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UNICON

APUCARANA COOPERATIVA DE TRABALHO CONTÁBIL

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

MODELO

Emilio Sérgio de Oliveira Werneck


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UNICON APUCARANA COOPERATIVA DE TRABALHO CONTÁBIL

MÉTODO DE PERCENTAGENS HORIZONTAIS E VERTICAIS

BALANÇOS PATRIMONIAIS

(em R$ 1,00)
31.12.97 31.12.98 31.12.99
CONTAS Valor AV% AH Valor AV% AH Valor AV% AH
Disponibilidades 435.443 39,6 100 1.337.681 62,3 307 1.389.179 55,6 319
Contas a Receber-Clientes 274.191 25,0 100 278.980 13,0 102 342.356 13,7 125
Adiantamentos Diversos 2.023 0,2 100 5.008 0,2 248 28.694 1,1 1418
Outros Créditos 30.520 2,8 100 75.712 3,5 248 3.182 0,2 10
Despesas Antecipadas 11.412 1,0 100 4.415 0,2 39 4.726 0,2 41
TOT. ATIVO CIRCULANTE 753.589 68,6 100 1.701.796 79,2 226 1.768.137 70,8 235
Créditos a Longo Prazo 198.670 18,1 100 265.443 12,4 134 542.293 21,7 273
(-) Provisão para Perdas - - 100 - - - 45.197 1,8 -
TOT. REAL.A LONGO PRAZO 198.670 18,1 100 265.443 12,4 134 497.096 19,9 250
Investimentos 67.461 6,1 100 80.357 3,7 119 126.665 5,1 188
Imobilizado(-)Depr. Acuml. 79.345 7,2 100 100.849 4,7 127 104.844 4,2 132
TOT. ATIVO PERMANENTE 146.806 13,3 100 181.206 8,4 123 231.509 9,3 158
TOTAL GERAL DO ATIVO 1.099.065 100,0 100 2.148.445 100,0 195 2.496.742 100,0 227
Fornecedores 196.085 17,8 100 113.246 5,3 58 181.204 7,3 92
Obrigações Sociais 30.857 2,8 100 43.193 2,0 140 44.756 1,8 145
Obrigações Tributárias 14.551 1,4 100 19.642 0,9 135 18.695 0,7 128
Juros s/ Capital a Pagar 19.934 1,8 100 24.097 1,1 121 55.585 2,2 279
Outros 13.445 1.2 100 2.087 0,1 15 7.045 0,3 52
TOT. PASSIVO CIRCULANTE 274.872 25,0 100 202.265 9,4 74 307.285 12,3 112
Obrigações Fiscais 155.225 14,1 100 263.938 12,3 170 432.990 17,3 279
TOT. EXIG. LONGO PRAZO 155.225 14,1 100 263.938 12,3 170 432.990 17,3 279
Capital Integralizado 219.756 20,0 100 279.461 13,0 127 851.578 34,1 387
Reservas de Capital 84.059 7,6 100 84.059 3,9 100 84.059 3,4 100
Reservas de Lucro 358.173 32,6 100 552.333 25,7 154 565.276 22,6 158
Sobras a Disp. da AGO. 6.980 0,7 100 766.389 35,7 10979 255.554 10,3 3661
TOT. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 668.968 60,9 100 1.682.242 78,3 251 1.756.467 70,4 263
TOTAL GERAL DO PASSIVO 1.099.065 100,0 100 2.148.445 100,0 195 2.496.742 100,0 227
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DE EXERCÍCIOS

(em R$ 1,00)
31.12.97 31.12.98 31.12.99
CONTAS Valor AV% AH Valor AV% AH Valor AV% AH
Receita Operacional Bruta 6.747.499 100,0 100 7.271.191 100,0 108 7.876.046 100,0 117
Impostos Faturados 2.044 0,0 100 333 0,0 16 46.200 0,6 2260
Receita Operacional Líquida 6.745.455 100,0 100 7.270.858 100,0 108 7.829.846 99,4 116
Custo dos Serviços 5.274.138 78,2 100 5.146.896 70,8 98 6.188.220 78,6 117
1. Lucro Bruto 1.471.317 21,8 100 2.123.962 29,2 144 1.641.626 20,8 112
Despesas com Vendas 19.852 0,2 100 46.827 0,6 236 76.508 1,0 385
Despesas Administrativas 1.328.271 19,7 100 1.161.889 16,0 87 1.649.647 20,9 124
Despesas Tributárias 89.467 1,4 100 96.160 1,3 107 129.685 1,6 145
2. Tot. Desp. Operacionais 1.437.590 21,3 100 1.304.876 17,9 91 1.855.840 23,5 129
3. Lucro Operacional (1-2) 33.727 0,5 100 819.086 11,3 2429 -214.214 -2,7 -
Receitas Eventuais 139 0,0 100 98 0,0 70 315.600 4,0 -
Despesas Eventuais 654 0,0 100 3.186 0,0 487 2.018 0,0 309
4. Resultado não-operacional -515 0,0 100 -3.088 0,0 600 313.582 4,0 -
5. Lucro do Investimento 33.212 0,5 100 815.998 11,3 2457 99.368 1,3 299
6. Receitas financeiras 65.399 1,0 100 171.287 2,3 262 314.651 4,0 481
7. Despesas financeiras 42.869 0,7 100 57.208 0,8 133 47.975 0,6 112
8. Lucro antes do IR e CS 55.742 0,8 100 930.077 12,8 1668 366.044 4,7 657
9. I.R. e C.S. 6.157 0,1 100 218 0,0 4 - - -
10.Lucro após IR e CS 49.585 0,7 100 929.859 12,8 1875 366.044 4,7 738
Juros s/ Capital Social 17.645 0,2 100 23.369 0,3 132 55.585 0,7 315
11.Total das Participações 17.645 0,2 100 23.369 0,3 132 55.585 0,7 315
Fundo de Reserva Legal 2.897 0,0 100 92.913 1,3 3207 36.604 0,5 1263
FATES 22.064 0,4 100 47.188 0,7 214 18.302 0,3 83
12.Sobra à disp. da AGO 6.979 0,1 100 766.389 10,5 10981 255.553 3,2 3662
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MÉTODO DAS DIFERENÇAS ABSOLUTAS OU


DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE CAIXA

BALANÇOS PATRIMONIAIS

(em R$ 1,00)
Exercícios Variação
CONTAS
1997 1998 Aplicação Fontes
Disponibilidades 435.443 1.337.681 902.238
Contas a Receber 274.191 278.980 4.789
Outros Créditos 32.543 80.720 48.177
Despesas Antecipadas 11.412 4.415 6.997
RLP – Créditos 198.670 265.443 66.773
AP - Investimentos 67.461 80.357 12.896
AP - Imobilizado 79.345 100.849 21.504
A T I V O TOTAL 1.099.065 2.148.445 1.056.377 6.997
Fornecedores 196.085 113.246 82.839
Obrigações Sociais 30.857 43.193 12.336
Obrigações Tributárias 14.551 19.642 5.091
Juros s/ Capital a Pagar 19.934 24.097 4.163
Outros 13.445 2.087 11.358
ELP - Obrigações Fiscais 155.225 263.938 108.713
PL - Capital Social 219.756 279.461 59.705
PL - Reservas de Capital 84.059 84.059
PL - Reservas de Lucros 358.173 552.333 194.160
PL - Sobras à disposição da AGO 6.980 766.389 759.409
PASSIVO TOTAL 1.099.065 2.148.445 94.197 1.143.577
TOTAL GERAL ///////////////// ///////////////// 1.150.574 1.150.574

GRUPOS 1998 VARIAÇÃO


INÍCIO FINAL
Ativo Circulante 753.589 1.701.796 948.207
Passivo Circulante 274.872 202.265 ( 72.607 )
Capital de Giro Líquido 478.717 1.499.531 1.020.814
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MÉTODO DAS DIFERENÇAS ABSOLUTAS OU


DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE CAIXA

BALANÇOS PATRIMONIAIS

(em R$ 1,00)
Exercícios Variação
CONTAS
1998 1999 Aplicação Fontes
Disponibilidades 1.337.681 1.389.179 51.498
Contas a Receber 278.980 342.356 63.376
Outros Créditos 80.720 31.876 48.844
Despesas Antecipadas 4.415 4.726 311
RLP – Créditos 265.443 497.096 231.653
AP - Investimentos 80.357 126.665 46.308
AP - Imobilizado 100.849 104.844 3.995
A T I V O TOTAL 2.148.445 2.496.742 397.141 48.844
Fornecedores 113.246 181.204 67.958
Obrigações Sociais 43.193 44.756 1.563
Obrigações Tributárias 19.642 18.695 947
Juros s/ Capital a Pagar 24.097 55.585 31.488
Outros 2.087 7.045 4.958
ELP - Obrigações Fiscais 263.938 432.990 169.052
PL - Capital Social 279.461 851.578 572.117
PL - Reservas de Capital 84.059 84.059
PL - Reservas de Lucros 552.333 565.276 12.943
PL - Sobras à disposição da AGO 766.389 255.554 510.835
PASSIVO TOTAL 2.148.445 2.496.742 511.782 860.079
TOTAL GERAL ///////////////// ///////////////// 908.923 908.923

1999
GRUPOS VARIAÇÃO
INÍCIO FINAL
Ativo Circulante 1.701.796 1.768.137 66.341
Passivo Circulante 202.265 307.285 105.020
Capital de Giro Líquido 1.499.531 1.460.852 ( 38.679 )
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ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

Análise Horizontal
A Análise Horizontal tem como finalidade principal a comparação entre os
valores de uma determinada conta ou grupos de contas, em diferentes exercícios
sociais, apontando o comportamento dos itens do Balanço Patrimonial e da
Demonstração do Resultado do Exercício.
A Análise Horizontal deve ser utilizada concomitantemente com a Análise
Vertical, pois algum item, Clientes, por exemplo, pode ter crescido em valores
absolutos, porém, sua participação percentual, dentro do grupo a que pertence, ter
diminuído em razão de maiores aplicações em outros ativos por parte da empresa, em
virtude do seu crescimento.
Obs: Na presente análise não foram considerados os efeitos inflacionários
sobre a moeda.

Balanço Patrimonial

Ativo Circulante
Em 31 de dezembro de 1997 a UNICON mantinha aplicado, no seu Ativo
Circulante, R$ 753,6 mil, aumentando para R$ 1.701,8 mil em 31 de dezembro de 1998
e R$ 1.768,1 mil em 31 de dezembro de 1999, com aumentos de 126% em 1998 e
135% em 1999 sobre o exercício de 1997.
A evolução que nos desperta atenção é a aplicação em disponibilidades, que
cresceram, em termos relativos, de 1997 para 1998, 207% e de 1997 para 1999, 219%
e, em termos absolutos, de R$ 435,4 mil em 1997 para R$ 1.337,7 mil em 1998 e para
R$ 1.389,1 mil em 1999.

Ativo Realizável a Longo Prazo


Estavam aplicados no Ativo Realizável a Longo Prazo, Créditos, o valor de R$
198,7 mil em 1977, aumentado para R$ 265,4 mil em 1998 e para R$ 497,1 mil em
1999, representando aumentos percentuais de 34% de 1997 para 1998 e de 150% de
1997 para 1999.
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Ativo Permanente
No Ativo Permanente, estavam aplicados em 1997 R$ 146,8 mil dos recursos da
empresa, aumentando para R$ 181,2 mil em 1998 e para R$ 231,5 mil em 1999, com
um acréscimo percentual de 23% de 1997 para 1998 e de 58% de 1997 para o
exercício de 1999.
Nos Investimentos verificamos um aumento de 19% de 1997 para 1998 e de
88% de 1999 em relação ao exercício de 1997. Em valores absolutos, as aplicações
foram: em 1997 R$ 67,5 mil, em 1998 R$ 80,4 mil e em 1999 R$ 126,7 mil. Estes
investimentos são considerados operacionais, pois de trata de investimentos em
Cooperativa Central e Federação de Cooperativas.

Passivo Circulante
Constatamos que os recursos originários do Passivo Circulante, de curto prazo,
não acompanharam a tendência de aumento das aplicações no Ativo Circulante, tendo,
como conseqüência, uma melhora na liquidez da empresa.
No exercício de 1997, R$ 274,9 mil dos recursos da UNICON eram de curto
prazo, reduzindo para R$ 202,3 mil em 1998 e aumentando para R$ 307,3 em 1999.
Os recursos de curto prazo foram reduzidos de 1997 para 1998 em 26%, aumentado
de 1997 para 1999 em 12%.

Exigível a Longo Prazo


Os recursos de longo prazo evoluíram de R$ 155,2 mil em 1997 para R$ 263,9
mil em 1998 e para R$ 433 mil em 1999, representando aumentos percentuais de 70%
de 1997 para 1998 e de 179% de 1997 para 1999.

