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S I N D I C AT O
FEVEREIRO DE 2009
ANDES
NACIONAL
Publicação Mensal
VILMA OCHOA
Ainda nesta edição:
Presidente da SEDUFSM fala
sobre desafios de 2009
Entrevista especial, pág. 10
S I N D I C AT O S I N D I C AT O
ANDES
NACIONAL
ANDES-SN: nosso único e legítimo representante ANDES
NACIONAL
02 FEVEREIRO/2009 Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES
EDITORIAL Clauber
Em defesa do sindicato
Desde julho do ano passado, quando foi modificada
pelo governo a carreira dos professores do 3º grau e
também dos de 1º e 2º graus, com a alteração das
gratificações, a SEDUFSM, assim como outras seções
sindicais, em virtude da suspensão do registro sindical
do ANDES, não pode mais fazer alterações via sistema
informatizado do ministério do Planejamento (SIAPE).
A conseqüência disso é que a seção sindical não está
descontando a mensalidade sobre essas novas
gratificações. Dessa forma, a arrecadação da entidade,
que é utilizada para manter sua estrutura e sustentar a
luta em defesa da categoria, foi prejudicada.
Enquanto não se resolve definitivamente a questão do
registro sindical, a saída encontrada pela direção da
SEDUFSM foi propor aos filiados a efetivação do débito
da mensalidade diretamente na conta corrente. Para
isso, foi enviada uma correspondência impressa e
também pelo correio eletrônico, chamada de “carta aos
associados”, com a explicitação dos motivos dessa
PONTO A PONTO
iniciativa. O débito diretamente na conta é a única forma Unimed
que se tem de não depender do SIAPE governamental.
Na forma atual, em que se depende da burocracia do A SEDUFSM informa aos conveniados do plano de saúde os percentuais de reajuste fixados pela
Unimed no segundo semestre de 2008. Para os associados que tinham os planos antigos (C1 e C2), o
governo para poder fazer o desconto, há o risco de
percentual de reajuste corresponde a 11,53% e aconteceu em agosto de 2008. Para os que possuem os
estrangulamento financeiro. Por isso, torna-se urgente chamados planos regulamentados (CR2A e CR2B), o reajuste aconteceu em dezembro de 2008 e
que os sindicalizados autorizem essa nova metodologia correspondeu a 12,31%. O sindicato está implementando o débito em conta para todos os tipos de
de desconto, garantindo assim a manutenção da convênio, inclusive o do plano de saúde. Os filiados devem procurar a secretaria da seção sindical.
estrutura do sindicato, sem prejuízos.
É importante lembrar que a Seção Sindical dos Autorização para débito em conta
Docentes da UFSM, que completará 20 anos em Oferecemos uma opção para o professor filiado à SEDUFSM que não tem tempo de passar no
novembro de 2009, nasceu da vontade da categoria. sindicato para assinar a autorização para o débito em conta da mensalidade. Você pode recortar o
Antes da Constituição de 1988, a luta sindical se dava “à trecho em destaque com os dados que precisam ser preenchidos e enviar por envelope, através do
correio, ao sindicato. O endereço da SEDUFSM é rua André Marques, 665, Cep 97010-041, Santa
margem da lei”, através das associações de professores. Maria/RS.
Transformadas em seções sindicais do ANDES-SN, as
associações/sindicatos tiveram participação AUTORIZAÇÃO PARA DÉBITO EM CONTA DA MENSALIDADE SEDUFSM
fundamental ao longo dos anos 90 até a atualidade nas
conquistas da categoria. Por isso, não será por Eu, ____________________________________________________________________________________
formalismos legais que tanto o ANDES como a professor(a) universitário(a) sindicalizado(a), autorizo a Seção Sindical dos Docentes da Universidade
SEDUFSM deixarão de cumprir o papel para o qual Federal de Santa Maria (SEDUFSM) e o Banco _____________________________, a realizar o(s) débito(s)
foram criados. A defesa da categoria depende dessas na Agência ___________________________, Conta Corrente Nº __________________________, referente
entidades. E o funcionamento destas depende do apoio e a mensalidade e, desde já, fica autorizado que os referidos descontos sejam efetuados em meu contracheque,
reconhecimento da categoria. caso volte a ser viabilizado pelo SIAPE.
Santa Maria,_________ de _________________________________ de 2009.
EXPEDIENTE
A diretoria da SEDUFSM é composta por : Presidente em exercício: Fabiane A.
