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Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da


rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de
todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir
de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por
leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que
postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note
também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações
mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise
as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas
no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010,
utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

1
GABARITO

Caderno do Aluno de Química – 2ª série – Volume 1

Respostas às questões

Professor, as respostas às questões que exigem sínteses, pesquisas, avaliações, ponderações


são indicações do que pode ser esperado das reflexões dos alunos. De maneira nenhuma são
“gabaritos” para ser seguidos em eventuais correções de tarefas ou discussões em sala de
aula. Deve-se chamar a atenção para o fato de se ter procurado utilizar a linguagem que
envolve termos científicos de maneira adequada, o que, certamente, não corresponde ao
modo como os alunos se expressam. Muitas vezes, expressam ideias pertinentes, porém sem
a devida apropriação da terminologia química.
Bom trabalho!

2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

PROPRIEDADES DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

Nesta Situação de Aprendizagem, as atividades foram elaboradas com a intenção de


permitir ao aluno analisar, de forma qualitativa, dados quantitativos representados em
tabelas e relacioná-los a contextos socioeconômicos, científicos ou cotidianos e também
avaliar os riscos e consequências da introdução, pelo ser humano, de materiais poluentes
no ambiente.

Página 3 - 4

A leitura de textos é um dos recursos que podem atuar como poderoso auxiliar na
construção de significados atribuídos a determinado objeto de ensino. No momento,
pretende-se utilizá-la como desencadeadora e motivadora para a aprendizagem e, ao
mesmo tempo, colocar o estudo das soluções no contexto das águas naturais. São
utilizadas duas propostas de leitura: por meio de questões e por meio de um quadro-
síntese, visando desenvolver no aluno a autonomia e a capacidade de comunicação.

Questões para análise do texto

Páginas 4 - 5

1. A água está presente nos tecidos animais e vegetais. Apenas 0,6% da água do planeta
é aproveitada pelo ser humano, para abastecimento doméstico e industrial,
agricultura, pecuária, recreação e lazer, transporte, geração de energia e outros.
2. A fração utilizável é cerca de 160 vezes menor do que a fração correspondente aos
oceanos e mares (97,2/0,6) e 3,5 vezes menor do que a fração correspondente às
geleiras e calotas polares (2,11/0,6).
3. O consumo per capita, por dia, recomendado pela ONU é de 110 litros; a média da
capital é de 221 litros por dia por habitante. Atribui-se essa discrepância à perda de
água por vazamentos, mau uso, desperdícios etc.
3
4. Quando pensamos em Química, água tratada e água pura não têm o mesmo
significado. A água de rios, lagos e represas usada para beber, cozinhar, tomar
banho, lavar louças e roupas etc. deve passar por tratamento visando torná-la
adequada para o consumo humano. Tal tratamento envolve várias etapas e é
realizado por empresas como a Sabesp ou órgãos ligados ao setor público. Com
relação à água pura, uma substância é considerada pura quando apresenta um
conjunto de propriedades físicas constantes que podem ser usadas para sua
identificação, como a densidade, as temperaturas de ebulição e de fusão e algumas
características químicas específicas da substância.

Questões para análise do texto

Páginas 8 - 9
1. Água potável é aquela que é própria para beber e para ser ingerida. Ela deve ser
isenta de cor, sabor, odor ou aparência desagradável. Enquanto o critério de pureza
considera uma substância pura como aquela que tem propriedades específicas, como
temperatura de ebulição e de fusão e a ausência de outras espécies químicas, o
critério de potabilidade indica que a água pode conter substâncias dissolvidas em
certas quantidades (ou concentrações). Há limites estabelecidos pela legislação, que
precisam ser monitorados.
2. Água contaminada é a água que contém substâncias tóxicas e organismos
patogênicos nocivos à saúde em concentração superior aos parâmetros ou índices de
qualidade estabelecidos pela legislação. Não pode ser consumida para não afetar a
saúde dos seres humanos.
3. O chumbo, no ser humano, se deposita nos ossos, na musculatura, nos nervos e nos
rins, provocando estados de agitação, epilepsia, tremores, redução da capacidade
intelectual, anemia e uma doença chamada saturnismo. A concentração máxima
permitida pela legislação é de 0,01 mg L-1 ou 0,01 ppm. As fontes de chumbo são
algumas tintas, aditivos de gasolina e tubulações feitas desse metal.
4. Não se recomenda o uso de panelas de alumínio porque tem sido detectada a
presença dessa substância na água potável. Sabe-se que o consumo de água potável
com mais de 100 ppb (0,1 mg/L) de alumínio pode causar danos neurológicos, como
perda de memória, e contribuir para agravar a incidência do mal de Alzheimer.

4
5. A presença de nitratos pode causar a doença conhecida como metemoglobinemia ou
síndrome do bebê azul. Bactérias presentes no estômago do bebê ou em mamadeiras
mal lavadas podem causar a transformação do nitrato em nitrito, de acordo com a
equação:

NO3-(aq) + 2 H+(aq) + 2 e-  NO2-(aq) + H2O(l)


nitrato nitrito

Interagindo com a hemoglobina, o nitrito a oxida, impedindo, dessa forma, a


absorção e o transporte adequado de oxigênio às células do organismo.
Consequentemente, o bebê é acometido de insuficiência respiratória, o que altera a sua
coloração natural para uma coloração azulada.

Páginas 9 - 10

A elaboração de um quadro-síntese visa favorecer o estudante na compreensão da


leitura e na organização de seu raciocínio.

As ideias principais apresentadas dizem respeito à diferença entre os conceitos de


água potável e água pura, aos critérios de potabilidade, segundo a legislação brasileira, e
a problemas de contaminação da água para consumo. A escolha dos pormenores vai
depender da avaliação do aluno, de sua história e seus conhecimentos, e não é tão
relevante qual pormenor ele citar. Assim, por exemplo, um aluno pode achar que são
importantes os efeitos do chumbo ou do alumínio no organismo enquanto outro pode
achar que as quantidades relativas é que são importantes. Um outro aluno pode achar
importantes as concentrações-limite estabelecidas legalmente. Quanto às conclusões e
implicações, o importante é que o aluno perceba o papel da sociedade e o seu próprio
papel no uso e na manutenção da qualidade da água.

1. Professor, informe ao aluno que a concentração expressa em 1 ppb corresponde a


0,001 mg/L (uma parte em um bilhão de partes, ou seja, 1 g em 109 g, ou, para a

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água, 1 g em 106 L, ou 1 mg em 103 L, ou 0,001 mg em 1 L). As unidades de
concentração serão abordadas na Situação de Aprendizagem 3.
1 ppb = 0,001 mg/L
10 ppb = 0,01 mg/L
Bebendo 2 L de água, a pessoa ingere 0,02 mg de chumbo (0,01 mg/L).
2. Nenhuma das amostras obedece aos índices de qualidade para a água previstos por
lei. Todas são nocivas à saúde humana.
Análise dos dados tabelados e avaliação da qualidade das águas:

Amostra Concentração maior que a Efeitos tóxicos possíveis


máxima permitida
A Ba e Cu Paralisia muscular.
B As e Pb Distúrbios gastrintestinais, agitação,
tremores, danos no cérebro, anemia.
C As, Pb e Mn Semelhante à amostra B.
D Ba, Hg, Al e Mn Paralisia muscular, distúrbios neurológicos e
mutagênicos, mal de Alzheimer.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

DISSOLUÇÃO DE MATERIAIS EM ÁGUA E MUDANÇA DE SUAS


PROPRIEDADES

Páginas 11 - 12

Nesta atividade, o conceito de solubilidade já abordado na 1a série é retomado e


desenvolvido num nível mais amplo, como “extensão da dissolução”. Enfatiza-se o
controle de variáveis. Como se deseja saber até quanto um sólido é solúvel em água,
fixa-se o valor de uma variável, no caso, o volume de água (20 mL), e variam-se as
quantidades de sulfato de cobre, mantendo-se todas as outras constantes (temperatura e
pressão) – método das variações contínuas.

Assim, diferentes massas de sulfato de cobre são adicionadas sucessivamente a 20


mL de água, fazendo-se observações sobre o aspecto, a cor e a homogeneidade dos
sistemas resultantes.

Sistema
CuSO4.5 H2O + água

Massas de
CuSO4.5 H2O

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Resultados esperados:

Tubo Massa de Volume Aspecto Comparação Presença ou não de


CuSO4.5 H2O de á g ua homogêneo de cor sólido
(g ) (mL) ou
heterogêneo
I 1,5 20 Homogêneo Azul –
II 2,5 20 Homogêneo Azul mais –
intenso que I
III 4,2 20 Homogêneo Azul mais –
intenso que II
IV 5,0 20 Heterogêneo Azul intenso Presença de sólido
igual a III não dissolvido
formando corpo de
fundo.
V 6,0 20 Heterogêneo Azul intenso Presença de sólido
igual a III não dissolvido em
maior quantidade do
que em IV,
formando corpo de
fundo.

1. Ocorre dissolução total do sólido nos tubos I, II e III. Nos tubos IV e V parte do
sólido se depositou, formando corpo de fundo, no tubo V mais do que no IV.
2. Nos tubos IV e V a massa de sulfato de cobre que foi colocada para ser dissolvida
deve ter ultrapassado a quantidade limite que pode ser dissolvida em 20 mL de água,
à temperatura da experiência, ou seja, ultrapassou o limite de solubilidade do sulfato
de cobre a essa temperatura.
3. A constância da cor nos tubos IV e V é devido a se ter atingido a quantidade máxima
de sulfato de cobre que se pode dissolver nesses dois tubos.
4. A adição de mais 1 g de soluto ao tubo II poderá intensificar a cor da solução pois,
nesse tubo, ainda não foi atingida a quantidade limite que pode ser solubilizada,
havendo a possibilidade de dissolução de mais soluto. Ao contrário, no tubo IV, a
tonalidade da solução não se modificará, pois a quantidade limite foi ultrapassada
– o excesso de sólido adicionado aumentará a quantidade de corpo de fundo ali
presente.
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5. Pode-se estimar que a quantidade de soluto que pode ser dissolvida em 20 mL de
água está entre 4,2 e 5,0 g, pois no tubo III ainda não restou sólido, ou seja, não foi
ultrapassada a quantidade máxima que pode ser dissolvida em 20 mL, e no tubo IV
isto já acontece. Como a cor da solução do tubo IV é a mesma que a do tubo III,
pode-se inferir que esse valor deve ser próximo a 4,2 g. Quando se consideram 100
mL de água, proporcionalmente, será possível dissolver 5 vezes mais, ou seja, em
torno de 21 g de soluto.
Observação: Nessa questão, é desejável que seja enfatizada a proporcionalidade
entre a massa dissolvida e o volume de água.

