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SANTO ANDRÉ
2010
MÁRCIO WILLIANS BARRETO DE ANDRADE
SANTO ANDRÉ
MÁRCIO WILLIANS BARRETO DE ANDRADE
Membros da Banca:
Introdução ..................................................................................................................... 7
1. A Informação ........................................................................................................ 8
2. Tecnologia da informação..................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................... 46
Bibliografia................................................................................................................... 49
Anexo I ........................................................................................................................ 54
Anexo II ....................................................................................................................... 69
Anexo IV ...................................................................................................................... 88
Introdução
Além disto, justamente pela facilidade tecnológica, por vezes são obtidas e
veiculadas informações de caráter pessoal e não autorizado, onde os limites entre o
interesse público, a intimidade e a vida privada é tênue e de difícil definição.
Por outro lado, não podemos permitir que esta regulamentação, sob o título
de proteção, configure-se em censura.
1. A Informação
receptores, ao se relacionarem.
2. Tecnologia da informação
Boa definição desta ciência foi feita por Tatiana Malta Vieira (2007, p.177),
como se vê:
1
Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa
10
O resultado não é só o prejuízo financeiro dos pais, mas também uma lesão
psicológica neste pequeno consumidor, que vai se tornando compulsivo, além de
impor-lhe mudança de comportamento incompatível com a idade.
Em uma análise inicial nos deparamos neste tema com o conflito de direitos
básicos e até fundamentais, pois se de um lado busca-se garantir a liberdade de
expressão, de outro parece necessário regulamentar a forma e os limites desta
liberdade, evitando-se o conflito social.
A publicidade surge como uma garantia individual servindo, por exemplo, para
evitar abusos dos órgãos julgadores, limitar formas opressivas de atuação da justiça
criminal, facilitar o controle social sobre o Judiciário e o Ministério Público, etc..
“Pela primeira vez na história dos povos vamos ter uma profunda transformação social, de forma
silenciosa, sem revoluções, guerras ou lutas de classes, simplesmente com o magnífico poder
invisível da informação.”
“De ordem do senhor ministro da Justiça fica expressamente proibida a publicação de: notícias,
comentários, entrevistas ou critérios de qualquer natureza, abertura política ou democratização ou
assuntos correlatos, anistia a cassados ou revisão parcial de seus processos, críticas ou comentários
ou editoriais desfavoráveis sobre a situação econômico-financeira, ou problema sucessório e suas
implicações.”
2
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=516JDB007
17
Isto tudo nos leva a concordar com a reflexão proposta por Ricardo Gandour,
diretor de Conteúdo do Grupo Estado, ao citar:
"Poderia o progresso econômico propiciar uma certa anestesia política e deixar a população
3
desatenta em relação aos atentados contra a liberdade de expressão?"
Transportando o caso acima para uma esfera maior de atuação, vemos que
3
http://m.estadao.com.br/noticias/impresso,homenagem-a-anj-vira-ato-contra-a-censura,438895.htm
18
Exemplo disto podemos citar no evento em que o Brasil forneceu dados sobre
projetos de pesquisa da área energética aos Estados Unidos, os quais depois de
anexados à base de dados denominada “Energyline”, não mais puderam ser
acessados pelo Brasil já que esta base de dados é restrita apenas ao Canadá e aos
Estados Unidos4.
Desta maneira, a exploração que antes resumia-se aos recursos naturais hoje
é abrangente e ilimitada já que além os países “dominados” utilizarem-se apenas
dos parâmetros fornecidos pelos “dominadores”, passam também a fornecer todo
tipo de dados a estes, configurando-os em matéria prima para que produzam novas
informações para manutenção de seus particulares interesses.
Mas o efeito pode ser oposto ao que se espera pois se de um lado busca-se
4
Revista Dados e Idéias, v. 1, n. 6, p. 63-69.
19
Esta regulamentação, dentre outros requisitos deveria definir que o local onde
se realiza esta vigilância deve estar devidamente sinalizado, tal procedimento deve
ser proibido em banheiros, vestiários ou em qualquer local que ofenda a dignidade
das pessoas, deve determinar um prazo de armazenamento, garantia de sigilo das
imagens, obrigatoriedade de utilização de codificação ou cifragem das imagens, etc..
Um fotógrafo do jornal O Globo captou as imagens das telas dos computadores dos ministros do
Supremo, trocando mensagens durante a sessão do Mensalão . O ministros Ricardo Lewandowski
fala para a ministra Carmem Lúcia que está impressionado com a sustentação do procurador-geral da
República Antonio Fernandes de Souza em plenário.
Os dois discutem, entre outras coisas, sobre aceitar ou não a acusação de peculato para os
mensaleiros que não são funcionários públicos. A certa altura a ministra Carmem Lúcia diz que o voto
do ministro Eros Grau, que é petista, será contra receber a denúncia. Ela e o ministro Lewandowiski
chamam Eros Grau de “o cupido”, provavelmente por estar de galinhagem com a presidente do
Supremo Ellen Gracie, de quem está sentado ao lado.
Um trecho:
12:46 Lewandowiski: Carmem, não sei não, mas mudar à última hora é
complicado. Eu, de qualquer maneira, vou ter de varar a noite. Mas acho que
podemos bater um papo aqui mesmo. Inha dúvida é quanto ao peculato em coparticipação, mesmo
para aqueles que não são funcionários públicos, ou não tinham a posse direta do dinheiro.
12:48 Carmem Lúcia: Exatamente, também acho que há dificuldade, mas não dá mais para o que
cogitei e lhe falei... realmente, ou fica todo mundo ou sai todo mundo...
Outro trecho
Carmem Lúcia: o cupido acaba de afirmar aqui ao lado que não vai aceitar nada...
Lewandowiski: Desculpe, mas estou na msma, será que estamos falando a mesma coisa?
Carmem Lúcia: Vou repetir, me foi dito pelo cupido que vai votar pelo não
Lewandowiski: Ah. Agora sim. Isso só corrobora que houve uma troca. Isso quer dizer que o
resultado desse julgamento era realmente importante.
Carmem Lúcia: E quando eu disse isso há duas semanas, você disse que o Reitor não poderia estar
dando (cai a ligação)
Pois é.
Estamos diante da publicação de diálogo entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal, durante
sessão plenária. Vamos ver o que dizem quando souberem que fotografaram a tela dos seus
5
computadores...”
5
http://diogocoutinho.blog-
se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idBlog=67&arquivo=mensal&mes=08&ano=200
21
Outro caso que ensejou além de polêmica um processo judicial bem típico
desta nova sociedade da informação, mas envolvendo questões de honra e
privacidade nos mesmo moldes que antes, foi aquele em que envolveu-se a modelo
Daniela Cicarelli em momentos de privacidade com seu namorado na praia.
O casal acima passou por situação que exprime bem a idea daquilo que aqui
chamamos de “grampo virtual”.
6
http://www.conjur.com.br/2006-set-28/justica_confirma_veto_video_cicarelli_internet?pagina=2
22
“o privilégio sempre há de ser da vida privada. Isso por uma razão óbvia: esse direito, se lesado,
jamais poderá ser recomposto em forma específica: ao contrário, o exercício do direito à informação
sempre será possível a posteriore, ainda que, então, a notícia não tenha mais o mesmo impacto”.