Tonetto Costas (Dep. Fundamentos da Educação – CE); Secretário-Geral:
SEDUFSM ___________________________________________________
ASSINATURA
Rondon Martin Souza de Castro (Dep. Ciências da Comunicação - CCSH);
Primeiro secretário - Maristela da Silva Souza (Dep. Desportos Individuais -
CEFD); Tesoureiro-geral – Hugo Blois (Dep. Arquitetura – CT); Primeiro
tesoureiro- Cícero Urbanetto Nogueira (Colégio Politécnico); Primeiro suplente- ATUALIZAÇÃO de dados Cadastrais:
Júlio Ricardo Quevedo dos Santos (Dep. História – CCSH); Segundo suplente:
Hélio Neis ( Aposentado); Terceiro suplente: Ricardo Rondinel ( Dep. Ciências CPF: _____________________________________________________________________________
Econômicas - CCSH) Endereço: _________________________________________________________________________
Jornalista responsável: Fritz R. F. Nunes (MTb nº 8033)
Relações Públicas: Vilma Luciane Ochoa Fones Prof: _____________________Res: _____________________ Cel: _____________________
Estagiária de jornalismo: Regina Vogt
Diagramação e projeto gráfico: J. Adams Propaganda E-mail: ___________________________________________________________________________
Ilustrações: Clauber Sousa e Reinaldo Pedroso Centro: ___________________________________________________________________________
Impressão: Gráfica Pale, Vera Cruz (RS) Tiragem: 1.600 exemplares
Obs: As opiniões contidas neste jornal são da inteira responsabilidade de quem Departamento: _____________________________________________________________________
as assina. Sugestões, críticas, opiniões podem ser enviadas via fone(fax)
(55)3222.5765 ou pelo e-mail sedufsm@terra.com.br Classe: ___________________________________________________________________________
Informações também podem ser buscadas no site do sindicato: Nível: ____________________________________________________________________________
www.sedufsm.com.br
A SEDUFSM funciona na André Marques, 665, cep 97010-041, em Santa Titulação: _________________________________________________________________________
Maria(RS).
Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES FEVEREIRO/2009 03
RADAR
FRITZ NUNES
contribuição dos sindicalizados ao ANDES, recomenda-se às seções sindicais a padronização da
mensalidade dos sindicalizados no patamar de 1% da totalidade dos vencimentos ou remuneração de cada
sindicalizado”.
Já no Regimento da SEDUFSM, em seu art. 52, está previsto que: “A contribuição mensal dos
associados à SEDUFSM será igual a um percentual do salário bruto de cada docente pago pela UFSM”.
Antes da MP 431/08
Vencimento Básico + GAE + GED = Total x 1% = Mensalidade Lima autorizou débito da mensalidade na conta corrente
PONTO &
CONTRAPONTO
O ensino superior público no Brasil, Neste conjunto um dos projetos conclusão média dos cursos de gra- reestruturação implicará na subutili-
tem corroborado com os conflitos mais importantes para as intenções duação presenciais de 60% para zação dos atuais e parcos recursos
político-partidários. Isso está intima- governamentais é o Programa de 90% ao final dos próximos cinco existentes nas IFES. O certo é que
mente atrelado à falta de autonomia Apoio a Planos de Reestruturação e anos (2008/2012), revela um atrela- este tipo de negócio vem com o dis-
administrativa, financeira e acadêmi- Expansão das Universidades mento vinculado às estratégias de curso de melhoria, mas estrangular
ca prevista no artigo 207 da Federais (REUNI) criado lucro. Isso evidencia que salários, não prever garantias que as
Constituição Federal/1988, fato este pelo Decreto N. 6.096, tal Programa precisa IFES, de fato, receberão verbas de
que fragiliza a gestão universitária de 24 de abril de “O debate ser compreendido na manutenção nestes cinco anos, ao
proporcionando as constantes inter- 2007, e regulado sobre a expansão dimensão de amea- mesmo tempo em que a continuidade
venções dos governos no interior das por outras das Universidades ça que repercutirá dos recursos necessários à expansão,
Instituições. Portarias. No não poderá ser sobre todo o siste- após o término do atual governo,
Não é sem outro motivo que o atual entanto, mesmo ma nacional de dependerá das políticas da próxima
Plano de Desenvolvimento da que seu principal colocado no âmbito educação uma vez equipe governamental, inibirá qual-
Educação (PDE) lançado em 2007 objetivo trate da do contra ou que o ensino supe- quer esboço de elevação da qualida-
deve ser entendido no debate geral expansão, do acesso a favor” rior brasileiro, a de. Portanto, o que parece ampliação
das políticas de educação superior e da permanência na médio prazo será des- em um curto espaço-temporal se
vinculadas às estratégias de inserção educação superior, a coin- qualificado, especialmen- transformará em superlotação das
da economia que vem ocorrendo na cidir com as principais bandeiras de te com a reconfiguração das IFES salas e em sobrecarga do trabalho
base produtiva do capitalismo em luta do movimento docente, cabe a servindo mais uma vez a reformas docente, bem como, sacrificará a qua-
âmbito mundial. Internamente esse problematização, cooptação ou utilitaristas, tudo para atender o pro- lidade do tripé ensino, pesquisa,
Plano se consubstancia num enorme estratégia? jeto de inserção subalterna do país extensão e a autonomia universitária.
