja que faz?
_ Não, ali é uma obra particular de alguns irmãos que resolveram fazer!
_ E isto não é bom!?
_ Ele critica e desaprova não é o sopão, e sim o movimento de irmãos de outras
igrejas.
_ Poxa!...Eu não entendo!
Naquele domingo seguinte. Estaria Ari falando com o pastor o assunto, não
sabia Ari que ele seria barrado até o seu batismo, que ocorreria um mês depois.
_ Pastor, eu vim perguntar se posso me juntar aos irmãos para evangeliza?
_ Tenha um pouco de paciência Ari.
Procure se batizar e lê a bíblia.
_ Falta alguns livros do antigo testamento para terminar de lê.
_ que bom! Continui a leitura.
Não demoraria muito para que Arimatéia se batizar se e ao mesmo tempo se
destacar-se na igreja, seu nome seria uns dos que seriam cotados para assumir
trabalhos evangélistico,
Aos domingos a noite surgia a porta da igreja, alguns mendigos, ficavam
sentados nas últimas cadeiras, o mau cheiro, e a fisionomia, a aparência
incomodava os membros daquela igreja, eles procuravam pelo nome de “amigo do
ManivelaÓ. Um deles citou o nome de Ari. Agora este seria o debate da próxima
reunião eclesiástica, onde decidiriam o destino de tantos mendigos indo a
congregação. O jeito mais provável era encaminhar os mendigos para o pátio, ou até
mesmo retirá-los. Até a palavra final do pastor Carlos.
_ Não podemos desprezar os pobres coitados, vamos vê se nós alimentamos eles e
reservamos um local próprio para recebê-los.
O Presbítero Maurício toma a palavra:
_ Pastor, se acostumarmos eles viram em multidão, que pode nos dizer se todos são
de bem? Será que não corremos risco de ser lesados?
_ Vamos vigiar! Como está escrito.
A medida que se passava, aumentava o número de visitantes moribundos; uns
mostravam tatuagens, uns de camiseta; suas aparências não muito agradável. A
conclusão seria chamar a atenção de Ari e saber ao certo o que estava acontecendo,
para aquela igreja estar tão freqüentada por aquele tipo de pessoas. O pastor
estaria chamando Ari a participar da próxima reunião.
No dia da atual reunião:
_ Vamos dar inicio a nossa reunião dando oportunidade ao irmão orar!
Depois da oração, abordado pelo assunto que era o principal da noite;
_ Ari, como você tem feito para trazer tanto mendigos para igreja?
_ Há pastor! Eu me juntei a alguns irmãos e todas sextas os alimentamos e eu dou
uma palavra amiga!
_ Sopão!? Como é que é isso?
_ è um método que nos encontramos de evangelizar e fazer ação social.
_ Nós, Quem?
_ Outros irmãos que já conhecia de outras igrejas, incluindo Dona Francisca, que é
aquela senhora do meu testemunho... O senhor lembra?
_ Sei! Só quero que você fique sabendo que nós não concordamos com estes tipos de
movimento, que envolve diversas denominações. É um movimento perigoso! Agora fica
decidido que o irmão não se meta mais nestes movimentos e trate de pedir para que
estas pessoas que estão vindos lhe procurar, venham um pouco mais bem trajadas,
nossa igreja é de classe média e não tem maturidade para tais casos.
A decisão final seria o diácono Marcos assumindo o Evangelismo e Ari seria
cotado para o diaconato.
Arimatéia estava endereçando as pessoas evangélicas, que eram moradoras de
ruas a outro local. passando-se um mês depois da decisão, ainda não se tinha uma
posição correta para o dia próprio do evangelismo.
Ari ao procurar, o pastor, sempre pedindo para evangelizar,enquanto que o
diácono Marcos Pedia um pouco de paciência. Ari vez por outra chamava alguns para
nos fins de semana saírem a pregar o evangelho. Até ser barrado por Marcos:
_ Arimatéia, não é permitido passa pela minha autoridade! Tenha mas paciência,
iremos da inicio nossas atividades.
Logo os evangelismos seriam nos feriados e fim de tarde aos fins de semana;
o pedido de avisar em público às vezes era esquecido pelo pastor Carlos, que
sempre pedia desculpas e prometia avisar em outras oportunidades.
Nos dias próprios de Evangelismo, Arimatéia costumava ficar plantado,
esperando alguém voluntariamente se oferecer a juntar-se, poucas vezes saía com
Marcos que tinha seu tempo um pouco ocupado com sua vida secular. Arimatéia estava
decidido a pedir permissão ao pastor, de falar em público a respeito da pregação
evangelistica. Sendo sua oportunidade frustrada por não conter um cargo
eclesiástico. Então seria Marcos a pessoa ideal; só não esperava que Marcos
esquece-se de pegar a oportunidade. Sem contar que de vez por outra não poder dar
o aviso devido o tempo de celebração do culto.
No primeiro aviso, alguns irmãos fizeram o compromisso de juntar-se ao
evangelismo, só que os fins de semana continuavam os mesmos.
Ari estava convicto que precisaria de ajuda, coisa que teria de sobra com
outros irmãos que conhecia. Na tarde que o diácono Marcos decidiu tirar para
evangelizar, ficou surpreendido ao ver Ari e mais cinco pessoas, porém Sua
surpresa não estava nas quantidade de pessoas, e sim no tipo de pessoas, incluindo
a irmã Francisca, mãe de Melissa!
Na reunião seguinte seria este assunto em pauta.
_ Ari, quem são os irmãos que você convidou para evangelizar?
_ São amigos particular.
_ Não é que sejamos preconceituosos, mas é bom que o evangelismo seja feito por
nossa igreja, o irmão tem que deixar de se precipitar e esperar a liderança tomar
a decisão.
A reunião terminaria com a suspensão temporária do evangelismo, para dar
espaço a 3ª festa de Koinonia e aniversário da igreja. Arimatéia ficaria surpreso
ao vê o apoio e a dedicação de toda igreja, certamente este era a estratégia
apropriada para que a igreja estendesse o evangelismo!
A proposta de Arimatéia era que fizer-se o mesmo modelo de evento, só que
voltado a uma ação social. A resposta seria barrada; para a liderança o
evangelismo já tinha sido feito na 3ª festa, pelo convite de cada irmão para
trazer um visitante.
Fim de semana posterior ao evento, Arimatéia como sempre esperava frente ao
templo, tinha ele combinado com alguns irmãos da igreja.
Ligando para o diácono Marcos, ele lembra que o pastor liberou toda e
qualquer outra atividade, incluindo o evangelismo; o mês seguinte seria mês de
descanso do evento.
Agora Ari estava às sós. Saiu um tanto sem rumo, em direção a região
central da cidade.
Em meio ao caminho deu de cara com Nando, ex-traficante que residia na casa
em que Ari a Manivela se abrigavam. Ele veio de encontro a Ari, o abraçou aos
prantos, não muito sóbrio.
_ Ari! Veio me salvar cara! Jesus num te salvou? Pedi também pra ele me salvar,
mano.
_ Claro Nando!
Ari põe as mãos no alto da cabeça de Nando e intercede por sua vida,
daquele local, Nando pega o caminho oposto ao que vinha e separa-se de Ari, que
volta rumo ao templo, pensa roso a respeito daquela vida.
No inicio da semana seguinte, enquanto Ari trabalhava na lojinha de
Cláudio, surgi àquela figura assustada, olhando par um lado e outro e lhe dirige a
palavra:
_ Arimatéia, vim te pedir um favor.
_ Quando Ari despercebido se volta para atender aquela pessoa que lhe dirigia a
palavra, fica um tanto surpreso, era Nando, Ari logo o indaga:
_ Cara. Porque foi que não me procurou ontem na igreja?
_ Fui lá, só que pediram para esperar me dirigindo para outro local.
_ O que foi Nando?
_ Ari, se lembra do Santos?
