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Economia A
Unidade 1 – A actividade Económica e a Ciência Económica

1.1) Realidade Social e Ciencias Sociais

Os seres humanos transformam a natureza socialmente e, humanizando-a,


transformam-se a si proprios, mas nao produzem, é claro, o mundo natural, que está
constituido enquanto mundo-objecto, independentemente da sua existência.

Deste modo, deparamo-nos com duas realidades – natural e social – interdependentes


entre si.

1.2) Fenómenos Sociais e fenómenos económicos

O objecto real das ciências sociais é o estudo da realidade social, ou seja, de um


conjunto de fenómenos – os fenómenos sociais – que se produzem e reproduzem no
interior da sociadade. – Exemplo: Moda

Deste modo a Economia, como uma ciência Social, tem por objecto de estudo os
fenómenos sociais e, em especial, os fenomenos economicos.

A distinçao entre as diferentes Ciencias Sociais provem do facto destas encararem,


abordarem e analisarem essa mesma realidade social de uma forma diferente.

1.3) A Economia como ciência – objecto de estudo

A economia, como ciencia social, tem como objecto real a análise da realidade social.
A economia interessa-se pelo estudo da aplicação eficiente de recursos (escassos)
para satisfazer necessidades virtualmente ilimitadas.
Assim a economia tem por objecto, não so a análise das condições necessárias para a
universalização do bem-estar material, mas também a pesquisa das causas da
expansão e das crises, bem como dos problemas decorrentes da escassez de recursos
face ao caracter ilimitado das necessidades.

O problema economico resulta do facto dos recursos produtivos utilizaveis serem


escassos. Quanto mais nao seja é limitado o tempo de que dispomos para os utilizar.
Quer isto dizer que é necessario adequar os recursos escassos a essas multiplas
necessidades.

O facto de ser necessário escolher entre diferentes alternativas significa que para
satisfazer uma necessidade se tem de sacrificar uma outra necessidade, ou seja, a
escolha implica sempre um custo. – custo de opurtonidade – corresponde ao beneficio
da melhor alternativa sacrificada à decisão que se toma.
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1.4 A Actividade económica e os agentes económicos

A análise da actividade económica pressupõe a definição dos seus diferentes actores


sociais e a identificação das suas relações, isto é, o estudo dos agentes económicos e
dos seus comportamentos. Assim, chamamos agentes económicos a todas as
entidades que intervêm na actividade económica.

Conjuntos de pessoas que vivem na mesma habitação e cuja


Familias
função principal é o consumo e no caso das empresas
individuais, também a produção.
Empresas Unidades de produção cuja função principal consiste na
produção de bens e serviços.
Agregado (Administrações Publicas Centrais e Locais e
Estado Segurança Social) cujas funções principais são a produção de
bens e de serviços não comercializaveis e a redistribuição de
rendimentos
Resto do Mundo Conjunto de Agentes económicos do exterior que realizam trocas
com os agentes económicos nacionais

Actividades Económicas

Actividade económica, socialmente organizada que consiste na


Produção
criação de bens e serviços aptos a satisfazer as necessidades.

Actividade económica que consiste em pôr à disposição dos clientes


Distribuição
os bens produzidos.

Conjunto de operações que contribuem para a distribuição do


Repartição de
rendimento nacional entre os diferentes agentes económicos
Rendimentos
Conjunto de operações que têm a ver com a forma como os agentes
económicos utilizam o seu fluxo de recursos
Utilização dos Consumo Poupança
Rendimentos Operação económica de Fracção do rendimento de um
utilização de um bem ou de um agente económico que não é
serviço que conduz à satisfação destinada ao consumo
de necessidades.

Unidade 2 – Necessidades e Consumo


2.1) Necessidades – noção e classificação

Necessidade – Estado de carência ou de mal-estar que se sente pela falta de qualquer


coisa ou pela não realização de qualquer acto, por exemplo, a necessidade de comer
ou de ir ao cinema.

As necessidades renovam-se e diversificam-se constantemente, podendo ser


consideradas ilimitadas. Apresentam ainda outras caracteristicas, tais como:
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Multiplicidade – Pois, os individuos desejam cada vez mais coisas, para além
daquelas que são indispensáveis à sua sobrevivência;
Saciabilidade – ou seja, a intensidade de uma necessidade diminui à medida que é
satisfeita;
Interdependência – isto é, as necessidades ou são substituiveis umas pelas outras, ou
são complementares, como é o caso do automóvel e da gasolina.

A sua classificação pode ser feita, nomeadamente, de acordo com os seguintes


criterios:
- natureza das necessidades
- modo de satisfação das necessidades

Critério da natureza das necessidades: primárias, secundárias e terciárias

Primárias – são aquelas cuja satisfação é indispensável para assegurar a


sobrevivência do individuo (alimentação, vestuario, etc)
Secundárias – dizem respeito a tudo aquilo que é necessário, mas não é
indispensável à sobrevivência do ser humano (leitura, divertimentos, etc.)
Terciárias – compreendem o supérfluo (jóias, perfumes, etc.)

Estas variam de país para país, consoante grupos sociais e modos de vida.
Igualmente variam no tempo. O que actualmente é primário, outrora era supérfluo.

Critério do modo de satisfação das necessidades: individuais e colectivas

Individuais – São aquelas cuja satisfação é pessoal. No entanto, a sua não satisfação
não impede que os outros membros da colectividade satisfaçam essa mesma
necessidade – (fome)

Colectivas – São aquelas que resultam da vida em sociedade e dizem respeito a todos
os seus membros. Estas necessidades são satisfeitas por bens necessários a toda a
colectividade ( segurança, justiça )

2.2) Consumo – noção e tipos de consumo

O consumo consiste na utilização de um bem ou de um serviço para a satisfação de


uma necessidade e que leva, a maior ou menor prazo, à sua destruição.

Tipos de Consumo

Consumo Privado – Consumo efectuado pelas familias, que utilizam o seu rendimento
que obtêm na actividade produtiva, na compra de bens e serviços que precisam para
satisfazer as suas necessidades (alimentação, vestuário, habitação, divertimentos,etc.)

Consumo Público – Consumo efectuado pelo Estado, cujos valores são inferiores ao
privado e caracterizam-se necessários à sua actividade
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Consumo Intermédio – quando os bens e serviços são utilizados para produzir outros
bens e serviços, desaparecendo no processo produtivo, ocorrendo:
- quer pela incorporaçao desses bens nos produtos acabados ( farinha no fabrico de
pão)
- quer pela destruição desses bens no processo de produção ( electricidade no fabrico
de pão)

Consumo Final – quando um bem ou serviço permite a satisfação directa e imediata


das necessidades. ( usar umas calças, beber um refrigerante, assistir um espectaculo)

Consumo individual – cnsumo que satisfaz as necessidades sentidas individualmente

Consumo Colectivo – Consumo de casos em que não se pode individualizar o


consumidor, identificá-lo e obrigá-lo a pagar ( educação, justiça )

Consumo e actividade económica

O consumo é fundamental para o desenvolvimento da actividade económica de


qualquer sociedade. A produção só pode ser sustentada se for escoada, ou seja, se for
vendida e consumida.

Assim a renovação da actividade produtiva depende do dinamismo do consumo. O


consumidor é de facto o motor de qualquer economia.

2.3) Padrões de consumo – diferenças e factores explicativos

Consumir significa fazer opções de consumo. As diferentes opções de consumo que se


fazem numa determinada sociedade e numa determinada época constituem padrões
de consumo.