painel de programas indo da instala- Uma reflexão mais detida sobre os ao contexto da globalização. O debate sobre a questão da expan-
ção de energia elétrica nas escolas, meios utilizados para atingir uma Nenhum discurso pode explicar são das Universidades não poderá ser
distribuição de óculos à expansão do das “metas globais” do REUNI melhor as entrelinhas do REUNI colocada no âmbito do contra ou a
ensino superior. como elevar o aumento da taxa de senão compreendermos a indissoci- favor, exige dos segmentos que com-
abilidade entre o PAC (Programa de põem cada IES uma profunda discus-
Aceleração do Crescimento) e o são sobre os rumos que a sociedade
PDE, que por seu turno tem como brasileira projeta para os brasileiros,
escopo justamente a ampliação da uma vez que, esse é um problema que
oferta de vagas no ensino superior ultrapassa interesses de governos e
público e como plano de reestrutu- envolve a cada um de nós. Nessa pers-
ração está totalmente conectado ao pectiva cabe enfatizar que olhar o
PAC. Esse em suas primeiras metas REUNI como um programa em si
aponta um significativo congela- mesmo, induz o público não familia-
mento salarial, pois prevê aumentos rizado com o cotidiano da
não mais de 1,5% por ano num Universidade se posicionarem contra
período de dez anos. Portanto, não é ou a favor, mas a discussão tem per-
com a desconexão (PAC, PDE e meado outros entendimentos, como
REUNI) que tais medidas engano- por exemplo, do embate ferrenho que
sas vão melhorar o que sabidamente aponta o REUNI como um programa
não é bom, na medida em que, a pro- que atrela definitivamente a formação
porção entre a quantidade e a quali- dos egressos da Universidade com a
dade vai jogar os cursos de gradua- lógica mercadológica, emerge a pos-
ção e o trabalho docente em contra- sibilidade de projetar uma formação a
dição, pois duplicar a oferta de afirmar uma formação voltada a pro-
vagas a partir de um incremento de blematizar o próprio arquétipo de
apenas 20% das atuais verbas de convívio social baseado no imediatis-
custeio e pessoal é confirmar que a mo e no utilitarismo dessas relações.
06 FEVEREIRO/2009 Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES
OPINIÃO
COM A PALAVRA
Zé Everton
A música do CUICA transforma
Ele era um estudante carente que
decidiu ser músico. Aproveitou as
PERGUNTAS&RESPOSTAS
oportunidade, fez uma faculdade de
Música na UFSM, se especializando P- Como surgiu o projeto CUICA? Dentre as oficinas deste encontro tinha um projeto que denominamos “Fazendo
em Percussão. Contudo, José Everton Com que motivação? uma que era chamada de O papel social Arte e Solidariedade”.
da Silva Rozzini via a música não R- Na minha infância muito humilde eu do percussionista. Nessa oficina eu P- O que era o projeto?
sempre tive vontade de tocar um conheci alguns projetos que usavam a
apenas como uma habilidade que lhe R- Nós fizemos um show no Centro
instrumento, mas eu não tinha percussão como instrumento de
dava prazer pessoal. Zé Everton, inclusão social. Quando eu voltei para Comunitário ao lado da escola. A minha
como é mais conhecido, fez da música condições de comprá-lo. Quando eu filha e o grupo dela que era encarregado
trabalhava na Caixa Econômica Santa Maria eu comecei a pesquisar
uma forma de transformar muitas projetos. Eu concluí o meu curso, e em de fazer o trabalho de solidariedade.
Federal como menor carente, num Fizeram a divulgação e mobilizaram a
vidas, em especial as dos jovens da convênio da CEF com a Febem, eu 2002 eu tocava na banda Os Watts. Nós
gravamos um CD pela Lei de Incentivo escola e cobraram um agasalho, um
periferia. Aos 38 anos, atualmente é conheci o baterista da banda da Base
à Cultura e fizemos um show de material escolar ou um quilo de alimento
ele quem encabeça a Associação Aérea de Santa Maria, que foi meu como ingresso para o show. E tudo o que
CUICA (Cultura, Inclusão, Cidadania professor de música. A partir daquele lançamento no Theatro Treze de Maio,
que foi reproduzido pela TV Câmara. foi arrecadado naquele dia, o grupo da
e Artes). Ao longo dos últimos anos, a momento eu aprendi a ler música e minha filha levou para a Escola
queria ser baterista. Em determinado Eu estudei na Escola Municipal de
idéia de Zé Everton ganhou Municipal Renato Nochi Zimmermann, e
momento eu fui num concerto de E n s i n o F u n d a m e n t a l Vi c e n t e
visibilidade, apoios e parcerias, e, Farencena, e a minha filha também a gente fez o mesmo show nessa escola. O
especialmente, reconhecimento pelo percussão, quando eu vi aquilo, eu show era a gente contar como é ter uma
disse: é isso que eu quero estudar. Me estudou nessa escola. Um dia, a
alcance social. Além disso, José professora de Educação Física me banda. Como era a relação com os
inscrevi no curso extraordinário de parceiros, a definição do repertório,
Everton Rozzini é oficineiro musical Música e o professor Ney Rosauro me chamou para conversar. A quadra de
esportes da escola estava em reforma, e ensaios, a gravação do disco, fazer o
da prefeitura de São Martinho da convidou para participar do grupo de
a professora não podia usar a quadra show de lançamento, toda a história da
Serra e também do renomado Festival percussão. Aí eu fiz vestibular para o banda. Novamente arrecadamos
de Inverno da UFSM, que ocorre Curso de Bacharelado em Música e para as suas aulas. Daí ela convidava os
pais dos alunos para falar da sua alimentos como ingresso do show e
anualmente em Vale Vêneto. Para Zé passei a participar do grupo de levamos para outra escola. Nós adoramos
percussão. Durante o curso eu fui ao profissão nas aulas de Educação Física.