Patrimônio Líquido
Os recursos próprios aplicados nos investimentos da UNICON sofreram um
significativo aumento no período analisado.
No total do Patrimônio Líquido verificamos que os recursos dos sócios somavam
R$ 669 mil em 1997; R$ 1.682,2 mil em 1998 e R$ 1.756,4 mil em 1999, com aumentos
percentuais de 151% de 1997 para 1998 e de 163% de 1997 para 1999.
O Capital Social totalizava R$ 219,8 mil em 1997; R$ 279,4 mil em 1998 e R$
851,6 mil em 1999, com acréscimo de 27% de 1997 para 1998 e de 287% de 1997
para 1999.
8

Não houve evolução nas origens nas Reservas de Capital por se tratar de
valores provenientes da Correção Monetária do Capital, já extinta pela lei fiscal.
Nas Reservas de Lucros, como origens de recursos, temos em 1997 R$ 358,2
mil; R$ 552,3 mil em 1998 e R$ 565,3 mil em 1999, com aumento de 54% de 1997 para
1998 e de 58% de 1997 sobre 1999.
As Sobras a Disposição da AGO totalizavam R$ 6,98 mil em 1997; R$ 766,4 mil
em 1998 e R$ 255,6 mil em 1999, com acréscimos de 10.879% de 1997 para 1998 e
de 3.561% de 1997 para 1999.

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta


No exercício de 1997 verificamos uma receita bruta de R$ 6.747,5 mil; em 1998
R$ 7.271,2 mil e em 1999 e em 1999 R$ 7.876,0 mil com um aumento de 8% de 1997
para 1998 e de 17% de 1997 para 1999.

Custo dos Serviços


Durante o exercício de 1997 tivemos R$ 5.274,1 mil de custo dos serviços
prestados, contra R$ 5.146,9 mil em 1998 e R$ 6.188,2 mil em 1999, com uma redução
percentual de 2% de 1997 para 1998 e um acréscimo de 17% de 1997 para 1999.

Lucro Bruto
O Lucro Bruto evoluiu de R$ 1.471,3 mil em 1997 para R$ 2.124,0 mil em 1998 e
para R$ 1.64166 mil em 1999, representando, percentualmente, uma evolução de 44%
de 1997 para 1998 e de 12% de 1997 para 1999.

Despesas Operacionais
As Despesas Operacionais que representaram R$ 1.437,6 mil em 1977, foram
reduzidas para R$ 1.304,9 mil em 1998, aumentado para R$ 1.855,8 mil em 1999, com
uma redução de 9% de 1997 para 1998 e um aumento de 29% de 1999 em relação ao
exercício de 1997.
9

Lucro Operacional
No Lucro Operacional tivemos: R$ 33,7 mil em 1997; R$ 819,1 mil em 1998 e
um prejuízo operacional de R$ 214,2 mil em 1999, com um aumento percentual de
2.329% de 1998 em relação a 1997. No ano de 1999 apurou-se prejuízo operacional.

Resultado não-operacional
Como resultado não-operacional tivemos R$ 0,51 mil (prejuízo) em 1997; R$ 3,1
mil (prejuízo) em 1998 e R$ 313,6 mil (lucro) em 1999.

Lucro do Investimento
Verificamos como Lucro do Investimento R$ 33,2 mil em 1997; R$ 816,0 mil em
1998 e R$ 99,4 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 2.357% de 1997 para
1998 e de 199% de 1997 para 1999.

Receitas e Despesas Financeiras


Constatamos que as receitas financeiras superam as despesas financeiras, em
todos os exercícios analisados.
Tivemos como Receitas Financeiras em 1997 o valor de R$ 65,4 mil; R$ 171,3
mil em 1998 e R$ 314,7 mil em 1999, com um aumento percentual de 162% de 1997
para 1998 e de 381% de 1997 para 1999.
Nas Despesas Financeiras apuramos os seguintes valores: R$ 42,9 mil em
1997; R$ 57,2 mil em 1998 e R$ 48,0 mil em 1999, com um acréscimo percentual de
33% de 1997 para 1998 e de 12% de 1997 para 1999.

Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social


O Lucro após o IR e CS representou R$ 49,6 mil em 1997; R$ 929,9 mil em
1998 e R$ 366,0 mil em 1999, com um aumento em termos percentuais de 1.775% de
1997 para 1998 e de 638% de 1997 para 1999.

Participações dos Sócios


Os juros sobre o capital integralizado dos sócios totalizaram R$ 17,6 mil em
1997; R$ 23,4 mil em 1998 e R$ 55,6 mil em 1999, com um aumento percentual de
32% de 1997 para 1998 e de 215% de 1997 para 1999.
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Fundo de Reserva Legal


O Fundo de Reserva Legal representava R$ 2,9 mil em 1997, R$ 92,9 mil em
1998 e R$ 36,6 mil em 1999, com um acréscimo percentual de 3.107% de 1997 para
1998 e de 1.163% de 1997 para 1999.

Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social – FATES


O valor do FATES em 1997 foi de R$ 22,0 mil; R$ 47,2 mil em 1998 e de R$
18,3 mil em 1999, com um aumento de 114% de 1997 para 1998 e uma redução de
17% de 1997 para 1999.

Sobras à Disposição da AGO


As Sobras à Disposição da AGO evoluiu de R$ 6,9 mil em 1997 para R$ 766,4
mil em 1998 e R$ 255,6 mil em 1999, com um aumento percentual de 10.881% de
1997 para 1998 e de 3.562% de 1997 para 1999.

Análise Vertical
A Análise Vertical é um processo comparativo, expresso em percentagem, que,
no Balanço Patrimonial, apresenta a evolução dos grupos e contas do Ativo em relação
ao Ativo Total e dos grupos do Passivo em relação ao Passivo Total.
Na Demonstração do Resultado do Exercício, a Análise Vertical compara,
percentualmente, cada item da DRE com o valor das receitas brutas.

Balanço Patrimonial

Ativo Circulante
Em 1977 a UNICON tinha aplicado em seu Ativo Circulante 68,6% dos recursos
totais, aumentando para 79,2% em 1978, recuando para 70,8% em 1999.
Dentro do Ativo Circulante, destacamos as aplicações em Disponibilidades que,
no exercício de 1997, representavam 39,6% dos recursos aplicados, aumentando para
62,3% em 1998 e reduzindo para 55,6% em 1999 e nas Contas a Receber-Clientes
que representavam 25,0% dos recursos aplicados no ano de 1997, reduzindo para
13% ano exercício de 1998 e aumentando para 13,7 em 1999.
11

Realizável a Longo Prazo


Nos créditos de longo prazo, a empresa tinha aplicado no exercício de 1997
18,1% dos recursos totais, recuando para 12,4% no ano de 1998 e aumentando para
19,9% no exercício de 1999.