Os padrões de consumo determinam as estruturas do consumo, ou seja, a repartição


percentual dos gastos de consumo por diversos grupos de bens e serviços –
coeficiente orçamental.

C.orçamental = Valor da despesa de um grupo de bens x 100


Despesas totais de Consumo

O consumo torna-se um indicador do nível de vida das familias e do bem estar da


população.

Factores explicativos dos padrões de consumo

O consumo é um acto económico e um acto social, daí que os padrões de consumo


sejam determinados por factores de varia ordem,
-quer de natureza económica
-quer de natureza extra-económica.
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Factores económicos
- rendimento
- preços
- inovação tecnologica

Rendimento

Lei de Engel – O coeficiente orçamental das despesas alimentares, isto é, o peso das
despesas de alimentação nas despesas totais de consumo, decresce quando o
rendimento se eleva.

Preços

A quantidade de um bem que o consumidor está disposto a comprar, e que tem


possibilidade de pagar, depende essencialmente do preço desse bem.
Assim se o preço de um bem aumenta, o seu consumo diminui e vice-versa.

Contudo o consumo de um bem depende tambem do preço de outros bens.

Um bem pode ser substituivel por outro para satisfazer a mesma necessidade
(manteiga – margarina)

Por outro lado, alguns bens so satisfazem a necessidade a que se destinam desde que
utilizados em conjunto com outros bens, por exemplo, a gasolina e o automovel.

Inovação Tecnológica

A I.Tecnologica tem dado origem ao aparecimento de novos bens e serviços, os quais


passam rapidamente a fazer parte dos habitos dos consumidores.

No entanto, os novos consumos traduzem-se no desaparecimento do consumo de


certos bens e serviços ( Tv preto e branco e Tv a cores )

Factores extra-económicos
- estrutura etaria dos agregados familiares
- modos de vida
- moda
- publicidade

Estrutura etária dos agregados familiares

Os individuos que habitam sós, têm habitos de consumo que reflectem uma vida
voltada para o exterior, isto é, comem varias vezes em restaurantes e destinam boa
parte do seu rendimento em despesas de cultura e lazer.

O orçamento dos jovens casais pode ser para carro, casa, filho.

Nas familias onde a idade é mais avançada, as despesas são geralmente para a
saúde.
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Modos de vida

A religião e a sociedade em que vivemos explica o que consumimos. Os muçulmanos


não comem carne de porco e os japoneses preferem peixe cru.

Moda

Alguns dos produtos consumidos renovam-se periodicamente. Essa renovação é


influenciada, muitas vezes, pelos valores dominantes num determinado momento, ou
seja, pela moda.

Através da moda, as empresas suscitam novas necessidades nas categorias sociais


superiores, pois apenas estas têm capacidade de adquirir esses bens que inicialmente
são muito caros. Só mais tarde se tornam mais baratos, quando se generalizam para
toda a população e começam as imitações.

Publicidade

A publicidade consiste em por em pratica diversos processos que têm por objectivo
fazer com que os consumidores conheçam e desejem determinado produto.

A publicidade utiliza técnicas que condicionam psicologicamente o consumidor,


levando-o à aquisição do produto.

2.4) Evolução da estrutura do consumo em Portugal e na UE

Em portugal, ao longo das três decadas, o consumo privado e o consumo publico


cresceram a um ritmo superior ao da média comunitária.

Relativamente à estrutura do consumo, a sua evolução em Portugal tem acompanhado


a dos restantes países da UE. Contudo, em 1996, Portugal continuava a ser o país da
UE em que as despesas em consumo de produtos alimentares tinha maior peso.

Quer isto dizer que a melhoria do nivel de vida da população portuguesa a partir da
década de 80 se reflectiu nas estruturas de consumo, apesar dos padroes de consumo
ainda estarem um pouco longe dos da media europeia.

2.5) A sociedade de Consumo

A sociedade de consumo tem a sua origem na expansão industrial e caracteriza-se


pela abundância e pela variedade de bens e serviços postos à disposição dos
consumidores.

As facilidades de credito e publicidade induzem o consumidor à aquisiçao de um


numero cada vez maior de produtos. Assistimos a um consumo de massas
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Podemos dizer que na sociedade, a produção condiciona o consumo. As empresas


manipulam o consumidor: os produtos não são fabricados para responder a uma
necessidade, mas sim para vender a produção, nomeadamente atraves da publicidade.

Todo o consumo sem criterio e por vezes ate perigoso ( produtos desnecessários ou
nocivos) é designado de consumismo – conjunto de comportamentos e de atitudes a
nivel do consumidor, da empresa, da estrategia empresarial ou da logica de
funcionamento de actividades economicas susceptiveis de conduzir a formas de
consumo indiscriminado e inseguro.

Este consumo indiscriminado acarreta consequencias, das quais:

Endividamento das familias

As familias endividam-se para comprarem, a credito, habitação e bens duradouros


Muitas vezes as familias individam-se em excesso, sendo incapazes de fazer face aos
juros e amortizações dos emprestimos que contraíram.

A degradação do ambiente

Crescimento do consumo produz efeitos negativos no ambiente.


O consumo incontrolavel de energias não renovaveis leva ao seu esgotamento.

2.6) Consumerismo e responsabilidade social dos consumidores

A maioria da população é afectada pelos mecanismos da sociedade de consumismo.


Assim, a educação e a informação dos consumidores são fundamentais, para que
estes possam fazer escolhas racionais e , ao mesmo tempo, tomem consciencia da sua
importancia enquanto agrupamento social.

Os consumidores começaram, pois, a organizar-se formando associações que


desenvolveram meios de acção e de informação, com o objectivo de fazer reconhecer
os seus direitos e melhorar a qualidade de vida. Este fenómeno designa-se por
consumerismo. O consumerismo procura tambem tornar os consumidores menos
dependentes do consumo e mais racionais nas suas escolhas.

Deveres do Consumidor

Consciencia critica – Dever de estar alerta e pôr em questão o preço e a qualidade


dos artigos

Acção (Agir) – Dever de nos defendermos a nós proprios, assegurando que fazemos
um negócio justo quando compramos. Ao permanecermos passivos, continuamos a ser
explorados.

Preocupação social – Dever de estar consciente das repercussões do nosso consumo


sobre os outros cidadãos, especialmente os grupos mais desfavorecidos ou fracos.
(Tabaco - fumo)
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Consciencia do meio ambiente – Dever de compreender as consequencias do nosso


consumo. Devemos reconhecer a nossa responsabilidade individual e social de
conservação dos recursos naturais e de protecção às gerações futuras.

Solidariedade – Dever de nos organizarmos em conjunto como consumidores, para


desenvolvermos a nossa força e influência na protecção dos nossos interesses.

2.7) A defesa dos consumidores em portugal e na UE

Existe uma lei de defesa do Consumidor que considera 3 artigos:

Art. 1 – Dever Geral de protecção ao consumidor


Art. 2 – Definição de Consumidor
Art. 3 – Direitos do consumidor, dos quais:
- qualidade dos bens e serviços
- informaçao para o consumo
- Formação e educação para o consumo
- protecção juridica e justiça acessivel e pronta

Art. 21 – Instituto do Consumidor

Unidade 3 – A Produção de Bens e Serviços


3.1) Bens e serviços

Um bem é tudo aquilo que é utilizado para satisfazer as necessidades do homem.

