You are on page 1of 45

SISTEMA DE

ARREFECIMENTO

TECNOLOGIA E PRECISÃO EM CONTROLE DE TEMPERATURA


ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 02
VISÃO GERAL ............................................................................................................. 03
A Importância do Controle de Temperatura do Motor ............................................... 04
Motores Arrefecidos a Ar ........................................................................................... 04
Motores Arrefecidos a Água ...................................................................................... 04
Reação da Água Sob Pressão .................................................................................. 04
Condutividade Elétrica da Água ................................................................................ 04
O que é uma Solução ................................................................................................ 05
O “Ph” de uma Solução ............................................................................................. 05
Verificação do pH de uma Solução ........................................................................... 05
Reação de uma Solução com Ph Não Neutro .......................................................... 06
Os Aditivos na Água do Sistema ............................................................................... 06
Quantidade de Aditivo Misturado À Água .................................................................. 06
Densidade da Solução .............................................................................................. 07
Como Usar o Densímetro .......................................................................................... 07
Características Ideais de um Líquido de arrefecimento ............................................ 08
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ............................................................................... 09
Identificação dos Componentes Básicos .................................................................. 09
Como Funciona o Sistema ........................................................................................ 09
Válvula Termostática ................................................................................................. 09
Tipos de Válvulas Termostáticas ................................................................................11
Radiador .....................................................................................................................11
Interruptor Térmico Lâmpada - Alarme .......................................................................11
Bomba D’Água .......................................................................................................... 12
Interruptor Térmico do Ventilador .............................................................................. 12
Tipos de Interruptores Térmicos do Ventilador .......................................................... 13
Funcionamento .......................................................................................................... 13
Sensor de Temperatura ............................................................................................. 13
Sensor - Interruptor Duplex ....................................................................................... 14
Reservatório de Expansão ........................................................................................ 14
Tampa do Reservatório de Expansão ....................................................................... 15
MANUTENÇÃO DO SISTEMA ..................................................................................... 16
Por Que Fazer Manutenção no Sistema ................................................................... 16
Teste de Vazamento do Sistema ............................................................................... 16
Teste da Válvula Termostática ................................................................................... 16
Teste do Interruptor Térmico do Radiador ................................................................. 17
Instruções para Instalação ........................................................................................ 18
Teste do Sensor de Temperatura do Painel de Instrumentos ................................... 19
Teste do Sensor de Temperatura do Sistema de Injeção/Ignição - Plug Eletrônico ....... 21
Teste da Tampa do Reservatório de Expansão ......................................................... 22
Teste da Intensidade de Condutividade Elétrica do Líquido ..................................... 22
Limpeza do Sistema e Substituição do Líquido ........................................................ 22
Abastecimento e Sangria do Sistema ....................................................................... 23
Mangueiras, Conexões e Braçadeiras ...................................................................... 23
DIAGNÓSTICO DE FALHAS DO SISTEMA ................................................................ 24
TABELA DE CAPACIDADES DOS SISTEMAS DE ARREFECIMENTO .................... 27
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 33
POSTOS AUTORIZADOS ............................................................................................ 34

1
INTRODUÇÃO

A engenharia dos motores de combustão interna, desenvolvidos a partir do fim do


século 19, tem evoluído enormemente, criando máquinas cada vez mais complexas, com
módulos de gerenciamento eletrônico que controlam todos os sistemas do motor, inclusive
o de arrefecimento, para manter a temperatura ideal de funcionamento, maximizando a
economia de combustível, o aproveitamento da energia gerada pelo motor e procurando
reduzir ao máximo a emissão de poluentes para o ar.
As diferentes variações de climas, altitudes, locais e condições das aplicações
(automóveis, caminhões, ônibus, tratores agrícolas e máquinas para terraplanagem,
barcos, unidades geradoras de energia, etc.) onde os motores têm que funcionar, causam
sensíveis alterações em seu desempenho, exigindo regulagens, materiais e combustíveis
cada vez mais específicos para o alcance das normas de qualidade estabelecidas em
nível mundial. A globalização, com a importação e exportação de componentes, sistemas
e produtos completos de lado a lado do mundo, também contribuem significativamente
para o aumento desta complexidade técnica.
Um dos sistemas de motores mais afetados pelas variações de clima, altitudes, cargas
e horas de funcionamento, é o sistema de arrefecimento, pois a manutenção da temperatura
nos níveis adequados a cada tipo de operação não é tarefa das mais fáceis.
O motor desenvolve até 2.760ºC de calor dentro da câmara de combustão. Calor
suficiente para fundir o motor completo em menos de trinta minutos! Aproximadamente 1/3
da energia do combustível é convertida em potência utilizável para impulsionar o veículo,
1/3 é dissipada através do sistema de arrefecimento e o 1/3 remanescente é jogado fora
pelo sistema de escapamento. Os projetos de motores atuais são mais leves e altamente
potentes, com melhor controle de emissões, mas colocam uma responsabilidade cada
vez maior na eficiência dos sistemas de arrefecimento pressurizados e em sua correta
manutenção.
Este trabalho foi desenvolvido com a intenção de familiarizá-lo com os materiais,
componentes, finalidade e importância do sistema de arrefecimento no funcionamento e
desempenho dos motores de combustão interna. Ao conhecer os sistemas de arrefecimento
atuais, você estará mais preparado para evitar as caras conseqüências, geralmente
causadas pela negligência de cuidados simples.

ATENÇÃO: Devido à grande variedade de marcas, modelos, tipos e capacidades


dos veículos e motores atuais, as configurações dos sistemas de arrefecimento
também possuem variações. Por isso, enfatizamos a necessidade de consulta
aos manuais dos fabricantes de veículos, de sistemas de arrefecimento, de
motores, de componentes químicos para aditivos e limpeza, etc., para a correta
manutenção preventiva, diagnóstico e solução de problemas.