Ativo Permanente
No exercício de 1997 13,3% dos recursos da empresa estavam aplicados no
Ativo Permanente, reduzindo este percentual para 8,4% em 1998 e elevando para
9,3% no ano de 1999.
No Ativo Permanente, os Investimentos consumiram 6,1% dos recursos totais no
exercício de 1997, 3,7% no ano de 1998 e 5,1% em 1999 e no Imobilizado estavam
aplicados 7,2% dos recursos em 1997, 4,7% no exercício de 1998 e 4,2% no ano de
1999.

Passivo Circulante
No exercício de 1997, 25% dos recursos totais da empresa eram de terceiros
com vencimentos de curto prazo, reduzindo este percentual para 9,4% no ano de 1998
e aumentando para 12,3% em 1999.

Exigível a Longo Prazo


Dos recursos totais da UNICON, no exercício de 1997, 14,1% eram provenientes
de recursos de terceiros a longo prazo, reduzindo, no ano de 1998, para 12,3% e
aumentando para 17,3% no ano de 1999.

Patrimônio Líquido
No exercício de 1997, 60,9% dos recursos totais da empresa eram
representados por capitais próprios, aumentando para 78,3%, no exercício de 1998 e
reduzindo para 70,4%, no ano de 1999.
Dos recursos próprios da UNICON, 20,0% representavam, em relação ao total
de recursos, o Capital Social, no exercício de 1997, reduzindo para 13,0% no ano de
1998 e aumentando para 34,1% no exercício de 1999; Reservas de Capital
representavam 7,6% no ano de 1997, 3,9% em 1998 e 3,4% em 1999; Reservas de
Lucro representavam 32,6% no exercício de 1997, 25,7% no ano de 1998 e 22,6% em
1999; as Sobras à Disposição da Assembléia Geral totalizavam 0,7% dos recursos, no
12

exercício de 1997, aumentando para 35,7% no ano de 1998 e reduzindo para 10,3%
em 1999.

Demonstração do Resultado do Exercício

Custo dos Serviços


No exercício de 1997, o Custo dos Serviços consumiu 78,2% da Receita
Operacional Bruta, reduzindo para 70,8% no ano de 1998 e aumentando para 78,6%
em 1999.

Lucro Bruto
O Lucro Bruto representava, no exercício de 1997, 21,8% da Receita
Operacional Bruta, aumentando para 29,2% no ano de 1998 e reduzindo para 20,8%
em 1999.

Despesas Operacionais
As Despesas Operacionais absorveram 21,3% da Receita Operacional Bruta, no
exercício de 1997, reduzindo para 17,9% no ano de 1998 e aumentou para 23,5% no
exercício de 1.999.
Dentro das Despesas Operacionais, destaco as Despesas Administrativas que,
no exercício de 1997, representavam 19,7% da Receita Operacional Bruta, reduzindo
para 16,0% no ano de 1998 e aumentando para 20,9% em 1999.

Lucro Operacional
O Lucro Operacional, no exercício de 1997, foi de 0,5% da Receita Operacional
Bruta, aumentando para 11,3% no ano de 1998 e apresentando um prejuízo de 2,7%
sobre a referida receita no ano de 1999.

Resultado Não-Operacional
No Resultado Não-Operacional – Receitas Eventuais (-) Despesas Eventuais – a
empresa, nos exercícios de 1997 e 1998, não apresentou valores significativos.
Entretanto, no ano de 1999, apresentou um resultado positivo que representou 4,0% da
Receita Operacional Bruta.
13

Lucro do Investimento
O Lucro do Investimento que, no exercício de 1997, representava 0,5% da
Receita Operacional Bruta, aumentou para 11,3% no ano de 1998 e sofreu uma
redução para 1,3% em 1999.

Receitas e Despesas Financeiras


O resultado financeiro da empresa – Receitas Financeiras (-) Despesas
Financeiras – no exercício de 1997 representou 0,3% da Receita Operacional Bruta,
1,5% no ano de 1998 e 3,4% em 1999.

Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social


O Lucro após o Imposto de Renda e Contribuição Social representava 0,7% da
Receita Operacional Bruta no exercício de 1997, aumentando para 12,8% no ano de
1988 e diminuindo para 4,7% em 1999.

Total das Participações


No exercício de 1997 foram distribuídos aos sócios, a título de juros sobre o
capital social, o equivalente a 0,2% da Receita Operacional Bruta, aumentando para
0,3% no ano de 1998 e 0,7% em 1999.

Fundos e Reservas
Para o Fundo de Reserva Legal e Fundo de Assistência Técnica, Educacional e
Social foi destinado 0,2% da Receita Operacional Bruta no exercício de 1997, 1,3% no
ano de 1998 e 0,5% em 1999.

Sobras à Disposição da AGO


No exercício de 1997 ficaram à disposição da AGO o valor correspondente a
0,1% da Receita Operacional Bruta, aumentando para 10,5% no ano de 1998 e
diminuindo para 3,2% em 1999.
14

MÉTODO DAS DIFERENÇAS ABSOLUTAS OU


DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE CAIXA

(USOS E FONTES DE RECURSOS)

O Método das Diferenças Absolutas ou Demonstração das Origens e Aplicações


de Caixa nos possibilita comparar duas situações, simultaneamente, com a apuração
das diferenças absolutas de valores monetários de uma mesma conta ou de um
mesmo grupo, em duas datas distintas. O método é, na realidade, uma análise das
origens e aplicações de recursos entre duas datas.

Exercícios encerrados em 31.12.97 e 31.12.98


No exercício de 1998 apuramos as seguintes origens e aplicações dos recursos:

Origens
As fontes de recursos no exercício de 1998 foram: do Ativo Circulante,
Despesas Antecipadas R$ 6,99 mil. Do Passivo Circulante, Obrigações Sociais R$
12,3 mil; Obrigações Tributárias 5,09 mil; Juros sobre Capital a Pagar R$ 4,16 mil. Do
Passivo Exigível a Longo Prazo, Obrigações Fiscais R$ 108,7 mil. Do Patrimônio
Líquido, Capital Social R$ 59,7 mil; Reservas de Lucros R$ 194,2 mil; Sobras à
Disposição da AGO R$ 759,4 mil.
Os recursos aplicados no exercício de 1998 tiveram suas origens no Ativo R$
6,99 mil e no Passivo R$ 1.143,6 mil, sendo R$ 1.013,3 mil de recursos próprios e R$
130,3 mil de capitais de terceiros, totalizando R$ 1.150,6 mil.