Bens Livres – Bens que existem em quantidades ilimitadas e são não-económicos

Bens Económicos – Bens que satisfazem necessidades económicas e são escassos

Natureza Fisica dos bens


- Bens materiais – são objectos fisicos e assumem forma material
- Bens imateriais ( serviços ) – Bens que se limitam a ser actos (transportes)

Utilização dos bens


- Bens de consumo – Quando os bens satisfazem de imediato as necessidades dos
consumidores ( vestuario, alimentação)
- Bens de produção – Quandos os bens permitem a produção de outros bens
(electricidade, maquinaria )

Duração dos bens


- bens duradouros – Quando o uso dos bens se prolonga por um periodo de tempo
consideravel (carros, electrodomesticos)
- bens não duradouros – Quando o uso dos bens implica à sua destruição imediata
(comida, bebida)
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Relação entre os bens


- bens substituiveis ou sucedaneos – bens que satisfazem a mesma necessidade
- bens complementares – bens que apenas satisfazem uma necessidade juntamente
com outros ( CD e leitor)

3.2) Produção e processo produtivo

Para a obtenção dos bens económicos é necessário que o homem desenvolva uma
actividade: a actividade produtiva ou produção

A produção pode ser definida como sendo a actividade do Homem que tem por fim a
obtenção de bens e serviços que se destinam à satisfação das suas necessidades.

Sectores da actividade económica

- Primário – agrupa as actividades de agricultura, pesca, silvicultura e pecuária.


- Secundário – compreende todas as industrias transformadoras e as extractivas. As
transformadoras englobam quer as industrias leves, quer as pesadas.
- Terciario – agrupa o conjunto dos serviços, como por exemplo, os bancos, o comércio
e a administração publica. – Tem vindo a aumentar o seu peso.

3.3) Factores de Produção

- Recursos Naturais – Diversas formas de riqueza natural afectas à produção – terra,


oceanos, águas dos rios, ou subterrâneas, etc.
- Trabalho – esforço humano, fisico e intelectua, desenvolvido na produção
- Capital – Diversas formas de riqueza empregues na obtenção de novas riqueza –
bens de equipamento, edificios, matérias primas.

3.3.1) Recursos Naturais

Uma classificação importante dos recursos naturais é a que distingue os recursos


renováveis dos não renováveis.
Actualmente, devido aos aumentos que se têm vindo a verificar na produção, com o
consequente aumento de consumo de recursos naturais, na sua maior parte não
renovaveis, são visiveis os efeitos na natureza

Torna-se necessário equacionar o problema da escassez de recursos.

3.3.2) Trabalho

Podemos definir trabalho como toda a actividade humana que leva à produção de bens
e serviços e pela qual se aufere uma remuneração, quer se trate de trabalho a tempo
inteiro ou a tempo parcial.
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O trabalho compreende a aplicação das faculdades fisicas e intelectuais dos


trabalhadores na actividade ecnómica, para produzir bens e serviços e aumentar a
riqueza

População activa – População em idade de trabalhar e que deseja trabalhar com


mais de 16 anos.
- empregados
- desempregados
- individuos que cumprem serviço militar obrigatorio

População inactiva –
- crianças
- reformados e pensionistas
- individuos que trabalham mas não recebem – donas de casa, voluntariado

A pop activa pode variar por factores de ordem:


- grafica – crescimento demografico / saldo migratorio
- sociologica – modificação dos comportamentos de actividade, por idade e por sexo
(prolongamento da esc obrigatoria / antecipaçao da idd da reforma / fem. no trabalho)

Existem dificuldades na quantificação da pop activa, devido ao trabalho domestico e


clandestino. A pop activa depende basicamente da estrutura etaria da população

Assiste-se a uma mao de obra imigrante e diminuição da pop activa com menos de 25
e mais de 60 anos.

Desemprego
Situação que se produz quando uma pessoa quer trabalhar e não pode, por falta de
postos de trabalho.

Tx de desemprego = Pop desempregada x 100


Pop activa

Desemprego tecnológico – Normalmente, são os trabalhadores mais idosos os mais


atingidos com esta situação, pois o seu emprego estável desaparece e a sua
qualificação profissional desactualiza-se e desvaloriza-se, tornando-se necessária a
sua reconversão e actualização profissional.

Desemprego repetitivo – É caracteristico da população jovem com baixo nivel de


qualificação profissional, constituindo um a categoria de trabalhadores cujo emprego é
precário. Daí que se torna repetitivo a situação de desemprego e a mudança de
emprego.

Desemprego de longa duração – É consequencia do desiquilibrio do mercado de


trabalho favorável aos empregadores que são mais selectvios. A ev. Tecnologica
favorece os mais novos e desfavorece os mais velhos

Desemprego de exclusão – Surge nos anos 80, quando as exigencias do mercado de


trabalho são cada vez maiores e os trabalhadores mais idosos e os que têm baixa
qualificação são excluídos. Esta situação leva ao aumento da pobreza
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Evolução tecnológica

O novo contexto de inovação e de mudança passou a exigir um nível de


conhecimentos cada vez maior e um esforço de adaptação constante, por parte dos
trabalhadores, tendo em vista a eficiência do trabalho.

Assim, o processo de industrialização e introdução de maquinas permitiu aumentar


eficiencia do trabalho, porque:
- aumentou a produção e esta diversificou-se
- diminuiram os custos de produção do factor trabalho
- aprofundou-se a divisão do trabalho em consequencia do aparecimento de novas
tarefas, associadas à maquinização da industria.

Informatização e automação

As recentes inovações tecnologicas – informatização e a automação – têm provocado


grandes alterações ao nível das condições de trabalho e da sua própria organização.
Isto porque o processo de produção passou a dispensar a intervenção directa do
trabalhador.

O uso de computadores permitiu vantagens, tais como:


- maior rapidez de execução
- melhor qualidade do produto
- redução dos custos de produção

A automação implica a aplicação de dispositivos automaticos na produção industrial,


que podem assumir varias formas, com o uso de robôs e produção com computadores.

Formação profissional

O sucesso das novas tecnologias exige a inovação dos processos de trabalho e a


reconversão profissional.
No entanto, esta reconversão apenas poderá ser possivel mediante uma
educação/formação adequada, que se ajuste às qualificações exigidas pelas empresas.

Para além da formação para a profissão, a formação/educação deverá, tambem


promover as capacidades individuais (mobilidade, criatividade) tendo em vista a
necessidade de formação dos trabalhadores para o acompanhamento das novas
tecnologias.

Terciarização

As actividades terciarias são todas aquelas das quais não resulta a produção de um
bem material. Na prática constituem um conjunto muito variado – serviços.

Assim o fenómeno da terciarização é devido, não so ao progresso tecnologico, como


tambem às modificações da estrutura de consumo das familias, ao aumento do nivel de
vida e aos modos de vida.
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3.3.3) Capital

O capital abrange o conjunto de bens que são utilizados na actividade produtiva, isto é,
aqueles que se destinam à obtenção de outros bens e serviços.

Assim, quando o patrimonio não é utilizado na actividade produtiva, constitui apenas


riqueza.

Capital quanto à sua constituição


- Capital financeiro – constituido pela moeda e pelo conjunto de valores mobiliarios
(acções, obrigações e titulos de tesouro)
- Capital técnico – Conjunto de bens de produção que permite a obtenção de outros
bens (edificios, maquinas)

Capital quanto à sua utilização


- Capital circulante – bens que são inteiramente utilizados, destruidos ou transformados
no acto do processo produtivo (energia-electrica, materias primas)
- Capital fixo – bens duradouros adquiridos para serem utilizados no decorrer dos
vários processos de produção (maquinas, viaturas)

Novos conceitos de capital


- Capital humano – conjunto de conhecimentos e capacidades existentes na população,
adquiridos pela frequencia de ensino ou experiencia e formção profissional.
Compreende tambem os gastos na melhoria da capacidade produtiva dos
trabalhadores.
- Capital natural – Conceito associado à necessidade de preservação dos recursos
naturais face às necessidades crescentes da actividade económica.