Páginas 13 - 14

O aluno, tendo construído o conceito de solubilidade, que, em outro momento, será


diferenciado como uma situação de equilíbrio químico, poderá aplicar o conhecimento
para responder às questões.

1. O aluno poderá mencionar os assuntos que aprendeu relacionados à dissolução e à


solubilidade.
2.
a) É possível comparar as solubilidades porque as massas dissolvidas se referem à
mesma massa de água (100 g), à mesma temperatura e pressão (25 ºC e 1 atm).
b) O mais solúvel é o NaBr (1,2.102 g/100 g de água) e o menos solúvel é o CaCO3
(1,3.10-3 g/100 g de água).
c) Como a solubilidade do NaCl é de 36,0 g para 100 g de água, a mistura resultará
heterogênea. Em 50 g de água, 18,0 g de NaCl se dissolvem e 2,0 g permanecem sem
se dissolver, formando corpo de fundo.
d) O primeiro sólido a se depositar, no caso, é o NaCl porque é o menos solúvel.

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Desafio!

Página 14

Neste exercício, envolvendo um fato do cotidiano, o aluno irá utilizar os


conhecimentos construídos, avaliar dados quantitativos e elaborar conclusões.
Sugerimos, na sua correção, que, em vez de aplicar simplesmente uma “regra de três”, a
questão da proporcionalidade seja levantada.
3
2,3  10  g de BaSO4 4,6  10 4 g
ou
1000 mL de água 200 mL
233 g BaSO4 4,6  10  4 g

133 g Ba 2 x

Ou 0,00027 g de Ba2+ ou 2,7 × 10-4 g de Ba2+ em 200 mL.

Então, temos que 0,00027 < 0,7 g; portanto, só há 0,00027 g do íon Ba2+ em 200 mL
da solução, não atingindo a quantidade letal, que é de 0,7 g.

Exercício para a sala de aula

Páginas 14 - 15

Analisando os dados tabelados, o aluno irá observar que a água é o líquido que
apresenta maior calor específico, o que significa que ela precisa de grandes quantidades
de energia para se aquecer e, consequentemente, que pode manter sua temperatura por
muito mais tempo, pois é necessário que a água ceda grandes quantidades de calor ao
ambiente para que sua temperatura diminua. Com essa compreensão, o aluno poderá
aplicar esse conhecimento para responder às questões.

1. O frasco que contém o álcool apresentará temperatura mais elevada e resfriará em


menor tempo. Isso porque, para elevar em 1 ºC a temperatura de 1 kg de água, são
necessários 4,18 kJ. Para elevar em 1 ºC a temperatura de 1 kg de etanol são
necessários 2,44 kJ, ou seja, é preciso menos energia para aumentar a temperatura do
álcool. Então, quando massas iguais de água e de etanol recebem a mesma
quantidade de energia, em certo intervalo de tempo, o álcool vai ficar mais quente. O
álcool resfriará mais rapidamente, pois precisa perder uma quantidade de energia
menor, comparada com a água, para baixar a temperatura em 1ºC.

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2. Devido ao seu elevado calor específico, a água oferece grande resistência às
variações de temperatura. Grandes quantidades de calor terão de ser absorvidas ou
cedidas pelas massas de água para que estas sofram elevações ou reduções da sua
temperatura. É também devido ao elevado calor específico que o clima se mantém
estável em cada latitude ou altitude, nas diferentes regiões do planeta, em cada época
do ano.

Situação 2 – Densidade

Páginas 15 - 16
1. Os dados da tabela de densidade da água a várias temperaturas levam a concluir que
o gelo vai flutuar, pois apresenta densidade menor nas duas temperaturas.
2. Se a água de um rio congelar (0 ºC ou abaixo), o gelo se formará na superfície e não
afundará.
3. Os seres aquáticos que vivem submersos poderiam morrer, pois ficariam presos no
gelo e também não disporiam de oxigênio para sua respiração.

Situação 3 – Condutibilidade elétrica da água

Páginas 16 - 17
1. Considerando que o grau de condutibilidade elétrica da água potável é maior do que
o da água pura,é razoável supor que na água potável o número de partículas
portadoras de cargas elétricas livres é maior do que na água pura.
2. Na água do mar há um número considerável de espécies portadoras de cargas
elétricas (íons), o que intensifica o seu grau de condutibilidade elétrica, que torna-se
maior do que o da água potável e o da água pura.
3. Esperaria observar um grande aumento na condutibilidade elétrica por causa do
aumento de cargas elétricas surgidas da dissolução do sal de cozinha na água.
4. Ao solicitar um resumo, o que se pretende é desenvolver nos alunos as capacidades
leitora e escritora, a busca de informações e a autonomia.
No caso do calor específico, espera-se que o aluno reconheça, como já foi visto, que,
por causa do elevado calor específico que a água apresenta, ela oferece grande
resistência às variações de temperatura. Grandes quantidades de calor terão de ser
absorvidas ou cedidas pelas massas de água para que elas sofram elevações ou
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reduções da sua temperatura. É também por causa do elevado calor específico que o
clima se mantém relativamente estável em cada latitude ou altitude, nas diferentes
regiões do planeta, em cada época do ano.
Já a importância da água para os seres vivos deve-se à sua ação solvente e também
ao fato de muitas das substâncias por eles absorvidas, em razão das reações de seu
metabolismo, ocorrerem em meio aquoso. Além disso, o comportamento peculiar da
água em relação ás variações da densidade em função da temperatura, tem efeito
positivo na sobrevivência dos seres aquáticos. De fato, a densidade da água aumenta
com a elevação da temperatura, de 0 ºC a 4 ºC, em que ela é máxima, e depois
decresce. Se a água de um rio, numa região onde a temperatura ambiente for igual ou
inferior a 0 ºC, se congelar, o gelo, por ser menos denso do que a água líquida, se
formará na superfície e não afundará. A água no fundo do rio será líquida. Se não
fosse assim, no inverno, em regiões de climas muito frios, a água congelaria
formando uma camada de gelo no leito do rio, lago ou oceano e, provavelmente, só
existiria água no estado sólido, impedindo a vida de seres aquáticos, animais e
vegetais, pois ficariam presos ao gelo e não disporiam de oxigênio para sua
respiração.

Atividade 3 – Como a presença de solutos afeta as propriedades do


solvente?

Páginas 18 - 19

Nesta atividade, espera-se que o aluno perceba que a presença de soluto aumenta a
densidade da água e eleva a sua temperatura de ebulição.

1. Para o ovo flutuar, a densidade da solução deve ter aumentado. A adição de sal à
água causa um aumento de sua densidade.
2. Os dados de densidade de soluções de NaCl em diferentes concentrações mostram
que a densidade da solução aumenta com o aumento da concentração. O ovo flutua
porque, com a adição de sal, a densidade da solução aumenta, tornando-se maior do
que a densidade do ovo.
3. O efeito sobre a temperatura de ebulição é semelhante. Quanto maior a concentração
de sal, mais elevada é a temperatura de ebulição da solução.

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Página 19
1. Por causa da elevada concentração de sais no Mar Morto, a água se torna muito
densa e, por isso, podemos boiar facilmente nesse mar.
2. A temperatura de ebulição seria maior se comparada à água do litoral do Estado de
São Paulo – há grande quantidade de sais dissolvidos, mais do que na água do litoral,
e a presença de sais eleva a temperatura de ebulição da água.
3. Os alunos podem apresentar várias sugestões, como mencionar que pode haver
pouco oxigênio dissolvido, uma vez que a quantidade de sal dissolvida é muito
grande e pode impedir a dissolução do gás; também podem citar questões
relacionadas à osmose, à perda de água pelas células.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÕES

Atividade 1 – Entendendo o significado da concentração de uma


solução

Páginas 20 - 22

Até o momento, foram utilizados diferentes modos de expressar as quantidades de


solutos dissolvidos em certo volume de água, ou seja, de expressar a concentração de
solução, como % massa; g/L. Nesta atividade, essas representações serão retomadas e
colocadas no contexto das soluções aquosas, com o intuito de compreendê-las e saber
como e quando utilizá-las. Também será estudado como preparar tecnicamente uma
solução e como preparar uma solução diluída com base em uma concentrada.

1. Comparando os dados tabelados, observa-se que há uma relação de


proporcionalidade entre as massas dissolvidas em 1 L, em 2 L e em 4 L de solução.
Nas três situações, a relação massa de soluto/volume de solução é constante = 0,01
mg/L.
0,02 mg/2 L = 0,04 mg/4 L = 0,01 mg/1 L

Elementos Concentração Quantidade Quantidade Quantidade


que afetam máxima permitida máxima contida máxima contida máxima contida
a saúde (mg.L–1) em 1 L (em mg) em 2 L (em mg) em 4 L (em mg)

Arsênio 0,01 0,01 0,02 0,04


(As)
Bário (Ba) 0,7 0,7 1,4 2,8
Chumbo 0,01 0,01 0,02 0,04
(Pb)
Mercúrio 0,001 0,001 0,002 0,004
(Hg)

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2.
a) A composição está expressa em mg/L. Ela também poderia ser expressa em g/L,
mas seria menos conveniente, pois as quantidades presentes são pequenas. Por
exemplo, é mais conveniente expressar a concentração de sulfato de estrôncio como
2,25 mg/L do que 0,00225 g/L ou 2,25 × 10-3 g/L.
Pode ser organizada uma tabela com os dados sobre a composição da água mineral.

