Professional Documents
Culture Documents
incontestáveis; pela própria Ciência, que nesta altura visa obter uma explicação dos
fenómenos, aprofundada. Aliás, é neste período que existe uma separação entre o sujeito que
observa e o objecto investigado, isto é, a observação é distanciada do objecto. Daí o abandono
do Método indutivo, que partia da ideia intuitiva sobre algo que se observa sem grande
aprofundamento, em detrimento pelo Método dedutivo, partindo-se daquilo que já é dado
como conhecido com teses, teorias, etc., depois aprofundando-se, comparando-se, etc.… – Um
método mais correcto.
Nesta época, do paradigma dominante, ainda existe estabilidade. Há uma substituição,
gradual, dos conceitos do senso-comum. Este Paradigma só entra em crise no domínio das
descobertas naturais, devido às condições teóricas, teoremas e Leis, essencialmente, devido a
Einstein e outros cientistas, que com as suas descobertas entravam em Ruptura com o
Paradigma Dominante. E, Sociais, em particular pelas próprias condições sociais que dizem
respeito à globalização da indústria, onde a ciência e a tecnologia caminharam a par – por isso,
se dá em termos sociais
Descartes
Nasceu em França. Seguiu os seus estudos licenciado-se em Direito, contudo, nunca
exerceu o direito.
Pensamento
A Cultura é inimiga da Razão
O pensamento de Descartes é revolucionário para uma sociedade feudalista em que
ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não existia uma
tradição de "produção de conhecimento", e onde o conhecimento estava nas mãos da Igreja.
Aristóteles tinha deixado um legado intelectual que o clero se encarregava de disseminar.
Viveu numa época marcada pelas guerras religiosas entre Protestantes e Católicos na
Europa. Ele viajou muito e viu que sociedades diferentes têm crenças diferentes, mesmo
contraditórias, até o que numa região é tido por verdadeiro, é visto como ridículo,
disparatado, mentira, noutros lugares.
Viu que os "costumes", a história de um povo, sua tradição "cultural" influenciam a
forma como as pessoas pensam, aquilo em que acreditam.
Descartes, quer acabar com a influência desses "costumes" no pensamento e quer ser
o mais objectivo possível, imparcial. Fundamentando o seu pensamento em verdades claras e
cristalinas. Para isso, de acordo com o seu método, devem ser eliminadas quaisquer
influências de ideias que muitas vezes nos são "dados adquiridos" mas que são pura e
simplesmente coisas que alguém nos contou (talvez mesmo na nossa infância) sem que nunca
nos tenhamos dado conta. Só nos devemos basear em enunciados claros e evidentes.
O primeiro pensador "moderno"
Descartes, é considerado o primeiro filósofo "moderno". A sua contribuição à
epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais, por ter estabelecido um método
que ajudou o seu desenvolvimento.
O método cartesiano consiste no Cepticismo Metodológico - duvida-se de cada ideia
que pode ser duvidada. Ao contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que acreditavam
que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque assim deve ser, etc.,
Descartes institui a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado. O
próprio Descartes consegue provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito
de algo - cogito ergo sum, penso logo existo) e de Deus. O acto de duvidar como indubitável.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 2
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 3
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Empirismo
É a escola de Epistemologia (na filosofia ou psicologia) que avança que todo o
conhecimento é o resultado das nossas experiências. O empirismo é um aliado próximo do
materialismo (filosófico) e do positivismo, sendo oposto ao racionalismo europeu continental.
O empirismo é geralmente observado como sendo o fundamento do método científico
moderno. Defende que as nossas teorias devem ser baseadas nas nossas observações do
mundo, em vez da intuição ou fé. Defende a investigação empírica e o raciocínio indutivo.
Nomes associados ao empirismo incluem Aristóteles, Francis Bacon, John Locke.
Nesta mesma linha, mas mais recentemente, encontra-se Karl Popper.
Epistemologia;
É a filosofia da Ciência – é um ramo da investigação filosófica que procura reflectir sobre tudo
o que diz respeito à ciência. A sua evolução ao longo dos tempos, o que é uma teoria? O que é
uma hipótese? Etc.
