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Índice

LEI No 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976


Pág 05
Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários

RESOLUCAO 2838, DE 30 DE MAIO DE 2001


Pág 13
Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento

RESOLUCAO 3.158, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2003


Dispõe sobre a certificação de empregados das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar Pág 13
pelo Banco Central do Brasil

INSTRUÇÃO CVM N.º 409, DE 18 DE AGOSTO DE 2004


Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de Pág 14
investimento

INSTRUÇÃO CVM Nº 434, DE 22 DE JUNHO DE 2006


Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento e revoga as Instruções CVM nºs 355, de 1º de agosto Pág 38
de 2001, e 366, de 29 de maio de 2002

INSTRUÇÃO CVM Nº 461, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007


Disciplina o funcionamento dos mercados regulamentados de valores mobiliários, bem como a constituição,
Pág 41
organização, funcionamento e extinção das bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros e mercados de balcão
organizado

DECRETO Nº 3.859, DE 4 DE JULHO DE 2001


Pág 58
Estabelece as características dos Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna.

LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998


Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema
Pág 65
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá
outras providências.

CIRCULAR BACEN 3.461 DE 24 DE JULHO DE 2009


Consolida as regras sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas Pág 69
com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.

IN CVM No 301, DE 16 DE ABRIL DE 1999


Dispõe sobre a identificação, o cadastro, o registro, as operações, a comunicação, os limites e a responsabilidade
Pág 74
administrativa de que tratam os incisos I e II do art. 10, I e II do art. 11, e os arts. 12 e 13, da Lei nº 9.613, de 3 de
março de 1998, referente aos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
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Curso Preparatório para Certificação de Agente Autônomo de Investimento - Prova de Maio de 2011
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ÍNDICE

LEI No 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976 05


CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais 05
CAPÍTULO II - Da Comissão de Valores Mobiliários 06
CAPíTULO III - Do Sistema de Distribuição 08
CAPíTULO IV - Da Negociação no Mercado 10
Seção I - Emissão e Distribuição 10
Seção II - Negociação na Bolsa e no Mercado de Balcão 10
CAPíTULO V - Das Companhias Abertas 11
CAPíTULO VI - Da Administração de Carteiras e Custódia de Valores Mobiliários 11
CAPíTULO VII - Dos Auditores Independentes, Consultores e Analistas de Valores
11
Mobiliários
CAPÍTULO VII-A - Do Comitê de Padrões Contábeis 12
CAPÍTULO VII-B - Dos Crimes Contra o Mercado de Capitais 12
Manipulação do Mercado 12
Uso Indevido de Informação Privilegiada 12
Exercício Irregular de Cargo, Profissão, Atividade ou função 12
CAPÍTULO VIII - Das Disposições Finais e Transitórias 12

RESOLUCAO 2838, DE 30 DE MAIO DE 2001 13

RESOLUCAO 3.158, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2003 13

INSTRUÇÃO CVM N.º 409, DE 18 DE AGOSTO DE 2004


CAPÍTULO I - DO ÂMBITO E DA FINALIDADE 14
CAPÍTULO II - DAS CARACTERÍSTICAS E DA CONSTITUIÇÃO 14
Seção I - Das Características 14
Seção II - Do Registro dos Fundos 15
Seção III - Das Cotas 15
Seção IV - Da Emissão e do Resgate de Cotas 16
CAPÍTULO III - DA SUBSCRIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE COTAS 17
Seção I - Do Registro de Distribuição de Cotas 17
Seção II - Do Registro de Distribuição de Cotas de Fundos Fechados 17
Seção III - Da Subscrição de Cotas 18
Seção IV - Da Subscrição de Cotas por Conta e Ordem 18
Seção V - Do Prospecto 19
CAPÍTULO IV - DO REGULAMENTO DO FUNDO 20
Seção I - Das Disposições Obrigatórias do Regulamento 20
Seção II - Da Alteração do Regulamento 21
CAPÍTULO V - DA ASSEMBLÉIA GERAL 21
Seção I - Da Competência 21
Seção II - Da Convocação e Instalação 21
Seção III - Das Deliberações 22
CAPÍTULO VI - DA ADMINISTRAÇÃO 22
Seção I - Das Disposições Gerais 22
Seção II - Da Remuneração 23
Seção III - Das Vedações 24
Seção IV - Das Obrigações do Administrador do Fundo 24
Seção IV - A - Das Normas de Conduta 25
Seção V - Da Substituição do Administrador e do Gestor 25
CAPÍTULO VII - DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES E DE RESULTADOS 25
Seção I - Das Informações Periódicas 25
Seção II - Das Informações Eventuais 26
Seção III - Das Informações de Venda e Distribuição 26
Seção IV - Das Demonstrações Contábeis e dos Relatórios de Auditoria 27
CAPÍTULO VIII - DA CARTEIRA 27
Seção I - Das Disposições Gerais 27
Seção II - Dos Limites por Emissor 27
Seção III - Dos Limites por Modalidade de Ativo Financeiro 28
Seção IV - Dos Deveres do Administrador e do Gestor quanto aos Limites de
29
Concentração
Seção V - Da Classificação dos Fundos 29
Subseção I - Dos Fundos Curto Prazo 29
Subseção II - Dos Fundos Referenciados 30
Subseção III - Dos Fundos Renda Fixa 30
Subseção IV - Dos Fundos Cambiais 30
Subseção V - Dos Fundos Ações 30
Subseção VI - Dos Fundos Dívida Externa 31
Subseção VII - Dos Fundos Multimercado 31
Subseção VIII - Normas relativas à concentração em créditos privados 31
CAPÍTULO IX - DOS ENCARGOS DO FUNDO 32
CAPÍTULO X - DA INCORPORAÇÃO, DA FUSÃO, DA CISÃO E DA
32
TRANSFORMAÇÃO
CAPÍTULO XI - DA LIQUIDAÇÃO E DO ENCERRAMENTO DO FUNDO 33

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Seção I - Da Liquidação 33
Seção II - Do Encerramento 33
CAPÍTULO XII - DOS FUNDOS PARA INVESTIDORES QUALIFICADOS 33
Seção I - Disposições Gerais 33
Seção II - Dos Fundos Exclusivos 34
CAPÍTULO XIII - DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE
34
INVESTIMENTO
CAPÍTULO XIV - DOS FUNDOS PREVIDENCIÁRIOS 35
CAPÍTULO XV - DAS PENALIDADES 35
CAPÍTULO XVI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 36
ANEXO 1 - Declaração de Condição de Investidor Qualificado e Termo de
37
Ciência de Risco de Crédito

INSTRUÇÃO CVM Nº 434, DE 22 DE JUNHO DE 2006 38


Âmbito e Finalidade 38
Definição 38
Exercício da Atividade 38
Autorização do Agente Autônomo - Pessoa Natural 38
Autorização do Agente Autônomo - Pessoa Jurídica 38
Prazo para a Concessão da Autorização 38
Indeferimento do Pedido e Recurso 39
Cancelamento da Autorização 39
Suspensão da Autorização 39
Atualização Cadastral 39
Normas de Conduta 39
Vedações 39
Responsabilidade do Agente Autônomo de Investimento 40
Penalidades e Multa Cominatória 40
Disposições Finais e Transitórias 40

INSTRUÇÃO CVM No 461, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007 41


CAPÍTULO I - MERCADOS REGULAMENTADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS 41
Seção I - Abrangência 41
CAPÍTULO II - MERCADOS ORGANIZADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS 41
Seção I - Classificação dos Mercados Organizados de Valores Mobiliários 41
Seção II - Normas Gerais 41
CAPÍTULO III - ENTIDADES ADMINISTRADORAS DE MERCADOS ORGANIZADOS
41
DE VALORES MOBILIÁRIOS
Seção I - Normas Gerais 41
Seção II - Deveres das Entidades Administradoras 42
Seção III - Organização das Entidades Administradoras 43
Seção IV - Estatuto Social 43
Seção V - Assembléia Geral 43
Seção VI - Administração 43
Seção VII - Conselho de Administração 44
Subseção I - Competência 44
Subseção II - Composição 44
Seção VIII - Comitê de Auditoria 44
Seção IX - Diretor Geral 44
Seção X - Exercício Social e Demonstrações Financeiras 45
Seção XI - Patrimônio ou Capital Social 45
Seção XII - Participações no Patrimônio ou Capital Social 45
CAPÍTULO IV - AUTO-REGULAÇÃO DOS MERCADOS ORGANIZADOS DE VALORES
45
MOBILIÁRIOS
Seção I - Estrutura da Auto-Regulação 45
Seção II - Departamento de Auto-Regulação 46
Subseção I - Prestação de Informações 47
Seção III - Conselho de Auto-Regulação 47
Subseção I - Competência e Composição 47
Subseção II - Sujeição às Penalidades 47
Subseção III - Penalidades 47
CAPÍTULO V - OPERAÇÕES NOS MERCADOS ORGANIZADOS DE VALORES
48
MOBILIÁRIOS
Seção I - Normas Gerais 48
Seção II - Pessoas Autorizadas a Operar 48
Seção III - Responsabilidade pelas Operações 48
Seção V - Contraprestações 48
Seção VI - Cadastramento de Comitentes 48
Seção VII - Admissão à Negociação de Valores Mobiliários 48
Seção VIII - Auto-listagem 49
Seção IX - Negociação, fora de Mercado Organizado, de Valores Mobiliários
49
Listados
Seção X - Suspensão e Exclusão de Valores Mobiliários da Negociação 49
Seção XI - Divulgação de Informações 49
Seção XII - Sistemas Informatizados e Continuidade das Operações 49
Seção XIII - Medidas Cautelares 50
CAPÍTULO VI - MERCADOS DE BOLSA 50
Seção I - Características 50

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Seção II - Pedido de Registro 50


Seção III - Telas de Acesso à Negociação em Bolsas Estrangeiras 50
Seção IV - Autorização para Operar em Bolsa 51
Seção V - Regras de Negociação 51
Seção VI - Controle de Risco 51
Seção VII - Divulgação de Informações 51
Seção VIII - Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos 51
Subseção I - Reclamação ao Mecanismo 52
Subseção II - Escrituração 52
Subseção III - Despesas da Administração 52
Subseção IV - Divulgação 52
CAPÍTULO VII - MERCADOS DE BALCÃO ORGANIZADO 52
Seção I - Características 52
Seção II - Regras de Negociação e de Registro 53
Subseção I - Sistemas de Negociação 53
Subseção II - Sistemas de Registro 53
Seção III - Pedido de Registro 53
Seção IV - Organização dos Mercados de Balcão Organizado 53
Seção V - Autorização para Operar em Mercado de Balcão Organizado 53
Seção VI - Divulgação de Informações 53
Seção VII - Fiscalização e Supervisão dos Mercados de Balcão Organizado 54
Seção VIII - Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos 54
CAPÍTULO VIII - PROCEDIMENTOS 54
Seção I - Procedimento de Autorização para Entidade Administradora de
54
Mercado Organizado
Seção II - Procedimento de Autorização para Funcionamento de Mercado
54
Organizado
Seção III - Disposições Comuns às Seções Precedentes 54
Seção IV - Procedimento de Cancelamento de Autorização 55
Seção V - Procedimentos Relativos a Atos Dependentes de Aprovação Prévia 55
CAPÍTULO IX - COMPETÊNCIA DA CVM 55
CAPITULO X - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 56
Seção I - Notificações Judiciais 56
Seção II - Publicação dos Atos Normativos 56
Seção III - Adaptação à Instrução 56
ANEXO I - Documentos Necessários ao Pedido de Autorização para
56
Funcionamento como Entidade Administradora de Mercado Organizado
ANEXO II - Documentos Necessários ao Pedido de Autorização para
57
Funcionamento de Mercado de Bolsa
ANEXO III - Documentos Necessários ao Pedido de Autorização para
57
Funcionamento de Mercado de Balcão Organizado
ANEXO IV - Documentos a Serem Apresentados pelos Pretendentes aos Cargos
57
de Administração e Fiscalização em Mercados Organizados

DECRETO Nº 3.859, DE 4 DE JULHO DE 2001 58

LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 65

CIRCULAR BACEN 3.461 DE 24 DE JULHO DE 2009 69

INSTRUÇÃO CVM No 301, DE 16 DE ABRIL DE 1999 74

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LEI No 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976. rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de


terceiros. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a
Comissão de Valores Mobiliários § 1o Excluem-se do regime desta Lei: (Redação dada
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) (Vide art. 1º da Lei nº
10.198, de 14.2.2001)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: municipal; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição
CAPÍTULO I financeira, exceto as debêntures. (Redação dada pela Lei nº
Das Disposições Gerais 10.303, de 31.10.2001)

Art. 1o Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com § 2o Os emissores dos valores mobiliários referidos neste
esta Lei as seguintes atividades: (Redação dada pela Lei nº artigo, bem como seus administradores e controladores,
10.303, de 31.10.2001) sujeitam-se à disciplina prevista nesta Lei, para as companhias
abertas. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de
I - a emissão e distribuição de valores mobiliários no 31.10.2001)
mercado; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 3o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir
II - a negociação e intermediação no mercado de valores normas para a execução do disposto neste artigo, podendo:
mobiliários; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
III - a negociação e intermediação no mercado de I - exigir que os emissores se constituam sob a forma de
derivativos; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) sociedade anônima; (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001)
IV - a organização, o funcionamento e as operações das
Bolsas de Valores; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de II - exigir que as demonstrações financeiras dos
31.10.2001) emissores, ou que as informações sobre o empreendimento ou
projeto, sejam auditadas por auditor independente nela
V - a organização, o funcionamento e as operações das
registrado; (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Bolsas de Mercadorias e Futuros; (Redação dada pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001) III - dispensar, na distribuição pública dos valores
mobiliários referidos neste artigo, a participação de sociedade
VI - a administração de carteiras e a custódia de valores
integrante do sistema previsto no art. 15 desta Lei; (Inciso
mobiliários; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
VII - a auditoria das companhias abertas; (Inciso incluído
IV - estabelecer padrões de cláusulas e condições que
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
devam ser adotadas nos títulos ou contratos de investimento,
VIII - os serviços de consultor e analista de valores destinados à negociação em bolsa ou balcão, organizado ou
mobiliários. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) não, e recusar a admissão ao mercado da emissão que não
satisfaça a esses padrões. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303,
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta de 31.10.2001)
Lei: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Art . 3º Compete ao Conselho Monetário Nacional:
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) I - definir a política a ser observada na organização e no
funcionamento do mercado de valores mobiliários;
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e
certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários II - regular a utilização do crédito nesse mercado;
referidos no inciso II; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
III - fixar, a orientação geral a ser observada pela
31.10.2001)
Comissão de Valores Mobiliários no exercício de suas
III - os certificados de depósito de valores mobiliários; atribuições;
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
IV - definir as atividades da Comissão de Valores
IV - as cédulas de debêntures; (Inciso incluído pela Lei Mobiliários que devem ser exercidas em coordenação com o
nº 10.303, de 31.10.2001) Banco Central do Brasil.

V - as cotas de fundos de investimento em valores V - aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da


mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; Comissão de Valores Mobiliários, bem como fixar a retribuição
(Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) do presidente, diretores, ocupantes de funções de confiança e
demais servidores. (Inciso Incluído Pela Lei nº 6.422, de
VI - as notas comerciais; (Inciso incluído pela Lei nº 8.6.1977)
10.303, de 31.10.2001)
Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, a
VII - os contratos futuros, de opções e outros fiscalização do mercado financeiro e de capitais continuará a
derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; ser exercida, nos termos da legislação em vigor, pelo Banco
(Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) Central do Brasil.
VIII - outros contratos derivativos, independentemente Art . 4º O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de
dos ativos subjacentes; e (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, Valores Mobiliários exercerão as atribuições previstas na lei
de 31.10.2001) para o fim de:
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros I - estimular a formação de poupanças e a sua aplicação
títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem em valores mobiliários;
direito de participação, de parceria ou de remuneração,
inclusive resultante de prestação de serviços, cujos II - promover a expansão e o funcionamento eficiente e
regular do mercado de ações, e estimular as aplicações

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permanentes em ações do capital social de companhias § 5o No caso de renúncia, morte ou perda de mandato
abertas sob controle de capitais privados nacionais; do Presidente da Comissão de Valores Mobiliários, assumirá o
Diretor mais antigo ou o mais idoso, nessa ordem, até nova
III - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos nomeação, sem prejuízo de suas atribuições.(Redação dada
mercados da bolsa e de balcão; pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os § 6o No caso de renúncia, morte ou perda de mandato
investidores do mercado contra: de Diretor, proceder-se-á à nova nomeação pela forma
a) emissões irregulares de valores mobiliários; disposta nesta Lei, para completar o mandato do
substituído.(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
b) atos ilegais de administradores e acionistas
controladores das companhias abertas, ou de administradores § 7o A Comissão funcionará como órgão de deliberação
de carteira de valores mobiliários. colegiada de acordo com o seu regimento interno, e no qual
serão fixadas as atribuições do Presidente, dos Diretores e do
c) o uso de informação relevante não divulgada no Colegiado. (Incluído pelo Decreto autônomo nº 3.995, de
mercado de valores mobiliários. (Alínea incluída pela Lei nº 2001)
10.303, de 31.10.2001)
Art . 7º A Comissão custeará as despesas necessárias ao
V - evitar ou coibir modalidades de fraude ou seu funcionamento com os recursos provenientes de:
manipulação destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados I - dotações das reservas monetárias a que se refere o
no mercado; Art. 12 da Lei nº 5.143, de 20 de outubro de 1966, alterado
pelo Decreto-lei nº 1.342, de 28 de agosto de 1974 que lhe
VI - assegurar o acesso do público a informações sobre forem atribuídas pelo Conselho Monetário Nacional;
os valores mobiliários negociados e as companhias que os
tenham emitido; II - dotações que lhe forem consignadas no orçamento
federal;
VII - assegurar a observância de práticas comerciais
equitativas no mercado de valores mobiliários; III - receitas provenientes da prestação de serviços pela
Comissão, observada a tabela aprovada pelo Conselho
VIII - assegurar a observância no mercado, das Monetário Nacional;
condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho
Monetário Nacional. IV - renda de bens patrimoniais e receitas eventuais.
V - receitas de taxas decorrentes do exercício de seu
poder de polícia, nos termos da lei. (Inciso incluído pela Lei nº
CAPÍTULO II 10.303, de 31.10.2001)
Da Comissão de Valores Mobiliários
Art . 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
Art. 5o É instituída a Comissão de Valores Mobiliários,
entidade autárquica em regime especial, vinculada ao I - regulamentar, com observância da política definida
Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente
próprios, dotada de autoridade administrativa independente, previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e II - administrar os registros instituídos por esta Lei;
estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e
orçamentária. (Redação dada pela Lei nº 10.411, de III - fiscalizar permanentemente as atividades e os
26.2.2002) serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o Art.
1º, bem como a veiculação de informações relativas ao
Art. 6o A Comissão de Valores Mobiliários será mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele
administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados negociados;
pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo
Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual
reconhecida competência em matéria de mercado de capitais. fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos
(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002) e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários
(Regulamento) do mercado;
§ 1o O mandato dos dirigentes da Comissão será de V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada
cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que
cada ano um quinto dos membros do Colegiado.(Redação deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório.
dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
§ 1o O disposto neste artigo não exclui a competência
§ 2o Os dirigentes da Comissão somente perderão o das Bolsas de Valores, das Bolsas de Mercadorias e Futuros, e
mandato em virtude de renúncia, de condenação judicial das entidades de compensação e liquidação com relação aos
transitada em julgado ou de processo administrativo seus membros e aos valores mobiliários nelas negociados.
disciplinar.(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002) (Redação pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
§ 3o Sem prejuízo do que prevêem a lei penal e a lei de § 2o Serão de acesso público todos os documentos e
improbidade administrativa, será causa da perda do mandato autos de processos administrativos, ressalvados aqueles cujo
a inobservância, pelo Presidente ou Diretor, dos deveres e das sigilo seja imprescindível para a defesa da intimidade ou do
proibições inerentes ao cargo.(Redação dada pela Lei nº interesse social, ou cujo sigilo esteja assegurado por expressa
10.411, de 26.2.2002) disposição legal. (Redação pelo Decreto nº 3.995, de
31.10.2001)
§ 4o Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o
processo administrativo disciplinar, que será conduzido por § 3º Em conformidade com o que dispuser seu
comissão especial, competindo ao Presidente da República regimento, a Comissão de Valores Mobiliários poderá:
determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e
proferir o julgamento.(Redação dada pela Lei nº 10.411, de I - publicar projeto de ato normativo para receber
26.2.2002) sugestões de interessados;

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II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa § 2o O processo, nos casos do inciso V deste artigo,
contribuir com informações ou opiniões para o poderá ser precedido de etapa investigativa, em que será
aperfeiçoamento das normas a serem promulgadas. assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou
exigido pelo interesse público, e observará o procedimento
Art 9º A Comissão de Valores Mobiliários, observado o fixado pela Comissão. (Redação pelo Decreto nº 3.995, de
disposto no § 2o do art. 15, poderá: (Redação dada pelo 31.10.2001)
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
§ 3o Quando o interesse público exigir, a Comissão
I - examinar e extrair cópias de registros contábeis, poderá divulgar a instauração do procedimento investigativo a
livros ou documentos, inclusive programas eletrônicos e que se refere o § 2o. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº
arquivos magnéticos, ópticos ou de qualquer outra natureza, 3.995, de 31.10.2001)
bem como papéis de trabalho de auditores independentes,
devendo tais documentos ser mantidos em perfeita ordem e § 4o Na apuração de infrações da legislação do mercado
estado de conservação pelo prazo mínimo de cinco anos: de valores mobiliários, a Comissão deverá dar prioridade às
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) infrações de natureza grave, cuja apenação proporcione maior
efeito educativo e preventivo para os participantes do
a) as pessoas naturais e jurídicas que integram o sistema mercado. (Incluído pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
de distribuição de valores mobiliários (Art. 15);
§ 5o As sessões de julgamento do Colegiado, no
b) das companhias abertas e demais emissoras de processo administrativo de que trata o inciso V deste artigo,
valores mobiliários e, quando houver suspeita fundada de atos serão públicas, podendo ser restringido o acesso de terceiros
ilegais, das respectivas sociedades controladoras, controladas, em função do interesse público envolvido. (Incluído pelo
coligadas e sociedades sob controle comum; (Redação dada Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
§ 6o A Comissão será competente para apurar e punir
c) dos fundos e sociedades de investimento; condutas fraudulentas no mercado de valores mobiliários
d) das carteiras e depósitos de valores mobiliários (Arts. sempre que: (Incluído pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
23 e 24); I - seus efeitos ocasionem danos a pessoas residentes no
e) dos auditores independentes; território nacional, independentemente do local em que
tenham ocorrido; e (Incluído pelo Decreto nº 3.995, de
f) dos consultores e analistas de valores mobiliários; 31.10.2001)
g) de outras pessoas quaisquer, naturais ou jurídicas, II - os atos ou omissões relevantes tenham sido
quando da ocorrência de qualquer irregularidade a ser praticados em território nacional. (Inciso incluído pelo Decreto
apurada nos termos do inciso V deste artigo, para efeito de nº 3.995, de 31.10.2001)
verificação de ocorrência de atos ilegais ou práticas não
eqüitativas; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de Art 10. A Comissão de Valores Mobiliários poderá
31.10.2001) celebrar convênios para a execução dos serviços de sua
competência em qualquer parte do território nacional,
II - intimar as pessoas referidas no inciso I a prestar observadas as normas da legislação em vigor.
informações, ou esclarecimentos, sob cominação de multa,
sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. Art. 10. A Comissão de Valores Mobiliários poderá
11; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) celebrar convênios com órgãos similares de outros países, ou
com entidades internacionais, para assistência e cooperação
III - requisitar informações de qualquer órgão público, na condução de investigações para apurar transgressões às
autarquia ou empresa pública; normas atinentes ao mercado de valores mobiliários ocorridas
no País e no exterior. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
IV - determinar às companhias abertas que republiquem,
31.10.2001)
com correções ou aditamentos, demonstrações financeiras,
relatórios ou informações divulgadas; § 1o A Comissão de Valores Mobiliários poderá se
recusar a prestar a assistência referida no caput deste artigo
V - apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais
quando houver interesse público a ser resguardado.
e práticas não eqüitativas de administradores, membros do
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
conselho fiscal e acionistas de companhias abertas, dos
intermediários e dos demais participantes do mercado; § 2o O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, às
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) informações que, por disposição legal, estejam submetidas a
sigilo. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
VI - aplicar aos autores das infrações indicadas no inciso
anterior as penalidades previstas no Art. 11, sem prejuízo da Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central
responsabilidade civil ou penal. do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão
celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo
§ 1o Com o fim de prevenir ou corrigir situações
e a divulgação de princípios, normas e padrões de
anormais do mercado, a Comissão poderá: (Redação pelo
contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os
I - suspender a negociação de determinado valor pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas.
mobiliário ou decretar o recesso de bolsa de valores; (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