Everton, é preciso intervir no mundo, fazer aquilo. Aí a professora da minha
Encontro Latino-Americano de Aí eu fui contar para os alunos como era
ser sujeito da história. Saiba nesta ser músico. Passaram alguns filha me chamou na escola e me pediu
edição o que é o CUICA através do Percussão em Campinas/SP. para criar um grupinho de percussão para
dias, e a minha filha
seu principal idealizador. chegou em casa e uma apresentação de final de ano. Aí
falou que tinha um peguei a minha filha mais um grupinho
trabalho de de amigas que estava sempre lá em casa, e
solidariedade para nós montamos um grupo de cinco
fazer e me pediu meninas e três meninos e começamos os
para ajudar no ensaios lá em casa e fizemos a
trabalho. Quando apresentação. Nesse meio tempo eu havia
Fotos: VILMA OCHOA
Farencena. Durante quatro semanas eu alunos da universidade fazem suas pacientes do Hospital Psiquiátrico da
fiquei trabalhando nessa escola com 11 oficinas aqui, o “CUICA Dança”, que é Universidade. Aqueles que tinham
alunos. A oficina ocorria na quarta de um dia em que a gente tira todos os condições de sair, toda quinta-feira à
manhã e na segunda no final da tarde no tambores daqui e isso aqui vira um tarde vinha uma Kombi com o pessoal
centro comunitário ao lado da escola. espaço de dança. A gente chama de jaleco branco. Vinham fazer oficina
Montamos um repertório com três professores diversos que estabelecem com a gente aqui. Nós somos abertos,
músicas e levamos a oficina para outras parceria para desenvolver atividades tem um pessoal que tem um trabalho
três escolas: a Escola Municipal Renato relacionadas à dança. Tem o “CUICA muito legal na “Associação Fernando
Nochi Zimmermann, e duas da rede Comunidade”, que é um canal de do Ó”, que é um trabalho com crianças e
estadual, a Edna May Cardoso e a relacionamento com pessoas e adolescentes, mas que não trabalha com
Margarida Lopes. Naquele ano tivemos instituições. Como a gente pensa isso? a questão da música. Então eles vêem a
186 alunos, fizemos 62 apresentações. A gente entende que só conseguimos gente tocando e querem que as crianças
Isso teve um resultado muito legal de manter o nosso projeto porque a gente deles também participem das oficinas.
envolvimento da comunidade e a mídia se relaciona com grupos e pessoas. Tudo bem. A gente abre toda segunda-
foi muito generosa conosco. Aí eu E s s e s g r u p o s p o d e m s e r d e feira à tarde para que as crianças dessa
inventei o Park Encantado da Música. empresários, de autônomos, de Associação venham para cá. Vários
Nesse evento nós reunimos a Orquestra instituições como a UFSM, a Unifra, a alunos da UFSM vieram fazer aula P- Hoje, como é mantida a Associação
Jovem de Santa Maria, o grupo de Ulbra, que por diversas vezes a gente já conosco, como estágio de final de CUICA?
percussão da UFSM, o grupo de flautas se relacionou em projetos específicos. curso, cumpriram a carga horária, mas R- Nós criamos um grupo que quando se
de Horizontina e alguns outros artistas. Por exemplo, as pessoas que estão aqui quiseram continuar. Nós não temos apresenta, cobra um cachê de quem pode
Isso teve uma repercussão nacional. Essa hoje (no dia da entrevista, em janeiro de como pagar, mas se quiser vir, tudo pagar. Agora no Natal, nos apresentamos
iniciativa já foi repetida por quatro vezes. 2009) tendo aula de percussão, bem. Agora no final do ano nós fomos no Instituto São Lucas, e o cachê desta
Em novembro de 2006, o Hotel Morotin integram um grupo de recuperação de fazer uma apresentação no Abrigo apresentação vai possibilitar o
nos convidou para um café da manhã no usuários de drogas. Espírita Oscar José Pithan. Em função pagamento da conta de água e de telefone
hotel. Nesse café também tinha um P- Além das crianças, o projeto de um pedido do diretor do abrigo nós por três meses. O projeto da lei de
pessoal do Rotary Clube, e uma pessoa do também atende adultos. Como elaboramos um projeto e vamos atender Incentivo à Cultura paga o meu trabalho,
Rotary me pediu para contar um pouco do funciona isso? dez crianças que eles vão indicar e, em o trabalho do Edu (Pacheco) enquanto
projeto. Aí ela perguntou onde era nossa R- Tem coisas que fogem do contrapartida, o abrigo vai oficineiros, e nós pegamos parte deste
sede. Eu disse que nós não tínhamos sede. controle da gente. Quando prestar uma ajuda de custo dinheiro para pagar as despesas que
Como aconteciam os ensaios? No sábado eu pensei o projeto, eu para manter as despesas temos no projeto. Cada vez mais estamos
à tarde o pessoal ia na minha casa para imaginava assim: eu
“Eu quero com o atendimento buscando parcerias e projetos para
ensaiar. Teve sábado com 60 crianças na não tenho manhã para ser sujeito da destas crianças. manter e viabilizar o funcionamento do
minha casa. Eu contei isso para essa trabalhar com Basicamente são CUICA.
senhora. Ela me deu um endereço e disse crianças, então eu minha história. estas as ações que a P- Acreditas que projetos como o
para eu ir até lá. Eu vim e era esse espaço tenho que pegar os gente desenvolve. Em CUICA devam ser de iniciativa do Poder
onde nós estamos hoje (em Camobi). A maiorzinhos. Assim Não quero passar todo o local que nós Público ou de esforços particulares, em
senhora que eu falo, mora na frente. No eu escrevi no projeto de vamos a gente fala que parcerias?
