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Liderança

Ao longo do tempo verificou-se que empregado, quando tem confiança e é


comprometido com a empresa, obtém mais e melhores resultados, do que o
empregado vigiado e mandado.

A liderança, dentro de uma visão moderna, está sendo buscada por um simples
fato: o controle de empregados custa caro, e não obtém a maior produtividade
de cada empregado. Ou seja, é duplamente ineficaz: custa mais e não obtém o
melhor.

Não fosse isso, não se justificaria um Hospital Sara Kubitschek, que possui um
corpo técnico de excelente nível e paga salários menores do que esses
profissionais poderiam estar ganhando no mercado. Ou ainda, os McDonalds,
que atendem em 119 países, têm mais de 30.000 restaurantes de lanches
rápidos, e servem mais de 47.000.000 de sanduíches por dia, com pessoal
atendendo a todos com um sorriso nos lábios.

O que faz com que todas estas pessoas trabalhem assim?

O que esse pessoal faz que os outros não possam fazer?

Cabe discutir o que é liderança. As cinco definições de liderança abaixo, para


mim são todas equivalentes:

LIDERAR é conectar os seus empregados ao seu negócio.

LIDERAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como


proprietários.

LIDERANÇA é a arte de fazer com que os outros tenham vontade de


fazer algo que você está convencido que deva ser feito.

LIDERANÇA é a arte de mobilizar os outros a batalhar por


aspirações compartilhadas

LIDERANÇA é a arte de obter resultados desejados, acordados e


esperados através de empregados engajados.

LÍDER é o portador da autoridade legitimada, ou seja, aquele em


quem se reconheçam motivos para ser ouvido, acatado e seguido.
Em quaisquer definições de liderança, aquela que você gostar, sempre haverá
uma ou duas palavras, no máximo, que se retiradas, mudam o significado de
liderança para gerência, ou chefia. Vejamos:

GERENCIAR é colocar para trabalhar os seus empregados no seu negócio.

GERENCIAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como


empregados.

GERÊNCIA é a arte de fazer com que os outros façam algo que você está
convencido que deva ser feito.

GERÊNCIA é a arte de mobilizar os outros a batalhar.

GERÊNCIA é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados


através de empregados.

As palavras que mudam, e dão todo o sentido da liderança, - diferentemente da


simples gerência - são conectar, agir e trabalhar como proprietários, fazer com
que os outros tenham vontade de fazer, batalhar por aspirações compartilhadas,
e empregados engajados.

Em toda e qualquer definição de liderança, que utilizarmos, terá um ou dois


vocábulos que expressarão o conceito de aderência e comprometimento do
empregado à empresa, de pertencer a um agrupamento que faça a diferença.

Liderar fica sendo então algo como prover um significado ao trabalho que valha
a pena o engajamento das pessoas, que esse significado ajuda a sensação de
pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance de participar com o seu próprio
trabalho e esforço na construção de algo que valha a pena engajar a sua vida.
Neste caso, liderar é dar um significado ao trabalho, que propicie o engajamento
voluntário dos empregados. O que também ajuda a definir a liderança:

Liderar é também dar um significado ao trabalho que propicie o engajamento


voluntário dos empregados.

Note que esta frase sobre liderança enfoca mais um dos processos - básico,
necessário e importantíssimo – da liderança, que é a construção do significado,
é o que engaja o empregado ao negócio, é o que faz com ele tenha vontade de
obter os resultados que o líder aponta, orienta ou indica. Mas a liderança não se
resume a isso.

O grande guru da administração, Peter Drucker, diz:

"A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas


pessoas são pensadoras. Outras, profetas. Os dois papéis são
importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem
existir líderes."
"O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos
seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança.
Resultados sim!"

Principais Características de liderança

Repetindo o último BES, informamos mais uma vez o ensinamento do grande


"papa" da administração, Peter Drucker:

"A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são
pensadores. Outras, profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários.
Mas, sem seguidores, não há líderes."

Esta definição de líder, de Peter Drucker, é inquestionável, para mim. O que resulta
desta definição é que, para haver seguidores, o líder tem que inspirar confiança, já
que sem confiança ninguém segue ninguém.

A confiança é a principal característica que dá suporte à liderança. Alguns


denominam esta característica principal de credibilidade. Não muda muito, só o
nome.

