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Mônica de Assis
Organizadora
2002
2
UnATI
UERJ
Rio de Janeiro
2002
4
Sobre os autores
Regina Rodrigues
Psicóloga, especialista em Psicoterapia Existencial e em Gerontologia
Social, coordenadora da Oficina da Memória, professora da UnATI.
Tânia Guerreiro
Médica geriatra e homeopata, mestre em Saúde Coletiva, doutoranda
em Ciências Biomédicas pela UERJ, idealizadora e coordenadora geral da
Oficina da Memória, professora da UnATI.
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Centro de Referência e Documentação sobre Envelhecimento CRDE UnATI UERJ
ISBN
CDU 999999
SUMÁRIO
Prefácio 7
Apresentação 10
Promoção da saúde e envelhecimento saudável 13
Ação educativa em saúde com idosos 16
Por que, como e para que educar? 16
O trabalho com grupos 18
A equipe e o papel da coordenação 21
Como organizar os grupos 22
Algumas considerações sobre grupo para idosos 26
Textos de apoio 27
Envelhecimento: limites e possibilidades 30
Objetivos 31
Trabalho e vivência da aposentadoria 31
Relações familiares e afetivas 33
Saúde e autonomia 35
Desvalorização social da velhice 36
Propostas de dinâmicas de grupo 37
Textos de apoio 40
Alimentação 42
Objetivos 43
Conteúdo básico 44
Pontos para reflexão e debate 52
Propostas de dinâmicas de grupo 53
Textos de apoio 55
Atividade física e postura corporal 57
Objetivos 58
Conteúdo básico 58
Cuidados gerais para evitar quedas 63
Pontos para reflexão e debate 64
Propostas de dinâmicas de grupo 64
Textos de apoio 68
Estresse 69
Objetivos 69
Conteúdo básico 70
Pontos para reflexão e debate 73
Propostas de dinâmicas de grupo 73
Textos de apoio 75
Sexualidade 77
Objetivos 77
Conteúdo básico 78
Pontos para reflexão e debate 83
Propostas de dinâmicas de grupo 83
Textos de apoio 84
Memória 86
Objetivos 87
Conteúdo básico 87
Propostas de dinâmicas de grupo 93
Textos de apoio 95
7
Depressão 98
Objetivos 98
Conteúdo básico 99
Pontos para reflexão e debate 102
Propostas de dinâmicas de grupo 102
Textos de apoio 104
Hipertensão arterial 106
Objetivos 106
Conteúdo básico 107
Pontos para reflexão e debate 111
Propostas de dinâmicas de grupo 112
Textos de apoio 114
Diabetes mellitus 115
Objetivos 115
Conteúdo básico 116
Pontos para reflexão e debate 121
Propostas de dinâmicas de grupo 121
Textos de apoio 122
Alterações osteoarticulares 124
Objetivos 124
Osteoartrose 124
Conteúdo básico 125
Osteoporose 128
Conteúdo básico 129
Pontos para reflexão e debate 134
Propostas de dinâmicas de grupo 134
Textos de apoio 136
Participação social e cidadania 138
Objetivos 138
Conteúdo básico 139
Pontos para reflexão e debate 140
Propostas de dinâmicas de grupo 140
Textos de apoio 143
Palavras finais 145
8
Prefácio
Apresentação
Mônica de Assis
Teresinha Mello da Silveira
O que é grupo?
20
Textos de apoio
ASSIS, Mônica de. Educação em Saúde: para além dos modelos, a busca
da comunicação. Estudos em Saúde Coletiva. RJ, IMS-UERJ, n° 169,
1998. 30 p.
Mônica de Assis
A reflexão sobre envelhecimento é um ponto de partida para a
abordagem do tema saúde. A forma como a pessoa lida com as
mudanças no processo de envelhecimento repercute inevitavelmente na
relação que ela estabelece com o seu próprio corpo e saúde.
Os preconceitos quanto à velhice em nosso meio levam, muitas
vezes, à percepção desta fase da vida como se fosse necessariamente
marcada pelo declínio absoluto e progressivo da saúde. As doenças dos
idosos são vistas como naturais, inevitáveis, próprias da idade,
perdendo-se de vista suas implicações sociais e as possibilidades de
prevenção, cuidados e reabilitação.
É preciso, portanto, trazer o envelhecer para o debate, conhecer
as formas através das quais os idosos lidam com as questões do
envelhecimento no cotidiano, identificando preconceitos e ampliando as
possibilidades de estratégias e ações pela saúde em seu curso de vida.
A mobilização pela saúde, seja no plano individual (investimento
no autoconhecimento e no autocuidado) ou coletivo (participação social
pelos direitos de cidadania), requer uma boa auto-estima e disposição
diante da vida. Não é possível trabalhar neste sentido sem perceber de
que maneira os sujeitos vivenciam seu envelhecimento e enfrentam as
questões de seu cotidiano.
Os limites e dificuldades ligados à velhice devem ser vistos de
forma crítica, buscando-se problematizar as influências culturais e
ideológicas que marcam a visão do idoso em nossa sociedade. Isto não
significa dizer que não existam situações difíceis (sobretudo referentes
às perdas afetivas e ao luto), mas que é necessário contextualizá-las
para que se possa perceber como as determinações sociais (pobreza,
31
Objetivos
jovens para o contato estreito com seus familiares idosos. Para isso
contribue o acelerado ritmo das mudanças tecnológicas e de valores
sociais que torna um desafio a comunicação e a busca de interesses
comuns entre as gerações.
O relacionamento afetivo no âmbito familiar é um dos principais
fatores de equilíbrio e bem-estar dos que envelhecem. A reflexão junto
aos idosos visa a estimular um olhar mais amplo sobre as questões
afetivas envolvidas, contextualizando a realidade das famílias, os
impasses de ordem material e emocional e as possibilidades de
remapeamento das relações familiares, com base no respeito e na
solidariedade intergeracional.
A fragilização pelo luto, a solidão e a dificuldade de recomposição
e/ou reconstrução da vida afetiva na velhice são outros fatores que
debilitam a saúde dos idosos. A viuvez e a morte de contemporâneos
tendem a mobilizar nos indivíduos a sua condição de confronto com a
morte, não exclusiva da velhice, porém bem mais real nessa fase.
É importante que os sujeitos possam elaborar seus lutos e
progressivamente reorganizar sua existência. Daí a importância de
oportunidades sociais de inserção dos idosos para que projetos de vida
possam ser construídos e/ou retomados, possibilitando ao indivíduo ter
um horizonte de futuro e com isso revitalizar seu presente.
Saúde e autonomia
Um bom envelhecer
A árvore e os frutos
Textos de apoio
BEAUVOIR, Simone de. A velhice. São Paulo: Nova Fronteira, 1990. 711
p.
Palavras finais