You are on page 1of 19

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – CEFET

UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE IMPERATRIZ - UNEDI

MARCEL BARBOSA PEREIRA


THIERRY SILVA PEREIRA
JEFFERSON ROSA BEZERRA

MECÂNICA APLICADA:
Ensaios mecânicos

Imperatriz
2007
JHAMYSON GALVAO CABRAL
MARCEL BARBOSA PEREIRA
THIERRY SILVA PEREIRA
JEFFERSON ROSA BEZERRA

MECÂNICA APLICADA:
Ensaios mecânicos

Trabalho apresentado ao professor Laércio, da


disciplina de Mecânica Aplicada, para obtenção
de nota final referente ao segundo semestre do
ano corrente.

Imperatriz
2007
RESUMO

Neste documento procuramos mostrar alguns ensaios produzidos com materiais. Em


virtude de máquinas especializadas podemos demonstrar de forma eficaz a dureza, os pontos
máximos e mínimos de sustentação de um material, sendo ele de ferro, aço, liga metálica,
concreto, madeira e etc.
Através da Máquina Universal podemos fazer os mais derivados tipos ensaios mecânicos.
Portanto aqui estaremos abordando as propriedades e os ensaios mecânicos de alguns
materiais. Serão abordados os ensaios de tração, compressão, cisalhamento, torção, dureza e o
de fadiga.
Na qual estaremos enfatizando o ensaio de tração e compressão, com dados adquiridos em
aula prática feito pelos alunos da turma 232-I do CEFET.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 6

ENSAIO DE TRAÇÃO............................................................................................................. 7

ENSAIO DE DUREZA........................................................................................................... 10

ENSAIO DE FADIGA............................................................................................................ 12

ENSAIO DE COMPRESSÃO................................................................................................ 14
1. INTRODUÇÃO

No estudo da ciência dos materiais, bem como no seu dimensionamento, são de


grande importância vários parâmetros obtidos através dos ensaios. Pode-se definir
ensaio como a observação do comportamento de um material quando submetido à
ação de agentes externos como esforços e outros.
Os ensaios são executados sob condições padronizadas, em geral definidas por
normas, de forma que seus resultados sejam significativos para cada material e
possam ser facilmente comparados.
Aqui estão informados os ensaios de tração, dureza, fadiga, compressão, torção
e cisalhamento.
Que são bastante usados para aços e outros materiais, inclusive para alguns não
metálicos.

6
2. ENSAIOS MECÂNICOS

2.1 Ensaio de Tração:

No ensaio de tração, uma amostra do material (corpo de prova) é submetida a um esforço


longitudinal. O corpo de prova tem dimensões padronizadas definidas por normas. As
extremidades recebem garras do equipamento de medição. A Figura 01 (a) mostra um arranjo
básico, apenas ilustrativo e sem escalas.

Na condição inicial, a parte central tem um comprimento L0 e área transversal S0. O


equipamento de ensaio aplica gradativamente, a partir do zero, uma força de tração no corpo
de prova.
Assim, de forma genérica, pode-se dizer que, a cada valor de força aplicada F,
corresponde uma deformação ΔL do corpo.
Continuando o aumento da força F, chega-se, como em (c) da figura, ao ponto de ruptura do
material, finalizando o ensaio.
Em princípio, seria possível estudar a relação F versus ΔL, mas o resultado ficaria
dependente do material e das dimensões do corpo de prova. Para obter resultados dependentes
apenas do material, são usadas grandezas relativas.

7
No lugar da força, é usada a tensão de tração σ, que é a relação entre força e área da seção
transversal. No ensaio, considera-se apenas a área inicial do corpo:
σ = F / S0 .
E, no lugar da deformação absoluta, é usada a deformação relativa ao comprimento inicial
L0:
ε = ΔL / L0 .
O valor de ε pode também ser dado em percentual, bastando multiplicar a igualdade
anterior por 100. E gráficos aproximados da relação tensão x deformação podem ser vistos na
Figura 02.

(a) é uma curva típica para aços de alta resistência.


(b) curva para aços de baixo / médio carbono.
(c) para ferro fundido cinzento.
(d) para materiais bastante maleáveis como cobre.