A confiança representa uma condição, sem a qual, não floresce a liderança. Ou


seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a assunção da
liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.

Portanto, qualquer que seja a posição de um líder, em qualquer empresa ou


situação, a principal característica desse líder - e de quaisquer outros líderes - é a
confiança. Para haver um líder, esse líder tem que inspirar confiança em quem o
segue.

A confiança, então tão buscada e desejada, apresenta algumas peculiaridades


interessantes, que ajudam na sua formação, apresentadas abaixo

Repetindo o último BES, informamos mais uma vez o ensinamento do grande


"papa" da administração, Peter Drucker:

"A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são
pensadores. Outras, profetas. Os dois papéis são importantes e muito
necessários. Mas, sem seguidores, não há líderes."

Esta definição de líder, de Peter Drucker, é inquestionável, para mim. O que


resulta desta definição é que, para haver seguidores, o líder tem que inspirar
confiança, já que sem confiança ninguém segue ninguém.

A confiança é a principal característica que dá suporte à liderança. Alguns


denominam esta característica principal de credibilidade. Não muda muito, só o
nome.

A confiança representa uma condição, sem a qual, não floresce a liderança. Ou


seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a assunção da
liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.

Portanto, qualquer que seja a posição de um líder, em qualquer empresa ou


situação, a principal característica desse líder - e de quaisquer outros líderes - é
a confiança. Para haver um líder, esse líder tem que inspirar confiança em
quem o segue.

A confiança, então tão buscada e desejada, apresenta algumas peculiaridades


interessantes, que ajudam na sua formação, apresentadas abaixo:

1. A confiança requer tempo para ser construída.


Não há confiança à primeira vista, o tempo é o adubo que permite crescer a
relação de confiança.

2. A confiança é construída um a um.


A confiança se constrói em relações entre duas pessoas. Faça visitas garantindo
isonomia de tratamento e construa a confiança.

3. A confiança é uma avenida de duas mãos.


A confiança precisa de duas pessoas e, necessariamente, ser recíproca. Se não
há reciprocidade, há problemas de balanceamento no relacionamento.

4. A confiança implica em apreender e aprender com o outro.


Neste mundo de rápidas mudanças as pessoas estão aprendendo, mais e mais
rápido, e a relação de confiança necessita constante troca de informações, tanto
para equiparar os dois lados da relação de confiança, como para apreender as
mudanças que ocorrem com cada um dos lados dessa relação.

5. A confiança tem limites.


A confiança é conquistada etapa a etapa. A cada etapa há o controle para
verificar se a confiança depositada teve a realização comprometida do outro lado.
Umas regras ótimas são:

Confie em Deus, e feche aporta com cadeado.

Tenha sempre confiança, mas faça contratos por escrito.

6. A confiança exige firmeza.


Tornar claro e checar o entendimento do que se espera é básico. Uma vez
depositada a confiança, ela tem que ser correspondida. Confiança não
correspondida significa abandono da relação. Porto final.

7. A confiança requer líderes.


Para se adquirir confiança é necessário que a outra parte diga algo como:

- Deixa comigo!

Isto, acima de tudo, quer dizer que a pessoa informa que tem condições de levar
a bom termo a situação. No mínimo, esta pessoa lidera a si própria, ela se
compromete com resultados.

8. Confiança significa lisura de procedimentos.


O melhor truque para ser um líder é não utilizar truque nenhum.

9. A confiança requer caráter e persistência.


A relação de confiança requer que cada lado só prometa aquilo que pode cumprir,
portanto, se você prometeu, vá até as últimas conseqüências para garantir o
prometido.

Ou de outra forma: só prometa aquilo que você pode cumprir, com folga.

Ou ainda mais: mesmo que o outro lado insista, jamais seja desonesto.

Você leva muito tempo para ganhar confiança e somente um segundo para
perdê-la.

10. A confiança e o ser humano.


O ser humano é interessante: julga os outros pelos seus comportamentos, mas,
a si próprio, pelas suas atitudes.

Aos próprios olhos nunca ninguém falha, há sempre uma explicação plausível,
mas as razões pelas quais você deixou alguém a ver navios, são exclusivamente
suas. Não importa se você é incompetente, se você tem falta de sorte, ou
mesmo se você é mentiroso.