3.4) Combinação dos factores produtivos

A produção depende da combinação dos factores produtivos utilizados para obter


determinado volume de produção e da tecnologia utilizada.

É necessária a combinação dos factores produtivos para que não se verifique


desperdicios.

Não é possivel substituir todos os factores de produção no mesmo periodo de tempo.


Existem factores que dificilmente se podem substituir a curto prazo – capital fixo.
Contrariamente, o trabalho é considerado um factor variavel pois, pode-se modificar a
quantidade de trabalhadores a curto prazo.

A complementaridade dos factores de produção verifica-se quando estes só podem ser


combinados em proporções fixas; por exemplo para aumentar o volume de produção
podera ser necessário ter mais trabalhadores e mais materias primas e subsidiarias
(proporcionalmente)
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3.4.1) Produtividade

A produção depende da combinação eficiente do factor trabalho e do factor capital. A


eficácia e a eficiência da produção são, normalmente medidas atraves da
produtividade, sendo esta relação entre o produto obtido e os recursos utilizados para o
obter. A produtividade mede-se em unidades fisicas ou monetarias.

2 formas para calcular a prod do trabalho:

Prod fisica ou tecnologica = Quantidade produzida


Quantidade de trabalho

Prod económica ou bruta = Valor da produção


Quantidade de trabalho

Quanto maior for o volume de produçao relativamente ao volume de trabalho


empregue, maior sera a produtividade do trabalho.

Prod do cap. Fixo = Volume de produção (valor)


Volume de cap fixo utilizado (valor)

Assim, quanto maior for o volume de produção relativamente ao cap fixo utilizado,
maior será a produtividade do capital.
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Para calcular a produtivdade dos consumos intermedios recorre-se a formula anterior,
substituindo o capital pelos factores intermedios.

Prod total - Relação entre o valor da produção total e o valor dos factores de
produção que contribuiram para essa produção

Prod marginal – X – representa o aumento da qtdade produzida, prococado pelo uso


de mais uma unidade desse factor de produção, mantendo os outros constantes.
- /_\ Y – o acrescimo da qtdade produzida
- /_\ X – o acrescimo do factor de produção X

Prod marginal do factor de produção X = /\ Y


/\ X

3.4.2) Combinação dos factores produtivos a curto prazo

Baseia-se em hipoteses simplificadores da realidade, tais como:


- o empresario nao tem poder nenhum na fixação dos preços de mercado
- o empresario actua de forma racional de forma a atingir o lucro maximo
- a curto prazo a tecnologia é invariavel

Neste ultimo caso, apenas se pode fazer variar o factor trabalho


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Lei dos rendimentos decrescentes


Quando se aumenta em quantidade um factor de produção, ficando o outro constante,
a partir de um certo limite a produtividade marginal deste factor torna-se decrescente.

3.4.3) Combinação dos factores produtivos a longo prazo

Nesta combinação, pode-se fazer variar ambos os factores, podemos escolher entre
tecnicas de capital intensivo (high tech) ou tecnicas de trabalho intensivo.

Custos de produção
Variam com os custos dos factores produtivos. Os custos unitarios ou custos por
unidade de produçao variam em funçao:
- das quantidades produzidas
- do processo de produçao
- da dimensão da empresa

Custos totais = Custos fixos + Custos variaveis

Custos unitarios:

Custos medios = Custos totais / Y (quantidade produzida)

Custo var. Medio = Cv / Y


Cusro fixo Medio = Cf / Y

Custo mg = /\ CT / /\ Y

3.4.3.1) Economias de escala

As economias de escala constituem um exemplo de combinação dos factores


produtivos a longo prazo.

Estamos perante uma economia de escala quando utilizamos duas vezes o factor
trabalho, quer o factor capital e se a quantidade produzida aumentar duas vezes, ou
seja, perante uma redução de custos médios

A dimensão da empresa é um dos factores de que dependem os custos de produçao


unitarios. Nas economias de escala verifica-se a diminuição dos custos de produção
unitarios, devido a um aumento da dimensao da empresa.

De uma maneira geral verifica-se que nas empresas de pequena dimensao se registam
custos unitarios mais elevados – deseconomias de escala – devido as dificuldades
sentidas.

Contrariamente se verificarmos um excessivo aumento de empresa para alem do limite


de convenienciam, verificamos que os seus custos medios aumentam.
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Unidade 4 – Comércio
4.1) Comércio

Distribuição – conjunto de operaçoes que permitem encaminhar o produto da fase final


de fabricação para a fase do consumo.

Deste modo, as operações comerciais e logisticas de transporte, fornecimento,


armazenagem, acondicionamento, pub etc acrecentam valor aos produtos, uma vez
que permitem melhores condições para satisfaçao de necessidades

Comercio – Tem por finalidade a compra do que se necessita e a venda do excedente.


O desenvolvimento dos transportes, torna + eficiente a ligaçao produto – consumidor.

O comercio esta integrado no 3º sector economico.

Circuitos de distribuição

Os circuitos de distribuição revelam o percurso percorrido pelos produtos desde o


produtor até ao consumidor, assumindo as seguintes formas:
- ultracurtos
- curtos
- longos

Ultra curtos – Este circuito introduz um numero reduzido de agentes economicos –


produtor e consumidor – nao existindo intermediarios. (vendas ao domicilio, continente)

Curto – Quando surge apenas um intermediario. Neste caso, a o produtor assume a


função grossista, ou seja, dispensa o intermediario que vende em grandes
quantidades. Mas, o produtor vende a sua produção a um outro intermediario – um
retalhista – que por sua vez vende ao consumirdor.

Longo – Quando no circuito de distribuição intervêm, para alem do produtor e do


consumidor, mais dois intermediarios – grossista e retalhista.

Tipos de comercio

Comercio a retalho (com pontos de venda): Exerce a sua actividade em pontos de


venda: comercio independente, associado e integrado.

- independente – caracteriza-se pela sua natureza artesanal ou familiar e pela sua


diversidade, sendo gerido por um unico proprietaro. Possui capital pequeno e pratica
preços elevados.
- associado – constituido por empresas que se agrupam de diversas formas para
racionalizar operalões em associação (compras comuns) de modo a conseguirem
economias de escala e preços mais baixos – (ex. Cooperativas)

- integrado – Engloba todas as empresas comerciais que exploram grupos comerciais


ou cadeias de pontos de venda, identificados pela mesma firma, onde aplicam politicas
de gestao comum. (empresas el corte ingles)
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Filial/Sucursal – empresa que e controlada administrativa e financeiramente por outra


que detem a maioria do seu capital.