S o l u to mg/L S o l u to mg/L
Sulfato de estrôncio 2,25 Bicarbonato de potássio 6,40
Sulfato de cálcio 15,84 Bicarbonato de sódio 37,40
Bicarbonato de cálcio 102,72 Cloreto de sódio 11,62
Bicarbonato de magnésio 36,52 Fluoreto de sódio 0,52
Óxido de zinco 0,01 Fluoreto de lítio 0,08

Observação: enfatizar o uso de algarismos significativos.


b) 37,40 mg/L.
c) A concentração, relação massa de soluto/volume de solução, será a mesma nos
dois copos: 37,40 mg/L. A concentração não se altera com o volume, mas sim a
quantidade do soluto presente em diferentes volumes de água. Nos dois casos, a
relação massa de soluto em mg por litro de água é a mesma.
d) 3,740 mg e 7,480 mg respectivamente.
e) Em 100 mL dessa água, tem-se 10,27 mg de bicarbonato de cálcio (102,7 mg/L);
3,65 mg de bicarbonato de magnésio (36,5 mg/L); 0,64 mg de bicarbonato de
potássio (6,40 mg/L); e 3,74 mg de bicarbonato de sódio (37,4 mg/L), o que dá um
total de 18,3 mg de bicarbonatos. Em 200 mL, a massa será o dobro, ou seja, 36,6 g.

Página 22
1.
Antiespasmódico X Antitérmico Y
a)
Concentração: 75 g/L Concentração: 200 g/L

15
75 mg/mL = 75 · 10-3g/1 · 10-3L = 75 g/L
200 mg/mL = 200 · 10-3g/1 · 10-3L = 200 g/L

b) 16 gotas · 0,05 mL/gota = 0,8 mL 0,8 mL · 3 vezes/dia = 2,4 mL/dia


75 mg/mL · 2,4 mL = 180 mg de dimeticona/dia ou 0,18 g de dimeticona/dia.

2. Usando a relação de proporcionalidade: 250 mL é 4 vezes menor do que 1 000 mL.


A massa dissolvida deverá ser 4 vezes menor do que 20 g, ou seja, 5,0 g.
Resolvendo por regra de três: 20 g de NaOH — 1 000 mL
mNaOH — 250 mL  mNaOH = 5 g
Deve-se dissolver 5 g de NaOH em água suficiente para completar o volume de
250 mL.

Página 23
1. 12,5 g é a quarta parte de 50 g. O volume a ser medido deve ser a quarta parte de
50 g 12,5 g
1 000 mL, ou seja, 250 mL. Ou   V = 0,25 L ou 250 mL.
1L V
20 g 4,0 g
2.   V = 200 mL. Deve-se dissolver 4,0 g de NaOH em água
1 000 mL V
suficiente para 200 mL de solução.

Atividade 2 – Expressando a concentração em porcentagem em massa


e porcentagem em volume

Páginas 23 - 24
a) 0,9 g de NaCl e 99,1 g de água.
b) Em 100 g tem-se 0,9 g do sal. Para preparar 500 g, será necessária uma quantidade 5
vezes maior, ou seja, 5 · 0,9 = 4,5 g NaCl. Ou, em forma de proporção:
0,9 g x
  x = 4,5 g de NaCl e 495,5 g de água.
100 g de soro 500 g de soro
16
Atividade 3 – Expressando a concentração em partes por milhão –
ppm

Página 24
1. 0,0002 mg/L significa que em 1 L de água potável estão contidos 0,0002 mg de Hg
ou 2 · 10-4 mg de Hg.
Para transformar mg/L em ppm é preciso calcular a massa de 1 L de água potável, o
que se pode fazer supondo que a densidade da água é d = 1 g/mL.
1 L = 1 000 mL → massa de 1 L de água = 1 000 g ou 106 mg
1 mg/L = 1 mg/106 mg = 1 ppm
2  10 4 mg de Hg x
0,0002 mg Hg = 2 · 10-4 mg Hg em 1 L →  ↔
10 6 mg de água 6
10 mg

x  2  10 4 ppm
2.
a) 0,5 mg
b) 200 g

Atividade 4 – Alterando a concentração das soluções – diluição

Páginas 24 - 25
1. 50 g — 1 000 mL
mCuSO4 — 100 mL mCuSO4 = 5,0 g em cada uma das provetas
2. Com a adição de água à proveta II até a marca dos 200 mL, o volume dobra e a
massa dissolvida continua a mesma: 5,0 g. A mesma massa está contida em um
volume de 200 mL, o dobro do inicial. A concentração, portanto, é reduzida à
metade: 5,0 g/0,2 L = 25 g/L.
Ou, usando a regra de três: 5,0 g — 200 mL (ou 0,2 L) x = 25 g/L
x — 1 000 mL (ou 1 L)
3. Com a adição de água à proveta III, o volume é quadruplicado. Usando raciocínio
análogo, a concentração será 5,0 g/0,4 L = 12,5 g/L, quatro vezes menor do que 50 g/L.

17
Página 26
1. A massa contida em 20 mL é: 20 g/L · 0,02 L = 0,4 g
Essa massa estará dissolvida em 100 mL, ou seja, 0,4 g/100 mL, e a concentração,
expressa em g/L, será: 4 g/1 000 mL, ou 4 g/L.
Pode-se também raciocinar assim: o volume de 20 mL aumentou 5 vezes. A
concentração deverá ser 5 vezes menor do que 20 g/L, ou seja, 4,0 g/L.
2. A concentração da solução obtida por diluição deverá ser cinco vezes menor. Então,
o volume a ser preparado, 500 mL, é cinco vezes maior do que o inicial. Sendo
assim, o volume inicial deve ser de 100 mL ou 0,1 L.
Queremos 0,5 L de uma solução 10 g/L
m soluto
10 g / L   massa de soluto = 5 g
0,5 Lsolução

Os 5 g de soluto devem ser dissolvidos de modo a resultarem numa solução 50 g/L.


50 g 5 g soluto
  Vsolução = 0,1 L diluído até 500 mL.
1 L Vsolução inicial

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

UTILIZANDO A GRANDEZA QUANTIDADE DE MATÉRIA PARA


EXPRESSAR A CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÕES

Atividade 1 – Expressando a concentração em mol/L

Página 27
1.
a) Rótulo 1 – cada litro da solução contém 0,5 mol de sulfato de cobre
pentaidratado.
Rótulo 2 – cada litro da solução contém 24,95 g de soluto.
b) Expressando as concentrações na mesma unidade (em g/L ou em mol/L),
podemos compará-las.
Cálculo da massa de 1 mol de CuSO4 · 5H2O:
Cu: 1 · 63,5 = 63,5
S: 1 · 32,0 = 32,0
O: 9 · 16,0 = 144,0
H: 10 · 1,0 = 10,0
massa molar: 249,5 g/mol

Rótulo 1 Rótulo 2
CuSO4 · 5H2O CuSO4 · 5H2O
0,50 mol/L ou 124,75 g/L 24,95 g/L ou 0,10 mol/L
Mais concentrada Menos concentrada

0,5 mol/L  0,1 mol/L ou 124,75 g/L  24,95 g/L


O rótulo que deve ser colocado na solução de cor mais intensa é o rótulo 1.

19
Atividade 2 – Aplicando os conceitos de concentração

Páginas 28 - 29

Elemento Símbolo do Concentração (g/L) Concentração (mol/L)


elemento*
Sódio Na (Na+) 10,5 0,46
2+
Magnésio Mg (Mg ) 1,26 0,052
2+
Cálcio Ca (Ca ) 0,41 0,010
Potássio K (K+) 0,39 0,010

10,5 g / L 1,26 g / L
[Na+] = = 0,46 mol [Mg2+] = = 0,052 mol
23 g / mol 24,0 g / mol
0,41 g / L 0,39 g / L
[Ca2+] = = 0,010 mol [K+] = = 0,010 mol
40 g / mol 39,0 g / mol

* Esses elementos na água do mar encontram-se na forma de íons: sódio: Na+; magnésio: Mg2+;
cálcio: Ca2+; e potássio: K+.
1. Como o número de partículas por mol é o mesmo (6,0 · 1023), a espécie que apresenta
maior quantidade de matéria (maior quantidade de mols) também apresenta maior
número de partículas. No caso, o Na+.
2. Como as massas molares de potássio e cálcio são valores próximos e suas
concentrações em g/L também são próximas, as concentrações em mol/L são iguais.
3. A quantidade de Mg2+ deve corresponder a 0,46 mol, ou seja, devem estar
dissolvidos, aproximadamente, 11 g/L.
4. O aluno deve relatar o caminho que utilizou para resolver o problema bem como seu
próprio aprendizado. Como se trata de uma situação de metacognição, não cabe uma
resposta específica de nossa parte.

20
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA ÁGUA – UMA QUESTÃO DE


QUALIDADE

Análise do gráfico

Página 31
1. A solubilidade do gás oxigênio em água decresce com o aumento da temperatura.
2. A 25 ºC, a quantidade máxima de oxigênio que se dissolve, segundo o gráfico, pode
ser estimada em 8,5 mg/L.

Questão para discussão

Página 31
Possíveis argumentos:
• Com o forte calor, a temperatura da água se eleva, o que dificulta a solubilização do
oxigênio.
• A bombinha aumenta a concentração de gases dissolvidos, incluindo a de oxigênio.
• A alta temperatura da água favorece a reprodução de microrganismos aquáticos que
consomem o oxigênio nela dissolvido.
• A manutenção da vida aquática em ambientes saudáveis acontece quando a
quantidade de oxigênio dissolvido na água está entre 6 a 9 mg/L.
Tudo indica que as hipóteses apresentadas para a morte dos peixes têm fundamento.