2
VISÃO GERAL

Um dos pontos mais delicados dos mo- − Energia cinética (queda d’água,
tores atuais é a manutenção do funciona- automóvel em movimento)
mento a uma temperatura ideal, pelo maior • Energia Térmica (raios solares, com-
tempo possível, independentemente das bustão);
exigências a que esteja sendo submetido.
• Energia Elétrica (corrente elétrica);
Esse é o trabalho executado pelo sistema
de arrefecimento. • Energia Química (reação de um ácido);
Antigamente, a preocupação era manter • Energia Acústica (som, música);
a temperatura do motor tão próximo da • Energia Luminosa (sol, lâmpada elé-
temperatura ambiente quanto fosse possí- trica);
vel, pois se acreditava que a elevação da • Energia Radiante (radioatividade);
temperatura era prejudicial ao funciona- A energia pode ser transferida de uma
mento. A esse processo dava-se o nome forma para outra. Teoricamente, essa trans-
de “sistema de refrigeração”, pois sua fun- ferência é integral, ou seja, a energia “obtida”
ção era simplesmente baixar a temperatura. é exatamente igual à energia “aplicada”. Os
As evoluções tecnológicas levaram o motor motores transferem a energia gerada pela
a funcionar melhor, mantendo uma tempe- combustão em energia mecânica, em
ratura mais elevada e constante, para que movimento circular, com torque.
as dilatações dos diversos materiais aconte-
E o que vem a ser “TORQUE”?
çam conforme os cálculos da engenharia.
A evolução dos sistemas alterou a função TORQUE é a capacidade do motor, de
básica de baixar a temperatura para: gerar movimento com FORÇA DE TORÇÃO.
“Fazer o motor aquecer-se o mais Assim, o funcionamento de um motor re-
rapidamente possível, para atingir a sulta em: 25 a 35%, aproximadamente, ener-
temperatura ideal de funcionamento, gia transferida para as rodas, para impulsio-
manter essa temperatura e distribuí-la nar o veículo, 65 a 75%, energia aproveitada
por todo o motor. Assim, o sistema pelo próprio motor para vencer os atritos das
passou a ser chamado de Sistema de peças móveis internas, sendo que a maior
arrefecimento”. parte transforma-se em CALOR, que tam-
bém é uma forma de energia, que os siste-
O motor é uma máquina que transforma
mas atuais aproveitam.
energia em movimento...mas o que é
“ENERGIA”? Além do calor provocado pelos atritos
internos, a queima dos combustíveis atinge
ENERGIA é tudo aquilo que pode ser
temperaturas em torno de 2000ºC.
transformado em trabalho e pode ter várias
formas. Por exemplo: Lembre-se que:
• Energia Mecânica: Todas as formas de • A água ferve a 100 ºC;
energia relacionadas ao movimento • O alumínio do cabeçote funde-se a
dos corpos, com a capacidade de colo- 660ºC;
cá-los em movimento ou deformá-los, • O ferro fundido do bloco a 1500ºC...
através de uma das seguintes formas: considere a importância do sistema de
− Energia potencial gravitacional arrefecimento...
− Energia potencial elástica (mola
comprimida)

3
A Importância do Controle da tata-se que a temperatura sofre variações,
Temperatura no Motor dependendo da distância que se encontra
do radiador. Conseqüentemente, o motor
O motor precisa manter uma tempera-
funciona com pontos internos de tempera-
tura constante e ideal, mesmo quando sub-
tura superiores a 100ºC, sem a formação
metido a grandes esforços. É composto por
de bolhas de vapor, que causariam a sepa-
peças de materiais diferentes, com coefi-
ração da água mais fria, da água fervente.
cientes de dilatação diferentes e que fun-
Onde existem bolhas de vapor, a água não
cionam em atrito constante. Este atrito, em
pode entrar, pois o vapor isola esses pontos.
conjunto com a queima do combustível, ge-
ra muito calor, o que causa dilatação e, por- Assim, dentro do motor, há água fervendo
tanto, menores folgas, calculadas para que na parte mais afastada do radiador, e água
a funcionalidade não seja prejudicada. mais fria na parte mais próxima da circulação
da bomba d’água. A engenharia de motores
dedica-se a estudar primariamente a forma-
Motores Arrefecidos a Ar
ção de bolhas de vapor dentro das galerias
São os motores com menos peças mó- de arrefecimento do motor e as diferenças
veis, que produzem menos atritos e portanto, internas de temperatura e, secundariamente,
menos calor. Como exemplo, os motores de a temperatura do líquido de arrefecimento.
motocicletas, do fusca e da kombi e motores
estacionários, possuindo aletas nos cabeço- Condutividade Elétrica da Água
tes, para dissipar o calor.
Entre as propriedades da água, uma de-
Motores Arrefecidos a Água las é a de possuir a capacidade de conduzir
eletricidade. Esta propriedade pode ser
A grande maioria dos motores de veícu- maior ou menor, dependendo dos tipos e
los é arrefecida a água, que circula dentro quantidades de minerais, naturalmente con-
dos sistemas de arrefecimento. A água é tidos na água. (Não se encontra, na nature-
formada basicamente por oxigênio e hidro- za, água completamente pura).
gênio, mas contém outros elementos, de Quando a água, que possui uma deter-
menor importância. minada capacidade de conduzir eletricidade,
é misturada a outros elementos químicos,
Reação da Água Sob Pressão essa capacidade pode ser modificada para
Na pressão atmosférica, a água congela- mais ou para menos, dependendo da reação
se a 0º e ferve a 100ºC (ao nível do mar, ou se- ou da associação dos elementos que pas-
ja, altitude zero). Se for mantida a uma pressão sam a fazer parte dessa nova mistura.
maior, o ponto de ebulição (temperatura de fer- No motor, onde existe tensão elétrica de
vura da água) também aumentará. Por exem- corrente contínua circulando normalmente,
plo, a uma pressão de 3,5 libras/pol2, 1/4 atm a mistura pode se tornar condutora, criando
(pressão relativa), que geralmente é utilizada um campo magnético elevado e interferindo
pelos motores, o ponto de ebulição da água nos componentes eletrônicos do motor. Essa
passa a ser de aproximadamente 106ºC. capacidade de condução mais elevada de
Considerando-se as dimensões, as pres- eletricidade pode ocorrer logo após o funcio-
sões, a velocidade de circulação e a exten- namento do motor ou depois de algum tem-
são das galerias internas de um motor, cons- po, em razão das diferentes temperaturas

