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Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da


rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de
todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir
de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por
leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que
postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note
também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações
mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise
as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas
no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010,
utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

1
GABARITO

Caderno do Aluno de Química – 1ª série – Volume 1

Respostas às questões

Professor, as respostas aqui apresentadas são indicações de expectativas de aprendizagem. De


maneira nenhuma são “gabaritos” para ser seguidos em eventuais correções de tarefas ou
discussões em sala de aula. Lembre-se de que foi utilizada uma linguagem que envolve termos
científicos de maneira adequada, o que, certamente, não corresponde ao modo como os alunos
se expressam. Muitas vezes, eles expressam ideias pertinentes, porém sem a devida apropriação
da terminologia química.

Bom trabalho!

2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

PRODUÇÃO E USO DA CAL

Páginas 3 - 4

A leitura de textos é um dos recursos que auxiliam na construção de significados


atribuídos a determinado objeto de ensino. No momento, pretende-se utilizá-la como
desencadeadora e motivadora para a aprendizagem das transformações químicas com
base no estudo da produção da cal.

1. A matéria-prima necessária para a produção da cal é o calcário, e os materiais que


podem ser formados são a cal viva e o gás carbônico.
2. A diminuição da quantidade de material na calcinação do calcário pode ser explicada
pela saída, do forno, do gás carbônico formado nesse processo. O aumento da
quantidade de material na hidratação da cal viva deve-se à adição de água, necessária
para que o processo ocorra.
Observação: Talvez os alunos demonstrem dificuldades em relacionar a diminuição
de massa que ocorre na calcinação do calcário com a saída de gás carbônico pelo fato
de apresentarem a concepção alternativa de que gases não têm massa.
3. Na indústria, geralmente, busca-se diminuir o tempo de produção para aumentar os
lucros. No dia a dia, às vezes, é mais interessante que as transformações ocorram
mais rapidamente (por exemplo, no cozimento de alimentos) para minimizar os
custos com energia. Em outros casos, é ideal que as transformações ocorram
lentamente para aumentar a durabilidade de um produto, como na decomposição de
alimentos ou na corrosão de um portão de ferro.
4. Os fatores que os alunos podem citar, com base na leitura do texto, são: energia
necessária e tipos de calcários. Outros fatores que poderiam surgir durante a
discussão do texto seriam: consumo de combustíveis, disponibilidade de matérias-
primas, mercado consumidor, rendimento do processo, impactos ambientais etc.

3
Página 5
1. Possíveis materiais que podem ser citados pelos alunos: cimento, barro (tijolos e
telhas), areia, pedras de construção, cerâmicas, amianto (telhas e caixas-d’água),
PVC (canos), cobre (fios e canos), água, tintas, ferro (barras, pregos, canos, portas e
janelas), vidros, alumínio (portas e janelas), madeira (portas e janelas), mármore e
granito (pisos e pias) etc.
2. Entre os materiais citados na resposta anterior (os alunos podem ter citados outros),
os que foram obtidos a partir do desenvolvimento científico e tecnológico são:
cimento, PVC e alumínio. Os materiais utilizados desde a Antiguidade são: barro,
areia, pedras, cerâmicas, amianto, cobre, água, tintas, ferro, vidros, madeira,
mármore e granito. Entretanto, os processos de produção de alguns desses materiais
também foram se alterando com o desenvolvimento científico e tecnológico.

4
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

INTERAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES

Atividade 1 – Transformações químicas

Exercícios em sala de aula

Páginas 6 - 8
1.

Materiais obtidos diretamente da Materiais obtidos por transformações de


natureza matérias-primas
Ouro Cal
Madeira, areia, água, mármore, oxigênio. Plásticos, cimento, ferro, alumínio, álcool.

2. A discussão pode tratar de assuntos como a importância para o ser humano em


realizar e controlar algumas transformações nos materiais retirados da natureza para
obter melhores condições de moradia, segurança, conforto e bem-estar. Essas
transformações podem levar à formação de novas substâncias e são chamadas de
transformações químicas. Os alunos podem mencionar os termos reagentes e os
produtos e dizer que a energia tem um papel importante nessas transformações.
3.
a) segurança: dominar o fogo ajudou o ser humano a afugentar animais perigosos e
a manter suas habitações um pouco mais seguras durante a noite.
b) alimentação: o domínio do fogo possibilitou ao ser humano cozinhar e defumar
os alimentos, principalmente carnes, tornando-os mais macios e mantendo-os
conservados por mais tempo.
c) conforto: com o fogo, os ambientes puderam ser aquecidos durante as épocas de
frio, aumentando o conforto para o ser humano.
4.
a) Queima do gás de cozinha: é uma transformação química em que o gás reage
com oxigênio, e não uma simples mudança de estado físico. Os materiais formados
também são gases, ou seja, existem transformações químicas que ocorrem sem que
haja mudança de estado físico dos materiais envolvidos.

5
b) Evaporação do álcool em contato com a pele: nesse fenômeno não ocorre
transformação química, apenas uma mudança de estado físico em que o álcool
líquido se torna álcool gasoso.
5.
a) Não, pois existem transformações químicas que ocorrem com um único
reagente, como a decomposição do calcário.
b) A análise desses casos confirma a ideia de que podem ocorrer transformações
com apenas uma substância, pois todos eles são transformações químicas que
ocorrem tendo um único reagente.
Observação: Espera-se que os alunos, ao final dessa atividade, tenham ampliado sua
visão sobre a importância das transformações químicas para a sobrevivência e o
desenvolvimento da humanidade. Eles também deverão compreender e aplicar os
conceitos de transformação química, reagente e produto na análise de diversos
fenômenos. Com base na discussão das questões 4 e 5, espera-se que os alunos
possam superar as ideias de “transformação química como sendo um processo de
mudança de estado físico” e que “nas transformações químicas são sempre
necessários dois ou mais reagentes”. Essas concepções foram discutidas no Caderno
do Professor e podem aparecer nas declarações de alguns alunos, devendo ser
reencaminhadas para continuidade dos estudos.

Páginas 8 - 11

As questões propostas têm como objetivo auxiliar os alunos a reconhecer as


transformações químicas por meio de evidências observáveis. É importante ressaltar
que, assim como nem toda transformação química possui evidência perceptível, nem
toda evidência garante que ocorreu uma transformação química.

O preenchimento da tabela após a realização do experimento não precisa apresentar


um padrão pois, geralmente, os alunos expressam-se de maneira coloquial, não
utilizando linguagem científica. Deve-se destacar o reconhecimento das evidências e
relacioná-las com a ocorrência de transformação química.

6
Questões para análise do experimento

Página 12
1. Em todas as interações observadas houve a formação de novas substâncias.
2. Todas as interações realizadas no experimento são transformações químicas, pois em
todas elas houve a formação de novas substâncias.