Trata-se de uma disciplina recente. É considerada, a Epistemologia, interdisciplinar porque se
remete a várias áreas para a sua reflexão científica, quer seja sociológica ou qualquer outra
disciplina científica.
Epiteme – Ciência + Lógia (Logos) – Estudo, Saber;
Falseabilidade (ou refutabilidade)
É um conceito importante na filosofia da ciência (epistemologia). Para uma afirmação
ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma
experiência física que tente mostrar que essa afirmação é falsa.
Por exemplo, a afirmação "todos os corvos são pretos" poderia ser falsificada pela
observação de um corvo vermelho. A escola de pensamento que coloca a ênfase na
importância da Falseabilidade como um princípio filosófico é conhecida como a Falseabilidade.
A falseabilidade foi desenvolvida inicialmente por Karl Popper que reparou que dois
tipos de enunciados são de particular valor para os cientistas. O primeiro é o enunciado de
observação. Na teoria da lógica chamados de enunciados existenciais singulares, uma vez que
afirmam a existência de uma coisa em particular. Eles podem ser analisados na forma: existe
um x que é cisne e é branco.
O segundo tipo de enunciado de interesse para os cientistas categoriza todas as
instâncias de alguma coisa, por exemplo "todos os cisnes são brancos". Na teoria da lógica
chamados de enunciados universais. Eles são normalmente analisados na forma para todos os
x, se x é um cisne então x é branco.
A metodologia indutivista supunha que se pode passar de uma série de enunciados
singulares para um enunciado universal. Ou seja, que se pode passar de um "este é um cisne
branco", "ali está outro cisne branco", e por aí em diante, para um enunciado universal como
"todos os cisnes são brancos". Este método é claramente inválido em lógica, uma vez que será
sempre possível que exista um cisne não-branco que por algum motivo não tenha sido
observado.
Este era o Problema da indução cuja resolução é proposta por Popper, que defendeu
que a ciência não poderia ser baseada em tal ilação. Ele propôs a falseabilidade como a
solução do problema da indução. Popper viu que apesar de um enunciado existencial singular
não poder ser usado para afirmar um enunciado universal, ele pode ser usado para mostrar
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 4
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 5
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Democráticas”, em 1871, onde chamava à atenção para a realidade do nosso pais onde era
notório o aceitamento do fechamento ao exterior, ao espírito moderno da época. Neste tema
o autor, (F.S. Neves), incita a trabalhar as ideias por ele expostas na parte luso.
No lado dedicado à Lusófonia a referência às teses da CPLP, onde são defendidas
ideias próprias que assentam nalgumas teses onde defende o recurso à crítica da razão
lusófona.
Mas, também no espaço onde nos inserimos, Europa, devemos ser críticos. Ainda
refere que a CPLP deveria incluir Timor-leste.
O objectivo da crítica (criticar) tem como sentido o desenvolvimento, abandonar o
provincianismo, o tal isolamento que gera o atraso a todos os níveis da sociedade.
Hegel
Filósofo da Totalidade, do Saber absoluto, do Fim da história, da Dedução de toda
realidade a partir do Conceito. Filosofia da Identidade, que não concebe espaço para o
contingente, para a diferença.
Hegel introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo,
chamado de dialéctica: uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como
solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Por exemplo, a Revolução
Francesa constitui, para Hegel, a introdução da verdadeira liberdade às sociedades ocidentais.
No entanto, é também absolutamente radical: por um lado, o aumento abrupto da violência
que fez falta para realizar a revolução, e, por outro, já consumiu seu oponente. A revolução já
não pode voltar-se para nada além do seu resultado: a liberdade conquistada com tantas
misérias é consumida por um brutal Reinado do Terror. A história progride aprendendo com os
erros: só depois desta experiência, e precisamente por causa dela, pode postular-se a
existência de um Estado constitucional de cidadãos livres, que consagra tanto o poder
organizador favorável do governo racional e os ideais revolucionários da liberdade e da
igualdade.