4
e pressões existentes no interior do motor. abreviação de “Potencial Hidrogeniônico”
Com estas diferenças, os materiais da (identificação de sua capacidade para mo-
mistura passam por uma reação química vimentar os íons de hidrogênio). O “pH”
e alteram suas composições, podendo possui uma escala de 0 a 14.
combinar-se ou repelir os outros compo- Uma solução com pH 7 é considerada
nentes, causando alterações em seu com- neutra. Com pH menor são ácidas, aumen-
portamento e na capacidade de condução tando sua intensidade à medida que se
de eletricidade. afastam de 7 e se aproximam de 0. Com
Essas alterações geram problemas de pH maior são alcalinas, aumentando sua
funcionamento irregular nos motores dos alcalinidade à medida que se afastam de
veículos equipados, por exemplo, com 7 e se aproximam de 14.
injeção eletrônica, causando oscilações,
marcha lenta irregular, falhas nas acelera- Verificação do pH de uma Solução
ções, etc. Mesmo que se faça um exame
minucioso, dificilmente estes problemas O ph de uma solução pode ser verifi-
são detectados, gerando custos, aborreci- cada usando-se um medidor digital ou uma
mentos e perda de tempo. fita de verificação, com capacidade de me-
dição e análise de 0 a 14.
O Que é uma Solução? Com o medidor digital, coloque a haste
do sensor na solução e o mostrador indica-
É uma mistura homogênea de duas ou rá o valor de pH dessa solução.
mais substâncias, em quantidade que po-
Com a fita de verificação, de aproxi-
dem variar conforme o limite de solubilidade.
madamente 5 cm, mergulhe metade na
A substância presente em maior quantidade
solução e retire-a, sem balançar para tirar
na solução é chamada de solvente, e com
o excesso de líquido. A cor da parte molha-
menor quantidade, de soluto.
da da fita mudará. Compare esta nova cor
com a tabela de padrão de cores existente
O “pH” de uma Solução na embalagem da fita.
Uma solução pode ser ácida, neutra ou
alcalina. Essa propriedade chama-se “pH”,

Ao preparar a solução, ocorre uma reação química na mistura, que aumenta sua
temperatura imediatamente, em 3 ou 4ºC, formando micro-bolhas de ar. Por isso,
recomenda-se preparar a solução num recipiente fora do sistema do veículo,
deixá-la repousar durante algumas horas e entorná-la vagarosamente dentro do
sistema, para eliminar gradualmente o ar das galerias internas do motor.

5
Reação de uma Solução com pH lição a 197ºC (sob pressão atmosférica) e
não Neutro que se mistura perfeitamente à água, além
de possuir qualidades antioxidantes, que
Uma solução com pH não neutro con-
mantém todo o sistema limpo, impedindo
duz eletricidade com maior intensidade,
a formação de crostas que dificultam a cir-
devido à combinação com o hidrogênio. Se
culação do líquido de arrefecimento, en-
o pH for ácido (menor que 7) a solução
grossam as paredes dos componentes cuja
terá mais facilidade para conduzir materiais
temperatura precisam arrefecer e deposi-
ferrosos, e se for alcalina (maior que 7),
tam-se nos sensores e interruptores térmi-
para conduzir materiais não ferrosos. Nas
cos, modificando suas reações.
duas situações, há um aumento da capa-
cidade de conduzir elementos metálicos, A água, misturada ao etileno glicol em
que aumentam a capacidade de condução proporções ideais, ferve a 118 ou 119ºC,
de eletricidade e ficam eletrodepositados reduzindo a possibilidade de formação de
nas galerias internas, diminuindo a capa- vapor no interior das galerias do sistema,
cidade de fluxo e prejudicando o arrefeci- possibilitando que os componentes atuem
mento do motor. Os componentes do motor de forma mais efetiva.
de onde foram retiradas as partículas metá- Outra função do aditivo é sua atuação
licas (bomba d’água, cabeçote, etc.) apre- no ponto de congelamento da água (conge-
sentam uma corrosão chamada “corrosão la-se a 0ºC). Quando a água se congela
galvânica”, causada pela eletrólise. seu volume aumenta, pressionando os ele-
Uma solução alcalina (pH maior que mentos internos do motor. Com aditivo o
7) facilita a eletro decomposição (corrosão congelamento da água ocorre a aproxima-
galvânica) de alguns componentes de alu- damente – 25ºC.
mínio que contenham partículas de cobre
em sua composição, retirando-as e depo- Quantidade de Aditivo Misturado à
sitando-as em outros componentes. Água
Uma solução ácida (pH menor que 7) A quantidade de aditivo misturado à
facilita a eletro decomposição (corrosão gal- água é determinada pelo fabricante do
vânica) de alguns componentes de ligas que sistema de arrefecimento, mas na maioria
contenham partículas de ferro, retirando-as dos veículos a proporção é, em média,
e depositando-as em outros componentes. 60% de água e 40% de aditivo. Essa de-
terminação precisa ser observada, senão
Os Aditivos na Água do Sistema o sistema de arrefecimento não funcionará
adequadamente. Assim, não basta sim-
Como conseqüência da evolução dos
plesmente adicionar uma quantidade de
motores e dos sistemas de arrefecimento,
aditivo que altere a cor da água. É preciso
há necessidade de uma quantidade de
que a quantidade de aditivo seja a reco-
aditivos especiais misturados à água do
mendada.
radiador. Por isso, esta água passou a
chamar-se “Solução de Arrefecimento” ou A melhor maneira para saber a quan-
“Líquido de Arrefecimento”. tidade de aditivo existente em uma solução,
é examinando-se a DENSIDADE dessa
Os aditivos geralmente são à base de
solução.
etileno glicol, um produto que entra em ebu-