Il - suspender ou cancelar os registros de que trata esta Parágrafo único. A entidade referida no caput deste
Lei; artigo deverá ser majoritariamente composta por contadores,
dela fazendo parte, paritariamente, representantes de
III - divulgar informações ou recomendações com o fim entidades representativas de sociedades submetidas ao
de esclarecer ou orientar os participantes do mercado; regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas
IV - proibir aos participantes do mercado, sob cominação nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as
de multa, a prática de atos que especificar, prejudiciais ao seu demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscalização do
funcionamento regular. exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto
de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de
mercado de capitais. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

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Art . 11. A Comissão de Valores Mobiliários poderá impor II - corrigir as irregularidades apontadas, inclusive
aos infratores das normas desta Lei, da lei de sociedades por indenizando os prejuízos.
ações, das suas resoluções, bem como de outras normas
legais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar, as seguintes § 6º O compromisso a que se refere o parágrafo anterior
penalidades: não importará confissão quanto à matéria de fato, nem
reconhecimento de ilicitude da conduta analisada. (Incluído
I - advertência; pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
II - multa; § 7o O termo de compromisso deverá ser publicado no
Diário Oficial da União, discriminando o prazo para
III - suspensão do exercício do cargo de administrador ou cumprimento das obrigações eventualmente assumidas, e
de conselheiro fiscal de companhia aberta, de entidade do constituirá título executivo extrajudicial. (Redação dada pela
sistema de distribuição ou de outras entidades que dependam Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
de autorização ou registro na Comissão de Valores Mobiliários;
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997) § 8º Não cumpridas as obrigações no prazo, a Comissão
de Valores Mobiliários dará continuidade ao procedimento
IV - inabilitação temporária, até o máximo de vinte anos, administrativo anteriormente suspenso, para a aplicação das
para o exercício dos cargos referidos no inciso anterior; penalidades cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
§ 9º Serão considerados, na aplicação de penalidades
V - suspensão da autorização ou registro para o exercício previstas na lei, o arrependimento eficaz e o arrependimento
das atividades de que trata esta Lei; posterior ou a circunstância de qualquer pessoa,
VI - cassação de autorização ou registro, para o exercício espontaneamente, confessar ilícito ou prestar informações
das atividades de que trata esta Lei; (Redação dada pela Lei relativas à sua materialidade. (Incluído pela Lei nº 9.457, de
nº 9.457, de 5.5.1997) 5.5.1997)

VII - proibição temporária, até o máximo de vinte anos, § 10. A Comissão de Valores Mobiliários regulamentará
de praticar determinadas atividades ou operações, para os a aplicação do disposto nos §§ 5o a 9o deste artigo aos
integrantes do sistema de distribuição ou de outras entidades procedimentos conduzidos pelas Bolsas de Valores, Bolsas de
que dependam de autorização ou registro na Comissão de Mercadorias e Futuros, entidades do mercado de balcão
Valores Mobiliários; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997) organizado e entidades de compensação e liquidação de
operações com valores mobiliários. (Redação pelo Decreto nº
VIII - proibição temporária, até o máximo de dez anos, 3.995, de 31.10.2001)
de atuar, direta ou indiretamente, em uma ou mais
modalidades de operação no mercado de valores mobiliários. § 11. A multa cominada pela inexecução de ordem da
(Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997) Comissão de Valores Mobiliários, nos termos do inciso II do
caput do art. 9o e do inciso IV de seu § 1o não excederá a R$
§ 1º - A multa não excederá o maior destes valores: 5.000,00 (cinco mil reais) por dia de atraso no seu
cumprimento e sua aplicação independe do processo
I - R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); (Redação dada
administrativo previsto no inciso V do caput do mesmo artigo.
pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
(Redação pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
II - cinqüenta por cento do valor da emissão ou
§ 12. Da decisão que aplicar a multa prevista no
operação irregular; ou (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
parágrafo anterior caberá recurso voluntário, no prazo de dez
5.5.1997)
dias, ao Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários, sem
III - três vezes o montante da vantagem econômica efeito suspensivo." (Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
obtida ou da perda evitada em decorrência do ilícito. (Incluído
Art . 12. Quando o inquérito, instaurado de acordo com
pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
o § 2º do art. 9º, concluir pela ocorrência de crime de ação
§ 2º Nos casos de reincidência serão aplicadas, pública, a Comissão de Valores Mobiliários oficiará ao
alternativamente, multa nos termos do parágrafo anterior, até Ministério Público, para a propositura da ação penal.
o triplo dos valores fixados, ou penalidade prevista nos incisos
Art . 13. A Comissão de Valores Mobiliários manterá
III a VIII do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
serviço para exercer atividade consultiva ou de orientação
9.457, de 5.5.1997)
junto aos agentes do mercado de valores mobiliários ou a
§ 3º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, as qualquer investidor.
penalidades previstas nos incisos III a VIII do caput deste
Parágrafo único. Fica a critério na Comissão de Valores
artigo somente serão aplicadas nos casos de infração grave,
Mobiliários divulgar ou não as respostas às consultas ou aos
assim definidas em normas da Comissão de Valores
critérios de orientação.
Mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
Art. 14. A Comissão de Valores Mobiliários poderá
§ 4º As penalidades somente serão impostas com
prever, em seu orçamento, dotações de verbas às Bolsas de
observância do procedimento previsto no § 2º do art. 9º desta
Valores e às Bolsas de Mercadorias e Futuros. (Redação dada
Lei, cabendo recurso para o Conselho de Recursos do Sistema
pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Financeiro Nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
5.5.1997)
§ 5o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu CAPíTULO III
exclusivo critério, se o interesse público permitir, suspender, Do Sistema de Distribuição
em qualquer fase, o procedimento administrativo instaurado
para a apuração de infrações da legislação do mercado de Art . 15. O sistema de distribuição de valores mobiliários
valores mobiliários, se o investigado ou acusado assinar termo compreende:
de compromisso, obrigando-se a: (Redação pelo Decreto nº I - as instituições financeiras e demais sociedades que
3.995, de 31.10.2001) (vide Art. 3º da Lei nº 9.873, de tenham por objeto distribuir emissão de valores mobiliários:
23.11.1999)
a) como agentes da companhia emissora;
I - cessar a prática de atividades ou atos considerados
ilícitos pela Comissão de Valores Mobiliários; e

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b) por conta própria, subscrevendo ou comprando a valores mobiliários incumbe, como órgãos auxiliares da
emissão para a colocar no mercado; Comissão de Valores Mobiliários, fiscalizar os respectivos
membros e as operações com valores mobiliários nelas
II - as sociedades que tenham por objeto a compra de realizadas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
valores mobiliários em circulação no mercado, para os
revender por conta própria; § 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001)
III - as sociedades e os agentes autônomos que exerçam
atividades de mediação na negociação de valores mobiliários, Art. 17-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de
em bolsas de valores ou no mercado de balcão; 31.10.2001)
IV - as bolsas de valores. Art. 18. Compete à Comissão de Valores
Mobiliários:(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
V - entidades de mercado de balcão organizado.
(Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997) I - editar normas gerais sobre:(Redação dada pela Lei nº
10.411, de 26.2.2002)
VI - as corretoras de mercadorias, os operadores
especiais e as Bolsas de Mercadorias e Futuros; e (Redação a) condições para obter autorização ou registro
dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) necessário ao exercício das atividades indicadas no art. 16, e
respectivos procedimentos administrativos;(Redação dada pela
VII - as entidades de compensação e liquidação de Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
operações com valores mobiliários. (Inciso incluído pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001) b) requisitos de idoneidade, habilitação técnica e
capacidade financeira a que deverão satisfazer os
§ 1o Compete à Comissão de Valores Mobiliários definir: administradores de sociedades e demais pessoas que atuem
(Redação pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) no mercado de valores mobiliários;(Redação dada pela Lei nº
I - os tipos de instituição financeira que poderão exercer 10.411, de 26.2.2002)
atividades no mercado de valores mobiliários, bem como as c) condições de constituição e extinção das Bolsas de
espécies de operação que poderão realizar e de serviços que Valores, entidades do mercado de balcão organizado e das
poderão prestar nesse mercado; entidades de compensação e liquidação de operações com
II - a especialização de operações ou serviços a ser valores mobiliários, forma jurídica, órgãos de administração e
observada pelas sociedades do mercado, e as condições em seu preenchimento;(Redação dada pela Lei nº 10.411, de
que poderão cumular espécies de operação ou serviços. 26.2.2002)

§ 2º - Em relação às instituições financeiras e demais d) exercício do poder disciplinar pelas Bolsas e pelas
sociedades autorizadas a explorar simultaneamente operações entidades do mercado de balcão organizado, no que se refere
ou serviços no mercado de valores mobiliários e nos mercados às negociações com valores mobiliários, e pelas entidades de
sujeitos à fiscalização do Banco Central do Brasil, as compensação e liquidação de operações com valores
atribuições da Comissão de Valores Mobiliários serão limitadas mobiliários, sobre os seus membros, imposição de penas e
às atividades submetidas ao regime da presente Lei, e serão casos de exclusão;(Redação dada pela Lei nº 10.411, de
exercidas sem prejuízo das atribuições daquele. 26.2.2002)

§ 3º - Compete ao Conselho Monetário Nacional e) número de sociedades corretoras, membros da bolsa;


regulamentar o disposto no parágrafo anterior, assegurando a requisitos ou condições de admissão quanto à idoneidade,
coordenação de serviços entre o Banco Central do Brasil e a capacidade financeira e habilitação técnica dos seus
comissão de Valores Mobiliários. administradores; e representação no recinto da bolsa;

Art . 16. Depende de prévia autorização da Comissão de f) administração das Bolsas, das entidades do mercado
Valores Mobiliários o exercício das seguintes atividades: de balcão organizado e das entidades de compensação e
liquidação de operações com valores mobiliários;
I - distribuição de emissão no mercado (Art. 15, I); emolumentos, comissões e quaisquer outros custos cobrados
pelas Bolsas e pelas entidades de compensação e liquidação
II - compra de valores mobiliários para revendê-los por
de operações com valores mobiliários ou seus membros,
conta própria (Art. 15, II);
quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº 10.411, de
III - mediação ou corretagem de operações com valores 26.2.2002)
mobiliários; e (Redação dada pela Lei nº 10.411, de
g) condições de realização das operações a termo;
26.2.2002)
h) condições de constituição e extinção das Bolsas de
IV - compensação e liquidação de operações com valores
Mercadorias e Futuros, forma jurídica, órgãos de
mobiliários.(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)
administração e seu preenchimento.(Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. Só os agentes autônomos e as 10.411, de 26.2.2002)
sociedades com registro na Comissão poderão exercer a
II - definir:
atividade de mediação ou corretagem de valores mobiliários
fora da bolsa. a) as espécies de operação autorizadas na bolsa e no
mercado de balcão; métodos e práticas que devem ser
Art. 17. As Bolsas de Valores, as Bolsas de Mercadorias e
observados no mercado; e responsabilidade dos intermediários
Futuros, as entidades do mercado de balcão organizado e as
nas operações;
entidades de compensação e liquidação de operações com
valores mobiliários terão autonomia administrativa, financeira b) a configuração de condições artificiais de demanda,
e patrimonial, operando sob a supervisão da Comissão de oferta ou preço de valores mobiliários, ou de manipulação de
Valores Mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de preço; operações fraudulentas e práticas não equitativas na
31.10.2001) distribuição ou intermediação de valores;
§ 1o Às Bolsas de Valores, às Bolsas de Mercadorias e c) normas aplicáveis ao registro de operações a ser
Futuros, às entidades do mercado de balcão organizado e às mantido pelas entidades do sistema de distribuição (Art. 15)
entidades de compensação e liquidação de operações com

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CAPíTULO IV Art . 20. A Comissão mandará suspender a emissão ou a


Da Negociação no Mercado distribuição que se esteja processando em desacordo com o
artigo anterior, particularmente quando:
SEÇÃO I I - a emissão tenha sido julgada fraudulenta ou ilegal,
Emissão e Distribuição ainda que após efetuado o registro;
Art . 19. Nenhuma emissão pública de valores mobiliários II - a oferta, o lançamento, a promoção ou o anúncio
será distribuída no mercado sem prévio registro na Comissão. dos valores se esteja fazendo em condições diversas das
constantes do registro, ou com informações falsas dolosas ou
§ 1º - São atos de distribuição, sujeitos à norma deste substancialmente imprecisas.
artigo, a venda, promessa de venda, oferta à venda ou
subscrição, assim como a aceitação de pedido de venda ou
subscrição de valores mobiliários, quando os pratiquem a
companhia emissora, seus fundadores ou as pessoas a ela SEÇãO II
equiparadas. Negociação na Bolsa e no Mercado de Balcão

§ 2º - Equiparam-se à companhia emissora para os fins Art . 21. A Comissão de Valores Mobiliários manterá,
deste artigo: além do registro de que trata o Art. 19:

I - o seu acionista controlador e as pessoas por ela I - o registro para negociação na bolsa;
controladas; II - o registro para negociação no mercado de balcão,
II - o coobrigado nos títulos; organizado ou não. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
5.5.1997)
III - as instituições financeiras e demais sociedades a
que se refere o Art. 15, inciso I; § 1º - Somente os valores mobiliários emitidos por
companhia registrada nos termos deste artigo podem ser
IV - quem quer que tenha subscrito valores da emissão, negociados na bolsa e no mercado de balcão.
ou os tenha adquirido à companhia emissora, com o fim de os
colocar no mercado. § 2º O registro do art. 19 importa registro para o
mercado de balcão, mas não para a bolsa ou entidade de
§ 3º - Caracterizam a emissão pública: mercado de balcão organizado. (Redação dada pela Lei nº
9.457, de 5.5.1997)
I - a utilização de listas ou boletins de venda ou
subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao § 3º São atividades do mercado de balcão não
público; organizado as realizadas com a participação das empresas ou
profissionais indicados no art. 15, incisos I, II e III, ou nos
II - a procura de subscritores ou adquirentes para os seus estabelecimentos, excluídas as operações efetuadas em
títulos por meio de empregados, agentes ou corretores; bolsas ou em sistemas administrados por entidades de balcão
III - a negociação feita em loja, escritório ou organizado. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
estabelecimento aberto ao público, ou com a utilização dos § 4º Cada Bolsa de Valores ou entidade de mercado de
serviços públicos de comunicação. balcão organizado poderá estabelecer requisitos próprios para
§ 4º - A emissão pública só poderá ser colocada no que os valores sejam admitidos à negociação no seu recinto
mercado através do sistema previsto no Art. 15, podendo a ou sistema, mediante prévia aprovação da Comissão de
Comissão exigir a participação de instituição financeira. Valores Mobiliários. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de
5.5.1997)
§ 5º - Compete à Comissão expedir normas para a
execução do disposto neste artigo, podendo: § 5º O mercado de balcão organizado será administrado
por entidades cujo funcionamento dependerá de autorização
I - definir outras situações que configurem emissão da Comissão de Valores Mobiliários, que expedirá normas
pública, para fins de registro, assim como os casos em que gerais sobre: (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
este poderá ser dispensado, tendo em vista o interesse do
público investidor; I - condições de constituição e extinção, forma jurídica,
órgãos de administração e seu preenchimento; (Incluído pela
II - fixar o procedimento do registro e especificar as Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
informações que devam instruir o seu pedido, inclusive sobre:
II - exercício do poder disciplinar pelas entidades, sobre
a) a companhia emissora, os empreendimentos ou os seus participantes ou membros, imposição de penas e
atividades que explora ou pretende explorar, sua situação casos de exclusão; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
econômica e financeira, administração e principais acionistas;
III - requisitos ou condições de admissão quanto à
b) as características da emissão e a aplicação a ser dada idoneidade, capacidade financeira e habilitação técnica dos
aos recursos dela provenientes; administradores e representantes das sociedades participantes
ou membros; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
c) o vendedor dos valores mobiliários, se for o caso;
IV - administração das entidades, emolumentos,
d) os participantes na distribuição, sua remuneração e
comissões e quaisquer outros custos cobrados pelas entidades
seu relacionamento com a companhia emissora ou com o
ou seus participantes ou membros, quando for o caso.
vendedor.
(Incluído pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
§ 6º - A Comissão poderá subordinar o registro a capital
§ 6º - Compete à Comissão expedir normas para a
mínimo da companhia emissora e a valor mínimo da emissão,
execução do disposto neste artigo, especificando:
bem como a que sejam divulgadas as informações que julgar
necessárias para proteger os interesses do público investidor. I - casos em que os registros podem ser dispensados,
recusados, suspensos ou cancelados;
§ 7º - O pedido de registro será acompanhado dos
prospectos e outros documentos quaisquer a serem publicados
ou distribuídos, para oferta, anúncio ou promoção do
lançamento.

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II - informações e documentos que devam ser CAPíTULO VI


apresentados pela companhia para a obtenção do registro, e Da Administração de Carteiras e Custódia de Valores
seu procedimento. Mobiliários
III - casos em que os valores mobiliários poderão ser Art . 23. O exercício profissional da administração de
negociados simultaneamente nos mercados de bolsa e de carteiras de valores mobiliários de outras pessoas está sujeito
balcão, organizado ou não." (Incluído pela Lei nº 9.457, de à autorização prévia da Comissão.
5.5.1997)
§ 1º - O disposto neste artigo se aplica à gestão
Art. 21-A. A Comissão de Valores Mobiliários poderá profissional e recursos ou valores mobiliários entregues ao
expedir normas aplicáveis à natureza das informações mínimas administrador, com autorização para que este compre ou
e à periodicidade de sua apresentação por qualquer pessoa venda valores mobiliários por conta do comitente.
que tenha acesso a informação relevante. (Artigo incluído pelo
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) § 2º - Compete à Comissão estabelecer as normas a
serem observadas pelos administradores na gestão de
carteiras e sua remuneração, observado o disposto no Art. 8º
inciso IV.
CAPíTULO V
Das Companhias Abertas Art. 24. Compete à Comissão autorizar a atividade de
custódia de valores mobiliários, cujo exercício será privativo
Art . 22. Considera-se aberta a companhia cujos valores das instituições financeiras e das entidades de compensação e
mobiliários estejam admitidos à negociação na bolsa ou no liquidação. (Redação pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
mercado de balcão.
Parágrafo único. Considera-se custódia de valores
§ 1o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir mobiliários o depósito para guarda, recebimento de dividendos
normas aplicáveis às companhias abertas sobre: (Redação e bonificações, resgate, amortização ou reembolso, e exercício
dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) de direitos de subscrição, sem que o depositário, tenha
I - a natureza das informações que devam divulgar e a poderes, salvo autorização expressa do depositante em cada
periodicidade da divulgação; (Redação dada pelo Decreto nº caso, para alienar os valores mobiliários depositados ou
3.995, de 31.10.2001) reaplicar as importâncias recebidas.

II - relatório da administração e demonstrações Art . 25. Salvo mandato expresso com prazo não
financeiras; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de superior a um ano, o administrador de carteira e o depositário
31.10.2001) de valores mobiliários não podem exercer o direito de voto
que couber às ações sob sua administração ou custódia.
III - a compra de ações emitidas pela própria companhia
e a alienação das ações em tesouraria; (Redação dada pelo
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) CAPíTULO VII
IV - padrões de contabilidade, relatórios e pareceres de Dos Auditores Independentes, Consultores e Analistas
auditores independentes; (Redação dada pelo Decreto nº de Valores Mobiliários
3.995, de 31.10.2001) Art . 26. Somente as empresas de auditoria contábil ou
V - informações que devam ser prestadas por auditores contábeis independentes, registrados na Comissão
administradores, membros do conselho fiscal, acionistas de Valores Mobiliários poderão auditar, para os efeitos desta
controladores e minoritários, relativas à compra, permuta ou Lei, as demonstrações financeiras de companhias abertas e
venda de valores mobiliários emitidas pela companhia e por das instituições, sociedades ou empresas que integram o
sociedades controladas ou controladoras; (Redação dada pelo sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários.
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) § 1º - A Comissão estabelecerá as condições para o
VI - a divulgação de deliberações da assembléia-geral e registro e o seu procedimento, e definirá os casos em que
dos órgãos de administração da companhia, ou de fatos poderá ser recusado, suspenso ou cancelado.
relevantes ocorridos nos seus negócios, que possam influir, de § 2º - As empresas de auditoria contábil ou auditores
modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado, de contábeis independentes responderão, civilmente, pelos
vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou
companhia; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de dolo no exercício das funções previstas neste artigo.
31.10.2001)
§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo precedente,
VII - a realização, pelas companhias abertas com ações as empresas de auditoria contábil ou os auditores contábeis
admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão independentes responderão administrativamente, perante o
organizado, de reuniões anuais com seus acionistas e agentes Banco Central do Brasil, pelos atos praticados ou omissões em
do mercado de valores mobiliários, no local de maior que houverem incorrido no desempenho das atividades de
negociação dos títulos da companhia no ano anterior, para a auditoria de instituições financeiras e demais instituições
divulgação de informações quanto à respectiva situação autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. (Incluído
econômico-financeira, projeções de resultados e resposta aos pela Lei nº 9.447, 14.3.1997)
esclarecimentos que lhes forem solicitados; (Redação dada
pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o Banco Central
do Brasil aplicará aos infratores as penalidades previstas no
VIII - as demais matérias previstas em lei. (Redação art. 11 desta Lei." (Incluído pela Lei nº 9.447, 14.3.1997)
dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
§ 5o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de
§ 2o As normas editadas pela Comissão de Valores 31.10.2001)
Mobiliários em relação ao disposto nos incisos II e IV do § 1o
aplicam-se às instituições financeiras e demais entidades Art . 27. A Comissão poderá fixar normas sobre o
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, no que exercício das atividades de consultor e analista de valores
não forem conflitantes com as normas por ele baixadas. mobiliários.
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)

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CAPÍTULO VII-A CAPÍTULO VIII


DO COMITÊ DE PADRÕES CONTÁBEIS Das Disposições Finais e Transitórias
(Incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Art. 28. O Banco Central do Brasil, a Comissão de
Art. 27-A. (VETADO) (Artigo incluído pela Lei nº 10.303, Valores Mobiliários, a Secretaria de Previdência Complementar,
de 31.10.2001) a Secretaria da Receita Federal e Superintendência de Seguros
Privados manterão um sistema de intercâmbio de informações,
Art. 27-B. (VETADO) (Artigo incluído pela Lei nº 10.303, relativas à fiscalização que exerçam, nas áreas de suas
de 31.10.2001) respectivas competências, no mercado de valores mobiliários.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

CAPÍTULO VII-B Parágrafo único. O dever de guardar sigilo de


DOS CRIMES CONTRA O MERCADO DE CAPITAIS informações obtidas através do exercício do poder de
(Incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) fiscalização pelas entidades referidas no caput não poderá ser
invocado como impedimento para o intercâmbio de que trata
Manipulação do Mercado (Incluído pela Lei nº 10.303, de este artigo. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001) 31.10.2001)
Art. 27-C. Realizar operações simuladas ou executar Art . 29. (Revogado pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
outras manobras fraudulentas, com a finalidade de alterar
artificialmente o regular funcionamento dos mercados de Art . 30. (Revogado pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
valores mobiliários em bolsa de valores, de mercadorias e de Art. 31 - Nos processos judiciários que tenham por
futuros, no mercado de balcão ou no mercado de balcão objetivo matéria incluída na competência da Comissão de
organizado, com o fim de obter vantagem indevida ou lucro, Valores Mobiliários, será esta sempre intimada para, querendo,
para si ou para outrem, ou causar dano a terceiros: (Artigo oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, no prazo de
incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) quinze dias a contar da intimação. (Incluído pela Lei nº 6.616,
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa de de 16.12.1978)
até 3 (três) vezes o montante da vantagem ilícita obtida em § 1º - A intimação far-se-á, logo após a contestação, por
decorrência do crime. (Incluído pela Lei nº 10.303, de mandado ou por carta com aviso de recebimento, conforme a
31.10.2001) Comissão tenha, ou não, sede ou representação na comarca
Uso Indevido de Informação Privilegiada (Incluído pela em que tenha sido proposta a ação. (Incluído pela Lei nº
Lei nº 10.303, de 31.10.2001) 6.616, de 16.12.1978)