Assuma o erro, peça desculpas e, se aceita a desculpa, comece de novo a


construir a confiança. Em casa, com a família, ou no trabalho.

E agora duas perguntas para você mesmo:

Seu líder transmite confiança para você?

E você, você transmite confiança para os seus seguidores? Esta é a sua opinião
ou a opinião dos seus seguidores? No lar, com a família, com os amigos, no
trabalho?

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA
LIDERANÇA

"Só o grande líder é comprometido e sente alegria com o sucesso dos


seus seguidores."

Este é o terceiro artigo da série sobre liderança. O primeiro tratou da definição


de liderança, e o segundo sobre a principal característica da liderança.

Hoje vamos tratar de outras características da liderança.

Algumas outras características importantes da liderança estão apresentadas


abaixo:

Auto-liderança
Todo líder começa sua liderança liderando a si próprio. Lidera sua mudança, sua
adaptação constante ao que é necessário, ao que ele quer atingir e ao que os
seguidores necessitam para alcançar a meta almejada.

Lidera a constância de propósito, a realização da visão baseada nos valores e


princípios da empresa que lidera. Sob certo aspecto o líder é um obsessivo e
compulsivo:

- é obsessivo, pois ele repete à exaustão o pensamento recorrente da visão


perseguida, e

- compulsivo com relação à ação diária na obtenção dos resultados acordados e


desejados.

Significado
O líder tem uma direção interna própria que independe de outras pessoas e é a
luz que o conduz na realização da sua Visão.

Visão
Os líderes enxergam onde querem chegar, pois só alcançamos o que podemos
ver, ou antever.

Pesquisa e Mapeamento
Os líderes pesquisam, mentalmente e constantemente, o estado atual onde se
encontra sua empresa e onde quer chegar, traça mapas possíveis e analisa prós e
contras.

O seu plano de ação, passo a passo, é traçado sobre a melhor rota mapeada.

Foco
O líder mantém o foco na sua visão, por isso corrige cursos, pensa de forma
flexível, ultrapassa obstáculos, dirige a sua aventura. Quanto mais claro o foco,
mais iluminado.

Mudança
Só há liderança se houver mudança. Ninguém lidera um conjunto de pessoas
para permanecerem no mesmo lugar, sem desafios, sem motivação. A liderança
envolve, em si, um sentido de mudança, onde todos se engajam para a
realização, para a ação que leva à realização desta mudança: uma maior
participação no mercado, a consolidação da liderança de mercado, uma mudança
de estrutura empresarial, etc.

Compartilhamento
Toda liderança é compartilhada. É impossível ao líder, qualquer que se a sua
posição, cuidar de tudo e de todos, os seus seguidores analisarão detalhes, farão
escolhas, estabelecerão acordos, a todo o momento, ao longo do dia, com o líder,
sem o líder e apesar do líder. Essa delegação, óbvia e necessária, mostra que a
liderança é compartilhada, ou como Karl Albrecht, em seu memorável livro "A
Revolução Nos Serviços", declara:

"As formigas estão no poder."

O que Albrechet diz é que o contato com o cliente é a essência do negócio de


uma empresa, é o que definirá se o cliente compra, e se repetirá compras. Este é
o bem mais precioso que qualquer empresa possui, o cliente que compra e tem
intenção de repetir compras.O líder está longe destes contatos preciosos. Só lhe
resta inspirar e compartilhar, com as pequenas formigas (o pessoal de contato
com o público), o exercício coletivo e efetivo desse poder maior. Esta
característica é surpreendente, não?

Situacional
A liderança depende da situação em que se encontra. Uma equipe de remo tem
em seu treinador o líder maior. No entanto os remadores, quando em
competição, estão com as costas voltadas para o alvo, e quem lidera é quem não
está remando, aquele que fica na última posição do barco, orientando os
remadores, que muitas vezes nem técnico é. Dependendo do assunto a ser
tratado, assume a liderança aquele que tem melhores condições de obter os
melhores resultados.

Coragem
Já se disse que um líder com coragem é uma maioria, pois carrega consigo os
seguidores. Um líder sem coragem perde a confiança dos seus seguidores, deixa
de liderar.

