You are on page 1of 14

O Marxismo__________________________________________________________ 1

INTRODUÇÃO

Marxismo é uma teoria política que explica a história universal como


história da luta de classes (materialismo histórico) e prediz o fim do capitalismo
pelas suas contradições económicas internas, que culminaram uma revolução
do proletariado. Além de explicar detalhadamente aqueles problemas
económicos, o marxismo também é uma teoria sociológica (embora muitos
marxistas receitam a sociologia), tratando da alienação do homem pelo
mecanismo da produção e pela divisão de trabalho. Também é o marxismo uma
teoria filosófica, aceitando a dialéctica de Hegel, mas interpretando-a de
maneiras diferentes, substituindo o idealismo hegeliano por uma filosofia
materialista.
O marxismo quer ser um socialismo científico, rejeitando os motivos
filantrópicos e sentimentais e as ideias utópicas dos socialistas da primeira
metade do século XIX. Aceita, como suas fontes, só o materialismo francês do
século XVIII, a filosofia idealista alemã (de Hegel) e a economia politica inglesa
(sobretudo de Ricardo).
Para tanto Marx e Engels apontaram as principais causas que, para eles,
acarretariam crises periódicas no sistema capitalista: decréscimo progressivo do
lucro (diminuição da mais – valia), já que o capital constante (maquinas,
equipamentos, etc.) aumentaria mais do que o capital variável (fundos de
trabalho); o dinamismo anárquico do sistema, uma vez que na busca incessante
de maior lucro, os progressos técnicos fariam que os antigos instrumentos de
trabalho fossem ultrapassados antes da sua utilização normal; a desordem dos
mercados proporcionada pela contradição existentes entre o aspecto colectivo
de meios de produção (grandes unidades técnicas) e o carácter privado da sua
apropriação.

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 2

1. O MARXISMO

1.1 Definição
Por marxismo entende-se o conjunto de teorias filosóficas, económicas,
sociológicas e politicas, elaboradas por Karl Marx com a colaboração de
Friedrish Engels e desenvolvidas por seus adeptos, em parte ortodoxos e em
partes dissidentes. Como as três fontes principais do marxismo indicam-se: a
filosofia idealista alemã (Hegel), o materialismo filosófico francês do século XVIII
e a economia politica inglesa do começo do século XIX.

1.2 Antecedentes
O marxismo tomou como ponto de partida a filosofia de Hegel, que
marcou o apogeu do idealismo alemão.
Sintetizando a autonomia do espírito, de Kant, a reconciliação dos elementos
opostos na filosofia da identidade, de Schelling, e o voluntarismo dinâmico, de
Fichete, o hegelianismo providenciou a teoria do espírito absoluto, que se
actualizaria gradativamente em todos os aspectos da actividade humana,
concretizando-se através do espírito objectivo das diferentes épocas históricas
em progressão sem fim, que conduziria a liberdade absoluta, unificação do
espírito humano como o divino.
Embora formulados em termos teológicos, o hegealismo Após a todas
filosofias do absoluto o pensamento de um devir constante, através do fluxo de
fenómenos históricos, que obedeceria a uma lei manifesta tanto na dialéctica
ideal do pensamento como na dialéctica real das coisas. Assim, a lógica
aristotélica foi substituída pelas contradições intrínsecas, que se resolvem pela
sequência contraditória e reconciliação dialéctica de tese, antítese e síntese.
A doutrina de Hegel foi interpretada de duas maneiras opostas: pelos
“hegelianos de direita”, que, mantendo a atitude politica conservadora do mestre,
culturam o estado do absoluto, e pelos “Hegelianos de esquerda”, que, lançando

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 3

mão do movimento histórico permanente, criticaram veementemente a religião


crista. Posteriormente Marx ampliaria tal critica à vida social.
Charles Fourier, com a sua critica das instituições sociais e da
organização de trabalho em seu tempo, e suas sugestões para a implantação do
trabalho associativo e repartição de produto entre talento, capital e trabalho,
Saint-Simon, com suas considerações sobre a emergência de novas formas de
regime social a partir da substituição de um grupo social decadente (a
aristocracia) por outro em ascensão (a burguesia), e a importância da detenção
da propriedade do papel das classes sociais no desenvolvimento da sociedade.
David Ricardo (1772-1823), interessou-se muito no estudo da distribuição
da produção das riquezas, estabeleceu, com base em Malthus, a lei da renda
fundiária, segundo a qual o produto da terras férteis são produzidas a custo
menor mas vendida ao mesmo preço dos demais, propiciando a seus
proprietários uma renda fundiária igual à diferença dos custos de produção. A
partir da teoria de renda fundiária, Ricardo elaborou a lei do preço natural dos
salários, sempre regulado pelo preço de alimentação, vestuário e outros itens
indispensáveis a manutenção do operário e seus dependentes.