6
Densidade da Solução
A densidade da água é de 1000g/ml uma mistura, é necessário saber sua densi-
(gramas por mililitro). Quando o aditivo é dade e a temperatura. O peso específico
misturado à água, a densidade aumenta de uma mistura varia conforme sua tempe-
de maneira proporcional à quantidade de ratura. Na tabela abaixo, a medição inicia-
aditivo e à temperatura. Logo, para verifi- se com uma proporção de 50% de água e
car a quantidade de aditivo existente em 50% de aditivo.

Tabela de Variação de Densidade

Para verificar a densidade de uma mistura, usa-se um equipamento chamado Densímetro.

Como Usar o Densímetro

CUIDADO: Com o motor do veículo


desligado e frio, retire a tampa do
reservatório de expansão cuidadosa-
mente (se o motor estiver aquecido, o
sistema estará sob pressão e poderá
espirrar, causando queimaduras).

Aperte e mantenha o bulbo de sucção


do densímetro e introduza a ponta de cap-
tação na mistura, através do bocal do re-
servatório de expansão. Solte o bulbo de
sucção, deixando o líquido entrar na prove-
ta do densímetro até que o líquido e o flu-
tuador parem de subir.

7
Verifique a letra indicada no nível de O número indicado na escala representa
líquido do flutuador. No exemplo mostrado o percentual de aditivo existente na água
na figura abaixo, a letra “C”. (no exemplo, 20%). O índice ideal é 40%
de aditivo.

Características Ideais de um
Líquido de Arrefecimento
Em sua maioria, os sistemas de arrefe-
cimento comportam entre 5 e 8 litros de lí-
quido, variando conforme o tipo de motor. Esta
quantidade de líquido não é suficiente para
controlar a temperatura do motor. Assim, são
adicionados alguns aditivos à água, trans-
formando-a em líquido de arrefecimento.
Para que uma mistura de água + aditivo
possua as condições ideais de arrefecimento,
Verifique a indicação do termômetro na
deve apresentar as seguintes características:
linha de nível da mistura, até alcançar a
mesma letra indicada no flutuador (letra “C”). • 60% de água destilada e desminera-
lizada e 40% de aditivo ou conforme
as instruções do fabricante do veículo,
indicadas no Manual do Proprietário;
• pH de 7,5 a 8,5 na temperatura am-
biente, e no máximo, 8 a 9 na tempe-
ratura de funcionamento do motor
(85 a 95ºC);
• Capacidade de conduzir eletricidade,
de 0,3 Volts no máximo, em qualquer
temperatura;
• O tempo máximo de utilização de um
líquido de arrefecimento no motor é
de um ano ou 30.000 km.

8
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

Identificação dos Componentes Básicos

Tampa
Pressurizada de Sensor de
Respiro Temperatura
Sensor de
(Sistema de Injeção)
Temperatura do
MÁX Válvula Termostática Painel
MÍN
Câmaras
Reservatório Eletro- D’água
de Expansão Ventilador

Radiador
Bomba
D’água

Sentido de Circulação do
Interruptor Térmico do Líquido de Arrefecimento
Ventilador

Como Funciona o Sistema


O líquido de arrefecimento é bombeado cimento começa a circular pelo circuito
através das camisas do motor, carregando o completo. Neste circuito, passa pelo ra-
calor do cabeçote, pistões, câmaras de com- diador. Ali, o ar exterior e a corrente de ar
bustão, paredes dos cilindros, válvulas, etc. gerada pelo ventilador, abaixam a tempe-
O líquido aquecido circula das camisas do mo- ratura do líquido de arrefecimento.
tor, através de uma mangueira, para o radiador
onde, auxiliado por um ventilador, esfria-se e Válvula Termostática
retorna através de outra mangueira, ao motor.
A válvula termostática é um componente
O líquido de arrefecimento, portanto, cir-
instalado geralmente entre o motor e o ra-
cula sob pressão, por todo o sistema de
diador. Sua função é proporcionar um aque-
arrefecimento. A bomba d’água é o com-
cimento mais rápido do motor e depois man-
ponente encarregado de impulsionar essa
ter a temperatura dentro de uma faixa ideal
circulação, acelerando a passagem do lí-
de trabalho, controlando o fluxo de líquido
quido através de um rotor.
de arrefecimento, do motor para o radiador.
Enquanto o motor não atinge sua tempe-
ratura ideal de funcionamento, o líquido de
arrefecimento circula apenas por um “pe-
queno circuito”, que percorre somente as
galerias do motor. Este circuito é controlado
pela válvula termostática. Quando a tem-
peratura é alcançada (85ºC a 95ºC), esta
válvula abre-se e então o líquido de arrefe-

9
Enquanto o motor está frio, o líquido circula lume em função da temperatura) permitindo
somente em suas galerias internas, para que o líquido passe para o radiador, abaixan-
aquecer-se rapidamente. Ao atingir a tempe- do a temperatura e mantendo a pressão no
ratura especificada, a válvula abre-se através sistema. Quando o motor esfria, a válvula
da ação da cera expansiva (aumenta seu vo- fecha-se novamente.

