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João Vasco Ventura Valadares, Aluno n.º 17625, 1º Ano Turma Noite
Índice
Introdução…………………………………………………………..3
O Foral e sua importância………………………………………………………………4
A Reforma Foraleira…………………………………………………………………
Bibliografia………………………………………………………………………
Introdução:
Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Historia do Direito
Português, tem como objectivo dar a conhecer a reforma dos forais que teve lugar no
século XV.
Para tal pareceu-nos pertinente referir o que é um foral e a sua importância para
as populações, assim como todo o desfecho da reforma foraleira, que tem por base uma
afirmação:
“Passados cinco séculos sobre o início de concessão dos forais, encontravam-se
estas cartas de Privilégio desfasadas da realidade do século XV.”
.
Definição de Foral:
Em definição preliminar diz-se foral ou carta de foral o diploma concedido pelo
rei, ou por um senhorio laico ou eclesiástico, a determinada terra contendo normas que
disciplinam as relações dos seus povoadores ou habitantes entre si e destes com a
autoridade outorgante. Constitui a espécie mais significativa das chamadas cartas de
privilégio.
Herculano adoptou neste ponto uma posição demasiado estreita: apenas qualifica
de forais os diplomas que conferem existência jurídica a um município, indiciada que
seja por uma qualquer magistratura própria e privativa, de natureza fiscal ou judicial,
sobretudo quando electiva.
Do que antecede, logo se conclui que as dimensões e o conteúdo dos forais são
variáveis.
Por via de regra, os seus preceitos referem-se às seguintes matérias: liberdades e
garantias das pessoas e dos bens dos povoadores; impostos e tributos; composições e
multas devidas pelos diversos delitos e contravenções; imunidades colectivas; serviço
militar; encargos e privilégios dos cavaleiros vilãos; ónus e forma das provas
judiciárias, citações, arrestos e finanças; aproveitamento dos terrenos comuns. Trata-se
pois, fundamentalmente de normas de direito público. As normas de direito privadas
ocupam nos forais um plano muito secundário. Mas nem mesmo no campo publístico há
uma preocupação exaustiva podendo dizer-se que também vastas e importantíssimas
matérias deste sector continuavam a ser no todo ou em parte reguladas pelo costume.
Frequentes vezes, ao conceder-se foral a certa terra, tomava-se por modelo um
outro anterior, que se reproduzia integralmente ou com modificações.
É imperceptível qualquer diversidade nítida entre os forais régios e os restantes,
outorgados por corpos eclesiásticos ou por simples particulares: o concessionário recebe
a terra para sempre, com direito hereditário, e pode aliená-la, ou pelo menos, as
benfeitorias, na generalidade dos casos apenas com a ressalva de a condição do
adquirente não prejudicar o cumprimento dos encargos; todavia, são raros os forais que
distensão certo tempo de residência como pressuposto da alienação. Estas conclusões
não impediram Gama Barros de estabelecer uma diferença, sublinhando que o
municipalismo tinha para a coroa uma importância que as outras entidades lhe não
podiam encontrar, pois se visava, além de obter receitas, impulsionar as vantagens
ligadas ao acréscimo dos recursos económicos e militares do pais e ao próprio
fortalecimento soberano.