Franchising – Caracteriza-se pela adopção de formas contratuais de relações mais


flexiveis e menos dispendiosas que permitem, às firmas, valorizar o seu saber-fazer
especifico a nivel mundial, concentrando o seu esforço na normalização e
standartização dos seus produtos personalizados, assim como no controle de
qualidade, associado à sua imagem de marca. (Mac´s / Zara etc)

Lojas generalistas – Têm grande sortido de produtos alimentares e de outros produtos


(El Corte Ingles)
Lojas especialistas – Concentram as suas vendas numa só categoria ou familias de
produtos (Toy´s-r-us)

Pontos de venda englobam varios conceitos comerciais:


- supermercado
- hipermercado
- cash & carry
- Centro Comercial

Métodos de distribuição
Existem diversas modalidades de venda

Venda directa: Exige um contacto pessoal com os consumidores nas suas próprias
casas ou locais de trabalho (porta a porta) – vantagens: comodidade da compra, custos
reduzidos, margens de lucro elevadas (Tupperware)
Venda automatica: Efectua-se através de máquinas automáticas, que comercializam a
preços baixos, produtos do tipo: bebidas, snacks, tabaco. São colocados em locais
públicos.
Venda á distância: Uso de diversos meios de comunicação para apresentar produtos
ou serviços aos possoiveis clientes, em que estes comunicam da mesma forma a sua
decisão de compra (fax, correspondencia)
Venda electronica: Uso do computador, linhas telefonicas e outros meios de
comunicação, para transmitir informação sobre produtos ou serviços que sao
encomendados, atraves de mail pelo cliente. Pago com cartao de credito.

4.2) Moeda

Abrange não so as moedas metalicas e notas, mas tambem cartoes de credito,


cheques, libras de ouro, etc. Mas nem tudo isto é aceite como forma de pagamento

Pode-se entao definir a moeda como um bem, expresso numa unidade (unidade de
conta) que permite medir e comparar o valor de todos os bens e serviços e que tem
aceitação geral na comunidade.
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4.2.1) Evolução da moeda

Troca Directa – Consistia numa permuta de um bem por outro bem. Estabelecia-se um
acordo comum, entre os dois bens a trocar.
Limites:
- Necessária a existencia simultanea de 2 pessoas, cada uma delas desejando adquirir
o bem possuido pela outra
- Impossibilidade de determinar o valor de uma mercadoria em relação a todas as
outras
- Necessidade de atribuir o mesmo valor aos bens a trocar ou de arranjar outros bens
para compensar a diferença de valores, quando fossem indivisiveis

Troca Indirecta – Troca em que uma unidade de valor de uma dada mercadoria era
aceite e reconhecida por toda a comunidade – moeda-mercadoria (conchas, chá, sal)
Limites: variava com a influencia dos climas e epidemias

Troca monetária – A moeda passou a funcionar como um denominador comum para


determinar o valor de bens existentes no mercado, permitindo o seu alargamento
através de operações de compra e venda.

Moeda metalica – os lingotes passaram a ser fraccionados com a indicação do peso e


do titulo do metal precioso

Moeda Cunhada – As peças metalicas passaram a ser gravadas com uma marca,
pelas autoridades religiosas que garantiam o seu valor.

Moeda de Trocos – Moeda actual, que tem um valor real muito inferior ao facial.

Moeda papel (Moeda representativa) – Documento recebido quando se depositava


outro e/ou prata no banco. Este documento nao constituia uma nova moeda mas
substituia o metal e era mais comodo.

Moeda fiduciaria – Bancos começaram a aumentar a emissao de notas, em valor


superior ao depositado. A moeda papel era aceite pela comunidade, porque se
baseava na confiança do emissor.

Papel-Moeda – A moeda-papel converteu-se em papel-moeda. A emissao das notas


passou do estado para os bancos centrais.

Moeda escritural – Constituida pelos depositos bancarios, ou melhor dizendo, pelos


saldos credores das contas correntes dos particulares nos bancos
Os pagamentos feitos por moeda escritural realizam-se apenas mediante a
movimentaçao das contas que os clientes possuem nos bancos.

4.2.2) Funções da moeda

Medida de Valor – instrumento de medida de valores dos bens e serviços, permitindo


calcular o valor de todos os bens transaccionados.
18

Meio de pagamento – Instrumento universal de aquisiçao de bens e serviços, serve de


intermediaria nos actos de compra e venda.

Reserva de Valor – A moeda permite a poupança, nao se tornando imprescindivel a


sua utilizaçao imediata. Os seus possuidores podem conserva-la, aplica-la futuramente

Liquidez da moeda – A moeda caracteriza-se pela sua liquidez, ao contrario de outros


bens que nao podem ser aplicados em qualquer momento

Quase-moeda – São meios de pagamento que nao possuem tanta liquidez como a
moeda mas podem ser facilmente transformados em moeda (depositos, cheques)

4.2.3) Desmaterialização da moeda

Hoje em dia assistimos a uma desmaterializaçao da moeda, visto que o seu valor
fisico/material é muito inferior ao nominal.
Esta desmaterializaçao tem por base a confiança que os cidadaos tem no estado que
determina e garante a sua emissao. Esta desmaterializaçao acentuou-se com o uso de
cartoes electronicos, multibancos e pc´s ligados ao banco

4.3) O euro

Constituiu um desafio economico e social de grande envergadura. Marcou para alem


do desaparecimento do escudo, o desaparecimento de simbolos poderosos de
soberanias nacionais: franco e marco.

A chegada do euro mudou o quotidiano dos cidadaos dos doze estados que aderiram a
moeda unica.

A taxa de conversao das moedas nacionais em euros dependeu das taxas de cambio
medias, observadas entre as moedas da UE, no periodo precedente a adopçao da
moeda unica.

Para o consumidor comum trouxe varias vantagens:


- menores custos nas viagens a outros paises
- maior concorrencia e transparencia dos custos
- diminuiçao das taxas de juros dos emprestimos
- diminuiçao da inflaçao e protecção do poder de compra

As empresas confrontaram-se com varios problemas tecnicos, de gestao e


contabilidade.

4.4) O preço de um bem

O preço de um bem é o valor monetario atribuido a um determinado bem


19

Depende de:
- Custos de produção: São consequencia dos preços dos factores produtivos e da
tecnologia utilizada nos mesmos e nos custos de distribuiçao

- Numero de consumidores: Pode alterar as condiçoes de compra e venda de um


determinado produto (computadores: + procura, - preço)

- Numero de Produtores: O numero, concorrencia e a dimensao das empresas


tambem leva ao abaixamento dos preços.

- Tecnologias: Quanto maior a ev. Tecnologica, mais baixo o valor de 1 produto.

- Margens de lucro: A margem de lucro dos produtores e dos diversos intermediarios


incorpora-se no preço de um bem.

4.5) Inflação

Fenomeno que se caracteriza pelo aumento generalizado dos preços dos bens e
serviços de uma forma continua e desigual, numa dada economia. A sua intensidade é
variavel:
- Inflação rastejante – em que a subida dos preços é quase imperceptivel
- Inflação galopante – em que a subida dos preços é acentuada

Hiperinflação – A inflação mais grave de todas – alemanha 22-24

Depreciação da moeda – Com o aumento generalizado dos preços, é necessaria mais


moeda em circulação, o que conduz automaticamente a uma depreciação da moeda se
não se corresponder um aumento efectivo da produção.

Redução do poder de compra – Com a subida generalizada dos preços, todos


sentem que o seu poder de compra diminui, ou seja, com o mesmo valor, se compra
uma quantidade menor de produtos.

Distorçoes na actividade economica –


- os detentores de rendimentos fixos são os mais prejudicados
- os credores tambem se sentem prejudicados

Estagflação – Quando a subida acentuada dos preços dos bens e serviços


corresponde simultaneamente a uma subida elevada do desemprego.