Art. 27-D. Utilizar informação relevante ainda não § 2º - Se a Comissão oferecer parecer ou prestar
divulgada ao mercado, de que tenha conhecimento e da qual esclarecimentos, será intimada de todos os atos processuais
deva manter sigilo, capaz de propiciar, para si ou para outrem, subseqüentes, pelo jornal oficial que publica expedientes
vantagem indevida, mediante negociação, em nome próprio forense ou por carta com aviso de recebimento, nos termos do
ou de terceiro, com valores mobiliários: (Artigo incluído pela parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978)
Lei nº 10.303, de 31.10.2001) § 3º - A comissão é atribuída legitimidade para interpor
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de recursos, quando as partes não o fizeram. (Incluído pela Lei
até 3 (três) vezes o montante da vantagem ilícita obtida em nº 6.616, de 16.12.1978)
decorrência do crime. (Incluído pela Lei nº 10.303, de § 4º - O prazo para os efeitos do parágrafo anterior
31.10.2001) começará a correr, independentemente de nova intimação, no
Exercício Irregular de Cargo, Profissão, Atividade ou dia imediato aquele em que findar o das partes. (Incluído pela
Função (Incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) Lei nº 6.616, de 16.12.1978)

Art. 27-E. Atuar, ainda que a título gratuito, no mercado Art. 32 - As multas impostas pela Comissão de Valores
de valores mobiliários, como instituição integrante do sistema Mobiliários, após a decisão final que as impôs na esfera
de distribuição, administrador de carteira coletiva ou administrativa, terão eficácia de título executivo e serão
individual, agente autônomo de investimento, auditor cobradas judicialmente, de acordo com o rito estabelecido pelo
independente, analista de valores mobiliários, agente fiduciário código de Processo Civil para o processo de execução".
ou exercer qualquer cargo, profissão, atividade ou função, (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978)
sem estar, para esse fim, autorizado ou registrado junto à Art. 33. (Revogado pela Lei nº 9.873, de 23.11.1999)
autoridade administrativa competente, quando exigido por lei
ou regulamento: (Artigo incluído pela Lei nº 10.303, de Art . 34. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
31.10.2001) publicação. (Renumerado do art. 33, pela Lei nº 9.457,
5.5.1997)
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) Art . 35. Revogam-se as disposições em contrário.
(Renumerado do art. 34, pela Lei nº 9.457, 5.5.1997)
Art. 27-F. As multas cominadas para os crimes previstos
nos arts. 27-C e 27-D deverão ser aplicadas em razão do dano Brasília, 7 de dezembro de 1976; 155º da Independência
provocado ou da vantagem ilícita auferida pelo agente. (Artigo e 88º da República.
incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
Parágrafo único. Nos casos de reincidência, a multa pode
ser de até o triplo dos valores fixados neste artigo. (Parágrafo ERNESTO GEISEL
incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) João Paulo dos Reis Velloso
Mário Henrique Simonsen

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RESOLUCAO 2838, DE 30 DE MAIO DE 2001 RESOLUCAO 3.158, de 17 de dezembro de 2003

Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento Dispõe sobre a certificação de empregados das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964, torna público que o CONSELHO
MONETÁRIO NACIONAL, em sessão realizada em 30 de maio de O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei 4.595, de
2001, com base nos arts. 3º, incisos I e IV, e 4º da Lei nº 6.385, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o CONSELHO
7 de dezembro de 1976, e tendo em vista o disposto nos arts.16, MONETÁRIO NACIONAL, em sessão realizada em 17 de dezembro de
incisos I e III, e 18, inciso I, da referida Lei nº 6.385, de 1976 2003, com base no art. 4º, inciso VIII, da referida lei, na Lei 4.728, de
14 de julho de 1965, e na Lei 6.099, de 12 de setembro de 1974, com
RESOLVEU as alterações introduzidas pela Lei 7.132, de 26 de outubro de 1983,
Art. 1º Estabelecer que agente autônomo de investimento e a pessoa RESOLVEU
natural ou jurídica uniprofissional, que tenha como atividade a
distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários, quotas de Art. 1º Estabelecer que as instituições financeiras e demais
fundos de investimento e derivativos, sempre sob a responsabilidade e instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
como preposto das instituições integrantes do sistema de distribuição devem adotar providências com vistas a que seus empregados, para
de valores mobiliários de que trata o art. 15 da Lei nº 6.385, de 7 de exercerem, na própria instituição, as atividades de distribuição e
dezembro de 1976 mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos, sejam
considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade
Art. 2º Para o exercício da sua atividade, o agente autônomo de de reconhecida capacidade técnica.
investimento deve
§ 1º Os empregados que tenham sido julgados aptos em exames de
I - ser julgado apto em exame de certificação organizado por entidade certificação organizados nos termos do art. 2º, inciso I, da
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, observado que o Resolução 2.838, de 30 de maio de 2001 - durante a vigência do art.
exercício das atividades de distribuição e mediação nos merca- dos de 4º desse normativo -, e da Resolução 3.057, de 19 de dezembro de
derivativos depende, ainda, de aprovação em exame específico que 2002, são considerados aptos para os efeitos desta resolução, sem
avalie o respectivo conhecimento sobre o funcionamento e os riscos prejuízo do atendimento das demais condições ora estabelecidas.
inerentes a esses mercados
§ 2º O cumprimento da formalidade prevista neste artigo deve
II - obter a autorização da Comissão de Valores Mobiliários; observar o cronograma abaixo, a ser atendido com base no
quantitativo dos mencionados empregados, por instituição, ao final de
III - manter contrato para distribuição e mediação com uma ou mais
cada ano:
das instituições referidas no art. 1º;
I - 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, até 31 de dezembro
IV - realizar a sua atividade de distribuição e mediação
de 2004;
exclusivamente como preposto das instituições referidas no art. 1º;
II - 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, até 31 de dezembro
V - abster-se de receber ou entregar aos investidores, por qualquer de 2005;
razão, numerário, títulos, valores mobiliários ou quaisquer outros III - 75% (setenta e cinco por cento), no mínimo, até 31 de dezembro
valores, que somente devem ser movimentados por meio de de 2006;
instituições financeiras e do sistema de distribuição de valores IV - 100% (cem por cento), até 31 de dezembro de 2007.
mobiliários
§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2008, somente poderão exercer as
Art. 3º Os agentes autônomos de investimento, credenciados nos atividades mencionadas no caput os empregados que tenham sido
termos da Resolução nº 238, de 24 de novembro de 1972, e considerados aptos para os efeitos desta resolução.
regulamentação posterior, permanecem autorizados a desempenhar a
Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que
atividade, ficando dispensados do cumprimento da formalidade
as pessoas contratadas como empregados, a partir da data da
prevista no art. 2º, inciso I, observada a necessidade de obtenção da
entrada em vigor desta resolução, para exercerem, na própria
autorização de que trata o inciso II do mesmo artigo no prazo máximo
instituição, as atividades relacionadas naquele artigo, cumpram a
de um ano, contado da data da entrada em vigor desta Resolução.
formalidade ali prevista no prazo de um ano, contado da data da
Art. 4º Aos empregados de instituições financeiras e demais respectiva contratação, ou no prazo previsto no § 3º do art. 1º, o
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que que ocorrer primeiro.
exerçam, na própria instituição, qualquer das atividades referidas no
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às pessoas
art. 1º somente se aplica a formalidade prevista no art. 2º, inciso I.
consideradas aptas para os efeitos desta resolução, que tenham
Parágrafo único. Fica o Banco Central do Brasil incumbido de disciplinar deixado de ser empregados de qualquer das instituições referidas
a entrada em vigor do disposto neste artigo. no art. 1º por período inferior a um ano, contado a partir da data de
término do vínculo empregatício anterior até a data de seu retorno à
Art. 5º Fica a Comissão de Valores Mobiliários autorizada a adotar as condição de empregado.
medidas e a baixar as normas complementares que se fizerem
necessárias à execução do disposto nesta Resolução. Art. 3º Na hipótese de os empregados das instituições referidas no
art. 1º passarem a exercer atividade diferente daquela para a qual
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. tenham sido considerados aptos para os efeitos desta resolução, na
própria instituição ou em outra, a habilitação para o exercício da nova
Art. 7º Ficam revogados a Resolução nº 238, de 24 de novembro de
atividade, se exigida, deverá ser providenciada no prazo de um ano,
1972, o item XV da Resolução nº 367, de 9 de abril de 1976, as
contado da data da mudança de atividade, ou no prazo previsto no § 3º
Circulares nºs 193, de 24 de novembro de 1972, e 229, de 15 agosto
do art. 1º, o que ocorrer primeiro.
de 1974, e a Carta-Circular nº 665, de 7 de outubro de 1981.
Art. 4º As instituições referidas no art. 1º são responsáveis pela
Brasília, 30 de maio de 2001
atualização periódica dos conhecimentos de seus empregados
Arminio Fraga Neto
considerados aptos para os efeitos desta resolução.
Presidente
Art. 5º As disposições desta resolução não se aplicam às cooperativas
de crédito e às sociedades de crédito ao microempreendedor,
observado que a certificação de empregados dessas instituições ficará
condicionada à edição de normativo específico.

Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º Fica revogada a Resolução 3.057, de 19 de dezembro de 2002.

Brasília, 17 de dezembro de 2003.


Henrique de Campos Meirelles
Presidente

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A INSTRUÇÃO CVM No 409, DE 18 DE AGOSTO DE 2004, I – títulos da dívida pública;


COM ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS
INSTRUÇÕES CVM NoS 411/04, 413/04, 450/07, II – contratos derivativos;
456/07 E 465/08. III – desde que a emissão ou negociação tenha sido objeto de
Dispõe sobre a constituição, a administração, o registro ou de autorização pela CVM, ações, debêntures,
funcionamento e a divulgação de informações dos bônus de subscrição, seus cupons, direitos, recibos de
fundos de investimento. subscrição e certificados de desdobramentos, certificados de
depósito de valores mobiliários, cédulas de debêntures, cotas
de fundos de investimento, notas promissórias, e quaisquer
outros valores mobiliários, que não os referidos no inciso IV;
O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - (Inciso com redação dada pela Instrução 456, de 22 de junho
CVM torna público que o Colegiado, em reunião realizada de 2007.)
nesta data, tendo em vista o disposto nos arts. 2º e 19 da Lei
n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976, resolveu baixar a IV – títulos ou contratos de investimento coletivo, registrados
seguinte Instrução: na CVM e ofertados publicamente, que gerem direito de
participação, de parceria ou de remuneração, inclusive
resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm
CAPÍTULO I do esforço do empreendedor ou de terceiros;
DO ÂMBITO E DA FINALIDADE
V – certificados ou recibos de depósitos emitidos no exterior
com lastro em valores mobiliários de emissão de companhia
Art. 1º A presente Instrução dispõe sobre normas gerais que aberta brasileira;
regem a constituição, a administração, o funcionamento e a
divulgação de informações dos fundos de investimento e VI – o ouro, ativo financeiro, desde que negociado em padrão
fundos de investimento em cotas de fundo de investimento internacionalmente aceito;
definidos e classificados nesta Instrução.
VII – quaisquer títulos, contratos e modalidades operacionais
Parágrafo único. Excluem-se da disciplina desta Instrução os de obrigação ou co-obrigação de instituição financeira; e
seguintes fundos, regidos por regulamentação própria:
VIII – warrants, contratos mercantis de compra e venda de
I – Fundos de Investimento em Participações; produtos, mercadorias ou serviços para entrega ou prestação
II – Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de futura, títulos ou certificados representativos desses contratos
Investimento em Participações; e quaisquer outros créditos, títulos, contratos e modalidades
III – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios; operacionais desde que expressamente previstos no
IV – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios no regulamento.
Âmbito do Programa de Incentivo à Implementação de
Projetos de Interesse Social; § 2º Os ativos cuja liquidação possa se dar por meio da
V – Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de entrega de produtos, mercadorias ou serviços deverão:
Investimento em Direitos Creditórios; I – ser negociados em bolsa de mercadorias e futuros que
VI – Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica garanta sua liquidação, observado o disposto no §5º do art.
Nacional; 16; ou
VII – Fundos Mútuos de Privatização – FGTS;
VIII – Fundos Mútuos de Privatização – FGTS – Carteira Livre; II – ser objeto de contrato que assegure ao fundo o direito de
IX – Fundos de Investimento em Empresas Emergentes; sua alienação antes do vencimento, com garantia de
X – Fundos de Índice, com Cotas Negociáveis em Bolsa de instituição financeira ou de sociedade seguradora, observada,
Valores ou Mercado de Balcão Organizado; neste último caso, a regulamentação da Superintendência de
XI – Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Seguros Privados – SUSEP. (Parágrafo com redação dada pela
Emergentes - Capital Estrangeiro; Instrução 456, de 22 de junho de 2007.)
XII – Fundos de Conversão;
§ 3º Somente poderão compor a carteira do fundo ativos
XIII – Fundos de Investimento Imobiliário;
financeiros admitidos a negociação em bolsa de valores, de
XIV – Fundo de Privatização - Capital Estrangeiro;
mercadorias e futuros, ou registrados em sistema de registro,
XV – Fundos Mútuos de Ações Incentivadas;
de custódia ou de liquidação financeira devidamente
XVI – Fundos de Investimento Cultural e Artístico;
autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas suas
XVII – Fundos de Investimento em Empresas Emergentes
respectivas áreas de competência.
Inovadoras;
XVIII – Fundos de Aposentadoria Individual Programada – § 4º Não dependerão do registro de que trata o § 3º as cotas
FAPI; e de fundos de investimento aberto.
XIX – Fundos de Investimento em Diretos Creditórios Não-
Padronizados. (Incisos XVII, XVIII e XIX acrescentados pela § 5º Os ativos financeiros referidos no § 1º incluem os ativos
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007) financeiros da mesma natureza econômica negociados no
exterior, nos casos e nos limites admitidos nesta Instrução,
CAPÍTULO II desde que a possibilidade de sua aquisição esteja
DAS CARACTERÍSTICAS E DA CONSTITUIÇÃO expressamente prevista em regulamento e:
I – sejam admitidos à negociação em bolsas de valores, de
Seção I mercadorias e futuros, ou registrados em sistema de registro,
Das Características custódia ou de liquidação financeira devidamente autorizados
Art. 2º. O fundo de investimento é uma comunhão de em seus países de origem e supervisionados por autoridade
recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à local reconhecida; ou
aplicação em ativos financeiros, observadas as disposições II – cuja existência tenha sido assegurada pelo custodiante do
desta Instrução. fundo, que deverá contratar, especificamente para esta
§ 1º Para efeito desta Instrução, consideram-se ativos finalidade, terceiros devidamente autorizados para o exercício
financeiros: da atividade de custódia em países signatários do Tratado de
Assunção ou em outras jurisdições, desde que, neste último

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caso, supervisionados por autoridade local reconhecida. (§ 5º Seção II


com redação dada pela Instrução 465, de 20 de fevereiro de Do Registro dos Fundos
2008.)
Art. 7º O funcionamento do fundo depende do prévio registro
§ 6º Para os efeitos do § 5º, considera-se reconhecida a na CVM, o qual será procedido através do envio, pelo
autoridade com a qual a CVM tenha celebrado acordo de administrador, dos documentos previstos no art. 8º, através
cooperação mútua que permita o intercâmbio de informações do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da
sobre operações cursadas nos mercados por ela CVM na rede mundial de computadores, e considerar-se-á
supervisionados, ou que seja signatária do memorando automaticamente concedido na data constante do respectivo
multilateral de entendimentos da Organização Internacional protocolo de envio.
das Comissões de Valores – OICV/IOSCO.
Art. 8º O pedido de registro deve ser instruído com os
§ 7º Para efeitos desta Instrução: seguintes documentos e informações:
I – os ativos financeiros negociados em países signatários do I – regulamento do fundo, elaborado de acordo com as
Tratado de Assunção equiparam-se aos ativos financeiros disposições desta Instrução;
negociados no mercado nacional; e
II – os dados relativos ao registro do regulamento em cartório
II – os BDRs classificados como nível I, de acordo com o de títulos e documentos;
disposto no art. 3º, § 1º, inciso I e § 2º, da Instrução CVM nº
332, de 4 de abril de 2000, equiparam-se aos ativos III – prospecto, elaborado em conformidade com disposto na
financeiros negociados no exterior. (Parágrafo com redação Seção V, Capítulo III, ressalvado o disposto nos art. 110,
dada pela Instrução 456, de 22 de junho de 2007.) inciso II;

§ 8º Os registros a que se referem os §§ 3º, e 5º, inciso II, IV – declaração do administrador do fundo de que firmou os
deste artigo deverão ser realizados em contas de depósito contratos mencionados no art. 57, se for o caso, e de que os
específicas, abertas diretamente em nome do fundo. (Art. 2º e mesmos se encontram à disposição da CVM;
§§ com redação dada pela Instrução 450, de 30 de março de V – nome do auditor independente;
2007.)
VI – inscrição do fundo no CNPJ; e
Art. 3º O fundo será constituído por deliberação de um
administrador que preencha os requisitos estabelecidos nesta VII – formulário padronizado com as informações básicas do
Instrução, a quem incumbe aprovar, no mesmo ato, o fundo, conforme modelo disponível na página da CVM na rede
regulamento do fundo. mundial de computadores, devidamente preenchido.

Parágrafo único. Podem ser administradores de fundo de Art. 9º A CVM cancelará o registro:
investimento as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM para o
I – do fundo aberto que não houver atendido o disposto no
exercício profissional de administração de carteira, nos termos
art. 105;
do art. 23 da Lei n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
II – do fundo fechado, quando não for subscrito o número
Art. 4° Da denominação do fundo constará a expressão
mínimo de cotas representativas do seu patrimônio inicial, no
"Fundo de Investimento", acrescida da referência à classe de
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, conforme o disposto na
fundo, segundo a classificação estabelecida na seção II do
Seção II do Capítulo III.
Capítulo VIII.
Parágrafo único. A CVM, em virtude de solicitação
Parágrafo único. À denominação do fundo não poderão ser
fundamentada e a seu exclusivo critério, pode prorrogar o
acrescidos termos ou expressões que induzam interpretação
prazo previsto no inciso II, uma única vez, por período no
indevida quanto a seus objetivos, sua política de investimento,
máximo igual ao prazo inicial.
seu público alvo ou o eventual tratamento tributário específico
a que estejam sujeitos o fundo ou seus cotistas, observado o
disposto nos parágrafos do art. 92. (Primitivos §§1º e 2º Seção III
transformados em parágrafo único pela Instrução CVM nº 450, Das Cotas
de 30 de março de 2007.)
Art. 10. As cotas do fundo correspondem a frações ideais de
Art. 5º O fundo pode ser constituído sob a forma de seu patrimônio, e serão escriturais e nominativas.
condomínio aberto, em que os cotistas podem solicitar o
resgate de suas cotas a qualquer tempo, ou fechado, em que §1º As cotas do fundo conferirão iguais direitos e obrigações
as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de aos cotistas.
duração do fundo. § 2º O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do
Parágrafo único. Admite-se a amortização de cotas tanto no patrimônio líquido pelo número de cotas do fundo, apurados,
fundo fechado como no fundo aberto, mediante o pagamento ambos, no encerramento do dia, assim entendido, para os
uniforme a todos os cotistas de parcela do valor de suas cotas efeitos desta Instrução, o horário de fechamento dos
sem redução do número de cotas emitidas, efetuado em mercados em que o fundo atue. (§§1º e 2º renumerados pela
conformidade com o que a esse respeito dispuser o Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
regulamento ou a assembléia geral de cotistas. § 3º O regulamento do fundo poderá estabelecer que o valor
Art. 6º O fundo será regido pelo regulamento, devendo da cota do dia será calculado a partir do patrimônio líquido do
divulgar suas principais características ao público através de dia anterior, devidamente atualizado por 1 (um) dia, quando
um prospecto elaborado em conformidade com o disposto na se tratar dos fundos de investimento:
Seção V do Capítulo III, ressalvado o disposto no art. 110, I – classificados, na forma do art. 92, como “Curto Prazo”,
inciso II desta Instrução. “Renda Fixa” e “Referenciados”; ou
II – registrados como “Exclusivos” ou “Previdenciários”, na
forma dos arts. 111-A e 116. (§3º com a redação dada pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)

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§4º Para efeito do disposto no § 3º, os eventuais ajustes ressalvada a hipótese do inciso IV do art. 110; (Incisos II e III
decorrentes das movimentações ocorridas durante o dia com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
deverão ser lançados contra as aplicações ou regates dos de 2007)
cotistas que efetuaram essas movimentações ou, ainda, contra
o patrimônio do fundo, conforme dispuser o regulamento. IV – o regulamento poderá estabelecer prazo de carência para
(§4º acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de resgate, com ou sem rendimento;
novembro de 2004. ) V – salvo na hipótese de que trata o art. 16, será devida ao
§5º Quando se tratar de fundo que atue em mercados no cotista uma multa de 0,5% (meio por cento) do valor de
exterior, o encerramento do dia poderá ser considerado como resgate, a ser paga pelo administrador do fundo, por dia de
o horário de fechamento do mercado indicado no atraso no pagamento do resgate de cotas.
regulamento. (§5º acrescentado pela Instrução CVM nº 450, Parágrafo único. O fundo cujo regulamento estabelecer data
de 30 de março de 2007) de conversão diversa da data de resgate, pagamento do
Art. 11. A qualidade de cotista caracteriza-se pela inscrição do resgate em data diversa do pedido de resgate ou prazo de
nome do titular no registro de cotistas do fundo. carência para o resgate, deverá observar o disposto no
parágrafo 3º do art. 40.
Parágrafo único. O administrador do fundo, o terceiro
contratado para essa finalidade, na forma do art. 57 e a Art. 16. Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos
instituição intermediária a que se refere a Seção IV do componentes da carteira do fundo, inclusive em decorrência
Capítulo III desta Instrução, são responsáveis, conforme o de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente,
caso, por efetuar o registro a que se refere o caput deste ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do
artigo. fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos,
o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a
Art. 12. A cota de fundo aberto não pode ser objeto de realização de resgates, sendo obrigatória a convocação de
cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, execução Assembléia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 (um)
de garantia ou sucessão universal. (Caput com redação dada dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da
pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. ) data do fechamento para resgate, sobre as seguintes
possibilidades:
§1º A cota de fundo fechado pode ser transferida, mediante
termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo I – substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
cessionário, ou através de bolsa de valores ou entidade de II – reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para
balcão organizado em que as cotas do fundo sejam admitidas resgate;
à negociação. III – possibilidade do pagamento de resgate em títulos e
valores mobiliários;
§2º A transferência de titularidade das cotas de fundo IV – cisão do fundo; e
fechado fica condicionada à verificação pelo administrador do V – liquidação do fundo.
atendimento das formalidades estabelecidas no regulamento e
na presente Instrução. § 1º O administrador é responsável pela não utilização dos
poderes conferidos no caput deste artigo, caso sua omissão
Art. 13. Os cotistas responderão por eventual patrimônio cause prejuízo aos cotistas remanescentes. (§1º com redação
líquido negativo do fundo, sem prejuízo da responsabilidade dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
do administrador e do gestor, se houver, em caso de
inobservância da política de investimento ou dos limites de §2º O fechamento do fundo para resgate deverá, em
concentração previstos no regulamento e nesta Instrução. qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM.
(Art. 13 com redação dada pela Instrução CVM 450, de 30 de
março de 2007) §3º A assembléia de que trata o caput deverá realizar-se
mesmo que o administrador delibere reabrir o fundo antes da
data marcada para sua realização. (§3º acrescentado pela
Seção IV Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004.)
Da Emissão e do Resgate de Cotas
§4º O administrador poderá solicitar à CVM autorização
Art. 14. Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o específica para proceder à cisão do fundo antes da reabertura
valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da efetiva para resgates, ficando neste caso vedadas novas aplicações no
disponibilidade, pelo administrador ou intermediário, dos fundo resultante da cisão, e devendo, de qualquer modo,
recursos investidos, segundo o disposto no regulamento. realizar-se a assembléia de que trata o caput. (§4º
(Caput com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro
de novembro de 2004. ) de 2004. )
Parágrafo único. A integralização do valor das cotas do fundo § 5º Cabe ao administrador tomar as providências necessárias
deve ser realizada em moeda corrente nacional, ressalvada a para que as hipóteses descritas no caput não venham a
hipótese do inciso I do art. 110. ocorrer em decorrência da liquidação física de ativos do fundo,
conforme previsto no inciso I do § 2º do art. 2º. (§5º
Art. 15. O resgate de cotas de fundo obedecerá às seguintes acrescentado pela Instrução CVM nº 456, )
regras:
Art. 17. É facultado ao administrador suspender, a qualquer
I – o regulamento estabelecerá o prazo entre o pedido de momento, novas aplicações no fundo, desde que tal
resgate e a data de conversão de cotas, assim entendida, para suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e
os efeitos desta Instrução, a data da apuração do valor da cotistas atuais.
cota para efeito do pagamento do resgate;
§1º A suspensão do recebimento de novas aplicações em um
II – a conversão de cotas dar-se-á pelo valor da cota do dia na dia não impede a reabertura posterior do fundo para
data de conversão, observadas, se for o caso, a forma de aplicações.
cálculo da cota do dia admitida pelo § 3º do art. 10;
§2º O administrador deve comunicar imediatamente aos
III – o pagamento do resgate deverá ser efetuado em cheque, intermediários sobre a eventual existência de fundos que não
crédito em conta corrente ou ordem de pagamento, no prazo estejam admitindo captação.
estabelecido no regulamento, que não poderá ser superior a 5
(cinco) dias úteis, contados da data da conversão de cotas,

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§3º O fundo deve permanecer fechado para aplicações §1º Nas distribuições subseqüentes à distribuição inicial
enquanto perdurar o período de suspensão de resgates. (§3º deverão ser enviadas aos cotistas:
acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro
de 2004. ) I – uma comunicação de início da distribuição, com
antecedência mínima de 10 (dez) dias; e
Art. 18. O regulamento deverá prever as condições para
recebimento de aplicações e resgates nos feriados estaduais e II – uma comunicação de encerramento da distribuição, até 10
municipais. (dez) dias após tal encerramento, esclarecendo o resultado da
distribuição.

