ESTADO DE MINAS - DOMINGO, 1º DE JULHO DE 2001
GERAIS
❚ SUPERMERCADO
ESPOSA DE CORONEL-REFORMADO TENTA TROCAR ETIQUETAS DE PREÇOS, É DESCOBERTA, E DETONA CENAS
DE AGRESSÃO NO VIA BRASIL. CASAL E O SEGURANÇA DO ESTABELECIMENTO VÃO PARAR NA SECCIONAL
Tentativa de golpe provoca
briga entre segurança e PMs
ILSON LIMA
A esperteza da dona de casa
Valéria de Miranda Meira, alia-
da à falta de bom senso do seu
marido, o coronel-reformado
Rômulo Moura de Meira, termi-
nou mal para os dois, ontem à
tarde. Ainda pela manhã, ela
tentou “passar a perna” no Su-
permercado Via Brasil, trocan-
do as etiquetas do código de
barra das peças de picanha por
outras de carnes de valor infe-
rior.
Abordada pelos seguranças,
quando já estava no caixa, ela
foi levada para a 7ªSeccional,
onde tudo poderia ter termina-
do bem. Por determinação da
chefia de segurança do estabe-
lecimento, que também é um
coronel-reformado da corpora-
ção, não seria feita ocorrência.
Indignado com o constrangi-
mento por que passou a mu-
lher, horas depois o coronel
Meira dirigiu-se ao supermer-
cado para tirar satisfação com
os seguranças.
O chefe da segurança do Via
Brasil, Luiz Cláudio de Souza,
31, disse que Meira abusou de
sua condição de militar-refor-
mado e partiu para a violência,
ameaçando-o com um revólver
calibre 38. Em seguida, colocou
o revólver no interior da bolsa,
afirmando que ninguém faz o
que eles (seguranças) fizeram
com sua mulher. Souza conse-
guiu tomar a bolsa do militar e
seus colegas, então, acionaram
uma viatura da corporação que
passava por perto. Segundo o
chefe da segurança, o militar-
reformado estava alcoolizado.
ARBITRARIEDADE
Até esse momento do episó-
dio, tanto a versão dos seguran-
ças do Via Brasil quanto à do ca-
pitão Alves, responsável pela
ocorrência, são idênticas. As di-
ferenças ficam por conta de de-
talhes posteriores. Revoltado,
Souza acusou o capitão de tam-
bém ter sido arbitrário, ao alge-
❚ UBERLÂNDIA
Justiça exige
a revisão
dos processos
Depois de terem destruído
a Colônia Penal Jacy de Assis
quase que totalmente, os 420
detentos de Uberlândia terão
seus processos revistos pela
Justiça. Diante dos danos cau-
sados ao prédio da peniten-
ciária, que teve sua celas e
grades destruídas, além de
outras áreas físicas do estabe-
lecimento prisional – somente
a parte administrativa não foi
atingida pela violência dos
presos –, a Secretaria de Jus-
tiça e dos Direitos Humanos
determinou ontem que sejam
feitos os reparos necessários.
A necessidade de revisão
nos processos dos detentos,
conforme a assessoria do ór-
gão, é porque nenhum dos
420 presos têm sua sentença
transitada em julgado. Con-
forme a Lei de Execução Pe-
nal (LEP), somente presos
condenados pela Justiça e
com sentença transitada em
todas as instâncias judiciais é
que podem cumprir pena nos
presídios. O caso de Uberlân-
dia está sendo avaliado como
sui generis no sistema prisio-
nal, já que normalmente ocor-
re o contrário: presos conde-
nados cumprindo penas em
cadeias públicas e cárceres
das delegacias da Polícia Civil.
