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Resumo
Este artigo trata dos métodos constitucionais relacionando tal problemática à questão da res-
de recrutamento de juízes no Brasil sob o orde- ponsabilização e controle do Poder Judiciário em
namento das diversas constituições brasileiras, sociedades democráticas.
Palavras-chave
Democracia
Magistratura
Brasil
1. Introdução
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Sob uma determinada ótica esse protagonismo político, também designado
pelas expressões ativismo judicial e judicialização da política , vai de encontro ao
princípio da soberania popular exercida por meio da eleição dos representantes po-
pulares em que se assentam as democracias . Isso ocorre em função da emergência
de uma hermenêutica constitucional que, liberta dos grilhões da intenção original
do legislador constitucional, promove uma ruptura com uma hermenêutica tradi-
cional fundamentada em uma interpretação restritiva dos textos constitucionais.
Portanto, tem-se o campo aberto para a negação de um limite democrático-republi-
cano tradicional ao Poder Judiciário: o de intérprete fiel da intenção do legislador
constitucional legitimado pela eleição popular. Assim, interpretação judiciária das
leis e criatividade dos juízes deixam de ser consideradas como antitéticas. Em vez
disso, a interpretação judiciária do direito legislativo redunda na formulação de
um direito judicial que é expressão de uma crescente criatividade jurisprudencial
nas democracias contemporâneas (Cappelletti 1993) .
O fenômeno da judicialização da política envolve tanto a extensão das áreas de atuação do
Poder Judiciário, quanto a adoção de procedimentos de inspiração processual e de parâmetros
jurisprudenciais por parte de outros atores políticos (Vallinder 1994).
Ainda que a noção de judicialização da política possa conotar, pelo menos em alguns con-
textos, uma concepção dos papéis do Poder Judiciário fundada em um modelo liberal de
Estado marcado por um esquema de repartição de poderes há muito superado (Maciel e
Koerner 2002), e uma negatividade do protagonismo judicial nas democracias contempo-
râneas; não se pode perder de vista os aspectos positivos da judicialização da política para
os processos de aprofundamento da democracia em países como o Brasil (Eisemberg 2002;
Vianna e Burgos 2002).
Não se pode perder de vista que nos marcos do constitucionalismo democrático (Cittadino
2002) opera-se uma redefinição das relações entre os poderes do Estado e tem lugar uma
soberania complexa que mescla diferentes formas de representação popular na qual encontram
lugar de destaque as instituições judiciais. Nesse contexto, a hermenêutica constitucional
adequada a uma sociedade aberta é aquela que envolve uma pluralidade de atores que
participam da interpretação constitucional. “No processo de interpretação constitucional
estão potencialmente envolvidos todos os órgãos estatais, todas as potências públicas, todos
os cidadãos e grupos, não sendo possível se estabelecer um elenco fechado ou fixado com
numerus causus de intérpretes da constituição” (Häberle 1997: 13). Assim, em vez de um viés
antidemocrático, o protagonismo do Poder Juciciário representa uma componente funda-
mental de um processo de interpretação constitucional que, fundado na Tópica, dá origem a
um método concretista de interpretação de uma constituição aberta definida pelos ideais de
abertura sistêmica e pluralidade social (Bonavides 2000). A partir da noção de judicialização
da política, Castro (1997) analisa uma amostra de ementas de acórdãos publicados no Diário
de Justiça da União, apresentando informações relevantes sobre o padrão de atuação do
Supremo Tribunal Federal no Brasil.
Para uma visão acerca da contraposição entre as tradições norte-americana de checks and
balances e francesa de rígida separação dos poderes do Estado que inspiraram os processos
de construção do Judiciário moderno, ver Arantes (2004) e Cappelletti (1993).
Sobre a opinião e a natureza das decisões da Suprema Corte em Marbury v. Madison (1803)
e em Dred Scott v. Sandford (1857) enquanto momentos fundacionais do poder de revisão
judicial nos EUA veja-se Melo (2002).
“En verdad, se puede decir que la confianza en los tribunales para hacer cumprir la Constitución
como norma superior a las leyes establecidas por la legislatura nacional es una contribuición
de las Americas a la ciencia política” (Grant 1963: 24).
A propósito da definição, explicação e caracterização das ondas de democratização nos séculos
XIX e XX, ver Huntington (1994).
Os tribunais especiais ou cortes constitucionais, que no modelo de controle de constitucio-
nalidade concentrada exercem a função de contenção da vontade política majoritária, são
instituições que não fazem parte do Poder Judiciário. Enquanto órgãos políticos, há uma
maior politização dos processos de escolha de seus membros que exercerão mandatos por
tempo limitado, evitando-se os excessos de descentralização dos processos de revisão judicial
e de insulamento da magistratura.