Atividade 2 – Interpretando a DBO

Páginas 31 - 32
1. A Demanda Bioquímica de Oxigênio indica a quantidade de oxigênio que uma
amostra de água requer para reagir completamente com os materiais presentes.

2. DBO=

21
3. Quanto maior for a DBO de uma água, maior será a quantidade de oxigênio
necessária para que ocorra a transformação dos materiais.
4. Resumidamente, apresentam-se alguns pontos que podem ser abordados na discussão
entre os alunos. A manutenção da vida aquática em ambientes saudáveis acontece
quando a quantidade de oxigênio dissolvido está em torno de 6 a 9 mg/L.
Considerando essa informação, os dados de DBO indicam que as águas do Riacho
dos Macacos e do Córrego Carajás estão poluídas, pois não haveria oxigênio
suficiente para reagir com toda a quantidade de material presente. Pode ser
mencionado, ainda, que a água do Córrego Carajás teve sua qualidade melhorada,
pois a DBO diminuiu no período mencionado.

Páginas 32 - 33
1. CO(NH2)2 + 4 O2 → CO2 + 2 NO-3 + 2 H+ + H2O
1 g de ureia consome 2,13 g de O2
Oxigênio consumido por 2,5 g de ureia: 2,5 · 2,13 = 5,32 g.
53, 2 mg
DBO = 5,32 g/100 L = 0,0532 g/L ou DBO  ou 53,2 ppm .
L

22
Página 34
1.

2. Entre 13 ºC e 15 ºC. (O valor determinado vai depender do gráfico elaborado.)


3. O aluno pode utilizar o gráfico, apresentado anteriormente, da solubilidade do O2 a
várias temperaturas. Pode escolher um dado valor de temperatura nas duas curvas e
verificar as solubilidades. Por exemplo, a 20 ºC, a solubilidade do O2 = 0,9 · 10-3
g/100 g de água; solubilidade do CO2 = 0,17 g/100 g de água (mais solúvel).
4. O CO2 irá se dissolver se a água não estiver saturada com esse gás.

23
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6

TRATAMENTO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

Página 35

O quadro com as etapas do tratamento de água pode variar, dependendo da fonte


consultada pelo aluno. Na bibliografia citada no Caderno do Professor (em Oficinas de
Química, disponível nos arquivos da Rede do Saber: http://www.rededosaber.sp.gov.br),
são apresentadas as seguintes etapas: peneiração, pré-cloração, floculação e decantação,
filtração, verificação do pH e determinação do cloro residual.

Página 35 - 39
1. A adição de sulfato de alumínio, de cal e de hipoclorito de sódio pode alterar o pH da
água de abastecimento. O pH da água tratada deve estar entre 6,0 e 8,0. Águas mais
ácidas ou mais básicas podem causar corrosão de metais e ser prejudiciais a plantas e
animais.
2. O cloro, por causa de sua toxicidade, também precisa ser monitorado para que não
ultrapasse o limite permitido para que a água seja potável. Também não pode estar
abaixo de certo valor para que mantenha sua ação desinfetante ao longo do percurso
da estação de tratamento até a caixa-d’água do usuário.

24
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7

AS QUANTIDADES EM TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM EM


SOLUÇÃO: UM CÁLCULO IMPORTANTE NO TRATAMENTO DA
ÁGUA

Páginas 42 - 44

Nesta Situação de Aprendizagem, os conhecimentos desenvolvidos serão aplicados


na resolução de uma situação-problema da vida diária do aluno.

1. CaO(s) + H2O(l)  Ca(OH)2(aq)


Al2(SO4)3(aq) + 3 Ca(OH)2(aq) 3 CaSO4(aq) + 2 Al(OH)3(s)
2.
a) 20 ppm de Al2(SO4)3 = 20 mg/L Al2(SO4)3
b) · 4 000 L = 80 000 mg = 80 g de Al2(SO4)3 para tratar 4 000 L de água por

segundo
3.
a) massa molar do Al2(SO4)3: 342 g/mol de Al2(SO4)3
massa molar do Ca(OH)2: 74 g/mol de Ca(OH)2
b)
Al2(SO4)3 3 Ca(OH)2

Quantidade em mol 1 mol de partículas 3 mol de partículas

Massa dessa quantidade


342 g 222 g
(g)

Massas que reagem (g) 80 g 52 g

Como 1 mol do sulfato de alumínio reage com 3 mols do hidróxido de cálcio, temos:
342 g de Al 2 ( SO4 ) 3 80 g

222 g de Ca (OH ) 2 massa de Ca(OH ) 2

massa de Ca(OH)2 = 51,9 g

25
massa de Ca(OH)2 para tratar 4 000 L de água por segundo = 52 g.
4.
a) 4 000 L/s · 3 600 s/h = 14 400 000 L/h ou 1,44 · 107 L
b) Proporcionalmente, uma quantidade de Al2(SO4)3 três mil e seiscentas vezes
maior: 288 000 g de Al2(SO4)3 ou 2,88 · 105 g ou, ainda, 2,88 · 102 kg.
Uma quantidade de Ca(OH)2 três mil e seiscentas vezes maior: 60 · 52 g = 187 200 g
de Ca(OH)2 ou 1,87 · 105 g ou, ainda, 1,87 · 102 kg.
5.
a) 0,3 mol de Al2(SO4)3 por litro de solução, ou seja, 102,6 g de Al2(SO4)3 por litro
de solução.
b) São possíveis dois caminhos, raciocinando em termos da quantidade de matéria
ou em termos de massa.

Quantidade de matéria (mol) Massa


1) quantidade de matéria correspondente a 1) massa correspondente a 0,30 mol
80 g de Al2(SO4)3 de Al2(SO4)3
80 g/342 g/mol = 0,23 mol 0,30 mol/L · 342 g/mol = 102,6 g/L de
solução
2) volume de solução de Al2(SO4)3 2) volume de solução de Al2(SO4)3
1 L  0,30 mol 1 L  102,6 g
x L  0,23 mol  0,77 L x L  80 g  0,77 L
ou seja, 770 mL de solução 0,30 mol/L de Al2(SO4)3

Páginas 44 - 45
CaCO3(s) + 2 HCl(aq)  CO2(g) + H2O(l) + CaCl2(aq)
Quantidade de matéria de HCl contida nos 50 L de solução: 0,4 mol/L = 20 mol de
HCl.
1. São necessários 2 mol de HCl para reagirem completamente com 1 mol de CaCO3.
2. Massas molares: CaCO3 = 100 g/mol e HCl = 36,5 g/mol.
3. Em cada litro de solução tem-se 0,40 mol/L de HCl.

26
4. Pode-se calcular de duas maneiras:
• massa de CaCO3 que reage com 1 L de HCl = 20 g; portanto, 1 000 g para reagir
com 50 L;
• quantidade de matéria de HCl em 50 L de solução = 20 mol; portanto, 1 000 g de
CaCO3 para reagir com 20 mol de HCl.

27
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8

COMO O SER HUMANO UTILIZA A ÁGUA? PODEMOS


INTERFERIR NOS MODOS COMO A SOCIEDADE VEM
UTILIZANDO A ÁGUA?

Páginas 46 - 48
1. Alternativa c.
2.
a) 0,06 mol/L de NaCl
b) menor: 0,032 mol/L
3. Alternativa b.
4.
a) Para explicar por que nem toda a água utilizada pelo ser humano é restituída
com qualidade para o consumo humano, o aluno pode considerar: falta de tratamento
de maior quantidade de água; tecnologia ainda não eficiente para remover todas as
impurezas da água; falta de investimentos em estações de tratamento; falta de
desenvolvimento de métodos mais eficientes; etc.
b) Causas:
• aumento da população: aumenta o consumo direto – por exemplo, beber,
higiene, limpeza – e o indireto – por exemplo, consumo de alimentos in natura e
manufaturados;
• aumento da cultura consumista: consumo de bens desnecessários, cuja produção
envolve água;
• aumento da industrialização;
• expansão da agricultura.
Consequências:
• aumento da necessidade de água tratada – pode haver falta de fontes de água
para tratamento, ou a água para esse fim tem de ser deslocada de regiões mais
distantes, aumentando os custos;
• racionamento de água tratada;
28
• se houver diminuição da água disponível para a irrigação de plantações, pode
haver diminuição da produção de alimentos;
• disputa pela água;
• comprometimento dos lençóis freáticos;
• poluição da água potável.
c) Medidas:
• Controlar as águas despejadas na rede de esgotos e cobrar taxas diferenciadas de
acordo com o grau de contaminação do esgoto. Vantagem: cada economia doméstica
e cada indústria buscariam maneiras de diminuir os contaminantes. Desvantagens:
dificuldade de controle e aumento do custo.
• Construção de estações de tratamento de água e expansão da rede de esgoto.
Vantagem: a água pode ser tratada podendo voltar a ser adequada ao consumo.
Desvantagem: custos elevados para a instalação das estações de tratamento e redes
de esgoto.
• Controle e manutenção da rede distribuidora de água para evitar desperdícios por
vazamentos. Vantagens: menos perda de água, mais água tratada disponível e
diminuição dos custos. Desvantagem: necessidade de obras que podem causar
transtornos aos moradores da região.
Os alunos podem apresentar outras medidas.
5. Alternativa a.

AJUSTES

Caderno do Professor de Química – 2ª série – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada
página.