Fig 03

Considera-se agora a curva que tem mais fases distintas, que é (b) da Figura 02 (aços de
baixa dureza). A Figura 04 mostra a curva típica e a Figura 03 dá uma ampliação da parte
inicial 0E.
Um material é dito ter comportamento elástico se, uma vez removida o esforço, as
dimensões retornam àquelas antes da aplicação do mesmo, isto é, não há deformações
permanentes.
O trecho 0L da Figura 03 é a região elástica do material, ou seja, o comprimento retorna
ao valor L0 se o ensaio for interrompido nessa região. A tensão máxima na mesma é o limite
de elasticidade σL do material.
Dentro da região elástica, no trecho 0P, a tensão é proporcional à deformação, isto é, o
material obedece à lei de Hooke.
σ = E ε.
8

Onde E é o módulo de elasticidade do material (não tem relação com o ponto E da curva).
Para aços, um valor típico de E é 2,06 105 MPa. Portanto, a tensão σP é o limite de
proporcionalidade do material.

Fig 04

O ponto L marca o início da região plástica ou escoamento do material, significando a


existência de deformações residuais permanentes.
É usual considerar início ou limite de escoamento σE a tensão que produz uma deformação
residual.
ε = 0,002 ou 0,2% (ponto E conforme Figura 03).
Em referências de língua inglesa, é comum o uso da letra Y ("yield") para esse limite (σ Y
ou SY).
Depois do limite de escoamento há uma significativa redução da área da seção transversal
e a tensão real segue algo como a curva tracejada da Figura 04. Mas a convenção é usar
tensão aparente, em relação à área inicial.
Em B da Figura 04 ocorre a tensão máxima e, em R, a ruptura do corpo de prova. A tensão
σB é a tensão máxima, também denominada resistência à tração do material. Em referências
de língua inglesa, esse valor pode ser representado por σU ou SU ("ultimate strength"). É
também comum o uso da expressão "tensile strength" para esse parâmetro.A tensão em R é a
tensão de ruptura σR ou "breaking strength" em inglês.

Corpo-de-prova de tamanho médio (padrão):

O comprimento total do corpo-de-prova é de 90 mm, com largura útil de 10 mm. A


distância livre entre as pinças do dinamômetro deve ser de 50 mm.
9
2.2 Ensaio de Dureza:

Pode-se definir dureza como a resistência que um material oferece à penetração de outro
em sua superfície. Ao contrário do anterior (tração), o ensaio de dureza pode ser feito em
peças acabadas, deixando apenas uma pequena marca, às vezes quase imperceptível. Essa
característica faz dele um importante meio de controle da qualidade do produto.

Fig 01

Dureza Brinell:
Seja um material, representado na parte inferior na figura ao lado, que é submetido à ação
de uma esfera de material duro de diâmetro D comprimida por uma força F. Isso produz uma
cavidade no material de diâmetro d.

A dureza Brinell (HB) do material é dada pela fórmula:

HB = 2 F / { π D [ D − √ (D2 − d2) ] } . A unidade é a mesma da tensão (pascal ou outras).

Para alguns materiais, a resistência à tração pode ser estimada a partir da dureza Brinell
com relação

σB = k HB A tabela abaixo dá alguns valores de k.

Bronze Bronze
Material Aço-carbono Aço-liga Cobre, latão
laminado fundido
k 0,36 0,34 0,40 0,22 0,23
Liga Al Cu Outras ligas Alumínio
Material Liga Al Mg -
Mg Mg fundido
k 0,35 0,44 0,43 0,26 -
10
Dureza Rockwell:
Para materiais duros, o objeto penetrante é um cone de diamante com ângulo de vértice de
120º. Essa escala é denominada Rockwell C ou HRC.

Com materiais semi-duros ou macios é usada uma esfera de aço temperado de diâmetro
1/16". É a escala Rockwell B ou HRB.
Em ambos os casos, é aplicada uma carga padrão definida em normas e a dureza é dada
pela profundidade de penetração.