CAPÍTULO III §2º O administrador deverá manter em sua posse, pelo prazo
DA SUBSCRIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE COTAS de 5 (cinco) anos, os comprovantes de envio de ambas as
comunicações referidas no parágrafo anterior, à disposição da
CVM.
Seção I
Do Registro de Distribuição de Cotas Art. 25. O administrador deverá encaminhar, através do
Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM
Art.19. A distribuição de cotas de fundo aberto independe de na rede mundial de computadores, a lista de subscrição de
prévio registro na CVM e será realizada por instituições cotas de fundo fechado, no prazo de dois dias úteis após o
intermediárias integrantes do sistema de distribuição de encerramento da subscrição de cotas.
valores mobiliários.
Art. 26. Não será admitida nova distribuição de cotas do
Art. 20. A distribuição de cotas de fundo fechado depende de fundo antes de subscrita a distribuição anterior.
prévio registro na CVM, na forma da Seção II deste Capítulo, e
somente poderá ser realizada por instituições integrantes do Art. 27. A subscrição das cotas do fundo fechado deve ser
sistema de distribuição de valores mobiliários. encerrada no prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias), a
contar da data do início de distribuição.
Art. 21. O administrador é obrigado a fornecer aos
intermediários contratados todo o material de divulgação do §1º Na hipótese de o administrador decidir alterar, durante o
fundo exigido pela regulamentação em vigor, respondendo processo de distribuição de cotas, alguma das condições
pela exatidão das informações contidas no referido material. previamente divulgadas, a distribuição deve ser suspensa, de
forma a ser obtida a concordância dos subscritores com
Parágrafo único. O administrador de fundo de investimento é relação às novas condições.
obrigado a informar aos intermediários contratados qualquer
alteração que ocorra no fundo, especialmente se decorrente §2º Aos cotistas que dissentirem das alterações procedidas
da mudança do regulamento, ocasião em que o administrador será assegurado direito de obter a devolução do valor
substituirá imediatamente o material de divulgação em poder integralizado, acrescido proporcionalmente dos rendimentos
dos intermediários contratados. auferidos pelas aplicações do fundo, líquidos de encargos e
tributos.

Seção II §3o Uma vez observado o disposto nos parágrafos anteriores,


Do Registro de Distribuição de Cotas de Fundos inclusive com a efetiva restituição dos valores aos cotistas
Fechados dissidentes, deverá ser realizada, previamente ao reinicio da
distribuição, a correção do prospecto e dos demais
Art. 22. A distribuição de cotas de fundo fechado que não documentos e informações, a partir do qual será contado novo
seja destinado exclusivamente a investidores qualificados prazo de 180 (cento e oitenta) dias para a colocação das
deverá ser precedida de registro de oferta pública de cotas.
distribuição nos termos da Instrução CVM n.º 400, de 29 de
dezembro de 2003. Art. 28. As importâncias recebidas na integralização de cotas,
durante o processo de distribuição de cotas de fundo fechado,
Art. 23. O registro de distribuição de cotas de fundo fechado devem ser depositadas em banco comercial, banco múltiplo
destinado exclusivamente a investidores qualificados com carteira comercial ou Caixa Econômica em nome do
dependerá do envio dos documentos previstos no art. 24, fundo, sendo obrigatória sua imediata aplicação em títulos
através do Sistema de Envio de Documentos disponível na públicos federais ou em cotas de fundo de investimento
página da CVM na rede mundial de computadores, e classificado em conformidade com o disposto no art. 93.
considerar-se-á automaticamente concedido na data constante
do respectivo protocolo de envio. §1º Durante o período de distribuição, o administrador deve
remeter mensalmente demonstrativo das aplicações da
Art. 24. O pedido de registro para distribuição de cotas de carteira, através do Sistema de Envio de Documentos
fundo fechado destinado exclusivamente a investidores disponível na página da CVM na rede mundial de
qualificados deve ser acompanhado: computadores, no prazo máximo de 10 (dez) dias contados do
encerramento do mês. (§1º com redação dada pela Instrução
I – do material de divulgação a ser utilizado durante a CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
distribuição das cotas;
§2º No caso de fundo já em funcionamento, os valores
II – da informação quanto ao número máximo e mínimo de relativos à nova distribuição de cotas devem ser escriturados
cotas a serem distribuídas, o valor da emissão e outras separadamente das demais aplicações do fundo, até o
informações relevantes sobre a distribuição; encerramento da distribuição.
III – da informação quanto à data de início e encerramento da §3º A assembléia de cotistas que deliberar a distribuição de
distribuição; novas cotas do fundo fechado poderá dispor sobre o número
IV – de declaração do administrador de que foi firmado o mínimo de cotas que devam obrigatoriamente ser subscritas
contrato de distribuição com instituição integrante do sistema para que a distribuição seja mantida, e o tratamento a ser
de distribuição e de que o mesmo se encontra à disposição da dado no caso de não haver a subscrição total das cotas
CVM, quando for o caso; e previstas.

V – do prospecto, se houver. §4º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o número mínimo


de cotas previsto não seja subscrito no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, prorrogável por igual período conforme o

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disposto no art. 9º, contados da data de concessão do Art. 32. Sem prejuízo de eventuais sanções, a CVM poderá
registro, os valores integralizados deverão ser imediatamente suspender a emissão, subscrição e distribuição de cotas de
restituídos aos subscritores, acrescidos proporcionalmente dos fundo realizadas em desacordo com a presente Instrução.
rendimentos auferidos pelas aplicações do fundo, líquidos de
encargos e tributos.
Seção IV
§5º Caso não tenha havido distribuição total das cotas Da Subscrição de Cotas por Conta e Ordem (Seção IV
previstas e a deliberação da assembléia de cotistas não tenha renomeada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
fixado um número mínimo de cotas a serem subscritas, o de 2007)
subscritor das cotas poderá optar entre permanecer no fundo
ou receber a devolução do valor integralizado, acrescido Art. 33. O fundo de investimento poderá contratar, por
proporcionalmente dos rendimentos auferidos pelas aplicações escrito, instituições intermediárias integrantes do sistema de
do fundo, líquidos de encargos e tributos. distribuição de valores mobiliários para realizar a distribuição
de cotas, autorizando-as a realizar a subscrição de cotas do
Art. 29. O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo por conta e ordem de seus respectivos clientes. (Art. 33
fundo fechado deve conter pelo menos as seguintes com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
informações: de 2007)
I – nome do fundo; Art. 34. Para a adoção do procedimento de que trata esta
seção, o administrador e a instituição intermediária deverão
II – nome e endereço do administrador e gestor, se houver; estabelecer, por escrito, a obrigação desta última de criar
III – nome e endereço das instituições responsáveis pela registro complementar de cotistas, específico para cada fundo
distribuição; em que ocorra tal modalidade de subscrição de cotas, de
forma que: (Caput do art. 34 com redação dada pela Instrução
IV – política de investimento, público alvo e principais CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
características do fundo;
I – a instituição intermediária inscreva no registro
V – mercado onde as cotas do fundo são negociadas; complementar de cotistas a titularidade das cotas em nome
dos investidores, atribuindo a cada cotista um código de
VI – condições de subscrição e integralização;
cliente e informando tal código ao administrador do fundo; e
VII – data do início e encerramento da distribuição;
II – o administrador, ou instituição contratada, escriture as
VIII – esclarecimento de que maiores informações e as cópias cotas de forma especial no registro de cotistas do fundo,
do prospecto e do regulamento podem ser obtidas nas adotando, na identificação do titular, o nome da instituição
instituições responsáveis pela distribuição de cotas ou na intermediária, acrescido do código de cliente fornecido pela
página da CVM na rede mundial de computadores; instituição intermediária, e que identifica o cotista no registro
complementar.
IX – os dizeres, de forma destacada: "A concessão do registro
da presente distribuição não implica, por parte da CVM, Art. 35. As aplicações ou resgates realizados nos fundos de
garantia de veracidade das informações prestadas ou investimento por meio de instituições intermediárias que
julgamento sobre a qualidade do fundo, de seu administrador estejam atuando por conta e ordem de clientes serão
ou das cotas a serem distribuídas". efetuadas de forma segregada, de modo que os bens e
direitos integrantes do patrimônio de cada um dos clientes,
bem como seus frutos e rendimentos, não se comuniquem
Seção III com o patrimônio da instituição intermediária.
Da Subscrição de Cotas (Seção III renomeada pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007) Parágrafo único. Os bens e direitos de clientes das instituições
intermediárias não respondem direta ou indiretamente por
Art. 30. Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, nenhuma obrigação contraída por tais instituições, sendo-lhes
mediante termo próprio, que: vedada a constituição, em proveito próprio, de ônus reais ou
I – recebeu o regulamento e, se for o caso, o prospecto; de direitos reais de garantia em favor de terceiros sobre as
cotas dos fundos.
II – tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de
investimento; Art. 36. As instituições intermediárias que estejam atuando
por conta e ordem de clientes assumem todos os ônus e
III – tomou ciência da possibilidade de ocorrência de responsabilidades relacionadas aos clientes, inclusive quanto a
patrimônio líquido negativo, se for o caso, e, neste caso, de seu cadastramento, identificação e demais procedimentos que,
sua responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de na forma desta Instrução, caberiam originalmente ao
recursos. administrador, em especial no que se refere:
§1º O administrador deve manter à disposição da CVM o I – ao fornecimento aos clientes de prospectos, regulamentos
termo contendo as declarações referidas no caput deste e termos de adesão, a serem obrigatoriamente encaminhados
artigo, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em pelos administradores aos intermediários, para tal finalidade;
sistema eletrônico que garanta o atendimento ao disposto no
caput. II – à responsabilidade de dar ciência ao cotista de que a
distribuição é feita por conta e ordem;
§ 2º O regulamento e, se for o caso, o prospecto deverão ser
entregues pelo administrador em suas versões vigentes e III – à obrigação de dar ciência aos clientes de quaisquer
atualizadas. (§2º com redação dada pela Instrução CVM nº exigências formuladas pela CVM;
450, 30 de março de 2007 ) IV – ao controle e à manutenção de registros internos
Art. 31. O administrador deverá informar a data da primeira referentes à compatibilidade entre as movimentações dos
integralização de cotas do fundo através do Sistema de Envio recursos dos clientes, e sua capacidade financeira e atividades
de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial econômicas, nos termos das normas de proteção e combate à
de computadores, no prazo de dois dias úteis. lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
V – à regularidade e guarda da documentação cadastral dos
clientes, nos estritos termos da regulamentação em vigor, bem

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como pelo cumprimento de todas as exigências legais quanto computadores, no prazo de 1 (um) dia útil, quaisquer
à referida documentação cadastral; alterações realizadas no prospecto, as quais serão colocadas à
disposição para consulta pública.
VI – à prestação de informação diretamente à CVM sobre os
dados cadastrais dos clientes que aplicarem nos fundos, Art. 40. O prospecto deve conter, em linguagem clara e
quando esta informação for solicitada; acessível ao público alvo do fundo, informações sobre os
seguintes tópicos, assim como quaisquer outras informações
VII – à comunicação aos clientes sobre a convocação de consideradas relevantes:
assembléias gerais de cotistas e sobre suas deliberações, de
acordo com as instruções e informações que, com I – metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu
antecedência suficiente e tempestivamente, receber dos público alvo;
administradores dos fundos de investimento, observado o
disposto no art. 37; II – política de investimento e faixas de alocação de ativos,
discriminando o processo de análise e seleção dos mesmos;
VIII – à manutenção de serviço de atendimento aos seus
clientes, para esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento III – relação dos prestadores de serviços do fundo;
de reclamações; IV – especificação, de forma clara, das taxas e demais
IX – ao zelo para que o investidor final tenha pleno acesso a despesas do fundo;
todos os documentos e informações previstos nesta Instrução, V – apresentação detalhada do administrador e do gestor,
em igualdade de condições com os demais cotistas do fundo quando for o caso, com informação sobre seu registro perante
de investimento objeto da aplicação; a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e
X – à manutenção de informações atualizadas que permitam a serviços utilizados para gerir o fundo; (Inciso V com redação
identificação, a qualquer tempo, de cada um dos investidores dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de )novembro de
finais, bem como do registro atualizado de todas as aplicações 2004.
e resgates realizados em nome de cada um dos investidores VI – condições de compra de cotas do fundo, compreendendo
finais; e limites mínimos e máximos de investimento, bem como
XI – à obrigação de efetuar a retenção e o recolhimento dos valores mínimos para movimentação e permanência no fundo;
tributos incidentes nas aplicações ou resgates em fundos de VII – condições de resgate de cotas e, se for o caso, prazo de
investimento, conforme determinar a legislação tributária. carência;
Parágrafo único. A documentação referida no inciso X deve VIII – política de distribuição de resultados, se houver,
permanecer na posse da instituição que esteja atuando por compreendendo os prazos e condições de pagamento;
conta e ordem de clientes, à disposição da CVM, pelo prazo de
5 (cinco) anos. IX – identificação dos riscos assumidos pelo fundo;

Art. 37. Previamente à realização das assembléias gerais de X – informação sobre a política de administração dos riscos
cotistas, o intermediário que esteja atuando por conta e assumidos pelo fundo, inclusive no que diz respeito aos
ordem de clientes deve fornecer aos clientes que assim métodos utilizados para gerenciamento destes riscos; (Inciso X
desejarem declaração da quantidade de cotas por eles detidas, com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
indicando o fundo, nome ou denominação social do cliente, o de 2007 )
código do cliente e o número da sua inscrição no Cadastro de
XI – informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus
Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa
cotistas, contemplando a política a ser adotada pelo
Jurídica, ambos do Ministério da Fazenda, conforme o caso,
administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;
constituindo tal documento prova hábil da titularidade das
cotas, para o fim de exercício do direito de voto. XII – política relativa ao exercício de direito de voto do fundo,
pelo administrador ou por seus representantes legalmente
Parágrafo único. O intermediário que esteja atuando por conta
constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais
e ordem de clientes pode comparecer e votar nas assembléias
o fundo detenha participação;
gerais de cotistas dos fundos, representando os interesses de
seus clientes, desde que munido de procuração com poderes XIII – política de divulgação de informações, inclusive as de
específicos, discriminando inclusive o dia, hora e local da composição de carteira, que deverá ser idêntica para todos
referida assembléia. que solicitarem; (Inciso XIII com redação dada pela Instrução
CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
Art. 38. Na hipótese de rescisão do contrato firmado entre o
fundo e o intermediário que esteja atuando por conta e ordem XIV – quando houver, identificação da agência classificadora
de clientes, deve ser facultado ao cotista permanecer como de risco do fundo, bem como a classificação obtida;
investidor no fundo, comprometendo-se a instituição
intermediária, neste caso, a identificar e fornecer ao XV – observado o disposto no art. 75, a indicação sobre o
administrador toda a documentação cadastral do cliente. local, ou meio, e a forma de obtenção dos resultados do fundo
em exercícios anteriores, e de outras informações referentes a
exercícios anteriores, tais como demonstrações contábeis,
Seção V relatórios do administrador do fundo e demais documentos
Do Prospecto pertinentes que tenham sido divulgados ou elaborados por
força de disposições regulamentares aplicáveis; (Inciso XV
Art. 39. O prospecto deve conter todas as informações
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
relevantes para o investidor relativas à política de investimento
novembro de 2004. )
do fundo e aos riscos envolvidos.
XVI – o percentual máximo de cotas que pode ser detido por
§1º O prospecto atualizado deve estar à disposição dos
um único cotista;
investidores potenciais durante o período de distribuição, nos
locais em que esta for realizada, em número suficiente de §1º O prospecto deve conter, de forma destacada, os dizeres:
exemplares. "A concessão de registro para a venda de cotas deste fundo
não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das
§2º O administrador do fundo deverá encaminhar à CVM, em
informações prestadas ou de adequação do regulamento do
meio eletrônico através do Sistema de Envio de Documentos
fundo ou do seu prospecto à legislação vigente ou julgamento
disponível na página da CVM na rede mundial de

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sobre a qualidade do fundo ou de seu administrador, gestor e V – prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
demais prestadores de serviços.".
VI – política de investimento, de forma a caracterizar a classe
§2º O fundo que pretender realizar operações com derivativos do fundo, em conformidade com o disposto no art. 92; ( Inciso
que possam resultar em perdas patrimoniais ou, em especial, VI com redação dada pela Instrução 450, de 30 de março de
levar à ocorrência de patrimônio líquido negativo, deverá 2007.)
inserir na capa de seu prospecto e em todo o material de
divulgação, de forma clara, legível e em destaque, uma das VII – taxa de administração, fixa e expressa em percentual
seguintes advertências, conforme o caso: anual do patrimônio líquido (base 252 dias);

I – "Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte VIII – taxa de performance, de ingresso e de saída, observado
integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da o disposto no art. 62; (Inciso VIII com redação dada pela
forma como são adotadas, podem resultar em significativas Instrução CVM nº 413, de 30 de dezembro de 2004.)
perdas patrimoniais para seus cotistas."; ou IX – demais despesas do fundo, em conformidade com o
II – "Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte disposto no art.99;
integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da X – condições para a aplicação e o resgate de cotas, inclusive
forma como são adotadas, podem resultar em significativas quanto ao disposto no art. 10, §3º; (Inciso X com redação
perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive dada pela Instrução 450, de 30 de março de 2007.)
acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a
conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos XI – distribuição de resultados;
adicionais para cobrir o prejuízo do fundo."
XII – público alvo;
§3º Caso o regulamento estabeleça data de conversão
XIII – referência ao estabelecimento de intervalo para a
diversa da data de resgate, pagamento do resgate em data
atualização do valor da cota, quando for o caso;
diversa do pedido de resgate ou prazo de carência para o
resgate, tais fatos deverão ser incluídos com destaque na capa XIV – exercício social do fundo;
do prospecto e em todo o material de divulgação, de forma
clara e legível. XV – política de divulgação de informações, inclusive as
relativas à composição de carteira; (Inciso XV com redação
§4º Caso o administrador tenha contratado agência dada pela Instrução 450, de 30 de março de 2007.)
classificadora de risco, o prospecto deverá conter advertência
de que a manutenção desse serviço não é obrigatória, XVI – política relativa ao exercício de direito do voto do fundo,
podendo o mesmo ser descontinuado, a critério do pelo administrador ou por seus representantes legalmente
administrador do fundo ou da assembléia geral de cotistas. constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais
(§4º com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de o fundo detenha participação;
março de 2007.) XVII – informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a
§ 5º Na descrição da política de administração de risco, o seus cotistas;
prospecto deverá conter advertência de que os métodos XVIII - política de administração de risco, com a descrição dos
utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a que o métodos utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos
fundo se encontra sujeito não constituem garantia contra a que o fundo se encontra sujeito. (Inciso XVIII acrescentado
eventuais perdas patrimoniais que possam ser incorridas pelo pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
fundo. (§5º com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de
30 de março de 2007.) §1º Na definição da política de investimento exigida no inciso
VI do caput, devem ser prestadas informações sobre:
§ 6º Os fundos que se utilizarem da prerrogativa de que trata
o §3º do art. 10 deverão mencionar no prospecto, como I – o percentual máximo de aplicação em títulos e valores
indicação dos riscos assumidos pelo fundo de que trata o mobiliários de emissão do administrador, gestor ou de
inciso IX do caput deste artigo, a possibilidade de perdas empresa a eles ligada, observado o disposto no artigo 86
decorrentes da volatilidade nos preços dos ativos que integram desta Instrução; (Inciso I com redação dada pela Instrução
sua carteira. (§6º com redação dada pela Instrução CVM nº CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
450, de 30 de março de 2007.)
II – o percentual máximo de aplicação em cotas de fundos de
§ 7º Caso a política de investimento contemple a possibilidade investimento administrados pelo administrador, gestor ou
de alocação de mais de 30% (trinta por cento) do patrimônio empresa a eles ligada;
líquido do fundo nos ativos discriminados no art. 98, o
prospecto deverá conter destaque sobre esta possibilidade. III – o percentual máximo de aplicação em títulos e valores
(§7º acrescentado pela Instrução CVM nº 456, de 22 de mobiliários de um mesmo emissor, observados os limites do
junho de 2007. ) art. 86 desta Instrução; e (Inciso III com redação dada pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)

CAPÍTULO IV IV – o propósito do fundo de realizar operações em valor


DO REGULAMENTO DO FUNDO superior ao seu patrimônio, com a indicação de seus níveis de
exposição em mercados de risco.

