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Macedo ao escrever sobre salvação diz: “O ser humano só poderá

voltar a ter a imagem e a semelhança de Deus e poder ter comunhão


com Ele através do Senhor Jesus Cristo que é a Única Porta! Sem ele
não há pecado nem salvação” (pg.31, 32)1. Sua posição soteriológica
é equilibrada em si tratando da obra de Cristo, como visto acima, e do
Espírito Santo na salvação do pecador, ele acrescenta: “Ele é a
pessoa que convence o ser humano do pecado (João 16.7-8); em
seguida, lhe revela a única pessoa que pode salvá-la: Seu Filho Jesus
Cristo.”(pg. 45). Como observado, Macedo coloca bem a sua posição
em relação à obra soteriológica de Deus e seus instrumentos de
convencimento do pecado (Espírito Santo), e revelação do caminho
da salvação (Jesus Cristo).
Ao responder a pergunta: Quem entrará no céu?2 Ele responde:
segundo a Palavra de Deus, entrarão no céu os que reúnem as
seguintes condições: os que crêem no Pai e no Senhor Jesus (João
14.2); os caridosos (Mt 25. 45, 46); os que padecem com Cristo (Rm
8.17); os que se ajuntam com o Senhor (1 Co 6.17); os que não
rejeitam ao que fala (Hb 12.25); os que escapam da Grande
Tribulação (Ap 7.14). É essencial, nesta obra salvifica, a posição da
Palavra de Deus e o que ela espera daquele que é salvo.
Por tanto, para Macedo, tanto o Espírito Santo, Jesus Cristo e a
Palavra de Deus são instrumentos essenciais para a salvação do
pecador. Ainda que as pessoas sejam boas, honestas, sinceras e
caridosas, se elas quiserem a vida eterna, diz Macedo: “terão que
aceitar e viver de acordo com a Palavra do Senhor Jesus. O Espírito
Santo convence o pecador, mas é o Senhor Jesus quem o perdoa e
salva”3. Numa obra intitulada “Nos Passos de Jesus”4, Macedo ao falar
sobre os dez passos rumo a salvação ele acrescenta que no primeiro
passo a pessoa tem que “Aceitar Jesus como Senhor e Salvador inclui
1
MACEDO, Edir. Doutrinas da Igreja Universal do Reino de Deus volume 1.
Rio de Janeiro: Universal 1998, pg. 31-32)
2
MACEDO, Edir. Doutrinas da Igreja Universal do Reino de Deus volume 3.
Rio de Janeiro: Universal 1998, pg. 74-75)
3
Op. Cit, p.32
4
MACEDO, Edir. Nos Passos de Jesus. Rio de Janeiro: Universal, 2000, 152p.
mais que uma simples resolução mental. ‘Aceitar’, no sentido bíblico,
significa crer, confiar e seguir”. Aparentemente, na teologia iurdiana,
o termo salvação é usado como sinônimo de libertação das drogas,
dos problemas, das doenças e da opressão causada pelos demônios.
Aproximadamente todos estes passos estão relacionados e definidos
à atuação e libertação dos demônios. A salvação aqui é vista em
termos horizontais, no que concerne a vida do homem na terra,
enquanto os aspectos verticais são, via de regra ignorados.
Para o autor, aceitar a Jesus como Senhor e Salvador crendo,
confiando e seguindo unicamente, no sentido bíblico, é essencial para
a salvação do indivíduo. Mas mesmo assim, ele acrescenta: “Muitos
dizem que aceitam a Jesus, mas trocam seu nome por outros e não
depositam sua fé totalmente n’Ele. Dizem que aceitam a Jesus,
entretanto afirmam que todos os caminhos levam a Deus”5. O autor
coloca uma condição que possibilita a não negligência do homem em
aceitar verdadeiramente a Palavra de Deus e seguir somente os seus
caminhos, assim ele diz:

Arrependimento é o sentido ou pesar por faltas ou erros


cometidos, o sincero pesar de algum pecado cometido.
Embora essa definição seja absolutamente correta, na sua
forma prática ela é muito mais significativa, expressiva e
profunda, de tal maneira que cria uma verdadeira
transformação na conduta das pessoas6