Dureza Vickers:
É usada uma pirâmide de diamante com ângulo de diedro de 136º que é comprimida, com
uma força arbitrária F, contra a superfície do material. Calcula-se a área S da superfície
impressa pela medição das suas diagonais. E a dureza Vickers HV é dada por F/S.
Existe uma proporcionalidade entre a força aplicada e a área e, portanto, o resultado não
depende da força, o que é muito conveniente para medições em chapas finas, camadas finas
(cementadas, por exemplo).

Dureza Janka:
É uma variação do método Brinell, usada em geral para madeiras. É definida pela força
necessária para penetrar, até a metade do diâmetro, uma esfera de aço de diâmetro 11,28 mm
(0,444 in).
O resultado é, portanto, uma força e não há um padrão de unidade. Nos Estados Unidos é
usada libra-força, em alguns países europeus, quilograma-força ou newton ou quilonewton.
11
2.3 Ensaio de Fadiga:

Fadiga é uma falha que pode ocorrer sob solicitações bastante inferiores ao limite de
resistência do metal, isto é, na região elástica. É conseqüência de esforços alternados, que
produzem trincas, em geral na superfície, devido à concentração de tensões.

Fig 01

No exemplo da Figura 01, uma barra submetida a um esforço de flexão alternado pode
apresentar pequenas trincas em lados opostos A e B. Com a continuidade do esforço
alternado, as trincas aumentam, reduzindo a área resistente da seção.
A ruptura de dá quando essa área se torna suficientemente pequena para não mais resistir à
solicitação aplicada (C).
A fratura por fadiga é facilmente identificável. A área de ruptura C tem um aspecto
distinto da restante, que se forma gradualmente.
A fadiga é um processo progressivo, mas a ruptura é brusca e, assim, não é difícil
imaginar o perigo que pode representar, uma vez que cargas variáveis ocorrem em inúmeros
casos.

Fig 02

Um ensaio de fadiga por flexão pode ser feito com um arranjo conforme Figura 02.Um
motor gira um corpo de prova C. Os rolamentos externos são fixos em apoios e os internos
recebem uma carga P, produzindo um esforço de flexão alternado devido à rotação do corpo
de prova.
Portanto, um ciclo completo de flexão alternada é aplicado a cada volta do eixo e o
número de voltas é registrado pelo contador A.
Quando o corpo se parte por fadiga, o contador deixa de ser acionado e sua indicação é o
número de ciclos que o corpo suportou com a carga P.
12

Fig 03

Dadas as dimensões do corpo de prova, é possível calcular a tensão de flexão em função


de P. Assim, repetindo o ensaio para diversos valores de P, é possível elaborar um gráfico
relacionando o número de ciclos até a ruptura com a tensão de flexão (Figura 03).
A curva superior é típica de um aço-carbono 0,5% C endurecido; a curva intermediária, de
uma liga de alumínio e a inferior, de um ferro fundido.
Pode-se notar que o aço tem um limite de resistência à fadiga, isto é, uma tensão abaixo da
qual a vida da peça sob flexão alternada é teoricamente infinita.
13
2.4 Ensaio de Compressão:

Podemos observar o esforço de compressão na construção mecânica, principalmente em