Seção I §2º A política de divulgação de informações referida no inciso


Das Disposições Obrigatórias do Regulamento XV do caput deverá abranger pelo menos o seguinte: (§2º
com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
Art. 41. O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre: de 2007)
I – qualificação do administrador do fundo; I – a periodicidade mínima para divulgação da composição da
carteira do fundo;
II – quando for o caso, referência à qualificação do gestor da
carteira do fundo; II – o nível de detalhamento das informações;
III – qualificação do custodiante; III – o local e meio de solicitação e divulgação das
informações.
IV – espécie do fundo, se aberto ou fechado;

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§3º A política de divulgação deverá ser idêntica para todos os II – alteração da política de investimento;
consultores de investimento, agências classificadoras e demais
interessados. (§3º com redação dada pela Instrução CVM nº III – mudança nas condições de resgate; e
450, de 30 de março de 2007) IV – incorporação, cisão ou fusão que envolva fundo sob a
§4º Será sempre conferido tratamento idêntico ao conjunto forma de condomínio fechado ou que acarrete alteração, para
dos cotistas quanto à divulgação de informações, observadas os cotistas envolvidos, das condições elencadas nos incisos
as disposições desta instrução e, se for o caso, aquelas anteriores.
constantes da política de divulgação que a eles se refiram. Art. 44. O administrador deverá encaminhar, através do
(§4º acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM
novembro de 2004. ) na rede mundial de computadores, na data do início da
§ 5º Se o fundo contratar agência classificadora de risco: vigência das alterações deliberadas em assembléia, os
seguintes documentos: (Art. 44 com redação dada pela
I – a remuneração da agência classificadora constituirá Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
despesa do administrador;
I – exemplar do regulamento, consolidando as alterações
II – o contrato deverá conter cláusula obrigando a agência efetuadas; e
classificadora de risco a, imediatamente, divulgar em sua
página na rede mundial de computadores e comunicar à CVM II – prospecto atualizado, se for o caso.
e ao administrador qualquer alteração da classificação do Art. 45. O regulamento pode ser alterado,
fundo, ou a rescisão do contrato; independentemente da assembléia geral, sempre que tal
III – na hipótese de que trata o inciso II o administrador alteração decorrer exclusivamente da necessidade de
deverá, imediatamente, divulgar fato relevante ao mercado; e atendimento a exigências expressas da CVM, de adequação a
normas legais ou regulamentares ou ainda em virtude da
IV - as informações a ela fornecidas poderão abranger aquelas atualização dos dados cadastrais do administrador, do gestor
fornecidas aos cotistas (§5º com redação dada pela Instrução ou do custodiante do fundo, tais como alteração na razão
CVM nº 450, de 30 de março de 2007. ) social, endereço e telefone.
§ 6º A rescisão do contrato firmado com agência Parágrafo único. As alterações referidas no caput devem ser
classificadora de risco somente será admitida mediante a comunicadas aos cotistas, por correspondência, no prazo de
observância de período de carência de 180 (cento e oitenta) até 30 (trinta) dias, contados da data em que tiverem sido
dias, sendo obrigatória a apresentação, ao final desse período, implementadas.
de relatório de classificação de risco elaborado pela mesma
agência. Art. 46. O administrador tem o prazo de até 30 (trinta) dias,
salvo determinação em contrário, para proceder às alterações
§7º Verificando-se a hipótese de que trata o §6º, o prospecto determinadas pela CVM, contados do recebimento da
deverá, a partir da data da rescisão, incluir um resumo do correspondência que formular as referidas exigências.
último relatório elaborado pela agência classificadora, o
histórico das notas obtidas pelo fundo, a indicação do
endereço eletrônico no qual a versão integral do relatório pode CAPÍTULO V
ser consultada e a informação de que ele também está DA ASSEMBLÉIA GERAL
disponível na sede do administrador, observando-se, ainda, os
§§ 1º e 2º do art. 39. Seção I
§ 8º A remuneração de agência classificadora de risco Da Competência
contratada pelo fundo poderá constituir despesa do fundo Art. 47. Compete privativamente à assembléia geral de
desde que: cotistas deliberar sobre:
I – seja deduzida da taxa de administração; e I – as demonstrações contábeis apresentadas pelo
II – tal possibilidade conste do regulamento.” (§§6º, 7º e 8º administrador;
acrescentados pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de II – a substituição do administrador, do gestor ou do
2007.) custodiante do fundo;
III – a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a
Art. 42. O administrador pode destinar diretamente aos liquidação do fundo;
cotistas as quantias que forem atribuídas ao fundo a título de IV – o aumento da taxa de administração;
dividendos, juros sobre capital próprio ou outros rendimentos V – a alteração da política de investimento do fundo;
advindos de ativos que integrem sua carteira, desde VI – a emissão de novas cotas, no fundo fechado;
expressamente autorizado pelo regulamento. VII – a amortização de cotas, caso não esteja prevista no
regulamento; e
VIII – a alteração do regulamento.
Seção II
Da Alteração do Regulamento
Seção II
Art. 43. A alteração do regulamento depende da prévia Da Convocação e Instalação
aprovação da assembléia geral de cotistas, sendo eficaz a
partir da data deliberada pela assembléia. Art. 48. A convocação da assembléia geral deve ser feita por
correspondência encaminhada a cada cotista.
Parágrafo único. Salvo se aprovadas pela unanimidade dos
cotistas do fundo, as alterações de regulamento serão eficazes §1º A convocação de assembléia geral deverá enumerar,
no mínimo a partir de 30 (trinta) dias após a comunicação aos expressamente, na ordem do dia, todas as matérias a serem
cotistas de que trata o art. 55, nos seguintes casos: (Parágrafo deliberadas, não se admitindo que sob a rubrica de assuntos
único com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de gerais haja matérias que dependam de deliberação da
novembro de 2004. ) assembléia.
I – aumento ou alteração do cálculo das taxas de
administração, de performance, de ingresso ou de saída;

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§2º A convocação da assembléia geral deve ser feita com 10 I – seu administrador e seu gestor; (Inciso I com redação
(dez) dias de antecedência, no mínimo, da data de sua dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004.
realização. )
§3º Da convocação devem constar, obrigatoriamente, dia, II – os sócios, diretores e funcionários do administrador ou do
hora e local em que será realizada a assembléia geral. gestor; (Inciso II com redação dada pela Instrução CVM nº
411, de 26 de novembro de 2004. )
§4o O aviso de convocação deve indicar o local onde o cotista
pode examinar os documentos pertinentes à proposta a ser III – empresas ligadas ao administrador ou ao gestor, seus
submetida à apreciação da assembléia. sócios, diretores, funcionários; e (Inciso III com redação dada
pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
§5º A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de
convocação. IV – os prestadores de serviços do fundo, seus sócios,
diretores e funcionários.
Art. 49. Anualmente a assembléia geral deverá deliberar
sobre as demonstrações contábeis do fundo, fazendo-o até Parágrafo único. Às pessoas mencionadas nos incisos I a IV
120 (cento e vinte) dias após o término do exercício social. não se aplica a vedação prevista neste artigo quando se tratar
de fundo de que sejam os únicos cotistas, ou na hipótese de
§1º A assembléia geral a que se refere o caput somente pode aquiescência expressa da maioria dos demais cotistas,
ser realizada no mínimo 30 (trinta) dias após estarem manifestada na própria assembléia, ou em instrumento de
disponíveis aos cotistas as demonstrações contábeis auditadas procuração que se refira especificamente à assembléia em que
relativas ao exercício encerrado. se dará a permissão de voto. (Parágrafo único com redação
§2º A assembléia geral a que comparecerem todos os cotistas dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004.
poderá dispensar a observância do prazo estabelecido no )
parágrafo anterior, desde que o faça por unanimidade. Art. 55. O resumo das decisões da assembléia geral deverá
Art. 50. Além da assembléia prevista no artigo anterior, o ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 (trinta) dias
administrador, o gestor, o custodiante ou o cotista ou grupo após a data de realização da assembléia, podendo ser utilizado
de cotistas que detenha, no mínimo, 5% (cinco por cento) do para tal finalidade o extrato de conta que for enviado após a
total de cotas emitidas, poderão convocar a qualquer tempo comunicação de que trata o art. 68, II.
assembléia geral de cotistas, para deliberar sobre ordem do Parágrafo único. Caso a assembléia geral seja realizada nos
dia de interesse do fundo ou dos cotistas. últimos dez dias do mês, a comunicação de que trata o caput
Parágrafo único. A convocação por iniciativa do gestor, do poderá ser efetuada no extrato de conta relativo ao mês
custodiante ou de cotistas será dirigida ao administrador, que seguinte ao da realização da assembléia. (Artigo com redação
deverá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados do dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004.
recebimento, realizar a convocação da assembléia geral às )
expensas dos requerentes, salvo se a assembléia geral assim
convocada deliberar em contrário. (Artigo com redação dada CAPÍTULO VI
pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. ) DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 51. A Assembléia Geral se instalará com a presença de


qualquer número de cotistas. Seção I
Das Disposições Gerais

Seção III Art. 56. A administração do fundo compreende o conjunto de


Das Deliberações serviços relacionados direta ou indiretamente ao
funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser
Art. 52. As deliberações da assembléia geral serão tomadas prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele
por maioria de votos, cabendo a cada cota 1 (um) voto. contratados, por escrito, em nome do fundo.
§1º O regulamento poderá dispor sobre a possibilidade de as §1º O administrador poderá contratar, em nome do fundo,
deliberações da assembléia serem adotadas mediante com terceiros devidamente habilitados e autorizados, os
processo de consulta formal, sem necessidade de reunião dos seguintes serviços, com a exclusão de quaisquer outros não
cotistas. listados: (§1º com redação dada pela Instrução CVM nº 450,
de 30 de março de 2007.)
§2º O regulamento poderá estabelecer quorum qualificado
para as deliberações, inclusive as relativas às matérias I – a gestão da carteira do fundo;
previstas no art. 47.
II – a consultoria de investimentos;
§3º Na hipótese de destituição do administrador de fundo
aberto, o quorum qualificado a que se refere o caput não III – as atividades de tesouraria, de controle e processamento
poderá ultrapassar metade mais uma das cotas emitidas. (§3º dos títulos e valores mobiliários;
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de IV – a distribuição de cotas;
novembro de 2004. )
V – a escrituração da emissão e resgate de cotas;
Art. 53. Somente podem votar na assembléia geral os cotistas
do fundo inscritos no registro de cotistas na data da VI – custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos
convocação da assembléia, seus representantes legais ou financeiros; e
procuradores legalmente constituídos há menos de 1 (um)
ano. VII – classificação de risco por agência especializada
constituída no País. (Inciso VII com redação dada pela
Parágrafo único. Os cotistas também poderão votar por meio Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida pelo
administrador antes do início da assembléia, observado o §2º Gestão da carteira do fundo é a gestão profissional,
disposto no regulamento. conforme estabelecido no seu regulamento, dos títulos e
valores mobiliários dela integrantes, desempenhada por
Art. 54. Não podem votar nas assembléias gerais do fundo: pessoa natural ou jurídica credenciada como administradora
de carteira de valores mobiliários pela CVM, tendo o gestor

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poderes para negociar, em nome do fundo de investimento, os financeiro e de capitais devem sempre ser expedidas com a
referidos títulos e valores mobiliários. identificação precisa do fundo de investimento em nome do
qual elas devem ser executadas.
Art. 57. A contratação de terceiros devidamente habilitados
ou autorizados para a prestação dos serviços de Parágrafo único. Quando uma mesma pessoa jurídica
administração, conforme mencionado no art. 56, é faculdade administrar diversos fundos, será admitido o grupamento de
do fundo, sendo obrigatória a contratação dos serviços de ordens, desde que o administrador tenha implantado sistema
auditoria independente (art. 84) e, quando não estiver o que possibilite o rateio, entre os fundos, das compras e
administrador devidamente autorizado ou credenciado para a vendas feitas, através de critérios eqüitativos e
sua prestação, os serviços previstos nos incisos III, IV, V e VI. preestabelecidos, devendo o registro de tal repartição ser
(Caput do Art. 57 com a redação dada pela Instrução CVM nº mantido à disposição da CVM pelo período mínimo de 5 (cinco)
450, de 30 de março de 2007) anos.
§1º Compete ao administrador, na qualidade de
representante do fundo, efetuar as contratações dos Seção II
prestadores de serviços, mediante prévia e criteriosa análise e Da Remuneração
seleção do contratado, devendo, ainda, figurar no contrato
como interveniente anuente. Art. 61. O regulamento deve dispor sobre a taxa de
administração, que remunerará todos os serviços indicados
§ 2º Os contratos firmados na forma do § 1º, referentes aos nos incisos I a V do § 1º do art. 56, podendo haver
serviços prestados nos incisos I, III e V do § 1º do art. 56, remuneração baseada no resultado do fundo (taxa de
deverão conter cláusula que estipule a responsabilidade performance) nos termos desta Instrução, bem como taxa de
solidária entre o administrador do fundo e os terceiros ingresso e saída.
contratados pelo fundo, por eventuais prejuízos causados aos
cotistas em virtude das condutas contrárias à lei, ao §1º Cumpre ao administrador zelar para que as despesas com
regulamento e aos atos normativos expedidos pela CVM. (§2º a contratação de terceiros prestadores de serviços não
com redação dada pela Instrução CVM nº 456, de 22 de junho excedam o montante total da taxa de administração fixada no
de 2007. ) regulamento, correndo às suas expensas o pagamento de
quaisquer despesas que ultrapassem esse limite.
§3º Independente da responsabilidade solidária a que se
refere o § 2º, o administrador responde por prejuízos §2º As taxas previstas no caput não podem ser aumentadas
decorrentes de atos e omissões próprios a que der causa, sem prévia aprovação da assembléia geral, mas podem ser
sempre que agir de forma contrária à lei, ao regulamento e reduzidas unilateralmente pelo administrador, que deve
aos atos normativos expedidos pela CVM. comunicar esse fato, de imediato, à CVM e aos cotistas,
promovendo a devida alteração no regulamento e, se for o
§4º Os contratos de prestação de serviços de administração caso, no prospecto.
firmados com terceiros pelo administrador, em nome do
fundo, devem ser mantidos pelo administrador e respectivos §3º Nos fundos abertos, as taxas de administração e de
contratados à disposição da CVM. performance devem ser provisionadas por dia útil, sempre
como despesa do fundo e apropriadas conforme estabelecido
§5º Sem prejuízo do disposto no § 2º, o administrador e cada no regulamento.
prestador de serviço contratado respondem perante a CVM, na
esfera de suas respectivas competências, por seus próprios §4º Os fundos de investimento e os fundos de investimento
atos e omissões contrários à lei, ao regulamento do fundo e às em cotas, não destinados exclusivamente a investidores
disposições regulamentares aplicáveis. qualificados, que adquirirem, nos limites desta Instrução, cotas
de outros fundos de investimento, deverão estabelecer em seu
§6º Os fundos administrados por instituições financeiras não regulamento que a taxa de administração cobrada pelo
precisam contratar os serviços previstos nos incisos III e V, do administrador compreende a taxa de administração dos fundos
art. 56 quando os mesmos forem executados pelos seus de investimento em que investirem. (§4º acrescentado pela
administradores, que nestes casos serão considerados Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
autorizadas para a sua prestação.
§5º O disposto no parágrafo anterior não impede que o
Art. 58. O administrador, observadas as limitações legais e as regulamento do fundo estabeleça uma taxa de administração
previstas nesta Instrução, tem poderes para praticar todos os máxima, compreendendo a taxa de administração dos fundos
atos necessários ao funcionamento do fundo de investimento, em que invista, e uma taxa de administração mínima, que não
sendo responsável pela constituição do fundo e pela prestação inclua a taxa de administração dos fundos em que invista,
de informações à CVM, na forma desta Instrução e quando caso em que:
solicitada.
I – o prospecto e qualquer material de divulgação que se refira
Art. 59. Caso o administrador não seja credenciado pela CVM à taxa de administração deverão destacar ambas as taxas,
como prestador de serviços de custódia de valores mobiliários, esclarecendo sua distinção; e,
o fundo deve contratar instituição credenciada para esta
atividade. II – o prospecto e qualquer material de divulgação que efetue
comparação de qualquer natureza entre fundos, deverá
Parágrafo único. Os contratos de custódia devem conter referir-se, na comparação, apenas à taxa máxima, permitida a
cláusula que: referência, em nota, à taxa mínima e à taxa efetiva em outros
períodos, se houver. (§5º acrescentado pela Instrução CVM
I – estipule que somente as ordens emitidas pelo nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
administrador, pelo gestor ou por seus representantes legais
ou mandatários, devidamente autorizado, podem ser acatadas §6o Além das despesas com os serviços referidos no caput, a
pela instituição custodiante; taxa de administração poderá abranger as despesas com o
serviço indicado no inciso VII do § 1º do art. 56, observado o
II – vede ao custodiante a execução de ordens que não disposto nos §§ 5º e 7º do art. 41. (§6º com redação dada
estejam diretamente vinculadas às operações do fundo; e pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
III – estipule com clareza o preço dos serviços. Art. 62. O regulamento poderá estabelecer a cobrança da
Art. 60. As ordens de compra e venda de títulos e valores taxa de performance, ressalvada a vedação de que tratam os
mobiliários e outros ativos disponíveis no âmbito do mercado arts. 93, 94 e 95.

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§1o A cobrança da taxa de performance deve atender aos acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro
seguintes critérios: de 2004. )
I – vinculação a um parâmetro de referência compatível com a VIII – praticar qualquer ato de liberalidade. (Inciso VIII
política de investimento do fundo e com os títulos que acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro
efetivamente a componham; de 2004. )
II – vedação da vinculação da taxa de performance a Parágrafo único. Os fundos de investimento poderão utilizar
percentuais inferiores a 100% do parâmetro de referência; seus ativos para prestação de garantias de operações próprias,
bem como emprestar e tomar títulos e valores mobiliários em
III – cobrança por período, no mínimo, semestral; e empréstimo, desde que tais operações de empréstimo sejam
IV – cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive cursadas exclusivamente através de serviço autorizado pelo
da taxa de administração. Banco Central do Brasil ou pela CVM. (Parágrafo único com
redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de
§2o Ressalvado o disposto no parágrafo 4º deste artigo, é 2007)
vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da
cota do fundo for inferior ao seu valor por ocasião da última
cobrança efetuada. Seção IV
Das Obrigações do Administrador do Fundo
§3o É permitida a cobrança de ajuste sobre a performance
individual do cotista que aplicar recursos no fundo Art. 65. Incluem-se entre as obrigações do administrador,
posteriormente à data da última cobrança, exclusivamente nos além das demais previstas nesta Instrução:
casos em que o valor da cota adquirida for inferior ao valor da I – diligenciar para que sejam mantidos, às suas expensas,
mesma na data da última cobrança de performance efetuada. atualizados e em perfeita ordem:
§4o Os fundos destinados exclusivamente a investidores a) o registro de cotistas;
qualificados podem cobrar taxa de performance de acordo b) o livro de atas das assembléias gerais;
com o que dispuser o seu regulamento, estando dispensados c) o livro ou lista de presença de cotistas;
de observar o disposto neste artigo. d) os pareceres do auditor independente;
Art. 63. Sem prejuízo das responsabilidades de cada um dos e) os registros contábeis referentes às operações e ao
prestadores de serviços de administração do fundo, podem ser patrimônio do fundo; e
constituídos, por iniciativa dos cotistas, do administrador ou do f) a documentação relativa às operações do fundo, pelo prazo
gestor, conselhos consultivos, comitês técnicos ou de de cinco anos.
investimentos, os quais não podem ser remunerados às II – no caso de instauração de procedimento administrativo
expensas do fundo. pela CVM, manter a documentação referida no inciso anterior
até o término do mesmo;
§1o As atribuições, a composição e os requisitos para
convocação e deliberação dos conselhos e comitês deverão III – solicitar, se for o caso, a admissão à negociação das
estar estabelecidos em regulamento. cotas de fundo fechado em bolsa de valores ou em mercado
de balcão organizado;
§2o A existência de conselhos não exime o administrador ou o
gestor da responsabilidade sobre as operações da carteira do IV – pagar a multa cominatória, nos termos da legislação
fundo. vigente, por cada dia de atraso no cumprimento dos prazos
previstos nesta Instrução; (Inciso V revogado pela Instrução
§3o Os membros do conselho ou comitê deverão informar ao CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
administrador, e este deverá informar aos cotistas, qualquer
situação que os coloque, potencial ou efetivamente, em VI – elaborar e divulgar as informações previstas no Capítulo
situação de conflito de interesses com o fundo. VII desta Instrução;
VII – manter atualizada junto à CVM a lista de prestadores de
Seção III serviços contratados pelo fundo, bem como as demais
Das Vedações informações cadastrais; (Inciso VII com redação dada pela
Instrução CVM nº 456, de 22 de junho de 2007. )
Art. 64. É vedado ao administrador praticar os seguintes atos
em nome do fundo: X – custear as despesas com propaganda do fundo, inclusive
com a elaboração do prospecto;
I – receber depósito em conta corrente;
XII – manter serviço de atendimento ao cotista, responsável
II – contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade pelo esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento de
autorizada pela CVM; reclamações, conforme definido no regulamento ou prospecto
do fundo;
III – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer
outra forma; XIII – observar as disposições constantes do regulamento e do
prospecto;
IV – vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização
a prazo de cotas subscritas; XIV – cumprir as deliberações da assembléia geral; e
V – prometer rendimento predeterminado aos cotistas; XV – fiscalizar os serviços prestados por terceiros contratados
pelo fundo.
VI – realizar operações com ações fora de bolsa de valores ou
de mercado de balcão organizado por entidade autorizada pela Parágrafo único. O serviço de atendimento ao cotista deve ser
CVM, ressalvadas as hipóteses de distribuições públicas, de subordinado diretamente ao diretor responsável perante a
exercício de direito de preferência e de conversão de CVM pela administração do fundo ou a outro diretor
debêntures em ações, exercício de bônus de subscrição e nos especialmente indicado à CVM para essa função, ou ainda,
casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa conforme o caso, a um diretor indicado pela instituição
autorização; responsável pela distribuição ou gestão do fundo, contratado
pelo fundo.
VII – utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro
contra perdas financeiras de cotistas; e (Inciso VII

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Seção IV – A a) nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;


Das Normas de Conduta (Seção IV-A acrescentada pela b) nome, endereço e número de registro do administrador no
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) CNPJ;
c) nome do cotista;
Art. 65 –A. O administrador e o gestor estão obrigados a d) saldo e valor das cotas no início e no final do período e a
adotar as seguintes normas de conduta: movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
I – exercer suas atividades buscando sempre as melhores e) rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do
condições para o fundo, empregando o cuidado e a diligência mês anterior e o última dia útil do mês de referência do
que todo homem ativo e probo costuma dispensar à extrato;
administração de seus próprios negócios, atuando com f) data de emissão do extrato da conta; e
lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do fundo, g) o telefone, o correio eletrônico e o endereço para
evitando práticas que possam ferir a relação fiduciária com correspondência do serviço mencionado no inciso XII do art.
eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações ou 65.
irregularidades que venham a ser cometidas sob sua III – disponibilizar as informações do fundo, inclusive as
administração ou gestão; relativas à composição da carteira, no mínimo nos termos do
II – exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os art. 71 no tocante a peridiocidade, prazo e teor das
direitos decorrentes do patrimônio e das atividades do fundo, informações, de forma equânime entre todos os cotistas.
ressalvado o que dispuser o regulamento sobre a política §1º Caso o fundo possua posições ou operações em curso
relativa ao exercício de direito de voto do fundo; e que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o
III – empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência demonstrativo da composição da carteira poderá omitir a
exigida pelas circunstâncias, praticando todos os atos identificação e quantidade das mesmas, registrando somente
necessários para assegurá-los, e adotando as medidas judiciais o valor e sua percentagem sobre o total da carteira.
cabíveis. § 2º As operações omitidas com base no parágrafo anterior
Parágrafo único. O administrador e o gestor devem transferir deverão ser divulgadas na forma do inciso III do caput no
ao fundo qualquer benefício ou vantagem que possam prazo máximo de:
alcançar em decorrência de sua condição, admitindo-se, I – 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos das classes
contudo, que o administrador e o gestor de fundo de cotas “Curto Prazo” e “Referenciado”; e
sejam remunerados pelo administrador do fundo investido.
(Art. 65-A inserido pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março II – nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento
de 2007) do mês, podendo esse prazo ser prorrogado uma única vez,
em caráter excepcional, e com base em solicitação
fundamentada submetida à aprovação da CVM, até o prazo
Seção V máximo de 180 (cento e oitenta dias). (§2º com redação dada
Da Substituição do Administrador e do Gestor pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
Art. 66. O administrador e o gestor da carteira do fundo §3º Caso o administrador divulgue a terceiros informações
devem ser substituídos nas hipóteses de: referentes à composição da carteira, a mesma informação
I – descredenciamento para o exercício da atividade de deve ser colocada à disposição dos cotistas na mesma
administração de carteira, por decisão da CVM; periodicidade, ressalvadas as hipóteses de divulgação de
informações pelo administrador aos prestadores de serviços do
II – renúncia; ou fundo, necessárias para a execução de suas atividades, bem
como aos órgãos reguladores, auto-reguladores e entidades
III – destituição, por deliberação da assembléia geral.
de classe, quanto aos seus associados, no atendimento a
Art. 67. Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, solicitações legais, regulamentares e estatutárias por eles
ficará o administrador obrigado a convocar imediatamente a formuladas. (§3º com redação dada pela Instrução CVM nº
assembléia geral para eleger seu substituto, a se realizar no 413, de 30 de dezembro de 2004.)
prazo de até 15 (quinze) dias, sendo também facultado aos
Art. 69. O administrador não está obrigado a cumprir o
cotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das
disposto no inciso II do artigo anterior nos casos em que o
cotas emitidas, em qualquer caso, ou à CVM, nos casos de
cotista, através de assinatura em documento específico,
descredenciamento, a convocação da assembléia geral.
expressamente optar pelo não recebimento do extrato.
§1o No caso de renúncia, o administrador deverá permanecer
Parágrafo único. O administrador deverá manter o documento
no exercício de suas funções até sua efetiva substituição, que
previsto neste artigo à disposição da CVM, pelo prazo de 5
deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena
(cinco) anos.
de liquidação do fundo pelo administrador.
Art. 70. Caso o cotista não tenha comunicado ao
§2o No caso de descredenciamento, a CVM deverá nomear
administrador do fundo a atualização de seu endereço, seja
administrador temporário até a eleição de nova administração.
para envio de correspondência por carta ou através de meio
eletrônico, o administrador ficará exonerado do dever de
CAPÍTULO VII prestar-lhe as informações previstas nesta Instrução a partir
DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES E DE RESULTADOS da última correspondência que houver sido devolvida por
incorreção no endereço declarado.