Esta condição, ou seja, o arrependimento, colocada por Macedo,


evita que as pessoas tenham uma conduta errônea com relação ao
caminho de Deus. O arrependimento tem que ser uma conduta
verdadeira porque se não, a salvação não será possível. É necessário,
segundo Macedo, tirar a maior dificuldade para a salvação que é o
orgulho7. O orgulho não aceita a atuação do Senhor na vida da
pessoa, ele não se submete ao plano estabelecido por Deus. Por isso,
é necessária uma atitude, Macedo diz: “Eis aí a grande razão da
necessidade de nascer da água e do Espírito Santo! Enquanto a
5
Op. Cit, p.21
6
MACEDO, Edir. Pecado e Arrependimento. Rio de Janeiro: Universal, 2001 56p.
7
MACEDO, Edir. Somos Todos Filhos de Deus?. Rio de Janeiro: Unipro Editora,
2007 176p. (p.31 – cit).
pessoa não nascer de Deus, a sua natureza impedirá a conversão e,
conseqüentemente, a Salvação.”8

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SOTERIOLOGIA EM AUTORES PENTECOSTAIS

Quanto aos escritores pentecostais, podemos dizer que na


maioria das vezes encontraremos uma soteriologia equilibrada. Pelo
fato do movimento pentecostal ter sido fundado por cristãos de
denominações históricas: como é o caso da Assembléia de Deus no
Brasil, fundada em 19xx pelos missionários Gunar Vingren e Daniel
Gerg. Ambos saíram da Igreja Batista. Por este motivo, apesar de
algumas diferenças doutrinárias com relação à Igreja Batista, como
glossolalia, revelações, falar em línguas como evidência do Batismo
no Espírito Santo, os escritores de linha pentecostal tem uma
soteriologia equilibrada, podemos dizer que até igual a da Igreja
Batista Brasileira. Vejamos alguns exemplos em obras de linha
pentecostal. O autor Severino Pedro da Silva que escreveu um livro
lançado pela CPAD (editora oficial da Assembléia de Deus no Brasil)
intitulado “O Homem: Corpo, Alma e Espírito”, escrevendo sobre
salvação diz:

No que diz respeito á sua origem, a salvação teve (e tem) seu


ponto inicial no coração de Deus. Segundo se diz, ela foi
criada por Ele; manifesta aos homens por meio de Cristo e,
evidentemente, executada no coração humano através do
Espírito Santo (Lc 1.68, 69; Jo 12.48,49; 16. 7-14). A obra
propiciatória de Jesus Cristo nosso Senhor é a maior
revelação do grande propósito de Deus no Plano da redenção
e salvar a humanidade.9 (SILVA, 1988, P.204)

8
Op. Cit, p.32
9
SILVA, Severino Pedro da. O Homem: Corpo, Alma e Espírito. Rio de Janeiro: CPAD,
1988 215p.
Ao analisarmos a Declaração Doutrinária da Convenção Batista
Brasileira com respeito à soteriologia encontraremos o seguinte:

A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante


arrependimento do pecador e da sua fé em Cristo como único
Salvador e Senhor. O propósito da redenção eterna do crente
foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento de
seu sangue na cruz. A salvação é individual e significa
redenção do homem na inteireza de seu ser. É um dom
gratuito que Deus oferece a todos os homens e que
compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a
glorificação10 (NACIONAIS, 2001 p. 111).

