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ENZIMAS

 REGULAÇÃO ENZIMÁTICA
 - Regulação por feedback
 - Regulação por feed-forward
 - Modificação covalente reversível
 - Activação por clivagem proteolítica
 - Ciclos de substrato
 - Regulação em cascata
 - Compartimentalização (‘channeling’)
ENZIMAS
 Algumas enzimas podem ter suas actividades
reguladas, actuando assim como moduladoras do
metabolismo celular. Esta modulação é essencial
na coordenação dos inúmeros processos
metabólicos pela célula.
 Além dos mecanismos já citados de
modulação de actividade enzimática - por variação
da concentração do substrato, ou por inibição
enzimática, existem dois modelos de regulação
enzimática:

ENZIMAS
 - MODULAÇÃO ALOSTÉRICA
 Ocorre nas enzimas que possuem um sítio de
modulação, ou alostérico, onde se liga de forma
não-covalente um modulador alostérico que pode
ser positivo (activa a enzima) ou negativo (inibe a
enzima).
 A ligação do modulador induz a modificações
conformacionais na estrutura espacial da enzima,
modificando a afinidade desta para com os seus
substratos;
 Um modelo muito comum de regulação alostérica é
a inibição por "feed-back", onde o próprio produto
da reação actua como modulador da enzima que a
catalisa.
ENZIMAS
 - Modulação Covalente:
 Ocorre quando há modificação covalente
da molécula da enzima, com conversão
entre as formas activa/inactiva.
 O processo ocorre principalmente por
adição/remoção de agrupamentos fosfato
de resíduos específicos de serina.
ENZIMAS
 FEEDBACK NEGATIVO
Mecanismos:
1. Retroinibição
1.1. Via biossintética não ramificada: o produto final
inibe a actividade da primeira enzima da via
biossintética.
 Ex: Síntese das bases pirimídicas:
 Moléculas precursoras: carbamoil-fosfato e aspartato.
 Passo determinante da reacção usa a enzima.
aspartato transcarbaminase que sofre um processo de
inibição em feedback por intermédio dos produtos
finais que são a citosina-fosfato e a timina-fosfato.
ENZIMAS
 Este processo é muito frequente
ENZIMAS
1.2 Via biossintética ramificada:
 O produto final inibe a primeira enzima depois do
ponto de ramificação
 A primeira etapa da via comum de síntese é catalisada
por várias isoenzimas, cada uma das quais pode ser
regulada independentemente
 Inibição multivalente: a primeira enzima comum é
pouco ou nada influenciada por cada produto final;
deve existir um excesso de todos os produtos finais
para que se produza a inibição.
 Cada produto final de uma via ramificada actua como
inibidor; a inibição acumulativa é o efeito de todos os
inibidores.
ENZIMAS
2. Carga Energética
Concentrações relativas de ATP, ADP e AMP na célula
são usadas para calcular a carga energética (CE)
CE = (ATP) + 0,5 (ADP) ⇒ valores entre 0 e 1,0
(AMP) + (ADP) + (ATP)
Aumento de CE = inibição das enzimas que sintetizam
ATP
(Ex.: isocitrato desidrogenase é inibida quando CE ≥ 0,8)

