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DOUTRINA III - ECLESIOLOGIA

MÓDULO 06-A

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................
..02

CAPÍTULO I – A Igreja do Deus


Vivo...................................................................................02

CAPÍTULO II – Descrições metafóricas da


Igreja..................................................................08

CAPÍTULO III – A Organização da


Igreja..............................................................................12

CONCLUSÃO
......................................................................................................................22

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................
....24
INTRODUÇÃO

A palavra “Igreja” [“ekklèsia”, do grego “ek-Kalein”- chamar fora”] significa


“convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religiosos. É o
termo freqüentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do
povo eleito diante de Deus, sobretudo para a Assembléia do Sinai, onde Israel
recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu povo santo. Ao denominar-se
“Igreja”, a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira
dessa assembléia. Nela, Deus “convoca” Seu povo de todos os confins da Terra. O
termo “Kyriakè”, do qual deriva “Church”, “Kirche, significa “a que pertence ao
Senhor”.
Na linguagem cristã, a palavra “Igreja’ designa a assembléia litúrgica, mas
também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Na
verdade, estes três significados são inseparáveis. “A Igreja” é o povo que Deus
reúne no mundo inteiro.
Pedro testificou que Cristo preencheu esta predição, não na qualidade de
pedra comum, mas de “pedra que vive, rejeitada sim pelos homens, mas para com
Deus eleita e preciosa” (I S. Ped. 2:4). Paulo identificou-O como o único fundamental
seguro, dizendo: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi
posto, o qual é Jesus Cristo” (I Cor. 3:11). Referindo-se à rocha que foi referida por
Moisés, ele afirmou: “E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma
pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo” (I Cor. 10:4).
O próprio Jesus Cristo utilizou a imagem diretamente ao declarar: Sobre esta
pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”
(S. Mat. 16:18). Ele estabeleceu A Igreja Cristã sobre Si próprio, a Rocha Viva. Seu
próprio corpo deveria ser sacrificado pelos pecados do mundo – isto seria o ato de
ferir a Rocha. Coisa alguma poderia prevalecer contra uma igreja construída sobre
tão sólido fundamento, por Ele mesmo representado. Dessa forma as águas
vivificadoras haveriam de fluir para o dessedentamento das nações. (cf. Ezeq. 47:1-
12; S. João 7:37 e 38; Apoc. 22:1-5).
Quão débil e fraca era a Igreja quando Cristo pronunciou essas palavras! Ela
consistia de uns poucos discípulos cansados, duvidosos e preocupados em se
autopromoverem; de umas poucas mulheres; e da multidão instável que se
dispersou quando a Rocha foi ferida. Ainda assim a igreja foi construída, não sobre a
frágil sabedoria e ingenuidade humana, mas sobre a Rocha dos Séculos. O tempo
demonstraria que coisa alguma seria capaz de destruir Sua igreja ou mesmo detê-la
em Sua missão de glorificar a Deus e conduzir homens e mulheres ao Salvador. (cf.
Atos 4:12, 13, 20-33).

CAPÍTULO I

A IGREJA DO DEUS VIVO

Pertencer a Igreja de Deus é um privilégio único e que produz na lama grande


satisfação. O propósito divino é reunir um povo desde os distantes confins da Terra,
a fim de constituí-lo em um só corpo – o corpo de Cristo, a Igreja, da qual Ele é a
Cabeça viva. Todos quantos são filhos de Deus em Cristo Jesus, são membros de Seu
corpo, e dentro desta relação podem desfrutar companheirismo mútuo e
companheirismo com seu Senhor e Mestre.
Nas Escrituras faz-se referência à Igreja por meio de tais expressões como “a
igreja de Deus” (Atos 20:280, “o corpo de Cristo” (Efés. 4:120, e “a igreja do Deus

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vivo’ (I Tim. 3:15), sendo este último nome escolhido como título deste capítulo
introdutório.
A palavra igreja é usada no texto bíblico pelo menos em dois sentidos: em
sentido geral, aplica-se à Igreja em todo o mundo (Mat. 16:18; I Cor. 12:28), em
sentido particular à igreja de uma cidade ou província. Vejam-se as seguintes
passagens, onde são mencionadas igrejas locais: a igreja de Roma (Rom. 1:6 e 7), a
igreja de Corinto (I Cor. 1:2), a igreja de Tessalônica (I Tess. 1:1). Notem-se as
referências feitas a igrejas provinciais: as igrejas da Galácia (I Cor. 16:1), as igrejas
da Ásia (I Cor. 16:19), as igrejas da Síria e Cilícia (Atos 15:41).
Cristo, como Cabeça da Igreja e seu Senhor vivente, tem amor profundo aos
membros de Seu corpo. Ele deve ser glorificado na Igreja (Efés. 3:21), por meio da
Igreja o Senhor, revelará a “multiforme sabedoria de Deus” (Efés. 3:10). Dia a dia
Ele “alimenta” a Igreja (Efés. 5:29); e Seu maior anelo é fazer dela uma Igreja
“gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível” (Efés. 5:27).
Cristo procurou por preceito e exemplo, ensinar a verdade de que Deus não
havia muro de separação entre Israel e as outras nações (João 4;4-42; 10:16; Lucas
9:51-56; Mat. 15:21-28). O apóstolo Paulo escreveu: “Os gentios são co-herdeiros,
membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio
do evangelho” Efésios 3:16.
Entre os seguidores de Cristo jamais deve existir qualquer preferência de
casta, nacionalidade, raça ou cor, pois todos os homens possuem o mesmo sangue,
e “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Os
eleitos de Deus formam uma irmandade universal, uma nova humanidade, “todos …
um em Cristo Jesus” (João 3:16; Gál. 3:28).
“Cristo veio á Terra com uma mensagem de misericórdia e perdão. Ele lançou
o fundamento de uma religião através da qual judeus e gentios, pretos e brancos,
livres e servos são unidos numa irmandade comum, reconhecidos como iguais à
vista de Deus. O Salvador possui amor ilimitado para cada ser humano” –
Testimonies, vol. 7, pág. 225.
“Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, raça ou casta. É o
Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos
são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir
todos os compartimentos do templo, a fim de que toda alma possa ter livre acesso a
Deus.… Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são
aproximados por Seu preciosos sangue” .

A IGREJA - PROPRIEDADE DE DEUS

A Igreja é a propriedade de Deus, e Ele Se lembra constantemente que ela


está no mundo sujeita às tentações de Satanás. Cristo nunca Se esquece dos dias
de Sua humilhação. Ao passar pelas cenas de Sua humilhação Jesus nada perdeu de
Sua humildade. Tem o mesmo amor terno e compassivo e sempre Se compadece
dos ais humanos. Sempre tem em mente que foi um Varão de dores, familiarizado
com a tristeza. Não Se esquece do povo que O representa, que se está esforçando
por manter a Sua espezinhada Lei. Sabe que o mundo que O odiou, odeia-os
também. Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva
que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e
fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Nunca se
esquece Ele de que é nosso representante, de que tem a nossa natureza.
Jesus vê na Terra, a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele
cooperar na grande obra de salvar almas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em

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contrição e poder, e a Onipotência não lhes pode resistir aos rogos para a salvação
de qualquer membro provado e tentado do corpo de Cristo. “Visto que temos um
grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos
firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para
que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em
tempo oportuno”. Jesus sempre vive para interceder por nós. Por nosso Redentor,
que bênçãos não poderá o verdadeiro crente receber? A igreja, prestes a entrar no
seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A
confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o
opróbrio sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções
e falsidades satânicas.

IDENTIFICADO COM SUA IGREJA

Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu
tenho visto, quão intimamente Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria
uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um
povo que é Seu coobreiro e este tem avançado em frente, tendo em vista a Sua
glória. Ouvi a oração de nosso representante nos Céus: “Pai, aqueles que Me deste,
quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha
Glória” Oh, como o Chefe divino almejava ter Sua igreja consigo! Com Ele haviam
comungado em Seus sofrimentos e humilhação, e é a Sua mais elevada alegria tê-
los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de tê-
los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de
ter Sua igreja consigo. “Quero que onde Eu estiver, também eles estejam comigo”.
Tê-los consigo, está de acordo com o concerto da promessa e o pacto feito com Seu
Pai. Reverentemente, apresenta Ele, no trono da graça, a consumada redenção para
Seu povo. O arco da promessa circunda nosso Substituto e Penhor ao lançar Sua
adorável petição: “Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também
ele estejam comigo, paras que vejam a Minha glória”. Contemplaremos o Rei em
Sua beleza e a igreja será glorificada.

O SIGNIFICADO BÍBLICO DA “IGREJA”

Nas Escrituras a palavra igreja é uma tradução do grego ekklésia, que significa
“chamado”. Esta expressão era comumente usada em relação a qualquer
assembléia que se reunisse através da prática de convidar as pessoas para o
encontro.
A Septuaginta – versão grega do Antigo Testamento hebraico, e que era muito
popular nos dias de Jesus – utilizou o termo ekklésia para traduzir o hebraico qahal,
que significava “reunião”, “assembléia” ou “congregação” (Deut. 9:10; 18:16; I Sam.
17:47; Reis 8:14; I Crôn. 13:2).
Essa utilização foi ampliada em o Novo Testamento. Observe como este usa o
termo igreja (1) crentes reunidos para adoração num lugar específico (Cor. 11:18;
14:19 e 28); (2) crentes que viviam em certa localidade (I Cor. 16:1; Gál. 1:2; I Tess.
2:14); (3) um grupo de crentes reunidos no lar de um indivíduo (I Cor. 16:19; Col.
4:15; Fil. 2); (40 um grupo de congregações situadas em determinada área
geográfica (Atos 9:31); (5) todo o corpo de crentes em redor do mundo (S. Mat.
16:18; I Cor. 10;32; cf. Efés. 4:11-16); (6) toda a criação fiel, tanto nos Céus quanto
na Terra (Efés. 1:20-22; cf. Filip. 2:9-11).

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A Bíblia retrata a igreja como uma instituição divina, chamando-a de “igreja de
Deus” (Atos 20:28; I Cor. 1:20). Jesus investiu a igreja com divina autoridade (S. Mat.
18:17 e 18). Conseguimos compreender a natureza da igreja cristã quando
observamos suas raízes no Antigo Testamento e as várias metáforas que o Novo
Testamento utiliza ao falar a seu respeito.