Assim como na declaração doutrinária Batista, Silva enfatiza o


alcance da salvação a todos os homens, diz o autor: “Vimos que Deus
deseja a salvação de todos os homens e tomou esta iniciativa, dando
origem à salvação com este fim em mira”11. Este conceito também é
sustendo por outros escritores de linha pentecostal, vejamos a
“Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal” editada por
Stanley Horton sobre o alcance da obra salvifica de Cristo: “Se a
Bíblia ensina que a bondade de Deus o levou a salvar a humanidade
perdida, ensina também que nada fora dEle mesmo o compeliu a
fazer assim.” (PECOTA, 96, p. 346). Para o autor, tanto a obra de
Cristo é conferida a todos os homens, como também nasce primeiro
no coração de Deus, diz ele: “A redenção tem a sua origem no amor e
na vontade de Deus. É espontânea, Ele não se vê obrigado a isso”
(PECOTA, 1996, p. 346).
Ao comentar sobre a soteriologia bíblica, a Teologia
Sistemática; Uma Perspectiva Pentecostal é bastante extensa em sua
abordagem. Não será necessário se fazer uma explicação exaustiva,
mas somente uma abordagem dos aspectos mais importantes. Por
exemplo, ao explicar sobre o significado da salvação, Pecota diz que o
estudo da salvação deve sempre começar com o Antigo Testamento 12.

10
JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS. Maturidade Cristã. Rio de Janeiro: Missões
Nacionais, 2001 120p.
11
SILVA, p. 204
12
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Trad.:
Gordon Chow, 1 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus,
1996. P. 808.
Este estudo é importante para se analisar as terminologias que
descrevem a salvação no Antigo Testamento, tanto natural quanto
espiritual. Conforme Pecota diz, a salvação tem seu ponto inicial em
Gênesis 3. 15, na promessa de que o Descendente esmagará a
cabeça da serpente. 13

Qualquer pessoa que estuda o Antigo Testamento hebraico,


sabe quão rico é o seu vocabulário. Vários autores empregam várias
palavras que fazem referência ao conceito geral de “Livramento” ou
“Salvação”, seja no sentido natural, espiritual ou judicial. Alguns
exemplos são dados como Êxodo 3.8: Deus revelou a Moisés ter
decido para livrar Israel das mãos dos Egípcios. E em 2 Crônicas 32.
17: Senaqueribe escreveu ao rei em Jerusalém: “O Deus de Ezequias
não livrará o seu povo das minhas mãos.14 Para o autor, se
estudarmos, portanto, o Antigo Testamento e considerando séria e
literalmente a sua mensagem, facilmente concluiremos que a
salvação é um dos temas dominantes, e Deus, o protagonista.15.
Quanto ao estudo sobre a salvação no Novo Testamento, o autor diz
que a riqueza encontrada no Antigo não é o mesmo encontrado no
Novo Testamento. Segundo Pecota, o termo “Salvação” só ocorre 45
vezes no Novo Testamento e se refere exclusivamente à salvação
espiritual, que é a possessão presente e futura de todos os crentes
verdadeiros.16 Apesar de as palavras gregras traduzidas por “salvar” e
“salvação” não sejam freqüentes, o próprio Jesus proclama o tema no
Novo Testamento quando diz: “O filho do homem veio buscar e salvar
o que se havia perdido” (Lucas 19.10).
A Bíblia é o livro que trata especificamente da salvação. Seria
inútil e prejudicial pô-la de lado ao se procurar resolver tal questão.
Entende-se que a salvação é obra exclusiva de Deus, ele arquetetou-
a, planejou-a e ofereceu-a aos homens. Evidentemente que o homem
não possui qualquer favor para alcançá-la, mas necessita das
bênçãos da vida Cristo para adquiri-la. No livro “Aspectos e Bênçãos
13
Ibid, p.337.
14
Ibid, p. 336-337.
15
Ibid, p. 337.
16
Ibid, p. 338.
da Salvação” da mesma editora CPAD17, o autor de linha pentecostal
complementa: A salvação é oferecida por Deus ao homem, na pessoa
de Jesus, porquanto o homem – como pecador que é, jamais a poderia
arquitetar e muito menos consumá-la à custa de esforço proprio.
“Sem mim nada podeis fazer” disse Jesus. João 14:5. (GOMES, 1963,
p.15). A idéia de salvação, como visto acima, está intimamente ligada
à de pecado. Precisamos de salvação porque somos pecadores. Assim
como um ênfermo precisa de médico exatamente por se encontrar
ênfermo. Deus oferece a salvação a todos os homens, suprindo desta
forma a sua maior necessidade (GOMES, 1963,p. 15). A salvação é
pois, à vida do pecador, necessidade por exelência.