A dialéctica é uma das partes do sistema hegeliano objecto de má compreensão ao
longo do tempo. Uma das razões para tal compreensão deve-se ao facto de que para Hegel é
preciso abandonar a ideia de que a contradição produz um objecto vazio de conteúdo. Ou seja,
Hegel dá dignidade ontológica para a contradição, bem como para o negativo. Por outro lado,
Hegel não queria com isso dizer que absurdos como por exemplo pensar um quadrado
redondo fosse possível.
Nas explicações contemporâneas do hegelianismo – para os estudantes universitários
– a dialéctica de Hegel aparece fragmentada em três momentos chamados: tese (a revolução),
antítese (o terror subsequente) e a síntese (o estado constitucional de cidadãos livres). Essa
classificação foi criada por Fichte. Os estudiosos sérios de Hegel não reconhecem, em geral, a
validade desta classificação, ainda que possivelmente tenha algum valor pedagógico.
A obra hegeliana é fonte de inúmeras controversas, mas a filosofia não deixa de se
referir a Hegel, na medida em que se constitui como anti-hegeliana.
Após a morte de Hegel, os seus seguidores dividiram-se em dois campos principais e
contrários. Os hegelianos de direita e os de esquerda. Entre os hegelianos de esquerda
encontra-se, o mais famoso, Karl Marx.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 7
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Humanismo e Renascimento
Humanismo
Os últimos séculos medievais foram marcados por crises em todos os aspectos da vida
social. Forma-se uma nova concepção de mundo, um novo sentimento de ser humano. O
Feudalismo entra em decadência, esgotado por guerras constantes que, aliadas às epidemias,
fazem escassear a mão-de-obra rural e a produção agrícola. O poder político concentra-se mais
nas mãos dos reis. Fortalecidas, as monarquias afirmavam a sua independência em relação à
Igreja e já não aceitavam tanto a sua intromissão nos assuntos de Estado. Por outro lado, já a
actividade mercantil se reactivara e, em torno dela, a cidade, a vida urbana e um novo grupo
social: artesãos e burgueses se ocupavam mais com os lucros da vida terrena do que com a
recompensa da vida eterna. Nesta nova classe intermediária haviam sectores hierarquizados: o
patrão e o obreiro, os mestres e os aprendizes. Os mais ricos almejam o prestígio da nobreza,
os mais pobres lutam pelos seus salários. Emerge como novo indicativo de riqueza e poder, ao
lado da terra, o dinheiro.
O conhecimento circulava mais agilmente pela cidade; a invenção da Imprensa, vem
dinamizar definitivamente este processo, tirando da Igreja a posse do acervo cultural: as obras
podiam ser reproduzidas em menor tempo e maior quantidade, propiciando a formação de
bibliotecas fora dos mosteiros. Embora o padrão cultural e intelectual ainda seja aquele
sinalizado pela nobreza e pelos sectores eclesiásticos, é a classe média quem financia a cultura
e a vida urbana que fornece seus temas. Assim, a conformação psicológica do burguês, mais
centrada na observação e no raciocínio, assume um papel importante na produção cultural. O
"conhecer pela observação" substitui gradualmente o "conhecer pela fé". Deus lentamente
desloca-se do centro da atenção do homem, que começa a prestar atenção em si mesmo. É o
movimento humanista que prepara uma definitiva transformação na concepção do mundo: o
antropocentrismo que se concretizará nos séculos seguintes.
Esses novos valores, assumidos pelo homem a partir do século XIV, deixarão a sua marca
na produção artística: na pintura, a figura humana ganha forma, expressão e proporção; a
música torna-se polifónica, a arquitectura gótica agoniza.
O Renascimento
Movimento de grande renovação cultural que dominou a Europa, sobretudo nos séculos
XV e XVI, sendo a colocação do Humanismo no plano concreto. Teve como berço os prósperos
centros comerciais de Veneza e Florença, sendo um reflexo das transformações económicas,
sociais e políticas desse período (crescimento das cidades, surgimento da burguesia,
fortalecimento do poder real, entre outras).