Visibilidade
O líder precisa ser visível, pois ele faz o que diz e diz o que fala, ele é o exemplo
a ser seguido. Para colocar-se como exemplo, há que se ter visibilidade.
Portanto, sem visibilidade não há liderança.

Você ou o seu líder estão praticando estas características da liderança?

Os seus seguidores percebem estas características em você, ou no seu líder?

A LIDERANÇA PODE SER APRENDIDA?


Na semana passada, em um grupo de discussão na Internet, houve um debate
sobre se a liderança poderia ser aprendida.

A liderança pode ser ensinada e aprendida. Mas...

O meu posicionamento particular sobre o assunto fica mais parecendo uma


posição do mineirinho, em cima do muro. Mas eu vou me permitir explicar essa
minha posição ou percepção.

O primeiro ponto é que liderança não é um conjunto fechado de características,


havendo uma série de nuances.

A principal característica dos líderes é a existência de liderados. Se não há


liderados, não há líderes, como já dissemos em Boletins anteriores, não é
mesmo?

Para haver liderados é necessário transmitir e obter confiança, pois ninguém


segue pessoas nas quais não se deposita confiança.

OS "CHA"
Na área de treinamento há um hábito de se separar os objetivos de treinamento
segundo a taxionomia de Bloom: os famosos CHA:

- Conhecimentos,
- Habilidades e
- Atitudes.

As habilidades são facilmente transmitidas e incorporadas pelo treinamento. O


conhecimento também é relativamente fácil de ser transmitido e incorporado.
Nas atitudes é que residem os problemas difíceis de ser adquiridos...

E nas atitudes é que se forma e se identifica um líder. Para moldar ou eliciar uma
atitude, ou conjunto de atitudes, uma sala de aula é um espaço físico e temporal
muito pequeno para a transmissão e a incorporação. Nós costumamos dizer que
as atitudes vêm do berço. Mas elas não são imutáveis e podem ser aprendidas,
conforme veremos a seguir.

COACHING
A resposta da área de RH para a mudança e incorporação de atitudes vem sobre
a forma de "treinamento" constante, onde a sala de aula é transferida para o
teatro da vida e o professor é o líder, que prepara o líder de amanhã. Nascia ai o
"coaching", ou o líder como orientador e indicador de caminhos para a
construção da liderança de amanhã. A construção do líder de amanhã é a
segunda maior e mais importante tarefa de um líder.

O líder, como "coaching", pode inclusive indicar terapia a um liderado, buscando


lapidá-lo para o futuro. A terapia é também uma das formas de se mudar
atitudes.

AVALIAÇÕES 360º E A SÍNDROME DE TÁSSIA


As avaliações 360º são um forte instrumento que confere aos participantes uma
sintonia fina entre como eles se percebem (autopercepção) e a percepção dos
outros sobre a minha pessoa (heteropercepção). Este tipo de avaliação e
confrontação de percepções ajuda e fomenta a mudança de atitudes quando
focada como instrumento de acompanhamento de evolução e negociação de
desempenhos futuros, inclusive de atitudes. O mais baixo nível deste tipo de
avaliação evita a "síndrome de Tássia". Várias pessoas navegam na maionese, se
achando por cima da carne seca, quando outros os vêem como aquela pessoa
que "Tá Se Achando”... Risos, muitos risos!

Por estas razões eu diria que a liderança pode ser aprendida. Não somente pode
ser aprendida, mas deve ser estimulada. E, como tudo na vida, há que ter uma
base sobre a qual é erigida, como todos os outros aspectos e atitudes
necessárias a outras atividades e papéis que apresentamos e desempenhamos
na sociedade.

Esta idéia de que liderança pode ser aprendida é baseada na obra de vários
autores, entre eles, Benjamin S. Bloom, já citado acima, e Howard Gardner,
talvez o maior estudioso da inteligência humana do século XX.

Howard Gardner, professor de Harvard, fez um estudo dos líderes, diferente de


outros estudos. Ao invés de se focar na personalidade dos líderes, focou as
estruturas mentais ativadas nos líderes e nos seus seguidores, com resultados,
no mínimo, interessantes.