Seção I Parágrafo único. O administrador deverá manter a


Das Informações Periódicas correspondência devolvida à disposição da fiscalização da
CVM, enquanto o cotista não proceder ao resgate total de suas
Art. 68. O administrador do fundo está obrigado a: cotas.
I – divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio Art. 71. O administrador deve remeter, através do Sistema de
líquido do fundo aberto; Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede
II – remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta mundial de computadores, os seguintes documentos,
contendo: conforme modelos disponíveis na referida página:

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I – informe diário, no prazo de 2 (dois) dias úteis; Art. 75. Qualquer divulgação de informação sobre os
resultados do fundo só pode ser feita, por qualquer meio, após
II – mensalmente, até 10 (dez) dias após o encerramento do um período de carência de 6 (seis) meses, a partir da data da
mês a que se referirem: primeira emissão de cotas.
a) balancete; Art. 76. Toda informação divulgada por qualquer meio, na
b) demonstrativo da composição e diversificação de carteira; e qual seja incluída referência à rentabilidade do fundo, deve
c) perfil mensal. obrigatoriamente:
III – anualmente, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a I – mencionar a data do início de seu funcionamento;
partir do encerramento do exercício a que se referirem, as
demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do II – contemplar, adicionalmente à informação divulgada, a
auditor independente. rentabilidade mensal e a rentabilidade acumulada nos últimos
12 (doze) meses, não sendo obrigatória, neste caso, a
IV – formulário padronizado com as informações básicas do discriminação mês a mês, ou no período decorrido desde a sua
fundo, denominado “Extrato de Informações sobre o Fundo”, constituição, se inferior, observado o disposto no artigo 75;
sempre que houver alteração do regulamento, na data do (Inciso II com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30
início da vigência das alterações deliberadas em assembléia. de março de 2007)
(Inciso IV com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de
30 de março de 2007) III – ser acompanhada do valor do patrimônio líquido médio
mensal dos últimos 12 (doze) meses ou desde a sua
§1º O prazo de retificação das informações é de 3 (três) dias constituição, se mais recente;
úteis, contados do fim do prazo estabelecido para a
apresentação dos documentos. IV – divulgar o valor da taxa de administração e da taxa de
performance, se houver, expressa no regulamento vigente nos
§2º Quando o fundo adotar a política de exercício de direito últimos 12(doze) meses ou desde sua constituição, se mais
de voto em assembléias gerais de companhias nas quais ele recente; e
detenha participação, o perfil mensal deverá necessariamente
incluir: V – destacar o público alvo do fundo e as restrições quanto à
captação, de forma a ressaltar eventual impossibilidade,
a) o resumo do teor dos votos proferidos pelo administrador permanente ou temporária, de acesso ao fundo por parte de
ou por seus representantes legalmente constituídos, nas investidores em geral.
assembléias gerais e especiais das companhias nas quais o
fundo detenha participação, que tenham sido realizadas no §1º Caso o administrador contrate os serviços de empresa de
exercício; e classificação de risco, deverá apresentar, em todo o material
de divulgação, o grau mais recente conferido ao fundo, bem
b) justificativa sumária do voto proferido pelo administrador como a indicação de como obter maiores informações sobre a
ou por seus representantes legalmente constituídos, ou as avaliação efetuada.
razões sumárias para a sua abstenção ou não comparecimento
à assembléia geral. §2º Caso haja mudança na classificação de um fundo (art.
92), ou mudança significativa em sua política de investimento,
o administrador poderá divulgar, adicional e separadamente à
Seção II divulgação referida no inciso II deste artigo, a rentabilidade
Das Informações Eventuais relativa ao período posterior à mudança, informando as razões
Art. 72. O administrador é obrigado a divulgar imediatamente, dessa dupla divulgação. (Primitivo parágrafo único
através de correspondência a todos os cotistas e de transformado em §§1º e 2º pela Instrução 450, de 30 de
comunicado através do Sistema de Envio de Documentos março de 2007)
disponível na página da CVM, qualquer ato ou fato relevante Art. 77. A divulgação de rentabilidade deverá ser
ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou aos acompanhada de comparação, no mesmo período, com índice
ativos integrantes de sua carteira. de mercado compatível com a política de investimento do
Parágrafo único. Considera-se relevante qualquer ato ou fato fundo, se houver.
que possa influir de modo ponderável no valor das cotas ou na Art. 78. No caso de divulgação de informações que tenham
decisão dos investidores de adquirir, alienar ou manter tais por base análise comparativa com outros fundos de
cotas. (Artigo com redação dada pela Instrução CVM nº 456, investimento, devem ser informados simultaneamente as
de 22 de junho de 2007. ) datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas, os
critérios de comparação adotados e tudo o mais que seja
Seção III relevante para possibilitar uma adequada avaliação, pelo
Das Informações de Venda e Distribuição mercado, dos dados comparativos divulgados.

Art. 73. O material de divulgação do fundo, assim como as Art. 79. Sempre que o material de divulgação apresentar
informações a ele referentes, não podem estar em desacordo informações referentes à rentabilidade ocorrida em períodos
com o prospecto, o regulamento, ou com os demais anteriores, deve ser incluída advertência, com destaque, de
documentos protocolados na CVM. que:

Parágrafo único. Caso o texto publicitário apresente I – a rentabilidade obtida no passado não representa garantia
incorreções ou impropriedades que possam induzir o investidor de resultados futuros; e
a erros de avaliação, a CVM pode exigir que as retificações e II – os investimentos em fundos não são garantidos pelo
os esclarecimentos sejam veiculados, com igual destaque, administrador ou por qualquer mecanismo de seguro ou,
através do veículo usado para divulgar o texto publicitário ainda, pelo fundo garantidor de crédito.
original, devendo constar, de forma expressa, que a
informação está sendo republicada por determinação da CVM.
Art. 74. Nenhum material de divulgação pode assegurar ou
sugerir a existência de garantia de resultados futuros ou
isenção de risco para o investidor.

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Seção IV excedidos. (Art. 85 e §§ com redação dada pela Instrução


Das Demonstrações Contábeis e dos Relatórios de CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
Auditoria
Art. 80. O fundo deve ter escrituração contábil própria, Seção II
devendo as contas e demonstrações contábeis do mesmo Dos Limites por Emissor (Seção II inserida pela
serem segregadas das do administrador. Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
Art. 81. O exercício do fundo deve ser encerrado a cada 12 Art. 86. O fundo observará os seguintes limites de
(doze) meses, quando serão levantadas as demonstrações concentração por emissor, sem prejuízo das normas aplicáveis
contábeis do fundo relativas ao período findo. à sua classe (art. 92):
Parágrafo único. A data do encerramento do exercício do I – até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo
fundo deve coincidir com o fim de um dos meses do quando o emissor for instituição financeira autorizada a
calendário civil. funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
Art. 82. As demonstrações contábeis devem ser colocadas à II – até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo
disposição de qualquer interessado que as solicitar ao quando o emissor for companhia aberta;
administrador, no prazo de 90 (noventa) dias após o
encerramento do período. III – até 10% (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo
quando o emissor for fundo de investimento;
Art. 83. A elaboração das demonstrações contábeis deve
observar as normas específicas baixadas pela CVM. IV – até 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo
quando o emissor for pessoa física ou pessoa jurídica de
Art. 84. As demonstrações contábeis do fundo devem ser direito privado que não seja companhia aberta ou instituição
auditadas anualmente por auditor independente registrado na financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
CVM, observadas as normas que disciplinam o exercício dessa e
atividade.
V – não haverá limites quando o emissor for a União Federal.
Parágrafo único. A auditoria das demonstrações contábeis não
é obrigatória para fundos em atividade há menos de 90 § 1º Para efeito de cálculo dos limites estabelecidos no caput:
(noventa) dias. (Parágrafo único com redação dada pela I – considerar-se-á emissor a pessoa física ou jurídica, o fundo
Instrução CVM nº 456, de 22 de junho de 2007.) de investimento e o patrimônio separado na forma da lei,
obrigados ou co-obrigados pela liquidação do ativo financeiro;
CAPÍTULO VIII
DA CARTEIRA II – considerar-se-ão como de um mesmo emissor os ativos
financeiros de responsabilidade de emissores integrantes de
um mesmo grupo econômico, assim entendido o composto
Seção I pelo emissor e por seus controladores, controlados, coligados
Das Disposições Gerais ou com ele submetidos a controle comum;
Art. 85. O fundo deve manter seu patrimônio aplicado em III – considerar-se-á controlador o titular de direitos que
títulos e valores mobiliários, ativos financeiros, conforme assegurem a preponderância nas deliberações e o poder de
definição do art. 2º, nos termos estabelecidos em seu eleger a maioria dos administradores, direta ou indiretamente;
regulamento, observados os limites de que trata esta
Instrução. IV – considerar-se-ão coligadas duas pessoas jurídicas quando
uma for titular de 10% (dez por cento) ou mais do capital
§ 1º Observado o disposto nos §§ 5º e 6º do artigo 2º, o social ou do patrimônio da outra, sem ser sua controladora;
fundo poderá manter em sua carteira ativos financeiros V – considerar-se-ão submetidas a controle comum duas
negociados no exterior, nas seguintes condições: pessoas jurídicas que tenham o mesmo controlador, direto ou
indireto, salvo quando se tratar de companhias abertas com
I – ilimitadamente, para os fundos classificados como “Dívida ações negociadas em bolsa de valores em segmento de
Externa” e para os fundos de qualquer classe que atendam o listagem que exija no mínimo 25% de ações em circulação no
disposto no artigo 110-B; mercado.
§2º O fundo não poderá deter mais de 20% (vinte por cento)
II – até 20% (vinte por cento) de seu patrimônio líquido para de seu patrimônio líquido em títulos ou valores mobiliários de
os fundos classificados como “Multimercado”; e emissão do administrador, do gestor ou de empresas a eles
ligadas, observando-se, ainda, cumulativamente, que:
III – até 10% (dez por cento) de seu patrimônio líquido, para
os casos não contemplados nos incisos I e II acima. (§ 1º com I – é vedada a aquisição de ações de emissão do
redação dada pela Instrução CVM nº465, de 20 de fevereiro administrador, exceto no caso do fundo cuja política de
de 2008. ) investimento consista em buscar reproduzir índice de mercado
do qual as ações do administrador ou de companhias a ele
§ 2º As aplicações em ativos no exterior, serão consideradas, ligadas façam parte, caso em que tais ações poderão ser
cumulativamente, no cálculo dos correspondentes limites de adquiridas na mesma proporção de sua participação no
concentração por emissor e por modalidade. respectivo índice; e
§ 3º Na hipótese do § 1º, o regulamento, o prospecto e o II – o regulamento deverá dispor sobre o percentual máximo
material de venda do fundo deverão conter, com destaque, de aplicação em cotas de fundos de investimento
alerta de que o fundo está autorizado a realizar aplicações em administrados por seu administrador, gestor ou empresa a
ativos financeiros no exterior. eles ligada, nos termos do inciso IV do § 1º deste artigo.
§ 4º Na hipótese do § 1º, caso a política de investimento do § 3º O valor das posições do fundo em contratos derivativos
fundo permita a aplicação em cotas de outros fundos, o será considerado no cálculo dos limites estabelecidos neste
administrador deverá assegurar-se de que, na consolidação artigo, cumulativamente, em relação:
das aplicações do fundo investidor com as dos fundos
investidos, os limites de aplicação ali referidos não serão I – ao emissor do ativo subjacente; e

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II – à contraparte, quando se tratar de derivativos sem § 11. Caso a política de investimento do fundo permita a
garantia de liquidação por câmaras ou prestadores de serviços aplicação em cotas de outros fundos, o administrador deverá
de compensação e de liquidação autorizados a funcionar pelo assegurar-se de que, na consolidação das aplicações do fundo
Banco Central do Brasil ou pela CVM. investidor com as dos fundos investidos, os limites de
aplicação referidos neste artigo não serão excedidos,
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º, os contratos derivativos observado, entretanto, o disposto no art. 115-A. (Parágrafo
serão considerados em função do valor de exposição, corrente com redação dada pela Instrução CVM nº 456, de 22 de junho
e potencial, que acarretem sobre as posições detidas pelo de 2007.) (Art. 86 e §§ com redação dada pela Instrução 450,
fundo, apurado com base em metodologia consistente e de 30 de março de 2007.)
passível de verificação.
§ 5º Nas operações sem garantia de liquidação por câmaras Seção III
ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação Dos Limites por Modalidade de Ativo Financeiro (Seção
autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela III introduzida pela Instrução CVM nº 450, de 30 de
CVM, as posições detidas pelo fundo em operações com uma março de 2007.)
mesma contraparte serão consolidadas, observando-se, nesse
caso, as posições líquidas de exposição, caso a compensação Art. 87. Cumulativamente aos limites por emissor, o fundo
bilateral não tenha sido contratualmente afastada. observará os seguintes limites de concentração por
modalidades de ativo financeiro, sem prejuízo das normas
§ 6º Nas operações compromissadas, os limites estabelecidos aplicáveis à sua classe (art. 92).
para os emissores serão observados:
I – até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo,
I – em relação aos emissores dos ativos objeto: para o conjunto dos seguintes ativos:
a) quando alienados pelo fundo com compromisso de a) cotas de fundos de investimento registrados com base
recompra; e nesta Instrução;
b) cuja aquisição tenha sido contratada com base em b) cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de
operações a termo a que se refere o art. 1º, inciso V, do investimento registrados com base nesta Instrução;
Regulamento anexo à Resolução nº 3.339, de 2006, do c) cotas de Fundos de Investimento Imobiliário – FII;
Conselho Monetário Nacional, sem prejuízo do disposto nos §§ d) cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios –
4º e 5º deste artigo; FIDC;
e) cotas de Fundos de Investimento em Fundos de
II – em relação à contraparte do fundo, nas operações sem Investimento em Direitos Creditórios – FIC-FIDC;
garantia de liquidação por câmaras ou prestadores de serviços f) cotas de fundos de índice admitidos à negociação em bolsa
de compensação e de liquidação autorizados a funcionar pelo de valores ou no mercado de balcão organizado;
Banco Central do Brasil ou pela CVM. g) Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI; e
h) outros ativos financeiros não previstos no inciso II deste
§ 7º Não se submeterão aos limites de que trata este artigo
artigo, desde que permitidos pelo § 1º do art. 2º desta
as operações compromissadas:
Instrução.
I – lastreadas em títulos públicos federais;
II – não haverá limite de concentração por modalidade de
II – de compra, pelo fundo, com compromisso de revenda, ativo financeiro para o investimento em:
desde que contem com garantia de liquidação por câmaras ou
a) títulos públicos federais e operações compromissadas
prestadoras de serviços de compensação e de liquidação
lastreadas nestes títulos;
autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela
b) ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações
CVM; e
realizadas em bolsas de mercadorias e futuros;
III – de vendas a termo, referidas no art. 1º, inciso V, do c) títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira
Regulamento anexo à Resolução nº 3.339, de 2006, do autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
Conselho Monetário Nacional. d) valores mobiliários diversos daqueles previstos no inciso I,
desde que registrados na CVM e objeto de oferta pública de
§ 8º Serão observadas as disposições previstas nos §§ 4º a acordo com a Instrução CVM nº 400, de 2003, observado,
5º deste artigo nas seguintes modalidades de operações ainda, o disposto no inciso II, do §10 do art. 86.
compromissadas: e) contratos derivativos, exceto se referenciados nos ativos
I – as liquidáveis a critério de uma das partes (art. 1º, inciso I, listados no inciso I. (Alíneas “d” e “e” com redação dada pela
alínea “c”, e inciso II, alínea “c” do regulamento anexo à Instrução CVM nº 456, de 22 de junho de 2007.)
Resolução nº 3.339, de 26 de janeiro de 2006, do Conselho § 1º Os fundos de investimento poderão ultrapassar o limite
Monetário Nacional); e de que tratam as alíneas “a”, “b” e “f” do inciso I, desde que
II – as de compra ou de venda a termo (art. 1º, incisos V e VI atendam ao disposto nos arts. 113 a 115.
do regulamento anexo à Resolução nº 3.339, de 2006, do § 2º As operações com contratos derivativos referenciados
Conselho Monetário Nacional). nos ativos listados no inciso I do caput deste artigo incluem-se
§ 9º Os limites estabelecidos neste artigo não se aplicam às no cômputo dos limites estabelecidos para seus ativos
cotas de fundos de investimento quando adquiridas por fundos subjacentes, observado o disposto no § 4º do art. 86. (§§ 1º e
de investimento em cotas de fundos de investimento, os quais 2º com redação dada pela Instrução CVM nº 456, de 22 de
observarão o disposto no Capítulo XIII desta Instrução. junho de 2007.)

§ 10 Com relação às aplicações dos fundos de investimento, § 3º Aplicam-se aos ativos objeto das operações
que não sejam fundos de investimento em cotas de fundos de compromissadas em que o fundo assuma compromisso de
investimento, ficam vedadas: recompra os limites de aplicação de que trata o caput.

I – as aplicações, pelo fundo, em cotas de fundos que nele § 4º Caso a política de investimento do fundo permita a
invistam; e aplicação em cotas de outros fundos, o administrador deverá
assegurar-se de que, na consolidação das aplicações do fundo
II – as aplicações em cotas de fundos que não estejam investidor com as dos fundos investidos, os limites de
previstos no inciso I do art. 87 desta Instrução. aplicação referidos neste artigo não serão excedidos,

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observado, entretanto, o disposto no art. 115-A. (Parágrafo Art. 91. Quando de sua constituição, o fundo terá os
com redação dada pela Instrução CVM nº 456, de 22 de junho seguintes prazos máximos para atingir os limites de
de 2007.) (Art. 87 e §§ com redação dada pela Instrução CVM concentração por emissor e por modalidade de ativo
nº 450, de 30 de março de 2007.) estabelecidos em seu regulamento:
I – 60 (sessenta) dias, a contar da data da primeira
Seção IV integralização de cotas, para os fundos abertos; e
Dos Deveres do Administrador e do Gestor quanto aos II – 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de
Limites de Concentração (Seção IV inserida pela encerramento da distribuição, para os fundos fechados. (Art.
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) 91 com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de
março de 2007)
Art. 88. O administrador e o gestor respondem pela
inobservância dos limites de concentração por emissor e por
modalidade de ativo financeiro, de composição e concentração Seção V
de carteira, e de concentração em fator de risco, estabelecidos Da Classificação dos Fundos (Seção V renumerada pela
nesta Instrução e no Regulamento. Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
§1º Sem prejuízo da responsabilidade do gestor, o Art. 92. Quanto à composição de sua carteira, os fundos de
administrador deverá informá-lo, e à CVM, da ocorrência de investimento e os fundos de investimento em cotas,
desenquadramento, até final do dia seguinte à data do classificam-se em: (Caput do art. 92 com redação dada pela
desenquadramento. Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
§ 2º Os limites referidos nos arts. 86 e 87, ou estabelecidos I – Fundo de Curto Prazo;
no regulamento, devem ser cumpridos diariamente, com base II – Fundo Referenciado;
no patrimônio líquido do fundo do dia útil imediatamente III – Fundo de Renda Fixa;
anterior. IV – Fundo de Ações;
V – Fundo Cambial;
§ 3º O regulamento pode reduzir, mas não pode aumentar, VI – Fundo de Dívida Externa; e
os limites máximos estabelecidos nos arts. 86 e 87 desta VII – Fundo Multimercado.
Instrução.
§ 1º O fundo classificado como “Referenciado”, “Renda Fixa”,
§ 4º O administrador e o gestor deverão acompanhar “Cambial”, “Dívida Externa” ou “Multimercado” que dispuser,
diariamente o enquadramento aos limites estabelecidos nesta em seu regulamento ou prospecto, que tem o compromisso de
Instrução e o fator de risco da carteira do fundo, de forma a obter o tratamento fiscal destinado a fundos de longo prazo
manter a classe adotada no regulamento e a política de previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado a:
investimento do fundo.
I – incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do
§5º Entende-se por principal fator de risco de um fundo o fundo; e
índice de preços, a taxa de juros, o índice de ações, ou o
preço do ativo cuja variação produza, potencialmente, maiores II – atender às condições previstas na referida
efeitos sobre o valor de mercado da carteira do fundo. (Art. 88 regulamentação de forma a obter o referido tratamento fiscal.
e §§ com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de (§1º com redação dada pela CVM nº 450, de 30 de março de
março de 2007) 2007.)
Art. 89. O administrador e o gestor não estão sujeitos às § 2º O fundo que mencionar ou sugerir, em seu regulamento,
penalidades aplicáveis pelo descumprimento dos limites de prospecto ou em qualquer outro material de divulgação, que
concentração e diversificação de carteira, e concentração de tentará obter o tratamento fiscal previsto para fundos de longo
risco, definidos no regulamento de investimento e na prazo, mas sem assumir o compromisso de atingir esse
legislação vigente, quando o descumprimento for causado por objetivo, ou que irá fazê-lo apenas quando considerar
desenquadramento passivo, decorrente de fatos exógenos e conveniente para o fundo, deverá incluir no prospecto e em
alheios à sua vontade, que causem alterações imprevisíveis e seu material de divulgação, em destaque, a seguinte
significativas no patrimônio líquido do fundo ou nas condições advertência: “Não há garantia de que este fundo terá o
gerais do mercado de capitais, desde que tal tratamento tributário para fundos de longo prazo”. (§2º com
desenquadramento não ultrapasse o prazo máximo de 15 redação dada pela CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
(quinze) dias consecutivos e não implique alteração do
tratamento tributário conferido ao fundo ou aos cotistas do § 3º A expressão “Longo Prazo” ou similar é privativa dos
fundo. fundos que atendam ao disposto no § 1º deste artigo, sendo
vedada a utilização de termos, abreviaturas ou expressões
Parágrafo único. O administrador deve comunicar à CVM, semelhantes na denominação dos fundos que não atendam ao
depois de ultrapassado o prazo de 15 (quinze) dias referido no disposto no referido parágrafo. (§3º com redação dada pela
caput, a ocorrência de desenquadramento, com as devidas CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
justificativas, informando ainda o reenquadramento da
carteira, no momento em que ocorrer.
Subseção I
Art. 90. Caso a CVM constate que o descumprimento dos Dos Fundos Curto Prazo (Subseção I inserida pela
limites de composição, diversificação de carteira e Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
concentração de risco definidos nas diferentes classes de
fundos de investimento, estendeu-se por período superior ao Art. 93. Os fundos classificados como "Curto Prazo" deverão
do prazo previsto no art. 89, poderá determinar ao aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos
administrador, sem prejuízo das penalidades cabíveis, a federais ou privados pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou
convocação de assembléia geral de cotistas para decidir sobre a outra taxa de juros, ou títulos indexados a índices de preços,
uma das seguintes alternativas: com prazo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta e
cinco) dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60
I – transferência da administração ou da gestão do fundo, ou (sessenta) dias, sendo permitida a utilização de derivativos
de ambas; somente para proteção da carteira e a realização de operações
II – incorporação a outro fundo, ou compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.
III – liquidação do fundo.