ATENÇÃO: Veículos não devem funcionar sem a válvula termostática, prin-


cipalmente os equipados com injeção eletrônica, pois o motor não alcançará
a temperatura ideal especificada. O módulo de controle eletrônico enriquecerá
a mistura de ar e combustível, causando falhas, consumo excessivo de com-
bustível e maior emissão de poluentes.

Motor Frio Motor Quente


Válvula fechada Válvula aberta

Cera Expansiva
Cera Expansiva

Fluxo do Líquido Fluxo do Líquido

Considerando que cada motor funciona válvula possui uma temperatura calibrada,
a uma temperatura específica, as válvulas indicada por um código, onde a abertura e o
termostáticas também são específicas. Cada fechamento já estão pré-determinados.

Este lado para Abertura Total:


Início de Abertura: ~
= 95ºC
o radiador
80ºC ± 2ºC

Este lado para


o motor

Mínimo
8 mm

10
Tipos de Válvulas Termostáticas não baixavam a temperatura da água. Os
dutos eram verticais, e a água aquecida en-
As válvulas termostáticas podem ser de
trava pela parte superior, atravessava os du-
dois tipos:
tos de cima para baixo e saíam pela parte
• Tipo com By-Pass: Possui um pe- inferior. Assim, ou o motor funcionava abaixo
queno flange com mola na parte infe- da temperatura ideal ou superaquecido.
rior que direciona, a uma certa tem-
peratura, todo o líquido de arrefe-
Capas
cimento para o radiador. Entrada
• Tipo “Refil”: Alguns veículos utilizam
válvulas termostáticas em carcaças
de alumínio ou plásticas. Na maioria,
é possível trocar somente o “refil”,
com maior economia e otimização de
estoques. Saída Aletas Dutos
Observação:
· Dependendo do projeto, algumas
válvulas possuem um entalhe, um Os radiadores atuais são mais estreitos,
furo ou um “jingle pin”. Estes re- possuem poucas fileiras horizontais de du-
cursos são utilizados para aumen- tos, confeccionados com materiais mais fi-
tar o fluxo de líquido de arrefeci- nos, permitindo que o líquido permaneça
mento na fase fria, eliminar bolhas mais tempo dentro deles, fazendo a troca
de ar, entre os vários compartimen- de calor com mais eficiência. Com dutos
tos existentes dentro do motor. horizontais, os radiadores são também mais
baixos e mais largos, permitindo uma confi-
Radiador guração de veículos com perfil de carroçaria
O radiador é o componente do sistema que mais aerodinâmica.
recebe o líquido aquecido e o devolve ao mo-
tor com uma temperatura mais baixa. Está Interruptor Térmico Lâmpada -
posicionado geralmente à frente do motor, de Alarme
forma a receber o fluxo de ar causado pelo
Com as mesmas características de fun-
movimento do ventilador. O radiador possui
cionamento do interruptor térmico do venti-
dutos internos para a circulação do líquido de
lador, este componente acende e apaga
arrefecimento, providos de aletas que direcio-
uma lâmpada ou aciona uma cigarra inter-
nam o fluxo de ar e auxiliam a dissipar o calor,
mitentemente no painel de instrumentos,
diminuindo a temperatura do líquido.
para indicar excesso de temperatura.
Existem vários tipos de radiadores, mas
a constituição é sempre de dutos e aletas.
No passado, o conceito era que quanto
maior fosse o radiador, melhor funcionaria.
Os veículos tinham grandes radiadores fei-
tos de cobre e latão, que realmente demora-
vam a aquecer-se, mas uma vez aquecidos,

11
Bomba D’Água
A bomba d’água está posicionada, na eficiência do motor. Sua função é criar pres-
maioria dos veículos, junto ao bloco do são para impulsionar o líquido de arre-
motor, sendo acionada pela correia da ár- fecimento para que circule por todas as ga-
vore de manivelas. Acompanhando a rota- lerias do motor e do radiador.
ção do motor, pode absorver até 15% da

Tampa
Bomba D’Água Rolamento
Anel de
Corpo da
Flange Rolamento Vedação
Bomba
Cônico Rotor
Selo
Eixo

Vedador

Interruptor Térmico do Ventilador


O interruptor térmico do ventilador é um mínima especificada, o interruptor abre o
componente utilizado nos sistemas de ar- circuito, desligando o ventilador. Dessa for-
refecimento dos veículos equipados com ma o sistema pode manter a temperatura
ventilador elétrico ou com embreagem elé- dentro de uma faixa pré-determinada. Assim
trica para acionamento do ventilador. Sua como as válvulas termostáticas, cada motor
função é reagir conforme a temperatura do possui um interruptor térmico específico.
líquido de arrefecimento do radiador. Ao Um interruptor térmico atuando fora da
atingir a temperatura máxima especificada, faixa operacional especificada (devido à
este interruptor fecha um circuito elétrico, incrustação de sujeira ou elementos fixados
acionando o ventilador para baixar a tem- ao bulbo de contato), fará o motor funcionar
peratura. Ao atingir esta outra temperatura fora de sua temperatura ideal.

12
Tipos de Interruptores Térmicos Funcionamento
do Ventilador Utiliza a tecnologia do Disco Bimetálico,
Os interruptores térmicos do ventilador que proporciona uma alta precisão no acio-
podem ser de dois tipos: namento e um tamanho reduzido do com-
• Tipo Simples: Possui dois terminais e ponente. Com o aumento da temperatura e
apenas uma temperatura de aciona- as dilatações térmicas diferentes, ocorre o
mento. É utilizado em veículos sem ar deslocamento do Disco Bimetálico, na tem-
condicionado. peratura desejada, de forma instantânea.
• Tipo Duplo: Possui três ou quatro ter-
minais e duas temperaturas de acio-
namento. É utilizado em veículos
com ar condicionado.