Páginas 12 - 13
1.
a) Evidência de interação: descoramento do tecido. É uma transformação química.
b) Evidência de interação: formação de bolhas de gás e sua liberação. Não é uma
transformação química.
c) Evidência de interação: diminuição da quantidade de líquido e formação de um
sólido branco e cristalino. Não é uma transformação química.
d) Evidência de interação: aparecimento de uma crosta de cor avermelhada,
aparecimento de alguns buracos onde havia ferro, mudança da cor de cinza para
vermelho-tijolo, diminuição da resistência e corrosão. É uma transformação química.
e) Evidência de interação: mudança de sabor, textura, cor e cheiro. É uma
transformação química.
f) Evidência de interação: “desaparecimento” do líquido. Não é uma transformação
química.
2.
(x) explosão de uma bombinha de pólvora;
(x) corrosão de um cano de cobre;
(x) apodrecimento de um pedaço de madeira;
(x) corrosão de uma pia de mármore pelo vinagre;
(x) queima de uma vela.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

FATORES QUE PODEM SER ANALISADOS NAS INTERAÇÕES E


TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

Exercícios em sala de aula

Páginas 14 - 15
1.

Transformação química Classificação Sinais perceptíveis

Não instantânea Aparentemente, nenhum sinal


Calcinação do calcário
perceptível

Instantânea Efervescência (formação de


Interação entre carbonato de cálcio e
gás)
ácido clorídrico

Instantânea Liberação de energia térmica


Queima do álcool
e luminosa

Não instantânea Mudança de textura, cor, odor


Apodrecimento de uma fruta
e sabor

Instantânea Formação de sólido


Formação de sólido gelatinoso (hidróxido de
cobre) na interação entre soluções de sulfato (precipitado)
de cobre e hidróxido de sódio

Não instantânea Mudança de cor e textura


Enferrujamento de um portão de ferro

Não instantânea Mudança de cor e textura


Cozimento de um ovo

2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno se lembre de dizer que na natureza existem
transformações que ocorrem rapidamente e outras, lentamente, e que se pode
controlar ou modificar o tempo envolvido em algumas dessas transformações (na
produção industrial, por exemplo, a diminuição do tempo envolvido na obtenção de
um material é importante; na conservação de alimentos, procura-se retardar o
apodrecimento). Foi mencionado no texto que a produção de cal, que demorava dias,
passou a ser realizada em algumas horas.

8
Exercício em sala de aula

Página 15

Nesta atividade, deve-se ajudar o aluno a reconhecer a absorção e a liberação de


energia nas transformações químicas apenas no nível macroscópico, pois o nível
microscópico será abordado na 2a série. Os estudantes, muitas vezes, entendem de
maneira equivocada o aquecimento do recipiente no qual está ocorrendo a
transformação como sendo uma transformação endotérmica; outra concepção errônea
que pode aparecer é o entendimento de que, ao resfriar o recipiente, há perda de energia
e a transformação é exotérmica.

As transformações que envolvem a liberação de energia térmica são chamadas de


exotérmicas e as que envolvem o consumo de energia térmica são chamadas de
endotérmicas.

Páginas 16 - 17
1. Sim, pois ocorre mudança de cor, consumo de energia térmica e pode-se perceber a
saída de um vapor que se condensa na parede do béquer ou tubo de ensaio e que,
possivelmente, deve ser água. O reagente seria o sulfato de cobre pentaidratado e os
produtos, o sulfato de cobre anidro e água.
2. Ocorre mudança de cor (branco para azul) e houve aquecimento. Esses fatos indicam
que ocorreu uma transformação química e que esse processo de hidratação do sulfato
de cobre envolve liberação de energia térmica.
3. Sim, pois percebe-se algumas evidências que indicam que o material no início
(reagente) é diferente do material no final (produtos) do experimento. Os reagentes
são o sulfato de cobre anidro a e água e o produto, o sulfato de cobre pentaidratado.
4. O aquecimento é um fenômeno endotérmico e a hidratação, exotérmico.

5.
a) As representações indicam que, na calcinação, o sulfato de cobre pentaidratado
interage com a energia, formando sulfato de cobre anidro e água; portanto, a
transformação é endotérmica. Na hidratação, o sulfato de cobre anidro interage com

9
água, formando sulfato de cobre pentaidratado e liberando energia térmica; portanto,
a transformação é exotérmica.
b) CuSO4 . 5 H2O + energia  CuSO4 + H2O (desidratação)
CuSO4 + H2O  CuSO4 . 5 H2O + energia (hidratação)
Observação: não foi considerada a estequiometria (ou o balanceamento) da reação
uma vez que esse assunto ainda não foi introduzido. Entretanto, pode haver alunos
que percebam a necessidade de representar as cinco partículas de água nas duas
situações, o que pode ser uma boa oportunidade para problematizar a questão, sem a
pretensão de desenvolver o conteúdo, que será abordado posteriormente.

Exercícios em sala de aula

Página 18

Espera-se que os alunos, nesta atividade, compreendam que algumas interações


podem ser revertidas, havendo a recuperação dos materiais de partida, e que outras
interações e transformações são definitivas, não havendo a possibilidade de reverter o
processo senão pela adição de outros materiais e outros procedimentos.

1. A resposta do aluno deve dar a ideia de que os processos nos quais se pode
facilmente recuperar os reagentes sem a adição de novos materiais são considerados
revertíveis.
2. Espera-se que o aluno indique que os processos nos quais não se consegue recuperar
os reagentes são chamados de irrevertíveis.
3.

Fenômeno Classificação
Irrevertível
Queima de uma vela
Irrevertível
Amadurecimento de legumes
Revertível
Hidratação da cal viva
Irrevertível
Corrosão do magnésio ou zinco por ácido
Irrevertível
Cozimento de um ovo

10
Páginas 18 - 19
1. Alguns exemplos de transformações possivelmente citados pelos alunos:
Instantâneas: queima de diversos materiais, explosão de fogos de artifício,
efervescência de água oxigenada em contato com uma ferida.
Não instantâneas: corrosão de estátuas de mármore, apodrecimento de alimentos,
cozimento de alimentos.
2.

Etapa Formas de energia Classificação É uma transformação


envolvidas química?

Térmica e luminosa Exotérmica Sim


Queima do carvão

Térmica Endotérmica Não


Secagem do calcário

Térmica Endotérmica Depende da temperatura


Aquecimento do calcário
de aquecimento*

Térmica Endotérmica Sim


Decomposição do calcário

Térmica Exotérmica Sim


Hidratação da cal

* O aquecimento pode causar a transformação química, pois acima de 900 ºC ocorre a


decomposição do calcário.

3. O processo irrevertível é a queima do carvão. Os outros processos podem ser


considerados revertíveis.