RAÍZES DA IGREJA CRISTÃ

O Antigo Testamento retrata a igreja como a congregação organizada do povo


de Deus. Desde os primeiros tempos a família temente a Deus – através da
linhagem de Adão, Sete, Noé, Sem e Abraão- representou os guardiães da verdade
divina. Essas famílias, nas quais o pai funcionava como sacerdote, podem ser
consideradas como a Igreja em miniatura. A Abraão, Deus concedeu as ricas
promessas através das quais essa família de Deus se converteu gradualmente em
nação. A missão de Israel seria simplesmente uma extensão daquela que a Abraão
fora atribuída: ser uma bênção para todas as nações da Terra (Gên. 12:1-30,
demonstrando o amor de Deus perante o mundo.
A nação que Deus tirou do Egito foi chamada de “igreja [ou “congregação”] do
deserto” (Atos 7:38). Seus membros foram considerados “um reino de sacerdotes e
nação santa” (Êxo. 19:5), o “povo santo” de Deus (Deut. 28:9; cf. Lev. 26:12) – Sua
igreja.
Deus os localizou na Palestina, o centro das principais civilizações do mundo.
Três grandes continentes – Europa, Ásia e África – encontravam-se na Palestina. Ali
os judeus deveriam ser “servos” de outras nações, estendendo-lhes o convite para
que a eles se unissem como povo de Deus. em resumo, Deus os chamara para fora
a fim de que as demais nações pudessem ser chamadas para dentro (Isa. 56:7). Seu
desejo, através de Israel, era criar a mais ampla igreja na Terra – uma igreja onde os
representantes de todas as nações do mundo viriam para adorar, aprender a
respeito do Deus verdadeiro e retornar as suas e a Seu próprio povo com a
mensagem da salvação.
A despeito do contínuo envolvimento de Deus com Seu povo, Israel envolveu-
se com a idolatria, isolacionismo, nacionalismo, orgulho e egoísmo. O povo de Deus
fracassou no desempenho de sua missão.
Com a vinda de Jesus, Israel foi colocado sobre uma linha divisória. O povo de
Deus esperava um Messias que viria para libertar a nação, mas não um Messias que
os libertasse de si mesmos. Na cruz, a bancarrota do Israel espiritual tornou-se
evidente. Ao crucificarem a Cristo, demonstraram externamente a decadência que
grassava no íntimo. Quando clamaram: “Não temos rei senão César!” (S. João
19:15), recusaram-se a permitir que Deus governasse sobre eles.
Na cruz duas missões opostas atingiram o clímax: a primeira dizia respeito a
uma igreja equivocada, tão centralizada em si mesmo que não conseguia ver o
próprio Ser que a trouxera à existência; a segunda foi a missão de Cristo, tão
centralizada no amor às pessoas que Se ofereceu para morrer no lugar delas a fim
de poder conceder-lhes a existência eterna.
Ao passo que na cruz significou o fim da missão de Israel, a ressurreição de
Cristo inaugurou a igreja cristã a sua missão: a proclamação do evangelho de
salvação através do sangue de Cristo. Quando os judeus perderam sua missão,
tornaram-se como qualquer outra nação e deixaram de ser a Igreja de Deus. Em
segundo lugar Deus estabeleceu uma nova nação, a Igreja, a qual deveria levar
avante Sua missão em favor do mundo (S. Mat. 21:41 e 43).
A IGREJA NO DESERTO Marcelo

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O povo de Israel não fugiu do Egito, mas foi o Senhor que o tirou. E essa saída
não foi desordenada, mas em ordem, “segundo as suas turmas”. Êxodo 12:51. Essa
característica de ordem, disciplina e organização na igreja de Deus, é marcante nas
determinações de Deus para o Seu povo e aquilo que identifica a liderança divina.
Chegados ao deserto do Sinai, livres do cativeiro egípcio e tendo diante de si a
terra prometida por alcançar, não imaginavam os israelitas quão grandes coisas
ainda deviam testemunhar e de quanto ato solene participar.
“Logo depois de se acamparem no Sinai, Moisés foi chamado à montanha a
encontrar-se com Deus. Sozinho subiu a íngreme e áspera vereda, e aproximou-se
da nuvem que assinalava o lugar da presença de Jeová. Israel ia ser agora tomado
em uma relação íntima e peculiar para com o Altíssimo – sendo incorporado como
uma igreja e nação sob o governo de Deus”.
De tudo que foi exposto ao povo, nesse ato solene, cercado de magnificentes
demonstrações da presença de Deus, a resposta unânime foi: “Tudo o que o Senhor
falou, faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo.” Êxodo 19:8.
Depois disto, Moisés recebeu instruções sobre o que se seguiria nessa
cerimônia de incorporação de Israel “como uma igreja e nação sob o governo de
Deus”.
“Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo…
e todo o monte tremia grandemente. “Todo o povo presenciou os trovões e os
relâmpagos, e o clamor da trombeta, e o monte fumegante.” Êxodo 19:18; 20:18.
“Então falou Deus …”, proclamando audivelmente a Sua Lei dos Dez
Mandamentos. Êxodo 20:1-17.
“Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos
Céus Eu vos falei.” Êxodo 20:22.
Israel era agora propriamente peculiar dentre todos os povos. Reino de
sacerdotes e nação santa. Êxodo 19:5 e 6.
Assim, Deus fez de Israel a custódia de Sua Luz e Verdade para todas as
gerações, povos e nações da velha dispensarão. Isso foi uma grande honra e
privilégio, jamais dispensados a uma nação. “Principalmente porque aos judeus
foram confiados os oráculos de Deus”. Romanos 3:2. “Pertence-lhes a adoção, e
também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os
patriarcas e também deles descende Cristo.…” Romanos 9:4 e 5.
Mas Israel falhou como nação escolhida. Muitas vezes Deus disse: “Volta, ó
Israel, para o Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados estás caído.” Oséias 14:1.
Nada faltou a Israel para que não vencesse. Teve continuada liderança
profética, desde a saída do Egito, mas perdeu de vista os objetivos de Deus ao
escolhê-los como nação peculiar. É no capítulo 23 de Mateus que está relatada a
razão do fracasso de Israel, nesta exclamação de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém! Que
matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu
reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos, debaixo das suas
asas, e vós não o quisestes! (verso 37.)

INSTRUÇÃO AOS DISCÍPULOS DA IGREJA - Audrey

Há questões nos Testemunhos escritos que não são para o mundo em geral,
mas para os crentes filhos de Deus, e não é próprio tornar públicos para o mundo
instruções, advertências, reprovações ou conselhos dessa espécie. O Redentor do
mundo, o Enviado de Deus, o maior Mestre que os filhos dos homens já conheceram,
apresentou algumas questões instrutivas, não para o mundo, mas somente para os
Seus discípulos. Embora tivesse mensagens destinadas às grandes multidões que O

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acompanhavam, também tinha alguma luz e instrução especial a comunicar aos
Seus seguidores, as quais não comunicava à grande congregação, visto que elas
nem seriam por elas compreendidas nem apreciadas. Enviou Seus discípulos a
pregar, e ao voltarem de seu primeiro trabalho missionário, e eram várias
experiências a relatar quanto a seu êxito na pregação do evangelho do reino de
Deus, Eles lhes disse: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um
pouco”. Num lugar de reclusão comunicou Jesus a Seus discípulos as instruções,
conselhos, avisos e correções que Ele viu serem necessários na sua espécie de
trabalho; mas a instrução que então lhes deu não devia ser lançada a esmo ao
grupo promíscuo, pois Suas palavras se destinavam apenas a Seus discípulos.
Em várias ocasiões em que o Senhor operara obras de cura, ordenou Ele
àqueles a quem abençoara que a ninguém contasse o que fizera. Devem eles ter
ouvido Suas exortações e reconhecido que Cristo não exigira levianamente silêncio
de sua parte, mas tinha uma razão para Sua ordem, e de modo algum deviam ter
desrespeitado o Seu expresso desejo. Deveria ter-lhes sido suficiente saber que Ele
desejava que observasse o Seu próprio conselho, e que tinha boas razões para o
Seu premente pedido. Sabia o Senhor que ao curar o enfermo, ao operar milagres
para restaurar a vista dos cegos, e para a purificação do leproso, punha em perigo
Sua própria vida, pois se os sacerdotes e príncipes não aceitassem as evidências de
Sua missão divina que Ele lhes deu, haveriam de interpretar mal, dizer falsidades e
fazer acusações contra Ele. É verdade que Ele fez abertamente muitos milagres,
contudo, em muitos casos, pediu àqueles a quem, abençoara que não contassem a
ninguém o que eles fizera. Ao se levantar o preconceito, ao serem alimentados a
inveja e o ciúme, e Seu caminho embarcado, abandonou as cidades e foi a procura
dos que ouviram a verdade que Ele veio transmitir e a apreciaram.
O Senhor Jesus achou necessário esclarecer muitas coisas aos discípulos,
coisas essas que Ele não revelou às multidões. Tornou-lhes claramente manifestas
as razões do ódio demostrando para com eles pelos escribas, fariseus e sacerdotes,
e lhes falou de Seu sofrimento, traição e morte. Mas para o mundo não tornou tão
claras as questões. Tinha advertência a dar a Seus seguidores, e diante deles
desdobrou os tristes acontecimentos que haviam de ocorrer, e o que eles deviam
esperar. Deus a Seus seguidores preciosa instrução que até nem mesmo
compreenderam senão depois da Sua morte, ressurreição e ascensão. Ao ser o
Espírito Santo derramado sobre eles, todas as coisas foram-lhes trazidas à
lembrança, tudo o que ele lhes dissera.

A IGREJA – MANIFESTADA PELO ESPÍRITO SANTO - Roy

“Terminada a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na Terra, foi
enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanente”.
Foi então que “a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a
difusão do Evangelho com a pregação”. Por ser “convocação” de todos os homens
para a salvação, a Igreja é, pela sua própria natureza, missionária enviada por Cristo
a todas as nações para fazer deles discípulos.
Para realizarem a sua missão, o Espírito Santo “dota e dirige a Igreja mediante
os diversos dons hierárquicos e carismáticos”. Por isso a Igreja, enriquecida com os
dons de seu Fundador e observando fielmente seus preceitos de caridade,
humildade e abnegação, recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus
e de estabelecê-lo em todos os povos; deste Reino ela constitui na Terra o germe e o
início”.

A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO Josiane

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A Igreja do Novo Testamento, intimamente relacionada com a comunidade de
fé do antigo Israel, foi edificada tanto com judeus convertidos quanto com gentios
que creram em Jesus Cristo. Assim, o verdadeiro Israel é composto de todos aqueles
que pela fé aceitam a Cristo (veja Gál. 3:26-29). Paulo ilustra o novo relacionamento
orgânico dessas pessoas através da imagem de duas árvores – a oliveira natural e a
oliveira silvestre, Israel e os Gentios, respectivamente. Os judeus que não aceitaram
a Cristo, não mas seriam filhos de Deus (Rom. 9:6-8) e eram representados pelos
ramos quebrados da boa oliveira, ao passo que os judeus que aceitaram a Cristo
permaneceram ligados à árvore.
Paulo retrata os gentios que aceitaram a Cristo como os ramos da oliveira
silvestre, que foram enxertados na boa oliveira (Rom. 11:17-25). Ele orienta estes
novos cristãos gentios a que respeitem a herança espiritual dos instrumentos
escolhidos por Deus: “Se for santa a raiz, também os ramos o serão. Se, porém,
alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em
meio deles, e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories
contra os ramos; porém se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz,
mas a raiz a ti” (Rom. 11:16-18).
A Igreja do Novo Testamento difere significativamente de sua congênere do
Antigo Testamento. A Igreja apostólica tornou-se uma organização independente,
separada da nação israelita. Fronteiras nacionais foram removidas, concedendo a
Igreja um caráter universal. Em lugar de uma igreja nacional, tornou-se ela uma
igreja missionária, cuja experiência tinha em vista cumprir o propósito original de
Deus, e que foi reafirmado por divino mandato de seu Fundador, Jesus Cristo: “Fazei
discípulos de todas as nações” (S. Mat. 28:19).