Desligado Ligado

Sensor de Temperatura
Este componente mede a temperatura do Ambos possuem um termistor interno
motor e a indica ao painel de instrumentos, do tipo NTC (Coeficiente de Temperatura
ou o módulo de Injeção Eletrônica. Negativa), que reage de maneira inversa-

Termistor Termistor

13
mente proporcional à da temperatura. As- · Cada motor possui um sensor ou
sim, sua resistência ôhmica é alta, quando plug específico. Portanto cuidado
a temperatura é baixa e vice-versa. na aplicação e no aperto exces-
O termistor é um componente cerâmico sivo durante na instalação.
cuja característica é reduzir sua resistência
ôhmica devido ao aumento da temperatura, Sensor – Interruptor Duplex
possibilitando medir e controlar a tempera-
Este componente possui duas funções:
tura do motor, com precisão.
Indicar a temperatura através do ponteiro do
medidor no painel de instrumentos, e acender
e apagar intermitentemente uma lâmpada ou
acionar intermitentemente um alarme.
• O terminal G indica o sensor localiza-
do no painel de instrumentos.
• O terminal W indica o interruptor.
Terminal
Terminal
Interruptor
Sensor
(W)
(G)

Disco
O sensor de temperatura da injeção ele- Bimetálico
trônica ou “plug eletrônico”, (designação
destinada a facilitar a aplicação) envia as
informações relativas a estas variações de
resistência, em função da temperatura, pa- Termistor
ra o módulo de controle eletrônico (ECM),
o que é extremamente importante para o Reservatório de Expansão
gerenciamento da injeção. Com esta infor-
mação, o sistema computadorizado contro- A função deste reservatório é permitir
la a dosagem de combustível, ponto da que o nível de líquido de arrefecimento per-
ignição, sensor lambda, ventilador do radia- maneça inalterado, quando frio (volume me-
dor, etc. nor) ou quando aquecido (volume maior).
Observação: O abastecimento do sistema é feito atra-
vés do bocal deste reservatório. Cuidado
· O sensor de temperatura também é
para não ultrapassar a marca MAX.
utilizado como “Partida a Frio” nos
Tampa
veículos com motores a álcool. O
Pressurizada e
sensor envia uma indicação de varia- Respiro
ção de resistência ôhmica a um relê, Do Motor
Nível MÁXIMO
e este comanda a bomba de injeção
de gasolina para a partida do motor.
· Geralmente, o sensor do indicador Nível MÍNIMO
no painel de instrumentos possui Reservatório
um terminal e o plug eletrônico, de Expansão
Para o Motor
dois terminais.

14
Tampa do Reservatório de Expansão
Além de fechar o reservatório de expansão, esta tampa também mantém a pressão do
sistema, através de uma válvula que se abre, dando passagem ao excesso de pressão. O
controle da pressão faz com que:
• O líquido tenha uma circulação completa, atingindo todos os pontos do motor;
• Tenha um ponto de ebulição mais elevado;
• Impede a formação de vapor no interior do motor;
• Permite a entrada de ar atmosférico quando a temperatura do líquido abaixa.

ATENÇÃO: Esta tampa deve ser testada periodicamente.

15
MANUTENÇÃO DO SISTEMA

Por que Fazer Manutenção do estiver aquecido e sob pressão, permitirá


Sistema a entrada de ar quando esfriar, causando
a diminuição da pressão e do volume do
O sistema de ignição, de injeção e a vida
líquido.
útil do motor são adversamente afetados,
se o sistema de arrefecimento não for man- Para testar o sistema de arrefecimento,
tido limpo e pressionado adequadamente. certifique-se de que o motor esteja frio, reti-
Ao trocar o óleo do motor, verifique se não re a tampa do reservatório de expansão e
há gotas de líquido de arrefecimento que complete o nível de líquido.
indicam vazamentos internos do motor, Aplique uma tampa de vedação que
prejudicando o óleo lubrificante e o motor. permita a conexão a uma bomba de pres-
O superaquecimento prejudica pistões, são equipada com manômetro. Acione a
anéis, cilindros, válvulas, bielas, mangueiras, bomba, pressurizando o sistema até 7,0
árvore de manivelas e de comando de vál- lb/pol2. Observe o manômetro. Se a pres-
vulas, diminuindo o tempo de vida útil do são cair, há vazamento (interno ou externo)
motor, aumentando o consumo de combus- no sistema.
tível e gerando altos custos operacionais.
Para manter o sistema de arrefecimento
Teste da Válvula Termostática
operando com sua eficiência máxima, todo Coloque a válvula termostática em um
o sistema precisa estar limpo (interna e recipiente com líquido de arrefecimento frio
externamente). Os componentes (bomba sobre uma fonte de calor branda, evitando
d’água, radiador, válvula da tampa do re- que a válvula, ou o termômetro, encoste
servatório de expansão, sensores, válvula no fundo do recipiente. A subida da tem-
termostática) precisam estar funcionando peratura deve ser o mais lenta possível (±
corretamente, a tensão da correia do ven- 1ºC por minuto).
tilador precisa estar correta e as bra-
çadeiras apertadas.
A manutenção preventiva do sistema de
arrefecimento prolonga a vida útil do motor,
economiza combustível, proporciona maior
potência e diminui o índice de emissões
poluentes.

ATENÇÃO: A manutenção preven-


tiva deve ser executada a cada
30.000 km ou 1 vez ao ano.

Teste de Vazamento do Sistema ATENÇÃO: Não coloque a válvula


Num sistema de arrefecimento selado, em líquido já aquecido, para poder
podem ocorrer vazamentos de líquido ou observar sua abertura. É necessário
de pressão na tampa do reservatório de observar se a válvula abre e fecha
expansão. Caso contrário, o local onde nas temperaturas e dimensões indi-
houver um vazamento, quando o sistema cadas pelo fabricante.

