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Se alguma hora da histria imps aos que falam alto entre os povos obrigaes de seriedade, de profunda abnegao, de sacrifcio

do eu s tristezas e misrias da humanidade, de trabalho e silencioso pensamento () o nosso sculo. Refundem-se as crenas antigas. Geram-se com esforo novas ideias. Desmoronam-se as velhas religies. As instituies do passado abatemse. O futuro no aparece ainda () h toda uma humanidade em dissoluo, de que preciso construir uma humanidade viva, s, crente e formosa. Mas de onde sairiam os grandes homens para este grande trabalho? Das academias? Das arcdias? Das sinecuras opulentas? Dos chorrilhos de elogio mtuo? Sairiam as guias das capoeiras? Quisera s defender a liberdade e a dignidade de pensamento () Nunca literatura alguma teve a obrigao de ser elevada, grave, sria, desambiciosa, como a literatura deste povo decadente CIDADE, Hernni, Antero de Quental, a questo coimbr ____________________________________________________________________________
()uma obra de arte produz em ns aquela peculiar euforia, essencial experincia esttica () descortinamos na sua fecundidade a miragem de uma vida mais ampla, uma promessa no concretizada de felicidade MARINA, Jos Antnio, teoria da Inteligncia Criadora

Nunca mais Nunca mais Caminhars nos caminhos naturais. Nunca mais te poders sentir Invulnervel, real e densa. Para sempre est perdido O que mais do que tudo procuraste: A plenitude de cada presena E sr sempre o mesmo sonho, a mesma ausncia ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner

() A ideia de uma Ptria anterior forma inconsciente do meu ser, Di-me no que desejo e vem bater Como uma onda de encontro minha dor () PESSOA, Fernando

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