Deflação – Conjunto de medidas com o objectivo de lutar contra a inflação e


consequentemente contra a subida dos preços. Estas medidas constituem um entrave
ao crescimento da actividade economica: Limitaçao dos aumentos salariais, fixaçao
dos preços, aumento dos impostos

Desinflaçao – Provocar a descida da inflaçao, sem descurar a dinamizaçao da


actividade economica. Concretizaçao de uma politica de austeridade agindo sobre os
custos salariais e a quantidade de moeda emitida.
20

Indice de preços no consumidor

A inflação sendo um fenomeno que se caracteriza pelo aumento generalizado dos


preços, coloca-se a questao: Como se calcula o “nivel dos preços”?

Os IPC traduzem as variaçoes dos preços dos bens, permitindo medir o fenomeno da
inflaçao.

Exemplo: Ano base – 2000 – kilo do pao = 0.5 euros


Ano 2002 – kilo do pao = 0.7 euros

X = 0.7 x 100 = 140  aumento de 40%


0.5

Calculo da tx de inflaçao

= IPC(ano X) – IPC (ano X – 1)


IPC (X – 1)

Unidade 5 – Preços e mercado


5.1) Mercado – noçao e exemplos de mercados

Originalmente o mercado era apenas um local publico num dado tempo, onde as
mercadorias eram expostas para troca.
Actualmente, continua a designar-se por um local onde se encontram compradores e
vendedores para comercializarem produtos – feiras – mas nao abrange a totalidade
dos mercados.

Os economistas podem falar de outros tipos de mercado e estes nao se baseiam


apenas em trocas fisicas.

Def. O mercado é a forma de confrontar a oferta dos vendedores e a procura dos


compradores, com o objectivo de reallizar uma troca – compra e venda – de produtos,
serviços ou capitais. Esta troca e ajustada mediante um preço, que e o instrumento que
permite comprar o valor dos diferentes bens

5.2) O mecanismo do mercado


5.2.1) A procura e a lei da procura

A procura designa a quantidade de bens, serviços ou capitais que os compradores


estao dispostos a adquirir a um determinado preço, num dado periodo, tendo em conta
os seus rendimentos e as suas preferencias.

Procura ≠ Consumo – Enquanto a procura reflecte a intenção de compra face a um


determinado preço, o consumo traduz-se numa despesa já efectuada pelo comprador.
21

Para cada bem existe uma procura:


- Individual – quantidade de bem que o consumidor esta disposto a adquirir a um
determinado preço
- Agregada – Soma de todas as procuras individuais por parte de todos os possiveis
compradores de determinado bem (familias, empresas)

Efeito substituiçao – Aumento do preço de um bem A, torna atraente a compra de


outro bem B que satisfaça a mesma necessidade a um preço mais baixo.

Efeito rendimento – Se tudo o resto se manter constante, e se baixar o preço do bem


A, o consumidor aumenta o seu poder de compra (como se rendimento fosse maior)

Lei da procura

A diminuiçao do preço de um bem provoca um aumento da sua procura e vice-versa,


se tudo o resto se mantiver constante.

Factores determinantes da procura

-Rendimento – Quando se verifica um aumento do rendimento, as pessoas aumentam


o seu poder de compra e estão predispostas a comprar mais

A curva da procura desloca-se para a direita, quando a quantidade procurada é maior

Bens normais – bens em que se verifica este comportament


Bens inferiores – excepçoes a regra

-Preço de outros bens –


Bens complementares – diminuiçao do preço do jornal, aumento da procura de papel

Bens substituiveis – diminuiçao do preço do papel reciclado, diminuiçao do papel


normal

Bens independentes – Açucar, a sua subida ou descida nao tem qualquer implicaçao
noutros bens.

-Preferencia dos consumidores


Influencia pela moda, publicidade, religiao, nivel de vida, bens em desuso

5.2.2) A oferta e a lei da oferta

Consiste na quantidade de bens e serviços ques os vendedores estao dispostos a


vender por um determinado preço, num determinado periodo de tempo

Para cada bem existe uma oferta:


- Individual – Quantidade de bem que um produtor esta disposto a vender a um
determinado preço
- Agregada – Quantidade de produto que as empresas estariam dispostas a produzir e
a vender para cada nivel de preços, custos e condiçoes de mercado
22

Lei da oferta

A oferta aumenta sempre que sobem os preços e vice-versa.

Factores determinantes da procura

-Custos dos factores de produção


Os aumentos dos custos diminuem a oferta e inversamente. (Fertilizantes e agricultura)
Curva anda para esq se diminui oferta

-A Tecnologia
Os custos de produçao diminuem com a inovaçao tecnologica. Assim, com custos mais
baixos, os produtores aumentam a oferta. Curva anda para a direita

-Preços dos outros bens


Bens complementares – Se aumentar o preço da carne de bovino por ter aumentado a
procura, os produtores têm de abater mais. Logo a produçao de coro aumenta tambem

Bens substituiveis – se aumenta o preço do girassol, os produtores de cartamo


substituem o seu cultivo pelo girassol. A curva da oferta do cartamo anda pa esq.

5.3) Estrutura dos mercados

Caracteristicas dos mercados em funçao:


- dos bens e serviços transaccionados
- numero de vendedores e compradores
- influencia que v. e c. Têm sobre o preço

5.3.1) Mercado de concorrencia perfeita

Existe um elevado numero de compradores e vendedores e nenhum deles tem


influencia no preço de equilibrio do mercado. É o livre jogo da oferta e procura que
determinam o preço. Caracteriza-se pela homogeneidade dos produtos, mobilidade das
empresas e transparencia de mercado.

Apesar de na realidade as vezes nao ser assim


- produtos nao homogeneos, atraves da pub
- mobilidade complicada, devido ao capital fixo
- raridade na transparencia de mercado

Preço de equilibrio no mercado de concorrencia

Sempre que falamos de um equilibrio estamos a referir-nos a um preço e a uma


quantidade em que sao compativeis os desejos dos consumidores e dos produtores.
(procura e oferta)
23

5.3.2) Mercados de concorrecia imperfeita


Monopolio

Esta forma de mercado caracteriza-se pela existencia de um so produtor, tendo entao


poder para estabelecer o preço. Do lado da procura existem muitos consumidores, e
estes n têm possibilidade de escolher outro fornecedor, sendo obrigados a aceitar o
preço.

No entanto, o estado pode fixar um preço maximo que nao pode ser ultrapassado.
Estas empresas sao raras e nunca estao livres de serem atacados por concorrentes
(CTT, EDP)

Oligopolio

Caracteriza-se por um numero pequeno de grandes produtores. Os produtos sao


similares ou com pequenas diferenças. É uma concorrencia entre poucos. Empresas
têm grande poder economico. A entrada neste mercao torna-se dificil devido as
elevadas necessidades de capital e altos custos de tecnologia (automovel, pc´s)

Funções e aquisiçoes

Operaçoes que conduzem a que o controlo de capital de uma empresa mude de mao.
Procura-se obter ganhos de eficiencia atraves do aproveitamento de economias de
escala, da racionalizaçao de processos, da criaçao de canais de distribuiçao
alternativos, etc. Procurando constranger a concorrencia.

- Na fusao – as empresas decidem fundir as suas actividades e organizar um controlo


comum dos activos.
- Na aquisição – amigavel ou hostil – uma das empresas adquire participaçao na outra

Ambas tendem a incidir em sectores com elevada intensidade tecnologica (electronica,


informatica, automovel, farmaceutica)

Unidade 6 – Rendimentos e Repartição de Rendimentos


6.1) A actividade produtiva e a formaçao dos rendimentos

A produção da origem a um determinado valor monetario que é distribuido pelos


intervenientes no processo, sob a forma de rendimentos.
A repartiçao desses rendimentos consiste na sua distribuiçao pelos diferentes agentes
economicos de uma sociedade. A repartiçao tem por base a moeda.