ano seguinte o projeto foi novamente as idades de 9 a 17 anos.
em branco” o CUICA é um projeto R- Eu entendo que existe uma carência
aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura. Por que 17? Porque 17 é o em construção. Quem enorme por parte das comunidades em
Com esse dinheiro reformamos o prédio, limite dessa galera de quiser se juntar a essa idéia que apresentar alternativas. Por exemplo, se
e passamos a ter a possibilidade de fazer periferia, porque quando eles chegam venha até nós e diga: olha, eu tenho eu pegar os meninos e meninas que tocam
outras oficinas. Nos damos conta de que aos 17, 18 anos eles precisam trabalhar. uma idéia. Eu não posso vir aqui nunca, aqui, daqui um pouquinho tu vai vê-los
precisávamos ser uma instituição, com Eles vêm de uma realidade em que mas eu tenho uma idéia para dar. Se a tocando nos melhores grupos que têm,
CNPJ que pudesse apresentar projetos e precisam “se virar”. Ou eles vão ser gente conseguir viabilizar ou julgar pela dedicação e pela oportunidade que
captar recursos. Naquela época eu já serventes de pedreiro ou eles vão fazer importante a gente toca em frente. eles tiveram. Eu acho que isso deve ser
tinha o apoio do Edu (Pacheco). Ele bico; ou eles vão arrumar um emprego Disso tudo, o que tem de concreto? A incentivado, deve ser bancado, deve ser
estava concluindo o mestrado, e toda a aqui, ali, e tal. Então, essa é a faixa g e n t e c o n s e g u i u u m s e l o d e apoiado pelo Poder Público. Isso aqui só
vez que ele tinha uma folga, vinha para etária que eu trabalho. Quando eles reconhecimento do Ministério da deu certo porque tinha uma pessoa que
cá. Aí precisávamos de um nome. E eu chegam aos 17 anos para continuar no Cultura, que é o prêmio “Cultura deu o sangue. Eu fiquei muitas vezes sem
pensava que deveria ser algo que viesse projeto eles precisam ter uma função no VIVA”. Também fomos reconhecidos ter gasolina para andar, fiquei com a luz, a
da percussão, mas que tivesse a ver com a projeto. Não pode ser só um membro como Projeto Solidário pelo SESC/RS. água cortada aqui no projeto. E isso
nossa história. Um dia eu cheguei e que fica tocando; ele tem que ser Por quê? Porque o SESC tem um nunca foi motivo para desistir, mas para
escrevi no quadro CUICA. Pronto, estava monitor, ele tem que ser responsável projeto chamado “Mesa Brasil”. O que persistir. Isso aqui é um sonho particular
resolvido. Em dezembro do ano passado pela manutenção, ele tem que ter algum a gente fez? Quando fizemos o Park de reescrever minha história. A emoção
(2007) fizemos a assembléia de fundação vínculo, ele tem que fazer alguma coisa Encantado da música, o ingresso era um que a gente sente em trabalhar com essas
e criamos a Associação Cuíca - Cultura, pelo projeto para poder estar junto. É quilo de alimento. No primeiro ano, nós crianças é grande, pois eu já circulei pelos
Inclusão, Cidadania a Artes. O projeto uma exigência que a gente faz. Esse é o destinamos os alimentos arrecadados principais palcos do Rio Grande do Sul, e
que era a oficina de percussão, um projeto grupo que a gente trabalha. Beleza. Aí para a Escola Municipal Renato Nochi as maiores emoções eu senti tocando com
idealizado por mim, ele passa a não ser o fomos fazer uma apresentação lá na Zimmermann. Isto gerou no SESC o os meninos e meninas do CUICA. Eu
projeto do Zé, passa a ser um projeto da Associação do Bem Viver, que é de entendimento de que foi uma ação acho que não adianta nada a gente sonhar
CUICA. O Zé continua sendo portadores da síndrome de Down. No solidária da gente. Neste ano e fazer as coisas da cabeça da gente, se
responsável pela CUICA, mas deixa de outro dia vieram três mães aqui e recebemos novamente este certificado. aquelas que são as pessoas diretamente
ser a “coisa” do Zé para ser a “coisa” do disseram: “- Pelo amor de Deus! Vocês Também fomos escolhidos para envolvidas não estiverem imbuídas do
grupo. têm que fazer um trabalho com essas representar o Rio Grande do Sul no mesmo ideal, que é a coisa de fazer a
P- Quais são as atividades desenvolvidas crianças”. Eu disse, eu não tenho programa “Beleza do Meu Lugar” do nossa revolução, do nosso jeito
hoje pela Associação CUICA? conhecimento com educação especial, canal Futura. O Ministério da Cultura revolucionar o mundo. O meu jeito de
R- A CUICA tem a oficina de percussão como eu vou trabalhar com essas tem um convênio com o canal Futura intervir no mundo em que eu vivo é esse.
que é o nosso carro-chefe, que é o projeto crianças? “- Não, pelo amor de Deus!” para dar visibilidade para os E eu quero intervir, eu não quero ser um
que aparece e que chama, que faz as Agora eu estou, toda quarta-feira audiovisuais produzidos pelos pontos objeto, eu quero ser sujeito da minha
coisas acontecerem, e os outros projetos atendendo um grupo de portadores da de cultura bancados pelo Ministério da história. Eu não quero passar em branco.
que vêm junto. Que são os projetos de síndrome de Down. Aí, por exemplo, Cultura, como a TV OVO em Santa Eu quero mudar o meu mundo do meu
parceria com a universidade, em que os veio no ano passado um grupo de Maria. jeito, que seja aqui na minha rua.