Até o final da tarde de on-
tem os presos continuavam
soltos no pátio do presídio, já
que as celas estão impróprias
para uso. Os engenheiros e
peritos da Secretaria de Justi-
ça ficaram quase o dia todo
avaliando os estragos no pré-
dio da Colônia Penal, cujas re-
formas se iniciam a partir de
amanhã. (IL)
CONSTRANGIMENTO
O militar reformado, sua esposa e o capitão que fez a prisão prestam depoimento à polícia civil
má-lo e levá-lo detido para a
Seccional, junto com o coronel
Meira e a mulher deste. Para
ele, houve protecionismo, pelo
fato de o caso envolver a mulher
de um oficial, “que além de vio-
lento, quase causa troca de tiros
no interior do supermercado”.
O capitão Alves rebate o se-
gurança nesse ponto. Afirma
que foi obrigado a prendê-lo
porque Souza estava exaltado e,
por achar que Meira seria libe-
rado, tentou avançar sobre este.
Alves disse que não havia como
poupar Meira e sua mulher.
“Com certeza o coronel será pu-
nido pelo comando da corpora-
ção, já que, mesmo estando com
o revólver sem munição, por
pouco não causa um incidente
violento”, admitiu.
❚ IMPRUDÊNCIA
Dois acidentes com perueiro em um dia
Os acidentes envolvendo pe-
rueiros na Região Metropolita-
na de Belo Horizonte (RMBH)
crescem na proporção inversa
da ação das autoridades dos
municípios responsáveis pela
solução do problema. Ontem à
tarde ocorreram dois acidentes
com perueiros, um deles na
avenida Antônio Carlos, na Ca-
pital, e o outro, o mais grave,
em Contagem.
Ao fazer uma manobra de ul-
trapassagem pela esquerda na
rua Joaquim Camargos, no bair-
ro Coração de Jesus, o perueiro
Antônio Geraldo de Queiroz aca-
bou por jogar a Kombi de placa
GTP-9069 contra o muro de
uma casa. O choque foi tão vio-
lento que o perueiro ficou preso
nas ferragens do veículo.
Conforme testemunhas, o pe-
rueiro fez a ultrapassagem inde-
vida, batendo na lateral esquer-
da da Kombi de placa BUN-
1441, dirigida por Valtair Lou-
back. Com o abalroamento, a
❚ CAETÉ
Colisão na BR-381 mata dois e fere gêmeos
FABILY RODRIGUES
Um grave acidente na madru-
gada de ontem, no Km 412 da
BR-381, em Caeté, ocasionou
duas mortes e dois feridos graves.
O caminhão Mercedes Benz
1313, placa GLZ 5024, conduzido
pelo motorista Celso Antônio
Schneider, bateu de frente com o
Monza, placa GKL 0147, condu-
zido por Sebastião Almeida Bas-
tos, 30 anos, que morreu no lo-
cal. O passageiro João Batista da
Silva, 36, também não resistiu,
REVOLTA
O segurança Luiz Cláudio mostra a blusa rasgada pelo coronel
CONFUSÃO
Kombi foi praticamente destruída no acidente ocorrido ontem
Kombi do perueiro ficou desgo-
vernada.
Os bombeiros tiveram de ser-
rar o teto da Kombi para retirar
o perueiro, que ficou bastante
machucado, ainda que não cor-
ra risco de vida. Dois passagei-
ros que estavam na perua, que
não foram identificados pela
pois a frente do carro ficou com-
pletamente destruída. Os ocu-
pantes do banco traseiro, Júnia
Márcia Silveira e Vicente Paula
Silveira Junior, irmãos gêmeos de
14 anos, ficaram gravemente fe-
ridos e foram encaminhados pa-
ra o Hospital Pronto Socorro João
XXIII. O motorista do caminhão
teve apenas ferimentos leves.