3. Degradação das enzimas: por proteases altamente


específicas (Ex. triptofanosintetase é degradada
especificamente por uma protease quando as células
de Saccharomyces cereviae entram na fase
estacionária).
ENZIMAS
4. Mudanças conformacionais das enzimas: Ex. glutamina
sintetase de E. coli sofre mudanças conformacionais
como fosforilação ou adenilação.
 Regulação da síntese de enzimas
Mecanismos:
1. Indução: enzimas formadas a partir do meio de cultivo
(enzimas constitutivas) são induzidas, ou seja, não se
formam enquanto o substrato que será metabolizado
não está presente no meio. O produto de uma enzima
pode por sua vez, induzir a síntese de outra enzima
(indução sequencial)
2. Repressão: o excesso de produto final inibe a síntese
de enzimas actuando como co-repressor. As enzimas
anabólicas estão presentes somente quando o produto
final está ausente.
ENZIMAS
3. Atenuação: controle da expressão de genes
envolvidos na síntese de aminoácidos em
bactérias (Ex. síntese de histidina em
Salmonella typhimurium)
Modelo do atenuador: a velocidade de
transcrição de um operón é regulada pela
estrutura secundária da sequência guia do
mRNA recém transcrito. A estrutura desta
seqüência guia determina se a transcrição do
operón é continuada pela RNA polimerase ou
se é terminada a transcrição. Se é produzida a
terminação, pára a transcrição do mRNA e a
enzima (ou enzimas) codificadas por este
mRNA não são produzidas. (Ex. triptofano em
E. coli)
ENZIMAS
 REGULAÇÃO POR FEED-
FORWARD
 Feed-forward é um
termo que descreve um
sistema que reage de
modo a manter um
estado previamente
definido do seu
ambiente.
 Ex: Na regulação
genética existe o que
designa por “loop” em
que A activa B, A+B
activam C e assim por
diante e que permite
detectar variações não
temporárias do activação da piruvato
ambiente. cinase pela 1,6-BPF
ENZIMAS
 Regulação da actividade enzimática por
MODIFICAÇÃO COVALENTE
 Algumas enzimas são reguladas por
metilação, ADP-ribosilação,
palmitoilação ou acilação mas a forma
mais comum de regulação enzimática
por modificação covalente reversível é
por fosforilação
 Ex: Fosforilase do glicogénio
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 Regulação por CICLOS DE SUBSTRACTO ou
ciclos fúteis. São ciclos que gastam inergia
ENZIMAS
 Como se verifica todo o
metabolismo é regulado por
ciclos de substractos.
 Vantagens: permite levar o
fluxo de uma via a
 zero (máximo aumento
percentual)
 Desvantagens: consomem
energia (ciclo fútil)
 Quanto mais rápido o fluxo
interno do ciclo mais
 rápida a modificação de fluxo
na via.
ENZIMAS
 Regulação da actividade enzimática por
ACTIVAÇÃO PROTEOLÍTICA
 Algumas enzimas são reguladas por
Proteólise
 1-Enzimas digestivas Ex: tripsina
 2-Enzimas da coagulação sanguínea Ex:
trombina
 3-Enzimas envolvidas no desenvolvimento
 Ex:Colagenase
ENZIMAS
 REGULAÇÃO EM CASCATA
 Ex: regulação da coagulação
sanguínea. Quando um vaso
sanguíneo é danificado, forma-se
um coágulo, uma agregação de
plaquetas, numa redede fibrina. A
fibrina é produzida a partir do
fibrinogénio por acção da serina
protease trombina. A trombina é
a última de uma série de enzimas
de coagulação que são activadas
sequencialmente pela proteólise
das suas formas zimogénio
ENZIMAS
 Regulação neuro-endócrina
 A regulação externa à célula, integrada e simultânea a
vários tecidos é dada pela regulação neuro-endócrina.
As hormonas são importantes moduladores da
actividade enzimática, pois sua acção na célula pode
resultar na activação de proteínas cinases ou de
fosfoproteínas fosfatases, as quais actuam sobre as
enzimas, de tal modo, que estas ganhem ou percam
um agrupamento fosfato, intimamente relacionado com
a modulação da actividade enzimática, mecanismo
também conhecido por regulação covalente.
ENZIMAS
 É importante considerar que muitas hormonas
têm natureza hidrofílica e por isso, são incapazes
de atravessar a membrana plasmática. Estas
hormonas só conseguem actuar nas células
através de ligação a um receptor de membrana,
normalmente uma proteína transmembranar, que
possui um sítio específico para
 ligação da hormon. A ligação hormona-receptor
promove alterações no ambiente intracelular que
resultarão na síntese ou activação de uma
molécula intracelular, chamada segundo
mensageiro, a qual passa a ser a responsável
pela acção da hormona dentro da célula.
ENZIMAS
 Algumas hormonas tais como o glucagon e a
adrenalina têm como segundo mensageiro a
molécula, do AMP cíclico ou AMPc. A principal
característica do AMPc é funcionar como um
activador de proteínas cinases, bem como um
inibidor das fosfoproteínas fosfatases.
 Várias enzimas importantes são fosforiladas em
presença do glucagon e a via metabólica estará
activada ou inibida em função desta regulação
