Após realizar a tarefa de zerar a produção e importação dos clorofluorcarbonos
(CFCs), principais substâncias responsáveis pela redução da camada de ozônio, o Brasil quer implantar o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs. O hidroclorofluorcarbono surgiu para substituir o CFC e tem poder destrutivo 50% menor, mas, ainda assim, produz gases de efeito estufa. Para a implementação do programa, o Brasil por meio do Ministério do Meio Ambiente, vai pleitear em julho, o valor de US$ 34 milhões ao Comitê Executivo do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, na cidade canadense que dá origem ao tratado internacional, em vigor desde 1º de janeiro de 1989. O objetivo é cumprir o cronograma de eliminação dos HCFCs, que tem como primeira fase o congelamento dos níveis de produção e importação em 2013, e depois a sua redução em 10% até 2015 e o banimento total em 2040", explica a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio, no ministério, Magna Luduvice. O Brasil quer o repasse de US$ 20 milhões pelo Fundo Multilateral, não reembolsáveis, com a contrapartida de US$ 14 milhões da iniciativa privada brasileira. O montante será destinado ao pagamento de gastos com ações regulatórias, projetos de substituição de tecnologias na fabricação de espumas e também em projetos para o setor de serviços, especialmente os que se referem ao vazamento de tubulações em balcões de refrigeração de supermercados e em aparelhos de ar- condicionado. Um fato importante que contribuiu para a redução primeiramente dos CFCs, lembrado por Magna Luduvice, foi a ação feita anos atrás que tinha para a trocar de geladeiras que tinham mais de dez anos de uso. "As geladeiras com mais de dez aos de uso contêm os CFCs no sistema de refrigeração, e se eles foram banidos pelos danos causados à camada de ozônio, depois a preocupação foi também em relação à emissão gases de efeito estufa liberados por vazamentos na tubulação destes aparelhos", ressaltou a coordenadora. A formulação do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs começou em março de 2009 e foi concluído em janeiro deste ano, depois de consultas públicas e com a participação do setor privado. Atualmente, o ministério detém alguns projetos em execução que incluem, diagnóstico da situação de aparelhos de refrigeração presentes em restaurantes, padarias, mercearias e supermercados e a capacitação de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
A TEORIA DA BANHEIRA
É preciso conter as elevações das emissões de CO²?
Sim, pois ele é lançado na atmosfera em um ritmo com rapidez duas vezes maior que o de sua remoção, por isto que a “banheira” vai continuar a encher. Qual são as fontes emitentes? Varias. Quatro quintos delas vêm da queima de combustíveis fósseis, o resto se origina no desmatamento e no uso errôneo do recursos naturais. Como o CO² provoca o aquecimento global? Ele disperso na atmosfera absorve parte da radiação térmica emitida pela superfície ensolarada da terra e a irradia de volta elevando as temperaturas na face do planeta. Quando este aumento se torna catastrófico? As plantas e o solo absorvem um terço a cada ano, e o oceano, um quarto. O resto permanece na atmosfera por muito tempo. Até que ponto o planeta terra agüentarar? Ninguém sabe. Segundo cientistas, precisaríamos reduzir o índice de CO2 para 350 partes por milhão (ppm) – ou 745 bilhões de toneladas de carbono – se quisermos evitar impactos climáticos. Mantidas as atuais tendências, o nível de 450 ppm será alcançado antes de meados do século. Os níveis de CO² já foram tão elevados? Nunca chegaram a tais níveis há pelo menos 800 mil anos, de acordo com as mais antigas bolhas de ar encontradas em núcleos de gelo. O que aconteceria se parássemos de emitir CO² na atmosfera? Seriam necessários séculos para que as plantas e oceanos se impregnassem da maior parte do CO² emitido pelos seres humanos e outras centenas de milênios para que o restante fosse removido pela desintegração das rochas. Por que o nível ainda ficaria alto por muito tempo? As plantas e o solo absorvem rápido o CO², mas esse reservatório fica cheio. O acesso ao fundo do mar é lento; a água impregnada de CO2 submerge só em dois locais próximos aos pólos. Os sedimentos e as rochas carbonatadas são abundantes e mais lentas, elas se formam nos mares com base nos aumentos elementos desintegrados de rochas terrestres.
E LÁ EM COXIXOLA
Uma família em Coxixola de 3 pessoas, com media de 1 a 3 salários, gerariam
cercada de 5 ton de CO²/ano, para retirar esta emissão da atmosfera, seria necessário o plantio de 90 árvores da caatinga e que estas fossem espécies pioneiras (de rápido crescimento, como a jurema) permanecendo cultivadas por no mínimo 14 anos. Estes cálculos ainda não são precisos, só após uma publicação de alunos da Universidade Federal de Patos - PB que vêm pesquisando o quanto cada espécie de árvores da caatinga paraibana retira de CO²/ano da atmosfera, é que seremos capazes de calcular com maior aproximação quantas árvores e o tempo de vidas destas seriam necessárias para eliminar os gases liberados por nossas ações durante o ano. Mas enquanto não temos o cálculo correto podemos ir pondo em prática esta aproximação acima. Fonte base para o texto: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/noticias/