29
Química – 2a série, 1o bimestre

Esta última é a fração aproveitável pelo ho- as águas da chuva e a destilada nos laboratórios
mem, que pode utilizá-la para abastecimento apresentam gases dissolvidos, como o CO2, o
doméstico, indústria, agricultura, pecuária, re- O2 e o N2, provenientes de sua interação com a
creação e lazer, transporte, geração de energia atmosfera. É a presença desses gases e também
e outros. de sais e outros compostos que torna a água ca-
paz de sustentar a vida aquática – os peixes e
Para abastecer 19 milhões de habitantes da outros seres não poderiam viver em água pura:
Grande São Paulo são produzidos 5,8 bilhões de eles necessitam de oxigênio dissolvido na água
litros de água tratada por dia. Essa água provém para sua respiração.
dos Sistemas Cantareira, Alto do Tietê e Rio
Grande. Embora a ONU recomende o consumo Uma substância pura apresenta um conjunto
per capita de 110 litros de água, a média da ca- de propriedades específicas que podem ser usa-
pital tem sido de 221 litros por dia por habitante das para a sua identificação.
(dados de 2008). Considerando não só o consu-
mo, mas também a perda de água por vazamen- Assim, como se estudou na série anterior,
tos, desperdício e outros, o Instituto Socioam- para reconhecer se uma substância se encontra
biental (ISA) está promovendo uma campanha pura, do ponto de vista químico, é necessário
para combater o desperdício de água. verificar se ela apresenta um conjunto de pro-
priedades constantes, como a temperatura de
Tanto as águas “doces” como as “salgadas” ebulição, a temperatura de fusão, a densidade
são imensas soluções aquosas, contendo muitos e a solubilidade, além de algumas caracterís-
materiais dissolvidos. Assim, a água na nature- ticas químicas específicas, conforme a tabela
za não se encontra quimicamente pura. Mesmo a seguir.

Tabela1 – Propriedades características de algumas substâncias


Temperatura de Solubilidade em
Temperatura de Densidade
Substância ebulição a 1 atm água (g/100 g
fusão (oC) 20 oC (g.cm-3)
(oC) água)

Água pura 100 0 0,998 –

Etanol 78,5 -117 0,789 ∞

Benzeno 80,1 5,5 0,880 0,070

NaCl 1 473 801 2,17 36,0

13
II – A água potável água é água somente (H2O) e tem propriedades
específicas que a caracterizam.
A palavra potável vem do latim potabilis, que
significa “própria para beber”. Para ser ingerida, Atualmente, grandes problemas estão afe-
é essencial que a água não contenha elementos tando o suprimento da água, como a poluição
nocivos à saúde. Muitas vezes, as águas super- dos rios, lagos e lençóis freáticos por resíduos
ficiais provenientes de rios, lagos ou de aflora- industriais, agrícolas e humanos, além da con-
mentos naturais, destinadas ao consumo huma- taminação por micro-organismos. Muitas vezes
no ou a outros fins, não apresentam a qualidade essas águas contaminadas, se ingeridas, podem
sanitária exigida. Por essa razão, a água para causar sérios danos à saúde.
consumo humano deve passar por tratamento a
fim de torná-la potável, isto é, atender a certos No entanto, dependendo da finalidade a
requisitos estéticos, tais como ser isenta de cor, que se destina, é permitida nas águas a presen-
sabor, odor ou aparência desagradável, ou seja, ça de espécies orgânicas e inorgânicas como,
ser própria para beber. Também pode ser utiliza- por exemplo, o flúor recomendado pelos den-
da no preparo de alimentos ou para lavar louças tistas. Entretanto, suas quantidades devem ser
e roupas. Deve ser também isenta de substâncias monitoradas, pois em represas ou outros tipos
minerais ou orgânicas ou organismos patogêni- de reservatórios, pode ocorrer contaminação
cos que possam produzir agravos à saúde. Assim, por micro-organismos patogênicos, por metais
o critério de potabilidade é diferente do critério como o chumbo, o zinco e outros, ou por com-
de pureza. A potabilidade tem como fim o auxí- postos orgânicos em concentrações superiores
lio da manutenção dos seres vivos, inclusive o ser às estabelecidas pela legislação, como mostra a
humano. A pureza indica que a espécie química Tabela 2.

Tabela 2 – Tipos de contaminante da água


Contaminantes da água Exemplos
Resíduos que consomem O2 dissolvido Resíduos de animais e vegetais em decomposição
Agentes patogênicos Micro-organismos
Nutrientes vegetais Fosfatos e nitratos
Ácidos, bases e íons de metais (Fe2+, Hg2+, Cd2+,
Produtos industriais inorgânicos
Cr3+, Pb2+)
Produtos industriais orgânicos Praguicidas, detergentes e petróleo
Restos de mineração e processamento de mate-
Material radioativo
riais radioativos
Material em suspensão Sedimentos de erosão da Terra

14
O texto foi
substituído pelo
que consta no CA, Química – 2a série, 1o bimestre
pg. 6 e 7.

Uma ocorrência no Rio de Janeiro, no ano 2000,


que alarmou a população, foi a série de notícias que bebemos pode causar, tanto em bebês recém-
sobre a contaminação da água por chumbo. Esse nascidos quanto em adultos com certa deficiência
metal, na forma de Pb (cátion chumbo II), havia
2+
enzimática, a doença conhecida como “metemo-
sido detectado em amostras de água coletadas em globinemia” ou “síndrome do bebê azul”. Bactérias
residências onde as tubulações ainda eram cons- presentes no estômago do bebê ou em mamadeiras
tituídas de chumbo. Esse metal, no ser humano, mal lavadas e mal esterilizadas podem reduzir o ni-
se deposita nos ossos, na musculatura, nos nervos trato a nitrito, como mostra a equação:
e rins, provocando estados de agitação, epilepsia, NO3– (aq) + 2 H+(aq) + 2 e– NO–2(aq) + H2O(l)
tremores, perda de capacidade intelectual, anemias nitrato nitrito
e, em casos extremos, uma doença chamada satur- Interagindo com a hemoglobina, o nitrito a oxi-
nismo. Atualmente, minimizou-se esse mal, pois o da impedindo, dessa forma, a absorção e o trans-
uso de tubulações de chumbo foi descartado, tor- porte adequados de oxigênio às células do organis-
nando-se obrigatória a utilização de tubulações mo. Devido à falta de hemoglobina, na sua forma
fabricadas com cloreto de polivinila (PVC). reduzida e que dá a cor vermelha ao sangue, o bebê
é acometido de insuficiência respiratória, perdendo
O alumínio é outro contaminante que tem cau- a sua cor rosada natural para uma cor azul arroxe-
sado temor à população. Alguns pesquisadores ado. Nos adultos, essa doença pode ser controlada,
acreditam que sua presença na água potável pode pois a hemoglobina oxidada pode retornar com fa-
ser aumentada caso em seu tratamento seja utiliza- cilidade à sua forma reduzida, transportadora de
do o alume. O uso de panelas de alumínio também oxigênio, e o nitrito se oxidar novamente a nitrato.
pode aumentar a quantidade desse contaminante
nos alimentos nelas processados. As pesquisas in- A Portaria GM/MS No 518, de 25 de março de
dicam que o consumo de água potável com mais de 2004, do Ministério da Saúde, estabelece os proce-
100 ppb (0,1mg/L)* de alumínio pode causar danos dimentos e responsabilidades relativos ao controle
neurológicos, como perda de memória, e contribuir e vigilância da qualidade da água para consumo
para agravar a incidência do mal de Alzheimer. humano e seu padrão de potabilidade. Alguns
Além desses contaminantes, deve-se considerar desses dados são mostrados nas tabelas a seguir.
ainda os Alguns
nitratos. O excesso de nitratos
componentes quena água
afetam a qualidade organoléptica da água
Componentes que afetam a qualidade Concentração máxima permitida (miligrama por
organoléptica litro de água)
Alumínio (Al3+) 0,2
Cloretos (Cl–) 250,0
Cobre (Cu2+) 1,0
Zinco (Zn2+) 5,0
Ferro total (Fe2+ e Fe3+) 0,3
Manganês (Mn2+) 0,1
* 1 ppb = 0,01 ppm
100 ppb = 0,1 ppm = 0,1 mg/L

15
Química – 2a série, 1o bimestre

Claudio Ripinskas/R2-Criações
20 ml 20 ml 20 ml 20 ml 20 ml

15 ml 15 ml 15 ml 15 ml 15 ml

10 ml 10 ml 10 ml 10 ml 10 ml

Em discussão com a classe, você poderá ir ff E em 100 mL de água? (Enfatize a propor-


lançando as questões que seguem, procuran- cionalidade entre a massa dissolvida e o
do respondê-las em conjunto com os alunos, volume de água.)
considerando as ideias deles, sem refutá-las,
pois tal atitude os desestimula para a apren- Após a discussão dessas questões, pode-se
dizagem. O que se pretende é a construção do apresentar esta outra tabela para também ser
conceito de “extensão da dissolução”, o qual, analisada e discutida com toda a classe.
por sua vez, será também ampliado no estudo
do equilíbrio químico. Solubilidade de alguns solutos da
água do mar (25 ºC e 1 atm)
ff Como explicar o depósito de sólido (corpo Solubilidade
de fundo) nos tubos IV e V? Soluto Fórmula (g/100 g de água)
25 ºC e 1 atm
ff Pode-se relacionar a constância da cor com Cloreto de
MgCl2 54,1
magnésio
a quantidade dissolvida?
Sulfato de
CaSO4 6,8.10-3
cálcio
ff O que poderia ocorrer se fosse adicionado
Carbonato
mais 1,0 g de sólido ao tubo II? E ao tubo CaCO3 1,3.10-3
de cálcio
IV? O que essas observações podem signi-
Cloreto de
ficar? Justifique. NaCl 36,0
sódio
Brometo
NaBr 1,2.102
ff Pode-se estimar a quantidade máxima de de sódio
CuSO4 .5H2O capaz de se dissolver em 20 mL Sulfato de
MgSO4 36,0
de água? magnésio