SOTERIOLOGIA EM AUTOR METODISTA


No livro entitulado “Pecado e Salvação” escrito por Lessley
Newbigin, encontramos uma definição de salvação, apartir de
algumas observações concernentes a posição do homem em relação
a Deus. Diz o autor, que o homem está em contraste com o mundo
natural pelo fato de que homem não se sacia e sempre tem buscar
arrancar bens naturais para os seus desejos egoístas.18 Bem como o
contraste com o seu próximo, afetado deste o início dos tempos com
Adão e Eva, que os tem levado a serem cada vez mais isolacionistas e
não se importando com o seu próximo imediato (NEWBIGIN, 1963 P.
19). Desta forma, segundo o autor, o homem está em contraste com
Deus que é a contradição mais básica a qual tudo o mais se firma
(NEWBIGIN, 1963 p. 20). Após explanar estas condições o autor diz:

Ao homem assim, escravizado e contradito, a mensagem de


salvação é enviada. Salvação significa que o homem é liberto
dessa amargura e que as contradições de que temos falado
são destruídas. A palavra gregra que traduzimos por “salvar”
significa “fazer inteiro”. Ela vem da mesma raiz do sânscrito
“Sarva”. Significa “integralidade”. Significa a cura daquilo
que está ferido, o consêrto do que está quebrado, a
libertação do que está prêso (NEWBIGIN, 1963 p. 21).

17
GOMES, Geziel N. Apectos e Bênçãos da Salvação
18
NEWBIGIN, Lessley. Pecado e Salvação. São Paulo: Junta de Educação Cristã da
Igreja Metodista do Brasil, 1963. 157p. (página da parafrase 18).
Portanto, a mensagem da salvação é enviada ao homem afim
dele ser completamente restaurado, curado e liberto de todo ou
qualquer empedimento que o faça não servir ao Deus ùnico.
Newbigin, ainda no mesmo raciocínio, diz que a integralidade do
homem está em ser liberto por Deus de suas marraduras (NEWBIGIN,
1963, p. 210.). Deus, em sua bondade, proveu um meio para que o
plano original na criação tevesse seu cumprimento na salvação. Deus
criou o mundo e o homen para que este vivesse em perfeita harmonia
com o seu criador, sendo, portanto, uma família unida em laços de
amor infinito. Newbigin complementa:

Quando Deus criou o mundo e a humanidade, era seu intento


que essa humanidade fôsse uma única família, ligada e Êle e
uns com os outros em amor, e que o mundo fôsse um lar
feliza para seus filhos. Seu propósito era o de que os homens
vivessem no conhecimento e no amor de Deus, em
obediência a Êle e em amizade uns com os outros.
(NEWBIGIN, 1963, p.21).

CONCEITO DE SALVAÇÃO NA FÉ REFORMADA

O conceito de salvação, entendido pela fé reformada, refere-se


primariamente à salvação da culpa, poder e presença do pecado nas
vidas dos eleitos, mediante a obra redentora de Cristo. Inclui a
santificação e a ressurreição final. (ver a confissão de Westiminster
sobre a salvação no conceito reformado). Nestes termos, a salvação é
somente eficaz aos eleitos que, através da obra do Espírito Santo,
perseverarão no caminho do Senho. Paulo Anglada, pastor
presbiteriano, escritor e professor no Seminário Teológico Batista
Equatorial, em seu livro Calvinismo: As Antigas Doutrinas da Graça
escreve objetando à posição arminiana concernente a doutrina da
expiação ilimitada, escreve ele:

Já o calvinismo crê na expiação limitada de Cristo. Isto não


quer dizer que a expiação de Cristo não seja suficiente para a
salvação do mundo inteiro; mas que foi eficiente apenas para
a salvação dos eleitos, pois este foi o seu propósito. Ou seja,
Cristo morreu na cruz, não apenas potencialmente, mas em
substituição verdadeira e individual aos eleitos. O calvinismo
não entende que Cristo veio ao mundo apenas para
possibilitar a redenção (de todos), mas para efetivamente
redimir (os eleitos) através da sua morte vicária e expiatória
na cruz. A expiação não é potencial e geral, mas objetiva e
pessoal. (ANGLADA, 1996, p. 6).19