Aplicações
Durante o exercício de 1998 foram aplicados os seguintes recursos: no Ativo
Circulante, Disponibilidades R$ 902,2 mil; Contas a Receber R$ 4,8 mil; Outros
Créditos R$ 48,2 mil. No Ativo Realizável a Longo Prazo, Créditos R$ 66,8 mil. No
Ativo Permanente, Investimentos R$ 12,9 mil e Imobilizado R$ 21,5 mil. No Passivo
Circulante, Fornecedores R$ 82,8 mil e Outros R$ 11,4 mil.
Foram aplicados, durante o exercício de 1998 R$ 1.056,4 mil nos Ativos e R$
94,2 mil em Passivos, totalizando R$ 1.150,6 mil.
15

Capital de Giro Líquido


O Capital de Giro Líquido no final do exercício de 1997 era de R$ 478,7 mil
aumentando em 31 de dezembro de 1998 para R$ 1.499,5 mil, com uma variação
positiva de R$ 1.020,8 mil.

Exercícios encerrados em 31.12.98 e 31.12.99


No exercício de 1999 apuramos as seguintes origens e aplicações dos recursos:

Origens
As fontes de recursos no exercício de 1999 foram: do Ativo Circulante, Outros
Créditos R$ 48,8 mil. Do Passivo Circulante, Fornecedores R$ 67,9 mil; Obrigações
Sociais R$ 1,5 mil; Juros sobre Capital a Pagar R$ 31,5 mil; Outros R$ 4,9 mil. Do
Passivo Exigível a Longo Prazo, Obrigações Fiscais R$ 169,0 mil. Do Patrimônio
Líquido, Capital Social R$ 572,1 mil; Reservas de Lucros R$ 12,9 mil.
Os recursos aplicados no exercício de 1999 tiveram suas origens no Ativo R$
48,8 mil e no Passivo R$ 860,1 mil, sendo R$ 585,1 mil de recursos próprios e R$
275,0 mil de capitais de terceiros, totalizando R$ 908,9 mil.

Aplicações
Durante o exercício de 1999 foram aplicados os seguintes recursos: no Ativo
Circulante, Disponibilidades R$ 51,5 mil; Contas a Receber R$ 63,4 mil; Despesas
Antecipadas R$ 0,31 mil. No Ativo Realizável a Longo Prazo, Créditos R$ 231,7 mil.
No Ativo Permanente, Investimentos R$ 46,3 mil e Imobilizado R$ 3,99 mil. No
Passivo Circulante, Obrigações Tributárias R$ 0,94 mil e Sobras à Disposição da
AGO R$ 510,8 mil.
Foram aplicados, durante o exercício de 199 R$ 397,1 mil nos Ativos e R$
511,8 mil em Passivos, totalizando R$ 908,9 mil.

Capital de Giro Líquido


O Capital de Giro Líquido no final do exercício de 1998 era de R$ 1.499,5 mil,
sendo reduzido em 31 de dezembro de 1999 para R$ 1.460,8 mil, com uma variação
negativa de R$ 38,7 mil.
16

MÉTODO DE QUOCIENTES OU ÍNDICES

A análise pelo Método de Quocientes ou Índices evidencia importantes relações


entre os vários grupos do Balanço Patrimonial e, também, dos componentes do
Resultado do Exercício e das Origens e Aplicações de Recursos. Este método se torna,
ainda, mais importante, quando estabelecida uma comparação entre vários exercícios
de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo ramo e porte.
O método é denominado quociente porque é o número que indica quantas vezes
o divisor representa do dividendo.

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

“A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis


fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras,
pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e
futura (projetada) de uma empresa”. (Assaf Neto, 2000, 48)

ANÁLISE FINANCEIRA

“O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair


tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da
análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases
para inferir o que poderá acontecer no futuro”. (Sérgio de Iudícibus, 1984, 76/77)

Estrutura Operacional
Este quociente relaciona os recursos aplicados no capital de giro da empresa
com os recursos aplicados no Ativo Realizável a Longo Prazo e no Ativo Permanente.

EOP = Ativo Circulante / Ativo Não-Circulante

1997 - EOP = 753.589,00 / 345.476,00 = 2,18


1998 - EOP = 1.701.796,00 / 446.649,00 = 3,81
17

1999 - EOP = 1.768.137,00 / 728.605,00 = 2,43


Em 31.12.97 a empresa mantinha aplicado em seu Ativo Circulante recursos
equivalentes a 118% a mais do que os recursos aplicados no Ativo Não-Circulante,
aumentado para 281% em 31.12.98, recuando para 143% em 31.12.99. Essa maior
aplicação no Ativo Circulante se prende ao fato do ramo de sua atividade ser de
prestação de serviços e, conseqüentemente, não haver necessidade de grandes
aplicações no Ativo Permanente, Imobilizado.

Imobilização do Passivo Não-Circulante


Este quociente demonstra o percentual de recursos com origem no Passivo Não-
Circulante (Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e
Patrimônio Líquido) que foram aplicados no Ativo Não-Circulante (Ativo Realizável a
Longo Prazo e Ativo Permanente).

IPNC = Ativo Não-Circulante / Passivo Não-Circulante

1997 - IPNC = 345.476,00 / 824.193,00 = 0,42 ou 42%


1998 - IPNC = 446.649,00 / 1.946.180,00 = 0,23 ou 23%
1999 - IPNC = 728.605,00 / 2.189.457,00 = 0,33 ou 33%

Em 31.12.97 42% dos recursos gerados pelo Passivo Não-Circulante estavam


aplicados no Ativo Não-Circulante, diminuindo para 23% em 31.12.98 e aumentado
para 33% em 31.12.99.

Capital de Giro Líquido


Capital de Giro Líquido representa os valores aplicados no Ativo Circulante
menos os recursos que têm origem de terceiros, a curto prazo.

CGL = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante

1997 - CGL = 753.589,00 (-) 274.872,00 = 478.717,00


1998 - CGL = 1.701.796,00 (-) 202.265,00 = 1.499.531,00
1999 - CGL = 1.768.137,00 (-) 307.285,00 = 1.460.852,00
18

Em 31.12.97 a empresa detinha um Capital de Giro Líquido de R$ 478,7 mil


aumentando para R$ 1.499,5 mil em 31.12.98 e para R$ 1.460,9 mil em 31.12.99.

Análise de Liquidez
A Análise de Liquidez evidencia a capacidade de pagamento da empresa, ou
seja, a capacidade de empresa de liquidar os seus compromissos financeiros.

Liquidez Corrente
Este quociente demonstra o percentual dos compromissos de curto prazo da
empresa, que poderiam ser liquidados com a utilização dos recursos aplicados no Ativo
Circulante.