21
Pode-se trabalhar esses dados chamando a A discussão deve ser conduzida de tal modo
atenção para o fato de as solubilidades serem varia- que os alunos possam concluir que o depósito
das: alguns sais são muito solúveis e outros muito de sólido nos tubos IV e V deve-se ao fato de
pouco solúveis. Algumas questões podem animar ter sido ultrapassada, nesses tubos, a quantida-
uma discussão geral entre os alunos e podem ser de de sulfato de cobre pentaidratado, que pode
dadas como tarefa com vistas à avaliação: ser dissolvida em 20 mL de água àquela tempe-
ratura. A constância da cor nos tubos III, IV
1. Por que é possível comparar as solubilidades? e V é uma evidência de que a quantidade de
sulfato de cobre dissolvida representa “quan-
2. Qual dos solutos é o mais solúvel? Qual o to” desse soluto é possível dissolver em 20 mL
menos solúvel? de água à temperatura em que se realizou a ex-
periência, ou seja, a “extensão” em que ocorre
3. 20,0 g de NaCl foram colocados para dis- a solubilização do sulfato de cobre no volume
solução em 50,0 g de água. A mistura resul- de água considerado. A adição de mais 1 g de
tou homogênea? soluto ao tubo II poderá intensificar a cor da
solução, pois há a possibilidade de dissolução
4. Uma solução aquosa contém cloreto de sódio de mais soluto, desde que nesse tubo ainda não
e cloreto de magnésio em iguais quantidades. tenha sido atingida a quantidade-limite que
Submetendo-a à evaporação, qual sólido se pode ser solubilizada. Ao contrário, no tubo
deposita primeiro, separando-se da solução? IV, a tonalidade da solução não se modificará,
pois a quantidade-limite foi ultrapassada – o
5. Em exames radiológicos gastrintestinais, sólido adicionado permanecerá como corpo de
utiliza-se para contraste solução saturada fundo. Quanto às últimas questões, os alunos
de BaSO4. No entanto, para um indivíduo de podem fazer uma estimativa percebendo que a
60 kg de massa corpórea, o limite de tolerância quantidade que pode ser dissolvida está entre
da espécie química íon bário (Ba2+) no orga- 4,2 mg e 5,0 mg em 20 mL. Como a cor da so-
nismo humano é de 0,7 g. Levando-se em con- lução do tubo IV é a mesma que a do tubo III,
ta que a solubilidade do BaSO4 em água é de os alunos podem inferir que esse valor deve ser
2,3.10-3 g para 1 litro de água, explique por que próximo a 4,2 g. É importante que os alunos
a ingestão de um copo (200 mL) de solução sa- percebam também que existe uma proporcio-
turada desse sal não é letal para esse indivíduo. nalidade na dissolução: quando se considera
100 mL de água, será possível dissolver 5 vezes
Grade de avaliação da Atividade 1 mais, ou seja, em torno de 21 g de soluto.

Nesta atividade, o conceito de solubilidade Já as questões propostas para análise da


é reconstruído com a realização ou a descri- tabela de solubilidade de alguns solutos têm a
ção do experimento. finalidade de mostrar que as solubilidades são

22
Química – 2a série, 1o bimestre

variadas, dependendo da natureza do soluto, dissolver em certa quantidade de solvente, numa


do solvente, da temperatura e da pressão. Foi temperatura determinada. Essas ideias servirão
possível comparar as solubilidades (Questão 1) para o estudo posterior de equilíbrio químico.
porque expressam as massas que podem ser Com a realização desta atividade, o estudante
dissolvidas na mesma massa de água (100 g). deve ser capaz de fazer a leitura compreensiva de
A Questão 2 direciona o aluno à comparação tabelas e gráficos, analisar dados, estabelecer re-
dos valores de solubilidade para concluir que lações, elaborar conclusões e, ao mesmo tempo,
o NaBr é o mais solúvel e o CaCO3, o menos compreender que as diferentes solubilidades só
solúvel. A Questão 3 visa verificar se foi cons- podem ser comparadas quando as quantidades
truído o conceito de solubilidade. Consultan- dissolvidas se referem a uma mesma quantidade
do a tabela de solubilidade, verifica-se que a de solvente e à mesma temperatura.
solubilidade do NaCl é de 36,0 g para 100 g
de água e, portanto, 18,0 g em 50 g de água.
Como foram colocados 20 g em 50 g de água, Atividade 2 – A vida depende da água:
a mistura resultará heterogênea, pois há exces- outras propriedades do solvente água
so de 2,0 g de NaCl, que formará o corpo de
fundo. A Questão 4 leva o aluno a concluir Nesta segunda atividade, vão ser abordadas
que o primeiro a se depositar é o menos solú- outras propriedades importantes da água: calor
vel, no caso, o NaCl. Finalmente, a Questão específico, densidade e condutibilidade elétrica.
5, que envolve o uso do BaSO4 em exames ra- O conceito de densidade já foi introduzido an-
diológicos, relaciona o conhecimento químico teriormente (1a série) e pode ser retomado. Não
com a saúde e exige os seguintes cálculos: se trata de aprofundar esses conceitos nem de
explorá-los em nível de modelos explicativos,
2,3 x 10-3 g de BaSO4 4,6 x 10-4 g mas de mostrar a importância deles nas carac-
ou
1 000 mL de água 200 mL
terísticas que a água apresenta.
233g BaSO4 4,6 x 10-4 g
=
137g Ba x Caso tenha condições, você pode antecipa-
damente apresentar aos alunos, como traba-
ou 0,00027 g de Ba ou 2,7 x 10-4 g de Ba2+ em lho a ser realizado em grupos, as três situações
200 mL. descritas a seguir, cujas respostas devem ser
pesquisadas e elaboradas em forma de texto
Então, temos que 0,00027 < 0,7 g; portan-
to, só há 0,00027 g de íon Ba2+ em 200 mL da para serem discutidas e avaliadas. Você tam-
solução, não atingindo a quantidade letal, que bém pode trabalhar em sala de aula, dividindo
é de 0,7 g. a classe em grupos e atribuindo uma das situa-
Deve ficar claro para o aluno o significado de ções a cada grupo. Pode-se até preparar folhas
“extensão da dissolução”, ou seja, que existe para de trabalho contendo uma situação de cada
dado material uma quantidade-limite que pode se uma das consideradas.

23
Química – 2a série, 1o bimestre

Para problematizar a questão da concen- máxima presente em 2 L e pedindo para que


tração, retome os dados apresentados sobre o aluno estime essa mesma quantidade em
as concentrações máximas permitidas de 4 L (ou outro volume). Pode-se perguntar
certos elementos químicos na água potável, se a quantidade por litro de água é a mes-
como os expostos a seguir, mostrando, tam- ma em todos os casos (razão massa/volume
bém, por exemplo, qual seria a quantidade constante).

Concentração Quantidade Quantidade Quantidade


Elementos que
máxima permitida máxima contida máxima contida máxima contida
afetam a saúde
(mg.L-1) em 1 L (em mg) em 2 L (em mg) em 4 L (em mg)
Arsênio 0,01 0,01 0,02
Bário 0,7 0,7 1,4
Chumbo 0,01 0,01 0,02
Mercúrio 0,001 0,001 0,002

Assim, pode-se introduzir o conceito de solução. Enquanto eles a preparam, informe-


concentração, apresentando os significados os de que dois aspectos precisam ser conside-
de soluto, solvente e solução. rados: a concentração (quantidades relativas
de seus componentes) e a quantidade de so-
Nesse momento, você pode mostrar aos lução desejada (quanto de solução deve ser
alunos como se prepara tecnicamente uma preparada).

Esquema do preparo de 100 mL de uma Transferir a solução obtida para um balão


solução volumétrico de 100 mL e completar o volume
com água até a marca dos 100 mL. Claudio Ripinskas/R2 Criações

Atenção: este esquema não se aplica ao pre-


paro de soluções de ácidos a partir da solução
concentrada. Nesses casos, adiciona-se lenta-
mente o ácido à água.
Pesar, em um béquer, a quantidade do mate-
rial que se quer dissolver.
Acrescentar ao béquer pequena quantidade
de água e agitar cuidadosamente.
Observar se todo o sólido foi dissolvido; caso
contrário, adicionar mais um pouco de água.

29
Química – 2a série, 1o bimestre

Sugere-se o seguinte encaminhamento: trações são diferentes. Um possível encami-


nhamento para esclarecer as dúvidas seria:
ff Interpretar a informação 37,40 mg/L, di-
zendo que em 1 L da água mineral estão ff Qual é a massa de bicarbonato em 100 mL
contidos 37,40 mg de bicarbonato. da água mineral? Qual será a massa de bi-
carbonato em 200 mL dessa água?
ff Lembrar que 1 g = 1 000 mg.
Pode-se ajudar os alunos considerando:
ff Se 1 g _____ 1 000 mg
ff Se em 1 000 mL (ou 1 L) da água mineral
? _____ 37,40 mg São Sebastião estão contidos 37,40 mg de
bicarbonato de sódio, em 100 mL quanto
ff Concluir que em 1 L de água mineral estão deverá haver?
presentes 0,03740 g de bicarbonato de só-
dio (representação II). Possivelmente, os alunos deverão responder:
dez vezes menos, ou seja, 37,40 / 10 = 3,740 mg,
E, então, representar assim: pois 100 mL é dez vezes menor do que 1 000
mL.
Bicarbonato de sódio Bicarbonato de sódio
37,40 mg/L 0,03740 g /L
Continuando, você pode perguntar: “Qual a
I II massa de bicarbonato em 200 mL dessa água?”.

ff Qual a forma mais conveniente de expres- Espera-se que eles respondam: em 200 mL
sar a concentração desse componente? Em haverá cinco vezes menos, ou seja,
g/L ou em mg/L? Justifique. 37,40 / 5 = 7,480 mg, pois 200 mL é cinco
vezes menor do que 1 000 mL, ou 1/5 de 1 000
Algumas outras questões podem ajudar os alu- mL (1 000 / 5 = 200 mL); ou então podem re-
nos na construção dos conceitos. Por exemplo: lacionar com o que acabaram de calcular, ou
seja, terá o dobro da quantidade dissolvida
ff Se forem colocados 100 mL dessa água em em 100 mL, ou seja, 7,480 mg. De qualquer
um copo e 200 mL em outro, qual será a forma, após terem chegado à conclusão, você
concentração de bicarbonato em cada um pode escrever na lousa as relações:
dos copos?
3,740 mg / 0,1 L = 37,40 mg/L (massa de
Alguns alunos responderão que será a mes- soluto em mg e volume de solução em L)
ma; outros podem achar que um copo contém
100 mL e o outro 200 mL, e então as concen- 7,480 mg / 0,2 L = 37,40 mg/L