Uma das principais causas para o desenvolvimento cultural dessa época foi a divulgação
dos conhecimentos da Antiguidade Clássica. Diversos intelectuais e artistas bizantinos
emigraram para a Itália, levando valiosos manuscritos de poetas e filósofos gregos. O
surgimento dos mecenas também foi de grande importância, estes eram burgueses, príncipes,
reis e papas, que protegiam os artistas e os intelectuais, sendo assim chamados porque, no
reinado de Augusto, na Roma antiga, o cavaleiro Caio Mecenas protegia os artistas.
Actualmente o termo Renascimento é bastante contestado, pois leva as pessoas a
acreditarem que na Europa medieval não houve produção cultural.
O Renascimento foi dividido em três fases: "Trecento" (século XIV), "Quatrocento" (século
XV) e "Cinquecento" (século XVI).
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 8
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Karl Marx
Nasceu numa família de classe média. Ingressou na Universidade de Bona para estudar
Direito, mas, no ano seguinte transferiu-se para a Universidade de Berlim, onde a influência de
Hegel ainda era bastante sentida, mesmo após a morte (em 1831) do célebre professor e reitor
daquela universidade. Ali, os interesses de Marx voltam-se para a filosofia, tendo participado
activamente do movimento dos Jovens Hegelianos. Doutorou-se em com uma tese sobre as
Diferenças da filosofia da natureza. concebeu a ideia de um sistema que combinasse o
materialismo com a dialéctica de Hegel.
Impedido de seguir uma carreira académica, tornou-se redactor-chefe de um jornal.
Com o seu encerramento do jornal emigra para a França, onde se casou e desse casamento
teve cinco filhos. Durante a maior parte de sua vida adulta, sustentou-se com artigos que
publicava ocasionalmente em jornais alemães e americanos e por diversos auxílios financeiros
vindos dos seus amigos. Tentava arranjar rendimentos publicando livros que analisassem
factos da História recente, mas obteve pouco retorno com estas tarefas.
Marx teve um filho, nascido da relação extraconjugal com a empregada da sua casa.
Não podendo perfilhá-lo, arranjou para que fosse reconhecido como filho por Engels.
Engels declama estas palavras quando da morte de Marx, quinze meses após a perda
da esposa:
Marx era, antes de mais, um revolucionário. A sua verdadeira missão na vida era
contribuir, de um modo ou de outro, para derrubar a sociedade capitalista e as instituições
estatais por estas suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi
o primeiro a tornar consciente da sua posição e das suas necessidades, consciente das
condições de sua emancipação. A luta era o seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e
um sucesso com quem poucos puderam rivalizar.
(...)
Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado de seu tempo. Governos, tanto
absolutos como republicanos, deportaram-no dos seus territórios. Burgueses, quer
conservadores ou ultra democráticos, porfiavam entre si ao lançar difamações contra ele.
Tudo isto, ele, punha de lado, como se fossem teias de aranha, não tomando conhecimento, só
respondendo quando necessidade extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e
lastimado por milhões de colegas trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria até a
Califórnia, de todas as partes da Europa e da América – e atrevo-me a dizer que, embora,
muito embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal.
Karl Popper
Filósofo da ciência, considerado por muitos como o filósofo mais influente do século
XX a tematizar a ciência. Foi também um filósofo social e político, um grande defensor da
democracia liberal e um oponente implacável do totalitarismo. Ele é talvez melhor conhecido
pela sua defesa da falseabilidade como um critério da demarcação entre a ciência e a não-
ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta.
Introduz no Séc. XX vários ideias inovadoras do pensamento/acção.
O reflexo deste autor é o reflexo, não só, da prática da sociedade mas também das
questões científicas em termos teóricos. A teoria de Popper é o do racionalismo crítico: A
crítica.
O poder de criticar que hoje possuímos está na base da ideia criada por Popper.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 9
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
O que é uma teoria cientifica hoje? Quais são os métodos mais importantes para este
autor?
