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Motivação: uma breve revisão de conceitos e aplicações http://www.efdeportes.com/efd89/motivac.

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Motivação: uma breve revisão de conceitos e


aplicações
*Bacharel em Ciências do Esporte (UELl)
Mestranda em Educação Física (UFSC) Leticia de Matos Malavasi*
Bolsista da CAPES letsport@hotmail.com
Jorge Both**
**Licenciado em Educação Física (UNIOESTE) jorgeboth@yahoo.com.br
Especialista em Atividade Física (Brasil)
Direcionada à Promoção da Saúde (UNIOESTE)

Resumo
O assunto relacionado à motivação pessoal tem alcançado grande importância atualmente. Em razão deste
destaque encontra-se na literatura os mais diversos conceitos e aplicações sobre motivação. O objetivo deste texto
é de apresentar brevemente alguns conceitos e aplicações para motivar pessoas a praticar atividade física durante
um longo período de tempo. Portanto, espera-se que este artigo sirva como uma espécie de guia com algumas
abordagens sobre motivação, motivos, teorias motivacionais e suas aplicações para quaisquer pessoas que sejam
interessados no assunto ou estejam estudando o tema.
Unitermos: Motivação. Revisão. Motivos.

Abstract
The subject related to motivation has reached a great importance nowadays. Because of this prominence,
literature have showed several concepts and applications about motivation. The objective of this text is to briefly
present some concepts and applications for motivating people to practice physical activity for a long period of time.
Therefore, this article serves as a kind of guide with some approaches about motivation, reasons, motivational
theories and their applications for anyone who is interesting in the subject or studying the theme.
Keyw ords: Motivation. Review. Motives

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 89 - Octubre de 2005

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Introdução
Quando uma pessoa inicia um programa de atividade física ou uma modalidade esportiva, seja esta
iniciativa causada por necessidade ou por convicção, a maior dificuldade que se encontra é na
aderência desta atividade à longo prazo. Juntamente a isto, é reconhecido que os efeitos benéficos de
qualquer atividade para à saúde, dependem extensivamente da adoção por um longo período de estilo
de vida ativo.

A palavra motivação exerce um grande efeito sobre as pessoas principalmente quando refere-se a
prática de atividades físicas em geral. Muitas vezes a motivação pode ser responsável por inúmeras
razões pelas quais o indivíduo decidirá realizar alguma atividade física ou não.

O assunto relacionado à motivação pessoal tem alcançado grande importância atualmente, e


diversos congressos relacionados à esta área tem o considerado como tema principal. Esta
preocupação resultou em diversos pesquisadores à tentar buscar uma fórmula perfeita para
motivação. Conseqüentemente, encontra-se na literatura os mais diversos conceitos e aplicações para
este tema. O objetivo deste texto é de apresentar brevemente alguns conceitos e aplicações para
motivar pessoas a praticar atividade física durante um longo período de tempo.

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Conceitos de motivação e motivo


A motivação é conceituada como o processo que leva as pessoas a uma ação ou inércia em
diversas situações. Este processo pode ser ainda o exame das razões pelas quais se escolhe fazer
algo, e executar algumas tarefas com maior empenho do que outras (CRATTY, 1984). Entretanto,
MAGILL (1984) se refere à motivação como causa de um comportamento. O mesmo, define motivação
como alguma força interior, impulso ou uma intenção, que leva uma pessoa a fazer algo ou agir de
certa forma.

CRATTY (1984), neste assunto, relata que as pessoas escolhem suas atividades físicas ou esportes,
assim como participam destes com determinado grau de competência dependendo das suas
experiências primitivas ou acontecimentos, situações e pessoas mais recentes.

O processo motivacional também é uma função dinamizadora da aprendizagem, e os motivos irão


canalizar as informações percebidas na direção do comportamento (TRESCA, DE ROSE JR, 2000).