11
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

A PRODUÇÃO DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E DO FERRO

Página 21 - 22
1.
Texto – Fermentação alcoólica na produção do etanol: as ideias principais
apresentadas no texto dizem respeito à produção de álcool no Brasil a partir da cana-
de-açúcar, sua importância, o método de obtenção de álcool com diferentes graus
alcoólicos (mistura água–álcool em diferentes proporções), a obtenção de álcool puro
e as transformações químicas envolvidas nesses processos.
Texto – A produção do ferro nas siderúrgicas: o texto apresenta a importância do
ferro na sociedade atual devido a suas propriedades e acessibilidade, seus minérios
de origem e sua abundância no Brasil, bem como o processo de obtenção do ferro a
partir de seus minérios, enfatizando as transformações químicas que ocorrem no
processo industrial (siderúrgica).
A escolha dos pormenores vai depender da avaliação do aluno, de sua história e de
seus conhecimentos, e não é tão relevante o que ele citar.
2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno, ao elaborar o texto relativo à discussão das
ideias apresentadas, inicie uma apropriação da linguagem científica e também dos
conteúdos tratados. Não é necessário que os alunos usem fórmulas ou equações
químicas em seus textos, mas que eles consigam produzir um resumo coerente com
as ideias principais de cada texto.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

COMO RECONHECER QUE HOUVE UMA TRANSFORMAÇÃO


QUÍMICA QUANDO NÃO HÁ EVIDÊNCIAS?

Reconhecendo a formação da cal

Páginas 23 - 24
1. Características semelhantes: são sólidos brancos. Características diferentes:
comportamento quando são submetidos a mudanças de temperatura; massa de 1 cm3
da substância; massa capaz de se dissolver totalmente em 100 mL de água à
temperatura ambiente.
2. É possível diferenciar uma amostra de cal de uma amostra de calcário medindo a
quantidade de sólido que pode ser dissolvida em 100 mL de água, observando o
comportamento dos sólidos quando aquecidos e medindo a massa de um mesmo
volume de cada sólido.
3. Ocorreu transformação química, pois houve formação de gás e o sólido obtido no
processo possui características diferentes do calcário.
Observação: O objetivo principal da discussão dessas questões é que os alunos
possam compreender que, em alguns casos, as evidências observadas diretamente
(por exemplo, mudança de cor do material) não são suficientes para identificar
materiais e para concluir se houve transformação química ou não e que, nesses casos,
é necessário recorrer à análise das propriedades características de cada substância.

Atividade 1 – Temperatura de ebulição e de fusão: pode-se identificar


uma substância pura por suas temperaturas de ebulição e de fusão?

Páginas 24 - 25

É importante estar atento às dificuldades apresentadas pelos alunos na construção e


interpretação de tabelas e gráficos. Em relação aos gráficos, os alunos podem apresentar
algumas dificuldades, como não saber escolher e utilizar adequadamente uma escala e
tender a ligar todos os pontos em vez de traçar retas médias. Portanto, é recomendável o
acompanhamento durante essa construção dos gráficos, principalmente no sentido de
levá-los a identificar as duas tendências de comportamento linear dos dados, dando a

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possibilidade de se traçar dois segmentos de retas médias, um com os dados anteriores à
ebulição e outro após seu início. É provável que eles nunca tenham analisado dados
reais como os que são apresentados nessa atividade ou traçado dois segmentos de retas
médias em um mesmo conjunto de dados.

Estado sólido estado líquido: fusão


Estado líquido  estado gasoso: vaporização (evaporação ou ebulição)

Questões para análise do experimento

Páginas 25 - 27
1. Pode-se considerar que a temperatura não variou, pois a variação de 1 ºC está dentro
da incerteza do termômetro.
2.

O gráfico apresentado foi elaborado com os dados fornecidos no Caderno do


Professor. Caso os alunos tenham feito o experimento, a curva obtida provavelmente

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terá a mesma forma, porém os pontos poderão ter outros valores, isto é, aos intervalos
de tempo poderão corresponder outros valores de temperatura.

a) A água começa a ferver após 7 min, a uma temperatura de 97 ºC (resposta


baseada na curva apresentada).
b) A água continua fervendo, evaporando, e a temperatura se mantém constante.
c) A temperatura de ebulição da água no local medido é de 97 ºC, pois esse valor
mantém-se constante durante o aquecimento. No gráfico, percebe-se uma reta
paralela à abscissa, ou seja, a temperatura não se modifica.
d) Será de 97 ºC, pois a temperatura de ebulição não varia com a quantidade da
substância aquecida.
3. Esse gráfico fornece a informação de como varia a temperatura da água no decorrer
do tempo de aquecimento. A vantagem do uso desse tipo de gráfico é poder observar
a tendência da variação entre dados inter-relacionados, ou seja, como varia a
temperatura no decorrer do tempo, e poder obter temperaturas da água em momentos
diferentes daqueles em que elas foram medidas para a construção do gráfico.

Exercícios em sala de aula

Páginas 27 - 29
1. A temperatura de ebulição dessa mistura varia, pois à medida que a água evapora, a
concentração de sal na mistura aumenta e a temperatura também aumenta.
2. Não são similares, pois a temperatura de ebulição de uma substância é constante em
pressões constantes e a temperatura de ebulição de uma mistura varia de acordo com
sua composição.

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3.
a)

Naftaleno Enxofre Estanho Chumbo


Átemperatura de Sólido Sólido Sólido Sólido
I
70 °C
Após 30 minutos Parte no estado Sólido Sólido Sólido
II
de aquecimento
líquido e parte
no sólido
Após 55 minutos Não é possível Não é Parte no Sólido
III
de aquecimento
saber pelos possível estado
dados do saber líquido e
gráfico pelos parte no
dados do sólido
gráfico

b) Valores aproximados: naftaleno – entre 20 °C e 35 °C; enxofre – entre 35 °C e


50 °C; estanho – entre 50 °C e 70 °C; chumbo – entre 63 °C e 80 °C.
c) As temperaturas de fusão são: naftaleno – 80 °C; enxofre – 112 °C; estanho –
232 °C; chumbo – 328 °C. Essas informações foram obtidas no gráfico a partir do
momento em que a temperatura permanece constante mediante o aquecimento.
4. A substância cuja temperatura de fusão é de 232 °C pode ser o estanho e a substância
cuja temperatura de fusão é de 180 °C não deve ser nenhuma das mostradas no
gráfico, pois, nessa temperatura, nenhuma das substâncias apresenta temperatura
constante durante determinado intervalo de tempo de aquecimento.

16
Páginas 29 - 31
1.

Comparando os dois gráficos, pode-se perceber que, naquele que representa a


mistura de água e sal, a temperatura do início da ebulição é maior e, durante a ebulição,
ela aumenta com o decorrer do tempo, o que difere da substância, na qual a temperatura
permanece constante durante a ebulição. Os alunos podem fazer outras comparações,
como as temperaturas iniciais, as temperaturas para um dado intervalo de tempo etc.

2.
a) Para identificar os líquidos, pode-se aquecê-los separadamente e medir a
temperatura ao longo do tempo até que entrem em ebulição, identificando o valor da
temperatura. O líquido que entra em ebulição a 34,5 ºC é o éter; a acetona entrará em
ebulição a 56,2 ºC; o etanol a 78,5 ºC; e a água a 100 ºC.