2. TEORIA MARXISTA
A teoria marxista, em seus quatro níveis de analise (filosófico, económico,
sociológico e politico), é encontrado nos trabalhos onde Marx ainda se mostra
hegeliano, criticando a sociedade com base no conceito ontológico de alienação,
contra o radicalismo apolítico de Bruno Bauer, onde Marx já tenha estabelecer
ligação entre o materialismo e a prática revolucionária (1848, o manifesto
comunista).

2.1 A Dialéctica
A dialéctica, cuja origem remonta ao pensamento grego, foi retomada por
Schleiermacher e ressurgiu plenamente em Hegel, ultrapassando o sentido de

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 4

momento negativo da realidade e assumindo conotação positiva, no sentido da


forma de desenvolvimento da realidade totalmente identificada com o processo à
razão. Segundo Hegel, “o ser de uma coisa finita é ter em seu ser interno, como
tal, o germe de seu desaparecimento, a hora do seu nascimento e também a
hora de sua morte”. A tal categoria de mutação, ainda de acordo com a obra
hegeliano, é comparada a outra relação: a vida renasceste da morte.
Assim, a morte é criadora, é geradora. Todo o ser contém em si mesma o
germe da ruína e o seu germe da superação. Contrariando a história aristotélica,
cuja expressão mais simples é o princípio da identidade A é A, A não é nao -A,
com os silogismos decorrentes, a dialéctica afirma que A contém ao mesmo
tempo nao -A (sua morte) e A, que o ultrapassa.
Para o idealismo de Hegel, o desenvolvimento da história confunde-se
com o florescimento da ideia, representação da divindade panteísta, alma do
mundo (tese). Em dado momento ela se alienaria, para encarar-se na natureza
(antítese). Finalmente, na síntese, a ideia se reencontraria na consciência
humana, a princípio espontânea (historia), logo depois reflectida (filosofia da
historia).
Feuerbach reformulou essa colocação de Hegel, substituindo o reino da
ideia pelo reino do homem, transformando em ateia a filosofia panteísta de seu
mestre. No entanto, repudio o ateísmo vulgar, materialista, fundado sobre o reino
das coisas, por um ateísmo humanista, apoiado no reino do homem:”a nova
filosofia faz do homem – inclusive da natureza, base do homem – seu objecto
único, universal e supremo”....
Moses Hess (1812-1875), buscou no regime social as origens da
alienação do homem para ele, o dinheiro seria o móvel principal pelo qual os
homens alienam a própria personalidade. A partir de tal colocação, Marx e
Engels ultrapassaram as filosofias de Hegel e Feuerbach.
Centrando-se no conceito de alienação, desenvolvida por Hegel,
Feuerbach havia formulado que o homem criara Deus. Para Marx o homem
criou o estado, a pátria, a propriedade, o capital, a todos eles se alienando.
Desse modo, a alienação económica, social e política corresponderia,

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 5

socialmente, à alienação religiosa, apontada por Feuerbach. Tal situação nada


mais seria, em qualquer sociedade, do que o reflexo directo do estado social
vivencial em dado momento, seja, a projecto, no pensamento, das relações
matérias de dominação. A partir da teoria de alienação, reformulada e ampliada,
Marx colocou a problemática do materialismo histórico, suporte da doutrina
marxista.

2.2 O Materialismo Histórico


Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da
história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos factos
materiais, essencialmente económicos e técnicos. A sociedade é comparada a
um edifício, no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas
forcas económicas, enquanto que os edifícios em sim a superstrutura –
representariam as ideias, costumes, instituições (politicas, religiosas, jurídicas,
etc.).

2.3 A Luta de Classes


Pretendendo caracterizar não apenas uma visão económica da história,
mas também uma visão histórica da economia, a teoria marxista procura,
igualmente, explicar das relações económicas nas sociedades humanas, ao
longo do processo histórico. Haveria, segundo a concepção marxista, uma
permanente dialéctica das forças entre poderosos e fracos, opressores e
oprimidos.