Vamos citar os dois autores a seguir:


... a ênfase em um domínio (*) pode tender a expulsar o outro. Novos
cursos, muitas vezes começam com uma análise cuidadosa, tanto de
objetivos cognitivos, como afetivos. Mas nos sentimos mais à vontade,
ensinando em razão dos objetivos cognitivos do que de afetivos. Nosso
esforço para o domínio da matéria de ensino e a sempre crescente
quantidade de conhecimento disponível nos proporciona cada vez mais
matéria para incluir. Além disso, a nossa preferência pelo acesso à
realização afetiva, através da consecução de objetivos cognitivos, tende
a focalizar a atenção sobre estas metas cognitivas com fins em si
mesmo, sem determinarmos se, de fato, servem como meio para um fim
afetivo. Esta erosão tende a ser inevitável, mas poderia ser diminuída ou
interrompida, se estivéssemos cônscios de sua ação. ..."

(*) - Os domínios são: cognitivo, psicomotor ou afetivo, ou os já conhecidos CHA (Comportamentos,


Habilidades e Atitudes), nasta ordem.

De Benjamin S. Bloom, em "Taxiomia De Objetivos Educacionais - 2 Domínio


Afetivo", pg. 56, Editora Globo, 1972.

"... Um líder provavelmente só terá sucesso se:

- puder criar e comunicar convincentemente sua estória clara e


persuasiva;

- avaliar a natureza da(s) audiência(s), incluindo outras categorias


mutantes;

- investir sua energia (ou canalizar a dos outros) na criação e


manutenção de uma organização;

- corporificar em sua vida os principais contornos da estória;

- proporcionar liderança direta ou encontrar uma maneira de conseguir


influência através de meios indiretos; e, finalmente,

- encontrar uma maneira de compreender e utilizar o conhecimento cada


vez mais técnico, sem ser esmagado por ele.

Estas considerações devem ser parte do treinamento dos líderes.


“Devem ser monitoradas pelo líder e seus associados ao longo da sua
gestão.”
HÁ DESPERDÍCIO NA LIDERANÇA?

A minha resposta à pergunta, título deste artigo, é que pode haver desperdício na
liderança, sim! Este artigo apresenta uma proposta uma proposta de atuação e
explica como evitar esse possível desperdício.

Sempre que se fala em liderança, fala-se como se ela fosse um único conjunto de
características universais, alguma panacéia que cura todos os males da
administração.

Salário e benefícios do líder e da alta direção é o mais alto investimento relativo


em pessoal de uma empresa. Desperdício nessa área significa custo sem o retorno
e falta de foco.

Eu diria que este artigo é um artigo em busca de uma pesquisa, já que para mim
há, no mínimo, três tipos de liderança em quaisquer empresas. O objetivo é fazer
com que elas sejam o mais próxima possível, mas isso não ocorre sem muito
esforço.

1. A Liderança Oferecida

A liderança oferecida é a mais fácil de ser verificada, é liderança efetivamente


atuante na empresa, é aquela exercida pelo líder, ou pelo conjunto de líderes. Não
há muita dúvida sobre ela, já que é sempre a liderança existente em quaisquer
empresas.

Esta liderança também poderia ser chamada de liderança disponível. Mas este não
é o único tipo de liderança. Vejamos.

2. A Liderança Necessária

A liderança necessária é aquela que pode ser detectada, encontrado o perfil, caso
sejam analisados o ambiente externo, o ambiente interno, as estratégias e táticas
a serem utilizadas para fazer com que o pessoal interno atue de forma pró-ativa no
ambiente externo, para promover as mudanças necessárias ao sucesso da
empresa. Portanto a liderança necessária é função do ambiente externo, do
ambiente interno e das estratégias de interação entre o ambiente interno e
externo. Com isto eu estou querendo dizer que o perfil da liderança necessária é
dependente, no mínimo, do resultado que se quer alcançar, das condições do
ambiente externo e das condições do ambiente interno.
3. A Liderança Percebida

Os empregados, fornecedores e clientes (e a sociedade), por sua vez, vêem a


liderança com os seus olhos e percepções das interações que acontecem tanto no
ambiente interno (liderança-seguidores e seguidor-seguidores), como no ambiente
externo (liderança-mercado e seguidores-mercado).