16
Observe a abertura da válvula, acom- Após 15 minutos (+ de 100ºC) retire a
panhando o aumento da temperatura no válvula do recipiente aquecido e coloque-a
termômetro, enquanto agita o líquido de num recipiente com água limpa à tempera-
arrefecimento, para manter a uniformidade tura ambiente e observe seu fechamento, à
da temperatura. medida que se esfria. Caso permaneça na
posição aberta, substitua a válvula.

ATENÇÃO: A remoção da válvula termostática, mesmo em locais de clima quente,


somente poderá ser feita em situação emergencial, quando o motor apresentar
superaquecimento, e o teste ou substituição não possa ser executado. Tão logo
seja possível, deverá ser testada e recolocada ou substituída.

Aberta

40º 100º

Teste do Interruptor Térmico do Radiador


Para a execução do teste do interruptor térmico, usa-se um recipiente com líquido de
arrefecimento frio sobre uma fonte de calor e um termômetro, na posição indicada na figura.

17
TESTE 1 (com Multímetro): Com o líquido · Os testes 1 e 2 somente verificam
ainda frio, conectar as pontas de prova de se o interruptor está funcionando.
um multímetro aos terminais do interruptor, Um estudo mais detalhado poderá
conforme indicado na figura abaixo. Quando ser realizado em equipamentos es-
o líquido atingir a temperatura especificada pecíficos.
(100ºC), a leitura deverá ser: Com a fonte de calor desativada, quan-
• Peça desligada: valor da resistência do a temperatura atingir a temperatura
infinito (circuito aberto); especificada (40ºC), o multímetro deverá
• Peça ligada: Valor da resistência ze- indicar circuito novamente aberto.
ro (circuito fechado). ATENÇÃO: Antes de substituir o
interruptor térmico do radiador,
verifique se o circuito elétrico está
funcionando corretamente. Feche
o circuito entre os terminais e veri-
fique se o ventilador funciona. Se
não funciona, repare, primeiramen-
te, o circuito elétrico do ventilador.

Instruções para Instalação


Remova a peça antiga (com o motor frio)
e deixe escoar todo o líquido.
TESTE 2 (com Lâmpada): Com o líquido
ainda frio, conectar as pontas dos fios de
prova de uma bateria e uma lâmpada, aos
terminais do interruptor, conforme indicado
na figura abaixo. Quando o líquido atingir
a temperatura especificada (100ºC), a
lâmpada deverá:
• Peça desligada: Lâmpada apagada
• Peça ligada: Lâmpada acesa
Limpe o local e instale o novo interruptor
com uma nova arruela de vedação, colocan-
do-a somente pelo lado do sextavado, nunca
pelo lado dos terminais. Não use outro tipo
de vedante.

Observações:
· Nunca realize os testes 1 e 2 ao
mesmo tempo.

18
Com uma chave de 29 mm, aperte no Após a sangria, complete o nível de líqui-
máximo 1/4 de volta, ou com um torquíme- do de arrefecimento do sistema. Feche com-
tro em 3 kgm. Cuidado para não apertar pletamente e verifique se não há vazamentos.
demais.

Teste do Sensor de Temperatura


Após conectar os fios, abasteça o siste- do Painel de Instrumentos
ma com líquido de arrefecimento, na quan-
Para testar o funcionamento do sensor
tidade indicada nas instruções do manual
de temperatura do painel de instrumentos,
de proprietário do veículo.
executa-se o mesmo procedimento de tes-
te do interruptor térmico do radiador, obser-
vando-se os valores especificados para
este sensor.
A execução deste teste deve ser reali-
zada utilizando-se um multímetro para me-
dir a variação da resistência ôhmica em
função da temperatura. O sensor estará
com defeito caso apresente as seguintes
leituras:
• Valor de resistência infinito = Circuito
Sangria: Ligue o motor e deixe-o em mar-
aberto;
cha lenta. Ao alcançar a temperatura normal
de funcionamento (primeiro acionamento do • Valor de resistência zero = Circuito
ventilador), observe, através do reservatório em curto;
de expansão, a completa eliminação das • Valores de resistência fora das espe-
bolhas de ar do sistema. cificações.
Compare os valores encontrados com a
Tabela de Curvas Características R (Ohms)
x T (ºC).

19
Tabela de Curvas Características R (Ohms) x T (ºC)

K = 1000
* DUPLEX. Este é um componente com dupla função:
• Sensor de temperatura do painel (Terminal G)
• Interruptor de temperatura /Indicador de superaquecimento, acionando uma lâmpada ou a cigarra
(alarme).

20
Teste do Sensor de Temperatura
do Sistema de Injeção/Ignição –
Plug Eletrônico
(Ohms)
Coloque o sensor em um recipiente com
líquido de arrefecimento, de forma que sua
cápsula fique submersa. Aqueça o líquido
e acompanhe a variação da temperatura
com um termômetro e da resistência, com Plug Eletrônico 4050
um multímetro.

Conecte as pontas de prova de um multímetro aos terminais dos sensores conforme


as indicações da figura abaixo, observe a variação da resistência e compare-as com a
Tabela de Curvas Características de Injeção Eletrônica.