covalente. Sabe-se que a insulina antagoniza os
efeitos do glucagon e adrenalina porque por
mecanismos distintos dependentes ou não do
AMPc, a sua presença leva à activação das
fosfoproteínas fosfatases, o que culmina na
desfosforilação das enzimas regulatórias das
células em que actua.
ENZIMAS
 Entre as principais hormonas que influenciam
directamente o metabolismo celular temos: a
insulina, o glucagon, as catecolaminas, a
adrenalina, noradrenalina, o cortisol e a hormona
do crescimento entre sempre associada a uma
situação inicial de hiperglicémia, a sua acção
principal será a diminuição da glicémia, mas a
presença desta hormona também significa uma
situação de alto suprimento energético para
células, e, as reacções anabólicas, as quais
necessitam de energia para ocorrer, serão
favorecidas.
 A acção da insulina sobre a maioria das
 vias metabólicas é justamente de activação da
síntese de ácidos gordos, triglicerídos,
 colesterol, proteínas e glicogénio.
ENZIMAS
 Regulação metabólica é recíproca e antagónica
 É de fundamental importância compreender que num
mesmo tecido, vias opostas precisam de ser reguladas
antagonicamente. Não haveria qualquer sentido se
 uma célula, por exemplo, sintetizasse glicogénio ou
qualquer outro composto, e o degradasse
imediatamente. Isto resultaria num gasto energético para
a célula
 sem que houvesse qualquer outro resultado concreto,
este tipo de situação é chamado de ciclo fútil e é
impedida pelo rigoroso controle das vias metabólicas.
 Ciclos fúteis podem ser evitados com a regulação
recíproca e antagónica de enzimas reguladoras de vias
opostas.
ENZIMAS
 Assim, percebe-se que tanto os moduladores
alostéricos, quanto a regulação covalente
deflagrada pelas hormonas ncumbem-se de
activar uma enzima responsável pela síntese de
um composto e simultaneamente inibir a enzima
responsável pela degradação do mesmo, ou vice-
versa, ao activar a degradação de um dado
composto a sua síntese é impedida.
 Por exemplo, as enzimas hepáticas glicogénio-
sintase e fosforilase, responsáveis
respectivamente pela síntese e degradação do
glicogénio, são reguladas alostérica e
 covalentemente de modo recíproco e antagónico
ENZIMAS
 Em situação de aumento de glicémia, há entrada de glicose
no fígado e o primeiro produto a ser produzido, a glicose-6-
fosfato inibe a enzima glicogénio-fosforilase, ao mesmo
tempo, estimula a enzima glicogênio-sintase favorecendo o
armazenamento da glicose sob a forma de glicogénio.
Nesta mesma situação inicial, aumento de glicémia, há
aumento da relação insulina/glucagon e, neste caso,
modificação covalente de enzimas induzidas pela insulina.
As enzimas glicogênio
 sintase e fosforilase desfosforiladas, passam a estar
respectivamente activada e inibida, resultando também em
favorecimento da síntese de glicogénio. O mesmo ocorre
com as vias glicolítica e gliconeogénese no fígado,
 tanto a regulação alostérica quanto a covalente trabalham
em acordo para aumentar a eficiência da regulação
metabólica.
ENZIMAS
 COMPARTIMENTAÇÃO
 As enzimas podem encontrar-se
compartimentadas, com diferentes vias
metabólicas (ou partes de vias metabólicas)
ocorrendo em diferentes compartimentos
celulares. Por exemplo, os ácidos gordos
são sintetizados por um conjunto de
enzimas no citoplasma, no retículo
endoplasmático e no complexo de Golgi e
usados por um conjunto diferente de
enzimas como fonte de energia na
mitocôndria, através da β-oxidação.
ENZIMAS
 DOENÇAS PRODUZIDAS POR
PERTURBAAÇÕES ENZIMÁTICAS
 1Fenilcetonúria
 Uma mutação num único aminoácido da
enzima fenilalanina hidroxilase, que cataliza
o primeiro passo na degradação da
fenilalanina, resulta na acumulação da
fenilalanina e dos se a doença não for
tratada.
ENZIMAS
 http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://upload.wik
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Purine_Nucleoside_Phosphorylase.jpg&imgrefurl=http:/
/pt.wikipedia.org/wiki/Cin%25C3%25A9tica_enzim%25
C3%25A1tica&h=438&w=350&sz=45&hl=pt-
PT&start=33&tbnid=mCOgUc2_Qg62wM:&tbnh=127&t
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enzimas.
ENZIMAS
 http://members.tripod.com/medworks/Bioquimica/e
doenças detectadas por medição da
actividade enzimática
 http://aprender.unoeste.br/moodle/mod/forum/disc
regulação enzimática
 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diad
Quadro com sistemas de
inibiçãohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas
ENZIMAS
 http://comissaocurso2007.files.wordpress.com/200
regulação enzimática
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas
 http://www.sarah.br/paginas/doencas/PO/p_04_do
Doenças enzimáticas
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Galactosemia
galactosemia

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