(ARENHART:2000,p.95) (grifo do autor)
Tutela antecipada. Pedido de retirada de filme exibido em site mantido pelas agravadas ao
fundamento de violação ao direito de privacidade e imagem. Inadmissibilidade. Ausência da prova da
verossimilhança se o filme é verdadeiro e apenas reflete as cenas explícitas de beijos, abraços e
carícias, protagonizados pela modelo Daniela Cicarelli e seu namorado numa praia pública e
badalada da costa espanhola. Direito à imagem que tem como princípio informador, em especial
quando se trata de pessoas públicas, a própria conduta do protegido, não sendo juridicamente
razoável vislumbrar o direito constitucional desvinculado por completo do primeiro parâmetro que é o
fornecido pela conduta dos que não tiveram nenhum cuidado com a própria imagem, intimidade e
privacidade. Ausência do risco de dano irreparável porque eventual violação poderá ser traduzida em
perdas e danos. Presença da internet e do direito à informação que não podem ser olvidadas na
discussão dos relevantes temas envolvidos. Antecipação de tutela bem indeferida em primeiro grau.
7
Recurso improvido.”
7
(AGRV.Nº: 472.738-4/SP –Des. Maia da Cunha)
23
“Empresas coletam informações de caráter pessoal de forma desautorizada e depois cruzam essas
mesmas informações com dados provenientes de prestadoras de serviço telefônico, provedores de
acesso à Internet, administradoras de cartão de crédito, bancos, enfim, toda e qualquer organização
que possa contribuir para o processo de delineamento do perfil das pessoas. O mecanismo utilizado
para facilitar a coleta recorre à persuasão para convencer o próprio titular das informações; sua
privacidade se transforma em moeda de troca na era da informação. Trocam-se informações
pessoais por serviços personalizados, brindes, direito de participar de sorteios, acesso gratuito à web,
produtos e financiamentos online.”
Estes dados passam a circular em locais cujo titular não autorizou, podendo
inclusive ser disponibilizados aos órgãos governamentais, familiares, empresa onde
trabalha, etc., criando efeitos inesperados e indesejados.
século 19, citando que a liberdade dos antigos tratava-se do direito de participação
política, e a liberdade dos modernos tratava-se da esfera onde o ser humano
poderia exercer seu direito sem intervenção do Estado.
Vejamos o que citou Alexandre Moraes (2004, p.86), em sua obra “Direito
Constitucional:
Destacamos aqui os dizeres de Sidney Guerra (2004, p.24), que vai nesta
mesma linha:
"A informação sendo processada em vias de globalização acaba por produzir efeitos jurídicos nunca
antes imaginados cujas barreiras geográficas que antes separavam os Estados cedem lugar a um
mundo virtual e universal, onde todas as pessoas podem ter acesso às mesmas informações".
Talvez tenhamos apenas que nos pautar pela regra máxima de convivência,
na qual a liberdade de um é a ausência de coação por parte de outros.
25
“a faculdade que tem cada indivíduo de obstar a intromissão de estranhos em sua vida privada e
familiar, assim como de impedir-lhes o acesso à informações sobre a privacidade de cada um, e
também de impedir que sejam divulgadas informações sobre esta área da manifestação existencial
do ser humano.”
Vemos também sua confirmação em nosso Código Penal, no artigo 152, que
8
http://ww.stj.gov.br/SCON/pesquisar.jsp
26
2 RESP nº. 46420/SP. Direito a imagem. Direito de arena. Jogador de futebol. Album
de figurinhas. O direito de arena que a lei atribui as entidades esportivas limita-se a
fixação, transmissão e retransmissão do espetaculo desportivo publico, mas não
compreende o uso da imagem dos jogadores fora da situação especifica do
espetaculo, como na reprodução de fotografias para compor "album de figurinhas".
Lei 5989/73, artigo 100; lei 8672/93.10
9
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?acao=imprimir&livre=escuta+telef%F4nica&&b=AC
OR&p=true&t=&l=10&i=118
10
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28%27RESP%27.clap.+ou+%27RESP
27
Uma questão aparentemente simples como esta proposta neste tópico pode
ganhar relevos marcantes se analisada com pais profundidade. Sendo a privacidade
um Direito de personalidade, tem este a característica de irrenunciabilidade.
Nosso Código Civil traz claramente em seu artigo 11 tal perspectiva, conforme
transcrevemos:
“Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos de personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.”
Mário Luiz Delgado, em um artigo veiculado pela revista Jurídica Consulex 11,
entende que mesmo com a assertiva do artigo acima transcrito não está proibida a
venda da própria imagem, inclusive em situações de pornografia, desde que seja
específica quanto ao tempo e ao objeto, com condições de revogabilidade.
%27.clas.%29+e+@num=%2746420%27%29+ou+%28%27RESP%27+adj+%2746420%27.suce.%29
11
Revista Jurídica Consulex, nº 169,p. 24-26.
28
obra, bem como nos demais casos novos surgidos mesmo nos ambientes de
trabalho tradicionais, como por exemplo: o uso de e-mail e acesso à Internet para
fins profissionais.
Vejamos:
3. A estreita e cada vez mais intensa vinculação que passou a existir, de uns tempos a esta parte,
entre Internet e/ou correspondência eletrônica e justa causa e/ou crime exige muita parcimônia dos
órgãos jurisdicionais na qualificação da ilicitude da prova referente ao desvio de finalidade na
utilização dessa tecnologia, tomando-se em conta, inclusive, o princípio da proporcionalidade e, pois,
os diversos valores jurídicos tutelados pela lei e pela Constituição Federal. A experiência
subministrada ao magistrado pela observação do que ordinariamente acontece revela que,
notadamente o "e-mail" corporativo, não raro sofre acentuado desvio de finalidade, mediante a
utilização abusiva ou ilegal, de que é exemplo o envio de fotos pornográficas. Constitui, assim, em
última análise, expediente pelo qual o empregado pode provocar expressivo prejuízo ao empregador.
Em nossa doutrina:
“Segundo a Folha Online de 10/07/2004, mais de um terço dos norte-americanos que usam a Internet
no trabalho têm suas atividades on line monitoradas por seus patrões, o que vem crescendo devido
ao baixo preço das ferramentas de rastreamento e diante da preocupação, por parte das empresas,
com a produtividade e com o uso da rede para fins sexuais.”( GUBERT: 2005, p. 171)
“O correio eletrônico não é um serviço postal e o depósito de mensagens não é, tecnicamente, uma
caixa postal propriamente dita. Trata-se, tão-somente, de um meio de comunicação, sendo o "e-mail"
apenas um depositário de mensagens eletrônicas enviadas para um endereço virtual.”
12
RR nº. 613/2000 - TST
30
(BELMONT:2004, p. 64)
"Umas das razões que levam ao rastreamento das navegações e e-mails diz respeito à associação
da má utilização ao bom nome e reputação da empresa. No terreno da responsabilidade civil, não
têm validade os chamados Legal Disclaimers ou avisos de isenção de responsabilidade empresarial,
que remetem ao funcionário - e não à Empresa - a responsabilidade pelo envio de e-mail causador de
prejuízo moral ou material. Assim como não teria valor o aviso afixado na porta de veículo funcional,
informativo de que a empresa não responderia pelos xingamentos, agressões físicas ou
abalroamentos ocorridos em horário de serviço, remetendo ao empregado a integral responsabilidade
pelos atos. Isto porque o empregador responde, perante terceiros, pelos danos praticados pelo
empregado ou preposto." (BELMONT:2004, p. 113)
“Umas das razões que levam ao rastreamento das navegações e e-mails diz respeito à associação
da má utilização ao bom nome e reputação da empresa. No terreno da responsabilidade civil, não
têm validade os chamados „Legal Disclaimers‟ ou avisos de isenção de responsabilidade empresarial,
que remetem ao funcionário - e não à Empresa - a responsabilidade pelo envio de e-mail causador de
prejuízo moral ou material.” (BELMONT:2004, p. 119)
No Brasil temos esta liberdade garantida em nossa Lei Maior, no artigo 5º.,
inciso IV, da Constituição Federal de 1988, independente de censura ou licença,
conforme também anota-se nesta lei, artigo 5º, inciso IX.