10 FEVEREIRO/2009 Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES
ESPECIAL/ENTREVISTA
Fabiane Costas
tro sindical suspenso, o que está impac- sobre o que se entende por gastos e o que
tando na própria arrecadação do sindi- se entende por investimentos. Penso que
cato. Qual a perspectiva desse proble- uma viagem, como por exemplo, a do dia
ma ser solucionado? 06 de setembro de 2008, quando fomos a
Sindicato não
buição sindical. Qual a importância de ou não gastar os recursos provenientes
os sindicalizados autorizarem esse da arrecadação dos filiados?
desconto direto no banco? R- Como já mencionei, depende do que se
R- Para responder é necessário explicar entende por gasto e investimento. Há a
como ainda é realizado o desconto da compreensão de que investir na luta políti-
é empresa
mensalidade da SEDUFSM. Este se dá ca, ainda que ela reverta em ganhos ao
mediante o SIAPE do professor através movimento docente, seja um gasto. Isso
de consignações. O governo federal via revela uma concepção de sindicato.
Decreto 6.386/2008, alterado em parte Entendo que o sindicato não tem por fina-
pelo Decreto 6.574/2008 e pela Portaria lidade o lucro, não é uma empresa que
EXTRA-CLASSE
ARTIGO
DICA CULTURAL
Operação Condor, o seqüestro dos uruguaios. Uma reportagem dos tempos da ditadura.
Autor: Luiz Cláudio Cunha Quem leu? Vitor Biasoli* Editora: L&PM, 2008, 464 páginas
LIVRO
Em novembro de 1978, os órgãos de repressão do Uruguai mais o DOPS gaúcho realizaram uma ação conjunta em Porto
Alegre. Eles prenderam e torturaram Lílian Celiberti e Universindo Dias, dois membros do PVP (Partido da Vontade do
Povo) que residiam legalmente no Brasil. Os agentes dos órgãos de repressão do Uruguai e Brasil estavam abrigados por um
acordo entre as polícias do Cone Sul, capitaneadas pela DINA chilena: a Operação Condor. Organizada em 1975, as “asas do
Condor” abrigavam um acerto de colaboração para troca de informações, busca, prisão e às vezes interrogatório e tortura dos
inimigos políticos dos países membros (Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil). Lílian e Universindo caíram na malha
da Condor, mas sobreviveram. O jornalista Luiz Cláudio Cunha, então chefe da sucursal da Veja em Porto Alegre, recebeu a
notícia de que algo de sinistro estava ocorrendo e foi conferir junto com o fotógrafo J.B. Scalco. Os dois encontraram uma
situação “estranha” no apartamento onde residiam os uruguaios e arregaçaram as mangas.
O livro Operação Condor: o seqüestro dos uruguaios é o relato minucioso desse “arregaçar as mangas”: a investigação
jornalística a respeito do caso e também os seus desdobramentos policiais, jurídicos e políticos. Organizado em duas partes, o
livro tem as primeiras 340 páginas como uma espécie de história policial: o relato documentado de um episódio que desnudou
a segurança interna do Estado brasileiro. Na segunda parte, o autor apresenta dois longos anexos sobre o Uruguai e a
Operação Condor.
Mais do que o relato e o registro de uma operação truculenta, o livro, no seu conjunto, é uma radiografia de um episódio que
terminou confrontando “o sistema de repressão em que se sustentava o Regime Militar” brasileiro. Uma obra imprescindível
para quem se interessa pela história política, policial e também da imprensa daqueles tempos em que os governos brasileiros
eram orientados pela Doutrina de Segurança Nacional. Um livro que pode ser lido como um thriller policial. (* Prof. do depto.
de História da UFSM)
SEDUFSM
S I N D I C AT O
Encarte Especial
ANDES
NACIONAL Fevereiro de 2009
Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES
Salário docente
A inflação de 2008 ficou em 6,5% pelo
INPC e 9,8% pelo IGP-M. O primeiro
índice geralmente é usado nos dissídios
coletivos de trabalhadores. O segundo
corrige contratos de alugueis, planos de
INTRODUÇÃO
Apresentamos a seguir o aumento salarial decorrente da MP 431 de 14 de
maio de 2008, previsto para o ano de 2009.
Para a carreira do Magistério Superior, a partir de fevereiro de 2009, está
prevista a incorporação dos 160% da Gratificação de Atividade Executiva
(GAE) no Vencimento Básico (VB). Entretanto, deste VB foram retirados os
incentivos de titulação (aperfeiçoamento, 7,5%; especialização, 18%;
mestrado, 37,5%; doutorado, 75%) que fazem parte do referido VB desde a
criação do atual Plano de Carreira, Plano Único de Classificação e
Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE), aprovado pela Lei 7.596, de
10 de abril de 1987. Deste modo, a partir de fevereiro de 2009, deixam de
em valores e para cada classe, nível e titulação. Os valores são expressos em moeda
brasileira (Reais), mas sem nenhuma vinculação com o VB.