Segundo a Polícia Rodoviária
Federal, por volta das 4h30, o ca-
minhão que estava indo no senti-
do João Monlevade, invadiu a pis-
ta contrária, após uma curva fe-
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FOTOS JAIR AMARAL
polícia, sofreram ferimentos le-
ves. Os três foram levados para
o Hospital de Pronto-Socorro
João XXIII (HPS). O acidente
ocorrido na avenida Antônio
Carlos, mesmo sem maior gra-
vidade, provocou susto entre os
passageiros, que sofreram pe-
quenas escoriações. (IL)
chada, e colidiu de frente com o
Monza que vinha de Caratinga
para Caeté/Belo Horizonte. Há
também a suspeita de uma ten-
tativa de ultrapassagem pelo mo-
torista do caminhão. Até o final
do dia os gêmeos continuavam
internados no HPS. Vicente Paula
foi encaminhado inconsciente pa-
ra o CTI com traumatismo cra-
niano encefálico. Já sua irmã
além de sofrer traumatismo cra-
niano, fraturou o fêmur esquerdo
e está consciente no setor de po-
litraumatismo.
TESTEMUNHO
CRISTÃO
MARIA IZABEL ADAMI CARVAHO POTENZA
NUNCA MAIS ADEUS
Há sete anos, eu o vi pela última vez. Não podia mais falar para
me contar, entusiasmado, as alegrias do seu ministério, ou
confidenciar as escondidas incompreensões e injustiças, que o
entristeciam, mas também lhe valiam consolações infindas
hauridas no Coração de Jesus, para o qual ele intensamente vivia.
Há sete anos, eu o vi pela última
vez. No rosto empalidecido, a
“COMBATI O serenidade de sempre, aquele ar
bondoso, de quase sorriso, como
BOM COMBATE, se estivesse a me dizer: “Combati
o bom combate, acabei a minha
ACABEI A MINHA carreira, guardei a Fé” (ii Tim 4,
7). As mãos, que vezes incontáveis
CARREIRA, ofereceram o Santo Sacrifício do
altar, que fizeram nascer nas
GUARDEI A FÉ” águas batismais milhares de
novos filhos de Deus, que
(II TIM 4, 7) traçaram, até em noites de
prolongada vigília, a cruz da
absolvição, restituindo às almas a
pureza da graça, as mãos que abençoaram a aliança de amor dos
noivos diante dele ajoelhados, a fundar, em Cristo, novos lares;
mãos que levaram o conforto da unção a tantos enfermos em
despedida da terra, mãos (ah, aquelas mãos!) estavam imóveis
sobre o peito, levando, como sinal de vitória, após as lutas de seu
sacerdócio, o Terço de Nossa Senhora, por ele fiel e piedosamente
recitado em cada dia de sua vida. Há sete anos, eu o vi pela última
vez. Mas agora seus olhos estavam fechados e ele não mais podia
ver a multidão que enchia o majestoso templo por ele construído, os
fiéis que iam também vê-lo pela última vez. Os sons do Santuário
Arquidiocesano não chegavam mais a seus ouvidos, nem mais
podia ele ouvir os cânticos em louvor de Jesus e de Maria, que ele
tanto amava e que o povo, emocionado, ali cantava, em lágrimas de
despedida; “Coração santo, Tu reinarás”... e aquele vibrante “Com
minha Mãe estarei na santa glória um dia, junto à Virgem Maria no
céu triunfarei!”. Seria (quem sabe?) sua última consolação se
pudesse ver quatro bispos e oitenta e quatro sacerdotes dispostos,
como em coroa, junto ao altar para confiar ao Sumo e Eterno
Sacerdote aquela alma fiel, dedicada e generosa, que deixava o
mundo para entrar na Pátria eterna, lugar onde não há mais
lágrima, nem tristeza, nem morte, mas onde a Luz divina a tudo
ilumina, em radioso dia sem ocaso.
Há sete anos, eu o vi pela última vez. Em termos humanos, o véu
da morte nos separava. Mas eu sentia que ele não estava indo
embora, porque vive para sempre quem sempre viveu para Deus.