Nela o Estado age como policial ditando comandos e proibições, agindo nas
áreas criminal e cível, avaliando danos e determinando as diretrizes a serem
seguidas.
Ainda que perfeita como sistema, a ordem jurídica jamais pode ignorar a
realidade, nem tornar-se ferramenta de manobra do poder vigente, seja ele maioria
ou minoria, nem tampouco fechar-se ignorando as reais necessidades dos cidadãos,
pois não pode configurar-se apenas como uma técnica de controle social, nos
moldes da rigidez jurídica do positivismo de Hans Kelsen.
Por outro lado, não podemos nos deixar levar pela apresentação que se faz
hoje do ciberespaço como um universo individual e distinto de nossa realidade, cuja
distorção o faz parecer um mito, através de um “tradição inventada”, como bem
definiu Hobsbaw (1997, p. 315):
“Por ”tradição inventada” entende-se um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras
35
tácita ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos
valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente; uma
continuidade em relação ao passado.”
““Costume” é o que fazem os juízes; “tradição” (no caso tradição inventada) é a peruca, a toga e
outros acessórios e rituais formais que cercam a substância, que é a ação do magistrado. A
decadência do “costume” inevitavelmente modifica a “tradição” à qual ele geralmente está associado.”
Se por um lado não podemos nos prender às tradições, que não são
sinônimos de mitos, jamais devemos ignorar as lições que a história nos concede,
pelo que se deve evitar a validação do poder obtida através de manipulação de
informações.
14
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2007/voo3054/acidente.shtml
37
1. Direito à informação
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 5º inciso XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII
e XIV.”
“Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer
meios e independentemente de fronteiras.”
“Toda pessoa terá o direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar,
receber e difundir informações e idéias de qualquer natureza, independentemente de considerações
38
de fronteiras, verbalmente ou por escrito, de forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua
escolha.”
Levando-se em conta tudo que já expusemos até aqui, cabe-nos destacar nos
artigos acima somente os seguintes aspectos:
“Comentar é também fazer crítica. A crítica, transcende a narrativa, vai além da censura, porque
envolve um julgamento. Pode, assim, o cronista parlamentar atacar ou elogiar as atividades
funcionais dos representantes do povo, julgando-as de acordo com o seu critério próprio, critério que
pode ser justo ou injusto, correto ou falho, medíocre ou elevado. A lei não fixa padrão mental único
para a atividade jornalística. Cada qual aprecia os fatos de conformidade com o seu modo de ver as
coisas e analisá-las.”
39
2. Disponibilidade e acessibilidade
Pra tanto, governos e comunidades atuam em projetos que tem por finalidade
criar condição de acesso àqueles que possuem baixa renda, e também no estudo
pra desenvolvimento de tecnologias baratas e eficazes para este propósito.15
15
http://pt.wikipedia.org/wiki/Democratiza%C3%A7%C3%A3o_da_informa%C3%A7%C3%A3o
40
Vejamos:
16
http://www.onid.org.br/portal/o-que-e/
17
http://visualizacoes.onid.org.br/?aba=brasil
41
18
http://visualizacoes.onid.org.br/?aba=ufs
42
19
19
http://visualizacoes.onid.org.br/?aba=ufs
http://visualizacoes.onid.org.br/?aba=municipios
http://visualizacoes.onid.org.br/?aba=municipios
20
http://onid.org.br/portal/pesquisa
43
Conteúdo proibido
Pelos parâmetros que vimos no item 2 deste capítulo, percebemos que o uso
das tecnologias da informação e comunicação constituem uma via eficaz para fazer
cumprir o preceito legal acima, já que pode colocar à disposição de qualquer pessoa
serviços e informações de maneira igualitária, imediata e atualizada, independente
da condição social ou geográfica, possibilitando-lhe capacitação e possibilidades
para seu desenvolvimento e inclusão social.
Assim, aquele que antes era excluído digital e socialmente, poderá passar a
manter uma postura ativa perante a sociedade assumindo para si a responsabilidade
de contribuir para decidir os rumos da sociedade que participa.
46
Conclusão
Certo é que todos temos direito à liberdade informativa, tendo como centro o
indivíduo, bem como ter garantido o direito à intimidade, e por conseqüência o
controle das informações sobre si mesmo, e também o direito à disponibilidade
universal da informação, podendo obter informação sobre qualquer coisa, até os
limites acima citados.
ideologias e possibilidades.
Bibliografia
ARENHART; Sergio Cruz; A Tutela Inibitória da Vida Privada, São Paulo; RT;
2000.
CHAUÍ, Marilena; O Que é Ideologia; 13ª edição; Coleção Primeiras; São Paulo;
Brasiliense; 1980.
LIMA VAZ, Henrique Cláudio de; Escritos de Filosofia II: Ética e Cultura; São
Paulo; Loyola; 1988.
SILVA, José Afonso da; Curso de Direito Constitucional; 24ª edição; São Paulo;
Malheiros; 2005.
acessado em 18/03/2010.
Anexo I
Agravo de Instrumento No. 472.738-4 – Voto 10.448
Vistos.
Decide-se.
inaudita altera parte, devido à forte oposição a esse tipo de medida, em virtude do
art. 5º, LV, da CF. Evidente que seria recomendável citar as requeridas para
resposta, o que garantiria segurança da decisão judicial a ser proferida. Ocorre que
o direito dos envolvidos requer uma tutela de emergência, caracterizando uma
situação em que as providências de citação agravariam o risco de dano [periculum in
mora]. Nesse contexto, viável antecipar a tutela, ainda que sem a citação das
requeridas.
cede frente ao interesse público preponderante. A pessoa não poderá se opor, por
exemplo, que sua imagem-retrato seja incluída como parte de um cenário público,
como quando é fotografada participando de um evento público, de uma festa
popular, de um jogo esportivo, etc. Alguns segredos de pessoa notória podem ser
contados e não filmados, com a discrição necessária, em obras biográficas, como
anota, na Itália, LUIGI GAUDINO [La responsabilità extracontrattuale, Giuffrè,
Milano; 1994, p 248]: “sarà cioè lecita la narrazione della biografia, nom già la
traspozione cinematográfica di e episodi della sfera intima di una persona
riproposti esclusivamente per appagare la curiosità altrui”.
No caso em apreço, segundo consta dos autos, a exposição da imagem dos autores
é do tipo que causa depreciação, com ofensa ao resguardo e a reserva, porque são
filmagens que estão sendo transmitidas como forte apelo sexual e com sentido
obsceno. Nessa situação, lembra ADRIANO DE CUPIS, o consentimento da pessoa,
com a exposição de imagem lesiva à honra, é obrigatoriamente expresso e
específico [Os Direitos da Personalidade, Lisboa, 1961, p. 140], conceito que se
aplica à hipótese, pois, ainda que eles não proibissem a indiscrição do paparazzi,
como se aventou, deveria existir concordância deles para a publicação dos lances
íntimos, porque depõem contra o resguardo da privacidade.