31
Um parágrafo foi retirado.

Direcionando a atenção para as relações ativo (paracetamol) por mL. Indique nos
escritas, você poderá então afirmar: respectivos rótulos as concentrações dos
componentes ativos desses medicamentos
Nos dois copos, a concentração, ou seja, a em g/L.
quantidade de soluto, em gramas, por volume
de solução em litros é a mesma. O que variou 2. A importância de conhecer a composição
foi o volume de solução considerado. do medicamento está na dose que o médico
deve recomendar dele. Por exemplo, para o
Considerando que 1 copo contenha 200 mL medicamento antiespasmódico, a dose re-
dessa água, que massa de bicarbonato em mg comendada para adultos é de 16 gotas, 3
é ingerida por uma pessoa ao beber dois copos vezes ao dia. Como se pode saber a massa
dessa água? de dimeticona que se pode ingerir por dia?
Dado: volume de uma gota = 0,05 mL.
Que volume de água uma pessoa deve be-
ber para ingerir 18,7 mg de bicarbonato? 3. Deseja-se preparar 250 mL de uma solu-
ção de hidróxido de sódio de concentração
Os outros dados de concentração de outros igual a 20 g/L. Que massa de hidróxido de
sais podem também ser trabalhados da mes- sódio deve-se usar?
ma forma. Como uma ampliação dos conhe-
cimentos elaborados, é possível propor uma 4. Um frasco contém uma solução de sulfato
tarefa, que pode ser extraclasse. de cobre pentaidratado 50 g/L. Que volu-
me dessa solução devo medir para ter 12,5
Tarefa – trabalho em grupo (entregar para g de sulfato de cobre?
o professor)
5. Determinou-se a massa de 4,0 g de hidró-
1. Muitos medicamentos com os quais lida- xido de sódio. Que volume de solução deve
mos em nosso dia a dia informam em seus ser preparado para que sua concentração
rótulos ou bulas a concentração do com- seja 20 g/L?
ponente ativo. Assim, por exemplo, um
medicamento para flatulência, apresenta- Porcentagem em massa
do em gotas, contém 75 mg do componen- É comum encontrar na vida diária a con-
te ativo (dimeticona) por mL. Outro medi- centração expressa em porcentagem. Assim, é
camento, para febre, também apresentado importante que os alunos conheçam e saibam
em gotas, contém 200 mg do componente utilizar essa unidade em seu dia a dia.

32
Química – 2a série, 1o bimestre

Você pode apresentar as seguintes informa- Aqui, você pode trabalhar também por um
ções à classe. outro caminho, que é fazer o cálculo por meio
da densidade da solução, se achar adequado
Ácido acético no vinagre 4 a 6% (m/V)
para seus alunos. O valor da densidade do soro
NaCl no soro fisiológico 0,9% em massa
fisiológico, a 25 oC, é 1,009 g/cm3. Assim, pode-se
(m/m)
calcular o volume de 500 g de soro (495 mL) e a
Cloro na água sanitária 2 a 2,5% (m/m)
massa de sal necessária para seu preparo (4,5 g):
Essa unidade expressa a massa de soluto
em 100 g da solução (porcentagem em massa) Volume de 500 g de solução:
ou em 100 mL da solução (m/V). 1 mL _____ 1,009 g
V _____ 500 g V ≈ 495,5 mL
Você pode pedir aos alunos que interpretem
os valores apresentados. É importante que eles Volume de 100 g de soro = 99,1 mL
expressem detalhadamente esses valores para 0,9 g de NaCl _____ 99,1 mL de soro
que percebam que se trata de uma relação en- mNaCl _____ 495,5 mL mNaCl ≈ 4,5 g
tre as quantidades do soluto e da solução. Por
exemplo, o rótulo do soro fisiológico indica Concentração em ppm
que a concentração de cloreto de sódio, NaCl,
é 0,9% em massa. Isso significa que em cada A unidade ppm significa quantas partes
100 g do soro tem-se 0,9 g de NaCl. A massa de um componente estão presentes em 1 mi-
de água será de 99,1 g. lhão de partes da mistura. Deve-se informar
aos alunos que essa unidade é útil quando os
Para aplicar o conceito, é possível apresen- componentes da solução estão presentes em
tar uma situação que se aproxima do cotidia- quantidades muito pequenas. Essas “partes”
no de preparação de soro caseiro. podem ser massa, volume etc.

ff Qual é a massa de NaCl necessária para Por exemplo, uma solução de concentração
preparar 500 g de soro? igual a 10 ppm significa que 10 g do soluto es-
tão dissolvidos em 106 g da solução.
Pode-se auxiliar os alunos a fazer um ra-
ciocínio proporcional, levando-os a perceber Um exemplo para abordar a concentração
que a massa de sal deve ser cinco vezes o valor em ppm é dado a seguir.
para 100 g de soro.
ff A legislação brasileira estabelece que a água,
0,9 g NaCl _____ 100 g soro para ser potável, pode conter no máximo
mNaCl _____ 500 g soro 0,0002 mg/L de mercúrio. Como podemos
mNaCl = 4,5 g de NaCl transformar essa concentração em ppm?

33
Química – 2a série, 1o bimestre

Resolvendo: o aumento ou a redução do volume de água nos


5,0 g 200 mL C = 25 g/L diferentes recintos de água do planeta.
C 1000 mL
Concentração g/L
O professor deve chamar a atenção para o
fato de o volume de 100 mL ter aumentado Na Questão 1, os alunos deverão rotular
para 200 mL, isto é, ter dobrado. Por outro adequadamente os medicamentos, transfor-
lado, a concentração de 50 g/L foi reduzida à mando as unidades:
metade, isto é, 25 g/L. Pode-se orientar o ra-
ciocínio dos alunos, questionando: Dimeticona = 75 mg/mL = 75 g/L
Paracetamol = 200 mg/mL = 200 g/L
8. Com base nessas observações, adicionan-
do-se água à terceira proveta até completar A Questão 2 é uma aplicação do concei-
400 mL (c), qual deverá ser a concentração to de concentração, que permitirá o entendi-
da nova solução? mento da bula de dado medicamento. Assim,
o aluno, para calcular a massa de dimeticona
9. Tem-se uma solução de NaOH 20 g/L. Reti- – componente ativo do medicamento anties-
rou-se 20 mL dessa solução, colocou-se em pasmódico – ingerida por dia, deverá calcu-
uma proveta de 100 mL e adicionou-se água lar o número de gotas por dia (3 x 16 gotas =
até completar o volume de 100 mL. Qual a 48 gotas), o volume correspondente em mL
concentração da nova solução? (0,05 mL x 48 gotas = 2,4 mL) e a massa de
dimeticona por dia (2,4 mL x 75 mg/mL =
10. Deseja-se preparar 500 mL de solução de 180 mg/dia).
Na2CO3 10 g/L a partir de uma solução des-
se mesmo soluto 50 g/L. Que volume dessa A Questão 3 pede a massa de NaOH neces-
solução deve-se usar e diluir até 500 mL? sária para a preparação de 250 mL de uma so-
lução a 20 g/L. Se temos 20 g/1 000 mL, então
Grade de avaliação da Situação de para 250 mL são necessários 5,0 g. Ou, então,
Aprendizagem 3 considerar que 250 mL é quatro vezes menor
do que 1 000 mL. Logo, a massa de NaOH a
Com esse estudo, os alunos devem ter compre- ser usada deverá ser quatro vezes menor do
endido os conceitos de concentração e diluição a que 20 g, ou seja, 5,0 g.
ponto de operar com eles em cálculos estequio-
métricos envolvendo transformações químicas Para a Questão 4 pode-se também incentivar
em solução aquosa. Além disso, devem ser capa- o uso do raciocínio proporcional, considerando
zes de relacionar as variações de salinidade das que 12,5 g é quatro vezes menor do que 50 g.
águas naturais com fatores que contribuem para Então, o volume a ser medido para conter essa

35
Química – 2ª série, 1º bimestre

Solubilidade do oxigênio em água, a 760


Solubilidade do oxigênio a várias
Texto 2mmHg,
– texto aadaptado da notícia publica-
várias temperaturas temperaturas (760 mmHg)
da em uma página da internet em 27 dez. 2006.

solubilidade (mg/L)
16
Considerando seus conhecimentos e os 12
8
dados apresentados, discuta no grupo se 4
Calor easfalta
hipóteses apresentadas
podem para a morte dos 0
de chuva provocar 0 10 20 30 40 50
peixes, nos no
nova mortandade dois
Riotextos, podem ter algum
dos Sinos
fundamento. Apresente seus argumentos. temperatura (°C)
Eugenio Hackbart – 27/12/2006