CAPÍTULO II
DESCRIÇÕES METAFÓRICAS DA IGREJA

As descrições metafóricas da Igreja do Novo Testamento lançam luz sobre a


sua natureza.

1. A IGREJA COMO UM CORPO - Alverne

A metáfora do corpo salienta a unidade da Igreja e o posicionamento funcional


de cada membro em relação ao todo. A cruz reconciliou todos os descrentes “em um
só corpo com Deus” (Efés. 2:16). Através do Espírito Santo, são “batizados em um
só corpo” (I Cor. 12:13) a Igreja. Como corpo, a Igreja é nada menos que o corpo de
Cristo (Efés. 1:23). Ela é o organismo através do qual Ele compartilha de Sua
plenitude. Os crentes são os membros de Seu corpo (Efés. 5:30).
Conseqüentemente, Ele concede vida espiritual por intermédio de Seu poder e
graça, a cada crente genuíno. Cristo é a “cabeça do corpo” (Col. 1:18), a “cabeça da
Igreja” (Efés. 5:23).
Em Seu amor, Deus concedeu a cada membro de Sua Igreja-corpo pelo menos
um dom espiritual, que habilita o membro a desempenhar uma função vital. Da
mesma forma como cada órgão é vital para o todo que é o corpo humano, o
completo êxito da missão da Igreja depende do funcionamento de cada um dos dons
espirituais concedidos aos membros. Quão bom pode ser um organismo sem o
coração? Quanto perde ele de sua eficácia na falta de um olho ou de uma perna? Se
os membros não desenvolverem seus dons, a Igreja será morta, ou cega, ou - pelo

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menos – aleijada. Contudo, há que se observar que esses dons espirituais,
distribuídos por Deus, não constituem um fim em si mesmos.

2.A IGREJA COMO UM TEMPLO Roberto


A Igreja é o “edifício de Deus”, o “templo de Deus” no qual habita o Espírito
Santo. Jesus Cristo é seu fundamento e a “pedra angular” (I Cor. 3:9-16; Efés. 2:20).
Esse templo não é uma estrutura morta; antes apresenta crescimento dinâmico.
Assim como Cristo é a “Pedra viva”, no dizer de Pedro, assim os crentes são “pedras
vivas” que constituem a “casa espiritual” (I. S. Pedro 2:4-6).
O edifício ainda não foi completado. Novas pedras vivas estão sendo
agregadas constantemente ao templo, que está sendo edificado “para habitação de
Deus no Espírito” (Efés. 2:22). Paulo insiste em que os crentes utilizem os melhores
materiais de construção nesse templo, de modo que ele possa suportar o teste de
fogo do Dia do Juízo (I Cor. 3:12-15).
A metáfora do templo enfatiza tanto a santidade da congregação local quanto
a da Igreja no seu todo. O templo de Deus é santo, diz Paulo. “Se alguém destruir o
santuário de Deus, Deus o destruirá’ (I Cor. 3;17). Alianças íntimas com os
descrentes são contrárias ao seu sagrado caráter, observa Paulo, e dessa forma
deveriam ser eliminadas, pois “que sociedade pode haver entre a justiça e a
iniquidade?… Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (II Cor. 6:14 e
16). (Este conselho aplica-se tanto a relações comerciais quanto a relações
matrimoniais). A Igreja deve ser mantida em grande respeito, pois ela é o objeto do
mais sublime interesse de Deus..

3.A IGREJA COMO NOIVA - Adriana

A Igreja é representada como noiva, e o Senhor como noivo. O Senhor Se


compromete solenemente: Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei
comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdia” (Osé. 2:19).
Outra vez Ele assegura: “Eu sou o vosso esposo” (Jer. 3:14).
Paulo utiliza as mesmas figuras: “Tenho vos preparado para vos apresentar
como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (II Cor. 11:2). O amor de Cristo por
Sua Igreja é tão profundo e duradouro que Ele “a Si mesmo Se entregou por ela”
(Efés. 5:25). Ele efetuou esse sacrifício “para que a santificasse, tendo-a purificado
por meio da lavagem de água pela palavra” (Efés. 5:26).
Através da santificadora influência da verdade encontrada na Palavra de Deus
(S. João 17:17) e da purificação que o batismo provê, Cristo pode purificar os
membros da Igreja, removendo suas vestes imundas e vestindo-os com as roupas
de Sua perfeita justiça. Desta forma, pode ele preparar a Igreja para ser a Sua noiva
– “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém, santa e
sem defeito” (Efés. 5:27). A plena glória e esplendor da Igreja não serão vistos até o
retorno de Cristo.

4.A IGREJA COMO “JERUSALÉM CELESTIAL” - George

As Escrituras identificam a cidade de Jerusalém como Sião. Ali Deus habita no


meio de Seu povo (Sal. 9:11): é de Sião que provém a salvação (Sal. 14:7; 53:6).
Esta cidade deveria ser a “alegria de toda a Terra” (Sal. 48:2).
O Novo Testamento vê a Igreja como a “Jerusalém lá de cima”, a contrapartida
espiritual da Jerusalém terrestre (Gál. 4:26). Os cidadãos desta Jerusalém possuem

Mód. 06-A - Eclesiologia 9


sua “cidadania no Céu” (Filip. 3:20). Eles são os “filhos da promessa”, que são
“nascidos segundo o espírito”, e desfrutam da liberdade pela qual Cristo os tornou
livres (Gál. 4:22, 26, 31; 5:4); “através do Espírito”, eles almejam avidamente a
“esperança da justiça pela fé”. Compreendem que em Cristo Jesus é a “fé que
opera pelo amor”, que lhes confere a cidadania (Gál. 5:5 e 6).
Aqueles que são parte dessa gloriosa multidão, têm chegado “ao monte Sião e
à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e à incontáveis hostes de anjos, e à
universal assembléia e Igreja dos primogênitos arrolados nos Céus” (Heb. 12;22 e
23).

5. A IGREJA COMO UMA FAMÍLIA - Juliana

A Igreja nos Céus e na Terra é considerada como uma família (Efés. 3:15).
Duas metáforas são utilizadas para descrever de que forma as pessoas se ajuntam a
esta família: adoção (Rom. 8:14-16; Efés. 1:4-6) e o novo nascimento (S. João 3:8).
Por intermédio da fé em Cristo, aqueles que foram batizados não mais são escravos,
mas filhos do Pai celestial (Gál. 3:26 a 4:7) que vivem com base no concerto. Agora
eles pertencem a “família de Deus” (Efés. 2;19), a “família da fé” (Gál. 6:10).
Os membros dessa família dirigem-se a Deus como “Pai” (Gál. 4:6) e
relacionam-se uns com os outros com irmãos e irmãs (S. Tia. 2:15; I Cor. 8:11; Rom.
16:1). Pelo fato de haver conduzido a muitos para dentro da Igreja, Paulo referiu-se a
si próprio como um pai espiritual. “Eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (I
Cor. 4:15). Dirigiu-se àqueles que trouxera para a Igreja como ‘meus amados filhos”
(I Cor. 4:14; cf. Efés. 5:1).
Uma característica especial da Igreja como família é o companheirismo.
Companheirismo cristão (Koinonia, em grego) não é meramente socialização e sim
“cooperação no Evangelho” (Filip. 1:15). Envolve genuíno companheirismo com
Deus Pai, Seu Filho e o Espírito Santo (I S. João 1:3; I Cor. 1;9; II Cor. 13:140, bem
como com os crentes (I S. João 1:3 e 7). Portanto, os membros estendem a todos
aqueles que se tornam parte da família, a “destra da comunhão” (Gál. 2:9).
A metáfora da família revela uma Igreja interessada pelas pessoas, onde “as
pessoas são amadas, respeitadas e reconhecidas como alguém. Um lugar onde as
pessoas reconhecem que necessitam uma das outras. Onde os talentos são
desenvolvidos. Onde as pessoas crescem. Onde cada um é suprido”. Ela também
implica em responsabilidade, respeito pelos pais espirituais, a vigilância em favor
dos irmãos e irmãs espirituais. Finalmente, ela significa que cada um dos membros
terá em relação aos demais aquele tipo de amor que engendra profunda lealdade,
que sustenta e fortalece.
A participação como membros na família da Igreja habilita indivíduos que
variam amplamente, em natureza e disposição, a se apoiarem mutuamente. Os
membros da família da Igreja aprendem a viver em unidade, embora não percam a
sua individualidade.

6. A IGREJA COMO PILAR E DEPOSITÁRIO DA VERDADE - Lia

A Igreja do Deus vivo é a “coluna e baluarte da verdade” (I Tim. 3:15). É a


depositária e cidadela da verdade, servindo para proteger esta dos ataques
inimigos. A verdade, contudo, é dinâmica, e não estática. Se os membros pretendem
haver recebido luz – uma nova doutrina ou uma nova interpretação das Escrituras –
aqueles de mais experiências deveriam testar os novos ensinos, comparando-os
com o padrão das Escrituras (Veja Isa. 8:20). Se a nova luz se coaduna com os
padrões, deve a Igreja aceitá-la; caso contrário, deve rejeitá-la. Todos os membros

Mód. 06-A - Eclesiologia 10


deveriam submeter-se a esse julgamento baseado na Bíblia, pois “na multidão de
conselheiros há segurança” (Prov. 11:14).
Ao espalhar a luz que possui, isto é, através de seu testemunho, a Igreja se
torna “a luz do mundo”, “uma cidade edificada sobre o monte” que “não pode ser
escondida”, e “o sal da Terra” (S. Mat. 5:13:15).