Na proposta de ATKINSON (2002), a motivação dirige o comportamento para um determinado


incentivo que produz prazer ou alivia um estado desagradável. Segundo MURRAY (1973), o motivo se
distingue de outros fatores como a experiência passada da pessoa, as suas capacidades físicas ou a
situação ambiente onde se encontra, e que também podem contribuir na sua motivação. MURRAY
(1973) também classifica os motivos em dois grupos: inatos ou primitivos e adquiridos ou secundári
(agressão, raiva, etc).

Por outro lado, há também pesquisadores que conceituam os motivos como sendo construções
hipotéticas, que são aprendidas ao longo do desenvolvimento humano e servem para explicar
comportamentos (WINTERSTEIN, 2002). As explicações para as ações baseiam-se na suposição de
que a ação é determinada pelas expectativas e pelas avaliações de seus resultados
conseqüências.(WINTERSTEIN, 1992).

PAIM (2001) relata que na relação ensino-aprendizagem, em qualquer ambiente, conteúdo ou


momento, a motivação constitui-se como um dos elementos centrais para a sua execução
bem-sucedida.

Observando os mais diversos conceitos e definições citadas acima, pode-se concluir que existe duas
linhas de raciocínio. Ou seja, alguns pesquisadores acreditam nas "experiências anteriores" para haver
motivação, e outros cientistas pressupõe em "experiências posteriores" para tal ação. Todavia,
existem alguns que seguem uma outra linha de pensamento onde tudo faz parte da motivação como é
declarado por SAMULSKI (2002). Este relata que a motivação seria a totalidade daqueles fatores q
determinam a atualização de formas de comportamento dirigidas a um determinado objetivo.

WEINBERG e GOULD (2001) descrevem muito bem as mais diversas definições, conceitos,
diretrizes e teorias que abordam o tema motivação. Estes autores definem a motivação como sendo a
direção e a intensidade do esforço. A direção refere-se a um indivíduo buscar, aproximar ou ser
atraído a certas situações. Enquanto a intensidade refere-se ao esforço que um pessoa investe em
uma determinada situação. WEINBERG e GOULD (2001) ainda descrevem as três visões típicas da
motivação como sendo: visão centrada no participante, visão centrada na situação e a visão
interacional entre indivíduo e situação. Outro ponto muito importante no texto de WEINBERG e
GOULD (2001) está relacionada com as diferentes teorias da motivação que constituem em: 1) teoria
de necessidade de realização, onde a visão interacional considera fatores pessoais e situacionais; 2)
teoria da atribuição, que se focaliza em como as pessoas explicam seus fracasso e sucessos; 3) teoria
das metas de realização que visa as metas de realização, percepção de capacidade e comportamento
frente à realização; e 4) teoria da motivação para competência que relaciona às percepções de
controle dos atletas.

No artigo de revisão de WINTERSTEIN (1992) é descrito uma visão geral dos processos de
motivação com ênfase no motivo de realização. O autor também reporta diversos tipos de
comportamento motivacionais baseando-se em autores como Heckhausen e Erdmann.

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Teorias motivacionais

O interesse da população sobre o reconhecimento dos benefícios dos exercícios para a saúde
resultou na descrições de diversas teorias comportamentais. Basicamente estas teorias foram
adaptadas ou criadas com o interesse de avaliar ou propor a adesão da prática de atividade física nas
pessoas. As pesquisas nestas áreas são geralmente chamadas de determinantes ou aderência à
exercícios. Estes estudos são de cunho observacional, ou seja, sem intervenções e correlacionados
com as atividades físicas. (SALLIS e OWEN, 1999)

SALLIS e OWEN (1999) comentam o quanto é necessário desenvolver teorias, modelos e hipóteses
para auxiliar os pesquisadores em focalizar somente nas variáveis que acreditam ser relacionadas à
atividades físicas. A maior parte das teorias formais e modelos que são aplicadas neste campo de
pesquisa sobre determinantes da atividade física são também utilizadas em outros campos de
comportamental. O quadro 1 descreve a maioria das variáveis associadas a cada tipo de teoria ma
comumente utilizada, e quais são algumas de suas técnicas de intervenções.