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b)

Água Oxigênio Ferro Éter Enxofre


Líquido Gasoso Sólido Líquido Sólido
5 °C
Líquido Gasoso Sólido Gasoso Sólido
50 °C
Gasoso Gasoso Sólido Gasoso Líquido
150 °C

3.
a) As amostras estão sendo aquecidas, pois, como se pode observar pelo gráfico, a
temperatura aumenta no decorrer do tempo.
b) As amostras A e B são do mesmo material, pois ambas possuem temperatura de
ebulição igual a 80 °C.
c) A frase 1 está correta, pois quanto maior a massa de um mesmo material, mais
energia vai ser necessária para fundir toda a amostra, o que envolve um tempo maior
de aquecimento. A frase 2 também está correta, pois se a intensidade da fonte de
aquecimento for maior na amostra A, mais energia será fornecida, e ela fundirá mais
rapidamente. No entanto, as temperaturas de ebulição das amostras A e B não
mudam.
Observação: Muitos alunos tendem a achar que, se for usada uma fonte de energia
mais intensa, a temperatura de ebulição de uma substância será maior.

Exercícios em sala de aula

Páginas 31- 32
1.
a)

Substância Água Álcool Alumínio


27 80 8 16 27 54
Massa (g)
27 80 10 20 10 20
Volume (cm³) ou mL
1,0 1,0 0,8 0,8 2,7 2,7
Massa contida em 1 cm³ (g)

b) dágua = 1,0 g/cm3; dálcool = 0,8 g/cm3; dalumínio = 2,7 g/cm3.

18
c) Como a densidade desse líquido é 0,8 g/cm3 (48/60), trata-se de álcool, e não de
água, já que a densidade é uma propriedade das substâncias.
d) O aluno pode se expressar de diversas maneiras, mas o importante é que
reconheça que a densidade mostra a relação entre a massa de um material e o volume
que tal massa ocupa a uma dada temperatura.
Observação: A questão proposta tem a intenção de auxiliar o aluno a compreender o
conceito de densidade, e não apenas interpretá-lo matematicamente, ou seja, perceber
que para determinada substância, mantidas as mesmas condições de temperatura e
pressão, há uma relação constante entre massa e volume.

Exercícios em sala de aula

Páginas 32 - 33
1. Resposta pessoal. É importante que o aluno reconheça que a solubilidade é a massa
de determinada substância capaz de dissolver-se totalmente em uma quantidade fixa
de solvente, geralmente 100 g de água.
2.
a) Sim, a solubilidade do sal de cozinha depende da temperatura, pois, com o
aumento da temperatura, a solubilidade aumenta, mesmo que pouco.
b) Em uma solução de água e sal, o solvente é a água (está em maior quantidade) e
o soluto é o sal.
3. Soluto é a substância presente em menor quantidade em uma solução; solvente é a
que está presente em maior quantidade. Mistura homogênea é uma solução, pois o
soluto dissolve-se totalmente no solvente. Já na mistura heterogênea, o soluto não se
dissolve completamente no solvente, apresentando duas fases. Os alunos podem
responder com outras palavras, o importante é a ideia em si.

19
Páginas 33 - 34
1.
a) Sim, pois quando se eleva a temperatura, maior quantidade de KNO3 se dissolve
em 100 g de água.
b)

Assim como na construção dos gráficos de temperatura de ebulição da água e da


água com sal, é necessário lembrar aos alunos que se deve traçar o gráfico tomando o
cuidado de usar, neste caso, a curva média (no caso anterior, utilizou-se a reta média);
cabe recordar que a solubilidade de muitas substâncias não tem uma relação linear com
a temperatura.

c) 90 g.
d) Sim, projetando o traçado do gráfico até 70 °C, pois ele mostra a tendência entre
dados correlacionados; no caso, a solubilidade e a temperatura.

20
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6

NECESSIDADE DE SEPARAR MISTURAS E SUA IMPORTÂNCIA


PARA O SISTEMA PRODUTIVO

Página 36 - 37
1. Teremos 14 mL de álcool.
2. Teremos 96 mL de álcool e 4 mL de água.
3. Não, pois esse líquido teria somente 14 mL de álcool a cada 100 mL medidos.
4. A propriedade que permite a separação é a temperatura de ebulição diferente para
água e álcool, e o processo utilizado é a destilação.
5. As propriedades consideradas foram a solubilidade (baixa) da cal hidratada tanto no
álcool quanto na água, assim como as temperaturas de ebulição desses materiais. O
processo utilizado para separar a cal hidratada do álcool foi a destilação.
6. Sim, a transformação da cal virgem (CaO) em cal hidratada – Ca(OH)2 – pela reação
com a água.
CaO + H2O  Ca(OH)2

Página 38 - 39

Separa-se por decantação, sendo o ferro retirado na parte inferior do alto-forno. Essa
separação é possível, pois escória e ferro apresentam baixa miscibilidade e a escória é
menos densa do que o ferro.

Observação: Na correção desta questão, pode ser analisado o desenho do alto-forno e


enfatizado que tanto processos quanto equipamentos industriais são projetados e
desenvolvidos levando-se em conta as diferentes propriedades dos materiais e suas
reatividades, entre outros aspectos.

21
Página 39
1. Primeiramente, pode-se adicionar água quente à mistura, separando-se o AgCl
(insolúvel) por decantação ou filtração a quente. No líquido restante estão
dissolvidos o NaCl e o PbCl2. Deixando-o esfriar, o NaCl permanece dissolvido, mas
o PbCl2 não. Assim, filtra-se a mistura e separa-se o PbCl2 sólido do filtrado, que
poderá ser evaporado para se obter o NaCl.
Outra possibilidade de resposta é adicionar inicialmente água fria, dissolvendo
apenas o NaCl, o qual pode ser obtido após filtração da mistura e evaporação da água
do filtrado. Ao resíduo sólido formado por PbCl2 e AgCl pode-se adicionar água
quente até a dissolução completa do PbCl2, que pode ser separado do AgCl por uma
filtração a quente e posterior evaporação da água do filtrado.
Observação: Na correção desta questão, pode-se construir um fluxograma que
facilita a visualização e compreensão do processo. Sugere-se que essa construção
seja feita com os alunos. Depois, pode ser solicitado a eles que construam outro
fluxograma para a outra possibilidade de resposta.

Mistura + água quente

Filtração

Sólido insolúvel Líquido quente


(precipitado)

AgCl Estarão dissolvidos o NaCl (cloreto de


(cloreto de prata) sódio) e o PbCl2 (cloreto de chumbo II)

Deixar esfriar e filtrar

Sólido insolúvel
(precipitado) Líquido frio

PbCl2 (cloreto de Estará dissolvido o NaCl


chumbo II) (cloreto de sódio)

22
Página 40

Alguns exemplos são apresentados a seguir. Os alunos podem encontrar outros


processos, como o de flotação, peneiração, extração etc.