Agora não é apenas o seu escrínio corporal que está ali no
Santuário, que ele tanto amou e a que dedicou sua vida, ao extremo
da debilidade física, sem depor as armas até a hora da chamada de
Deus. Mais do que seu rosto querido na moldura de um porta-
retrato diante de mim, ele continua comigo no coração, oferecendo-
me a força de seu exemplo, renovando-me a tranqüilidade, que me
ensinou para as horas difíceis, e a esperança das promessas
eternas d’Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Eu te creio,
meu irmão, na paz do Céu e bendigo a Deus que me deu a graça de
ser tua irmã... Roga por nós, até que venha o dia do nosso
reencontro. Então... nunca mais adeus!
MISSA
Dia 6 próximo, completam-se 7 anos de falecimento de meu
irmão Mons. Hermenegildo Adami Carvalho. Na capital, a Santa
Missa em sufrágio de sua alma será celebrada pelo Pe. Tarcísio
Mourão, às 8h, na Capela Santa Paola, rua Venezuela, 585, Sion.
Aos leitores peço (e agradeço) uma oração por ele.
FESTA DA PADROEIRA
A paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na capital,
dirigida pelo Pe. Marco Túlio Andrade, realizou solene novena
iniciada dia 22 de junho, em louvor à Padroeira com a participação
de D. Décio Zandonade, D. José Maria Pires e vários sacerdotes. Em
presença maciça, os fiéis, associações religiosas e movimentos
pastorais demonstraram mais uma vez seu profundo amor à
Virgem Maria, homenageada diariamente com a recitação do
Rosário e várias Missas votivas. ****** O encerramento das
festividades será hoje marcado pelas celebrações eucarísticas às 8h,
9h30m e 18h, abrilhantadas pelo Coral Vox Animae Junior. Às
19h30m, homenagem do Coroar-te, barraquinhas, show
pirotécnico e show pela banda Maria Porta do Céu. Parabéns à
paróquia.
ROSA MÍSTICA
Dia 13 próximo, celebra-se a festa de Nossa Senhora Rosa
Mística. Na igreja de S. Sebastião do Barro Preto, às 15h, vai ser
celebrada a Santa Missa pelo Pe. Célio Domingos Xavier, da
paróquia Rainha da Paz. Após a festiva celebração, pequena
procissão no interior da igreja com a imagem da Virgem Maria.
Convidados os católicos, que devem levar uma rosa para a
cerimônia da bênção das rosas, que se faz especialmente nesse dia.
OBITUÁRIO
A DIVULGAÇÃO NESTA COLUNA É GRATUITA
ADÍLIO LUIZ PESSOA de uma longa enfermidade, esposa e mãe
57 anos, natural de Presidente Soares, carinhosa, devotou sua existência à família
filho de Antônio Luiz Pessoa e Ilda Faria e sua perda deixa uma lacuna irreparável
Pessoa. Era casado com Nilce Malvina nas vidas de seu esposo, Sebastião de Melo
Santos Pessioa e deixa os filhos Franco, de suas filhas Arabelle e Gerda, de
Herbert e Ehler. parentes e amigos.
ELENICE ROSA DA SILVA JOSÉ ARMANDO SILVA
38 anos, natural de Belo Horizonte. Era 44 anos, natural de Ceres, filho de José
filho de Deoclides Rosa da Silva e Maria da
Conceição Tavares da Silva e deixa os filhos
Flaviano, Davidson, Ricardo, Dara, Marcos e
Rosilene.
Domingos Primo e Geni Luciano Domingos.
Era casado com Maria da Conceição Silveira
Silva e deixa os filhos Luciana, Fernando e
Fabiana.
ANTÔNIA MENDES VIEIRA AGOSTINHO ANTÃO
FRANCO 87 anos, natural de Maravilha de Pitangui,
83 anos, natural de Contria, filha de filho de Antão da Cunha e Filomena
Francisco Mendes Pereira e Maria Salomé Gonçalves Reis. Era casado com Maria
Mendes. Falecida em Belo Horizonte, depois Andrade Silva Antão.