2.4 O Trabalho e a Alienação


Distinguindo o capitalismo jurídico do capitalismo técnico, foi contra o
primeiro, que caracteriza o regime jurídico de procriação privada do capital, que
Marx concentrou suas críticas principais. Para ele, na medida em que o
capitalismo se baseia na compra do trabalho alheio, deixaria de apresentar
qualquer base ética, já que o trabalho humano se transforma assim em

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 6

mercadoria e o trabalhador em objecto (“o objecto do capital”). O homem seria


assim despojado da sua essência humana, já que para Marx a essência do
homem é o trabalho. Ou seja, o trabalhador se alienaria ao capitalismo, do
mesmo modo pela qual o fiel se aliena aos seus deuses ou ídolos.
Uma das melhores ilustrações de humanismo do Marx são os
manuscritos económicos e filosóficos de 1844, nos quais descreve e analisa
“alienação dos trabalhadores industriais”. No capitalismo competitivo, segundo
Marx, os trabalhadores são reduzidos a pouco mais do que mercadorias, pois
devem vender os seus trabalhos no mercado a preço mais baixo, aquele que
detém os meios de produção. Os proprietários devem obter a maior quantidade
de mais valia, isso significa pagar o menor salário possível. Nesse sistema, os
fracos são dominados pelos fortes e ricos. Com efeito, a sociedade torna-se
dividida em duas grandes classes: os donos da propriedade e os que não têm.
O trabalho é essencial á vida humana, mas, quando se torna divorciado
da produção criativa e da participação nos aspectos mais integrais da vida
cultural, tornam-se actividades meramente animais. Nestas condições, os
trabalhadores passam a estar separados da sua humanidade, ou o que Marx
chama da sua “espécie being”.
Contudo, segundo Marx, a propriedade privada é a causa do trabalho
alienado. Quando o controle da propriedade, e com ele o controle dos meios da
vida produtiva, é concentrado nas mãos de uns poucos, isto resulta em trabalho
alienado. Se o trabalho alienado receba das pessoas sua humanidade, então a
propriedade privada deve ser abolida.

2.5 A Teoria do Valor – Trabalho


Ao fazer do trabalho o fundamento do valor do homem, Marx também o
colocou na origem do valor das coisas, que seria correspondente, como afirma
em o capital, ‘ à quantidade de trabalho médio socialmente necessário
incorporado nelas”. Assim, o trabalho é tanto fundamento como medida do valor
das coisas e a hora do trabalho médio socialmente necessário torna-se a
unidade-padrão do valor das coisas. Aplicando ao próprio trabalho a teoria do

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 7

valor – trabalho, Marx desenvolveu umas das suas mais veementes críticas ao
capitalismo, a teoria da mais valia, ou a teoria do valor adicional.

2.6 A mais-valia.
Para tanto, distinguiu Marx duas formas de trabalho: o trabalho-acaso,
força de trabalho vendida pelo operário é a esta paga pelo patrão (Arbeitskrafi) e
o trabalho resultado, o produto do trabalho realizado pelo operário e vendido
pelo patrão no mercado (Arbeitsprodukt). Para Marx, essas duas formas de
trabalho não apresentam valor igual, a mais valia (Mehrwert), origem do lucro
empresarial.
O valor do trabalho-acção (força de trabalho) tem como medida o seu
custo de produção, seja, o trabalho que foi necessário produzir abrigo,
alimentação, vestuário, etc. Para o operário e seus dependentes, todos
elementos indispensáveis ao prosseguimento de seu esforço produtivo.
Desse modo, se a parcela de cada um desses elementos consumida pelo
operário e seus dependentes durante um dia de trabalho equivale a 6 horas de
trabalho de pedreiros, agricultores, tecelões, etc., a força de trabalho, o trabalho
acção desse operário vale exactamente 6, preço que lhe é pago pelo patrão, sob
a forma de salário. Menos, o operário não podia receber, já que não se manteria
em condições de continuar vendendo a sua força de trabalho. Por outro lado,
não há interesse por parte do patrão em pagar-lhe mais, pois veria diminuindo o
seu lucro.
No entanto, a força vendida pelo operário ao patrão vai ser utilizada não
durante 6 horas, mas durante 8, 10, 12, ou mais horas. A mais-valia é constituída
pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho
(10 horas por exemplo). Desse modo, quanto menor o preço pago ao operário e
quanto maior a duração da jornada de trabalho, tanto maior o lucro empresarial.
No capitalismo moderno, com redução progressiva da jornada de
trabalho, o lucro empresarial seria sustentado através do que se denomina mais-
valia (em oposição à primeira forma, chamada mais-valia absoluta, que consiste
em aumentar a produtividade do trabalho, através da racionalização e
aperfeiçoamento tecnológico.