Processo de Descrição do processo/Propriedades envolvidas Exemplos de


separação de aplicação
misturas

Destilação Separação de misturas de substâncias que apresentam Obtenção de


temperaturas de ebulição diferentes: aquece-se a
Água
mistura, e a substância que tiver menor temperatura de
destilada.
ebulição será vaporizada; seu vapor passa por um
sistema de resfriamento e é recolhido em outro
recipiente.

Filtração Separação de misturas de sólidos que não são solúveis em Água filtrada;
líquidos: a mistura passa por um sistema poroso (filtro) coar café.
que retém o sólido e deixa passar o líquido.

Decantação Separação de misturas de substâncias com solubilidade e Separação dos


densidade diferentes: quando a mistura apresenta um
Componentes
sólido e um líquido, espera-se a separação dos dois e
da mistura de
retira-se o líquido; quando a mistura é formada por dois
líquidos, utiliza-se o funil de separação, também água e óleo e
chamado de funil de decantação. da mistura de

água e areia.

Cristalização Separação de misturas de substâncias com diferentes Obtenção de


temperaturas de ebulição: geralmente utilizado para uma
sal nas
solução na qual o líquido vaporiza-se, separando-se do
salinas.
sólido.

23
Páginas 42 - 46
1.

Transformação Evidências Instantânea ou Formas de Revertível ou


química observáveis não instantânea? energia irrevertível?
envolvida

Formação de gás, Não instantânea Energia térmica e Irrevertível


Queima de carvão
emissão de luz luminosa
e liberação de
energia térmica

Sem evidências Não instantânea Energia térmica Revertível


Calcinação do
calcário

Mudança de cor Instantânea Energia térmica Revertível


Hidratação do
sulfato de cobre e liberação de
energia térmica

2. Alternativas (c), (d), (f), (g) e (h).


3.
a) A mistura I. O resíduo era areia.
b) A mistura III. O resíduo era o sal de cozinha.
4.
a)

S ó lid o s Densidades (g/cm3) Temperaturas de fusão (ºC)


11,3 327
A
8,9 –
B

11,1 328
C
7,3 232
D
7,2 –
E

24
b) Os sólidos A e C podem ser do mesmo material. As diferenças entre os valores
de densidade e de temperatura podem ser atribuídas a erros experimentais de
medidas. Para ter certeza, seriam necessárias outras análises.
c) Com base nos dados fornecidos, conclui-se que as amostras A e C são de
chumbo, a amostra B é de cobre, a D é de estanho e a E é de zinco.
5.
a) Certa. A curva apresenta a mesma forma e o mesmo patamar (a 35 ºC). O tempo
de aquecimento pode ser maior, caso a mesma fonte de aquecimento seja usada, pois
a massa é maior.
b) Errada. Para uma mesma substância pura, sua temperatura de fusão é igual à
temperatura de solidificação (no caso, é de 35 ºC).
c) Errada. A temperatura deve estar acima de 35 ºC para que a substância seja
líquida. Na temperatura de 25 ºC, a substância estaria no estado sólido.
6. Alternativa c.

AJUSTES

Caderno do Professor de Química – 1ª série – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada
página.

25
Química – 1a série, 1o bimestre

cíficas das substâncias para tomar decisões


“Ao iniciar o estudo da Química por trans- e enfrentar as diversas situações-problema.
formações químicas, o professor pode recorrer
aos conhecimentos e saberes que os alunos já 4. Relacionar informações, como dados de
têm, e que muitas vezes não relacionam à Quí- observações diretas, textos descritivos e da-
mica, e promover, assim, uma aproximação dos de propriedades específicas, para cons-
entre o conhecimento científico e a vivência de truir argumentações consistentes.
seus alunos” (PEC – Programa de Educação
Continuada. Módulo 1. 2002, p. 13). 5. Recorrer aos conhecimentos sobre as
transformações químicas e as propriedades
específicas dos materiais para propor inter-
Na vivência das Situações de Aprendiza- venções na realidade da comunidade esco-
gem e realização das atividades, espera-se que lar tendo em vista a melhoria da qualidade
os alunos desenvolvam as seguintes compe- de vida.
tências e habilidades:
Para o desenvolvimento dessas compe-
1. Dominar a linguagem científica empregada tências e habilidades, foram sugeridas estra-
na descrição de fenômenos naturais do co- tégias diversificadas: experimentos, leituras
tidiano e do sistema produtivo: empregar de textos, atividades de papel e lápis, uso da
corretamente termos como produtos, rea- lousa e de aulas expositivas dialógicas, etc.
gentes, transformações químicas, mudança Acreditamos no potencial dos professores de
de estado físico, densidade, temperatura de Química do Estado de São Paulo para que
fusão e de ebulição. as devidas adaptações às condições de cada
escola e de cada turma possam ser feitas sem
2. Construir e aplicar conceitos das várias perder de vista as habilidades que se pretende
áreas do conhecimento para compreender alcançar nas atividades aqui propostas.
as transformações químicas que ocorrem
no dia-a-dia e no sistema produtivo, em es- O resultado do produto dos alunos ao lon-
pecial na produção e usos da cal, do etanol go do bimestre e das avaliações finais deve ser
e do ferro, e para compreender as proprie- examinado tendo em vista as expectativas de
dades específicas necessárias à identifica- aprendizagem dos conhecimentos essenciais
ção e separação de substâncias. não só para o prosseguimento dos estudos
nas etapas subsequentes, mas especialmente
3. Selecionar, organizar, relacionar e interpre- para a compreensão do mundo físico que os
tar dados e informações representados em cerca. Estes conhecimentos serão discutidos
textos, tabelas e gráficos referentes às trans- em cada uma das Situações de Aprendizagem
formações químicas e às propriedades espe- deste Caderno.