Os paparazzi são conhecidos pelo modo agressivo com que atuam na captação das
imagens, informa REGINA SAHM [Direito à imagem no direito civil
contemporâneo, Atlas, 2002, p. 207], o que caracteriza a ilicitude de suas
atividades [voyeurismo]. Negar a tutela antecipada seria premiar a atuação desses
profissionais que não pedem autorização para suas filmagens e fotos e,
principalmente, legalizar o sensacionalismo e o escândalo propagados pelos meios
de comunicação, sem licença dos envolvidos.
A tutela inibitória que está modelada no art. 461, do CPC, foi introduzida no sistema
brasileiro para contornar os efeitos da crise do processo de conhecimento
[condenatório]. A opção por perdas e danos [tutela ressarcitória] nem sempre atende
os interesses imediatos dos titulares do direito subjetivo, pelo que a demora na
solução do pedido poderá recrudescer ou ampliar o dano que se busca reparar,
inviabilizando a ideologia da satisfação integral do lesado. Daí a necessidade de
58
“A vítima terá por escopo obter, por parte do Judiciário, a cessação da execução da
violação. A interdição da perturbação dar-se-á através de tutela inibitória, que além
de fazer cessar o atentado atual e contínuo, removendo os efeitos danosos que são
produzidos e que se protraem no tempo, possui natureza preventiva contra a
possível prática de novos atentados pelo mesmo autor. As ações típicas destinadas
para tutelar preventivamente a vítima de atos atentatórios ao seu direito de
personalidade, consiste na ação inibitória antecipada, na ação de preceito
cominatório, da tutela antecipada e das medidas cautelares atípicas, como a busca e
apreensão e o seqüestro, e das medidas cautelares atípicas”.
Não importa que seja verdade; os autores da ação querem preservar direitos
tutelados pela Constituição Federal, de modo que as cenas de suas vidas privadas
não podem ser mais veiculadas. O interesse do público não é mais importante que a
evolução do Direito da intimidade e da privacidade e que estão sendo seria e
gravemente afetados pela exploração da imagem.
Tendo em vista que o vídeo não contém matéria de interesse social ou público, há
uma forte tendência de ser, no final, capitulada como grave a culpa daqueles que
publicaram, sem consentimento dos retratados e filmados, as cenas íntimas e que
são reservadas como patrimônio privado. Portanto e porque as pessoas envolvidas
são conhecidas, a exploração da imagem poderá ter um sentido e uma conotação
mercantilista, o que justifica mensurar a astreinte na mesma proporção das
vantagens que as requeridas pretendem auferir com a divulgação, sob pena de se
tornar inócua a providência judicial.
Pelo exposto, dá-se provimento para conceder a tutela antecipada, inaudita altera
parte, nos moldes do pedido inicial, expedindo-se, com urgência, ofício para que o
Juízo de Primeiro Grau expeça comunicado, via fax, para que as rés cumpram a
ordem de abstenção, sob pena de multa diária de R$ 250.000,00, para cada uma,
em caso de transgressão.
Relator
Pois bem.
Cabe lembrar que os temas de direito não podem ser discutidos sob ótica que não
seja absolutamente contemporânea aos tempos vividos, em que a velocidade da
internet se somou aos demais meios de comunicação social, e, inegavelmente, pela
velocidade, com grande supremacia em termos de veiculação de fatos de interesse
geral da coletividade. A rede mundial que compõe a internet traz à lume toda a
modernidade dos novos tempos, mostrando instantaneamente os fatos e os
acontecimentos públicos havidos em qualquer parte do planeta, na mais perfeita
demonstração de que o homem, no que se refere à informação avançou de modo
inexorável para o Século XXI.
A análise de qualquer direito fundamental que não considere este novo veículo de
comunicação será inadequada como forma de traduzir o também novo sentimento
jurídico acerca de qualquer tipo de censura ligado às empresas nacionais que
mantêm páginas na internet, esta maravilhosa rede de computadores que encurtou
todas as distâncias, que fez o tempo passar tão velozmente a ponto de o furo de
reportagem da manhã estar envelhecida no começo da tarde, e em que o mundo,
com os seus fatos importantes e de interesse geral da sociedade, aparece a um
clique na tela do computador pessoal de cada cidadão.
62
Ignorar esta realidade poderá conduzir, não raro, a uma decisão judicial
absolutamente inócua, quase surreal, porque enquanto o mundo todo já viu as
imagens e leu as notícias (inclusive guardando-as em seu computador pessoal os
que as colecionam), e que continuam espalhadas em incontáveis outros sites pelo
mundo a fora, acessíveis a qualquer brasileiro, censura-se um provedor brasileiro de
manter na sua página eletrônica o que todo mundo já viu e que o mundo inteiro
continua mostrando.
As cenas exibidas no filme que num só dia circulou o mundo pela internet, passando
pela tela de todos que possuem um computador em casa ou no trabalho, revelam de
modo claro que não houve nenhuma preocupação dos autores com a possibilidade
de serem vistos, olhados, fotografados e filmados, mesmo estando na mais aberta
demonstração da intimidade de um casal, deixando, obviamente, ao abandono,
qualquer princípio de preocupação sobre a privacidade que as pessoas
normalmente têm em relação à própria sensualidade.
Quem age assim em local absolutamente público, sendo pessoa pública, não pode
reclamar da exposição que a mídia em geral dá pela natural curiosidade do ser
humano em relação aos artistas e modelos famosos. Exposição que não passa
daquela exposta pelos protagonistas, que, embalados pelo sucesso e pela paixão do
momento e do lugar, não se preocuparam com a própria privacidade e intimidade. A
63
E não me impressiona, com a máxima vênia, pela simples e boa razão de que o
direito à imagem, se excesso houve, partiu da própria conduta dos autores, que,
famosos e conhecidos, se dispuseram a saciar suas sensualidades mediante
atrevida troca de carinhos corporais numa praia pública e badalada da costa
espanhola, cientes de serem vistos e olhados por quem lá estava, e conscientes de
que deveriam estar sendo fotografados e filmados.
Não se pode mais conceber que direitos constitucionais fundamentais possam ser
usados de forma tão simples, a um desejo de não quero mais, sem qualquer vínculo
64
Claro que o tema jurídico, pela sua relevância e importância na vida do cidadão, não
se esgota nem se exaure no quanto afirmado, mas torna controvertido ao extremo o
direito invocado, circunstância que impede o deferimento da tutela antecipada. Isso
porque a prova da verossimilhança exige, como já o disseram todos os
doutrinadores nacionais, prima facie, a prova da presença do direito invocado de
modo tão claro e límpido que se pode antecipá-lo antes mesmo da instauração do
devido processo legal e do contraditório.
E por não vislumbrar essa prova da verossimilhança é que, com a devida vênia do
digno desembargador relator, e sem prejuízo de ao final se entender presente o
direito invocado, não posso concordar com a antecipação de tutela pretendida.
Há mais, contudo.
Seja como for, o fato é que há possibilidade de reparação do dano pela sua forma
tradicional das perdas e danos, sem necessidade, em princípio, de violar o direito à
informação relacionado a fato verdadeiro e cuja exposição, insista-se, somente
ocorreu em decorrência da conduta permissiva dos agravantes.
Pelo exposto, e com a máxima vênia aos entendimentos contrários, o meu voto é
pelo indeferimento da antecipação de tutela.