LC = Ativo Circulante / Passivo Circulante

1997 - LC = 753.589,00 / 274.872,00 = 2,74


1998 - LC = 1.701.796,00 / 202.265,00 = 8,41
1999 - LC = 1.768.137,00 / 307.285,00 = 5,75

Os recursos aplicados no Ativo Circulante da UNICON em 31.12.97 seriam


suficientes para liquidar seus compromissos financeiros de curto prazo e, ainda,
sobrariam valores equivalentes a 174% desses compromissos, isso é, para cada R$
1,00 de compromisso de curto prazo a empresa possuía R$ 2,74 em seu Ativo
Circulante. Em 31.12.98 esse percentual subiu para 741% significando que, para cada
R$ 1,00 de dívida de curto prazo a empresa possuía R$ 8,41 e, em 31.12.99, o
percentual foi reduzido para 475% demonstrando que, para cada R$ 1,00 de
compromisso de curto prazo a empresa mantinha R$ 5,75 de aplicações no Ativo
Circulante.

Liquidez Seca
O quociente de Liquidez Seca evidencia, percentualmente, quanto dos
compromissos financeiros de curto prazo a empresa teria condições de liquidar, com a
utilização dos recursos aplicados em seu Ativo Circulante, porém, sem a necessidade
da utilização de seus estoques.
19

LS = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Deixamos de apurar o quociente de Liquidez Seca, pois, como se trata de uma


cooperativa de prestação de serviços, não possui estoques.

Análise de Endividamento
A Análise de Endividamento apresenta indicadores utilizados para analisar as
fontes dos recursos obtidos pela empresa. É obtido relacionando os capitais de origem
de terceiros e os capitais próprios.

Quociente de Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais


Este quociente nos apresenta o percentual de recursos de terceiros em relação
aos recursos totais obtidos pela empresa.

GE = Passivo Exigível / (Passivo Exigível + Patrimônio Líquido)

1997 - GE = 430.097,00 / 1.099.065,00 = 0,39 ou 39%


1998 - GE = 466.203,00 / 2.148.445,00 = 0,22 ou 22%
1999 - GE = 740.275,00 / 2.496.742,00 = 0,30 ou 30%

Dos recursos totais da empresa em 31.12.97 39% correspondiam a recursos de


terceiros, diminuindo para 22% em 31.12.98 e aumentando para 30% em 31.12.99.

Quociente de Participação de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios


Este quociente indica quanto, percentualmente, representa os capitais de
terceiros em relação aos capitais próprios.

GE = Passivo Exigível / Patrimônio Líquido

1997 - GE = 430.097,00 / 668.968,00 = 0,64 ou 64%


1998 - GE = 466.203,00 / 1.682.242,00 = 0,28 ou 28%
1999 - GE = 740.275,00 / 1.756.467,00 = 0,42 ou 42%
20

Em 31.12.97 os recursos de terceiros representavam o equivalente a 64% dos


recursos próprios, diminuindo para 28% em 31.12.98 e aumentando para 42% em
31.12.99. Estes percentuais apurados demonstram que a empresa não tem uma
dependência significativa de capitais de terceiros.

Quociente de Participação de Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento


Total
Este quociente nos mostra quanto representam, em percentuais, os
compromissos de curto prazo sobre os compromissos totais da empresa.

GE = Passivo Circulante / Passivo Exigível

1997 - GE = 274.872,00 / 430.097,00 = 0,64 ou 64%


1998 - GE = 202.265,00 / 466.203,00 = 0,43 ou 43%
1999 - GE = 307.285,00 / 740.275,00 = 0,42 ou 42%

Em 31.12.97 dos compromissos totais da empresa 64% representavam dívidas


de curto prazo, reduzindo este percentual para 43% em 31.12.98 e para 42% em
31.12.99, havendo, portanto, uma mudança no perfil dos compromissos quanto ao
prazo de vencimento.

Análise de Velocidade

Prazo Médio dos Estoques

PME = (Estoque Médio x 360) / Custo dos Produtos Vendidos

Pela atividade desenvolvida, a empresa não possui estoques.

Prazo Médio de Contas a Receber


Prazo médio de contas a receber representa em quantos dias a empresa recebe
seus créditos, em média.

PMCR = (Contas a Receber Média x 360) / Vendas a Prazo


21

1997 -Não foi apurado por não possuirmos o valor das contas a receber no início
do exercício de 1997, a fim de calcularmos a média.
1998 – PMCR = (333.217,00 x 360) / 7.271.191,00 = 16,5 dias
1999 – PMCR = (366.966,00 x 360) / 7.876.046,00 = 16,8 dias

No exercício de 1998 a UNICON recebia seus créditos em 16,5 dias, passando a


receber no exercício de 1999 em 16,8 dias, permanecendo, portanto, praticamente
inalterado o prazo para o recebimento dos créditos.

Prazo Médio de Fornecedores


Prazo Médio de Fornecedores representa em quantos dias a empresa efetua,
em média, o pagamento de seus fornecedores.

PMF = (Fornecedores Médio x 360) / Compras a Prazo

1997 - Não foi apurado o Prazo Médio de Fornecedores por não possuir
valor das contas no início do exercício de 1997, impossibilitando o cálculo da
média.
1998 - PMF = (154.665,50 x 360) / 5.146.896,00 = 10,8 dias
1999 - PMF = (147.225,00 x 360) / 6.188.220,00 = 8,6 dias

No exercício de 1998 a empresa pagava seus fornecedores em 10,8 dias,


reduzindo esse prazo para 8,6 dias no exercício de 1999.

ANÁLISE ECONÔMICA

Método de Quocientes ou Índices

Margem Líquida
Este índice indica quanto representa, em percentual, o Lucro Líquido depois de
deduzidos o Imposto de Renda e a Contribuição Social comparado à Receita Líquida
do período.
22

ML = Lucro Líquido / Receita Líquida

1997 - ML = 49.585,00 / 6.745.455,00 = 0,007 ou 0,7%


1998 - ML = 929.859,00 / 7.270.858,00 = 0,128 ou 12,8%
1999 - ML = 366.044,00 / 7.829.846,00 = 0,047 ou 4,7%

No exercício de 1997 a empresa apurou um Lucro Líquido, após o Imposto de


Renda e a Contribuição Social, correspondente a 0,7% da Receita Líquida do período,
aumentado esse percentual para 12,8% no exercício de 1998 e reduzindo para 4,7%
no ano de 1999.

Giro do Ativo Total


O Giro do Ativo Total representa quantas vezes o Ativo Total girou no período,
em função das Vendas Líquidas.