Também a partir de fevereiro de 2009 desaparece a Gratificação
percentuais dos Temporária do Magistério Superior (GTMS) que foi criada em março de 2008
em substituição à Gratificação de Estímulo à Docência (GED). Em lugar da
GTMS foi criada a Gratificação Específica do Magistério Superior
docentes de (GEMAS). A diferença entre a GED, a GTMS e a GEMAS é que esta última
também é expressa em valores nominais, mas é diferenciada apenas por
classe e nível. Portanto, não haverá mais diferenciação nesta gratificação, ora
ensino superior, criada, por titulação. A forma como a GEMAS foi criada leva a acreditar que o
objetivo do Governo é não conceder reajustes no VB e sim, continuar com a
ensino básico,
política de criação de gratificações, que foi iniciada durante o governo Collor,
em 1992, quando em vez de conceder reajustes no VB foi imposta a criação da
GAE.
continua >
Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES ENCARTE ESPECIAL, FEVEREIRO DE 2009 03
TITULAR 1 419,03 456,41 514,11 871,34 1.541,41 TITULAR 1 10,1% 10,3% 10,9% 14,6% 17,3%
4 1.563,80 4 18,8%
3 1.482,61 3 18,3%
ASSOCIADO ASSOCIADO
2 1.419,82 2 17,9%
1 1.366,14 1 17,6%
4 20,00 42,70 223,63 494,46 270,76 4 0.6% 1,1% 5,6% 10,1% 3,9%
3 0,00 13,32 186,82 441,42 207,34 3 0,0% 0,4% 4,8% 9,3% 3,1%
ADJUNTO ADJUNTO
2 0,00 3,03 169,22 413,28 165,84 2 0,0% 0,1% 4,5% 8,9% 2,5%
1 7,37 7,36 166,37 392,61 225,71 1 0,2% 0,2% 4,5% 8,7% 3,5%
4 22,26 22,25 168,26 364,75 4 0,7% 0,7% 4,8% 8,5%
3 27,58 27,58 167,42 396,25 3 0,9% 0,8% 4,9% 9,5%
ASSISTENTE ASSISTENTE
2 29,59 29,59 163,71 422,48 2 1,0% 0,9% 4,9% 10,3%
1 29,60 29,60 158,31 445,53 1 1,0% 1,0% 4,8% 11,1%
4 29,59 29,60 148,38 4 1,0% 1,0% 4,7%
3 29,59 29,59 143,57 3 1,0% 1,0% 4,7%
AUXILIAR AUXILIAR
2 29,59 29,58 138,98 2 1,1% 1,0% 4,6%
1 1
40 HORAS 40 HORAS
CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT. CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT.
TITULAR 1 29,00 -0,02 148,84 -6,26 135,29 TITULAR 1 1,0% 0,0% 4,5% -0,2% 2,6%
4 37,34 4 0,8%
3 50,91 3 1,1%
ASSOCIADO ASSOCIADO
2 65,99 2 1,4%
1 129,41 1 2,8%
4 26,46 26,45 143,21 29,00 129,54 4 1,0% 1,0% 5,0% 0,9% 3,1%
3 35,46 35,47 147,42 29,00 159,44 3 1,4% 1,3% 5,3% 0,9% 3,9%
ADJUNTO ADJUNTO
2 45,09 45,10 152,32 29,02 189,88 2 1,8% 1,7% 5,6% 0,9% 4,8%
1 54,75 54,75 157,35 29,01 219,88 1 2,2% 2,1% 5,9% 1,0% 5,6%
4 52,79 52,80 147,00 36,48 4 2,2% 2,1% 5,7% 1,3%
3 29,01 32,50 119,25 44,03 3 1,2% 1,3% 4,7% 1,6%
ASSISTENTE ASSISTENTE
2 29,01 32,48 115,53 48,44 2 1,3% 1,4% 4,7% 1,7%
1 29,02 32,50 112,14 50,99 1 1,3% 1,4% 4,8% 1,9%
4 29,01 32,49 63,67 4 1,3% 1,4% 2,8%
3 29,02 32,49 46,09 3 1,3% 1,5% 2,1%
AUXILIAR AUXILIAR
2 29,01 32,49 48,04 2 1,4% 1,5% 2,2%
1 1
20 HORAS 20 HORAS
CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT. CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT.