estruturas e em equipamentos como suportes, bases de máquinas, barramentos etc.
Às vezes, a grande exigência requerida para um projeto é a resistência à compressão.
Nesses casos, o projetista deve especificar um material que possua boa resistência à
compressão, que não se deforme facilmente e que assegure boa precisão dimensional quando
solicitado por esforços de compressão.
O ensaio de compressão é o mais indicado para avaliar essas características,
principalmente quando se trata de materiais frágeis, como ferro fundido, madeira, pedra e
concreto. É também recomendado para produtos acabados, como molas e tubos.
Porém, não se costuma utilizar ensaios de compressão para os metais.
De modo geral, podemos dizer que a compressão é um esforço axial,que tende a provocar
um encurtamento do corpo submetido a este esforço.Nos ensaios de compressão, os corpos de
prova são submetidos a uma força axial para dentro, distribuída de modo uniforme em toda a
seção transversal do corpo de prova.
Do mesmo modo que o ensaio de tração, o ensaio de compressão pode ser executado na
máquina universal de ensaios, com a adaptação de duas placas lisas - uma fixa e outra móvel.
É entre elas que o corpo de prova é apoiado e mantido firme durante a compressão.
As relações que valem para a tração valem também para a compressão. Isso significa que
um corpo submetido a compressão também sofre uma deformação elástica e a seguir uma
deformação plástica.
Na fase de deformação elástica, o corpo volta ao tamanho original quando se retira a carga
de compressão.
Nos ensaios de compressão, a lei de Hooke também vale para a fase elástica da
deformação, e é possível determinar o módulo de elasticidade para diferentes materiais.
Na compressão, as fórmulas para cálculo da tensão, da deformação e do módulo de
elasticidade são semelhantes às que já foram demonstradas em amostras anteriores para a
tensão de tração.
O ensaio de compressão não é muito utilizado para os metais em razão das dificuldades
para medir as propriedades avaliadas neste tipo de ensaio. Os valores numéricos são de difícil
verificação, podendo levar a erros.
Um problema que sempre ocorre no ensaio de compressão é o atrito entre o corpo de prova e
as placas da máquina de ensaio. A deformação lateral do corpo de prova é barrada pelo atrito
entre as superfícies do corpo de prova e da máquina. Para diminuir esse problema, é
necessário revestir a face superior e inferior do corpo de prova com materiais de baixo atrito
(parafina, teflon etc).
Outro problema é a possível ocorrência de flambagem, isto é, encurvamento do corpo de
prova. Isso decorre da instabilidade na compressão do metal dúctil. Dependendo das formas
de fixação do corpo de prova, há diversas possibilidades de encurvamento.
A flambagem ocorre principalmente em corpos de prova com comprimento maior em
relação ao diâmetro. Por esse motivo, dependendo do grau de ductilidade do material, é
necessário limitar o comprimento dos corpos de prova, que devem ter de 3 a 8 vezes o valor
de seu diâmetro. Em alguns materiais muito dúcteis esta relação pode chegar a 1:1 (um por
um).
Outro cuidado a ser tomado para evitar a flambagem é o de garantir o perfeito paralelismo
entre as placas do equipamento utilizado no ensaio de compressão. Deve-se centrar o corpo de
prova no equipamento de teste, para garantir que o esforço de compressão se distribua
uniformemente.
14
Ensaio de compressão em materiais dúcteis:

Nos materiais dúcteis a compressão vai provocando uma deformação lateral apreciável.
Essa deformação lateral prossegue com o ensaio até o corpo de prova se transformar num
disco, sem que ocorra a ruptura. É por isso que o ensaio de compressão de materiais dúcteis
fornece apenas as propriedades mecânicas referentes à zona elástica.
As propriedades mecânicas mais avaliadas por meio do ensaio são: limite de
proporcionalidade, limite de escoamento e módulo de elasticidade.

Ensaio de compressão em materiais frágeis:

O ensaio de compressão é mais utilizado para materiais frágeis. Uma vez que nesses
materiais a fase elástica é muito pequena, não é possível determinar com precisão as
propriedades relativas a esta fase.
A única propriedade mecânica que é avaliada nos ensaios de compressão de materiais
frágeis é o seu limite de resistência à compressão. Do mesmo modo que nos ensaios de tração,
o limite de resistência à compressão é calculado pela carga máxima dividida pela seção
original do corpo de prova.

Ensaio de compressão em produtos acabados:

Ensaios de achatamento em tubos - Consiste em colocar uma amostra de um segmento de


tubo deitada entre as placas da máquina de compressão e aplicar carga até achatar a amostra.
A distância final entre as placas, que varia conforme a dimensão do tubo deve ser
registrada. O resultado é avaliado pelo aparecimento ou não de fissuras, ou seja, rachaduras,
sem levar em conta a carga aplicada.
Este ensaio permite avaliar qualitativamente a ductilidade do material, do tubo e do
cordão de solda do mesmo, pois quanto mais o tubo se deformar sem trincas, mais dúctil será
o material.
Ensaios em molas - Para determinar a constante elástica de uma mola, ou para verificar
sua resistência, faz-se o ensaio de compressão. Para determinar a constante da mola, constrói-
se um gráfico tensão-deformação, obtendo-se um coeficiente angular que é a constante da
mola, ou seja, o módulo de elasticidade.
Por outro lado, para verificar a resistência da mola, aplicam-se cargas predeterminadas e
mede-se a altura da mola após cada carga.
15
2.5 Ensaio de Torção