6.2) Repartição funcional dos rendimentos

Mostra-nos como sao remunerados os diferentes intervenientes no processo produtivo,


tendo em atenção as funções que nele desempenharam.
24

Rendimentos primarios

Rendimentos do Trabalho – Salarios


+ Rendimentos de propriedade – Rendas, Juros e Lucros

Rendimentos do Trabalho:
- Salario nominal: Quantidade de moeda que o trabalhador recebe pelo trabalho
prestado num determinado periodo de tempo. (bruto)

- Salario Real: Quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com a
quantidade de meda que recebe (nominal), constituindo o seu poder de compra que
varia com a inflaçao.

- Salario Directo – Corresponde a remuneraçao que é paga ao trabalhador pela sua


participação na actividade produtiva

- Salario Indirecto – Remuneração que é independente da actividade produtiva e


resulta da situaçao familiar e social do trabalhador. Podem ser contribuiçoes como
subsiduos ou regalias do genero de carro, cartao de credito – para melhorar o bem-
estar do trabalhador.

Rendimentos de Propriedade:
- Juro – Remuneração que os detentores de capital recebem pelo emprestimo dos
seus capitais. Varia consoante o volume do capital, da taxa de juro e duração do
emprestimo. Juro = Capital (c) x Tempo (t) x Taxa de juro (r)

- Renda – Abrange os rendimentos recebidos pelos proprietarios das propriedades


urbanos em virtude da sua cedencia a terceiros.

- Lucro – Designa a remuneração dos empresarios como contrapartida da sua


iniciativa e dos riscos assumidos nos investimentos realizados. O lucro é variavel e
depende do resultado da actividade produtiva. – mercado, concorrencia, influenciam o
lucro. Lucro = Preço Venda – Preço Custo

6.3) Repartição pessoal do Rendimento

Não interessa as funções desempenhadas pelos agentes economicos. Significa saber


como e que este se reparte pelos individuos e familias, nao interessando qual a sua
origem, isto é, se é de trabalho, de propriedade ou ambos.

Causas da diferenciação nos salarios


Ramo da actividade / Idade / Sexo / Qualificação / Localizaçao da Residencia /
Dimensao da empresa
25

Indicadores das desigualdades na repartiçao do rendimento

Leque salarial:
Traduz a amplitude de variação dos salarios e expressa-se por:
Salario minimo / Salario maximo
Se a relação foi 1/5 significa que o salario maximo é 5 vezes superior ao minimo.

Curva de Lorenz
Permite observar a parte do rendimento que pertence a uma determinada fracção de
população e avaliar o nivel de concentraçao dos rendimentos

Limitaçoes: - o calculo dos rendimentos engloba apenas rendimentos monetarios, e por


isso nao se calculam outros rendimentos como a gasolina ou como os rendimentos
monetarios que fogem ao fisco

Rendimento per capita


Permite-nos calcular o rendimento que, em media, cada habitante aufere por ano, de
um determinado país.
= Rend Nacional / Pop Total

Tem grande utilizaçao, mas trata-se apenas de uma media, por isso, nao podemos
observar atraves dele as desigualdades num país.

6.4) A redistribuição dos rendimentos

Consiste em reduzir as desigualdades na repartição dos rendimentos garantindo à


comunidade um conjunto de prestações sociais consideradas fundamentais. Isto
acontece segundo um processo de transferencia de rendimentos, principalmente do
estado para a população mais carenciada

Tem como finalidade a:


- protecção individual
- correcção das desigualdades sociais

Modos de intervenção:
- Repartição da carga fiscal (isenção de impostos)
- Transferencias sociais (abonos, subsidios)

A redistribuição realiza-se atraves de diferentes instituições publicas e sob


diveras formas:

Para as familias – fornecimento de bens e serviços gratuitos ou pagamento parcial


(escolaridade)
- pensões e subsidios varios

Para as empresas – subsidios a produçao em determinados sectores e isenção de


impostos
26

Processos de red. Postos em causa – pelos seus efeitos na redução das


desigualdades sociais. Os impostos indirectos (IVA) penalizam mais as pessoas que
usufruem de rendimentos mais baixos.

Varios facotes (envelhecimento da populaçao, medecina cara) tornam muito dificil o


equilibrio entre receitas e despesas de preotecção social.

Rendimento Pessoal Disponivel


O rendimento das familias tem origem nas receitas provenientes da:
- actividade produtiva (salarios / juros / rendas / lucros)
- transferencias internas (pensoes / abonos / subsidios, etc)
- transferencias externas (remessas dos emigrantes)

No entanto, as familias têm de pagar impostos sobre o rendimento (imp. directos), que
deste modo, reduz o seu rendimento

Rendimento disponivel (Liquido) = (Rend primarios + Transferencias) – Impostos


Directos – Contribuições Sociais

ou Rendimento bruto – Impostos = Rend Liquido

Unidade 7 – Poupança e Investimento


7.1) O consumo e a poupança

As familias, para além do consumo, destinam uma parte para a poupança.

A poupança constitui entao a parte do rendimento que não é consumida. É o transporte


do consumo de hoje para amanha.

7.2) Destinos da poupança – importancia do investimento

- Entesouramento – consiste na conservação de valores de forma inactiva (ouro,


moedas antigas, mealheiro, etc)

- Depositos – Depositos bancarios ou compra de activos financeiros (acções,


obrigações)

- Investimento – Constituido pela parte das poupanças destinadas à aquisiçao de bens


de produção e de valores imobiliarios e mobiliarios.

7.2.1) Investimento
O investimento é um fluxo que aumenta o stock de capital dando origem à formaçao de
capital.
A formaçao de capital pode realizar-se investindo em:
- capital fixo
- materias primas e subsidiarias
- bens materiais (I & D)
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Tipos de investimento
Substituir equipamento usado / aumentar a capacidade produtiva / integrar o processo
tecnologico

Investimento pode ser:


- Material – Aqueles que se materializam na aquisiçao de bens de produçao duraveis
(cap fixo)

- Imaterial – Não se materializam (publicidade, gastos na formaçao profissional, I&D)


- Financeiro – Aquisiçao de valores mobiliarios com o objectivo de obter um rendimento
(acções, obrigações)

Inovação tecnologica e I&D

O progresso tecnologico resulta da aplicação de inovações no processo produtivo.


Estas inovaçoes resultam principalmente das actividade de I&D.

Na nossa sociedade, para as empresas serem competitivas e terem sucesso, deverao


estar atentas à sua capacidade de inovaçao, ou seja, investir em I&D.

7.3) O Financiamento da actividade economica – autofinanciamento


e financiamento externo

7.3.1) Necessidade de financiamento e capacidade de financiamento

Os agentes económicos (estado, empresas) certas vezes, não conseguem poupar para
fazer face ao total dos seus investimentos, porque as suas capacidades de poupança
são menores do que as suas necessidades de financiamento.

Investimento > Poupança (Necessidade de Investimento)

No entanto, as familias, têm uma poupança liquida positiva, ou seja, possuem


excedentes de receitas que lhes permitem uma acumulação de poupanças

Poupança > Investimento (Capacidade de investimento)

7.3.2) Formas de Financiamento

- Interno: Baseia-se em investir com o proprio capital, ou seja, reinvestir os lucros de


modo a garantir a execução de projectos de investimento.