TITULAR 1 27,63 43,38 49,05 50,38 49,43 TITULAR 1 1,4% 2,1% 2,3% 2,1% 1,7%
4 51,25 4 1,9%
3 54,60 3 2,1%
ASSOCIADO ASSOCIADO
2 40,37 2 1,6%
1 40,17 1 1,6%
4 27,63 30,94 36,02 57,22 40,18 4 1,6% 1,7% 1,9% 2,8% 1,7%
3 27,63 30,94 40,02 59,50 39,64 3 1,6% 1,7% 2,2% 3,0% 1,7%
ADJUNTO ADJUNTO
2 27,63 30,94 40,87 62,73 39,14 2 1,6% 1,7% 2,2% 3,2% 1,7%
1 27,63 30,94 41,84 65,49 38,69 1 1,6% 1,8% 2,3% 3,4% 1,7%
4 27,63 30,94 39,39 67,51 4 1,7% 1,8% 2,3% 3,6%
3 27,63 30,94 40,74 70,06 3 1,7% 1,8% 2,4% 3,8%
ASSISTENTE ASSISTENTE
2 27,63 30,94 42,07 73,44 2 1,7% 1,9% 2,5% 4,1%
1 27,63 30,94 43,57 76,22 1 1,7% 1,9% 2,6% 4,3%
4 27,63 30,94 42,11 4 1,8% 1,9% 2,6%
3 27,63 30,94 43,88 3 1,8% 2,0% 2,8%
AUXILIAR AUXILIAR
2 27,63 30,94 45,75 2 1,8% 2,0% 2,9%
1 1
continua >
04 ENCARTE ESPECIAL, FEVEREIRO DE 2009 Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES
U 1.541 U 17,3%
DV 3 788 1.564 DV 3 13,7% 18,8%
2 893 1.483 2 16,1% 18,3%
1 894 1.410 1 16,3% 17,8
D IV S 419 456 419 894 1.366 D IV S 10,1% 10,3% 8,5% 16,4% 17,6%
D III 4 0 23 23 474 251 D III 4 0,0% 0,6% 0,5% 9,7% 3,6%
3 0 13 13 441 207 3 0,0% 0,4% 0,3% 9,3% 3,1%
2 0 3 3 413 166 2 0,0% 0,1% 0,1% 8,9% 2,5%
1 7 7 7 393 226 1 0,2% 0,2% 0,2% 8,7% 3,5%
D II 4 22 22 22 365 234 D II 4 0,7% 0,7% 0,6% 8,5% 3,7%
3 28 28 28 396 232 3 0,9% 0,8% 0,8% 9,5% 3,7%
2 30 30 30 422 246 2 1,0% 0,9% 0,9% 10,3% 4,0%
1 30 30 30 446 253 1 1,0% 1,0% 0,9% 11,1% 4,1%
DI 4 30 30 30 546 246 DI 4 1,0% 1,0% 0,9% 14,4% 4,1%
3 30 30 30 556 284 3 1,0% 1,0% 0,9% 14,8% 4,8%
2 30 30 30 567 322 2 1,1% 1,0% 1,0% 15,6% 5,5%
1 30 30 30 507 354 1 1,1% 1,1% 1,0% 14,1% 6,2%
40 HORAS 40 HORAS
CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT. CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT.
U 135 U 2,6%
DV 3 29 130 DV 3 0,8% 2,8%
2 29 130 2 0,8% 2,8%
1 29 130 1 0,8% 2,8%
D IV S 29 29 29 29 130 D IV S 1,0% 0,9% 0,8% 0,8% 2,8%
D III 4 29 29 29 29 130 D III 4 1,1% 1,1% 1,0% 0,9% 3,1%
3 29 29 29 29 159 3 1,1% 1,1% 1,0% 0,9% 3,9%
2 29 29 29 29 190 2 1,1% 1,1% 1,0% 0,9% 4,8%
1 29 29 29 29 220 1 1,2% 1,1% 1,0% 1,0% 5,6%
D II 4 29 29 29 36 97 D II 4 1,2% 1,2% 1,1% 1,3% 2,6%
3 29 32 29 44 97 3 1,2% 1,3% 1,1% 1,6% 2,6%
2 29 32 29 48 97 2 1,3% 1,4% 1,1% 1,7% 2,6%
1 29 32 29 51 97 1 1,3% 1,4% 1,2% 1,9% 2,7%
DI 4 29 32 44 50 97 DI 4 1,3% 1,4% 1,9% 1,9% 2,7%
3 29 32 46 49 97 3 1,3% 1,5% 2,1% 1,9% 2,7%
2 29 32 48 49 97 2 1,4% 1,5% 2,2% 1,9% 2,8%
1 29 32 50 49 97 1 1,4% 1,5% 2,3% 2,0% 2,8%
20 HORAS 20 HORAS
CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT. CLASSE NÍVEL GRAD. APERF. ESPEC. MEST. DOUT.
U 49 U 1,7%
DV 3 53 51 DV 3 2,3% 1,9%
2 57 55 2 2,5% 2,1%
1 57 40 1 2,6% 1,6%
D IV S 28 43 49 57 40 D IV S 1,4% 2,1% 2,3% 2,6% 1,6%
D III 4 28 31 36 57 40 D III 4 1,6% 1,7% 1,9% 2,8% 1,7%
3 28 31 40 60 40 3 1,6% 1,7% 2,2% 3,0% 1,7%
2 28 31 41 63 39 2 1,6% 1,7% 2,2% 3,2% 1,7%
1 28 31 42 65 39 1 1,6% 1,8% 2,3% 3,4% 1,7%
D II 4 28 31 39 68 38 D II 4 1,7% 1,8% 2,3% 3,6% 1,8%
3 28 31 41 70 38 3 1,7% 1,8% 2,4% 3,8% 1,8%
2 28 31 42 73 38 2 1,7% 1,9% 2,5% 4,1% 1,8%
1 28 31 44 76 38 1 1,7% 1,9% 2,6% 4,3% 1,8%
DI 4 28 31 42 100 38 DI 4 1,8% 1,9% 2,6% 6,0% 1,8%
3 28 31 44 103 38 3 1,8% 2,0% 2,8% 6,4% 1,9%
2 28 31 46 108 37 2 1,8% 2,0% 2,9% 6,8% 1,9%
1 28 31 48 111 37 1 1,9% 2,0% 3,1% 7,0% 1,9%