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 8

Para Marx, o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio
custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um
regime económico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do
sistema.

2.6 A acumulação de capital.


Apoiado na teoria da mais-valia, Marx, desenvolveu considerações sobre
o processo de acumulação de capital no sistema capitalista. Em termos
dialécticos estabeleceu que, em primeiro estádio (tese), haveria acumulação de
capital e concentração crescente das forcas capitalistas, advindas do lucro
empresarial, resultando efeito cumulativo, quantitativo e qualitativo.
Quantitativamente, ocorreria demanda maior de mão-de-obra proletária,
quantitativamente, através da concentração progressiva das empresas, dar-se-ia
a eliminação gradativa da chamada classe média, responsável pelos pequenos
empreendimentos e progressiva concentração das empresas.

2.7 As Contradições Do Sistema Capitalista.


O desenvolvimento do poder cumulativo capitalista seria responsável
pela antítese de sua colocação. Ao aumentar progressivo da disponibilidade de
classe operária, acrescenta-se outro factor emergente da evolução capitalista: o
aperfeiçoamento tecnológico, a utilização cada vez maior de máquinas que
substituem o trabalho braçal. Assim, engrossando as fileiras de um “exército
industrial de reserva”, cada vez maior, a classe operária ver-se-ia entregue o
inevitável processo de pauperização, ao mesmo tempo em que a chamada
classe média, até então empresarial em pequena escala, reforçaria as fileiras
que continuamente ingressavam no ritmo de proletarização.

3. A INTERPRETAÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 9

Na interpretação materialista da história, a dialéctica é vista como um


mecanismo interpretativo, e não como estrutura determinista e o próprio
processo da história.
Marx acreditava que, ao produzir meios da vida, os seres humanos fazem a
história. Simplificando, o estádio de desenvolvimento de um povo é visto como o
nível de tipo de sua divisão de trabalho. Historicamente, tal facto levou em
primeiro lugar, a separação entre a produção industrial comercial e produção
agrícola e, assim, a separação entre cidade e campo, como conflito de interesse
resultante. Em seguida, vai a separava entre a produção industrial e comercial e
as divisões de trabalho dentro destas categorias. Assim, a historia humana pode
ser traçada por meio de divisões de trabalho cada vez maiores, sendo que,
quanto mais desenvolvida uma sociedade se torna, mais divisões e
especializações da experiência.
As várias etapas de desenvolvimento são, com efeito, apenas muitas
formas diferentes de propriedade, porque as divisões resultantes de trabalho
determinam as relações de indivíduos uns com os outros no que diz respeito às
matérias, instrumentos e produtos de trabalho.
Marx acreditava que a humanidade havia avançado através de cinco grandes
estágios de desenvolvimento histórico:
1º Propriedade tribal — um tipo de comunismo primitivo, em que a tribo
funcionava como uma família extensiva e os membros cooperavam na produção
dos meios de subsistência.
2º Cidade — estado antigo: várias tribos juntaram-se para benefício
mútuo e a escravidão e a propriedade privada tornam-se mais acentuadas.
3º Feudalismo – resultou da divisão de trabalho dos camponeses em
regime de servidão, uma nobreza de terras, um proletariado de artesão que
habitavam as cidades, mas crescente classe de capitalista mercantil menores e
alguns grandes capitalistas mercantis.
4º A Sociedade Burguesa Industrial Moderna, caracterizada por
dominação burguesa, destruição da velha ordem feudal e instituiu uma ordem
simplificada dos que também e dos que não têm.

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 10

5º A história de luta de classes, opressores e oprimidos, eis, o que Marx


vê no desenrolar da história humana na sua totalidade.