7. A IGREJA COMO UM EXÉRCITO – MILITANTE E TRIUNFANTE - Janea

A Igreja é, sobre a Terra, semelhante a um exército engajado em batalha. É


chamada a guerrear contra as trevas espirituais: “Porque a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”
(Efés. 6:12). Os cristãos devem tomar “toda a armadura de Deus”, a fim de que
possam “resistir no dia mau, e, depois de ter vencido tudo, permanecer inabaláveis”
(Efés. 6:13).
Através dos séculos, a Igreja, tem enfrentado a necessidade de batalhar contra
o inimigo, tanto o interno quanto o externo (veja Atos 20:29 e 30; I Tim. 4:1). Ela
tem obtido memoráveis progressos e deslumbrantes vitórias, mas ainda não é a
Igreja triunfante. Infelizmente, a Igreja ainda possui muitos defeitos. Através de uma
outra metáfora, Jesus explanou as imperfeições existentes na Igreja: “O reino dos
Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas,
enquanto os homens os dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do
trigo, e retirou-se” (S. Mat. 13:24 e 25). Quando os servos pretendem arrancar as
ervas daninhas, o fazendeiro lhes disse que, ao tentarem eliminar o joio, poderiam
também arrancar junto com ele o trigo. Portanto, a sua orientação foi: “Deixai-os
crescer juntos até à colheita” (S. Mat. 13:29 e 30).
Joio e trigo crescem juntos no mundo. Enquanto Deus conduz os convertidos
para a Igreja, Satanás traz para dentro dela os inconversos. Esses dois grupos
influenciam todo o corpo – um deles trabalha em favor da purificação, o outro em
favor da corrupção. O conflito entre esses grupos – dentro da Igreja – continuará até
à colheita, por ocasião do Segundo Advento.
A guerra externa da Igreja, por sua vez, ainda está em pleno andamento.
Tribulações e lutas estão à frente. Sabendo que pouco tempo lhe resta, Satanás se
acha grandemente irado contra a Igreja de Deus (Apoc. 12:12 e 17), e trará contra
ela “um tempo de tribulação, qual nunca houve desde que existem nações”. Mas
Cristo interferirá em favor de Seu povo fiel, o qual será livrado, “todo aquele cujo
nome for encontrado no livro” (Dan. 12:1). Jesus nos garantiu que “aquele que
perserverá até o fim, esse será salvo” (S. Mat. 24:13).
Por ocasião do retorno de Cristo, emergirá a Igreja triunfante. Naquela ocasião,
Ele estará apto a apresenta-la “a Si mesmo Igreja gloriosa” – os fiéis de todos os
tempos, os comprados por Seu sangue, “sem mácula, nem ruga, … porém santa e
sem defeito” (Efés. 5:27).

8. A IGREJA VISÍVEL E INVISÍVEL - Elmar

Os termos visível e invisível têm sido utilizados para distinguir dois aspectos
da Igreja sobre a Terra. As metáforas que analisamos anteriormente aplicam-se
particularmente à Igreja visível.
A IGREJA VISÍVEL. A Igreja visível é a Igreja de Deus organizada para o
serviço. É ela que preenche a grande comissão de Cristo no sentido de levar o

Mód. 06-A - Eclesiologia 11


evangelho a todo o mundo (S. Mat. 28:18-20), e preparar as pessoas para o Seu
glorioso retorno (I Tess. 5:23; Efés. 5:27).
Ela é a testemunha especialmente escolhida por Cristo que ilumina o mundo e
ministra assim como Ele fez, pregando o evangelho ao pobre, curando os
quebrantados de coração, apregoando libertação aos cativos e restaurando a vista
aos cegos, pondo em liberdade o oprimidos e anunciando o ano aceitável do Senhor
(S. Luc. 4:18 e 19).
A IGREJA INVISÍVEL. A Igreja invisível, também conhecida como igreja
universal (não se refere à denominação), é composta dos filhos de Deus em todo o
mundo. Inclui os crentes que estão dentro da Igreja visível, têm seguido a luz que
Cristo lhes concedeu (S. João 1:9). Este último grupo inclui aqueles que jamais
tiveram oportunidade de aprender a respeito de Jesus Cristo, mas que têm
respondido ao Espírito Santo e têm procedido “por natureza de acordo com a lei”
(Rom. 2:14).
A existência da Igreja invisível demonstra que a adoração a Deus é, no mais
elevado sentido, espiritual. Jesus expôs nestas palavras a questão: “Vem a hora, e já
chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (S. João 4:23).
Tendo em vista a natureza espiritual da adoração, os seres humanos não são
capazes de calcular exatamente quem constitui e quem não constitui parte da Igreja
de Deus.
Por intermédio do Espírito Santo, Deus conduz Seu povo da Igreja invisível
para uma união som Sua Igreja visível. “Ainda tenho outras ovelhas, não deste
aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haverá um
rebanho e um Pastor” (S. João 10:16). É somente na Igreja visível que eles poderão
experimentar plenamente as verdades de Deus, Seu amor e companheirismo, já que
Ele concedeu a Igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros coletiva
e individualmente (Efés. 4:4-16). Após a conversão de Paulo, Deus o colocou em
contato com a Igreja visível e então lhe indicou a missão que deveria desempenhar
em favor da Igreja (Atos 9:10-22). Da mesma forma pretende Ele hoje conduzir Seu
povo para a Igreja visível, caracterizada pela lealdade aos mandamentos de Deus e
pela posse da fé em Jesus, de modo que todos possam participar no término de Sua
missão sobre a Terra (Apoc. 14:12; 18:4; S. Mat. 24:14).
O conceito de Igreja invisível têm abrangido também a união das igrejas do
Céu e da Terra (Efés. 1:22 e 23) e a igreja escondida durante tempos de perseguição
(Apoc. 12:6 e 14).

CRISTO - A CABEÇA DA IGREJA - Diogo

Cristo “ é a Cabeça do Corpo que é a Igreja” (Col. 1:18). Ele é o princípio da


criação e da redenção. Elevado na glória do Pai, “Ele tem em tudo a primazia” (Col.
1:18), principalmente sobre a Igreja, pela qual estende seu reino sobre todas as
coisas.
Ele nos une à Sua Páscoa: Todos os membros devem esforçar-se por se
assemelharem a ele “até Cristo ser formado neles” (Gál. 4:19). “Por isso somos
inseridos nos mistérios de Sua vida, associando-nos às suas dores como o corpo à
Cabeça, para que padecendo com Ele, sejamos com Ele também glorificados”.

Mód. 06-A - Eclesiologia 12


Ele prevê o nosso crescimento: Para fazer-nos crescer em direção a Ele, nossa
Cabeça, Cristo ordena no seu corpo, a Igreja, os dons e os serviços pelos quais nós
nos ajuntamos mutuamente no caminho da salvação.

CAPÍTULO III
A ORGANIZAÇÃO ECLESIOLÓGICA DA IGREJA

A ordem de Cristo para que o evangelho fosse levado a todo o mundo, envolve
também a nutrição espiritual daqueles que uma vez aceitaram o evangelho. Os
novos membros devem ser estabelecidos na fé e deve-se-lhes ensinar o uso dos
talentos concedidos por Deus, no desempenho de Sua comissão. Uma vez “Deus
não é de confusão”, antes deseja que todas as coisas sejam feitas “com decência e
ordem” (I Cor. 14:33 e 40), a Igreja deve dispor de uma organização simples mas
eficaz.

A NATUREZA DA ORGANIZAÇÃO - João


Consideremos a qualidade de membros e a organização.

1- QUALIDADE DO MEMBRO DE IGREJA. Quando os conversos alcançam


determinadas qualificações, tornam-se membros da comunidade de fé do novo
concerto. O fato de alguém ser membro envolve a aceitação de novos
relacionamentos com outras pessoas, com o Estado e com Deus.
a.Qualificações do membro. As pessoas que desejam tornar-se membros
de Sua Igreja, devem aceitar a Jesus Cristo como o seu Salvador, devem
arrepender-se de seus pecados.
b. Se receber o batismo (Atos 2:36-41; cf. 4:10-12). Espera-se que tenham
experimentado o novo nascimento e aceitado a comissão de Cristo, de ir e
ensinar outras pessoas a observar todas as coisas que Ele ordenou (veja S.
Mat. 28:20).
c. Igualdade e serviço. Em harmonia com a declaração de Cristo, de que
“vós todos sois irmãos” e “o maior dentre vós será vosso servo” (S. Mat.
23:8 e 11), os membros são orientados a se relacionarem uns com os
outros com base na igualdade. Por outro lado, devem compreender que
seguir o exemplo de Cristo significa que necessitam ministrar em favor das
necessidades de outros, conduzindo-os ao Mestre.
d.Sacerdócio de todos os crentes. Mediante o ministério de Cristo no
santuário celestial, a eficácia do sacerdócio levítico ao fim. Agora a Igreja
se tornara “sacerdócio santo” (I S. Ped. 2;5). O apóstolo prosseguiu: “Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, o povo e propriedade exclusiva de
Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das
trevas para Sua maravilhosa luz” (I S. Ped. 2:9).
Essa nova ordem – o sacerdócio de todos os crentes – não autoriza cada
indivíduo a pensar, crer e ensinar o que bem lhe parece, sem consideração para
com o corpo de crentes. Significa que cada membro da Igreja possui a
responsabilidade de ministrar a outros em nome de Deus, e de comunicar-se
diretamente com Ele, sem a necessidade de qualquer intermediário humano. Aqui é
enfatizada a interdependência de membros da Igreja, tanto quanto a sua

Mód. 06-A - Eclesiologia 13


independência. Esse sacerdócio não estabelece distinções qualitativas entre clérigos
e leigos, embora deixe espaço para diferenças de funções entre duas categorias.
e) Obediência a Deus e ao Estado. A Bíblia reconhece a mão de Deus
no estabelecimento dos governos e exorta os crentes a respeitarem e obedecerem
as autoridades civis. Aquele que tem nas mãos a autoridade civil é “ministro e Deus
para o teu bem,… para castigar o que pratica o mal”. Portanto, os membros da
Igreja devem pagar “a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rom. 13:4 e 7).
Em suas atitudes para com o Estado, os membros são orientados para o
princípio de Cristo: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”
(S. Mat. 22:21). Mas se o Estado interferir nos mandamentos divinos, o primeiro
dever de obediência deve ser exercido para com Deus. Os apóstolos disseram:
“Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).