MAIA DA CUNHA
DESEMBARGADOR REVISOR
Contudo, nesse outro tempo e relacionamento, não agiu com idêntica cautela. É
evidente que não haveria como impedir qualquer registro de sua presença em um
local público e movimentado, mas, a considerar aquele anterior espírito que foi de
preservar sua privacidade, não tenho dúvida que a agravante bem sabia desse risco,
mais ainda quando não só reagiu como também agiu nesse afeto que
demonstravam, reitere-se, publicamente, daí surgindo algum excesso e, com este, a
reclamação a título de violação da sua intimidade pela indevida e injustificada
66
exploração por parte dos agravados dessas imagens, realizadas por um paparazzi.
Daí porque, a princípio, a conduta dos agravantes bem se aproxima daquilo que o
MM.Juiz Alcides Leopoldo e Silva Junior, anotou como renuncia ao direito a
privacidade e intimidade. Aliás, sobre isso, entende-se que significa “viver de forma
independente com um mínimo de ingerência alheia”. (cf.A pessoa pública e seu
direito de imagem, Ed.Juarez de Oliveira, pág.85
Nesse sentido:
Desta forma, mesmo que na ofensa à honra no campo civil seja indiferente a
veracidade ou não do fato considerado lesivo, a permissibilidade de sua
divulgação está contida apenas no interesse público justificado e, neste caso,
a divulgação deve referir-se a fato verdadeiro. Pode ocorrer que a divulgação
de certos fatos verdadeiros corresponda a um interesse social, como os que
ocorrem nas relações profissionais. Mesmo que um fato seja tido por
desonroso, como nas informações bancárias, a finalidade da informação
justifica extravasar a notícia do fato. (Aparecida Amarante, Responsabilidade
civil por dano à honra, 5ª ed., BH: Del Rey, 2001, p. 118/119).
Daí porque, a meu ver, a insurgência somente se justifica pela proporção que isso
alcançou, apesar de que, a esse momento do processo, não é possível afirmar se
em muito superou o que se imaginou ou, apenas, não foi satisfatoriamente avaliada,
de resto, tal como poderia ou, no mínimo, deveria ocorrer. Afinal, pelas
circunstâncias, à agravante, uma pessoa pública e desse meio da mídia, não é
razoável a negativa de que não tenha previsto esse resultado, além do que, ao se
constatar que a filmagem não é curta, ao contrário, é seqüencial e progressiva, fica
evidente que os protagonistas também se descuidaram desse elemento tempo de
exposição e, por óbvio, maiores conseqüências.
Ou, a reiterada e não autorizada divulgação dessa cena até porque não se trata de
uma questão de significativo interesse público, jornalístico ou similar. É mera
curiosidade, algum sensacionalismo, e, talvez, muita fantasia.
Contudo, para evitar dúvidas ou equívocos, ouso a uma ressalva que diz respeito a
uma questão também técnica, da execução dessa medida e que, no caso, não pode
afetar os agravados, inclusive no tocante a multa diária que é arbitrada.
Pela natureza do meio de divulgação, Internet, sabe-se que isso pode estar em
outros sites, inúmeros deles particulares, pelo que não há como obrigar os
agravados ao exercício de um verdadeiro direito de seqüela em benefício dos
agravantes tão somente pela afirmação de que foram os primeiros a proceder a
divulgação que agora se proíbe, e, portanto, em tudo responsáveis.
Anexo II
Programas nacionais de Inclusão Digital
Ação Digital – MT
O Ação Digital- MT foi criado em 2004 e vem democratizando o acesso às tecnologias do mundo
virtual. O projeto atende bairros carentes da capital e municípios do interior, com a instalação de
locais com computadores conectados à internet.
http://www.acaodigital.mt.gov.br/
Acessa Jundiaí
O Projeto Acessa Jundiaí consiste em disponibilizar gratuitamente equipamentos de informática,
como micro-computadores, impressoras e acesso à internet. Conta também com monitores para
orientar o munícipe e atender às necessidades específicas.
http://acessa.jundiai.sp.gov.br/
Banco do Brasil
O Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil doa computadores, treina monitores e articula
parcerias para fomentar o desenvolvimento local e o acesso à informação pelas populações carentes.
http://www.bb.com.br/portalbb/page3,8305,8402,0,0,1,6.bb?cod...
BH - Digital
O projeto de inclusão digital teve início em 2005 e tem por objetivo cobrir 95% da área da cidade com
internet sem fio de alta velocidade até o início de 2008.
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=por...
Casa Brasil
Casa Brasil é um projeto do Governo Federal que tem como principal objetivo reduzir a desigualdade
social em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), através do forte apoio à
produção cultural local e da capacitação em tecnologia.
http://www.casabrasil.gov.br/
70
Casa Vitória
Os telecentros Casa Vitória são resultado da parceria entre o projeto Casa Brasil e da Prefeitura de
Vitória. Suas principais linhas de ação são comunicação comunitária, educação ambiental, economia
solidária e cultura livre/software livre.
http://www.vitoria.es.gov.br/hot-sites/vitoriadigital/inicia...
Cidadão.Net - MG
Uma iniciativa que busca democratizar o acesso às tecnologias da informação e comunicação,
preparando os cidadãos das comunidades excluídas para o exercício efetivo e amplo da cidadania
por meio de computadores com impressora e acesso à internet.
http://www.mg.gov.br/governomg/ecp/comunidade.do?app=governo...
COEP
O COEP em parceria com o Ministério das Comunicações implantou os telecentros comunitários de
informática em organizações integrantes do programa Comunidade COEP na região Nordeste.
http://www.comunidadescoep.org.br/acoes_telecentros.asp
Comunidade Digital - AC
Programa de inclusão digital do Governo do Estado do Acre promove o uso intensivo da tecnologia
da informação para ampliar a cidadania e combater as diferenças, visando garantir a privacidade e
segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da informação e o fortalecimento do
desenvolvimento local por meio dos Telecentros.
http://www.comunidadedigital.ac.gov.br/
Consulado da Mulher
71
CVT - MCT
Os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) são unidades de ensino e de profissionalização,
voltados para a difusão do acesso ao conhecimento científico e tecnológico, conhecimentos práticos
na área de serviços técnicos, além da transferência de conhecimentos tecnológicos na área de
processo produtivo.
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/77600.html
Cyberela
A Rede Cyberela é uma das estratégias do Projeto de Inclusão Digital de Mulheres Comunicadoras
da ONG CEMINA. O objetivo é qualificar e incentivar essas comunicadoras a produzir conteúdo com
a perspectiva de gênero utilizando as TIC's.
http://www.cemina.org.br/a_redecyberela.asp
DF Digital - DF
O DF Digital foi criado com o objetivo de oferecer à população do Distrito Federal oportunidade de
inclusão digital mediante cursos de informática e acesso à internet promovendo também a inclusão
social por meio de capacitação profissional.
http://www.dfdigital.df.gov.br/
O projeto das Estações Digitais é desenvolvido pela Prefeitura de João Pessoa em parceria com o
Ministério da Ciência e Tecnologia. Cada estação tem 11 computadores, impressora e scanner, onde
são oferecidos cursos básicos de informática.