No Brasil, sob o ordenamento da Constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal exerce,
segundo a técnica de jurisdição concentrada, o controle abstrato de constitucionalidade pela
via de ação. Quaisquer outros órgãos judicantes fazem-no segundo a técnica do controle difuso
de constitucionalidade, por meio da via de defesa ou de exceção.
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O poder executivo, o poder legislativo e o poder judiciário são três competências que devem
cooperar, cada uma em sua esfera, com o movimento geral: mas quando essas competên-
cias, desarranjadas, se cruzarem, entrechocarem-se e se travarem mutuamente, torna-se
necessária uma força que lhes remeta de volta a seu lugar. Esta força não poder residir em
nenhuma destas competências, pois serviria para destruir as outras. Ela deve ser externa a
todas as demais, neutra, para que sua ação seja aplicada necessariamente em toda a parte
onde é necessário que seja aplicada, e para que ela seja preservadora, reparadora, sem ser
hostil (tradução do autor).
Art. 162. Para este fim haverá Juizes de Paz, os quaes serão electivos pelo
mesmo tempo, e maneira, por que se elegem os Vereadores das Camaras.
Suas attribuições, e Districtos serão regulados por Lei (Brasil 1824).
No que diz respeito à suspensão dos juízes de paz, fixou-se a regra de que o
Poder Moderador, de acordo com o artigo 154 da Constituição de 1824, só dispunha
de autoridade para suspender juízes de Direito.
Com relação aos juízes de primeira instância e os desembargadores membros
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dos tribunais de Relação (segunda instância) , a regra era a de livre nomeação
pelo imperador, ao mesmo tempo chefe de Estado e chefe de governo.
Com o Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, que promoveu alterações e
adições ao texto original da Constituição de 1824, conferiu-se mais poderes às
Assembléias Provinciais que, entre outros aspectos, passaram a dispor de novas
competências relativas à magistratura:
Art. 11. Tambem compete ás Assembléas Legislativas Provinciaes:
[...]
§ 7º Decretar a suspensão, e ainda mesmo a demissão do Magistrado,
contra quem houver queixa de responsabilidade, sendo elle ouvido, e
dando-se–lhe lugar á defeza (Brasil 1834).
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A propósito das características das eleições de juízes de paz durante o período imperial veja-
se Vieira (2002).
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Durante o período imperial foram criados onze Tribunais de Relação. 1) A Relação da Corte; 2)
Salvador; 3) Recife; 4) São Luís do Maranhão; 5) Porto Alegre; 6) São Paulo; 7) Mato Grosso;
8) Ouro Preto; 9) Goiás; 10) Fortaleza e 11) Belém.
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O Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens, conjugados num único tribunal sob
a denominação de Meza do Desembargo do Paço, e da Consciencia e Ordens, foram criados
em 22 de abril de 1822.
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Nesse aspecto, até a Constituição de 1967 houve variação tão somente com relação à prer-
rogativa do governador de Estado de prover, através da nomeação dentre os aprovados
em concurso a partir de listas tríplices, os cargos de magistrados na primeira instância do
Judiciário estadual.
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Em substituição ao Senado, o Conselho Federal era composto por um representante de cada
Estado, eleito pelas Assembléias Legislativas; e por outros dez membros nomeados pelo
Presidente da República. Todos com um mandato de seis anos.
Com relação aos juízes de primeira instância, tanto estaduais quanto federais,
as Disposições gerais do Capítulo III do Título IV (Da Organização dos Poderes)
estabelecem o ingresso na carreira por meio de concurso público. O aspecto
inovador mais importante a esse respeito é a exigência de que, para efeito das
nomeações, seja observada a ordem de classificação nos respectivos concursos.
A promoção por antiguidade e merecimento também foi disciplinada no mesmo
artigo constitucional, regulando-se o acesso aos tribunais de segundo grau.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal,
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes
princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, através
de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas
nomeações, à ordem de classificação;
II – promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigui-
dade e merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas
ou cinco alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respec-
tiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade
desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
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O Conselho Nacional de Justiça foi introduzido no ordenamento constitucional brasileiro pela
Emenda Constitucional 45/2004. Tal emenda introduziu ainda importantes modificações no
art. 93 da Constituição com relação aos temas da formação e da promoção de magistrados no
Brasil: estabelecimento da previsão de cursos de preparação, aperfeiçoamento e promoção de
magistrados e de novos critérios de aferição de merecimento para efeito de promoção.
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Decorridos vinte anos desde a promulgação da Constituição de 1988, o cargo de juiz de paz
não vem sendo provido mediante a realização de eleição popular. Há casos de indicação do
juiz de paz por diretores de Fóruns e por secretários da Justiça estaduais. Em alguns Estados
a função sequer existe. Em maio de 2008 o Conselho Nacional de Justiça recomendou aos
Tribunais de Justiça a realização de eleições para a escolha de juízes de paz e a ampliação de
suas funções. Os Estados e o Distrito Federal têm um prazo de um ano para regulamentar o
assunto. Ver BRASIL 2008.