Equipamento para o ensaio de torção:

O ensaio de torção é realizado em equipamento específico: a máquina de torção. Esta


máquina possui duas cabeças às quais o corpo de prova é fixado. Uma das cabeças é giratória
e aplica ao corpo de prova o momento de torção. A outra está ligada a um pêndulo que indica,
numa escala, o valor do momento aplicado ao corpo de prova.
O aspecto das fraturas varia conforme o corpo de prova seja feito de material dúctil ou
frágil. Os corpos de provas de materiais dúcteis apresentam uma fratura segundo um plano
perpendicular ao seu eixo longitudinal.
Para materiais frágeis, a fratura se dá segundo uma superfície não plana, mas que corta o
eixo longitudinal segundo uma linha que, projetada num plano paralelo ao eixo, forma 45º
aproximadamente com o mesmo (fratura helicoidal).

Fig 01

Vários métodos de laboratório têm sido utilizados na simulação física dos processos de
conformação mecânica a quente, podendo destacar os ensaios de compressão, torção e
laminação. O ensaio de torção é um dos testes de laboratório que mais tem sido utilizado para
a simulação física do processamento a quente. O estado de tensão atuante na superfície de
uma amostra cilíndrica submetida a um esforço de torção está ilustrado na Figura 01. A tensão
cisalhante máxima atua em dois planos mutuamente perpendiculares, ou seja, perpendicular e
paralelamente ao eixo da amostra. As tensões principais s1 e s3 formam ângulos de 45° com o
eixo do corpo de prova e são iguais em magnitude às tensões cisalhantes máximas. s1 é a
tensão trativa, s3 é a tensão compressiva de igual valor e s2 , que é igual a zero, é a tensão
intermediária.
16

Com esse ensaio é possível impor grandes deformações com altas taxas de deformação. O
momento torçor é aplicado ao corpo de prova por meio de um motor, que pode ter a sua
velocidade controlada e variada, permitindo realizar ensaios com taxas similares às impostas
nas seqüências de passes dos processos industriais. Além do controle do ensaio, a
instrumentação de um equipamento desse tipo permite medidas do torque (tensão de
escoamento plástico), do deslocamento angular (deformação e taxa de deformação) e da
temperatura.
17
2.6 Ensaio de Cisalhamento

Como é feito o ensaio de cisalhamento:

A forma do produto final afeta sua resistência ao cisalhamento. São por essa razão que o
ensaio de cisalhamento é mais freqüentemente feito em produtos acabados, tais como pinos,
rebites, parafusos, cordões de solda, barras e chapas.
É também por isso que não existem normas para especificação dos corpos de prova.
Quando é o caso, cada empresa desenvolve seus próprios modelos, em função das
necessidades.
Do mesmo modo que nos ensaios de tração e de compressão, a velocidade de aplicação da
carga deve ser lenta, para não afetar os resultados do ensaio. Normalmente o ensaio é
realizado na máquina universal de ensaios, à qual se adaptam alguns dispositivos, dependendo
do tipo de produto a ser ensaiado.
O dispositivo é fixado na máquina de ensaio e os rebites, parafusos ou pinos são inseridos
entre as duas partes móveis. Ao se aplicar uma tensão de tração ou compressão no dispositivo,
transmite se uma força cortante à seção transversal do produto ensaiado. No decorrer do
ensaio, esta força será elevada até que ocorra a ruptura do corpo.
No caso de ensaio de solda, utilizam-se corpos de prova semelhantes aos empregados em
ensaios de pinos. Só que, em vez dos pinos, utilizam-se junções soldadas.

Cisalhamento direto:

Consiste em determinar sob uma tensão normal (A) qual a tensão de cisalhamento T=Tr
capaz de provocar ruptura de uma amostra de corpo de prova colocado dentro de uma caixa
composta de duas partes deslocáveis entre si. Duas pedras porosas, uma superior e outra
inferior, permitirão a drenagem da amostra, quando esta for a técnica de ensaio usada. O
ensaio pode ser executado sob tensão controlada ou sob deformação controlada. Repetindo-se
o ensaio para outras amostras obtêm-se um conjunto de pares de valores (A,T) para
determinação do gráfico onde definimos U e C.