No começo de janeiro o calor segui-


Demanda
rá muito intenso bioquímica
e alguns dados de chegam
oxigênio Dados:quanto
Assim, solubilidade
maior fordo aoxigênio em
DBO, maior
(DBO)
a sugerir a possibilidade do calor atingir água, a 760 mmHg, a várias temperaturas.
será a necessidade de oxigênio para transfor-
ou mesmo superar a marca dos 40 ºC no mar os materiais. A concentração de oxigênio
Vale dos Sinos. Justamente o forte calor foi
Esta atividade dá margem à introdução dissolvido na água pode diminuir drastica-
atribuído como causa para uma segunda
do parâmetro
mortandade de peixes “demanda
ocorrida bioquímica
na primeira de oxi- mente, restringindo a possibilidade de vida
Considerando seus conhecimentos e os da-
gênio”
quinzena (DBO), importante no controle da
de dezembro nesse meio. Com odiscuta
dos apresentados, aumento nodegrupo
temperatura
se as hi-
qualidade da água. A introdução, em grande da água, os problemas aumentam devido
póteses apresentadas para a morte dos peixes à
Conforme
quantidade, técnicos da Fundação
de materiais como fezes,Es- urina, nosmenor solubilidade
dois textos podemdesse
tergás.
algum fundamento.
tadual de Proteção Ambiental (Fepam), o
sabões, detergentes, resíduos de alimentos, ou Apresente seus argumentos.
-
seja,domaterial
genação Rio dosorgânico
Sinos. Comem aáguas, pode pro-
alta tem- A partir da discussão anterior, você pode
mover,
peratura da em
água,decorrência de sua decomposição,
microorganismos aquá- fazer uma breve exposição, introduzindo o
ticos areproduzem-se
proliferação decom maior rapidez,entre os
micro-organismos, conceito de DBO. Pode retomar os dados de
diminuindo, assim, os índices
quais os aeróbios, que consomem de oxigênioo oxigênio solubilidade do oxigênio, discutindo quanto
dissolvidos
dissolvido nessas águas. Assim, osdepeixes e
por litro. Medição nos níveis há desse gás disponível na água. Pode discutir
oxigênio, realizada no dia 17 – quando a
outros seres vivos podem morrer devido à fal- também que ocorre a interação entre o oxi-
temperatura atingiu 39,7 ºC, em São Leo-
poldo,taede oxigênio
mais de 40 para a respiração.
ºC, no A demanda
Vale dos Sinos gênio contido no ar e a água, repondo, pelo
bioquímica
– revelava de oxigênio
uma situação indicaEm
alarmante. a quantidade
um processo de dissolução, parte do que foi con-
pontodedaoxigênio
BR-116que foram registrados 0,5
uma amostra de água mg requer sumido. Entretanto, se a DBO é alta, esse pro-
de oxigênio dissolvidos
para reagir por litrocom
completamente de os
água
materiais cesso não consegue compensar a necessidade,
na localidade de Pesqueiro em Sapucaia do
presentes. de maneira que a concentração de oxigênio na
Sul e 0,6 mg/l na foz do Arroio Portão. Foi
justamente neste período em que ocorreu a água permanece baixa por algum tempo. Al-
segunda mortandade de peixes guns dados de medidas de DBO em três rios
quantidade de O2com níveis
(g) consumida na
de oxigenação semelhantes aos observados
reação com materiais presentes na são apresentados a seguir: os alunos podem
durante a situação de emergência de outu- analisar esses valores, decidindo quais amos-
água (oxidação)
bro, quando
DBO =cerca de 85 toneladas de peixes tras de água têm problemas, considerando
morreram no Rio dos Sinos. volume de amostra
A manutenção
também os dados de solubilidade obtidos por
da vida aquática, em ambientes saudáveis,
acontece em níveis entre 6 e 9 mg de oxigê- meio do gráfico anteriormente apresentado.
nio dissolvidos por litro.
Ricardo Stricher / PMPA

46
Fonte: http://www.metsul.com/secoes/
visualiza.php?cod_subsecao=39&cod_
texto=457. Acesso em: 02 nov. 2007

Porto Alegre, RS 16/03/2007 - Peixes mortos no Arroio Dilúvio


Foto eliminada.

Química – 2a série, 1o bimestre

tidade necessária para tratar 4 mil litros de estequiométrica e do valor da massa molar
água: 20 mg/L x 4 000 L = 80 000 mg, ou (56 g/mol, estequiometria 1:1, ou seja, 39 g
seja, 80 g de sulfato de alumínio. Pode- CaO).
se retomar a tabela anterior, acrescen-
tando mais uma linha: 3. Qual massa de cada um dos reagentes será
utilizada para tratar o volume de água em
Al2(SO4)3 3Ca(OH)2 2Al(OH)3
1 hora?
1 mol de 3 mols de 2 mols de
partículas partículas partículas
Esta questão tem a intenção de mostrar
342 g 222 g 156 g que as quantidades aumentam muito quando
80 g ? ? se começa a pensar na situação concreta de
uma ETA.
c) A seguir, solicite que o aluno leia a equa-
ção em termos de massas de reagentes e, 4. A ETA adiciona à água solução de sulfa-
então, calcule a massa de Ca(OH)2 ne- to de alumínio. Muitas vezes, é utilizada
cessária. Essa massa pode ser calculada uma solução 0,30 mol/L do sal. Que vo-
por meio de proporção: lume dessa solução deveria ser adiciona-
do à água a cada segundo, na estação de
80 g massa Ca(OH)2
= ⇒ 52 g Ca(OH)2 Rio Claro, isto é, para tratar 4  000 L de
342 g 222 g
água?

Ou, usando uma regra de três: Para facilitar o raciocínio, solicite que os
alunos traduzam em palavras o significado de
342 g Al2(SO4)3 reagem com 222 g Ca(OH)2 expressar a concentração de uma solução (no
caso, 0,30 mol/L).
80 g Al2(SO4)3 reagem com 52 g Ca(OH)2
Após os alunos terem interpretado a repre-
Ou seja, são necessários 80 g de sulfato de sentação, dizendo que há 0,30 mol em um li-
alumínio e 52 g de hidróxido de cálcio para a tro de solução, retome a quantidade calculada
floculação do volume de água que é tratado anteriormente (de 80 g de sulfato de alumínio)
em um segundo. e questione qual é o volume de solução que
contém essa quantidade. Dialogando com os
A quantidade de CaO pode ser calculada alunos, você pode resolver esta questão na
pelo mesmo raciocínio, a partir da relação lousa, etapa por etapa. Para tanto, dois cami-

53
Foto eliminada.

nhos são possíveis, raciocinando em termos Os alunos podem registrar em suas folhas
da quantidade de matéria ou de massa. de trabalho a resolução da questão, explici-
tando as etapas.
Quantidade de
Massa
matéria (mol)
O exercício a seguir tem a finalidade de
1. Quantidade de ma- 1. Massa correspon-
téria correspondente dente a 0,30 mol de possibilitar uma aplicação do conhecimento
a 80g de Al2(SO4)3 Al2(SO4)3 construído em outra situação.
80 g / 342 g/mol = 0,30 mol/L x 342 g/mol =
0,23 mol 102,6 g/ L de solução Você pode retomar o exemplo dado ante-
2. Volume de solu- 2. Volume de solução riormente e proceder à leitura da equação que
ção de Al2(SO4)3 de Al2(SO4)3 representa a reação entre carbonato de cálcio
1 L _____ 0,30 mol 1 L _____ 102,6 g e ácido clorídrico, problematizando-a em re-
x L _____ 0,23 mol x L _____ 80 g lação às quantidades envolvidas. A seguir, é
⇒ 0,77 L ⇒ 0,77 L apresentada uma sugestão.
ou seja, 770 mL de solução 0,30 mol/L
de Al2(SO4)3

A reação entre carbonato de cálcio e solu- 1. O que a leitura da equação mostra em rela-
ções ácidas é um processo importante, pois pode ção às proporções?
ser utilizada para controlar a acidez de meios
aquosos e de solos. A equação que representa 2. É necessário calcular a massa molar dos rea-
essa transformação é: gentes?

CaCO3(s) + 2 HCl(aq) → CO2(g) + H2O(l) 3. O que significa 0,40 mol/L?


+ CaCl2(aq).
4. Seria interessante calcular a massa de car-
bonato que reage com 1 litro da solução de
Tem-se um recipiente com 50 litros de solu-
ácido? Ou calcular a quantidade de ácido em
ção aquosa de ácido clorídrico 0,40 mol/L.
50 litros da solução?
Qual é a massa mínima de carbonato de cál-
Apresente seu raciocínio.
cio necessária para reagir com todo esse ácido?

Para auxiliar na resolução desse exercício, al- Compare sua maneira de resolver o problema
gumas sugestões são apresentadas. e o resultado obtido com o de outros colegas.

54
Química – 2a série, 1o bimestre

Sugestão de folha de trabalho complementar para a Situação de Aprendizagem 7

Numa estação de tratamento como a de Rio 3. Calculando a massa de hidróxido de cálcio que
Claro (Sabesp) são produzidos 4 mil litros de reage com essa massa de sulfato de alumínio.
água tratada por segundo. Como se podem cal-
cular as quantidades de sulfato de alumínio e de Al2(SO4)3 AL2(SO4)3 3 Ca(OH)2
óxido de cálcio a ser empregadas? 3Ca(OH)2
1 mol de partículas
Quantidade 1 mol de 3 mol de
Vamos supor que nessa ETA seja utilizada 3em mol
mol partículas
de partículas partículas
solução 20 ppm de sulfato de alumínio. Qual a Massa dessa
quantidade necessária desse sal e de CaO para 342 g
quantidade 342 g 222 g
tratar a quantidade de água produzida em ape- 222(g)
g
nas 1 segundo? E em 1 hora? 80 g que
Massas
80 g 52 g
?
reagem (g)
Participe da resolução desse problema regis-
trando seus cálculos e os raciocínios utilizados: 4. Calculando a massa dos reagentes para o vo-
lume de água tratada em uma hora.
Massa dos reagentes
Volume da solução de sulfato de alumínio
1. Expressando ppm em massa por volume –
20 ppm de Al2(SO4)3. 1. Significado de 0,30 mol/L.

2. Calculando a massa de sulfato de alumínio 2. Volume da solução que contém 80 g desse


para tratar 4 000 L de água. sal.

Grade de avaliação da Situação de importante, e assim deve ser enfatizada ao lon-


Aprendizagem 7 go desta Situação de Aprendizagem. O exercí-
cio pode ser resolvido de várias maneiras e a
Nesta Situação de Aprendizagem espera-se comparação dos caminhos utilizados auxilia
que os alunos compreendam a necessidade de o aluno a compreender seu próprio raciocínio,
tratar a água, que isso tem um custo e que en- bem como outras possibilidades. As pergun-
tendam os processos envolvidos. Devem ainda tas apresentadas têm a função de guiar o estu-
compreender e saber utilizar cálculos este- dante, podendo ser suprimidas se o professor
quiométricos simples, em solução. A leitura achar conveniente. No exercício proposto da
da equação em quantidade de matéria é muito reação entre o carbonato e o ácido, pode-se

55

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