GT = Vendas Líquidas / Ativo Total Médio

1997 - Deixamos de calcular o Giro do Ativo Total do exercício de 1997 por


não possuir o Total do Ativo no início do período.
1998 - GT = 7.270.858,00 / 1.623.755,00 = 4,48 vezes
1999 - GT = 7.829.846,00 / 2.322.593,50 = 3,37 vezes

No exercício de 1998 a movimentação da empresa apresentou um Giro do Ativo


Total de 4,48 vezes, caindo para 3,37 vezes no ano de 1999.

Retorno sobre o Investimento


Este índice nos mostra em quantos anos, ou períodos, a empresa consegue o
retorno do seu investimento no Ativo.

RI = Margem Líquida x Giro do Ativo Total

1997 - Não é possível apurar o Retorno sobre o Investimento


1998 - RI = 12,8 x 4,48 = 57,3%
1999 - RI = 4,7 x 3,37 = 15,8%
23

Durante o exercício de 1998 a empresa apurou um Retorno sobre o Investimento


correspondente a 57,3% desse investimento, caindo para 15,8% no ano de 1999.
Assim sendo, a Unimed retornaria o seu investimento em 1,75 anos no exercício de
1998 e em 6,33 anos no exercício de 1999.

Retorno Global do Investimento


Retorno Global do Investimento representa o Lucro do Investimento (sem
considerar o resultado financeiro) apurado sobre as aplicações realizadas no Ativo.

RI = Lucro do Investimento / Ativo Total Médio

1997 - Não é possível apurar o Ativo Total Médio de 1997.


1998 - RI = 815.998,00 / 1.623.755,00 = 0,503 ou 50,3%
1999 - RI = 99.368,00 / 2.322.593,50 = 0,043 ou 4,3%

Sem considerar o resultado financeiro, a empresa apresentou um Retorno


Global do Investimento de 50,3%,no ano de 1998, diminuindo para 4,3% no exercício
de 1999. Em 1998 apresentou um retorno de seus investimentos em 1,99 anos, contra
um retorno em 23,3 anos no ano de 1999.

Retorno do Capital Próprio


Este quociente representa o retorno do capital aplicado pelos sócios na
empresa.

RP = Lucro Líquido (DIR/CS) / Patrimônio Líquido

1997 - RP = 49.585,00 / 668.968,00 = 0,074 ou 7,4%


1998 - RP = 929.859,00 / 1.682.242,00 = 0,553 ou 55,3%
1999 - RP = 366.044,00 / 1.756.467,00 = 0,208 ou 20,8%

No exercício de 1997 a empresa apresentou um Retorno do Capital Próprio de


7,4%, o que daria um retorno aos sócios em 13,5 anos; em 1998 o retorno apresentado
24

foi de 55,3%, representando um retorno em 1,8 anos e no ano de 1999 um retorno de


20,8%, proporcionando aos associados um retorno do seu capital em 4,8 anos.

Retenção do Lucro
A Retenção do Lucro representa o percentual do lucro final que a empresa não
distribui aos sócios, fortalecendo, assim, o seu Patrimônio Líquido. Em sociedades
cooperativas, as retenções são realizadas através de formação da Reserva Legal e do
FATES, Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social e, ainda, as Sobras à
Disposição da AGO que terão seu destino deliberado em assembléia.

RL = Lucro Retido / Lucro Líquido

1997 - RL = 31.940,00 / 49.585,00 = 0,644 ou 64,4%


1998 - RL = 906.490,00 / 929.859,00 = 0,975 ou 97,5%
1999 - RL = 310.459,00 / 366.044,00 = 0,848 ou 84,8%

Por se tratar de uma sociedade de pessoas e não de capital, as cooperativas


têm por filosofia distribuir o resultado durante o período, aumentando a renda de seus
associados. À sobra (lucro) líquido no final do exercício normalmente é capitalizada,
além dos fundos e reservas formados.
No exercício de 1997 foi efetuada a retenção de 64,4% do Lucro Líquido,
aumentando para 97,5% no ano de 1998 e 84,8% em 1999.

Auto Financiamento
O Auto Financiamento evidencia a política de capitalização adotada pela
empresa. Significa a relação entre o Lucro Retido e o seu Patrimônio Líquido.

AF = Lucro Retido / Patrimônio Líquido ou

AF = Retorno do Capital Próprio x Retenção do Lucro

1997 - AF = 31.940,00 / 668.968,00 = 0,048 ou 4,8%


AF = 0,074 x 0,644 = 0,048 ou 4,8%
25

1998 - AF = 906.490,00 / 1.682.242,00 = 0,539 ou 53,9%


AF = 0,553 x 0,975 = 0,539 ou 53,9%

1999 - AF = 310.459,00 / 1.756.467,00 = 0,177 ou 17,7%


AF = 0,208 x 0,848 = 0,177 ou 17,7%

O Lucro Retido pela empresa em 31 de dezembro de 1997 representava 4,8%


do seu Patrimônio Líquido, aumentando para 53,9% em 31 de dezembro de 1998 e
diminuindo para 17,7% em 31 de dezembro de 1999.

Custo do Capital de Terceiros


Este índice representa a taxa de juros para remunerar o capital de terceiros,
paga durante o período.

RT = Despesas Financeiras / Passivo Exigível

1997 - RT = 42.869,00 / 430.097,00 = 0,099 ou 9,9%


1998 - RT = 57.208,00 / 466.203,00 = 0,123 ou 12,3%
1999 - RT = 47.975,00 / 740.275,00 = 0,065 ou 6,5%

No exercício de 1997 as Despesas Financeiras representavam 9,9% do Passivo


Exigível em 31.12.97, passando a representar 12,3% dos compromissos em 31.12.98 e
a 6,5% dos capitais de terceiros em 31.12.99.

Análise da Rentabilidade em Função da Distribuição dos Ativos no Patrimônio da


Empresa

Rentabilidade Operacional
A Rentabilidade Operacional é o resultado do Lucro Operacional em relação aos
investimentos no Ativo Operacional. A empresa não possui ativos não-operacionais, em
virtude dos Investimentos se referirem à participações em Confederação de
Cooperativas, necessários ao funcionamento das cooperativas singulares.