Cisalhamento triaxial:

Os testes triaxiais são realizados para estudar a resistência do solo. São mais perfeitos que
os ensaios de cisalhamento direto e os mais usados. São realizados em aparelhos especiais,
constituídos por uma câmara cilíndrica de parede transparente, no interior da qual se coloca a
amostra, envolvida por uma membrana de borracha muito delgada . A câmara cilíndrica é
cheia de um líquido, geralmente água. A amostra é submetida à pressão deste fluido e cargas
axiais adicionais são aplicadas à seus extremos através de um pistão. Esta carga é aumentada
até que a amostra se rompa. Em cada teste 3 ou mais corpos são ensaiados cada um sob
diferentes pressões do fluido.

A tensão total é medida através de ensaios rápidos ou sem drenagem, em que a pressão da
água não é medida ou um pouco mais lentos para que a pressão possa ser medida. A medição
da Tensão efetiva (= Tensão total menos a pressão da água ) exige um ensaio mais complexo
em que diversos parâmetros podem ser avaliados (pressão posterior, pressão da água,
mudança de volume). São os ensaios lentos, com drenagem (CD) - aplicáveis à areias e
argilas. Em alguns testes o corpo de prova é previamente consolidado (ensaios com pré
-adensamento (CU) aplicáveis a argilas).

18

Determinando-se pares de tensões (j1,j3), correspondentes a rupturas de diversas amostras


ensaiadas, traçam-se os respectivos círculos de Mohr. Em seguida, assimilando-se a envoltória
desses círculos à reta de Coulomb, tem-se U e C.

Equipamentos utilizados:

Existem dentro destes grupos principais de teste diversas variações. O dispõe de células
triaxiais e acessórios que, usados em conjunto com outros equipamentos como prensas, fontes
de pressão e instrumentos de medição são projetados para atender uma extensa variedade de
exigências dos laboratórios de mecânica de solos.

19
Conteúdo prático:

Nos ensaios de tração foram usados três vergalhões de ferro da marca Gerdau, onde todos
tinham 50 cm de comprimento e com secções transversais de 12,5 mm, 10 mm e 16 mm. No
teste de tração os tópicos principais que devem ser observados são o: alongamento e a tensão
de ruptura dos corpos de prova.
A área da parte útil do corpo de prova interno, usado para o ensaio de tração foi dividida
em pequenas proporções de 10\5 mm de comprimento. Nos vergalhões temos corpos de
provas com áreas diferentes, diferenciando assim as forças a serem aplicadas.
Primeiramente, foi feito o ensaio de tração na máquina universal, chamada assim por ser
capaz de realizar vários ensaios de materiais como o de tração. Tração, compressão e outros.
Feito em uma prensa universal com capacidade para 100 toneladas, sendo da marca
PAVITEST.
Na máquina existem dois blocos um na parte superior e outro na parte inferior, onde serão
fixados os materiais que por sua vez receberão uma força axial sobre o corpo que deverá ser
alongado em conseqüência dessa força.
No ensaio de tração com o vergalhão de d = 12,5 mm e comprimento de 50 cm, foi
aplicada uma força de 11 toneladas, onde sofre deformação ficando com d = 9,4mm no local
de ruptura e com 52 cm de comprimento. No vergalhão de d =16 mm e 50 cm de
comprimento, foi aplicada uma força de 17 toneladas, no ferro que possuía características
plásticas e dúcteis, logo depois do teste de tração o corpo de prova passou a ter d =12 mm na
área de ruptura e 54,5 cm de comprimento.
No ensaio de compressão feito também na máquina universal, é aplicada forças com o
mesmo sentido, ou seja, para o centro do corpo de prova. Para esse teste foram utilizados dois
cilindros de concreto com d = 151 mm e d = 151,5 mm tendo também 498 mm e 499 mm de
comprimento respectivamente. Estas medidas são feitas com um instrumento chamado
paquímetro (régua de aço graduada).
Sendo que o corpo de prova que tinha d = 151 mm rompeu-se com 20 toneladas, e o outro
corpo de prova de d = 151,1 mm rompeu-se com 52 toneladas.

You might also like