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/?n=12970
Expresso Cidadão - PE
O objetivo do Expresso Cidadão é simplificar a vida do cidadão, disponibilizando diversos serviços
reunidos num só local. Em cada unidade, o usuário encontra diferentes serviços, além de acesso à
internet e uso de computadores.
http://www2.expressocidadao.pe.gov.br/web/expcidadao
Faetec Digital
O programa Faetec Digital é uma iniciativa do governo do Estado que oferece acesso gratuito à
Internet banda larga em unidades distribuídas em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro
http://www.faetec.rj.gov.br/faetecdigital/
FECAM - RN
O projeto da FECAM - Federação de Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte - tem, em parceria
com as Câmaras das cidades diversos telecentros instalados nos municipios do Rio Grande do Norte,
a fim de beneficiar a população que neles residem.
http://www.fecamrn.org.br/
Fundação Bradesco
Os CIDs-Centros de Inclusão Digital são laboratórios de tecnologia da informação criados
especialmente para atender comunidades onde o acesso à tecnologia é limitado. Objetiva também
promover a inclusão digital e estimular a responsabilidade social.
http://www.cid.org.br/
Fundação Orsa
Viabiliza a criação de estruturas de comunicação local, onde a comunidade pode navegar na internet
compreendendo as diferentes ferramentas de inclusão digital através da participação sistemática em
atividades planejadas.
http://www.fundacaoorsa.org.br/
Garagem Digital
O Programa Garagem Digital tem por objetivo promover a inclusão digital de forma a contribuir com o
processo educacional de jovens e com o desenvolvimento de suas comunidades.
http://www.centec.org.br/index.php/programas-a-projetos/gara...
73
Gemas da Terra - MG
A Gemas da Terra atende às comunidades rurais de Minas Gerais, oferecendo acesso à Internet e
integração com as outras comunidades da rede.
http://www.gemasdaterra.org.br/
Gesac
Provê conexão via satélite à Internet para escolas, telecentros, ONGs, comunidades distantes e
bases militares fronteiriças, além de oferecer serviços como conta de e-mail, hospedagem de páginas
e capacitação de agentes multiplicadores locais.
http://www.idbrasil.gov.br/
Goiás Digital - GO
O programa Goiás Digital pretende facilitar a comunicação entre cidadãos e governo por meio de
quiosques de auto-atendimento com serviços online e telecentros de apoio, com oficinas e acesso à
internet, priorizando a cidadania por meio da tecnologia.
http://www.administracao.go.gov.br/index.php?idp=774&editori...
Ilhas Digitais - CE
O objetivo do programa é democratizar a informação veiculada pela Internet e promover a inclusão
digital no Estado do Ceará, bem como dar oportunidade para os usuários a aprimorarem seus
conhecimentos, adquirindo experiência para o campo profissional.
http://www2.ceasa-ce.com.br/IlhaProjeto.htm
Internet Comunitária - RJ
O programa funciona com laboratórios de informática em todo o Estado do Rio de Janeiro,
oferecendo à população treinamentos gratuitos de alfabetização digital, acesso à web em banda larga
e a diversos serviços de governo eletrônico.
http://www.internetcomunitaria.rj.gov.br
Jovem.Com - Campinas
O Jovem.Com, programa de inclusão digital da Prefeitura de Campinas, oferece à população acesso
à Internet e a cursos de informática. Os jovens participam de oficinas sócio-educativas sobre temas
diversos e realizam várias atividades transversais.
http://www.campinas.sp.gov.br/governo/cidadania-assitencia-e...
Mangaratiba Digital
O Projeto Mangaratiba Digital tem por objetivo incluir digital e socialmente as comunidades carentes,
garantindo o acesso a informação, democratizando o uso da Internet, representando um ganho
74
Ministério da Defesa
Apóia telecentros que possuem conexão fornecida pelo Gesac, além de outras iniciativas para
inclusão digital.
Ministério do Planejamento
O órgão é responsável pela manutenção do portal Inclusão Digital do Governo Federal e pelo
Observatório Nacional de Inclusão Digital, em parceria com a sociedade civil. Também apóia um
conjunto de telecentros, viabilizando a participação de seus representantes em eventos de inclusão
digital, e conexão à internet junto ao Gesac.
http://www.inclusaodigital.gov.br/
Moradia e Cidadania
A ONG Moradia e Cidadania visa promover a cidadania para a população socialmente excluída, por
meio da educação e da geração de trabalho e renda e do uso do computador e o acesso à Internet.
http://www.moradiaecidadania.org.br/projetos/projetos.php
Navega Pantanal
O projeto procura promover a inclusão digital em comunidades remotas da Bacia do Alto Paraguai
visando estabelecer programas e estratégias de ações capazes de romper o isolamento geográfico
imposto naturalmente às comunidades localizadas no local.
http://www.navegapantanal.fmb.org.br/
NAVEGAPARÁ - PA
Programa de inclusão digital que possibilita o acesso a informação e a educação permitindo assim
uma maior inclusão social.
http://www.navegapara.pa.gov.br/
Osasco Digital
O Programa Osasco Digital tem por objetivo permitir aos cidadãos osasquenses o acesso à
tecnologia da informação e da comunicação através da implantação de Centros de Inclusão Digital-
CID's.
http://osascodigital.org.br/
Palmas Virtual
O Projeto Palmas Virtual é parte integrante do programa de Inclusão Digital do Governo Municipal e
tem por objetivo oferecer acesso gratuito à tecnologia da informação, promovendo o desenvolvimento
da fluência tecnológica.
http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/49-2009-...
Paracambi Digital
O programa oferece cursos de capacitação em sistemas de informação que abrangem os níveis
básico e avançado, incluindo html e computação gráfica.
http://www.paracambi.rj.gov.br/index.php?option=com_content&...
Paranavegar - PR
O objetivo geral do Paranavegar é disponibilizar computadores com acesso à internet a toda a
população do Paraná e formar pessoas da própria comunidade que tenham interesse e capacidade
de articulação com o seu meio.
76
http://www.telecentros.pr.gov.br/
Piraí Digital
O Programa Piraí Digital ter por objetivo a democratização do acesso aos meios de informatização e
comunicação com o intuito de gerar oportunidades de desenvolvimento econômico e social.
http://www.piraidigital.com.br/
Pontos de Cultura
Os Pontos de Cultura são responsáveis por articular e impulsionar as ações já existentes nas
comunidades. Um dos principais aspectos dos Pontos é a transversalidade da cultura e a gestão
compartilhada entre poder público e a comunidade.
http://www.cultura.gov.br/cultura_viva/?page_id=31
Prefeitura de Colatina
O programa oferece cursos básicos de informática em telecentros localizados nas regiões menos
favorecidas. Os telecentros disponibilizam o acesso livre fora dos horários reservados para os cursos.
http://www.colatina.es.gov.br/noticias/noticias.php?area=ass...
Prefeitura de Guarulhos
O Programa de Inclusão Digital da Prefeitura de Guarulhos foca o uso da tecnologia voltada para o
mercado de trabalho seja na recolocação profissional ou o primeiro emprego.
http://www.guarulhos.sp.gov.br/
Programando o Futuro
O objetivo da Programando o Futuro é fortalecer as iniciativas da sociedade civil organizada na
apropriação das tecnologias de informação e comunicação como forma de colaborar no
desenvolvimento sustentável de suas comunidades.
http://www.programandoofuturo.org.br/site/
PROINFO/MEC
78
Projeto Beija-Flor - SC
O projeto Beija-Flor proporciona acesso livre e gratuito aos recursos da informática para quem vive
nas áreas rurais e de pesca do estado de Santa Catarina.
http://www.beijaflor.agricultura.sc.gov.br/
Projeto CID
O objeto do projeto é proporcionar a inclusão digital, por meio da implantação dos Centros de
Inclusão Digital em três municípios da Baixada Fluminense (Duque de Caxias, São João de Meriti e
Belford Roxo).
http://www.baixadadigital.com.br/ocid.html
Quiosque Cidadão
O projeto instala computadores conectados à internet banda larga em bibliotecas públicas, escolas ou
em outros espaços públicos. Conta com softwares livres educativos, tais como meio ambiente,
relacionamento racial, direitos e deveres do cidadão, prevenção às drogas, alcoolismo e doenças
sexualmente transmissíveis, guia de profissões, entre outros.
http://www.mi.gov.br/programas/desenvolvimentodocentrooeste/...