Quadro 1. Teorias e modelos utilizados na pesquisa em Atividade Física

As teorias motivacionais destacam que um indivíduo pode ter, como fonte de suas ações, razões
internas (intrínsecos) ou externas (extrínsecos). Os motivos intrínsecos são resultantes da própria
vontade do indivíduo, enquanto os extrínsecos dependem de fatores externos. Alguns motivos provêm
de fontes externas ao indivíduo e à tarefa, incluindo-se aí diversas recompensas sociais e sinais de
sucesso. Outras fontes podem ser resultado da estrutura psicológica do indivíduo e de suas
necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento e etc. Apesar de haver numerosos
fatores que influenciam a motivação individual, alguns autores classificam as pessoas segundo os
motivos que as fazem ingressar no esporte ou em situações de sucesso. (CRATTY, 1984). Segundo
ROBERTS (1992) é uma erro relacionar motivação diretamente com a performance no esporte ou na
atividade física. A motivação não pode justificar a melhora ou a piora do desempenho de um indivíduo
no esporte.

Adultos e crianças são motivadas a participar em esportes por razões similares. Embora os aspectos
sobre saúde são mais importantes para os adultos, e o desenvolvimento de habilidades e
competências são mais relevantes para as crianças (GILL, 2000). Em um estudo no qual BUTT (19
estabeleceu as competências sobre os aspectos motivacionais na literatura. Este autor dividiu os níveis
de motivação em quatro tipos: motivação biológica, motivação psicológico, motivação social e

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motivação secundária.

Para pessoas com necessidades especiais, utiliza-se os mesmos aspectos da motivação para o
esporte, mas com diferença em relação a maiores frustrações e menor velocidade de progressão dos
mesmos. Várias pessoas que tornaram-se deficientes por causa de algum tipo de trauma ou doença já
tiveram experiências positivas ou negativas com exercícios antes da deficiência. Em alguns casos, a
deficiência foi causada por alguma lesão atlética. Apesar desta experiência anterior, estes portadores
de deficiência sintam-se mais motivados a realizarem algum tipo de atividade física do que aqueles
que não tiveram tal experiência. Em relação a motivação externa, em termos gerais, as experiências
com sucesso tornam mais fácil o processo de aprendizagem do que o fracasso. Pois em diversas
pessoas, as experiências negativas aumenta o nível de insatisfação de um programa de atividades
resultando em abandonos (SHEPARD, 1990).

Estudos com a aplicação dos conceitos de motivação

MASACHS et al. (1994) realizou um estudo sobre os motivos para participar de programas de
exercícios físicos. Em sua breve revisão literária, os autores descrevem algumas pesquisas
demonstrando os mais diversos tipos de investigação com o objetivo de entender o porquê da
desistência das pessoas em continuar qualquer tipo de atividade. Os autores também investigaram os
motivos passados e presentes das pessoas para continuarem ou desistirem de algum programa de
atividades físicas. MASACHS et al. (1994) concluíram que a realização de exercícios físicos de forma
regular fazia com que houvesse uma mudança substancial nas motivações dos indivíduos,
determinando a aparição de razões para manter-se ativo. Este fato não foi identificado pelos sujeitos
que desistiram dos exercícios físicos ou no passado ou no presente.

No estudo de TRESCA e DE ROSE JR (2000) investigou-se a predominância motivacional em aulas


de dança na educação física escolar e verificaram que não houve uma diferença diferença entre as
motivações intrínsecas e extrínsecas.

Enquanto isto, no estudo com cadeirantes que praticam basquetebol, identificou-se que os tipos d
motivação destes indivíduos existem fatores intrínsecos e extrínsecos. Além disto, 50% dos praticantes
buscaram neste esporte para desenvolver atividades do tipo lazer/ recreação (BOAS, BIM e BARIAN,
2003).

BASSETS e ORTÍS (1999) estudaram a motivação de mulheres universitárias. Os autores


encontraram que os motivos pelos quais estas decidiram praticar atividade física foram o acesso livre
às instalações, tempo disponível e percepções dos benefícios físicos e psicológicos.