Feita a opção por um tipo de Poder Judiciário distante do papel que lhe foi
reservado nos marcos da velha ordem liberal, a magistratura assume um novo
lugar no esforço promocional de direitos por parte de um Estado voltado, não
mais apenas para o provimento de segurança jurídica aos cidadãos, mas também
para a promoção do bem-estar social. Em vez de se ocuparem apenas de conflitos
de natureza individual, emerge uma postura pró-ativa na promoção de direitos
coletivos e difusos que transforma o Judiciário em objeto de controvérsia pública
que suscita as questões da legitimidade, da capacidade e da independência deste
ramo específico do Estado Moderno (Santos et al. 1996). É nesse contexto que o
tema do acesso à Justiça é revisto, passando a ser considerado fundamental em
um sistema jurídico preocupado não só em proclamar, mas também em garantir
os direitos de seus cidadãos:
Nos estados liberais “burgueses” dos séculos dezoito e dezenove, os pro-
cedimentos adotados para solução dos litígios civis refletiam a filosofia
essencialmente individualista dos direitos, então vigorante. Direito ao
acesso à proteção judicial significava essencialmente o direito formal do
indivíduo agravado de propor ou contestar uma ação. [...] À medida que
as sociedades do laissez-faire cresceram em tamanho e complexidade, o
conceito de direitos humanos começou a sofrer uma transformação radical.
A partir do momento em que as ações e relacionamentos assumiram, cada
vez mais, caráter mais coletivo que individual, as sociedades modernas
necessariamente deixaram para trás a visão individualista de direitos [...]
O movimento fez-se no sentido de reconhecer os direitos e deveres sociais
dos governos, comunidades, associações e indivíduos. [...] Tornou-se lugar
comum observar que a atuação positiva do Estado é necessária para asse-
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A excepcionalidade do uso do address inglês, do impeachment norte-americano e da richte-
ranklage (acusação do juiz) alemã confirmam tal tendência (Cappelletti, 1989).
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Ainda que a Lei Complementar Nº 35, de 14 de março de 1979 estabeleça:“Art. 27. O proce-
dimento para a decretação da perda do cargo terá início por determinação do tribunal, ou do
seu órgão especial, a que pertença ou esteja subordinado o magistrado, de ofício ou mediante
representação fundamental do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público ou do
Conselho Federal ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil”.
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A controversa criação do Conselho Nacional de Justiça, que é composto por quinze membros –
dos quais nove são magistrados, dois são membros do Ministério Público, dois são advogados,
e dois são cidadãos com notável saber jurídico – é parte de um esforço no sentido de estabe-
lecer uma interação mais dialógica entre o Judiciário e a sociedade em geral, proporcionando
mecanismos de controle social sobre a magistratura.
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Tal desiderato envolve o aprimoramento de uma série de garantias institucionais que infor-
mam aquelas duas dimensões (contestação pública e direito de participação) dos sistemas
poliárquicos apontadas por Dahl (1997).
4. Considerações finais
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A respeito da natureza do elogio de Calamandrei à função judiciária, veja-se a Introdução
escrita por Paolo Barile à edição brasileira do Elogio dei Giudici Scritto da un Avvocatto.
A propósito de um perfil mais amplo de Calamandrei, veja-se Bobbio (2007).
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Para uma síntese de diferentes posições acerca da reforma do Poder Judiciário no Brasil,
veja-se Koerner (1999).
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Arantes e Kerche (1999) apontam para o fato de que no Brasil o Poder Judiciário assume
papel de destaque em duas vertentes teóricas distintas de crítica aos limites derivados dos
contornos assumidos pela poliarquia brasileira. Para aquela vertente que critica o caráter
minimalista do conceito de poliarquia, o Poder Judiciário poderia desempenhar um papel
importante do ponto de vista da ampliação da cidadania civil por meio da promoção de
condições favoráveis à componente igualitária inerente a uma maior efetividade da lei em
países como o Brasil. De outro lado, certas críticas ao formato institucional assumido pela
poliarquia brasileira apontam o Poder Judiciário e a judicialização da política como fatores de
elevação dos custos de produção de decisões políticas com impacto negativo no desempenho
do sistema em termos de formulação e implementação de políticas.
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This article discuss the constitutional methods question to the problem of responsibility and
of recruitment of judges in Brazil under the control over the Judiciary power in democratic
diferents brazilian’s constitutions, relating this societies.
Key words
democracy
magistracy
Brazil
Recebido em
julho de 2008
Aprovado em
outubro de 2008
instituição.