Rede Jovem
O programa , responsável pela implantação de Espaços Jovem – telecentros comunitários, ambientes
de troca e solução coletiva de questões da juventude – atua nas periferias das áreas metropolitanas
do país, oferecendo à juventude oportunidades de interação com novas tecnologias.
http://www.redejovem.org.br/
Rede Saci
A Rede SACI atua como facilitadora da comunicação e da difusão de informações sobre deficiência,
visando estimular a inclusão social e digital, a melhoria da qualidade de vida e o exercício da
cidadania das pessoas com deficiência.
http://www.saci.org.br/
Ribeirão Jovem
O programa pretende, por meio dos seus Centros de Inclusão Digital (CIDs) e bases de apoio
comunitário (BACs), preparar jovens para as mudanças tecnológicas que influenciam diretamente seu
dia a dia.
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/rbjovem/i99principal.htm
Se Liga
O Programa Se Liga é um projeto de inclusão digital da Prefeitura de Maracanaú em parceria com o
SEBRAE. O objetivo é construir a cidadania digital, além de fomentar o empreendedorismo local.
http://www.maracanau.ce.gov.br/ciencia-tecnologia-e-empreend...
Tabuleiro Digital
Projeto de inclusão digital da Faculdade de Educação – FACED/UFBa, que concebe espaço para
acesso à internet, troca de e-mail e trocas culturais, enquanto espaço de encontros, de modo rápido e
ágil.
http://www.tabuleirodigital.com.br/twiki/bin/view/Tabuleiro/...
Telecentros Itaipu
81
O projeto faz parte da proposta de Responsabilidade Social de Itaipu e promove a inclusão digital de
comunidades carentes e micro e pequenos empresários, oferecendo o acesso e a capacitação para
utilizar a informática como meio de profissionalização.
http://jie.itaipu.gov.br/?secao=imagem_dia&q=pt/node/418
Telecentros Petrobrás
Cada unidade do projeto conta com 10 a 20 computadores ligados à Internet, em entidades de
regiões de baixo IDH de todo o Brasil. Visam ampliar a cidadania por meio da inclusão digital,
fazendo uso intensivo da tecnologia de informação.
http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=/Respon...
Via Pública - RS
O Via Pública é um projeto que visa criar e manter pontos de acesso público à Internet em todo o Rio
Grande do Sul, contribuindo, desta forma, para a disseminação e o compartilhamento do
conhecimento e da informação.
http://www.viapublica.rs.gov.br/
Villa Livre
O programa Villa Livre tem a finalidade de promover a inclusão digital e social utilizando o software
livre. Capacita os interessados em digitalização de áudio, edição e veiculação em rádio online.
http://www.uenf.br/Uenf/Pages/Reitoria/Villa_Maria/?&modelo=...
Viva Rio - RJ
As salas do projeto, localizadas em comunidades de baixa renda, são espaços destinados ao
desenvolvimento da economia local e da cidadania, e promovem cursos de qualificação profissional,
democratização da internet e geração de renda e emprego.
http://www.vivario.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start....
82
Anexo III
Serviços e Conteúdos nos Telecentros
Relatório final da pesquisa
A primeira pesquisa elaborada pelo ONID procurou conferir quais são os serviços
utilizados pelos usuários, além de levantar as permissões e proibições de conteúdo nos
telecentros.
A expectativa dos resultados com relação aos serviços online mais utilizados nos
telecentros era de que fossem relativos a sites de relacionamento, como orkut; e
comunicadores instantâneos, como o MSN, tendência de análise baseada em um senso
comum. Porém, a pesquisa nos revelou um dado diferente, pois os serviços indicados
como “sempre” procurados foram os relacionados à pesquisa escolar (92,62%) e ao e-mail
(90,86%).
pesquisa escolar
notícias
sites de relacionamento
comunicadores instantâneos
multimídia
1
___________________________________________________________________________________________________
Os dados apresentados acima revelam o telecentro como um espaço que privilegia um uso
mais voltado para o consumo de informações e não necessariamente como um espaço
alternativo à diversão. Isto pode ser reforçado com a baixa taxa que os jogos online
apresentaram em nossa pesquisa, sendo apontado como serviço “nunca” procurado em
29,10% das respostas.
jogos
salas de bate-papo
álbuns de fotos
blogs
busca de empregos
e-gov
Considerando já os dados de que os serviços online mais procurados são pesquisa escolar
e e-mail, não causou estranheza que trabalhos escolares e impressão estivessem entre os
maiores percentuais de uso de serviços offline (90,58% e 71,03% respectivamente). Outro
serviço que teve destaque foi a elaboração de currículos, que ficou em segundo lugar com
71,90%. Já com as menores taxas de procura ficaram os serviços de descarregar mídia;
com 63%, e de gravar CDs e DVDs, com 44,33%.
2
___________________________________________________________________________________________________
O quadro abaixo mostra os serviços offline mais utilizados e sua taxa de procura.
90,58%
100%
71,90% 71,03%
80% 63,00%
60% 44,33%
40%
20%
0%
trabalho elaboração de impressão descarregar gravar CDs e
escolar currículo mídia DVDs
trabalho escolar elaboração de currículo impressão descarregar mídia gravar CDs e DVDs
Proibições
Uma grande polêmica é sempre criada com relação a filtragem de conteúdo na internet:
como os pais devem controlar, o que a empresa deve permitir, o que a escola pode utilizar
como recurso pedagógico. Tentamos compreender como o telecentro se insere neste
contexto questionando se existe alguma restrição e controle de conteúdos acessados.
De acordo com os 571 respondentes desta questão, em 86,16% dos telecentros existe a
proibição de algum tipo de conteúdo.
3
___________________________________________________________________________________________________
Conteúdos proibidos
Proibem Não proibem
600
89,88%
83,94%
81,15%
500 78,53% 78,53%
66,49%
Número de respondentes
400
300
33,51%
200
21,47% 21,47%
18,85%
16,06%
100 10,12%
0
sites de conteúdo jogos com jogos em geral salas de bate- sites de comunicadores
adulto violência papo relacionamento instantâneos
Dos resultados que obtivemos das proibições, de um total de 573 respostas, pode-se
perceber uma diferença com relação aos jogos com violência, proibidos em 66,49% dos
casos, e jogos em geral, restritos em apenas 21,47%.
Esta diferença parece ser originária de uma crença de que jogos com violência estimulam
a violência, e por este motivo, devem ser proibidos. Podemos observar este argumento no
comentário de um dos respondentes, quando perguntado o motivo pelo qual concorda ou
não com a proibição:
4
___________________________________________________________________________________________________
Na tabela abaixo estão listados alguns motivos pelos quais os telecentristas acreditam ser
benéficas as restrições.