2. A FUNÇÃO PRINCIPAL DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA. A Igreja foi organizada


a fim de cumprir o plano de Deus, de encher este mundo com o conhecimento da
glória de Deus. somente a Igreja visível pode prover uma série de funções vitais
para o cumprimento desta finalidade.
a. Adoração e exortação. Ao longo de sua história, tem sido a Igreja uma
agência na qual as pessoas se reúnem, aos sábados, para adorar o criador. Cristo e
os apóstolos seguiram esta prática de adoração, e as Escrituras admoestam os
crentes da atualidade a não abandonarem a congregação, “como é costume de
alguns; antes façamos admoestações, e tanto mais quando vedes que o dia se
aproxima” (Heb. 10:25; cf. 3:13). A adoração congregacional traz ao adorador
refrigério, encorajamento e alegria.
b. Companheirismo cristão. Por intermédio da Igreja, as mais profundas
necessidades de companheirismo dos membros individuais são satisfeitas.
“Cooperação no evangelho” (Filip. 1:5) transcende todas as demais relações, pois
provê relacionamento íntimo com Deus, e também com os outros da mesma fé (I S.
João 1:3, 6 e 7).
c. Instruções nas Escrituras. Cristo entregou à Igreja à Igreja “as chaves
do reino dos Céus” (S. Mat. 16:19). Estas chaves são as palavras de Cristo – todas as
palavras da Bíblia. Mais especificamente, incluem “a chave do conhecimento”
referente a como entrar no reino do Céu (S. Luc. 11:52). As palavras de Jesus são
espírito e vida para aquele que as recebe (S. João 6:63). Trazem a vida eterna (S.
João 6:68).
Quando a Igreja proclama as verdades bíblicas, essas chaves da salvação
possuem o poder para ligar e desligar, para abrir e fechar o Céu, uma vez que elas
declaram os critérios pelos quais as pessoas são recebidas ou rejeitadas, salvas ou
perdidas. Portanto, a proclamação do evangelho por parte da Igreja libera “aroma de
vida para a vida” ou “cheiro de morte para morte” (II Cor. 2:16).
Jesus conhecia a importância de viver “de acordo com toda a palavra que
procede da boca de Deus” (S. Mat. 4:4). Somente ao assim proceder toda a Igreja
cumprir o mandato de Jesus, de ensinar a todas as nações a observância “de todas
as coisas que Eu vos tenho ordenado” (s. Mat. 28:20).
d. Administração mundial do evangelho. A Igreja é um instrumento de
Deus para administrar as ordenanças do batismo – rito de entrada na Igreja.
e. Proclamação mundial do evangelho. A Igreja organizada para a missão
de serviço, a fim cumprir o papel em relação ao qual Israel fracassou. Conforme
observamos na vida do Mestre, o maior serviço que a Igreja provê ao mundo é o
pleno comprometimento com a ordem de levar o evangelho a “todas as nações” (S.
Mat. 24:14), sob o poder do batismo do Santo Espírito.

Mód. 06-A - Eclesiologia 14


Essa missão inclui a proclamação da mensagem da pregação para o retorno de
Cristo, que é dirigida tanto à própria Igreja (I Cor. 1:7 e 8; II S. Ped. 3:14-22; 14:5)
quanto ao restante da humanidade (Apoc. 14:6-12; 18:4).

PROPÓSITOS DA IGREJA - Alexandre

A Igreja é idéia de Deus. Onde quer que Deus atue, há organização.


Focalize um microscópio na mais pequenas de Sua criações. O que você vê? Uma
organização precisa e previsível. Direcione o telescópio na imensidão do Universo. O
que você vê? Uma organização tão precisa e previsível que todas as sociedades têm
utilizado o Sol, a Lua e as estrelas para medir seu tempo e orientar suas
embarcações.
As pessoas que desejam tomar parte no plano de Deus e não querem fazer
parte de uma organização, não compreendem como Ele atua. “Método e ordem
manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo.” Onde quer que
Deus opere há organização.
Uma vez que Deus é o organizador, e está envolvida na obra de salvar
pecadores, é de se esperar que Ele formou uma organização para ajudá-Lo nessa
obra. Isto Ele fez desde o princípio. Sua primeira organização foi o lar e a família.
Chamamos a isso de sistema patriarcal. Mais tarde, Ele usou uma nação – o povo de
Israel. A partir do período do Novo Testamento, o Senhor tem usado uma
comunidade de crentes, chamada para fora do mundo, para formar o que
chamamos de Igreja.
Deus designou os anciãos como líderes importantes nessa organização da
Igreja. Eles devem amar a Igreja e servi-la eficazmente, mas para amá-la de modo
inteligente, devem primeiro compreendê-la.
A Bíblia usa a palavra “igreja” pelo menos de duas maneiras. Quando usada
no sentido geral, refere-se ao regenerado povo de Deus, em todos os tempos e
lugares (Mat. 16:18; I Cor. 12:28; Efés. 1:22 e 23; 3:10). Israel foi chamado de
“congregação no deserto” (Atos 7:38). Assim, a palavra “igreja” pode referir-se ao
povo de Deus em qualquer período da História. Abrange a Igreja universal ou
mundial.
Quando usada num sentido específico, a palavra “igreja” refere-se a uma
assembléia localizada, talvez numa determinada cidade (I Cor. 1:2; I Tess. 1:1).
Assim, pode referir-se também a uma congregação local específica. As duas
acepções de “igreja” serão discutida neste módulo. No entanto, como os anciãos
são acima de tudo, líderes da congregação local, será enfatizado este último
significado da igreja.
O plano da Igreja é divino, e não humano. Atos 2:47 estipula: “Enquanto isso,
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” A idéia de
acrescentar pessoas à Igreja não se origina com pastor, evangelista. É uma idéia do
Senhor. É também algum relacionamento entre salvação e ser membro da Igreja,
pois o texto afirma que Deus acrescenta à Igreja aos que estão sendo salvos.
A Igreja, hoje, é semelhante à arca nos dias de Noé. A arca de Noé, sem
dúvida, era uma embarcação imperfeita, pois foi construída por seres humanos. Mas
quando veio a enchente, cumpriu seu papel de ajudar a Deus no salvamento de Seu
povo, pois foi construída de acordo com seu plano.
Deus está profundamente comprometido com o sucesso da organização de
Sua Igreja, a despeito de suas imperfeições. “Testifico aos irmãos e irmãs que a
Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que
Ele confere Sua suprema atenção… E, pessoalmente, por meio do Seu Espírito
Santo, está no meio de Sua Igreja”.

Mód. 06-A - Eclesiologia 15


A Igreja foi fundada por Cristo. Jesus referia-Se à Sua própria pessoa
quando disse: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mat. 16:18). Essas
poucas palavras dizem pelo menos três coisas muito significativas sobre Cristo e a
Igreja: Ele a edificou, edificou-a sobre Si mesmo, ela é Sua Igreja. Cristo é a Cabeça
da Igreja (Efés. 5:23). Ele designou seus primeiros líderes (Mar. 3:14). Ama Sua
Igreja como um noivo ama sua noiva (Efés. 5:25-32).
No Éden, Adão dormiu. Seu lado foi aberto, e surgiu Eva. No Calvário Jesus,
segundo Adão, adormeceu. Seu lado foi aberto e surgiu a Igreja. Ao Eva está diante
de Adão, no Éden, ele a amou. Ao Sua Igreja está hoje diante de Cristo, Ele a ama.
Seja cauteloso ao criticar a Igreja, pois está criticando a noiva de Cristo. Nenhum
homem de bem encara levianamente as críticas à sua noiva – mesmo que ela as
mereça.
O cristão é alguém que ama a Cristo e deseja proceder como Cristo procede.
Ao considerar o nosso relacionamento com a Igreja tudo o que precisamos saber é o
que Cristo fez, pois é o que também devemos fazer. Efésios 5:25 afirma: “Cristo
amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela”. Melhore a Igreja. Reforme a Igreja.
Mas não sem que primeiro a tenha amado. Ser semelhante a Cristo é amar a Igreja e
dar-se por ela.
Que é a Igreja? A Bíblia usa muitas figuras para representar a Igreja: nação
santa, povo da aliança, corpo de Cristo, família de Deus, família da fé, noiva de
Cristo, sacerdócio real. A Igreja local é chamada de congregação, reunião ou
assembléia. Que significa tudo isso? Que é realmente a Igreja?
A Igreja é um grupo de cristãos. A Igreja é um organismo a qual Cristo dá a
vida espiritual. Por isso não pode ser definida meramente em termos humanos.
Contudo, é muito importante ver a Igreja centralizada em Cristo e voltada para as
pessoas. A Igreja não existe para seu próprio bem como uma instituição, mas para o
bem de seu povo.
A Igreja é um grupo de pessoas. A palavra “igreja” é algumas vezes usadas
para designar pessoas chamadas para fora, separadas. Embora seja verdade que os
cristãos são chamados para fora do mundo, eles são chamados para estarem juntos.
O cristianismo é uma religião de relacionamento. Não pode ser plenamente
compreendido no isolamento.
Para ser preciso, a Igreja não é um edifício onde se reúne um grupo de
pessoas, mas um grupo que se reúne num edifício. Há um perigo sutil em adorar em
uma linda igreja, pois pode-se pressupor equivocadamente que a condição do
edifício reflete uma exaltidão à condição da Igreja.
Historiadores eclesiásticos acreditam que pode ter havido cerca de cindo
milhões de pessoas convertidas ao cristianismo durante o primeiro século. Mas, esse
período, quando a Igreja estava em seu auge espiritual, não há menção de edifício
da Igreja. Por outro lado, durante o período de trevas espirituais na história da
Igreja, ela edificou seus edifícios mais suntuosos. A Igreja deve ser avaliada pela
espiritualidade de seu povo, não pela magnificência de seus edifícios.
A Igreja não deve nem mesmo concentrar-se na doutrina, com exclusão das
pessoas. A Igreja não existe por causa de suas doutrinas, mas por causa de seu
povo. Cada doutrina deve ser definida, não somente com base em sua veracidade,
mas também de sua contribuição para que as pessoas se tornem semelhantes a
Cristo. A verdade e a doutrina são significativas para Deus – mas apenas quando
ajudam as pessoas.
Não deve haver hierarquia na Igreja de Cristo. Ele ensinou: “Vós, porém, não
sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, vós todos sois irmãos…
Mas o maior dentre vós será vosso servo.” Mat. 23:8 e 11. O relacionamento entre
os líderes e os liderados na Igreja de Cristo não deve ser o de senhor e servo, mas o

Mód. 06-A - Eclesiologia 16


de irmãos e irmãs. A liderança é necessária e deve ser respeitada. Mas os líderes da
Igreja, incluindo os anciãos, devem ser líderes que servem.
Não deve haver discriminação na Igreja de Cristo com base na raça, classe ou
sexo. “Dessarte não pode haver judeus nem grego; nem escravo nem liberto; nem
homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Gál. 3:28.
Para ser cristã, a Igreja deve examinar-se constantemente, para que não se
torne centralizada em instituições, em edifícios, ou mesmo em doutrinas. A Igreja de
Cristo centraliza-se nEle e está voltada para as pessoas.
A Igreja é um grupo de pessoas cristãs chamadas para fora do mundo e que
estão aprendendo a amar a Deus e uns aos outros.
Atente para três partes importantes dessas frases significativas:
- “Chamados para fora do mundo”. A Igreja é composta por pessoas chamadas
por Deus (I Ped. 2:9). É constituída pela ação de Deus. Seus membros são os
“escolhidos de Deus”, Seus eleitos. Deus inicia o chamado, as pessoas respondem.

- Deus chama Sua Igreja do mundo. Ela deve estar no mundo, mas não ser do
mundo. Uma igreja que se assemelha ao mundo terá pouco sucesso em atrair para
fora do mundo.