_ Mais ou menos, não tenho muita lembrança
_ Eu to devendo a ele. O pior é que eu muito doido disse que daria um tiro nele!
_ Como posso te ajudar?
_ A oração que você fez cara! Eu tava muito doido, só que me lembro que você orou!
Fui pra igreja, lá perguntaram se eu queria Jesus, eu disse que sim! Depois que
você orou, a abstinência cessou cara!
Ari admirado ficou sem ter uma resposta, quando Cláudio entra na conversa:
_ Por que nos não falamos com esse tal Santos?
Os dois quase que simultaneamente responderam negativamente. Ari tem outra
idéia.
_ Já sei! Vou pegar um dinheiro que tenho e vamos para a grande metrópole, Nando!
_ E minha família cara?
_ Levamos eles também, Lá tenho um abrigo que conheci. Você passa um tempo por La.
Na noite seguinte, Nando e sua família foram de encontro à casa de Cláudio,
era de lá que seguiriam de viajem, nem ao menos perceberam que estavam o seguindo
isto cairia nos ouvidos de Santos, que furioso não só acertaria as contas com
Nando, como também do que Nando tinha dito.
O ônibus para a cidade da grande metrópole sai as 05h00minhs da manhã, era
preciso Arimatéia acompanhar-los. Santos e seus capangas foram à casa de Cláudio,
ali ele saberia o destino de Nando.
_ hô de casa!
Cláudio um tanto sonolento, vai à porta achando que era Arimatéia tinha
voltado, isto já era aproximo das 05h00minhs da manhã.
_ Oi, o que deseja?
Santos com a arma em punho deixa bem claro que esta muito nervoso.
_ Quero saber cadê o cara que entrou na tua casa, que eu sei.
_ Ele... Já... Já... Foram,
Ele estica o braço com arma em punho e começa a gritar. Cláudio é tomado
por uma paz! sabia que era algo divino.
_ Olha amigo, pegaram o ônibus para grande metrópole só te digo uma coisa, aquelas
vidas são de Jesus.
_ Quero vê quando meu revolver se encontrar com eles!
Cláudio sentia uma segurança enorme. Com certeza Deus estava no negócio,
Santos sai juntamente com seus capangas cantado pneus no carro, enquanto Cláudio
curva seus joelhos louvando e intercedendo.
A 1ª VIAGEM MISSIONÁRIA
Capítulo 5
Ari escolhe bem o local que acampara e ali iniciaria novas pregações. Na
última noite de Ari naquela cidade, Ari iria experimentar o poder de Deus como
nunca tinha experimentado! Parecia descer fogo dos céus enquanto pregava; pessoas
chorava,, havia grito em meio a multidão; uns glorificando, outros gritando a
palavras milagre. Depois Arimatéia chega ao conhecimento de operação milagrosa
enquanto pregava, pessoas curadas do câncer, caroços e até cegueira. Para Ari foi
um momento único e que ele nunca experimentou.
As autoridades reuniram-se e decidiram expulsar não só Ari, como também os
demais irmãos que o seguiam. Saindo da cidade, mais vinte pessoas os acompanharam
sem contar os outros nove de riachinho e boiadeiros.
Na cidade seguinte, a uns vinte quilômetros, Ari vê aquelas pessoas
exaustas, sem afeição em seus rostos, cabeças baixas e fracas. Enquanto todos
dormiam, Ari chama a Chiquinho em particular e os dois conversam a respeito
daquelas pessoas, que os acompanhavam.
_ Chiquinho, quero lhe pedir algo. Guie estas pessoas de volta, a cada parada ore
com eles, leiam a bíblia e encaminhe cada um a sua cidade natal e uma igreja
próxima.
_ E eu? Como fico?
_ Vê se consegue uma igrejinha que o apoio em Riachinho. Procure sempre, sempre
Deus!
Naquele instante eles se abraçam cumprimentando-se pela última vez. Ari
olha novamente para Chiquinho: Balança a cabeça e vira-se ajeitando sua bagagem.
O novo itinerário de Ari, era entra de mato adentro, alcançando Vilarejos
e pequenos povoados, um trabalho que duraria oito meses até a cidade regional mais
próxima.
Em um vilarejo, meio a uma mata bem fechada, Ari é surpreendido por uma
equipe técnica de TV.(não sabia como o encontraram ali naquele local) Era seu
primeiro contato com que estava acontecendo La fora. Um dos entrevistadores lhe
dirige a palavra:
_ Senhor, você poderia gravar uma entrevista conosco?
_ É... Claro... Sem problemas!
Arimatéia não imaginava o impacto que estava causa país afora. Seria a
figura evangélica mais comentada da atualidade, bem que já se ouvia falar dele na
cidade grande.
_ Boa noite! Estamos aqui com o “Profeta da CruzÓ.
_Boa noite, profeta?
Ari um tanto atônito, responde...
_ Boa noite!
_ Você tem sido o segundo homem mais comentado do país, o que acha disso?
_ Sou comentado, porque ainda não ouviram eu falar de alguém mais importante do
que eu.
_ Existe este tal. Por essas bandas!?
_ Sim!! Gloria e honra é dele!
_ Quem é este!?
_ Jesus. O Cristo!
Depois da entrevista, Arimatéia queria saber o porquê daquele título. O
repórter responde que foi a própria população que o intitulou. Era sua aparência;
barbado, cabelos cumpridos e a maneira como falava e vestia-se dava a impressão de
um profeta.
Causava um pouco de impacto!
Ari fica mais boquiaberto, quando o repórter mostrou outras notícias a seu
respeito, mas não imaginava o que estava por acontecer.
Depois de alguns dias no vilarejo pregando a palavra, Ari dedica-se mais
alguns dias para ensinar e instruir aquelas pessoas. O que mais lhe chama a
atenção, era a falta na comunidade por uma igreja de apoio, isto o levava a
interrogar-se, a passar noites a fio pensando e perguntando a Deus o motivo da
ausência da igreja, porém não tinha uma resposta. Sua única lembrança baseava-se
na luta que tinha para evangelizar em sua cidade.
A próxima parada de Ari seria, sem sombra de dúvidas, a cidade regional.
Levaria uns dois dias de peregrinação até lá.
... Na cidade regional, já rolava boatos a respeito da vinda do profeta. Os
preparativos de boas vindas seriam calorosa, e em outros ponto, constrangedora. O
comércio vendia santinhos, imagens e todo tipo de artigo religioso com fotos de um
Santo Homem de Deus: Arimatéia.
A poucos quilômetros da cidade, Arimatéia para debaixo da sombra de uma
árvore para descansar. Repousando e dormindo. Arimatéia sonhava, que passava em
certa localidade, avistando um templo ele se propõe a pregar. Quando entra vê
pessoas que lhe olhavam e na medida em que caminhava, elas se levantavam das
cadeiras e começavam a apedrejá-lo. Acordando um pouco assustado. Parecia ser
real!
Pouco tempo depois, segue rumo à cidade. Em meio ao caminho, começa a
mutuar-se pessoas na estrada, vinham de todos os lados acompanhavam admiradas,
enquanto Ari ia em caminho, ainda perplexo com o sonho. Ele se direciona a
primeira praça, subindo em uma escadaria em direção ao topo, ele da inicio ao seu
sermão.
_ Amigos, cidadãos regionais! Sou grato a sua hospitalidade, porém quero
testemunhar a vocês, que a glória e a honra são de Jesus.
Não citando mais nenhuma palavra, desce e sai para armar sua barraquinha,
onde passaria o resto do dia. As pessoas vendo que nada mais ele diria, apenas
Entra dentro da cabana e cai no sonho. Vendedores ambulantes comercializam objetos
com seu nome e fotos.
Naquela noite seguida havia uma necessidade de se achegar a uma igreja.
Noite na qual celebravam a ceia do Senhor, em uma igreja local. Ao chegar ao
templo, alguns irmãos que recepcionavam, o em caminhara de imediato ao pastor.