Os tópicos da teoria de Karl Popper são o Racionalismo Crítico, reflexo, não só, da
prática da sociedade mas também das questões científicas em termos teóricos. A crítica. O
Progresso Cientifico, onde qualquer ideia deve confrontar-se com a experiência severamente
criticada. A única forma de fazer progredir a ciência é através da crítica confrontada com a
experiência. Ainda, o Método de “Refutação”, através de uma teoria constantemente posta à
prova (teoria cientifica). Se for rejeitada deixa de ser teoria, se resistir é porque é uma boa
teoria: - Sólida. Devem ser feitas (as provas) constantemente. Em todos os ramos das ciências
(exactas e humanas). Devem ser postas à prova da experiência. Tendo a Falseabilidade como
critério que advém do método das teorias cientificas e que se baseia mais na ideia do falso do
que do verdadeiro. Trata-se de uma importante evolução de refutação. Como se testa a
falseabilidade? Através dos enunciados científicos onde Popper estabelece uma regra de tipo
superior que sirva de norma, e que exige que nenhum dos enunciados científicos sejam
excluídos do texto da falseabilidade. Também com a Concepção positiva do erro, tentando
perceber que com o Método de “Refutação” e com a Falseabilidade aprendemos, não só a
criticar, como identificamos o erro. É positivo neste sentido, porque se aprende com os erros.
Encontrar no erro a aprendizagem ganha, por isso se diz positiva. Aprendemos com o erro e
temos a capacidade de criticar. As teorias têm um carácter conjectural, onde para Popper
uma teoria permanece sempre como hipótese. Tem carácter conjectural porque não são
definitivamente certas susceptíveis de refutação. Popper considera que as teorias não são
verdades absolutas ou dogmas, porque estão sempre sujeitas à crítica. A ciência é dinâmica,
tem capacidade de fazer crescer o conhecimento, não é verdade absoluta, mas uma constante
busca dela. Popper considera o método indutivo (aproximação aos fenómenos científicos pelos
sentidos, daí que seja anti-indutivista, por estes serem feitos na base da observação pelos
sentidos);
Consta que sofreu influência dos autores do Circulo de Viena, chamados os fundadores
da teoria crítica (os problemas metafísicos deveriam ser verificados empiricamente).
A filosofia crítica tem um maior valor científico porque as teorias passam a poder ser
fundamentadas com base na experiência.
Dois progressos do conhecimento defendidos por Popper, que se inserem na sua
teoria do Racionalismo Crítico – Falseabilidade. Primeiro em termos Continuísta, isto é, a
acumulação do conhecimento – Teorias que se vão sucedendo umas às outras e geram um
progresso em direcção à verdade. Depois de forma Descontinuísta, com revelações e cortes –
As teorias são confrontadas com novas teorias que corrigem as que para ele tinham erros e
por isso as considera falsas. Método da Falseabilidade.
Os convencionalistas criticam a teoria da falseabilidade. Para estes, que se baseiam na
matemática (na lógica), as teorias são escolhidas com base na verdade. A ciência para Popper
não é a posse da verdade mas a sua constante busca. Tem assim, um carácter dinâmico.
Conhecimentos prévios - Expectativas – Problema – Conjecturas - Refutação
Popper defende o método dedutivo, ele é anti-indutivista. O método indutivo não
permite distinguir a ciência das teorias.
Karl Popper
Métodos de Análise:
- Raciocínio crítico: Popper defende o Racionalismo Crítico.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 10
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 11
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Ao criticar posições diferentes para o sentido da história, Popper, defende uma auto-
libertação pelo saber, uma emancipação espiritual, o erro. Só aprendemos com os erros que
cometemos. A crítica e a autocrítica estão sempre presentes em Popper e têm uma função
libertadora em que nos dias de hoje aceitemos os nossos erros e os dos outros.
No livro faz uma reflexão sobre o Direito. Pergunta quais os aspectos que conseguimos
melhorar desde que se inventaram as democracias orientais? Melhorámos alguma coisa com
essas democracias? (o combate à pobreza, embora não definitivo porque existem zonas em
miséria, pobreza, fome, etc. no mundo).
As democracias ocidentais tentam arranjar formas de combater estas deficiências, tal como o
combate aos sofrimentos evitáveis (doenças, pestes, pandomias, etc.).