- “Aprendendo a amar”. Cristianismo é um viver centralizado no amor. Os


bebês nascidos neste mundo pecaminoso não nascem amando. Nascem com a
necessidade de serem amados e com a possibilidade de amar, mas são muitos
egocêntricos. Como um bebê aprende a amar? Deus prepara uma instituição
chamada lar, onde, cercadas de amor, as crianças aprendem a amar.

- Os cristãos que nascem de novo não saem do batistério com a capacidade de


amar plenamente. Como esses bebês em Cristo aprendem o amor cristão? Deus
preparou uma instituição chamada Igreja, onde, cercados por cristãos amorosos,
aprendem a amar a Cristo.
Nunca se deve supor que a Igreja é composta por pessoas que já aprenderam
a amar plenamente como os cristãos devem fazer. A Igreja não é um museu, mas
uma oficina. Em um museu, as peças, há muito concluída são alinhadas num
mostruário. O museu é um lugar muito silencioso porque quase nada está sendo
preparado ali. Por outro lado, numa oficina itens estão nas etapas iniciais, outro
semi-acabados, e ainda quase prontos. Está havendo mudanças. As coisas estão
acontecendo. Uma igreja já é semelhante a isso. Deve-se esperar que seu povo
esteja em todos os estágios de aprendizado do amor cristão e ocupado nesse
processo.
“Amar a Deus e uns outros”. O “grande” mandamento de Cristo foi que
amássemos a Deus (Mat. 22:37-39). A Igreja não é um clube. Seu enfoque principal
não está em divertirem-se uns aos outros, mas em amar a Deus. Por outro lado, sua
ênfase secundária está em se amarem uns aos outros. Os seres humanos não tem
outra forma de saber se o amor por Deus é genuíno, a não ser que ele os ajude a se
amarem uns aos outros.

MODELOS BÍBLICOS DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA - Ângela

A organização é necessária, não apenas porque Deus a ordenou, mas porque


a Igreja recebeu uma tarefa de tão enormes proporções que a organização se torna
necessária para que as coisas funcionem. Uma empresa que não tenha organização
irá a falência. Um governo sem organização provocará o caos. Mas, que tipo de
organização a Igreja deve ter?

Mód. 06-A - Eclesiologia 17


MODELOS BÍBLICOS – Note três modelos de organização da Igreja
Modelo de Israel – A organização de Israel era precisa e detalhada. Em sua
marcha através do deserto, eles iam em “exércitos” (Num. 10:28). Foram divididos
em 12 tribos, com um príncipe sobre cada uma, e posteriormente em grupos de mil,
cem e cinqüenta e dez (Deut. 1:15; Êxo. 18:21 e 22). Cada tribo tinha sua posição
determinada, tanto no acampamento como na marcha.
Modelo do corpo – Um dos modelos mais vívidos e úteis de ordem e união
orgânica na Igreja provém da ilustração de Paulo, muitas vezes repetida, de que a
Igreja se assemelha a um corpo. O corpo humano tem cabeça, braços, pernas e
tronco, bem como vitais partes internas (I Cor. 12:12-28). Embora essas partes
variem consideravelmente no aspecto, posição e função, cada uma delas é
essencial. Todo corpo depende de que cada parte desempenhe sua tarefa.
Paulo diz que a Igreja, o Corpo de Cristo, funciona da mesma maneira. Os
membros, oriundos de numerosos e diversas formações raciais e sociais, são muito
diferentes uns dos outros. Mas todos fazem parte de um só corpo. “Pois, em um só
Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer
escravos, quer livres.” I Cor. 12:13.
Quando passa a fazer parte do corpo, cada membro deve desempenhar uma
função específica. O Espírito Santo chama cada um para o ministério especial na
Igreja. Cada um é dotado pelo Espírito para desempenhar este ministério com
sucesso. “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas as coisas, distribuindo-as
como Lhes apraz, a cada um, individualmente… A manifestação do Espírito é
concedida a cada um, visando a um fim proveitoso.” I Cor. 12:7 e 11.
Assim como no corpo humano, onde a função de cada parte é vital para a
saúde da pessoa, no corpo de Cristo a participação de cada membro também é
importante para a saúde da Igreja. Por meio do uso de seus dons espirituais
individuais, cada membro contribui com algo especial para a Igreja. Se cada parte
funcionar, a Igreja prospera.
A cabeça dirige o corpo. E a cabeça do corpo e da Igreja é Cristo (Col. 1:18). O
corpo é uma extensão de Sua vontade. Faz na Terra o que Ele faria se estivesse
aqui. Por meio de Seu Santo Espírito, equipa cada igreja local com todo dom
necessário para que ela realize com êxito a obra que o Senhor a incumbiu de fazer
para Ele.
Modelo do Novo Testamento. O modelo da Igreja primitiva é o de uma
organização se desenvolvendo gradualmente na medida em que surgem as
necessidades. O primeiro grupo organizacional consistia do concílio dos apóstolos
em Jerusalém (Atos 6:2; 8:14). Quando os números e as necessidades aumentarem
consideravelmente, foram escolhidos outros líderes para avaliar os apóstolos do
trabalho para o qual não estavam bem qualificados (Atos 6:2-4). Por fim, as igrejas,
em algumas áreas, ao que parece se agruparam em organizações similares ao que
hoje chamamos de associações (Gál. 1:2). Reforçando e orientando essa
organização que se expandia cada vez mais, estava a admoestação de Paulo: “Tudo,
porém, seja feito com decência e ordem”. I Cor. 14:40.

O GOVERNO DA IGREJA - Mônica

Após a ascensão de Jesus, a liderança da Igreja repousou nas mãos dos


apóstolos. O primeiro ato organizacional, em conselho com os demais crentes, foi a
eleição de outro apóstolo para assumir o lugar de Judas (Atos 1:15-26).
À medida que a Igreja foi crescendo, os apóstolos perceberam a
impossibilidade de atender simultaneamente a pregação do evangelho e as
necessidades temporais da Igreja. Decidiram então deixar os encargos temporais da

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Igreja nas mãos de sete diáconos apontados pela Igreja. Embora a Igreja
distinguisse entre “ministrar a palavra” e “servir as mesas” (Atos 6:1-4), não fez
nenhuma tentativa no sentido de separar o ministério do corpo dos leigos, no
desempenho da missão eclesiástica. De fato, dois dos sete diáconos – Estevão e
Filipe – notabilizaram-se pela pregação e evangelismo (Atos 7 e 8).
A expansão da Igreja na Ásia e Europa exigiu novos passos na organização.
Com o estabelecimento de numerosas igrejas novas, anciãos foram ordenados “em
cada igreja” a fim de assegurar uma liderança estável (Atos 14:23).
Quando uma crise mais ampla se desenvolvia, as partes envolvidas tinham o
direito de levar suas posições a um concílio geral, composto pelos apóstolos e
anciãos que representavam a Igreja em geral. As decisões do concílio eram vistas
como se aplicando a todas as partes, e eram aceitas como representativas da voz
de Deus (Atos 15:1-29). O incidente mencionado no texto ilustra o fato de que, ao
surgir um assunto que afetava toda a Igreja, o conselho e a autoridade de um nível
mais alto do que o da Igreja local, fazia-se necessário. Neste caso específico, a
decisão do concílio surgiu do acordo alcançado entre os representantes das partes
envolvidas (Atos 15:22 e 25).
O Novo Testamento deixa claro que, à medida que as necessidades aparecem,
Deus orienta a liderança de Seu trabalho. Sob Sua direção e em conselho com a
Igreja. Este modelo, seguido hoje, ajudará a salvaguardar a Igreja da apostasia e a
capacitará a cumprir sua grande missão.

RINCÍPIOS BÍBLICOS DE ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA - Jocile

1 – Cristo é a Cabeça da Igreja. A liderança de Cristo sobre a Igreja está


baseada primeiramente em Sua obra de mediação. Desde Sua vitória sobre Satanás
na cruz, foi concedida a Cristo “toda autoridade”, “no Céu e na Terra” (S. Mat.
28:18). Deus colocou “todas as coisas debaixo de Seus pés e para ser o cabeça
sobre todas as coisas, O deu à Igreja” (Efés. 1:22; cf. Filip. 2:10 e 11). Ele é portanto
“Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
Cristo é também a cabeça da Igreja em virtude de ser ela o Seu corpo (Efés.
1:23; Col. 1;18). Os crentes são “membros de Seu corpo, ou Sua carne e Seus ossos”
(Efés. 5:30). Ela deve manter íntima ligação com Ele, pois é dEle que a Igreja é
nutrida e bem suprida “por todas as suas juntas e ligamentos” (Col. 2:19).
2 – Cristo é a fonte de toda autoridade. Cristo demostrou Sua autoridade
(a) pelo estabelecimento da Igreja cristã (S. Mat. 16:18), (b) pela instituição das
ordenanças que a Igreja deve ministrar (S. Mat. 26:26-30; 28:19 e 20; I Cor. 11:23-
29; S. João 13:1-17), (c) pela concessão à Igreja de autoridade divina para agir em
Seu nome (S. Mat. 16:19; 18:15-18; S. João 20:21-23), (d) pelo envio do Espírito
Santo para guiar a Igreja sob Sua autoridade (S. João 15:26; 16:13-15), (e) pela
concessão, dentro da Igreja, de certos dons especiais de modo que alguns
indivíduos pudessem funcionar como apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
professores, de modo a preparar os membros para o serviço, e para edificar o
“corpo de Cristo” até que este atinja a unidade da fé e experimente a “plenitude de
Cristo” (Efés. 4:7-13).
3 – As Escrituras possuem a autoridade de Cristo. Embora Cristo
conduza Sua Igreja através do Espírito Santo, a Palavra de Deus é o único padrão
através do qual toda a Igreja já deve operar. Todos os seus membros devem
obedecer à Palavra, pois ela é lei no mais absoluto sentido. Todas as tradições
humanas, costumes e práticas culturais, devem sujeitar-se à autoridade das
Escrituras (II Tim. 3:15-17).