O pastor da igrejinha olha Ari da cabeça aos pés, balança a cabeça e vai
direto ao assunto:
_ Um homem de Deus!... Parece-me mais um andarilho, com roupas mal amanhadas. Se
você deseja participar da ceia do Senhor, deve-se vestir melhor. Quem é seu pastor
e de que igreja você pertence?
_ Pastor Carlos, da Igreja Unidade dos Evangélicos.
_ Você já viu o transtorno que causou no meio do povo? Você virou um santo fazedor
de milagres!!
_ Posso ceia ou não com vocês?
_ Para ceia conosco, tem que ser da nossa denominação. Sua igreja crê no poder ou
não?
_ Minha igreja vem de uma linha conservadora. Não sei muito a este respeito.
_ É! Eu lamento.
Ari se dirige aos últimos locais do templo, assistindo o culto e a
celebração. Dava para se sentir a discriminação a sua pessoa, alguns olhavam para
ele, cochichavam nos ouvidos um do outro e davam-lhe as costas, parecia uma faca
no peito. Ari cabisbaixo sai afora do templo, levando toda sua bagagem. Não
demoraria a chegar até a esquina e ser reconhecido por uns guris,que começaram a
agarrá-lo, uns o abraçavam de modo carinhoso, outros ficavam pulando em cima dele.
De repente, uma alegria toma conta de si, e o anima daquela tristeza que
estava sentindo.
Antes de fazer seu discurso na praça central, no dia seguinte. Ele recebe
em mãos uma carta de solicitação urgente:
“SANTO HOMEM DE DEUS, POR FAVOR, SALVE MEU FILHO. ESTOU DESESPERADA, NÃO
TENHO MAIS O QUE FAZER. DE UMA MÃE AFLITA.Ó
O endereço era de uma cidade ao norte da cidade regional, aproximadamente
quarenta e três quilômetros.
Houve muitas pessoas da cidade esperando Arimatéia, iniciar seu discurso.
Pelo Espírito a primeira anunciação foi contra a comercialização de sua imagem.
Logo depois Ari prega a palavra, fazendo todos os que estavam presentes ficarem
calados, atentos, palavra por palavra. Em meio a pregação ele pode sentir algo
bater em suas pernas, ao olhar parecia um revolver, sem dar muita importância,
prolonga-se a palavra de arrependimento de pecados, e como em um instante, seus
pés estavam cheios de objetos; era cigarros, cascos de bebidas, armas e outros
utensílios, incluindo suas imagens.
Terminado de pregar, alguns se aproximaram querendo saber mais, entre eles,
um homem vinha chorando, com as mãos para o alto. Ari fixando os olhos no homem
impõe suas mãos sobre ele, no qual Cai de joelhos e falando em línguas. Arimatéia
espantado lembra-se nos tempos dos apóstolos. Seu coração enche-se de alegria, ele
levanta o homem do chão e o abraça.
Arimatéia aos poucos, vai despedindo aquelas pessoas. Entra para
barraquinha e agarra no sono... De repente palmas pediam que acorda-se. Ari, meio
atordoado, fica sem reação, vendo aquele homem ajuntado seus pertences.
Ele de repente para, olha para Ari.
_ O que é que você ta esperando? Junta logo tudo agora!
Ari sem entender obedece aquele homem. Suas coisas são jogadas em um porta
malas de um carro.
Arimatéia sem nem mesmo perguntar, entra no carro, juntamente com aquela
figura estranha e sai em direção a estrada para fora da cidade regional.
Dava para se perceber que o clima espiritual da cidade era diferente das
demais cidades que Ari já tinha passado. A população era tímida, e um tanto
antipática, durante o dia ele saiam para fazer suas tarefas diárias, porém, à
noite a cidade se transformava em um deserto.
Depois que Ari deu a apalavras todos como que de uma só vez, começaram a
razoarem entre si! Em um pedido de silêncio, o conselho comunitário decidiu da
essa chance a Arimatéia.
Era noite, e como sempre a cidade mais uma vez estava deserta. Não se podia
ver nenhum movimento nas ruas, as portas todas fechadas e se escutava apenas o
zumbido de vento. Arimatéia começa a passear entre as ruas, ali intercedendo pela
cidade.
_Pela vida de João, quando de repente, uma viatura policial surpreende Ari, bem na
esquina de uma das ruas principais de poço fundo.
Era aproximadamente onze da noite, quando Ari decide voltar até seu
acampamento... De repente a uns três quarteirões a sua frente, ele avista uma
figura estranha. Estava agachada ao chão, coçava-se como um cão e rolava pelo
chão. Ao avistar Ari, ele se levanta indo a sua direção. Como paralisado Ari vai
também ao seu encontro, parando um quarteirão de distância e fala em voz alta:
_ João!!! Jesus pode te curar!
João que vinha com tudo para cima de Ari, leva um tombo caindo para traz,
parecia que havia uma parede invisível. Ele bolando pelo chão, de um salto se
levanta dar um uivo para o alto, e sai às carreiras. Arimatéia corre atrás, o
persegue por volta de cinco ruas seguidas, se impressionando com a velocidade do
rapaz, que entra mato adentro. Ari quando vai entrando no matagal, sente como um
esbarrão e retorna atrás.
Sentando-se no chão, começa a orar, e como uma força ele senti um vigor
inexplicável e passa o restante da noite em oração a beira do mato.
Restava apenas mais um dia, para Ari cumpri aquilo que prometeu na reunião.
As pessoas da cidade não falavam outro assunto, dava para se vê nitidamente a
expressão esperançosa da mãe de João. Enquanto isto, Ari repousava, guardando suas
forças para outra noitada.
Meio dia. Alguém o acorda, Ari levanta-se de imediato, a mãe de João trazia
almoço, junto uma jarra de suco. Algumas roupas para Ari. Antes de ir, ela olha
profundamente em seus olhos e fala convencidamente:
_ Eu creio. Eu creio que você vai conseguir profeta.
Ari sem nenhuma palavra faz um movimento afirmativo com a cabeça, a mãe de
João vira-se indo embora. Em Espírito orava pedindo a Deus misericórdia.
Quando Ari avista, definitivamente, que era João, ele da um salto, tenta se
aproximar. João de repente olha para ele, rosna e da alguns passos para trás. Ari
pelo Espírito começa a falar:
João com os olhos avermelhados, a fala rouca e estridente, reage numa ação
de tentativa de livrar-se como se estivesse acorrentado.
_ Eu vou te matar! Seu bastardo! Ele me pertence, assim com esta cidade.
_ Chegou teu fim, retire-se em nome de Jesus!
O dia já estava raiando, Ari cai como uma pedra... Ao acordar mais tarde,
ele procura rapidamente por João, até o avistar sentado, perto de uma pequena
fonte. Ao centro da praça. Quando ele avista Ari ele levanta-se, ele estava todo
arrumado, indo ao seu encontro.
Sua reação foi dar um abraço carinhoso em Ari. Com pouco tempo, a cidade foi toda
Aglomerou-se na praça. Todos queriam testificar o milagre. Do meio da multidão a
mãe de João vem aos prantos com as duas mãos no rosto, indo de encontro ao seu
filho.
O encontro de João, com sua mãe, fez com que Ari chora se, parecia que a
sentia o mesmo que a mãe do rapaz. A cidade aplaudia unânime, vibrando e saudando
aquele reencontro. Agora, a oportunidade era de Ari, que inicia seu sermão,
falando de amor e compaixão de Deus. Ali todos silenciosamente, prestava atenção a
cada palavra de Ari.
Era a última noite de Arimatéia na cidade. Teria ele que se despedir. Não
se esqueceria de pedir pessoalmente que uma igreja assumisse aquela obra divina,
no coração daquelas pessoas da cidade. Ao anunciar sua despedida, sentiu o
abatimento nas vidas presentes, ele tentando Consolar e transmitir paz anunciava
sua partida.