- Externo: Quando as empresas não têm capacidade de autofinanciamento, recorrem


a fundos de outros agentes económicos, ao financiamento externo:
- Financiamento Indirecto ( Emprestmos, especialmente das instituições financeiras)
- Financiamento directo (mercado Financeiro)
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7.3.2.1) Financiamento externo indirecto – credito bancario

Os bancos recolhem os recursos entre aqueles que têm excedentes (atraves de


depositos das familias) e concedem creditos aos que necessitam.
Esta forma de financiamento é indirecta, porque existe um intermediario financeiro
entre o agente que poupa e o que pede emprestado.

Credito Bancario
O credito consiste na utilizaçao de recursos financeiros em troca de uma promessa de
pagamento em data posterior (Emprestimos, credito dos fornecedores, vendas a
prestação)
Traduz-se num acto de confiança que se concretiza num emprestimo com a
contrapartida de uma promessa de reembolso que implica a negociação de 1
pagamento e 1 prazo.

Taxa de Juro – Corresponde ao preço pago, quando se recorre ao credito durante um


determinado periodo de tempo. Se a taxa anual de juro for 10% e o montante
emprestado for 500, o valor de juro anual será 50 euros.

A concessão desse credito pode:


- dar origem à assinatura de um documento comprovativo de divida (uma letra)
- significar apenas um adiantamento de meios de pagamento sem assinatura ou
documento (contas correntes)

Formas de credito bancario

- A curto, medio e longo prazo --- Periodo de duração do credito


- Ao consumo ou a produção ----- Destino do Credito
- Publica (Estado) ou privada ----- Entidade que recorre ao credito

Funções do credito bancario

- Financiamento da actividade economica: o credito financia quer as actividades de


produção quando se concede às empresas, quer as de consumo, quando é concedido
as familias

- Criação de moeda: A concessão de um credito funciona tambem como um processo


de criaçao de moeda, e gera um aumento de moeda em circulação. (aumento da oferta
da moeda)

Este aumento da oferta da moeda tem implicaçoes na actividade economica:


- subida dos preços, o que estimula a actividade economica pelo mecanismo tipico de
um mercado de vendedores e numa primeira fase provoca ainda uma baixa da taxa de
juro, a qual estimula a actividade economica pelo aumento do inestimento

- Baixa de preços, a qual arrefece a actividade economica pelo mecanismo tipico de um


mercade de vendedores e numa primeira fase provoca uma subida da taxa de juro o
que arrefece a actividade economica pela diminuiçao do investimento
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Instituiçoes financeiras
Têm um papel de intermediarios entre os agentes que necessitam de financiamento e
os que têm excedentes a esse nivel, assumindo assim um papel fundamental no
financiamento da actividade economica.

Sociedades Financeiras
Inst. Financeiras Universais

Instituiçoes de credito
Especializadas

Instituições de credito: Sao instituiçoes financeiras monetarias, entidades que tem


capacidade paa receber depositos e conceder creditos. Têm poder para criar meios de
pagamento com base nesses depositos. São entao, instituições legalmente autorizadas
a criar moeda. Estas instituições podem dividir-se em 2 categorias:

- Universais: podem efectuar todas as operaçoes permitidas aos bancos


- Especializadas: so podem efectuar as operaçoes permitidas pelas normas que regem
a sua actividade

Sociedades Financeiras: Sao instituiçoes financeiras nao monetarias, isto é, nao têm
capacidade para receber depositos, por isso nao criam moeda. Podem captar
poupanças de outras formas para conceder creditos

Bancos – sao instituições de credito universais que têm como objectivo o exercicio da
actividade bancarias para fins lucrativos.

- Operações passivas – consistem na recepção de fundos sob a forma de: (depositos


dos clientes / emprestimos obrigacionistas / outros)

- Operações Activas – Representam a concessão de credito tendo como contrapartida


juro ou comissão: (abertura de credito / garantias / descontos / outros)

- Prestação de serviços – (Guarda de valores / Aluguer de cofres / Cobrança de conta


alheia, outros)

Instituições de Credito especializadas

- Sociedades de locação financeira – A locação financeira é um contrato mediante o


qual uma das partes – locador – se obriga, mediante o recebimento de uma renda, a
conceder à outra – locatório – o gozo temporário de uma coisa adquirida ou constituida
por indicação desta.

Pode incidir sobre:


Coisas moveis – bens de equipamento (material informatico)
Coisas imoveis – é o caso dos predios a afectar ao ivestimento produtivo.

- Sociedades Factoring – Consiste na tomada por um intermediario (factor) de creditos


a curto prazo que os fornecedores de bens e serviços (aderentes) constituem sobre os
30

clientes (devedores). O factor cobra das entidades que lhes transmitem tais creditos
(aderentes) uma comissao ou juros nos casos de pagamento antecipado.

Sociedades Financeiras
Sociedades de capital de risco – Têm por objecto apoiar e promover o investimento e a
inovação tecnologica em empresas em dificuldades mas com viabilidade economica,
atraves da participaçao temporaria no seu capital social. Os proveitos destas empresas
resulta da diferença no que ganham entre a sua compra e a venda. Prestam tambem
assistencia na gestao financeira, tecnica, administraçao – realizando estudos de
viabilidade e investimento da empresa, visando a reorganizaçao

7.3.2.2) Financiamento externo directo – mercado de titulos

Para aqueles agentes economicos que nao se conseguem auto-financiar. Existe uma
relaçao directa eentre o agente que vai pedir o emprestimo e a entidade que o vai
financiar, atraves do mercado financeiro. Neste mercado transaccionam-se (valores
mobiliarios). Entao para os agentes obterem recursos para expandir a sua actividade,
emitem e colocam os valores mobiliarios junto aos detentores de poupança.

Mercado oficial de transacção de valores mobiliarios – Bolsa de Valores (mercado de


titulos)

- mercado primario – aquele onde se faz a emissao de novos titulos mobiliarios que
ainda nao foram admitidos a cotaçao na Bolsa. Nele, as entidades privadas e publicas
emitem valores mobiliarios com o fim de captar poupanças para financiar a sua
actividade. Por sua vez, aqueles que desejam aplicar os seus recursos subscrevem, no
momento da sua emissao, os valores mobiliarios emitidos por essas entidades. É este
mercado que em parte contribui para o financiamento da economia.

- mercado secundario – aquele onde sao transaccionados os titulos anteriormente


emitidos. Considera-se um complemento indispensavel do mercado primario. Este
assegura tambem a liquidez dos titulos.

Cotação – Os titulos sao transaccionados na bolsa por um preço estabelecido de


acordo com a oferta e a procura. Os corretores ou os seus representantes oferecem ou
compram os valores mobiliarios de acordo com as ordens transmitidas nos seus
escritorios. Sao estes os unicos a expressar as ofertas e as procuras. As cotações das
acções podem ser uma informaçao importante sobre o crescimento economico das
empresas

Em Portugal – os valores objecto de contratação na Bolsa sao os valores mobiliarios.


Em portugal existe uma bolsa de valores de lisboa e do porto BVLP. Existe tambem
uma comissao do mercado de valores mobiliarios que zela pela observaçao das regras
das operaçoes / qualidade do titulo emitido / transparencia da informaçao na bolsa. No
mundo o desenvolvimento tecnico e informatico faz com que qualquer acontecimento
afecte praticamente a nivel mundial.

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