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(Caput com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 regulamento; e (Inciso II do § 3º com redação dada pela
de novembro de 2004. ) Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
§1º Os títulos privados referidos no caput deverão ter seu III – é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo
emissor classificado na categoria baixo risco de crédito ou quando se tratar de fundo destinado a investidor qualificado.
equivalente, com certificação por agência de classificação de
risco localizada no País. (§1º acrescentado pela Instrução
CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. ) Subseção III
§2º Nos fundos a que se refere o caput observar-se-á o Dos Fundos Renda Fixa (Subseção III inserida pela
seguinte: Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007. )

I – na emissão das cotas poderá ser utilizado valor de cota Art. 95. Os fundos classificados como “Renda Fixa”, deverão
apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da
fins de emissão de cotas no mesmo dia da disponibilidade taxa de juros doméstica ou de índice de preços, ou ambos.
financeira dos recursos, segundo dispuser o regulamento; § 1º O fundo classificado como “Renda Fixa” deverá possuir,
II – na conversão de cotas poderá ser utilizado valor de cota no mínimo, 80% (oitenta por cento) da carteira em ativos
apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao
fins de resgate no mesmo dia do pedido, segundo dispuser o fator de risco que dá nome à classe.
regulamento; §2º Nos fundos classificados como "Renda Fixa" observar-se-
III – é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo á o seguinte:
quando se tratar de fundo destinado a investidor qualificado. I – na emissão das cotas poderá ser utilizado valor de cota
(Primitivo parágrafo único renumerado para § 2º, com redação apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para
dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004) fins de emissão de cotas no mesmo dia da disponibilidade
financeira dos recursos, segundo dispuser o regulamento,
Subseção II exceto para os fundos classificados na forma do §1º do art.
Dos Fundos Referenciados (Subseção II inserida pela 92;
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) II – na conversão de cotas poderá ser utilizado valor de cota
Art. 94. Os fundos classificados como "Referenciados" apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para
deverão identificar em sua denominação o seu indicador de fins de resgate no mesmo dia do pedido, segundo dispuser o
desempenho, em função da estrutura dos ativos financeiros regulamento, exceto para os fundos classificados na forma do
integrantes das respectivas carteiras, desde que atendidas, § 1º do art. 92; e
cumulativamente, as seguintes condições: (Caput do art. 94 III – é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo
com a redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de quando se tratar de fundo destinado a investidor qualificado,
março de 2007) ou classificado na forma do § 1º do art. 92. (Art. 95 e §§ com
I – tenham 80% (oitenta por cento), no mínimo, de seu redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de
patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, 2007.)
por:
a) títulos de emissão do Tesouro Nacional ou do Banco Central Subseção IV
do Brasil; Dos Fundos Cambiais (Subseção IV inserida pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007. )
b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor
esteja classificado na categoria baixo risco de crédito ou Art. 95-A. Os Fundos classificados como Cambiais deverão ter
equivalente, com certificação por agência de classificação de como principal fator de risco de sua carteira a variação de
risco localizada no País; preços de moeda estrangeira, ou a variação do cupom
cambial.
II – estipulem que 95% (noventa e cinco por cento), no
mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de Parágrafo único. Nos fundos a que se refere o caput, no
forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do mínimo, 80% (oitenta por cento) da carteira deverá ser
indicador de desempenho ("benchmark") escolhido; composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados
via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe. (Art.
III – restrinjam a respectiva atuação nos mercados de 95-A inserido pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de
derivativos a realização de operações com o objetivo de 2007.)
proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.
§ 2º Para efeito do disposto no caput deve ser observado que Subseção V
o indicador de desempenho deve estar expressamente Dos Fundos Ações (Subseção V inserida pela Instrução
definido na denominação do fundo. CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
§ 3º Nos fundos a que se refere o caput observar-se-á o Art. 95-B. Os fundos classificados como “Ações” deverão ter
seguinte: como principal fator de risco a variação de preços de ações
admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores
I – na emissão das cotas poderá ser utilizado valor de cota ou entidade do mercado de balcão organizado.
apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para
fins de emissão de cotas no mesmo dia da disponibilidade § 1º Nos fundos de que trata o caput:
financeira dos recursos, segundo dispuser o regulamento;
(Inciso I do § 3º com redação dada pela Instrução CVM nº I – 67% (sessenta e sete por cento), no mínimo, de seu
411, de 26 de novembro de 2004. ) patrimônio líquido deverão ser compostos pelos seguintes
ativos:
II – na conversão de cotas poderá ser utilizado valor de cota
apurado de acordo com o disposto no § 3º do art. 10, para a) ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou
fins de resgate no mesmo dia do pedido, segundo dispuser no entidade do mercado de balcão organizado;

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b) bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito §5º Para efeito do disposto no parágrafo 4º, inciso II:
de ações admitidas à negociação nas entidades referidas na
alínea “a”; I – as operações em mercados organizados de derivativos
podem ser realizadas tanto naqueles administrados por bolsas
c) cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de de mercadorias e de futuros, quanto no de balcão, nesse caso
ações negociadas nas entidades referidas na alínea “a”; e desde que devidamente registradas na Central de Custódia e
de Liquidação Financeira de Títulos - CETIP;
d) Brazilian Depositary Receipts classificados como nível II e
III, de acordo com o art. 3º, §1º, incisos II e III da Instrução II – devem ser considerados os dispêndios efetivamente
CVM nº 332, de 04 de abril de 2000. incorridos a título de prestação de margens de garantia em
espécie, ajustes diários, prêmios e custos operacionais,
II – o patrimônio líquido do fundo que exceder o percentual decorrentes da manutenção de posições em mercados
fixado no inciso I poderá ser aplicado em quaisquer outras organizados de derivativos no País.
modalidades de ativos financeiros, observados os limites de
concentração previstos no art. 87. III – É permitida a aquisição de títulos públicos federais para
utilização como margem de garantia nas operações em
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput, o investimento nos mercados organizados de derivativos no país. (Inciso III
ativos financeiros listados no § 1º não estará sujeito a limites acrescentado pela Instrução CVM nº 413, de 30 de dezembro
de concentração por emissor, desde que o regulamento, de 2004.)
prospecto e material de venda do fundo, bem como os
extratos enviados aos clientes, contenham, com destaque, §6º Relativamente aos títulos de crédito transacionados no
alerta de que o fundo pode estar exposto a significativa mercado internacional, o total de emissão ou coobrigação de
concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos uma mesma pessoa jurídica, de seu controlador, de
daí decorrentes. sociedades por ele(a) direta ou indiretamente controladas e de
suas coligadas sob controle comum não pode exceder 10%
§ 3º O disposto no § 2º não se aplica aos BDR classificados (dez por cento) do patrimônio líquido do fundo.
como nível I, de acordo com o art. 3º, § 1º, inciso I da
Instrução CVM nº 332, de 4 de abril de 2000. (Art. 95-B §7º É vedada a manutenção ou aplicação no País de recursos
inserido pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) captados pelo fundo, exceto nos casos do inciso II do § 4º e
do inciso III do § 5º deste artigo. (§7º com redação dada
pela Instrução CVM nº 413, de 30 de dezembro de 2004.)
Subseção VI
Dos Fundos Dívida Externa (Subseção VI inserida pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007. ) Subseção VII
Dos Fundos Multimercado (Subseção VII inserida pela
Art. 96. Os fundos classificados como "Dívida Externa" Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
deverão aplicar, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de seu
patrimônio líquido em títulos representativos da dívida externa Art. 97. Os fundos classificados como "Multimercado" devem
de responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação de possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores
até 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido em outros de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum
títulos de crédito transacionados no mercado internacional. fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes
previstas no art. 92.
§1º Os títulos representativos da dívida externa de
responsabilidade da União devem ser mantidos, no exterior, § 1º O regulamento dos fundos de que trata este artigo
em conta de custódia, no Sistema Euroclear ou na LuxClear - poderá autorizar a aplicação em ativos financeiros no exterior,
Central Securities Depositary of Luxembourg (CEDEL). (§1º no limite de 20% (vinte por cento) de seu patrimônio líquido,
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de observado o disposto nos §§ 2º a 4º do art. 85.
novembro de 2004. )
§2º Os títulos integrantes da carteira do fundo devem ser § 2º A aquisição de cotas de fundos classificados como
custodiados em entidades habilitadas a prestar esse serviço “Dívida Externa” e de cotas de fundos de investimento
pela autoridade local competente. (§2º com redação dada sediados no exterior pelos fundos de que trata este artigo não
pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. ) está sujeita à incidência de limites de concentração por
emissor (artigo 86). (§ 2º com redação dada pela Instrução
§ 3º A aquisição de cotas de outros fundos classificados como CVM nº465, de 20 de fevereiro de 2008. )
“Dívida Externa” não está sujeita a incidência de limites de
concentração por emissor (art. 86). (§3º com redação dada § 3º O investimento em ativos financeiros listados inciso I do
pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) § 1º do art. 95-B pelos fundos de que trata este artigo não
estará sujeito a limites de concentração por emissor, desde
§4º Atendidos os requisitos de composição estabelecidos no que o regulamento, prospecto e material de venda do fundo,
caput, os recursos porventura remanescentes: bem como os extratos enviados aos clientes, contenham, com
destaque, alerta de que o fundo pode estar exposto a
I – podem ser direcionados à realização de operações em significativa concentração em ativos de poucos emissores, com
mercados organizados de derivativos no exterior, os riscos daí decorrentes. (§§1º a 3º acrescentados pela
exclusivamente para fins de "hedge" dos títulos integrantes da Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
carteira respectiva, ou ser mantidos em conta de depósito em
nome do fundo, no exterior, observado, relativamente a essa
última modalidade, o limite de 10% (dez por cento) do Subseção VIII
patrimônio líquido respectivo; Normas relativas à concentração em créditos privados
(Subseção VIII acrescentada pela Instrução CVM nº
II – podem ser direcionados à realização de operações em 450, de 30 de março de 2007.)
mercados organizados de derivativos no País, exclusivamente
para fins de "hedge" dos títulos integrantes da carteira Art. 98. O fundo de investimento pertencente a alguma das
respectiva e desde que referenciadas em títulos categorias de que tratam as subseções I, II, III, IV e VII que
representativos de dívida externa de responsabilidade da realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades
União, ou ser mantidos em conta de depósito à vista em nome operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou
do fundo, no País, observado, no conjunto, o limite de 10% jurídicas de direito privado, exceto no caso de ativos
(dez por cento) do patrimônio líquido respectivo. financeiros listados no inciso I do § 1º do art. 95-B, ou de

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emissores públicos outros que não a União Federal que, em X – despesas com fechamento de câmbio, vinculadas às suas
seu conjunto, exceda o percentual de 50% (cinqüenta por operações ou com certificados ou recibos de depósito de
cento) de seu patrimônio líquido, deverá observar as seguintes valores mobiliários;
regras, cumulativamente àquelas previstas para sua classe:
XI – no caso de fundo fechado, a contribuição anual devida às
I – na denominação do fundo deverá constar a expressão bolsas de valores ou às entidades do mercado de balcão
“Crédito Privado”; organizado em que o fundo tenha suas cotas admitidas à
negociação; e
II – o regulamento, o prospecto e o material de venda do
fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo XII – as taxas de administração e de performance, conforme
está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio previsto no art.61;
líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento
dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de Art. 100. Quaisquer despesas não previstas como encargos do
intervenção, liquidação, regime de administração temporária, fundo, inclusive as relativas à elaboração do prospecto, correm
falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores por conta do administrador, devendo ser por ele contratados.
responsáveis pelos ativos do fundo; e
III – o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de CAPÍTULO X
termo de ciência dos riscos inerentes à composição da carteira DA INCORPORAÇÃO, DA FUSÃO, DA CISÃO E DA
do fundo, de acordo com modelo constante do Anexo II, TRANSFORMAÇÃO
vedada a utilização de sistemas eletrônicos para esse fim.
§ 1º Caso a política de investimento do fundo permita a Art. 101. São permitidas as operações de incorporação e
aplicação em cotas de outros fundos, o administrador deverá fusão de fundos nas seguintes condições:
assegurar-se que as regras previstas nos incisos I a III deste I – se os fundos tiverem política de investimento compatíveis,
artigo serão observadas quando, na consolidação das a implementação da operação poderá ocorrer imediatamente
aplicações do fundo investidor com as dos fundos investidos, o após a realização da assembléia geral que a deliberar;
percentual referido no caput for excedido.
II – caso os fundos possuam política de investimento
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos fundos de diferenciada, a implementação da operação somente deverá
investimento em cotas de fundos de investimento. (Art. 98 e ocorrer após a alteração de regulamento efetuada nos termos
§§ com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de do art. 43.
março de 2007. )
§1º No caso de incorporação, cisão ou fusão envolvendo
fundo organizado sob a forma de condomínio fechado, o
CAPÍTULO IX administrador deve proceder às alterações de regulamento nos
DOS ENCARGOS DO FUNDO termos do art. 43 e acatar a solicitação de resgate de cotas
dos cotistas que dissentirem da deliberação da assembléia
Art. 99. Constituem encargos do fundo as seguintes despesas, geral, se abstiverem ou não comparecerem à assembléia. (§1º
que lhe podem ser debitadas diretamente: com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
novembro de 2004. )
I – taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais,
municipais ou autárquicas, que recaiam ou venham a recair §2º O pedido de resgate de cotas previsto no parágrafo
sobre os bens, direitos e obrigações do fundo; anterior deve ser formulado até 10 (dez) dias após a
comunicação da deliberação aos cotistas, e o pagamento do
II – despesas com o registro de documentos em cartório, valor do resgate realizado no máximo 10 (dez) dias após a
impressão, expedição e publicação de relatórios e informações solicitação do cotista. (§2º com redação dada pela Instrução
periódicas previstas nesta Instrução; (Inciso II com redação CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
dada pela Instrução CVM nº 413, de 30 de dezembro de
2004.) Art. 102. As demonstrações contábeis de cada um dos fundos
objeto de cisão, incorporação, fusão ou transformação,
III – despesas com correspondência de interesse do fundo, levantadas na data da operação, devem ser auditadas, no
inclusive comunicações aos cotistas; prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da data da
efetivação do evento, por auditor independente registrado na
IV – honorários e despesas do auditor independente; CVM, devendo constar em nota explicativa os critérios
V – emolumentos e comissões pagas por operações do fundo; utilizados para a equalização das cotas entre os fundos.

VI – honorários de advogado, custas e despesas processuais Parágrafo único. O parâmetro utilizado para as conversões dos
correlatas, incorridas em razão de defesa dos interesses do valores das cotas dos fundos nos casos de incorporação, fusão
fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação ou cisão, bem como o valor das cotas dos fundos resultantes
imputada ao fundo, se for o caso; de tais operações devem constar de nota explicativa.

VII – parcela de prejuízos não coberta por apólices de seguro Art. 103. Nos casos de cisão, fusão, incorporação e
e não decorrente diretamente de culpa ou dolo dos transformação, devem ser encaminhados à CVM, através do
prestadores dos serviços de administração no exercício de Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM
suas respectivas funções; na rede mundial de computadores, na data do início da
vigência dos eventos deliberados em assembléia: (Caput com
VIII – despesas relacionadas, direta ou indiretamente, ao redação dada pela Instrução CVM nº 456, de 22 de junho de
exercício de direito de voto do fundo pelo administrador ou 2007.)
por seus representantes legalmente constituídos, em
assembléias gerais das companhias nas quais o fundo detenha I – novo regulamento;
participação; II – prospecto, devidamente atualizado, quando for o caso; e
IX – despesas com custódia e liquidação de operações com III – comprovante da entrada do pedido de baixa de registro
títulos e valores mobiliários, ativos financeiros e modalidades no CNPJ dos fundos encerrados por fusão ou incorporação.
operacionais; (Inciso IX com redação dada pela Instrução CVM
nº 411, de 26 de novembro de 2004. )

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Parágrafo único. O administrador do fundo deverá manter à II – comprovante da entrada do pedido de baixa de registro
disposição da CVMo parecer de auditoria relativo ao no CNPJ.
demonstrativo de cisão, incorporação ou fusão.
Parágrafo único. O administrador deve manter à disposição da
Art. 104. Mediante a autorização prévia da CVM: fiscalização da CVM, após o prazo de 90 (noventa) dias,
contados da data de entrega dos documentos referidos nos
I – o fundo aberto pode ser transformado em fundo fechado; incisos I e II deste artigo, o parecer de auditoria relativo ao
e demonstrativo de liquidação do fundo a que se refere o § 2º
II – o clube de investimento pode ser transformado em fundo, do art.106.
aberto ou fechado.
§1º Para os efeitos dessa autorização o administrador do CAPÍTULO XII
fundo deve enviar à CVM, através do Sistema de Envio de DOS FUNDOS PARA INVESTIDORES QUALIFICADOS
Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de (Capítulo XII renomeado pela Instrução CVM nº 450,
computadores, os documentos referidos no art. 103, no prazo de 30 de março de 2007.)
de 15 (quinze) dias após a realização da assembléia.
§2º Após a autorização da CVM, o administrador do fundo Seção I
deve conceder prazo não inferior a 30 (trinta) dias para Disposições Gerais (Seção I inserida pela Instrução
solicitação de resgate de cotas dos cotistas que dissentirem da CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
deliberação da assembléia geral. Art. 108. Pode ser constituído fundo de investimento
§3º O resgate de cotas previsto no parágrafo anterior deve destinado, exclusivamente, a investidores qualificados.
ser realizado nas condições vigentes antes da realização da Art. 109. Para efeito do disposto no artigo anterior, são
assembléia geral que deliberar pela transformação do fundo considerados investidores qualificados:
aberto em fechado, ou do clube de investimento em fundo.
I – instituições financeiras;
CAPÍTULO XI II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
DA LIQUIDAÇÃO E DO ENCERRAMENTO DO FUNDO
III – entidades abertas e fechadas de previdência
complementar;
Seção I
Da Liquidação IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos
financeiros em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil
Art. 105. Após 90 (noventa) dias do início de atividades, o reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição
fundo aberto que mantiver, a qualquer tempo, patrimônio de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo
líquido médio diário inferior a R$ 300.000,00 (trezentos mil com o Anexo I;
reais) pelo período de 90 (noventa) dias consecutivos deve ser
imediatamente liquidado ou incorporado a outro fundo. V – fundos de investimento destinados exclusivamente a
investidores qualificados;
Art. 106. Na hipótese de liquidação do fundo por deliberação
da assembléia geral, o administrador deve promover a divisão VI – administradores de carteira e consultores de valores
de seu patrimônio entre os cotistas, na proporção de suas mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos
cotas, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data próprios;
da realização da assembléia. VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela
§1º A assembléia geral deverá deliberar acerca da forma de União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios.
pagamento dos valores devidos aos cotistas. (Inciso VII acrescentado pela Instrução CVM nº 450, de 30 de
março de 2007.)
§2º O auditor independente deve emitir parecer sobre a
demonstração da movimentação do patrimônio líquido, §1º Poderão ser admitidos, como cotistas de um fundo para
compreendendo o período entre a data das últimas investidores qualificados, os empregados ou sócios das
demonstrações contábeis auditadas e a data da efetiva instituições administradoras ou gestoras deste fundo,
liquidação do fundo, manifestando-se sobre as movimentações expressamente autorizados pelo diretor responsável da
ocorridas no período. instituição perante a CVM. (§1º com redação dada pela
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.)
§3º Deverá constar das notas explicativas às demonstrações
contábeis do fundo análise quanto a terem os valores dos §2º É permitida a permanência, em fundos para investidores
resgates sido ou não efetuados em condições eqüitativas e de qualificados, de cotistas que não se enquadrem nos incisos
acordo com a regulamentação pertinente, bem como quanto à deste artigo, desde que tais cotistas tenham ingressado até a
existência ou não de débitos, créditos, ativos ou passivos não data de vigência desta Instrução e em concordância com os
contabilizados. critérios de admissão e permanência anteriormente vigentes.
(§2º com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
novembro de 2004. )
Seção II
Do Encerramento §3º Os requisitos a que se refere o caput deverão ser
verificados, pelo administrador ou pelo intermediário, no ato
Art. 107. Após pagamento aos cotistas do valor total de suas de cada aplicação em fundo de investimento de que o
cotas, inclusive em caso de encerramento por resgate, o investidor não seja cotista, sendo certo que a perda da
administrador do fundo deve encaminhar à CVM, através do condição de investidor qualificado não implica a exclusão do
Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM cotista do fundo de investimentos.
na rede mundial de computadores, no prazo de 15 (quinze)
dias, a seguinte documentação: Art. 110. O fundo destinado exclusivamente a investidores
qualificados, desde que previsto em seu regulamento, pode:
I – ata da assembléia geral que tenha deliberado a liquidação
do fundo, quando for o caso, ou termo de encerramento I – admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na
firmado pelo administrador em caso de resgate total; e integralização e resgate de cotas, com o estabelecimento de
critérios detalhados e precisos para adoção desses

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procedimentos, atendidas ainda, quando existirem, as cinco por cento) de seu patrimônio investido em cotas de
correspondentes obrigações fiscais; fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os
fundos de investimento em cotas classificados como
II – dispensar a elaboração de prospecto, assegurando que as "Multimercado", que podem investir em cotas de fundos de
informações previstas nos incisos III, VI, XI e XV do art. 40 classes distintas.
estejam contempladas no regulamento; (Inciso II com redação
dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) §1º Os restantes 5% (cinco por cento) do patrimônio do
fundo poderão ser mantidos em depósitos à vista ou aplicados
III – cobrar taxas de administração e de performance, em:
conforme estabelecido em seu regulamento; e
I – títulos públicos federais;
IV – estabelecer prazos para conversão de cota e para
pagamento dos resgates diferentes daqueles previstos nesta II – títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
Instrução. (Inciso IV com redação dada pela Instrução CVM nº
411, de 26 de novembro de 2004. ) III – operações compromissadas, de acordo com a regulação
específica do Conselho Monetário Nacional - CMN.
Art. 110-A. Sem prejuízo do disposto no art. 98, o limite
estabelecido no inciso I do art. 87 será computado em dobro §2o Deverá constar da denominação do fundo a expressão
nos fundos de investimento de que trata este Capítulo. (Art. "Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento"
110-A acrescentado pela Instrução CVM nº 450, de 30 de acrescida da classe dos fundos investidos de acordo com
março de 2007.) regulamentação específica.