A soteriologia calvinista crê que a morte de Cristo foi


exclusivamente para os eleitos, e não uma obra expiatória universal.
Neste sentido, já que a expiação de Cristo foi eficaz somente aos
eleitos, a segurança da salvação é garantida pela graça de Deus
ensinam que “a mesma graça de Deus que os salvou, agirá
eficazmente em suas vidas, de modo que não poderão cair total e
finalmente da Graça de Deus (ANGLADA, 1996, p. 7). Mesmo que o
eleito caia em pecado, mas a graça de Deus logo manifesta a sua
justiça mediante o perdão, como o mesmo autor, citado acima, diz
em outro livro:

As escrituras ensinam e a experiência da igreja confirma que


Deus permite que os salvos sejam tentados e pequem.
Entretando, mesmo nos atos pecaminosos dos crentes
revela-se a sabedoria, justiça graça de Deus, visto que ele
dirige, controla e governa esses pecados com vistas a fins
justos e santos. (ANGLADA, 2007, P. 256)20

Deus está sob o controle de tudo que acontece com o eleito, a


qual não terá tentações além do que ele possa suportar. Esta
tentação Deus usa a fim de ensinar, repreender e corrigir. Não será
necessário se fazer uma abordagem exaustiva da soteriologia

19
ANGLADA, Paulo. Calvinismo: As Antigas Doutrinas da Graça. São Paulo: Editora
Os Puritanos, 1996, p.151.
20
ANGLADA, Paulo Roberto Batista. Soli Deo Gloria: Ser e Obras de Deus.
Ananindeua: Knox Publicações, 2007, 258p.
calvinista, visto que não ser o propósito deste trabalho, mas somente
alguns aspectos da soteriologia calvinista escrita por um calvinista.
___________________________________________
Posição de Wayne Grudem e Louis Berkhof

Wayne grudem responde há uma pergunta: havia alguma outra


maneira de Deus salvar os seres humanos além de enviar seu Filho
para morrer em nosso lugar?

Mas uma vez que Deus, em seu amor, decidiu salvar alguns
seres humanos, então várias passagens nas Escrituras
indicam que não haviam que não havia outra maneira de
Deus fazê-lo a não ser pela morte de seu Filho. Portanto, a
expiação não era absolutamente necessária, mas, como
“conseqüência” da decisão divina de salvar alguns seres
humanos, a expiação era absolutamente necessária.
(GRUDEM, 1999: p. 472)21

No jardim do Getsêmani, Jesus ora: “... se possível, passa de


mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim
como tu queres” (Mt 26.39). Podemos estar convicto de que
Jesus sempre orou de acordo com a vontade do Pai e sempre
com plenitude de fé. Dessa forma, essa oração, que Mateus
se esforça por registrar para nós, parece mostrar que não era
possível para evitar a morte na cruz que estava prestes a vir
sobre ele (o “cálice” de sofrimento que ele havia dito que
seria eu). Se Jesus estava para completar a obra que o Pai lhe
destinara, e se as pessoas estavam pra ser redimidas por
Deus, então era necessário que ele morresse sobre a cruz.22.

Uma vez que como pecadores estamos escravizados ao


pecado e a Satanás, precisamos de alguém que nos
proporcione redenção e, dessa forma, nos “redima” de nossa
servidão. Quando falamos em redenção, entra em foco a
idéia de “resgate”. Resgate é o preço pago para redimir
alguém da escravidão ou cativeiro. Jesus disse de si mesmo:
“Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc
10.45). Se perguntarmos a que foi pago o resgate,
percebemos que a analogia humana de pagamento de
resgate não se ajusta à expiação de Cristo em todos os
detalhes.23

21
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva. Trad. Norio Yamakami,
Lucy Yamakame, Luiz A T. Sayão, Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova,
1999, 1046p.
22
Ibid, p. 472.
23
Ibid, p. 483.

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