(Ohms) (Ohms)

Duplex 3061
Sensor 3025

Terminal G

Cuidado: Plug Eletrônico 4052


(2 Termistores)

(Ohms) (Ohms) (Ohms)

Plug Eletrônico 4050

21
Tabela de Curvas Características de Injeção Eletrônica (Plugue Eletrônico)

Teste da Tampa do Reservatório de O valor indicado pelo voltímetro não po-


Expansão de exceder a 0,3 Volts. Se for maior, o sis-
tema precisa ser lavado e o líquido de arre-
Retire a tampa do reservatório de ex- fecimento substituído imediatamente.
pansão e conecte uma bomba de pressão
equipada com manômetro à tampa do re-
servatório. Aplique pressão de dentro para Limpeza do Sistema e Substituição
fora até que a válvula da tampa abra e dê do Líquido
passagem ao excesso de pressão. Drene o líquido de arrefecimento de ma-
O manômetro deverá indicar um valor de neira a esvaziar o sistema (radiador, man-
pressão residual, que a válvula da tampa gueiras, motor e reservatório de expansão),
está mantendo no sistema. Caso não haja removendo a conexão da mangueira inferior
pressão residual, a válvula está liberando e os dispositivos de drenagem, caso existam.
toda a pressão e precisa ser substituída. Conecte a mangueira inferior do radiador
ATENÇÃO: A maioria dos siste- e feche os dispositivos de drenagem. Abas-
mas de arrefecimento funciona teça o sistema com uma solução de água +
com uma pressão relativa de 3,5 líquido de limpeza, na proporção indicada pe-
lb/pol 2 (1/4 atm). No entanto, é lo fabricante do líquido de limpeza.
necessário consultar a tabela do Funcione o motor até atingir a temperatura
fabricante do sistema. normal de funcionamento. Mantenha-o fun-
cionando por 15 a 20 minutos, ou conforme
Teste da Intensidade de as instruções do fabricante do líquido de lim-
Condutividade Elétrica do Líquido peza.
Pare o motor e drene toda a solução de
Com o motor frio, verificar a tensão exis-
limpeza do sistema, removendo a conexão
tente entre o terminal negativo da bateria
da mangueira inferior e os dispositivos de
e o líquido de arrefecimento, utilizando um
drenagem, caso existam (radiador, manguei-
voltímetro.
ras, motor e reservatório de expansão). En-
Coloque a ponta de prova positiva do xágüe o interior do sistema com água limpa,
voltímetro no pólo negativo da bateria, e a até não perceber mais resíduos de sujeira
ponta de prova negativa do voltímetro den- ou de solução de limpeza. Retire e limpe o
tro do líquido de arrefecimento. reservatório de expansão e sua tampa.

22
Instale o reservatório de expansão e a ba de pressão, complete o nível (se neces-
mangueira inferior e feche os dispositivos sário) e tampe o reservatório de expansão.
de drenagem. Abasteça com líquido de ar- Funcione o motor até atingir a tempera-
refecimento novo e verifique a existência tura normal de funcionamento. Observe se
de vazamentos do sistema. há formação de bolhas de ar no reser-
vatório de expansão. Se existirem, abra os
Abastecimento e Sangria do Sistema drenos de sangria cuidadosamente para
Prepare o líquido de arrefecimento, mistu- permitir a saída de ar do sistema.
rando água desmineralizada e aditivo, na Cuidado: Para executar este proce-
quantidade e proporção indicadas pelo fabri- dimento, use equipamentos de prote-
cante do veículo e deixe-o repousar por, no ção para as mãos e rosto, pois o líqui-
mínimo, uma hora. do estará entre 80 e 100ºC.
Se o sistema dispuser de drenos de san- Pare o motor, complete o nível de líquido
gria, abra-os. Se não dispuser, desconecte no reservatório de expansão e verifique se
a mangueira superior do radiador. há vazamentos.
Abasteça vagarosamente o sistema, pe-
lo bocal de abastecimento do reservatório Mangueiras, Conexões e Braçadeiras
de expansão, até que o excesso de líquido
comece a sair pelos drenos ou pela man- As mangueiras, conexões e braçadeiras
gueira superior do radiador. devem ser inspecionadas periodicamente
quanto a vazamentos. Com o motor desli-
Feche os drenos, na seqüência de saída
gado e frio, aperte as mangueiras manual-
de líquido (caso exista mais de um), ou re-
mente, verificando se não há rachaduras,
instale a mangueira superior do radiador.
enrijecimentos ou flexibilidade exagerada.
Complete o abastecimento até o nível MAX
Inspecione o aperto dos parafusos das
no reservatório de expansão.
conexões e das braçadeiras.
Instale uma bomba de pressão e aplique
Caso seja detectada alguma anormalida-
1 bar de pressão no sistema. Retire a bom-
de, substituir a mangueira e suas conexões.

23
DIAGNÓSTICO DE FALHAS DO SISTEMA

24
25
ATENÇÃO: Este diagnóstico de falhas não esgota o assunto. Pode haver outras
falhas não citadas aqui. Qualquer dúvida ou falha não apontada, solicitamos
entrar em contato com o SIM - Serviço de Informações MTE-Thomson.

26
Tabela de Capacidades dos Sistemas de Arrefecimento
Legendas:
S/A: Sem aquecedor
C/A: Com aquecedor
C/AC: Com ar condicionado
C/TA: Com transmissão automática

27
28
29
30
31
32
BIBLIOGRAFIA

The Stant Cooling and Heating System Fact Book


Stant Inc. Connersville. Indiana

Engine Coolants, Cooling System materials and components


SAE International, Detroit, Michigan

Facts About Your Cooling System


Bar’s Leaks Inc., Holly, Michigan

Fuel Injection
Hellamex SA, Naucalpan, México

Bardahl Rad Cool Plus


Promax Produtos Máximos SA – São Paulo

Faculdade de Engenharia Industrial - FEI


São Bernardo do Campo

Apostila - Sistema de Arrefecimento do Motor


1ª edição - Waldir P. Silva

Internet
Diversos

33
POSTOS AUTORIZADOS

34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
TECNOLOGIA E PRECISÃO EM CONTROLE DE TEMPERATURA

You might also like