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OS OFICIAIS DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO Otálicio

O Novo Testamento menciona dois grupos de oficiais de igreja – os anciãos e


os diáconos. A importância destes oficiais é vislumbrada a partir dos elevados
requisitos morais e espirituais que deveriam ser encontrados naqueles que
ocupariam estes cargos. A Igreja reconhecia a santidade do chamado à liderança
mediante a ordenação, ou imposição de mãos (Atos 6:6; 13;2 e 3; I Tim. 4:14; 5:22).
1- OS ANCIÃOS.
a) Que é um ancião? Os “anciãos” (do grego presbuteros) “bispo”
(episkospos) eram os mais importantes oficiais da Igreja. O termo ancião significa
“mais velho”, implicando em dignidade e respeito. Sua posição era equivalente
àquela exercida por quem supervisiona a sinagoga. O termo bispo significa
“supervisor”. Paulo utiliza os dois termos alternadamente, igualando ancião a
supervisores ou bispos (Atos 20:17 e 28; Tito 1:5 e 7).
Aqueles que mantinham essa posição, supervisionavam as novas igrejas,
recentemente formadas. Ancião refere-se a um estado ou posição, enquanto, bispo
denota o dever ou responsabilidade do ofício – “supervisionar”. Uma vez que os
apóstolos também são identificados como anciãos (i S. Ped. 5:1; II João 1; III S. João
1), aparentemente desempenhavam eles tanto a função de anciãos locais e de
anciãos itinerante, ou anciãos plenos (gerais). Ambos os tipos de anciãos, porém
funcionavam como pastores das congregações.
b) As qualificações. A fim de apresentar-se qualificado para o ofício, deveria
o ancião ser “irrepreensível”, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio,
modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém
cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a sua própria
casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito (pois se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?); não seja neófito para
não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário,
é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no
opróbrio e no laço do diabo” (I Tim. 3:1-7; cf. Tito 1:5-9).
Antes da indicação para o cargo, portanto, o candidato deveria haver
demostrado sua habilidade de liderança em relação a seu próprio lar. “Dever-se-ia
considerar a família de alguém sugerido para o cargo. Acha-se ela em sujeição?
Consegue o homem governar sua própria casa com honra? Qual o caráter dos filhos?
Honrarão eles a influência paterna? Se ele não possui tato, sabedoria ou poder de
bondade em casa, ao manejar sua própria família, será bastante seguro concluir que
exerceria a mesma administração não-santificada na igreja”. O candidato, se
casado, deveria demostrar liderança em casa antes de se lhe poder confiar a
responsabilidade mais abrangente, a liderança da “família de Deus” (I Tim. 3:15).
Tendo em vista a importância desse ofício, Paulo advertiu: “A ninguém
imponhais precipitadamente as mãos” (I Tim. 5:22).
c) Responsabilidade e autoridade do ancião. O ancião é antes de mais
nada, e principalmente, um líder espiritual. É escolhido “para pastorear a igreja de
Deus” (Atos 20:28). Sua responsabilidade inclui a sustentação dos membros fracos
(Atos 20:35), a admoestação dos desobedientes (I Tess. 5:12) e estar alerta contra
quaisquer ensinamentos que causariam divisão (Atos 20:29-31). Anciãos devem ser
exemplos de vida cristã (Heb. 13:7; I S. Ped. 5:3) e de liberalidade (Atos 20:35).
d) A atitude em relação aos anciãos. Em grande medida, a liderança
eclesiástica efetiva depende da lealdade do corpo de membros. Paulo estimulou os

Mód. 06-A - Eclesiologia 20


crentes a respeitarem os seus líderes e a tê-los “como amor em máxima
consideração, por causa do trabalho que realizam” (I Tess. 5:17).
As Escrituras deixam bem claro o dever de respeitar a liderança da Igreja:
“Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles, pois velam por vossas
almas, como quem deve prestar contas” (Heb. 13:17; cf. I Ped. 5:5). Quando os
membros se comportam de modo a dificultar o exercício das tarefas atribuídas por
Deus à liderança, uns e outros experimentarão pesar e perderão a alegria da
prosperidade de Deus. Os crentes são estimulados a observar o estilo de vida cristã
dos líderes. “Considerai o fruto do seu estilo de vida e imitai a sua fé” (Heb. 13:17.
New International Version). Eles não devem prestar a atenção a mexericos. “Não
aceiteis denúncias contra presbíteros, senão exclusivamente sob o depoimento de
duas ou três testemunhas” (I Tim. 5:19).
2. DIÁCONOS E DIACONISAS. O nome diácono provêm do grego diakonos,
cujo significado é “servo” ou “ajudador”. O ofício dos diáconos foi instituído para
permitir que os apóstolos pudessem dedicar-se inteiramente “à oração e ao
ministério da palavra” (Atos 6:4). Embora os diáconos devessem atender os
assuntos temporais da Igreja, deveriam ser também ativos nos esforços
evangelísticos (Atos 6:8; 8:5-13, 26-40).
A forma feminina do termo aparece em Romanos 16:1. Os tradutores
apresentam esta palavra tanto sob a forma “serva” quanto “diaconisa”. “A palavra e
sua utilização nesse texto sugerem que o ofício de diaconisa pode ter sido instituído
na igreja por volta do tempo em que Paulo escreveu o livro dos Romanos”.
Tal como os anciãos, os diáconos devem ser escolhidos pela igreja como base
em suas qualificações morais e espirituais (I Tim. 3:8-13).

IMPORTÂNCIA DOS ANCIÃOS E PRESBÍTEROS DA IGREJA - Miquéias

Igreja assim como qualquer outra organização, só prospera quando é bem


liderada. Jesus Cristo é o líder principal da Igreja (Efés. 1:23; Col. 1:18). Em certo
sentido, a Igreja é uma monarquia, e Cristo é o Rei. Por Sua vez, Cristo prepara,
escolhe e designa outras pessoas para trabalharem com Ele na condição de Sua
Igreja.
As Escrituras nos lembram de tais líderes dinâmicos como Moisés, Elias,
Daniel, Pedro e Paulo. Contudo, é um erro pensar que esses “nomes de destaque”
eram os únicos líderes atuando na Igreja. Ao longo das Escrituras, vê-se que havia
outros níveis de liderança atuando; e embora muitas vezes esquecidos, contribuíram
em grande medida para o desenvolvimento da Igreja.
O segundo nível de liderança foi provido pelos anciãos nas congregações
locais. O termo “ancião” é usado 194 vezes na versão King James da Bíblia, e
geralmente se refere a uma posição de liderança na Igreja. É usado com mais
freqüência no Antigo Testamento do que no Novo. Servindo fielmente em suas
sinagogas e entre suas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo, esses anciãos,
trabalhando ao nível das pessoas, mantinham a Igreja de Deus unida e contribuíram
para manter viva sua missão no mundo.

OS ANCIÃOS DA IGREJA DO ANTIGO TESTAMENTO

A palavra “anciãos”, no Antigo Testamento, não significa necessariamente


uma pessoa, mas envolve alguém que possui maturidade e experiência. Designa

Mód. 06-A - Eclesiologia 21


pessoas em posição oficial, como chefes de família ou tribos (Gên. 50:7; Êxo. 3:16; II
Sam. 5:3).
Quando Moisés tentou pôr sobre os ombros toda a carga da liderança, Deus
lhe deu mensagem por intermédio de Jetro, seu sogro. Referindo-se à tentativa de
Moisés carregar sozinho todo o fardo da liderança de Israel, Jetro disse: “Não é bom
o que fazes. Sem dúvida desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo,
pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer”. Êxo. 18:17 e 18. Por
meio desta experiência no início da história de Israel, Deus estava ensinando a Sua
Igreja uma lição que muitos líderes ainda não aprenderam – a autoridade da
liderança deve ser delegada. A responsabilidade da liderança deve ser
compartilhada.
“Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-Me setenta homens dos anciãos de Israel,
que sabes serem anciãos e superintendentes do povo; e os trarás perante a tenda
da congregação, para que assistam ali contigo. Então descerei e ali falarei contigo;
tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga
do povo, para que não a leves tu somente”. Núm. 11:16 e 17.
A Inspiração nos diz mais sobre as qualificações desses anciãos: “Ao escolher
setenta anciãos para com eles repartir as responsabilidades da liderança, Moisés foi
cuidadoso em selecionar seus auxiliares; homens que possuíssem dignidade, são
juízo e experiência. Em suas instruções a esses anciãos ao tempo em que foram
ordenados, ele esboçou algumas das qualificações que habilitam um homem a ser
dirigente sábio na igreja. ‘Ouvi a causa entre vossos irmãos’, disse Moisés, e julgai
justamente entre o homem e seu irmão, e entre o estrangeiro que está com ele.
Não atentareis para pessoa alguma em juízo; ouvireis assim o pequeno como o
grande. Não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus.” Deut. 1:16 e
17.
Anciãos ainda estavam desempenhando deveres similares em Israel no tempo
de Cristo (Mat. 15:2; 21:23; 26:3 e 47).

OS ANCIÃOS DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

Ao falar do trabalho de um ancião, o Novo Testamento diz ser “excelente obra”


(I Tim. 3:1). O Novo Testamento, as palavras “ancião”, “bispo” e “presbítero” são
usadas intercaladamente (I Tim. 3:1-7; Tito 1:5-9; Atos 20:17 e 280. O título denota
não apenas a idade avançada do líder, mas na Igreja do Novo Testamento foi
evidentemente sugerido pelo cargo de ancião os judeus, e era investido de
autoridade similar.
Os anciãos existem praticamente desde o começo da Igreja Cristã. No ano 44
d.C. eles já existiam na Igreja de Jerusalém (Atos 11:30). Em sua primeira viagem
missionaria, Paulo promoveu, “em cada igreja a eleição de presbíteros” (Atos 14:23).
Os anciãos estavam associados com os apóstolos no governo da Igreja. (Atos 15:2,
4, 6; 22:17 e 23; 16:4). Eram os bispos ou administradores das igrejas locais (Atos
20:17 e 28; Tito 1:5), tendo o cuidado espiritual da congregação, exercendo o
domínio e dando instruções (I Tim. 3:4 e 5; 5:17; Tito 1:9; Tiago 5:14; I Ped. 5;1-4).
De acordo com as Escrituras, parece que havia dois tipos de liderança principal
na Igreja do Novo Testamento: Os apóstolos que cuidavam do ensino, planejamento,
administração e evangelismo geral da Igreja. Eles eram, normalmente, obreiros
itinerantes, cujo trabalho, muitas vezes, ia além das fronteiras de seu país. Os
anciãos, que eram leigos e desempenhavam determinados deveres pastorais nas
congregações locais. Esses anciãos fiéis exerciam seu dom espiritual para a
liderança e proviam um ministério que fortalecia e orientava a igreja local.