Dona Rita, mãe de Ari estava a porta com as mãos unidas, sacolejando de
ansiedade. Dava para vê e até mesmo sentir suas emoções, somente na troca de
olhares, o abraço demorado e o choro sentido da emoção de um novo reencontro.
Olhando para os lados, Ari emociona-se mais ainda, com a família unida, vindo o
cumprimentar. Helena vem cumprimentando, com uma saudação de paz, Ari gesticulando
com sua cabeça um sinal positivo, abraça sua irmã glorificando ao Senhor.
O fim da semana seguinte, Ari não estava preparado enfrentar o que veria.
Tinha, ele mesmo visto reportagens, fotos e todo tipo de assunto a seu respeito,
sentia-se como se fosse uma celebridade.
Arimatéia iria se chocar com cenas que veria, no culto que estava preste a
participar na comunidade cristã evangélica. No dia do culto, um dos irmãos chega a
porta da casa, falando com Cláudio, Ari estava se preparando e escutava a
distância. Ao se aproximar, já preparado-se para ir a igreja, o irmão anuncia que
estava ali para levá-lo.
Ari olha para Cláudio e sua esposa e faz um gesto de indagação... Cláudio
balança a cabeça negativamente. O irmão retorna a fazer outro comentário.
_ Não vou conseguir encostar-se aos fundos da igreja, é melhor encostar o carro
aqui mesmo e ir a pé.
Durante o louvor, Ari pede ao pastor para se retirar não passava muito bem.
Pastor Carlos um pouco preocupado, dica a se indagar:
_ E agora? O que eu digo pra igreja? Não tem só irmãos desta congregação, vieram
pessoas de outras igrejas, e muitas delas de longe!
Ari apenas levanta-se e sai pelos fundos. Saindo do templo, ele vai em
caminhada de volta pra casa. Na metade do caminho um grupo de pessoas que estavam
em um bar o reconhece.
_ Olha ali ! É o profeta, que eu vi na TV.
_ Ta parecendo ele mesmo!
Ari fica extasiado por alguns momentos... Quando volta em si, começa
desculpar-se quase chorando, ela logo toma a palavra:
_ Não se desculpe irmão, você me abençoou. Também estava obedecendo a uma ordem
divina. Você não tem idéia da operação de Deus em minha vida, depois daqueles
dias!
Ela larga de sua mão e sai em lado oposto, procurando assento. Ele fica
olhando e vem em sua lembrança à crise familiar e conjugal que estava a passar.
Ele da um suspiro profundo e vai ao encontro dela. O primeiro milagre acontece...
Um rapaz sentado chama o Homem, levanta-se de sua cadeira, desmarca a outra ao
lado e a fala direcionando a João de Almeida.
_ Senhor, estava lhe esperando. Senta aqui. Tem também lugar para sua esposa.
Almeida atônito olha pro rapaz, mesmo com muita curiosidade, não atreve se
a pergunta, porém vai logo sentando e chamando sua esposa. O rapaz sai pela
lateral e não dirige mais sua palavra a Almeida.
De repente, Ari ser retira, a irmã teteia, fica olhando admirada com Ari.
A 2ª VIAGEM MISSIONÁRIA
CAPÍTULO 9
Pastor Carlos como sempre estava em seu gabinete, ali orava, fazia seus
sermões. Naquele dia estava meditando nas sagradas escrituras, também se lembrando
da noite que Ari pregou... Parecia que Arimatéia sabia o que fazia escondido, já
fazia um bom tempo que ele usufruía do dinheiro da igreja, indevidamente. Alguém
bate na porta, atrapalhando aquele momento devocional.
_ Pastor Carlos! A Irmã Tetéia quer falar com o senhor.
_ Um momento Maurício, já atendo.
Sua Ordem era, quando estivesse trancado, jamais o perturbasse, a não ser
por um motivo urgente ou grave.
Pastor Carlos ajeita sei material de estudo, organiza sua mesa e calça seu
sapato, para atender aquele chamado.
_ Mande-a entrar Maurício. Por favor.
Irmã Tetéia entra, mal cumprimenta o pastor, e vai logo contando o fato que
motivaram está ali no gabinete pastoral.
_ Pastor Carlo! O senhor tem que dar este testemunho na igreja. Fiz o diagnóstico,
fui curada, um homem que tem dom de cura, só pode ser santo! Vamos mover a igreja,
talvez uma campanha de cura? Tem muita gente enferma.
_ Calma irmã! Não estou entendendo nada. Comece devagar, explicando melhor o que
esta acontecendo.
_ Desculpe pastor. Estou emocionada.
_ Então me explique.
_ No casamento de minha sobrinha, aquele rapaz chamado Arimatéia me tocou e disse
que eu recebesse a cura. Pastor, eu o chamei de louco, mas eu estou curada! Não é
incrível?
_ Que bom irmã, que Deus continue a lhe abençoa. Dê o testemunho na igreja.
_ Quando é que ele vem pregar novamente na igreja?
_ Não sei irmã. Ele é imprevisível!
Ari estava se preparando para voltar a viajar, estava determinado a sair
sem se despedir. Tudo já estava preparado. A rota seria o Sul, atingido
localidades não alcançadas.
Na madrugada, Ari pega sua bagagem, deixa em cima da mesa uma carta de
solicitação, para o pastor Carlos, conta na qual pediu um trabalho na cidade de
poço fundo. Cláudio acorda com o barulho, sai um tanto sonolento, ao acender a
luz, Vê a carta em cima da mesa. Dobra os joelhos e começa a interceder. Neste
instante, ele já esta breve a pegar o próximo transporte para a cidade de Lagos,
na Região Sul. Havia um pequeno problema, o dinheiro que tinha era insuficiente
para chegar até Lagos, teria que chegar a cidade próxima.
Pastor Carlos, ao receber a carta, (que lhe pedia para acolher uma igreja
de poço fundo) não pensa duas vezes, convoca uma assembléia geral, levantando
fundos, indica um pastor colega seu para o campo. Bastariam três meses para que a
igreja de poço fundo fica-se entre a quinta maior igreja do Estado.
Na cidade de brejinhos, Ari chega como de passagem, seu objetivo era descer
na cidade e locomover-se para Lagos. Na Rodoviária de imediato é reconhecido por
um irmão que o convida a ficar, insistindo para que não fosse logo embora.
Arimatéia resolve atender ao pedido, hospeda se na casa do irmão, cujo fazia um
trabalho nas circunvizinhanças da cidade, localidades até mesmo de difícil acesso;
atravessando rios, mata serra e estradas.
Em um dos trabalhos, eles tinham que passar por mata fechada, era uma
aldeia indígena, na qual o irmão mantinha contato. Tinham que ir escondidos, as
autoridades proibiam entra na reserva.o convite era pedir ajuda de arimateia
Ari não entendia nada do que estava acontecendo, até o tradutor esclarecer:
“A nativa tinha sonhado com Arimatéia; o homem branco, que enviado do céu,
viria curar sua pequenina. A lei da tribo é que toda criança doente ou deformada
tinha que morrer assim como também sua mãe. Isto não era caso raro... Agora as
pessoas da tribo, estavam dizendo que os deuses estavam irados, era preciso
sacrificar criança e mãeÓ.
Arimatéia pede para traduzir o que ele dizia para o seu dialeto.
_ Realmente os céus me enviaram! Agora é preciso eu entra em contato som o Senhor
dos Céus, que esta acima de todos os deuses e restaurador de todas as coisas.
Ari entra por uma vareda de mata fechada, juntamente com o irmão Rodrigo,
iriam à aldeia para evangelizar, levando objetos para trocar e presentear os
nativos.
