Santa Marta

Uma leitura crítica sobre

a implementação da
comunicação digital
 Problemática da comunicação

Em que nível a introdução de novas tecnologias

digitas influiu na comunicação quotidiana da favela
Santa Marta, desde as iniciativas governamentais
de retomada do poder local.
 Conceito de comunidade

Historicamente, o ser humano sempre foi um animal gregário. Para sobreviver

e conseguir reproduzir-se, trabalhava em grupos, que mais tarde, evoluíram
para as primeiras comunidades. O conceito, no entanto, nunca foi uma
unanimidade. Max Weber, quando procurou traçar algumas premissas sobre o
assunto, ressaltou que "O conceito de comunidade é mantido aqui
deliberadamente vago e conseqüentemente inclui um grupo muito heterogêneo
de fenômenos" (1987:79), pois também considerava que a idéia de comunidade
compreendia relações muito abrangentes.
 Inclusão Digital
“Para ser incluído digitalmente, não basta ter
acesso a micros conectados à Internet. Também é
preciso estar preparado para usar estas máquinas,
não somente com capacitação em informática, mas
com uma preparação educacional que permita
usufruir de seus recursos de maneira plena.”
(CRUZ, 2004)
 Dados gerais
De 14 favelas em 1920 para mais de 500 no ano 2000. Nesse período, muita coisa
mudou na realidade dos morros cariocas. Hoje, o número de favelados representa
quase 20% da população total do município do Rio. Algumas comunidades viraram
complexos e ultrapassaram os 50 mil habitantes, enquanto áreas como a Zona
Oeste – antes um vazio no mapa – viraram opção de moradia barata e hoje lideram
o ranking de novas construções.
No ano 2000, 1.092.958 de
pessoas moravam em favelas.

O gráfico crescente mostra a

tendência para que o atual
número seja ainda maior.
 Origem
• Anos 40 – início do povoamento

• Primeira leva de habitantes – norte fluminense e sul de Minas

Gerais

• Nas décadas seguintes – imigrantes nordestinos

• Polêmica quanto ao nome – Santa ou Dona Marta?*

• População estimada – 12.000 habitantes

*O nome da favela
Católicos x Evangélicos

Quem é Marta?
Foto da favela
 Metodologia
Pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo, entrevistas
qualitativas, fotografias documentais e matérias jornalísticas
compõem a metodologia do presente trabalho, com o objetivo
de demonstrar se houveram mudanças na relação entre os
moradores da favela e a internet/tv por assinatura.

O porquê do tema:
Muitas críticas foram dirigidas à entrada da mídia digital na favela Santa Marta.
Especulou-se que essa digitalização era pura propaganda e que não funcionava
eficazmente.
Esta pesquisa se baseou nessa dúvida para constatar o que realmente foi implantado
com relação a esta tecnologia e se o seu funcionamento estava vigorando.
 Vídeo

http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1035650-9099,00.html
 Pesquisa
Entrevista com o monitor do stand digital – André

Sobre o stand

• 9 computadores
• Velocidade de 2mb
• Aulas de texto e slide
• Funcionamento de segunda a domingo, das 8h às 22h

Sobre a instalação das antenas

• 16 antenas
• Parceria do governo com a empresa Motorola
• Uso de apenas 1% do sinal
 Pesquisa
Entrevista com membro da associação de moradores – Érica

Sobre a internet wi-fi (sem fio)

• Bom funcionamento, apesar de subutilizada

• Precisa-se de mais antenas, devido à geografia acidentada
• No início da implantação houve crítica por parte dos moradores (incredulidade). Mas
agora os moradores que têm computador estão usando e elogiam a iniciativa.

Sobre a a entrada da TV por assinatura

• A NET não instalou cabos. A empresa prometeu, mas não há projeto para
implementação. A associação de moradores está pedindo uma negociação.
• Por este motivo, a SKY foi mais bem aceita. O sinal provém de satélite, apesar de
reclamações.
• O custo do sinal SKY é preço comercial: R$169,00 para 2 pessoas.
 Pesquisa
Entrevista com moradora usuária de lan house – Ana Carolina (15)

Sobre o uso da internet

• Usa quando não está na escola

• Frequenta sites de relacionamentos
• Usa programas de bate-papo
• Lê letras de músicas
• Assiste a vídeos
• Faz pesquisas para a escola

Obs.: A entrevistada não usa a internet sem fio, somente a internet a cabo da lan house.
Ela também não conhece nenhum amigo(a) que utiliza o serviço sem fio.
As antenas
 Conclusões

O serviço de internet sem fio é eficaz,

porém pouco difundido dentro da favela.
O sinal gerado ainda é fraco e não transpõe
as barreiras físicas do morro.
São necessárias mais antenas de
retransmissão.
 Bibliografia
RECUERO, Raquel da Cunha. Comunidades virtuais - Uma abordagem teórica. Trabalho
apresentado no V Seminário Internacional de Comunicação, no GT de Comunicação e Tecnologia
das Mídias, promovido pela PUC/RS.

CRUZ, Renato. O que as empresas podem fazer pela inclusão digital. São Paulo: Instituto Ethos,
2004.