Popper considera que estas democracias foram também conquistas, com destaque para os
direitos humanos, justiça (Ex.: Direito Penal – veio trazer uma moderação nos crimes, na
medida em que, moderando as penas, poderia provocar uma moderação nos crimes. Relação
Causa/Efeito). Crítica – Diálogo – Liberdade crítica muito acentuada.
Marxismo
O marxismo influenciou os mais diversos sectores da actividade humana ao longo do
século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de factos sociais,
morais, artísticos, históricos e económicos, e que se tornou doutrina oficial dos países de
regime comunista.
É o conjunto das ideias filosóficas, económicas, políticas e sociais que Marx e Engels
elaboraram e que mais tarde foram desenvolvidas por seguidores. Interpreta a vida social
conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades de acordo
com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo.
Ultrapassou as ideias de Marx e Engels, tornando-se uma corrente política-teórica que
abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes. Assim, é
necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências,
especialmente a social-democracia, o bolchevismo e o esquerdismo.
Os pontos de partida são a dialéctica de Hegel, a filosofia materialista dos socialistas
utópicos franceses e as teorias económicas dos ingleses. Mais do que uma filosofia, o
marxismo é a crítica radical da filosofia, principalmente do sistema filosófico idealista de Hegel.
O núcleo do pensamento de Marx é sua interpretação do homem, que começa com a
necessidade humana. A história inicia com o próprio homem que, na busca da satisfação de
necessidades, trabalha sobre a natureza. À medida que realiza este trabalho, o homem
descobre-se como ser produtivo e passa a ter consciência de si e do mundo. Percebe então
que "a história é o processo de criação do homem pelo trabalho humano".
Segundo alguns, os dois elementos principais do marxismo são o materialismo
dialéctico, para o qual a natureza, a vida e a consciência se constituem de matéria em
movimento e evolução permanente, e o materialismo histórico, para o qual o modo de
produção é base determinante dos fenómenos históricos e sociais, inclusive as instituições
jurídicas e políticas, a moralidade, a religião e as artes. Para outros, não existe o materialismo
dialéctico esboçado por Engels e desenvolvido por Lenine e Estaline, mas é uma expressão
inexistente em Marx, que falava em dialéctica e método dialéctico e não em "materialismo
dialéctico".
A teoria marxista desenvolve-se em quatro níveis de análise – filosófico, económico,
político e sociológico – em torno da ideia central de mudança.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 12
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 14
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 16
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 17
IPC – Introdução ao Pensamento Contemporâneo
realizou o mais notável progresso desde os tempos gregos. Esse progresso começou na ciência
e de ele vou falar agora.
Thomas Kuhn
Físico americano, faleceu em 1996, fez uma noção filosófica sobre a ciência que nós
hoje consideramos importante no contexto contemporâneo. Introduziu a noção de Revolução
Cientifica. Uma Revolução que não tem a ver com as ciências exactas. Alargou-as em todos os
domínios da ciência: sociológica, filosófica do próprio autor.
Passa da Monoparadigmática para a Pluriparadigmática. O novo paradigma é a Ciência
Revolucionária, que é passagem da ciência normal para os paradigmas (Passa de Mono a
Pluriparadigmática com o surgimento deste 2º paradigma (a passagem da Ciência Normal para
a Ciência Revolucionária).
Khun é um autor inovador e chama a atenção para as mudanças revolucionárias.
Concepção Monoparadigmática: Concepção que considera apenas uma ideia (paradigma) para
a soluça/resolução de um problema cientifico.
Concepção Pluriparadigmática: Ao considerar-se várias visões/paradigmas para
resolução/explicação de um determinado problema cientifico.
Segundo Kuhn o Paradigma define-se em sentido Lato porque diz respeito à forma de
fazer ciência que é partilhada por uma comunidade científica ou em sentido Particular que diz
respeito ao conjunto de soluções e problemas concretos que a ciência fornece através dos
instrumentos conceptuais e dos seus métodos;
Há vários paradigmas que podem ser aceites para a resolução dos problemas, daí o
pluriparadigmático. Para resolver o mesmo problema pode utilizar-se vários paradigmas. Não
há uma só forma na sociedade de ver os problemas.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
http://direitolusofono.blogspot.com 18