Arimatéia caminha uns duzentos metros de onde estavam, enquanto uns seguravam
a criança e a mãe, outros seguiram Ari, o irmão e o que traduzia. Ari pede para
ficarem e caminham mais alguns passos, pedindo para que o tradutor disse-se que
ele orava:
Ao conversar com i irmão, Ari fica sabendo que já tinha mais de um ano que
ele evangelizava aquele povo, conseguindo apenas discipular dois da aldeia,
incluindo o tradutor. Era justamente isto que ele vinha a orar pedindo por um
sinal, coisa que naquela cultura era fundamental no testemunho de um homem...
Eles não poderiam ficar na aldeia por muito tempo, isto faria com que fossem
intimados, sobre desobediência Lei.
Quinze dias depois, Arimatéia despedia-se da tribo, levando com sigo muitos
presentes, objetos de valores e frutas. Arimatéia atravessou a reserva acompanhado
por Rodrigo e alguns nativos novamente estavam a caminho de Lagos.
Mais dois dias se passam, ele já não estava mais suportando a fome:
Não conseguia ficar no mercado pregando, não lhe restava forças.
No inicio da tarde, quando sai, depara-se com um cachorro deitado enfrente
ao seu acampamento. O cachorro se levanta vai de encontro a onde esta, balançando
o rabo saltando como se ele fosse seu dono, de repente o cão sai vai ao lado
esquerdo da barraca e vem com um embrulho na boca, deita-se e fica olhando para
ele latindo. Ari curioso vai até o cachorro. Agacha-se, com cautela puxa o
embrulho no saco. De repente constata que era pão, pedaço de bolo e doces.
Arimatéia levanta para os céus, da graças, com sorriso no rosto começa a comer,
jogar alguns pedaços para o cachorro, que só faz cheirar e daí deitando-se para o
outro lado.
No segundo dia, o cão trazia outro saco na boca, largando no chão, Ari indo
a constatar, via que era resto de comida fresca. Ari já começava a enxergar um
milagre, o cão estava lhe alimentando. Suas forças estavam sendo restauradas para
continuar a pregação na feira. No dia seguinte, Ari volta ao mercado, com vigor
começa a falar da palavra de Deus. Já ao meio dia, quando Arimatéia volta ao
acampamento, procura pelo cachorro e não consegue encontrá-lo, indo mais enfrente,
resolve dar uma volta pela cidade procurando pelo o animal, Já no fim da tarde,
Ari cansado, a fome novamente prevalecia, volta a sua barraquinha, deita-se para
descansar, talvez, a fome passasse...
Pedro correndo para casa, conta tudo a Ari, que ouvindo dica em silêncio e
apenas balança a cabeça. Passado Três dias, em uma madrugada, alguém bate a porta
de Pedro.
Assustado, Pedro acorda Ari, que levanta, e vai para o compartimento traseiro da
casa. Pedro vai à porta, saber quem era:
_ Quem é?
_ Senhor Pedro, abre a porta, estamos aqui em paz.
É certo que vou falar e responder isto, pelo o poder de Deus, tudo que
vocês anseiam saber (...)
Ari se direciona para os dois e faz uma pequena oração. Daquele dia em
diante seriam freqüentadores assíduos.
Eles começam a falar entre si, quando um deles parte para cima de Pedro,
segurando na gola de sua camisa. De repente, Arimatéia e os demais saem em defesa
de Pedro. Senhor Abelardo, o pai de um dos que participavam do grupo, o que deu
testemunho, sai tomando a frente da situação
_ O que é que está acontecendo?
O rapaz um tanto tímido, vai saindo aos poucos, enquanto que os demais saem
de um por um, todos saem sem dizer nenhuma palavra. Senhor Abelardo, olha para o
grupo, surpreendendo a todos.
_ Olha aqui, vocês! Temos direitos que não podemos deixar de usufruir. Vou entrar
com um processo... Vamos passar a nos reunir livremente, sem medo, se possível
abrir uma igreja!
Ari já podia sentir que sua missão naquela cidade estava cumprida. André
depois que saiu dali, começou a bolar um plano, contra Arimatéia. Sua promessa era
persegui-lo, custe o que custar, atrapalhando sua vida.
Ao abri um local de pregação, na mesma rua da casa do irmão Pedro, vez por
outra passava zombando, quando não atiravam pedra sobre o telhado. Ari iniciava as
pregações, sempre enfatizando o amor, pouco a pouco as pessoas se achegavam, o
grupo ia crescendo e formando uma igreja Forte. Na medida que crescia, crescia
também a divisão entre os moradores da cidade. Arimatéia já estava prestes a
seguir seu itinerário para Lagos, um dia antes que André e seus cúmplices bolavam
um plano, que incriminasse Ari.
O plano de André, era acusar Ari de charlatanismo, fazendo com que sua
integridade fosse duvidosa, e que caísse no descrédito do povo.
Estava fora de sua imaginação, não podia nem mesmo acreditar, era um hotel
luxuoso, principalmente a suíte que já estava reservada em seu nome. Passada a
noite e o dia, Ari divertindo-se somente no quarto, hora assistindo TV, outra hora
em banho de espuma e entre outras novidades para ele ali naquele local, a noite
estaria na igreja na presença de Deus, onde levaria a palavra.
Ele podia sentir algo diferente, algo o incomodava, sentia sua oração sem
fluir, fora que a noite a pregação não era a mesma, no fundo não se sentia bem.
Quando começou a pregar, parecia que estava preso, não sentia o fluir do
Espírito, Como sempre sentia quando começava a pregar. As pessoas da igreja
demonstravam como se estivesse sentindo a mesma coisa, ao término, Ari volta para
o hotel, atônito, sem entender... Era preciso orar, clamar ao Senhor, uma palavra
não saia de sua cabeça, era justamente uma pequena frase dita pelo pastor daquela
igreja: “Este não é o rumoÓ.
Como em um impulso, ele arruma suas bagagens, saí daquele local, passando
pela recepção, tenta saber quem estava pagando as despesas. Sem saberem informar,
Arimatéia sai do hotel, apenas sabendo que alguns irmãos da igreja unida tinham
pagado as despesas iniciais e dando uma porcentagem de diárias pagas para o hotel.
Ari verificando os convites das igrejas certifica que não há nenhuma igreja
unida na cidade de Lagos. Era algo que também o deixava pensativo.
Na mesma noite, Ari procura um novo local para acampar achando um pequeno
terreno, perto da igreja que ele estaria pregando dois dias depois. Neste período,
já dava pra sentir uma nova mudança, sua oração fluía como antes, era como se
estivesse saindo da prisão. Fluía dentro de seu coração, uma alegria, seu sono
nesta noite, seria sem dúvidas, maravilhoso e tranqüilo! Os dois dias que se
seguiram antes de pregar na próxima igreja. Ari voltava as suas origens, estaria
pregando para os pobres. Eram favelas, locais onde dormiam mendigos, ponto de
trafico. Todos os lugares davam para se vê claramente o mover de Deus nos
corações.
Ari senti no coração que tinha que cumpri os convites que recebera, para
prega nas igrejas, incluindo a próxima noite em uma igreja, no bairro vila
pequena, em uma igreja com o mesmo nome. Justamente onde estava acampado.
Quando o homem sobe no altar, Ari sem entender, da uma olhada para o pastor
da igreja de vila pequena, que emocionado, chorava. O pastor começa aplaudir,
nisto o homem agarra Ari, o agradecendo. Arimatéia parado, sentia algo diferente,
estava vendo um paralitico andar, porém não sabia porque estava assim, atônito e
sem palavras, parecia que sua boca tinha sido vedada. Alguém da multidão começa a
tirar fotos, Ari continua o sermão, porém antecipando seu término.
Ari se despede dos demais, volta ao terreno ao lado e ali arma sua pequena
barraca. Poucos minutos antes de deitar-se, uma pessoa chega o chamando.
_ Profeta, vim lhe agradecer, você é um milagreiro.
No momento em que o homem estende a mão, alguém tira uma foto (...)