Conclusão
Observa-se que existe uma preocupação sobre a motivação em inúmeros estudos. Diversos
pesquisadores vem investigando a motivação em relação à definição, mensuração e aplicação des
componente tanto para o dia-a-dia quanto para as situações aplicáveis na Educação Física. Até os dias
de hoje existem muitas controvérsias relacionadas com fatores e teorias sobre o desenvolvimento da
motivação do indivíduo para com uma atividade ou esporte. No entanto, se pode concluir que a
motivação é um aspecto tal quanto importante quanto o aspecto físico. Assim, o profissional de
Educação Física deveria preocupar-se não somente com a parte física das pessoas, mas também com
o aspecto psíquico. Muitas vezes estes aspectos são determinantes para o desenvolvimento das
práticas esportivas, independente da natureza, principalmente em crianças e portadores de
necessidade especiais. Pode-se dizer que muitas pessoas praticam algum tipo de atividade não só por
causas dos benefícios à saúde que estão toda hora na mídia, mas por causa do bem-estar psíquico
que acompanha os praticantes assíduos.

Portanto, espera-se que este artigo sirva como uma espécie de guia com algumas abordagens
sobre motivação, motivos, teorias motivacionais e suas aplicações para quaisquer pessoas que sej
interessados no assunto ou estejam estudando o tema.

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Referência Bibliográficas

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Porto Alegre: Artmed. 2002.

BASSETS, M.P.; ORTÍS, L.C. Una intervención motivational para pasar del sedentarismo a la
actividad en mujeres universitarias. Revista de Psicología del Deporte. v.8, n.1, p.53-66, 1999.

BOAS, M.S.V.; BIM, R.H.; BARIAN, S.H.S. Aspectos motivacionais e benefícios da prática do
basquetebol sobre rodas. Revista de Educação física/ UEM. v.14, n.2, p.7-11, 2003.

BUTT, D.C. Short scales for the measurement of sport motivation. International Journal of Sport
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CRATTY, B.J. Psicologia do Esporte. 2° Ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil. 1984.

GILL, D.L. Psychological Dynamics of Sport and Exercise. 2° Ed. Illinois: Human Kinetics. 2000.

MAGILL, R.A. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher. 1984.

MASACHS, M.; PUENTE, M.; BLASCO, T. Evolución de los motivos para participar en programas
de ejercicio físico. Revista de Psicología del Esporte. v.5, n.4, p.71-80, 1994.

MURRAY, E.J. Motivação e Emoção. 3° Ed. Rio de Janeiro: Zahar. 1973.

PAIM, M.C.C. Fatores motivacionais e desempenho no futebol. Revista de Educação Física/ UEM.
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ROBERTS, G. Motivation in sport and exercise: Conceptual Constrains and Convergence.


ROBERTS, G. (Org.). Motivation in sport and exercise. Illinois: Human Kinetics. 1992.

SALLIS, J.F.; OWEN, N. Determinants of Physical Activity. SALLIS, J.F.; OWEN, N (Org.).
Physical Activity & Behavioral Medicine. California: Sage Publications, 1999.

SAMULSKI, D. Psicologia do Esporte. Barueri: Manole. 2002.

SHEPARD, R.J. Fitness in Special Populations. Illinois: Human Kinetics. 1990.

TRESCA, R.P.; DE ROSE JR, D. Estudo comparativo de motivação intrínseca em escolares


praticantes e não praticantes de dança. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. v.8, n.1,
p.9-13, 2000.

WEINBERG, R.S.; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 2° Ed. Porto


Alegre: Artmed. 2001

WINTERSTEIN, P.J. Motivação, educação e esporte. Revista Paulista de Educação Física. v.6,
n.1, p.53-61, 1992.

WINTERSTEIN, P.J. A motivação para a atividade física e para o esporte. DE ROSE JR et al


(Org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar.
Porto Alegre: Artmed. 2002.

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