9
Química – 1a série, 1o bimestre

Na discussão deste exercício, podem-se passar do estado sólido para o líquido a fim
destacar as ideias a seguir: de ser moldada na produção da vela. No de-
curso da confecção da vela, a parafina líquida
ff Desde o princípio, o ser humano tem busca- volta a ser sólida. Pode-se propor aos alunos
do modificar o ambiente que o cerca, quer o seguinte questionamento: A parafina nes-
seja por necessidade de proteção e seguran- te processo sofreu alguma mudança em sua
ça, obtenção de alimentos ou por fatores composição ou apenas em seu estado físico
estéticos. Independentemente dos motivos, e sua aparência? Esse exemplo é diferente do
o ser humano desde cedo aprendeu a trans- que ocorre quando a mesma vela é queimada.
formar a matéria disponível, de modo que Nesse processo, a parafina e o oxigênio do ar
esta passasse a suprir seus anseios e necessi- são transformados em gás carbônico, vapor
dades, das mais básicas às mais supérfluas. de água e fuligem, e esse processo é acompa-
nhado pela liberação de energia térmica e lu-
ff Quase sempre essa modificação da matéria minosa. Assim, no caso do derretimento da
envolve a formação de substâncias diferen- parafina, a interação não gera uma transfor-
tes daquelas que já existiam. Outras vezes mação na composição química da parafina.
busca-se, ao contrário, impedir a ocorrên- Isto é bem diferente do que ocorre no caso da
cia de transformações na matéria. queima, na qual a interação gera uma trans-
formação na composição química dos mate-
ff As transformações da matéria, na maioria riais de partida.
das vezes, envolvem a interação entre dife-
rentes materiais ou entre materiais e alguma ff As interações que geram transformações
forma de energia. Assim, vale a pena con- na composição química dos materiais de
siderar o importante papel desempenhado partida são chamadas transformações quí-
pelo domínio da produção e manutenção micas. Os materiais de partida, necessários
do fogo pelo ser humano desde os tempos para esta transformação, são chamados
mais remotos, nas mais diversas áreas da reagentes, e aqueles que são formados no
vida: alimentação, segurança, conforto etc. fim do processo são chamados produtos da
transformação química. Em outras pala-
ff Nem toda interação entre a energia e a ma- vras, pode-se dizer que nas transformações
téria promove a formação de novas substân- químicas ocorre a formação de novas subs-
cias. Pode ser que o estado físico do material tâncias, diferentes dos reagentes em sua
sofra alterações sem que isso implique a for- composição e suas propriedades.
mação de outro material. É o que ocorre, por
exemplo, quando um artesão derrete parafina É importante lembrar que os alunos ain-
para a confecção de velas decorativas. A bar- da não têm em mente um modelo corpuscu-
ra de parafina é aquecida em uma panela até lar da matéria (modelos atômicos de Dalton,

17
Esses alertas devem ser feitos antes de toda a forma como será executado pelos alunos
e qualquer atividade experimental, pois os ou com eles. Nunca realize com os alunos
alunos tendem a esquecê-los. um experimento que não tenha sido pre-
viamente testado. É muito comum ocorrer
Outra orientação importante, embora imprevistos com os materiais e reagentes
pareça óbvia, é que todo experimento deve empregados, mesmo com os professores
ser testado com antecedência, bem como mais experientes.

Roteiro de experimentação
Preparo da água de cal: adicione 1 colher
Materiais e reagentes (café) de cal em 100 mL de água, agite a mistura
e filtre.
ff 5 tubos de ensaio;

ff 2 béqueres de 100 mL ou 250 mL ou copos Procedimento experimental


de vidro;

ff 1 canudinho de refrigerante; 1a parte: Solução de ácido clorídrico (ou vinagre)


e carbonato de cálcio
ff 1 bastão de vidro ou colher de plástico;

ff 1 espátula ou palito de sorvete; 1. Coloque cerca de 2 mL (orientar aos alunos

ff 1 pisseta com água; que 2 mL correspondem a aproximadamente


2 cm de altura) da solução de ácido clorídrico
ff sulfato de cobre pentaidratado;
(HCl(aq)) em um tubo de ensaio.
ff hidróxido de sódio;
2. Adicione uma quantidade de carbonato de
ff água de cal ou solução de hidróxido de cálcio
cálcio (CaCO3) equivalente a um grão de fei-
filtrada (prepare antecipadamente);
jão (uma ponta de espátula) no tubo conten-
ff raspa de magnésio ou zinco; do a solução ácida.
ff palha de aço (½ esponja);
3. Observe e anote o que está sendo solicitado
ff solução de ácido clorídrico (aproximada-
na tabela que se encontra no final deste ro-
mente 1 mol/L) ou vinagre;
teiro.
ff carbonato de cálcio (ou mármore triturado ou
qualquer carbonato ou hidrogenocarbonato 2a parte: Solução de sulfato de cobre e solução de
(bicarbonato). hidróxido de sódio

22
3. Envolva o tubo de ensaio com uma das mãos. Faça isso por cerca de um minuto.

4. Observe e anote o que está sendo solicitado na 3. Observe e anote o que está sendo solicitado na
tabela que se encontra no final deste roteiro. tabela que se encontra no final deste roteiro.

6a parte: Gás carbônico e água de cal Atenção: na coluna “Estado inicial”, descreva
os aspectos gerais das substâncias presentes no
1. Coloque água de cal filtrada no outro béquer sistema antes da interação; na coluna “Estado
até metade de sua capacidade. final”, os aspectos gerais das substâncias depois
da interação; em “Evidências de transformações
2. Com o canudinho, sopre vigorosamente na químicas”, descreva os sinais observados nas
água de cal de modo a fazer bolhas de ar. transformações.

Estado Estado Evidências de


Sistema
inicial final transformações químicas
Ácido clorídrico (ou vinagre)
e carbonato de cálcio
Solução de sulfato de cobre e
solução de hidróxido de sódio
Solução de sulfato de cobre e
palha de aço
Ácido clorídrico e magnésio
ou zinco
Ácido clorídrico e hidróxido
de sódio
Gás carbônico e água de cal

Caso a experiência seja realizada de forma Sugestão de questões para a interpretação


demonstrativa, esta tabela pode ser completa- dos dados do experimento
da na lousa no decorrer do experimento. Dois
ou mais alunos podem participar deste pro- 1. Ao analisar as anotações da tabela de re-
cesso, ao realizar partes do experimento sob gistro de observações do experimento, em
a orientação do professor e preencher a tabela quais das interações você considera que
na lousa. houve a formação de novas substâncias?

24
Química – 1a série, 1o bimestre

2. Quais das interações realizadas no experi- d) enferrujamento de um portão de ferro;


mento você considera que são transforma-
ções químicas? Explique. e) amadurecimento de uma fruta;

3. Considere os fenômenos a seguir, cite as f) evaporação da acetona.


evidências de interações e diga se são trans-
formações químicas ou não: Grade de avaliação da Atividade 2

a) água sanitária em roupa colorida; Espera-se que nesta atividade experimental


sejam observadas as seguintes evidências de
b) ferver água; transformações químicas:

c) obtenção de sal a partir da água do mar;

É transformação
Sistema Evidências
química?
Ácido clorídrico e carbonato
Desprendimento de gás Sim
de cálcio
Sulfato de cobre pentaidrata- Formação de um sólido gelatinoso (hi-
Sim
do, água e hidróxido de sódio dróxido de cobre)
Sulfato de cobre pentaidrata- Descoramento da solução e formação de
Sim
do, água e palha de aço (ferro) um sólido vermelho-escuro (cor de cobre)
Ácido clorídrico e magnésio Desprendimento de gás, corrosão do
Sim
ou zinco metal e liberação de energia térmica
Ácido clorídrico e hidróxido
Liberação de energia térmica Sim
de sódio
Gás carbônico e água de cal Formação de um sólido branco em pó Sim