Uma noite que era para ser tranqüila, transforma-se para Ari, em uma noite de
insônia, não conseguia para de pensar no que ele tinha vivenciado no dia passado.
Levantando-se bem cedo da manhã seguinte, entra em um momento de oração, seu
coração estava inquieto, sua alma abatida. Ari arruma suas coisas, se desacampa e
sai de encontro ao pastor de vila pequena.
Ari olhando par o pastor Emílio, sentiu que ele não está muito confiante,
antes, estava duvidoso a respeito de sua conduta. Baixando a cabeça, sai da casa
do pastor, que presenciando toda aquela cena, fica com uma grande amargura no
coração.
Derrepente, ao abrir os olhos, meio atordoado, sem saber onde estava. Olha em
volta de si, não conseguindo se situar-se. Uma moça vestida de branco entra, no
quarto, Ari olha para ela tentando identificá-la.
Ela olhando para ele, vê que ele não conseguiu situar-se, antes fica perplexo
olhando para ela.
A Enfermeira sai, logo depois voltando com o médico, que começa examinar Ari,
que logo reage:
_Graças a Deus, senhor José! Pensava que, estava com amnésia. Você teve um leve
traumatismo, graças a Deus, seu quadro clínico esta instável. O senhor lembra
porque ta aqui?
Ari tomando os papéis começa a lê. Vendo que realmente era intimação ele
assina. O homem recolhe a papelada e retira-se; o pastor, Nildo, olha fixo para
Ari, lhe dirigir a palavra:
_Irmão Ari, vou colocar um advogado de defesa por você.
Passando por volta de uma semana, no Hospital recuperando-se, Ari é
encaminhado a um tribunal de pequenas causas para declarar seu depoimento. Seu
advogado de defesa, já o esperava...
Passando algumas horas de depoimento, sem nenhuma testemunha de acusação,
Ari é libertado, porém não poderia ficar mais na cidade, bem que havia muito
protesto, inclusive no momento de seu interrogatório.
Ari é escoltado até fica livre, próximo onde é deixado na rodoviária (...)
Ainda havia receio. Talvez medo, a única coisa a fazer era ora, pedindo a
Deus proteção. Só havia certeza de uma coisa: NÃO ERA HORA DE VOLTAR PRA CASA.
Da rodoviária, Ari saí errante, pronto a achar local para um novo
acampamento. A pouco tempo atrás , as ruas eram seguras, agora era duvidoso. Todos
os locais pareciam sem segurança, parecia que havia uma placa bem explícita:
PROIBIDO ACAMPAR!
Dando voltas por toda Cidade, só conseguia sentir paz em um só local: De
frente a Igreja Católica. Poderia ser entendido como uma afronta, talvez não...
Era o único local.
Na cidade já era notícia espalha, sobre um charlatão chamado Profeta de
Cruz, os boatos ficavam mais notórios para Ari, quando ele passava pelas ruas. As
pessoas não o reconheciam; no Hospital tinha feito uma assepsia em seu rosto, as
características de Ari já não era a mesma. Vieram a certifica-se, quando Ari
acampa, na pracinha, de frente a Igreja católica.
Alguns pastores locais, daquela pequena cidade, já se reunião para
trata do assunto sobre Ari. Em suas decisões, chegaram a um acordo; falariam com
Ari, se possível expulsariam ele da cidade. Era início da madrugada, quando um
carro, parando ao lado da Catedral, desce dois homens bem trajados, indo de
encontro ao acampamento de Arimatéia.
Estava Ari sentado, de frente a barraquinha, com as pernas cruzadas e
intercedendo mentalmente, quando sua atenção é tomada:
_O... Rapaz! Viemos aqui falar com você.
_ Ari abrimos os olhos e fixando para os dois senhores, responde
mansamente:
_Pois não! Pode falar.
_Temos ouvido tudo a seu respeito, incluindo os acontecimentos
recentes, que também acompanhamos pelos noticiários. È por isso que estamos
sinceramente a divertindo, ao moço, que não venham escandaliza o Evangelho aqui
nesta cidade... Na verdade esta cidade não precisa de um Profeta e sim de Jesus!
Ari balança a cabeça, ficando mudo, não dando resposta alguma para
os senhores. Eles vendo que não iriam ter êxito, se retiram, queixando-se um o
outro. Ari retorna para dentro da barraquinha, descansando e preparando-se para o
amanhecer.
Por volta das oito da manhã, Ari levanta-se, fazendo suas ações de
graça e sai a caminha pela praça. Derrepente lhe sobrevém uma convicção, de que
precisa falar do Amor De Deus e de maneira alguma calar-se.
Ari sem entender fica com a sacola em mãos. Quando olha vê que é uma
marmita. Na tarde de mesmo dia, Arimatéia, inicia seu novo discurso, só que desta
vez percebendo que vinha pessoas de dentro da catedral, via que o homem na porta
do templo, apontava pessoas que iam ao seu encontro para escutar as palavras de
Ari. Dava para se deduzir que era padre Azevedo, o mesmo ficava a observa e ouvir
de longe Arimatéia pregando. Durante dias seguidos, aumentava o número de pessoas
para ouvir a palavra.
_ Bem irmãos, pregamos as verdades das escritas sagradas, pena que muitos falsos
profetas se levantam. O pior é que eles se autodenominam profetas, sendo ou
querendo ser santo, venerados pelos os homens.
Ari estava entendendo que as palavras iam ao seu encontro, na medida em que
o pregador ia falava, Ari mostrava-se tranqüilo, o pregado aumentava sua critica:
_ Por isso que as pessoas são enganadas, por charlatões que dizem que curam,
enquanto que não analisam sua vida;não sabendo de onde estes tais, vem, nem pra
onde vão(...)
Olhando de um lado para outro, Ari caminha entrando pela porta principal,
passando entre os bancos e chegando junto ao altar, quando uma freira toca em seu
ombro, chamando sua atenção:
_ Senhor, acompanhe-me, por favor.
Acampado já quase fora da cidade, ali Ari fica orar e jejuar, Pedia forças
para suportar tanta injúria. Passando três dias, durante o período que ele
descansava. Pedro aparece do nada.
_ Irmão Arimatéia, venho trazendo uma boa notícia!
_ O que foi irmão Pedro?
Com Pedro, encontrava-se outro rapaz, não muito conhecido, porém Ari tinha
uma vaga lembrança sobre ele.
_ E o rapaz diz:
_ Irmão Ari, meu nome é Moésio, sou ex-amigo e compassa de André. Vim lhe contar o
que foi que aconteceu!
Arimatéia curioso fica atento e inclina-se para frente ouvindo cada detalhe
do plano astuciosos de André, que pagou o homem para encenar um paralítico,
contratou o fotógrafo e pagou a diária no hotel luxuoso em Lagos. Também não
deixou de contar como ele se converteu e aceitou Jesus, deixando André furioso e o
agredindo. Sentia uma amargura imensa por causa do falso testemunho contra Ari.
Depois eles uniram-se, levantaram um grande clamor com ações de graça, até
Arimatéia tomar a palavra
_ Fico muito feliz por você Moésio! Porém segurei meu caminho. Só peço uma coisa,
anuncie na imprensa em Lagos, minha inocência.
_ Deixa conosco irmão! Foi trabalhoso te encontrar, você já estava saindo da
cidade. Mais Deus é bom! (Responde Pedro)
Ari olhando para baixo, como se estivesse desatento, lança um olhar fixo em
Moésio.
_ Esta escrito: “Amim pertence a vingança diz o SenhorÓ.
Parecia que não era a mesma coisa, não havia sobre ele vigor, nem muito
menos ânimo, restavam-lhe saudades de casa, vontade de isolar-se do mundo
exterior. Queria em outras palavras descansar.