Outro motivo apontado é que nestes espaços a internet deve ser utilizada como uma
ferramenta pedagógica, que auxilie na educação dos usuários.
Além disto, certos conteúdos deveriam ter seu acesso restringido por não atender aos
objetivos dos telecentros e por serem considerados inadequados a este ambiente.
Em relação àqueles que não concordam com as proibições, podemos observar que há um
consenso de que a internet é uma excelente ferramenta de aprendizagem quando é
utilizada adequadamente. Sendo assim, consideram como ideal não proibir o acesso e sim
conscientizar os usuários quanto ao que se deve ser acessado.
5
___________________________________________________________________________________________________
38,15%
Nordeste
Sudeste 33,33%
10,52%
Sul
Norte 9,80%
8,20%
Centro-Oeste
Conclusão
Por fim, considerando os dados das proibições, inferimos que há uma percepção por parte
dos respondentes de que certos conteúdos como sites com temas adultos ou que fazem
apologia a violência, crime, sexo ou qualquer tipo de preconceito, não correspondem a
conteúdos que devam ser acessados em telecentros.
Atenciosamente,
Equipe ONID
6
___________________________________________________________________________________________________
Anexo IV
Produção de Conteúdos nos Telecentros
Relatório final da pesquisa
A segunda pesquisa elaborada pelo ONID teve por objetivo conferir se há produção de conteúdo
nos telecentros, quais são os softwares utilizados e quais os equipamentos disponibilizados para
esta produção.
A tabulação desta pesquisa foi realizada com os dados obtidos de 14 a 31 de agosto de 2008 e até
esta data, houve 590 respostas.
A análise apresentada abaixo não tem a pretensão de generalizar os dados e reflete somente
resultados e conclusões sobre telecentros que participaram desta pesquisa.
Produção de conteúdo
Dos telecentros que responderam a nossa pesquisa; 292 (49%) disseram produzir algum tipo de
conteúdo. A região Nordeste se destacou como a região com a maior produção, com 45% do total
de respondentes; seguida da Sudeste (27%), Sul (16%), Centro-Oeste (7%) e Norte (5%).
Perguntamos também qual o conteúdo produzido e observamos que publicações (jornais, textos e
blogs) e imagens (ilustração e fotografia) ficaram entre os mais apontados, com respectivamente
31% e 30% das respostas. Já a produção audiovisual foi citada por 82 telecentros, o que representa
28%.
A região que mais se diferencia das demais é a Sul que apresenta uma maior produção de materiais
audiovisuais, se comparada proporcionalmente às outras regiões. A seguir podemos observar estas
variações no gráfico comparativo.
50%
45% 44%
43%
40%
30% 28%
25% 24% 24%
20% 17%
15%
10%
10% 6% 6% 5% 5%
3%
0%
Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste Norte
___________________________________________________________________________________________________
1
IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos
Relatório final da pesquisa
Com estes resultados, percebemos que a produção existente nos telecentros é pequena ou
incipiente. Esta percepção também pode ser observada no gráfico abaixo que representa o
interesse dos telecentros em projetos para a produção de conteúdo.
35%
31%
10%
12%
12%
Não tem interesse
Tem interesse, mas falta apoio dos gestores, equipamentos e/ou recursos financeiros
Nele vemos que dos 208 respondentes desta pergunta, 35% não têm interesse em nenhum projeto
de produção de conteúdo. Nas respostas abertas, percebemos que muitas vezes existe o interesse
em realizar determinados projetos, mas os telecentros não contam com apoio de seus
coordenadores e não possuem recursos ou pessoas capacitadas para seguirem com o projeto.
“Ainda não, o meu gestor, nunca se interessa por fazer oficina alguma ou qualquer
outro projeto em nosso telecentro”.
A produção de conteúdos muitas vezes pode ser determinada pela disponibilidade de equipamentos
nos telecentros, por isso perguntamos quais são os equipamentos disponíveis aos usuários e como
este uso é feito.
No gráfico a seguir, podemos observar que a maioria dos telecentros possui equipamentos básicos
de informática como: impressora (82%), gravadores de CD (62%) e fones e caixas de som (49%).
___________________________________________________________________________________________________
2
IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos
Relatório final da pesquisa
Gravador de CD 62%
Scanner 28%
Microfone(s) 23%
Webcam 14%
Em relação a outros tipos de equipamentos para realizar produções como câmeras fotográficas e
filmadoras digitais vemos que o número diminui e apenas 21% e 10% dos respondentes afirmam
possuir este tipo de equipamento.
Finalmente, perguntamos sobre a disponibilidade de uso destes equipamentos aos usuários dos
telecentros. Apesar de 86% (508) dos nossos respondentes falarem que qualquer usuário pode
fazer uso dos equipamentos, quando perguntado sobre os critérios de uso, 37 afirmaram que
apenas monitores, a equipe do telecentro e pessoal autorizado podem utilizá-los.
“O uso dos equipamentos é só para quem trabalha no telecentro, ex: tirar fotos para
relatório ou gravar um vídeo para a instituição. Já a impressora e o scanner faz
parte dos serviços oferecidos no telecentro”.
“Em alguns equipamentos não, por exemplo o datashow, por ser um material muito
delicado e caro só os funcionários fazem o manuseio”.
E em apenas 24 respostas disseram que os equipamentos são usados durante oficinas e cursos
de capacitação.
“Todos esses equipamentos são disponibilizados aos usuários que participam dos
processos de formação”.
Softwares utilizados
Em relação aos softwares de edição do conteúdo produzido, esta pesquisa mostra que, no geral,
existe um maior número de telecentros que utiliza softwares proprietários (218 respondentes) e
apenas 163 citaram softwares livre em suas respostas.
___________________________________________________________________________________________________
3
IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos
Relatório final da pesquisa
100
Para tratamento do áudio, os
80
39% 38% dois softwares mais utilizados
são o proprietário Adobe
Soundbooth, 43% e o software
60
livre Audacity, 41%. Em
terceiro lugar, temos o
40
15% proprietário, Sony Soundforge,
16%, seguido dos softwares
20 livre XMMS (5%), Amarok (2%)
5%
2% 2%
e Totem Movie Player (2%).
0
A do be A udacity So ny XM M S A maro k To tem
So undbo o th So undfo rge M o vie P layer
___________________________________________________________________________________________________
4
IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos
Relatório final da pesquisa
"Estamos nos preparando para fazer uma oficina de rádio web, no momento é a
única coisa que podemos produzir e, depois disso incentivar através de uma oficina
a outras pessoas a aprenderem sobre o tema".
Em relação à distribuição das respostas pelas regiões do Brasil, as maiores taxas de retorno à
nossa pesquisa foram de telecentros situados na região Nordeste, com 45,33% das respostas, de
um total de 578. Com o menor número de respostas, ficou a região Centro-oeste com 38 respostas,
representando 6,57% do total de respondentes.
Respondentes por região
45,33%
Nordeste
25,43%
Sudeste
Sul 14,88%
7,79%
Norte
Centro-Oeste 6,57%
Número de respondentes
Conclusão
Segundo os resultados desta pesquisa, podemos dizer que a produção de conteúdos nos
telecentros ainda é incipiente. Isto pode ser atribuído a alguns fatores como a falta de recursos e de
pessoas capacitadas para a produção. Dentre os conteúdos produzidos, verificamos que há uma
preponderância em publicações e um grande interesse em produções de jornais.
Atenciosamente,
Equipe ONID
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IPSO – Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos