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Esta admiração nos remete ainda a algumas perguntas, as mesmas que os grandes pesquisadores desta

área se fazem:

• Como alguém se torna empreendedor?

• O empreendedor nasce pronto? Ou seja, é fruto de herança genética?

• É possível ensinar alguém a ser empreendedor?

O Empreendedorismo não é ainda uma ciência, apesar de ser uma das áreas onde mais se pesquisa e se
publica. Isso quer dizer que ainda não existem paradigmas, padrões que possam, por exemplo, nos
garantir que, a partir de certas circunstâncias, haverá um empreendedor de sucesso. Mas muita coisa
pode ser dita sobre o empreendedor. Vamos ao assunto!

Todos os pesquisadores acreditam ser possível a alguém tornar-se um empreendedor. Mas a metodologia
de ensino deve ser diferente da tradicional, que podemos ver desde o curso primário até a universidade.
Mais adiante voltaremos ao assunto do ensino de Empreendedorismo.

Sabe-se que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos hábitos, práticas e valores
das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões,
países. Na verdade aprende-se a ser empreendedor através da convivência com outros empreendedores,
em um clima em que ser dono do próprio nariz, ter um negócio, é considerado como algo muito positivo.
Pesquisas indicam que as famílias de empreendedores têm maior chance de gerar novos
empreendedores e que os empreendedores de sucesso quase sempre têm um modelo, alguém a quem
admiram e imitam.

Consideremos três níveis de relações, o primário, o secundário e o terciário, no esquema abaixo:

• Primário: familiares e conhecidos; ligações em torno de mais de uma atividade.

• Secundário: ligações em torno de determinada atividade; redes de ligações.

• Terciário: cursos, livros, viagens, feiras e congressos.

Podemos dizer que o nível primário é a principal fonte de formação de empreendedores. Mas os níveis
secundário e terciário podem também ser importantes na geração de empreendedores. Um dos pontos
básicos do ensino de Empreendedorismo é fazer com que o aluno busque estabelecer relações que dêem
suporte ao seu negócio.

Assim, a convivência é muito importante nessa área. Existe um ditado no campo do Empreendedorismo
que diz o seguinte: "Dize-me com quem andas que te direi quem queres ser". Se há, portanto,
empreendedores que nascem prontos, não é por razões genéticas, mas sim porque o nível primário de
relações os influenciou. Há poucas décadas dizia-se o mesmo em relação a administradores, gerentes:
"fulano tem o dom para administrar, ciclano nasceu assim, beltrano jamais saberá gerenciar". Hoje
ninguém duvida que alguém pode aprender a ser administrador. O Empreendedorismo, em termos
acadêmicos, é um campo muito recente, com cerca de vinte anos. Mas os cursos nessa área têm-se
multiplicado com uma velocidade incrível. Em 1975, nos EUA, havia cerca de cinquenta cursos. Hoje há
mais de mil, em universidades e segundo grau, ensinando Empreendedorismo.

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