Antes de ir embora, pastor chama a Ari; entregando em suas mãos uma pequena
carta, que dizia:
“Cuidado Sr. Pastor, não acolha em sua igreja, nenhum charlatão chamado
profeta da cruz, seu rebanho pode estar correndo risco, atenciosamente: Todas a
igrejas de LagosÓ
Depois de lê, Ari entrega nas mãos do pastor, que na mesma hora rasga e diz
para ele
_ Não te cales, fala, prega. Porque eu sou tua justiça.
Ari Cai em prantos...
Passando alguns dias, naquela mesma igreja, Ari decide e confirma ao
pastor, seu direcionamento e posição, estou convicto de retornar para casa. O
Pastor pedindo uma pequena contribuição repassa como oferta e põe Ari em um
ônibus, rumo a cidade grande (...)
_ Maninho, eu sabia sempre soube, sempre vou confiar em você! Mais também não
minto, fiquei com medo do velho Arimatéia.
Ari olhando no fundo dos olhos de seu irmão, sem palavras balança a cabeça
positivamente, da um profundo suspiro e agradece a seu irmão, tão grande
consideração.
Quando toda a família fica sabendo do retorno de Ari, não demoram muito para se
reunirem novamente. Dona Rita, emocionada, chora abraçando o filho. Faltava apenas
uma pessoa... Vovó, não estava presente, até que Ari surpreende com inesperável
pergunta;
_ Cadê vovó?
Todos silenciam, com olhos voltados para ele. Claudio quebrando o silêncio
responde:
_ Já tem aproximadamente seis meses que vovó se foi Ari.
Baixando a cabeça, Arimatéia solta pequenas lágrimas e limpa com as mãos,
dar um suspiro. Dona Rita o consola(...)
Olhando para o lado, Ari fica como se estivesse atordoado, sente algo bem
diferente de outros sentimentos, fazia um bom tempo que não sentia tal sentimento.
Ao olhar, estava ali pra dar boas vindas à mulher mais linda, radiante que já
tinha visto. Os cabelos ruivos, a pele branca, um sorriso radiante, estava
totalmente tomado pela paixão à segunda vista. (Ana era a enfermeira que orou por
Ari, logo depois do acidente, que matou Melissa.)
Depois de um bom bate-papo, com os irmãos, Ari despede-se ó perguntando
quando Ana voltaria...
Pastor Carlos, sabendo que o irmão Arimatéia estava de volta, não pensou
duas vezes, pediu para que fosse ter com ele. Algo o corroia por dentro, tinha uma
consciência muito tranqüila; a única pessoa com quem poderia desabafar era
Arimatéia, que sentindo a urgência do recado, não demorou para ir ao seu encontro.
Pastor Carlos, pede para que presbítero Maurício assume se, que Ari leva-se
a mensagem. Na mesma noite de culto, Ari pregando ousadamente, vidas se rendiam ao
Senhor Jesus. Logo ao término do culto, muitos irmãos vinham ao seu encontro e o
cercavam, todos o cumprimentavam.
Na ida para casa, Ari dialogando com Cláudio, põe uma questão átona.
_ Cláudio, me senti hoje como se eu arrebanhasse aquela igreja.
_ Tai! Nunca pensou em ser pastor?
_ Não, porém estou convicto que não irei mais viajar.
_ Estou pensando seriamente.
No outro dia pela manhã, estava novamente junto a Cláudio, ajudando em seu
comércio. Quando recebe uma ligação inesperada
_ Ari! Irmão Pedro que falar com você.
Não dava para responder, soluçando. Irmão Pedro dava a notícia que a imprensa
já estava atrás dele e que Andre estava foragido, Moésio sai de igreja em igreja,
dando seu testemunho. Estava provada a inocência do profeta da cruz; logo
receberia um comunicado onde se se quiser poderia entrar com um processo de danos
morais e contra a pessoa de André. A pequena igreja de cidade de Santa Madalena
crescia e vidas se convertiam dia a dia, incluindo pessoas de bem da sociedade.
No comércio de Cláudio, Arimatéia era procurado de instante a instante,
tanto pessoas lhe viam pedir conselho, como pessoas, mais íntimas vinham a seu
encontro. Em uma manhã estava atendendo alguns clientes, quando chega pessoas da
imprensa, vinha lhe fazer uma entrevista e lhe propor para fazer uma reportagem
completa sobre sua vida. Em quanto estava combinando a reportagem e respondendo a
entrevista, presbítero Maurício chega, também estava precisando falar com
Arimatéia.
Parecia que sua tranqüilidade tinha acabado Ari sentia quase a mesma
aflição que tinha tido com aquela perseguição passada. Era uma questão, porém ao
mesmo tempo lhe vinha em mente assumir a igreja, passar a pastorá-la, de repente
uma briga interna, parecia ser injusto... Porém não era justo deixar o pastor
Carlos a frente do rebanho, Tudo era uma questão para Ari, que aos poucos se
conformava com a imagem de um bom pastor conduzindo o rebanho de Cristo.
Era uma da visitas costumeiras das pessoas, ele recebe duas pessoas
inesperadas. Uma é a Imã Socorro, mãe de Melissa, a outra era Ana, ambas vinham
ora e conversar com ele, indo ao encontro das irmãs, fala primeiro com irmã
Socorro, que estava ao lado oposto a Ana, dando um sinal para que Ana o aguardasse
um pouco, Arimatéia segura firme as duas mãos da irmã socorro, da um abraço e sem
soltar um minuto se quer suas mãos, vai logo desabafando o que estava acontecendo.
Naquele mesmo instante, irmã Socorro faz uma pequena intercessão, onde ora
tanto pela vida como pelo ministério de Ari. Logo após orar, ela olha em seus
olhos e lhe direcionam outras palavras:
_ Faz tudo que vier ao teu coração, meu servo, eu sou contigo.
Ari com os olhos cheios de lágrimas abraça novamente a irmão, que
depois se despede, seguindo seu caminho. Dava para entender que, a igreja central
era sua responsabilidade, já fazia um bom tempo que não sentia vontade de viajar e
continuar sua jornada missionária.
Do outro lado, Ana esperava Ari, conversando com Cláudio. Arimatéia todo
sorridente, vai ao encontro de Ana, sem ezitar, lhe da um abraço, no qual, a mesma
corresponde.
_ Ana, mais tarde quando terminar o expediente nos poderíamos nos ver?
_ Depende do horário!
_ Fim da tarde! (Ari, responde olhando para Cláudio, que responde fazendo sinal
com o polegar.)
_ Tudo bem, passo aqui, quando sair da clinica.
Saindo, Ari leva Ana e um restaurante na parte alta da cidade, local onde
perambulava atrás de comida. Este era o encontro inicial do romance entre Ari e
Ana, no qual se aproximavam.
Logo as pessoas faziam motim ao lado de Ari, que tentava escutar a todos.
No fim de semana Ari na verdade estava de encontro marcado com Ana... João de
Almeida como sempre, aguardava alguns irmãos que se propuseram a estar no
evangelismo. Como de sempre, seguia seu itinerário sozinho.
DECLINIO ESPIRITUAL
(CAPITULO 13)
A única base que teriam que usar, era por meio de votação de nomes cotados
para uma possível substituição pastoral. Os nomes mais votados foram, Maurício e
Arimatéia. Tendo outra pequena votação, chega-se a um acordo, um vencedor...
Pastor Carlos indo a sua escrivaninha de sua casa, pega um pedaço de papel,
uma caneta e começa a detalhar em folha, seus pedidos de perdão, contando também
seu afastamento definitivo. Selando um pequeno envelope, envia para um irmão, mais
próximo, orientando que ele só entregasse no domingo a noite, antes do inicio, nas
mãos do presbítero Mauricio.
João, já seguindo seu itinerário rumo a sua casa, da bem de cara com Ari e
Ana, que vinham como casal apaixonados, sorrindo como sem causa.
_ Oi irmão Ari! Que bom te encontrar!
_ Está vindo de onde Sr. João?