ROP = Lucro Operacional / Ativo Operacional


26

1997 - ROP = 33.727,00 / 1.099.065,00 = 0,031 ou 3,1%


1998 - ROP = 819.086,00 / 2.148.445,00 = 0,381 ou 38,1%
1999 - ROP = -214.214,00 / 2.496.742,00 = -0,086 ou -8,6%

No exercício de 1997 a UNICON apurou uma rentabilidade operacional, isto é,


resultado obtido somente com as transações objeto da finalidade da empresa, de 3,1%
sobre os recursos aplicados no seu Ativo Operacional, aumentando essa rentabilidade
para 38,1% no ano de 1998 e, no exercício de 1999, obteve um prejuízo operacional
correspondente a 8,6% em relação ao Ativo Operacional, compensando este prejuízo
com outros resultados obtidos fora dos seus objetivos.

Qualidade do Lucro Bruto


Este índice representa a relação entre o Lucro Operacional e o Lucro do
Investimento, onde não são considerados somente os resultados financeiros.

QL = Lucro Operacional / Lucro do Investimento

1997 - QL = 33.727,00 / 33.212,00 = 1,02


1998 - QL = 819.086,00 / 815.998,00 = 1,004
1999 - Não é possível apurar este índice devido ao prejuízo operacional
apurado em 1999.

Pelos índices acima apurados, verificamos que tanto no exercício de 1998 como
no exercício de 1999 a empresa obteve prejuízo não-operacional, uma vez que o Lucro
Operacional é superior ao Lucro do Investimento, onde também é considerado o
resultado não-operacional.

Análise do Retorno Operacional

Rotação ou Giro Operacional


Este índice representa quantas vezes, dentro do período, girou o Ativo
Operacional em relação às Receitas Operacionais.
27

GOP = Receitas Operacionais / Ativo Operacional

1997 - GOP = 6.747.499,00 / 1.099.065,00 = 6,139 vezes


1998 - GOP = 7.271.191,00 / 2.148.445,00 = 3,384 vezes
1999 - GOP = 7.876.046,00 / 2.496.742,00 = 3,155 vezes

A empresa girou seu Ativo Operacional 6,139 vezes no exercício de 1997,


reduzindo para 3,384 vezes em 1998 e para 3,155 vezes no ano de 1999,
principalmente em função do aumento dos investimentos.

Margem de Lucro Operacional


Este quociente nos mostra o retorno sobre a receita operacional, isto é, não
considera as receitas eventuais da empresa, bem como o lucro não operacional;
considera apenas o lucro e a receita operacionais.

MOP = Lucro Operacional / Receia Operacional

1997 - MOP = 33.727,00 / 6.747.499,00 = 0,005 ou 0,5%


1998 - MOP = 819.086,00 / 7.271.191,00 = 0,113 ou 11,3%
1998 - MOP = -214.214,00 / 7.876.046,00 = -0,027 ou -2,7%

No exercício de 1997 a empresa realizou um lucro operacional de 0,5% (sobre a


sua receita operacional) aumentando esse lucro para 11,3% no ano de 1998, apurando
um prejuízo operacional de 2,7% em 1999.

Retorno Operacional
O Retorno Operacional é o resultado do Lucro Operacional em relação aos
investimentos no Ativo Operacional. A empresa não possui ativos não-operacionais, em
virtude dos Investimentos se referirem a participações em Confederação de
Cooperativas, necessários ao funcionamento das cooperativas singulares.

ROP = GOP X MOP

1997 - 6,139 x 0,005 = 0,031 ou 3,1%


28

1998 - 3,384 x 0,113 = 0,381 ou 38,1%


1999 - 3,155 x -0,027 = -0,086 ou -8,6%

No ano de 1997 a empresa conseguiu um retorno sobre os investimentos


realizados no ativo operacional de 3,1%, aumentado esse retorno para 38,1% no
exercício de 1998 e um prejuízo de 8,6% em 1999.

CONCLUSÃO

a) Por se tratar de uma cooperativa de prestação serviços contábeis consideramos


adequada a aplicação de seus recursos, principalmente por não necessitar de
grandes investimentos no Ativo Permanente, uma vez que os serviços são
prestados por seus associados e por empresas conveniadas.

Os recursos têm sua origem em grande parte no capital dos sócios, pouco
dependendo de recursos de terceiros, sendo relativamente baixo o grau de
endividamento e boa a garantia aos capitais de terceiros.

Consideramos, ainda, adequada a política de retenção das sobras, pela


capitalização por parte da empresa.

b) Os recursos aplicados, no período analisado, tiveram sua origem principalmente


no Patrimônio Líquido da empresa. Esses recursos foram aplicados quase que
totalmente no Ativo Circulante, refletindo num aumento considerável do Capital
de Giro Líquido.

c) Os recursos aplicados no Ativo Circulante superam em muito as aplicações no


Ativo Não-Circulante e, dos recursos com origem no Passivo Não-Circulante,
grande parte está aplicada no Ativo Circulante, aumentando o Capital de Giro
Líquido e melhorando os índices de liquidez.
29

d) A empresa obteve um significativo aumento em sua rentabilidade no exercício


de 1998, caindo no ano de 1999, embora permaneça favorável. Como se trata
de uma sociedade cooperativa, consideramos muito bom o seu desempenho no
período.

e) Os índices de liquidez são favoráveis, mantendo baixo grau de endividamento e


boa garantia aos capitais de terceiros.

f) Apesar do giro de Contas a Receber ser mais lento que o giro de Fornecedores,
a empresa não encontra dificuldades para saldar seus compromissos, em
virtude de manter uma razoável aplicação de recursos em disponibilidades.

g) O Retorno sobre os Investimentos nos exercícios de 1998 e 1999 podem ser


considerados adequados, bem como o Retorno Global do Investimento,
principalmente pela política de retenção e capitalização das sobras líquidas.
Nesses exercícios, o retorno do capital próprio apresentou-se altamente
favorável, apesar das sociedades cooperativas não terem como finalidade o
retorno dos investimentos dos sócios.

h) A Rentabilidade Operacional apresentou-se negativa no exercício de 1999.


Entretanto, o resultado não-operacional e o resultado financeiro compensaram
esse prejuízo operacional.

i) Finalizando, consideramos boa a situação econômica da UNICON Apucarana


Cooperativa de Trabalho Contábil, proporcionando uma expressiva evolução do
seu Patrimônio Líquido. A empresa vem obtendo bons índices de lucratividade,
oferecendo excelente capacidade de pagamento, principalmente com a
utilização de uma política de retenção e capitalização das sobras.
30

Bibliografia:

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. São Paulo: Atlas, 2000.

SAVYTZKY, Taras. Análise de Balanços. Curitiba: Sigma, 1987.

DE IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. São Paulo: Atlas, 1984.

MATOS, Afonso José de. Retorno do Investimento. São Paulo: São Camilo, 1979.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. São Paulo: Atlas,


1998.

PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.

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