Espera-se que os estudantes possam iden- dissoluções geralmente não são consideradas
tificar as transformações químicas a partir da transformações químicas, pois a solução não
análise das evidências das transformações. é uma nova substância, e sim uma mistura
de substâncias. Ao aquecer essa mistura até
Antes de discutir a Questão 3, é interes- evaporar toda a água, obtém-se novamen-
sante chamar a atenção para o fato de que na te o hidróxido de sódio sólido. Entretanto,
dissolução do hidróxido de sódio (2a Parte) na interação entre hidróxido de sódio e áci-
houve liberação de energia térmica, mas as do clorídrico houve também a liberação de

25
Na discussão deste exercício, as seguintes Grade de avaliação da Atividade 1
ideias podem ser destacadas:
Nesta atividade da Situação de Aprendizagem
ff Um dos fatores importantes em relação às 3, os estudantes devem compreender a importân-
interações, sejam transformações químicas cia do fator tempo nas transformações químicas e
(processos que resultam na formação de saber identificar as que ocorrem instantaneamen-
novas substâncias) ou não, é o tempo ne- te ou não, de acordo com o critério estabelecido
cessário para que elas ocorram. na atividade. Entre as transformações químicas
apresentadas no exercício, espera-se que os estu-
ff Avaliar o tempo em que as transformações dantes identifiquem como instantâneas apenas a
ocorrem é especialmente relevante no sis- interação entre carbonato de cálcio e ácido clorí-
tema produtivo em seus mais diversos se- drico, a queima do álcool e a formação do hidró-
tores: indústria, agropecuária e serviços. xido de cobre.
Vamos considerar, por exemplo, o caso da
produção da cal. Os processos de calcina- Atividade 2 – O fator energia
ção usados durante o período colonial em nas interações e transformações
alguns países apresentavam eficiência mui- químicas
to baixa, pois eram necessários cerca de
três dias para completar a transformação Outro aspecto importante das transforma-
do calcário em gás carbônico e cal viva. ções químicas está relacionado ao processo de
Atualmente, com a modernização dos for- absorção e liberação de energia. Essa energia
nos, diminuiu-se o tempo de produção para pode ou não ser percebida pelo ser humano
apenas algumas horas. e depende das condições em que ocorrem as
transformações e do balanço energético envolvi-
ff Além dos contextos industriais, o fator do. Este tópico será aprofundado na 2a série do
tempo também é importante no dia-a-dia Ensino Médio, ao se discutir a energia de liga-
do cidadão comum. Como exemplos, ção. Entretanto, neste bimestre, é suficiente que
pode-se pensar na importância de se re- os alunos compreendam que algumas transfor-
duzir o tempo de cozimento dos alimen- mações químicas vão liberar energia, comumen-
tos e de se aumentar o tempo envolvido te na forma de energia térmica, ao passo que
na deterioração dos mantimentos. Esses outras vão absorvê-la. Você pode discutir essas
exemplos mostram que, algumas vezes, ideias apenas no nível macroscópico das trans-
precisa-se diminuir o tempo em que as formações químicas. Podem ser citados exem-
transformações químicas ocorrem e, em plos de transformações que liberam energia
outros, é desejável que esse tempo seja o térmica, como a queima da madeira, e de outras
maior possível. que a absorvem, como o cozimento de um ovo.

28
3. Aqueça o sulfato de cobre pentaidratado to, você considera que houve uma transfor-
sobre a chama da lamparina misturando-o mação química? Explique sua resposta e, em
com a espátula de madeira até que a trans- caso afirmativo, quais materiais seriam rea-
formação observada seja completada. Se gentes e produtos?
necessário, segure o béquer com a pinça de
madeira. 2. Como você explica essa observação? O que
você observou ao adicionar água ao sólido
4. Apague o fogo, anote suas observações e dei- contido no béquer?
xe o béquer esfriar por alguns minutos.
3. A interação da água com o sólido do béquer
5. Depois que o béquer estiver frio, coloque-o so- pode ser considerada uma transformação
bre a palma de uma das mãos e solicite a um co- química? Explique sua resposta e, em caso
lega que adicione algumas gotas de água sobre afirmativo, quais materiais seriam reagentes
o sólido do béquer até que este fique úmido. e quais seriam produtos?

6. Observe e anote suas observações. 4. Classifique o aquecimento do sulfato de co-


bre pentaidratado e a hidratação do sólido
Questões sobre o experimento e ampliação dos resultante desse aquecimento como fenôme-
conceitos de transformação química e energia nos endo ou exotérmicos.

1. Analisando o aspecto do sulfato de cobre 5. Os fenômenos observados neste experimento


pentaidratado antes e depois do aquecimen- podem ser representados da seguinte forma:

sulfato de cobre pentaidratado + energia térmica → sulfato de cobre anidro + água (desidratação)

(sólido azul) (sólido branco)

sulfato de cobre anidro + água → sulfato de cobre pentaidratado + energia térmica (hidratação)

(sólido branco) (sólido azul)

a) Explique o que estas representações signifi- vas fórmulas químicas (sulfato de cobre pen-
cam. taidratado = CuSO4 . 5H2O; sulfato de cobre
anidro = CuSO4; água = H2O).
b) Reescreva estas representações substituindo
os nomes das substâncias pelas suas respecti- 6. Complete a tabela a seguir.

30
Química – 1a série, 1o bimestre

Texto 2 – Fermentação alcoólica na produção cana-de-açúcar passa inicialmente pelo proces-


do etanol so de moagem, no qual o suco da cana, a gara-
pa, é separado do bagaço, que pode ser queima-
O Brasil é um dos poucos países do mundo do como combustível ou usado na alimentação
que utiliza álcool (etanol) como combustível au- do gado. Em seguida, a garapa é aquecida até
tomotivo. Esse fato lhe garante não apenas a po- que boa parte da água evapore e se forme um
sição de um dos maiores produtores do mundo, líquido viscoso e rico em açúcares, chamado
mas também de detentor da melhor tecnologia melaço. Este material é acidificado para que
de produção de álcool a partir da cana-de-açú- esteja em condições ideais ao desenvolvimento
car. Mas você sabe como é produzido o álcool a das leveduras (micro-organismos que possuem
partir da cana-de-açúcar? substâncias denominadas enzimas, capazes de
transformar açúcares em álcool e gás carbôni-
A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima co). É na presença das leveduras que o melaço
usada na produção de álcool no Brasil. Em 1 ha vai passar pelo processo de fermentação alco-
(um hectare, ou seja, 10 000 m ) de plantação
2
ólica, que dura cerca de 50 horas, ocorrendo a
pode-se obter cerca de 3 mil litros de etanol. A formação do etanol.