_ Hoje não é dia de evangelizar? Estava eu pregando a palavra de Deus.
_ Que bom! Vai amanhã ao culto
_ Claro que sim!... Há quero dizer, que na noite passada, orei muito por você.
João indo para o lado, Ari juntamente com Ana, volta ao mesmo lugar do
reencontro. Restaurante alto. De cima na parte mais alta da cidade grande, Ari
segurando a mão de Ana a puxa e ousadamente lhe da um beijo na boca. Ana
corresponde abraçando-o e se envolve em seus braços (...)
De um lado Arimatéia, sentia-se um tanto animado, parecia que era uma nova
fase em sua vida, por outro lado, a primeira preocupação de João de Almeida era
sobre o pastor Carlos, como ficaria como está enfrentando tudo? Saindo do culto,
tanto ele como sua família se direciona a casa do pastor no qual não se encontrava
mais no mesmo endereço. A vizinhança afirmava que no mesmo dia pela manhã, ouve
uma mudança.
Todos olhavam uns para os outros e sorriam ao mesmo tempo se alegraram com
a noticia de seu novo pastor. De imediato marcaram uma nova reunião, para
construção e ampliação do templo...
Enquanto caminhavam, Elias contava seu testemunho, como vivia com gangues,
roubava e era altamente perigoso. Estava também sem congregar. Tinha mudado a
pouco tempo. Logo depois de evangelizar não demorou muito para que João convidasse
Elias a congregar na igreja central.
Havia em Elias uma empolgação muito grande, para ele o pastor Arimatéia era
um herói na fé, um exemplo missionário. No altar. Alguém ao microfone começa a
recitar versos e algumas poesias românticas. Ana já estava vindo as encontro do
pastor, que olha fixo para ele e sorrir, colocando seu braço esquerdo em seu
ombro, voltando-se para o altar. De repente sem esperar, uma mensagem inesperada:
_ Nestes versos de Amor, há laços muitos fortes de um casal, que já faz parte
desta família santa. É por isso que anuncio em público os laços matrimoniais de
nosso querido pastor José de Arimatéia e sua noiva, irmã Ana.
Ana, retirando suas mãos do ombro de Ari, olha fixo em seus olhos e o
interroga admirada:
_ Arimatéia! Como vamos nos casar se nem amenos noivamos?
Ari puxa de seu bolso, uma caixinha contendo um par de alianças, estendendo
o braço, entrega nas mãos de Ana, neste momento, ela não sabe se chora ou se
sorrir, era uma mistura de emoções.
O passo seguinte seria o pastor Arimatéia, comprara idéia, com certeza ele
não só compraria como adotaria de todo coração.
Era justamente isso que vinha em mente de João de Almeida.
Na verdade, era uma injeção de ânimo, aquilo que o Senhor pôs ao seu
coração o fortalecia para enfrentar outra frustração.
Logo depois de João e Elias ter uma boa conversa com o pastor Ari, amima-se
com uma resposta convincente e positiva do pastor. Como sempre, na transmissão da
idéia a igreja, poucos se prontificaram a envolver-se, em borá o número de irmãos
empolgados fosse grande.
Elias lendo a mensagem senta-se extasiado, sem saber o que fazer e como
fazer... No dia seguinte, não perdendo tempo, vai ao encontro do irmão João. Ao
chegar, não conseguia nem se expressar, quando João lhe surpreende
_ Calma Elias, chegou o tempo. De agora em diante, Deus moverá seu poder em sua
vida, apenas creia.
Nas orações de João por Elias, o Senhor sempre falava sobre a vida
missionária de Elias. Só não esperava que fosse tão de repente.
Não demorou muito ao chegar a casa, dando uma olhada nos recados da
secretária eletrônica, João toma um susto, que o deixa extasiado.
“João, aqui é presbítero Mauricio, estou ligando para pedir que o senhor leve a
mensagem amanhã. O pastor estará em lua de melÓ.
Passando os três meses, quando o pastor Ari esta para enviar a oferta, o
conselho unânime decide bolar outro método de arrecadação. A cautela era não
sufocar a igreja, que até o presente momento se interagia ofertando para
construção.
Ao contrário de João, Arimatéia recebia notificações diferentes. Porém nestes
últimos Três meses ele não havia lido as últimas notificações sobre Elias. João
recebia notificação geral da obra missionária.
Ali mesmo em seu gabinete, com s cartas todas em cima de sua escrivaninha,
pastor Arimatéia pões as mãos na cabeça e começa a lamentar-se.
Era um bosque, bem arborizado, tinha cheiro de mata fresca, uma brisa suave
rodeava todo o local. Para João não existia nem um local melhor do que este para
em oração retirar-se e clamar pela misericórdia do Senhor.
Havia um bom tempo que pastor Arimatéia, estava a procura de João, até que
ligando para o celular, consegue localizá-lo.
_ Alô. Irmão João, aqui é o pastor Arimatéia, desculpas lhe incomodar, mas preciso
de seu auxilio urgente!!!
- Quando pastor?
_ Se possível, hoje mesmo!
Havia certa curiosidade em João, para saber a urgência do assunto. Bem que
já tinha um bom tempo que não estava indo a igreja. Dava pra imaginar que o pastor
Arimatéia iria querer saber o motivo.
Não tendo mais condições de continuar, irmão João encerra o culto dando
uma pequena palavra de conforto. Ana, esposa de Ari, já tinha acompanhado o carro
que removeu o pastor até o hospital. Tendo acabado o culto, João também se
locomoveu até o pronto socorro, não estando ali somente quem o tinha levado porém
outros irmãos estavam a espera de alguma noticia. Ana sendo enfermeira consegui
entrar no hospital, tanto ela como o presbítero Antônio encontravam-se no
hospital.
Logo pela manhã, a primeira coisa que João procura fazer, antes de ir
trabalhar é saber notícias do pastor. Chegando ao pronto socorro, se dirige à
recepcionista a fim de saber noticias. Ana estava na enfermaria, acompanhando
Arimatéia, que repousava no momento. Ainda não havia feito todos os exames
necessários. Sendo chamada até a recepção, sai cuidadosamente sem despertar seu
esposo. Chegando a recepção João a esperava ansioso para saber como o pastor
estava.
No dia seguinte, antes de sair para o trabalho, João recebe uma notícia de
Ana; Arimatéia passaria pela cirurgia na sexta. Só não tinha sido marcado o
horário. João despedindo-se de Ana, olha para o relógio, sai já um pouco atrasado.
Ao tirar o carro da garagem, recebe outra ligação que não esperava. Na linha
estava o pastor Carlos se solidarizando e propondo-se a orar pelo pastor Ari.
No domingo pela manhã o corpo é removido para o cemitério, paz eterna, onde
Ari seria sepultado. Ao chegar à capela, onde realizariam o culto fúnebre, pastor
Carlos à frente, ia de encontro ao corpo, se posiciona derramando lágrimas, e
dizendo sutilmente.
_ Perdoa-me. Eu te perdou.
Pastor Carlos tinha mandado escrever uma lápide “AQUI JAZ JOSÉ DE
ARIMATÉIA, SERVO DO SENHORÓ, era uma homenagem que ele prestava a pessoa de Ari.
“Porque Deus amou o mundo de talmaneria, que deu seu único filho, para que todo
que nele crê, não pereça mais tenha vida eterna.Ó
( Jo 3:16)
RECOMENDAÇ’ES:
Os escolhidos
O que a contecera na terra no período antes do arrebatamento, aproximadamente 3
anos e meio antes? Esta e a abordagem do livro fictício evangélico: os escolhidos.
A saga de 7 discípulos de Jesus neste mundo reunindo-se para pregar o evangelho no
ultimo tempo.
LANÇAMENTO: 2009.
TENHA ACESSO A UMA PARTE DO PRIMEIRO CAPITULO GRATUITAMENTE.
PEDIDO: LIVROEVANGELICO@HOTMAIL.COM