Mód. 06-A - Eclesiologia 22


A IGREJA: SERVA DE DEUS

A Igreja é um fenômeno muitas vezes mal-entendido e criticado. É acusada de


ser “antiquada”, ou “gelada”, ou um lugar de “vozeiro” ou de “bancos vazios”. É ela,
de fato, tão má como é descrita? Ou é algo que pode ser melhor apreciado quando
estudado ou entendido?
Muitos livros se escreveram sobre a Igreja porque a despeito de suas faltas,
ela é reconhecida como ocupando lugar importante na sociedade e na vida do
indivíduo. Contudo a Igreja permanece com um “mistério” no sentido bíblico, uma
atividade que desafia explicações simplistas. Desde que ela participa da natureza
humana e da divina, é difícil analisá-la plenamente e expor todas as suas
características.
A palavra “igreja” origina-se de um termo grego que significa “pertencente ao
Senhor”. Este deve sempre ser um conceito-chave se temos de avaliar devidamente
a igreja. Ao olharmos para ela, não estamos olhando para uma associação
humanamente organizada; estamos olhando para alguma coisa que o Senhor
estabeleceu, alguma coisa que Ele considera Sua propriedade.
A palavra grega empregada para designar “igreja”, é ekklesia, que significa
“assembléia” ou um povo “convocado”. Traz a idéia de que igreja é um grupo de
pessoas que atenderam a uma intimação. Seu emprego no Novo Testamento
transmite a idéia de uma assembléia de pessoas, uma comunidade ajuntada por
Deus através de Cristo, e o povo de Deus em meio ao conflito entre Cristo e
Satanás, abrangendo a época do Novo Testamento.
Estas idéias revelam claramente que a igreja representa a atividade de Deus e
a resposta do homem. Começa com o pressuposto de que Deus existe, e é ativo nos
acontecimentos humanos. Se este fato não é reconhecido, então a igreja jamais
pode ser entendida.
As lições deste módulo considera a igreja, incluindo a sua e a minha, do ponto
de vista da revelação feita na Bíblia. Sustenta-se, corretamente segundo cremos,
que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que nela podemos encontrar verdadeira
representação do caráter e propósito divinos. E Seu trabalho com Seu povo através
dos séculos.
É pensamento do autor desses estudos que a igreja pode melhor ser entendida
e avaliada à luz da suprema inteligência e amor de Deus. Ele quer um Universo que
O adore livre e conscientemente. A fim conseguir isto, Ele concede liberdade,
mesmo a liberdade de optar pelo mal. Isto envolve um tremendo risco, que, na
verdade, foi assumido. O pecado, em termos de errônea compreensão de Deus e
abuso de atributos, na verdade, ocorreu. A igreja é uma parte fundamental do
grande plano de Deus para vindicar Seu caráter, e eliminar o pecado sem prejudicar
a liberdade que o amor divino requer no Universo.
Há um sentido no qual a igreja tem de incluir todas as criaturas de Deus
porque, em essência, ela constitui a grande família divina. Isto certamente ocorre
onde quer que encontremos o povo de Deus, desde o começo dos tempos até o
presente e a até a eternidade. Nestes estudos, porém, consideramos a igreja
primeiramente do ponto de vista da atividade de Deus depois do nascimento de
Jesus.
Reconhece-se também que não se pode entender o presente sem remontar o
passado, e não se pode entender a igreja do Novo Testamento sem remontar as
suas raízes no Velho Testamento. Quando, porém, Jesus disse a Seus discípulos que
Ele edificaria Sua igreja sobre a rocha e lhe daria poder de ser Sua testemunha, a

Mód. 06-A - Eclesiologia 23


igreja entrou numa fase especial de existência, que é o cerne destes estudos,
constituindo-se num interesse vital de nossa existência cristã.
O primeiro estudo realça o fato de que Deus controla todas as situações. O
pecado, quer no Céu ou na Terra, não O apanhou de surpresa. Ele tinha um plano
para enfrentá-lo, coerente com Sua justiça, repleto de Sua misericórdia. A igreja é
parte desse plano, a área e os meios de Sua atividade. o homem é livre para
responder, e quando assim o faz torna-se uma parte do todo-absorvente propósito
divino da salvação e governo.
Vemos que a Igreja é alicerçada num firme fundamento: Jesus Cristo Filho do
Deus vivo, reconhecido e proclamado por revelação divina. Jesus Cristo é unificador
da Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Jesus Cristo deu-lhe
poder e prometeu estar com ela até o fim. Desta forma a igreja representa a
mensagem, a autoridade e especialmente o poder de Cristo. Ela tem seu centro e
circunferência em Cristo. O agente que leva os benefícios do Pai e do Filho à igreja
do Novo Testamento é o Espírito Santo, conforme foi prometido por Jesus a seus
discípulos.

CONCLUSÃO

Jesus teve “compaixão das multidões” e lutou por alcançar, com o Seu
ministério, o maior número possível de pessoas. Mas evidentemente sentiu que
poderia fazer muito mais a favor do mundo, tendo ao Seu lado alguns homens
escolhidos, cheios do Seu Espírito para continuarem a Sua obra, do que Ele mesmo
levar todo o tempo em pregações públicas. Logo no início do ministério, Jesus
convidou alguns a serem Seus companheiros e participantes da Sua missão. Depois,
dentre os que creram nEle, fez escolha de doze para serem Seus companheiros mais
íntimos. Numa ocasião também escolheu setenta aos quais preparou para o
ministério da pregação. As relações de Jesus para com Seus discípulos,
especialmente para com os doze, constituem uma das partes características mais
importantes de Sua obra. A estes, ministrou ensinou que não deu aos demais de
modo geral, e os preparou, de sorte que, após a Sua volta aos céus, esses apóstolos
pudessem revelar um conhecimento perfeito do Mestre, do Seu ensino, da
Revelação de Deus, e da Salvação que, pelo Filho mandou ao mundo; e também a
conduta de vida para a qual Cristo chamou todos os homens. Próximo ao fim do Seu
ministério, Jesus dedicou-se mais e mais a esta natureza de trabalho com Seus
discípulos. Após a ressurreição apareceu somente aos discípulos, Suas últimas
palavras foram uma ordem definida para que levassem o anúncio do Evangelho a
“todas as nações” e uma promessa de assisti-los com poder, através de todos os
tempos enquanto estivessem realizando a Sua missão por todo o mundo.
Evidentemente Jesus deixou clara a necessidade de haver uma sociedade
constituída dos Seus seguidores, a fim de oferecer ao mundo o Evangelho e
ministrar, em Seu Espírito, os ensinos que lhes dera. O objetivo era propagar o Reino
de Deus. Ele não modelou qualquer organização ou plano de governo para esta
sociedade. Não indicou oficiais para exercerem autoridade sobre os membros de tal
organização. Credo algum prescreveu para ela. Nenhum código de regras lhe fora
imposto. Não prescreveu ordem ou formas de culto. Apenas deu aos seguidores os
ritos religiosos mais simples: o batismo com água, para santificar a purificação
espiritual e consagração ao Seu discipulado; a ceia do Senhor na qual usou um
pouco dos elementos mais comuns na alimentação, como uma comemoração ou
lembrança dEle próprio, especialmente da Sua morte para a redenção dos homens.
Conseqüentemente, em nada do que Jesus fez podemos descobrir a organização da

Mód. 06-A - Eclesiologia 24


Igreja. Fez mais do que dar organização, deu vida à Igreja. Ele fundou a Igreja, ou
melhor, Ele mesmo a criou.
Jesus formou uma sociedade dos Seus seguidores, agrupando-os ao redor de si
mesmo. Comunicou a esse grupo, até onde era possível, Sua própria vida, Seu
Espírito e propósito. Prometeu dar, através dos séculos vitalidade a esta sociedade,
Sua Igreja. E Sua grande dádiva a ela foi o dom dEle próprio. Nele, a Igreja teria de
encontrar os seus princípios, os seus objetivos e o seu poder. Deixou a Igreja livre
para escolher as formas de organização e de culto, afirmações de crença, método de
trabalho, etc. O propósito de Cristo era que a vida da Sua Igreja, isto é, a vida do
Salvador latentes em Seus seguidores, se expressasse pelos modos que lhes
parecessem mais apropriados para a consecução do grande objetivo em vista.

BIBLIOGRAFIA

CONRADO, Naor G. – Guia para Anciãos


Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1995.
CONRADO, Naor G. – Manual da Igreja
Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1998.
DICIONÁRIO AURÉLIO
GRELLMANN, Hélio L. – Nisto Cremos
Publicadora Brasileira, Tatuí – SP, 1997.
NICHOLS, Robert Hastings. – História da Igreja Cristã
Editora Presbiteriana – BROOKLIN 1981.
PINHO, Orlando G. Administração da Igreja – Orientações e Instruções - Casa
Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1980.
KEOUGH, Arthur G. Tradutor: Arnaldo B. Christianini – A Igreja Serva do Mundo - Casa
Publicadora Brasileira, Santo André – SP- 1981.
WHITE, Ellen G. – A Igreja Remanescente
Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1995.

Mód. 06-A - Eclesiologia 25


AVALIAÇÃO DO MÓDULO 6-A - ECLESIOLOGIA

Aluno(a): Matrícula:
Cidade: UF:
Data:
- Responda o questionário, ele vale 25% da nota final.
- Pesquisa sobre “A Pedra Fundamental da Igreja Cristã”.(25 % da nota).
- Avaliação de sala de aula (50% da nota).

01 – Qual a origem da palavra Igreja e qual o seu significado?


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02 – Quem é a Cabeça e o Corpo da Igreja?


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03 – O Antigo Testamento retrata a Igreja como a congregação organizada do povo


de Deus. Então quais foram as famílias que formaram as primeiras raízes da Igreja
Cristã?
A ( ) Abraão, Moisés, Josué, Daniel e Davi.
B ( ) Moisés, Matusalém, Enoque, Davi, Mateus.
C ( ) Isaías, Isaque, Ezequiel, Abraão.
D ( ) Adão, Sete, Noé, Sem, Abraão.

04 – Como foi preparada a Igreja na Antiga Aliança?


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05 – Qual o povo que representava a Igreja de Deus no Deserto, e qual o nome do


profeta que representou a mesma no monte Sinai?
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06 – Como a igreja foi relacionada e edificada no Novo Testamento?


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07 – Cite as sete descrições metafóricas da Igreja?


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Mód. 06-A - Eclesiologia 26


08 – Comente sobre a Igreja como pilar e depositária da verdade?
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09 – Quais as sete características da Igreja como de Deus? Conceitue-as:


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10 – Quem representa a esposa de Cristo?


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11 – Considerando a qualidade dos membros da Igreja como funciona sua natureza


e organização?
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12 – Como a Igreja foi fundada por Cristo?


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13 – Quais as figuras que representam a Igreja?


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14 – Cite os métodos Bíblicos da Igreja e faça um resumo de cada um.


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15 – Quais os princípios Bíblicos da administração da Igreja?


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16 – Cite as qualificações de um ancião da administração da Igreja?


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Mód. 06-A - Eclesiologia 27


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17 – Deus solicitou que trouxesse setenta anciãos perante a tenda da congregação,


para conduzir e levar a carga do povo, que era a Igreja do Antigo Testamento. Qual o
profeta que recebeu a missão e através de quem Deus transmitiu a mensagem?
A – ( ) Elias, Jeremias.
B – ( ) Abraão e Jefther.
C – ( ) Josué e Manassés.
D – ( ) Moisés e Jetro.

18 – Quem liderava a Igreja de Deus no período do Novo Testamento? E como se


dava suas formas de lideranças?
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19 – Baseado no contexto Bíblico de (S. Mat. 18:19) Como foi diferenciada a Igreja
do Novo Testamento da Igreja do Antigo Testamento?
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20 – Dê o conceito da Igreja Visível e Invisível:


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Mód. 06-A - Eclesiologia 28


Mód. 06-A - Eclesiologia 29

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