A liderança percebida também é dependente da cultura empresarial na qual ela


está ocorrendo. E mais individualmente, é dependente também das contingências
de cada empregado. A formação da opinião do grupo de seguidores, a respeito da
liderança, é também um fator que afeta a própria percepção da liderança. O perfil
da liderança percebida pode ser detectado através de pesquisa com os seguidores
(empregados, fornecedores e terceirizados), com os clientes e com a sociedade
próxima e vizinha.

Note que poderíamos falar também na liderança desejada pelos seguidores, que é
bastante importante. A nossa opção foi que a empresa contrata os seus líderes e
empregados para a execução de um conjunto de tarefas, comportamentos e
atitudes que visam dar condições à empresa de atuar no mercado. A liderança
desejada pelos seguidores, que é bem diferente da liderança percebida, muito
embora aquela influencie muito esta, pode ser incluída na pesquisa ou substituir a
liderança percebida. Nossa opção pela liderança percebida ocorre porque há que se
mostrarem aos seguidores quais são as necessidades da empresa e a postura do
líder e seguidores, e o que importa para a empresa é quanto distante ou diferente
está a liderança percebida da liderança necessária. A liderança desejada é um
mero sonho.

4. O Que Fazer Com Isso?

Está tudo muito bom, está tudo muito bem, mas o que sai desta barafunda toda?
O que resulta é, a princípio, que toda liderança que não seja a liderança
necessária, é desperdício.

Há algumas ressalvas: da análise da liderança oferecida ou disponível e da


liderança percebida, mas não necessárias, a princípio, podemos verificar se,
efetivamente, são desperdícios, ou se o levantamento da liderança necessária tinha
alguma falha no perfil levantado (ciclo de aprendizagem). Juntando, se for o caso,
à liderança necessária os achados “inicialmente não detectados”, o resto das
lideranças percebidas e oferecidas, que não necessárias, são desperdício.
Desperdício de liderança, puro e simples.

Entendemos como ciclos de aprendizagem cada etapa de pesquisa, a cada etapa


medimos as três lideranças e metas são traçadas para o líder e alta direção. É
como o ciclo PDCA da qualidade.

Veja o gráfico 1 abaixo.


Gráfico 1 - Levantamento Inicial
Lideranças Necessária, Percebida e Oferecida

Esta pesquisa pode conduzir a casos onde a mudança da liderança seja uma
necessidade. Com este pano de fundo, a quem compete fazer este tipo de
pesquisa? Um órgão interno, comandado pelo líder, propor a substituição do líder, é
fora de propósito. Parece-me ser esta atividade o caso de atividade perene,
executada por empresa com alta credibilidade no mercado.

5. Que Tipo De Resultados Pode Ser Obtido?

O processo, que deve ser estabelecido, é fazer com que a intersecção das três
lideranças – oferecida, percebida e necessária – caminhe para ser o mais próximo
possível da liderança necessária, que é a base de comparação. Para tanto o líder
deve verificar periodicamente a situação da liderança e o que ele deve fazer:

- liderança percebida diferente da liderança necessária: aqui há dois


caminhos visando aproximar a liderança percebida da liderança necessária:

- quando a percepção dos liderados precisa mudar: comunicar e


compartilhar o porque da liderança ser “assim” e não “assado”, tentando mostrar o
caminho que a liderança tem que tomar;

- quando a liderança precisa mudar: trabalhar com a liderança para adequar


o seu comportamento e atitudes à liderança necessária para dar maior visibilidade
e percepção aos seguidores da necessidade real da liderança.

- liderança oferecida diferente da liderança necessária: aqui o trabalho é


somente com a liderança, quais comportamentos, atitudes, programas, projetos,
metas e objetivos precisam ser assumidos para provocar uma aproximação da
liderança oferecida com a liderança necessária.
Com estas atividades o gráfico anterior, com o tempo, deve passar a ter a
configuração mostrada no Gráfico 2, abaixo:

Gráfico 2 - Após vários ciclos de aprendizagem como estariam as


Lideranças Necessária, Percebida e Oferecida

Com esta proposta, a liderança passa a ser, não só um aprendizado, mas também
algo em constante confronto com o mercado. Deixa de ser um conjunto de
características e perfis pré-determinados e passa a ser um conjunto de
características e perfis em constante evolução, de acordo com as condições do
mercado e as necessidades da empresa em se adaptar constantemente a este
mercado dinâmico.

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