4. MARXISMO COMO FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

4.1 Objectivo da Educação


Objectivo da educação é de libertar a actividade humana consciente e
vital, colocando os indivíduos de volta ao controle de seu próprio trabalho.
Assim, a sua tarefa particular era de desenvolver bases teóricas adequadas para
que a classe trabalhadora pudesse conscietizar-se das direcções gerais a serem
tomadas, superando a alienação humana, a qual pensava que o resultado direito
da propriedade privada e do controle do seu próprio trabalho.
Segundo Marx, a educação pública deveria resultar na transformação dos
objectivos individuais em objectivos públicos da independência natural em
liberdade espíritual e da força bruta em força ética.
Marx acreditava que as pessoas são produtos das circunstâncias e da
educação, ou melhor, a acção humana necessária para mudar as circunstâncias
socio-económicas.
Condillac e Helvétius “ sustentavam que todo o desenvolvimento da
humanidade depende da educação e do ambiente”. Para Marx, isso significa que
as pessoas elaboram todo o conhecimento e a secção do Mundo a partir da
experiência sensível.
Concluiu-se que o Mundo empírico deve ser transformado e tornando
adequado se os Homens são seres sociais por natureza, então desenvolverão a
sua humanidade somente em circunstâncias, que sejam verdadeiramente
sociais.
A abordagem marxista – leninista, segundo Lenine “a escola torna-se
como arma da ditadura do proletariado”. Stalin foi ainda mais directo: “a
educação é uma arma cujo efeito depende de quem a tem na mão e de que é

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 11

atingido por ela”. De acordo com o Counts, a abordagem soviética era erradicar
a consciência do povo todos os traços da mentalidade anti-socialista e colocar a
ideologia do comunismo por meio de uma ênfase permanente na moralidade
comunista.
Consequentemente pode-se concluir que o objectivo central da educação
marxista é construir uma consciência socialista, originando assim a sociedade
socialista.

CONCLUSÃO

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 12

Se, para a teoria desenvolvida por Marx e Engels, à tese do comunismo


primitivo se teria oposto a antítese da luta de classes, a síntese estaria no
estabelecimento de uma sociedade, sem classes, alcançada através da praxis,
da acção revolucionaria, limitada embora ao contexto do processo histórico,
como Marx deixa claro em “Os homens fazem a sua própria história, não nas
condições criadas por eles, mas nas condições dadas”.
No revisionismo, depois da morte de Marx e Engels, a rápida
industrialização da Alemanha e o fortalecimento do protegido social-democrata e
dos sindicatos melhoraram muito as condições de vida dos trabalhadores
alemães, ao mesmo tempo em que se tornou cada vez mais improvável a
esperada crise fatal do regime capitalista.
Os neoromarxistas. Fora da Rússia, houve e há várias tentativas de dar
ao marxismo outra base filosófica e materialismo científico do século XIX, que já
não se afigura bastante sólido a muitos marxistas modernos. Tentativas de dar
nova base filosófica ao marxismo foram feitas pelo alemão Karl Korsch e pelo
francês Henry Lefebvre.
Esses factos, inevitáveis segundo a teoria marxista, conduziriam a
progressiva estatização, isto é, à apropriação, pelo Estado, das principais
unidades produtoras. No entanto, como diz Engels, os operários continuariam
assalariados e o Estado seria “uma maquina essencialmente capitalista”. O
sistema atingiria, enfim, seu rendimento Marxismo, para logo em seguida
desmoronar -se.

BIBLIOGRAFIA

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 13

∙Enciclopédia Mirador Internacional. Enciclopédia Britânica do Brasil publicações


Ltda. São Paulo Rio de Janeiro. Brasil. 1993. Pp. 7278— 7282.
∙OZMON, Howard A. ET CRAVER. Samuel L. M Fundamento filosófico da
educação.
∙NOGARE, Pedro dalle. Humanismo e Anti Humanismo. Introdução à
Antropologia Filosófica 13ª Edição. 1994.

VII Grupo_______________________________________________________________
O Marxismo__________________________________________________________ 14

INDICE

INTRODUÇÃO..............................................................................................1
1. O MARXISMO...........................................................................................2
1.1 Definição...................................................................................................2
1.2 Antecedentes.............................................................................................2
2. TEORIA MARXISTA.................................................................................3
2.1 A Dialéctica...............................................................................................3
2.2 O Materialismo Histórico..........................................................................5
2.3 A Luta de Classes......................................................................................5
2.4 O Trabalho e a Alienação..........................................................................5
2.5 A Teoria do Valor – Trabalho....................................................................6
2.6 A mais-valia...............................................................................................7
2.6 A acumulação de capital............................................................................8
2.7 As Contradições Do Sistema Capitalista...................................................8
3. A INTERPRETAÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA.........................8
4. MARXISMO COMO FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO.............................10
4.1 Objectivo da Educação............................................................................10
CONCLUSÃO..............................................................................................11
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................12

VII Grupo_______________________________________________________________

You might also like