Sacarose + água enzimas glicose + frutose


C12H22O11(aq) + H2O(l) enzimas C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq)

glicose ou frutose enzimas etanol + gás carbônico + energia


C6H12O6(aq) enzimas C2H5OH(aq) + CO2(g) + energia térmica

A mistura obtida na fermentação apresenta álcool 96 oGL. Nesse caso, haverá interação en-
cerca de 14% em volume de álcool, mas após tre a cal e a água formando um composto pouco
o processo de destilação obtém-se álcool com solúvel em água e em etanol, o hidróxido de cál-
96 GL (4% de água e 96% de etanol). Para obter
o
cio ou cal extinta, conforme as representações a
etanol puro (100%) pode-se adicionar cal viva ao seguir:

óxido de cálcio + água → hidróxido de cálcio + energia

CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(s) + energia térmica

Embora tenhamos tratado aqui da produção pouco o uso do álcool etanol se restringe ao mer-
do álcool a partir da cana-de-açúcar, esta não é a cado de combustíveis, pois ele apresenta inúmeras
única matéria-prima da qual se pode obtê-lo. Tam- outras aplicações na indústria e no dia a dia*.

* O teor alcoólico do álcool comercial é atualmente expresso em ºINPM (porcentagem em massa de álcool).

35
Química – 1a série, 1o bimestre

a que estão acostumados. Portanto, é reco- essa atividade. Este gráfico pode ser traçado
mendável que você os acompanhe durante na lousa.
T (ºC)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 t (min)
Durante a construção do gráfico, você obtivemos os dados mostrados na tabela
pode fazer algumas questões: a seguir:

ff Deve-se unir todos os pontos para cons- Aquecimento da mistura de água e sal
truir esse gráfico? Tempo (minutos) Temperatura (ºC)
(± 0,1min) (± 1 ºC)
ff Depois de quanto tempo a água começa a fer- 0 24
ver, ou seja, depois de quanto tempo a água 1,0 29
entra em ebulição? Qual é essa temperatura? 2,0 45
3,0 60
ff Depois desse tempo, o que ocorre com a 4,0 78
água? E com a temperatura?
5,0 92
6,0 99 (início da ebulição)
ff Com base nesses dados, qual você diria que
7,0 102
é a temperatura de ebulição da água?
8,0 103
9,0 105
ff Como você pode observar esse dado no grá-
fico? 10,0 106

ff Se após meia hora de aquecimento, toda ff Ao observar esses dados, qual você diria
a água não tiver evaporado, qual seria sua que é a temperatura de ebulição dessa mis-
temperatura? Por quê? tura de água e sal?

ff Imagine que estamos aquecendo água ff Trace um gráfico semelhante ao que você tra-
com sal em uma chaleira e, ao fazer isso, çou para a água. Eles são iguais? Por quê?

41
mais material é aquecido, maior é a tempera-
tura de fusão ou de ebulição.

co como mostrado a seguir podem evitar e


mesmo acabar com essas idéias indesejáveis.
Pode-se apresentar o exercício dizendo que Química – 1a série, 1o bimestre

aquecimento de duas amostras puras.

T atingir as temperaturas de fusão e ebulição,


(ºC)
líquido + sólido
mas não seus valores, pois estes são caracte-
80 líquido + sólido rísticos de cada substância.
A

Conexão Editorial
sólido
B
sólido
Atividade 2 – Densidade: pode-se
25
identificar uma substância pura por
sua densidade?
Questões como essas podem auxiliar os
10 20 t
(min)
Pode-se
alunos iniciar a atividade
a compreender que a com
massaa seguinte
do ma-
terial
pergunta: “Um quilograma de ferro pesa(ou
e a intensidade da fonte de calor a
mais
taxa
que umde perda de calor
quilograma deno caso de Esses
algodão? resfriamen-
mate-
os alunos que as amostras A e B devem ser da tos) podem mudar o tempo que as substâncias
Pretende-se,
mesma com
substância, poisesses
têm agráficos, discutir
mesma tempera- riais ocupam
demoram o mesmo
a atingir volume?”. de fusão e
as temperaturas
com durante
tura os alunos que as amostras
a mudança de estado.A Para
e B devem
alcan- ebulição, mas não seus valores, pois estes são
çar este propósito o professor pode propor
ser da mesma substância, pois têm a mesma aos característicos de cada
De modo geral, substância.
os alunos respondem que
alunos questões
temperatura como as
durante a seguintes:
mudança de estado. o ferro é mais pesado que o algodão. Isso por-
Para
—φalcançar
De acordoessecompropósito, pode-se
esse esboço, propor
as amos- que associampura
substância ao ferro
pora sua
ideiadensidade?
de “peso” e ao
aos alunos
tras Aquestões
e B estão como
sendoas aquecidas
seguintes: ou algodão a ideia de “leveza”. Em 1 kg de ferro e
emPode-se iniciar aaatividade
1 kg de algodão quantidade fazendo a se-
de material,
ff —
DeφAs amostras
acordo com A e Besboço,
esse são de materiais dife-
as amostras A guinte
ou seja,pergunta:
a massa, é“Um quilograma
a mesma. de ferro
A diferença está
rentes ou do mesmo material? Por quê? pesa mais que um quilograma de algodão? Es-
e B estão sendo aquecidas ou resfriadas? no materiais
ses volume ocupado
ocupampor eles. Assim,
o mesmo volume?”1 kg de
Justifique
Caso suadúvidas,
existam resposta.o professor deve dei- algodão ocupa um volume muito maior que
xar a classe discuti-las. Pode ajudar com per- 1 kgDedeum modo geral, os alunos respondem
ferro.
guntas como: O A
ff As amostras que
e Bpode estar
são de acontecendo?
materiais diferen- que o ferro é mais pesado que o algodão. Isso
porque associam ao ferro a idéia de “pesado”
tesφNo
— ou do mesmo
tempo material?
de 10 minutos,Por quê?
a amostra e aoA algodão
propriedade quederelaciona
a idéia “leve”. Emmassa (m)dee
1 kg
B esta no estado sólido ou líquido? volume
ferro (V) 1dekg
e em umdedado material
algodão é a densidade.
a quantidade de
ff NoExplique.
tempo de 10 minutos, a amostra B está material, ou seja, a massa, é a mesma. A dife-
— φQue
no estadofatores podem
sólido ter contribuído
ou líquido? Explique.para rença está no volume ocupado
Matematicamente, pelas se
essa relação amostras.
expres-
que a amostra B demore 10 minutos a Assim, 1 kg de algodão ocupa um volume
mais que a amostra A para fundir? sa como
muito d = do
maior m/V. Se1akg
que massa for expressa em
de ferro.
ff Quais fatores podem ter contribuído para gramas (g) ou em kg e o volume em cm3 ou
que a amostra B demore 10 minutos a mais dm3, a densidade pode ser expressa em g/cm3
39
que a amostra A para fundir? ou em kg/dm3.

Questões como estas auxiliam os alunos a A densidade de uma substância, como


compreender que a massa do material e a in- toda propriedade característica, é constante a
tensidade da fonte de calor (ou a taxa de per- determinada temperatura e pressão e não de-
da de calor no caso de resfriamentos) podem pende da quantidade, o que permite sua iden-
mudar o tempo que as substâncias levam para tificação.

45

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