Art. 110-B Os regulamentos dos fundos de que trata este §3o Os percentuais referidos neste artigo deverão ser
Capítulo que exijam investimento mínimo, por investidor, de cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderão prever: fundo do dia imediatamente anterior.
§4o Ficam vedadas as aplicações em cotas de:
I – a não observância dos limites de concentração por emissor
e por modalidade de ativo financeiro estabelecidos nos artigos I – Fundos de Investimento em Participações;
86 e 87; e II – Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento em Participações;
II – a aplicação ilimitada de recursos no exterior, hipótese em
que o fundo deverá acrescentar à sua denominação a III – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios;
expressão “Investimento no Exterior”. IV – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios no
Parágrafo único. O uso de qualquer das faculdades previstas Âmbito do Programa de Incentivo à Implementação de
nos incisos I e II do caput não dispensa o fundo de observar a Projetos de Interesse Social;
classificação de que trata o artigo 92 e de manter sua carteira V – Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de
adequada a tal classificação e à sua política de investimento. Investimento em Direitos Creditórios;
(Art. 110-B com redação dada pela Instrução CVM nº 465, de
20 de fevereiro de 2008.) VI – Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica
Nacional;
Art. 111. O regulamento do fundo destinado exclusivamente a
investidores qualificados, deve ser explícito no que se refere à VII – Fundos Mútuos de Privatização – FGTS;
exclusiva participação dos investidores de que trata o art. 109.
VIII – Fundos Mútuos de Privatização – FGTS – Carteira Livre;
IX – Fundos de Investimento em Empresas Emergentes;
Seção II
Dos Fundos Exclusivos (Seção II acrescentada pela X – Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) - Capital Estrangeiro;
Art. 111-A. Consideram-se “Exclusivos” são os fundos para XI – Fundos de Conversão;
investidores qualificados constituídos para receber aplicações
exclusivamente de um único cotista. XII – Fundos de Investimento Imobiliário;

§ 1º Na emissão e no resgate de cotas do fundo exclusivo XIII – Fundos de Privatização - Capital Estrangeiro;
poderá ser utilizado o valor de cota apurado de acordo com o XIV – Fundos Mútuos de Ações Incentivadas;
disposto no § 3º do art. 10, segundo dispuser o regulamento.
XV – Fundos de Investimento Cultural e Artístico;
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica caso o fundo exclusivo
tenha como cotista outro fundo de investimento que não XVI – Fundos de Investimento em Empresas Emergentes
esteja autorizado a utilizar a faculdade prevista no § 3º do art. Inovadoras;
10.
XVII – Fundos de Aposentadoria Individual Programada –
§ 3º Os limites de concentração por emissor e por modalidade FAPI;
de ativo não se aplicam aos fundos de que trata este artigo,
que deverá, entretanto, observar a classificação de que trata o XVIII – Fundos de Investimento em Diretos Creditórios Não-
art. 92, mantendo sua carteira adequada a tal classificação e à Padronizados. (Incisos XVI, XVII e XVIII acrescentados pela
sua política de investimento. (Art. 111-A inserido pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
Instrução CVM nº 450, de 30 de março de 2007.) §5º Os fundos de investimento em cotas classificados como
"Renda Fixa" e "Multimercado" podem investir, até o limite de
CAPÍTULO XIII 20% do patrimônio líquido, em cotas de fundo de investimento
DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS imobiliário, de fundos de investimento em direitos creditórios e
DE INVESTIMENTO de fundos de investimento em cotas de fundos de
investimento em direitos creditórios desde que previsto em
seus regulamentos. (§5º com redação dada pela Instrução
Art. 112. O fundo de investimento em cotas de fundos de CVM nº 450, de 30 de março de 2007)
investimento deverá manter, no mínimo, 95% (noventa e

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§6o Os fundos de investimento em cotas classificados de ou, alternativamente, adotar as medidas dos incisos I a III
acordo com o art. 111-A e os fundos de investimento em cotas daquele artigo.
classificados como "Multimercados", desde que destinados
exclusivamente a investidores qualificados, poderão adquirir § 2º Para a utilização da faculdade de que trata o caput, a
cotas de Fundos Mútuos de Investimento em Empresas política de investimento dos fundos de investimentos em cotas
Emergentes, Fundos de Investimento Imobiliário, Fundos de destinados para investidores qualificados não deverá permitir o
Investimento em Participações, Fundos de Investimento em investimento em cotas de fundos de que trata o art. 110-B.
Direitos Creditórios e Fundos de Investimento em Cotas de (Artigo incluído pela Instrução CVM nº 456, de 22 de junho de
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios nos limites 2007.)
previstos nos seus regulamentos e prospectos, se houver.
(§6º com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de CAPÍTULO XIV
março de 2007.) DOS FUNDOS PREVIDENCIÁRIOS (Capítulo XIV
§7º Ficam vedadas as aplicações em cotas de fundos que renomeado pela Instrução CVM nº 450, de 30 de março
invistam no fundo investidor. de 2007)

Art. 113. O fundo de investimento em cotas que adquirir


cotas de fundos que cobrem taxa de performance deverá Art. 116. Consideram-se “Previdenciários” os fundos
atender às condições estipuladas no art.62, ou ser destinado constituídos para aplicação de recursos de:
exclusivamente a investidores qualificados. (Artigo com I –entidades abertas ou fechadas de previdência privada;
redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro
de 2004. ) II – regimes próprios de previdência social instituídos pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios;
Art. 114. O prospecto e o regulamento do fundo de e
investimento em cotas devem especificar o percentual máximo
do patrimônio que pode ser aplicado em um só fundo de III – planos de previdência complementar aberta e seguros de
investimento. (Caput com redação dada pela Instrução CVM vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, de acordo
nº 411, de 26 de novembro de 2004. ) com a regulamentação editada pelo Conselho Nacional de
Seguros Privados.
§1o O prospecto do fundo de investimento em cotas deve
dispor, também, acerca da política de investimento e da taxa § 1º Os fundos de que trata o caput deverão indicar, em seu
de administração dos fundos em que pretenda investir. (§1º cadastro na CVM, a condição de fundos “Previdenciários”, e a
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de categoria de plano ou seguro a que se encontram vinculados.
novembro de 2004. )
§ 2º Nos fundos vinculados a planos de previdência
§2o O prospecto do fundo de investimento em cotas que administrados por entidades abertas de previdência
aplicar seus recursos em um único fundo de investimento complementar e a seguros de vida com cobertura por
deverá divulgar o somatório da taxa de administração do sobrevivência, na emissão e no resgate de cotas do fundo
fundo de investimento em cotas e do fundo investido. (§2º poderá ser utilizado o valor de cota apurado de acordo com o
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de disposto no § 3º do art. 10, segundo dispuser o regulamento.
novembro de 2004. ) (Art. 116 e §§ com redação dada pela Instrução CVM nº 450,
de 30 de março de 2007)
Art. 115. O fundo de investimento em cotas que aplicar em
fundo de investimento que realize operações com derivativos
que possam resultar em perdas patrimoniais ou em patrimônio CAPÍTULO XV
líquido negativo deve explicitar, respectivamente, na capa de DAS PENALIDADES
seu prospecto e em todo material de divulgação, uma das
seguintes advertências, conforme o caso: (Caput com redação
Art. 117. Considera-se infração grave, para efeito do disposto
dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004.
no art. 11, § 3º, da Lei n.º 6.385/76, as seguintes condutas
)
em desacordo com as disposições desta Instrução:
I – "Este fundo de cotas aplica em fundo de investimento que
I – distribuição de cotas de fundo sem registro na CVM;
utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de
(Inciso I com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30
sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como
de março de 2007.)
são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para
seus cotistas."; ou II – distribuição de cotas de fundos por pessoa ou instituição
não integrante do sistema de distribuição;
II – "Este fundo de cotas aplica em fundo de investimento que
utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de III – exercício, pelo administrador, de atividade não
sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como autorizada, ou contratação de terceiros não autorizados ou
são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para habilitados à prestação dos serviços indicados no §1º do art.
seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores 56; (Inciso III com a redação dada pela Instrução CVM nº
ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de 450, de 30 de março de 2007.)
aportar recursos adicionais."
IV – não observância à política de investimento do fundo;
Art. 115-A. Os fundos de investimento em cotas não serão
obrigados a consolidar as aplicações em cotas de fundos de V – não cumprimento das deliberações tomadas em
investimento permitidos por esta Instrução cujas carteiras assembléias gerais de cotistas;
sejam geridas por terceiros não ligados ao administrador ou ao VI – não publicação de fato relevante;
gestor do fundo investidor. (Caput com redação dada pela
Instrução CVM nº 465, de 20 de fevereiro de 2008.) VII – não observância das regras contábeis aplicáveis aos
fundos;
§ 1º Caso a política de investimento de algum dos fundos
investidos permita que o limite previsto no art. 98 seja VIII – transformação de fundo aberto em fechado sem
excedido, a política de investimento do fundo investidor autorização da CVM;
deverá detalhar os mecanismos que serão adotados para
mitigar o risco de extrapolação do limite de que trata o art. 98,

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IX – não observância às disposições do regulamento do fundo; §2º As comunicações exigidas pelas disposições desta
(Inciso IX com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de Instrução serão consideradas efetuadas na data de sua
30 de março de 2007) expedição.
X – descaracterização da classe adotada pelo fundo, exceto Art.124. Os fundos de investimento que estejam em
nos fundos da classe “Multimercado”; funcionamento na data de início da vigência desta Instrução e
que sejam regulados pela Instrução CVM n.º 302, de
XI – não observância aos limites de concentração por emissor 05/05/1999, pelas Circulares nºs. 2.616, de 18 de setembro de
e por modalidade de ativo, previstos no regulamento e nesta 1995, e 2.714, de 28 de agosto de 1996, do Banco Central do
Instrução; Brasil, devem adaptar-se às disposições desta Instrução até 31
XII – não observância do disposto no art. 98; e de janeiro de 2005. (Caput com redação dada pela Instrução
CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004. )
XIII – não observância, pelo administrador ou pelo gestor do
fundo, dos deveres de conduta de que trata o art. 65-A. §1º As adaptações a que se refere o caput serão promovidas
(Incisos X a XIII inseridos pela Instrução CVM nº 450, de 30 pelo administrador, para adequação do regulamento às
de março de 2007.) normas da presente Instrução e devendo ser ratificadas pelos
cotistas reunidos em assembléia geral instalada em
Art. 118 - Sem prejuízo do disposto no art. 11 da Lei n.º conformidade com o disposto no Capítulo V, e produzir efeitos
6.385/76, o administrador estará sujeito à multa diária no no mais tardar até 31 de março de 2005. (§1º com redação
valor de R$ 200,00 (duzentos reais), em virtude do não dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de novembro de 2004)
atendimento dos prazos previstos nesta Instrução. (Art. 118
com redação dada pela Instrução CVM nº 450, de 30 de §2º O disposto nos §§ 1º e 2º do art. 101 não se aplica aos
março de 2007.) fundos existentes na data de entrada em vigor desta
Instrução. (§2º acrescentado pela Instrução CVM nº 411, de
Art. 119. A CVM pode responsabilizar outros diretores, 26 de novembro de 2004. )
empregados e prepostos do administrador ou do gestor do
fundo, caso fique configurada a sua responsabilidade pelo §3º Ressalvadas as hipóteses dos fundos de investimento em
descumprimento das disposições desta Instrução. ações, ou em cotas de fundos de investimento em ações, e,
ainda, o disposto na Deliberação CVM nº 244, de 03 de março
Art. 119-A. Esta Instrução aplica-se a todo e qualquer fundo de 1998, até 31 de janeiro de 2005 não será admitida a
de investimento registrado junto à CVM, no que não contrariar constituição de fundos de investimento cujo administrador não
as disposições das normas específicas aplicáveis a estes seja instituição financeira. (Primitivo § 2º renumerado para §
fundos. (Artigo incluído pela Instrução CVM nº 456, de 22 de 3º, com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
junho de 2007. ) novembro de 2004. )
§4º Enquanto a CVM não editar as normas referidas no art.
CAPÍTULO XVI 83, aplicar-se-á o disposto no Plano Contábil das Instituições
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. (Primitivo §3º
renumerado para § 4º pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
novembro de 2004. )
Art. 120. A CVM, a qualquer momento, poderá solicitar
documentos, informações adicionais ou modificações na §5º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a
documentação apresentada, bem como solicitar a correção de aplicação das regras específicas editadas pela CVM relativas
procedimentos que tenham sido adotados em desacordo com aos fundos de ações e à carteira de renda variável dos demais
a legislação vigente. fundos de investimento, as quais continuam em vigor.
(Primitivo §4º renumerado para § 5º pela Instrução CVM nº
Art. 121. Em caso de decretação de intervenção,
411, de 26 de novembro de 2004. )
administração especial temporária, liquidação extrajudicial,
insolvência, ou falência do administrador do fundo, o §6o Os bancos comerciais, os bancos múltiplos sem carteira
liquidante, o administrador temporário ou o interventor ficam de investimento e as caixas econômicas continuam
obrigados a dar cumprimento ao disposto nesta Instrução. autorizados, até 31 de janeiro de 2005, a realizar a
distribuição de cotas dos fundos de investimento abertos
Parágrafo único. É facultado ao liquidante, ao administrador
existentes até a entrada em vigor desta instrução. (§6º com
temporário ou ao interventor, conforme o caso, solicitar à CVM
redação dada pela Instrução CVM nº 413, de 30 de dezembro
que nomeie um administrador temporário ou convocar
de 2004.)
assembléia geral de cotistas para deliberar sobre a
transferência da administração do fundo para outra instituição §7º As instituições administradoras ou gestoras das carteiras
financeira ou credenciada pela CVM ou sobre a sua liquidação. de fundos de investimento que estejam em funcionamento na
data de início da vigência desta Instrução, que sejam
Art. 122. A CVM pode determinar que as informações
regulados pela Circulares nºs. 2.616, de 18 de setembro de
previstas nesta Instrução, relativas à distribuição de cotas,
1995, e 2.714, de 28 de agosto de 1996, do Banco Central do
assim como as demais informações requeridas pela CVM,
Brasil, mas que não sejam credenciadas na CVM como
periódicas ou eventuais, devam ser apresentadas através de
administradoras de carteira de valores mobiliários, continuam
meio eletrônico ou da página da CVM na rede mundial de
autorizadas, até 31 de janeiro de 2005, a exercer a
computadores, de acordo com a estrutura de banco de dados
administração ou a gestão das carteiras dos referidos fundos
e programas fornecidos pela CVM.
de investimento. (§7º com redação dada pela Instrução CVM
Art. 123. Para fins do disposto nesta Instrução, considera-se o nº 413, de 30 de dezembro de 2004.)
correio eletrônico uma forma de correspondência válida entre
Art. 125. Ficam revogadas as seguintes Instruções:
o administrador e os cotistas.
I – Instrução CVM no 149, de 3 de julho de 1991;
§1º O envio de informações por meio eletrônico prevista no
caput deste artigo depende de anuência do cotista do fundo, II – Instrução CVM no 171, de 23 de janeiro de 1992;
cabendo ao administrador a responsabilidade da guarda de
referida autorização. III – Instrução CVM no 178, de 13 de fevereiro de 1992;
IV – Instruções CVM nos 302, 303 e 304, todas de 5 de maio
de 1999;

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V – Instrução CVM no 386, de 28 de março de 2003;


VI – Instrução CVM no 392, de 18 de julho de 2003; e
VII – Instrução CVM no 403, de 30 de janeiro de 2004. (Artigo
com redação dada pela Instrução CVM nº 411, de 26 de
novembro de 2004. )
Art. 126. Esta Instrução entra em vigor 90 (noventa) dias
após sua publicação no Diário Oficial da União.

Original assinado por


MARCELO FERNANDEZ TRINDADE
Presidente

ANEXO 1

DECLARAÇÃO DE CONDIÇÃO DE INVESTIDOR QUALIFICADO

Ao assinar este termo estou afirmando minha condição de investidor


qualificado e declarando possuir conhecimento sobre o mercado
financeiro e de capitais suficiente para que não me sejam aplicáveis um
conjunto de proteções legais e regulamentares conferidas aos
investidores não-qualificados.

Tenho ciência de que o administrador do fundo de investimento do qual


participarei como investidor qualificado poderá, nos termos da
legislação em vigor, entre outras coisas:

i – admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na


integralização e resgate de cotas;

ii – dispensar a elaboração de prospecto;

iii – cobrar taxa de performance conforme estabelecido no


regulamento; e

iv – estabelecer prazos para conversão (apuração do valor da cota) e


para pagamento de resgates diferentes daqueles o previstos nesta
instrução. (item iv com redação dada pela instrução CVM nº 411, de
26 de novembro de 2004)

Como investidor qualificado atesto ser capaz de entender, ponderar e


assumir os riscos financeiros relacionados à aplicação de meus recursos
em um fundo de investimento destinado a investidores qualificados.

Data e local,
_____________________
[inserir nome]

TERMO DE CIÊNCIA DE RISCO DE CRÉDITO

Ao assinar este termo estou afirmando que tenho ciência de que:

I – o fundo [nome] [CNPJ], do qual participarei como investidor,


poderá adquirir títulos de responsabilidade de emissores privados,
ou de emissores públicos outros que não a União Federal, em
montante superior a 50% (cinqüenta por cento) do patrimônio
líquido do fundo;

II –existe a possibilidade de perda substancial de patrimônio líquido


do fundo em caso de não pagamento dos títulos que compõem a
sua carteira;

Mesmo ciente desses riscos, depois da LEITURA ATENTA desta


declaração, cujos termos PODERÃO SER USADOS PARA AFASTAR
A RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR E DO GESTOR,
desde que eles cumpram com suas obrigações, tomei a decisão de
realizar o investimento no fundo [nome] [CNPJ].

[data e local],
_____________________
[inserir nome]
[CPF ou CNPJ. do investidor]

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INSTRUÇÃO CVM Nº 434, DE 22 DE JUNHO DE 2006 habilitação do candidato, e pelo prazo de 5 (cinco) anos a partir de seu
cancelamento.

Art. 6º O pedido de autorização para o exercício da atividade de


Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento agente autônomo de investimento por pessoa natural deverá ser
e revoga as Instruções CVM nºs 355, de 1º de agosto de 2001, instruído com os seguintes documentos:
e 366, de 29 de maio de 2002.
I – formulário cadastral, preenchido na página da CVM na rede mundial
O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM torna de computadores, com as informações constantes do Anexo I desta
público que o Colegiado, em reunião realizada em 20 de junho de 2006, Instrução; e
tendo em vista o disposto nos arts. 8º, inciso I, e 16, incisos I e III, da
Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976, RESOLVEU baixar a seguinte II – declaração do candidato, enviada à CVM com data e assinatura,
Instrução: informando o cumprimento dos requisitos relacionados nos incisos III a
V do art. 5º.

Parágrafo único. A CVM poderá exigir, a qualquer tempo, a


ÂMBITO E FINALIDADE comprovação do teor da declaração a que se refere o inciso II deste
artigo.
Art. 1º A atividade de agente autônomo de investimento é regida pelas
normas constantes da presente Instrução. Art. 7º Os exames de certificação serão organizados por entidade de
classe ou entidade auto-reguladora que congregue profissionais,
associações ou instituições do mercado financeiro e de capitais.
DEFINIÇÃO
§1º O programa de certificação deverá ser submetido à aprovação da
Art. 2º O agente autônomo de investimento é a pessoa natural que CVM, previamente à sua implementação, e reavaliado periodicamente.
obtém registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, para exercer,
§2º O prazo de validade do exame técnico de certificação para a
sob a responsabilidade e como preposto de instituição integrante do
obtenção de autorização da CVM para o exercício da atividade é de 1
sistema de distribuição de valores mobiliários, a atividade de
(um) ano, contado da data da divulgação do resultado final pela
distribuição e mediação de valores mobiliários.
entidade certificadora.
Parágrafo único. Os agentes autônomos de investimento podem
constituir pessoa jurídica para o exercício da atividade referida no
caput, observados os requisitos desta Instrução. AUTORIZAÇÃO DO AGENTE AUTÔNOMO – PESSOA JURÍDICA

Art. 8º A autorização para o exercício da atividade de agente


autônomo de investimento somente será concedida à pessoa jurídica
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
domiciliada no País que preencha os seguintes requisitos:
Art. 3º A atividade de agente autônomo de investimento somente pode
I – tenha como objeto social exclusivo o exercício da atividade de
ser exercida por pessoa natural ou jurídica autorizada pela CVM, que
agente autônomo de investimento e esteja regularmente constituída e
mantenha contrato para distribuição e mediação com uma ou mais
registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; e
instituições integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários. II – tenha como sócios unicamente agentes autônomos autorizados
pela CVM, e a eles seja atribuído, com exclusividade, o exercício das
Art. 4º As instituições integrantes do sistema de distribuição de valores
atividades referidas no art. 2º, sendo todos os sócios responsáveis
mobiliários somente podem contratar para exercer a atividade de
perante a CVM pelas atividades da sociedade.
agente autônomo de investimento pessoa natural ou jurídica
devidamente autorizada pela CVM. §1º Será admitido que a sociedade tenha como sócios terceiros que
não sejam agentes autônomos, desde que sua participação no capital
§1º A instituição contratante de agentes autônomos deverá inscrevê-
social e nos lucros não exceda de 2% (dois por cento), e que tais
los em sua relação de agentes contratados na página da CVM, na rede
sócios não exerçam função de gerência ou administração ou por
mundial de computadores, quando celebrar um novo contrato, e retirá-
qualquer modo participem das atividades que constituam o objeto
los da página, quando o contrato for rescindido, no prazo máximo de 5
social.
(cinco) dias úteis após a contratação ou rescisão.
§2º Um mesmo agente autônomo – pessoa natural não poderá ser
§2º A instituição contratante deverá conservar à disposição da CVM,
sócio de mais de um agente autônomo – pessoa jurídica.
enquanto vigorar o contrato, e pelo prazo de 5 (cinco) anos a partir de
sua rescisão, todos os documentos relacionados à contratação e à §3º Da denominação do agente autônomo – pessoa jurídica deverá
prestação de serviços de cada agente autônomo por ela contratado. constar a expressão “Agente Autônomo de Investimentos”, sendo
vedada a utilização de palavras ou expressões que induzam a
interpretação indevida quanto ao objetivo da sociedade.
AUTORIZAÇÃO DO AGENTE AUTÔNOMO – PESSOA NATURAL
Art. 9º O pedido de autorização para o exercício da atividade de
Art. 5º A autorização para o exercício da atividade de agente agente autônomo de investimento por pessoa jurídica deverá ser
autônomo de investimento somente será concedida à pessoa natural, instruído com os seguintes documentos:
domiciliada no País, que preencha os seguintes requisitos:
I – formulário cadastral, com as informações constantes do Anexo II
I – tenha concluído o ensino médio no País ou no exterior; desta Instrução, preenchido na página da CVM na rede mundial de
computadores; e
II – tenha sido aprovada em exame técnico específico para agente
autônomo de investimento, organizado por entidade certificadora II – cópia dos atos constitutivos devidamente consolidados e
autorizada pela CVM; registrados no órgão competente.

III – não esteja inabilitada ou suspensa para o exercício de cargo em Parágrafo único. As alterações posteriores dos atos constitutivos
instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pela devem ser encaminhados à CVM, no prazo de 15 (quinze) dias úteis
CVM, pelo Banco Central do Brasil, pela Superintendência de Seguros após o seu registro.
Privados – SUSEP ou pela Secretaria de Previdência Complementar –
SPC;
PRAZO PARA A CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO
IV – não tenha sido condenada criminalmente, ressalvada a hipótese de
reabilitação; e Art. 10. A autorização para o exercício da atividade de agente
autônomo de investimento será expedida pela Superintendência de
V – não esteja impedida de administrar seus bens ou deles dispor em
Relações com o Mercado e Intermediários no prazo de 30 (trinta) dias,
razão de decisão judicial.
a contar da data do protocolo na CVM da documentação referida nos
Parágrafo único. A identificação do candidato deverá ser verificada arts. 6º ou 9º desta Instrução, conforme o caso.
pela entidade certificadora, que enviará à CVM a relação dos candidatos
§1º Decorrido o prazo previsto neste artigo, caso não haja
aprovados no exame previsto no inciso II deste artigo, conservando em
manifestação da CVM em contrário, e desde que tenham sido
seu poder os documentos respectivos enquanto for mantida a

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cumpridas todas as formalidades previstas nesta Instrução, o pedido de SUSPENSÃO DA AUTORIZAÇÃO


autorização será automaticamente concedido.
Art. 13. A CVM poderá, por solicitação do agente autônomo – pessoa
§2º O prazo de 30 (trinta) dias pode ser interrompido, uma única vez, natural, suspender a autorização para o exercício de sua atividade por
se a CVM solicitar ao interessado informações adicionais, passando a um período contínuo de até 12 (doze) meses, não renovável, mediante
fluir novo prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de cumprimento das a apresentação de:
exigências.
I – comprovante de sua retirada da sociedade de agentes autônomos
§3º Para o atendimento das exigências, é concedido prazo não de investimento de que seja sócio, se for o caso; e
superior a 60 (sessenta) dias, contados do recebimento da
correspondência respectiva, sob pena de indeferimento do pedido. II – comprovante de rescisão ou suspensão do contrato de distribuição
e mediação de valores mobiliários ou declaração de que não mantém
contrato de distribuição e mediação de valores mobiliários com
instituição integrante do sistema de distribuição.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO E RECURSO
§1º A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo
Art. 11. O indeferimento do pedido de autorização para o exercício da de pelo menos 3 (três) anos da data de concessão da autorização do
atividade de agente autônomo de investimento deve ser comunicado agente autônomo ou do término de sua última suspensão.
por escrito ao interessado.
§2º Durante a vigência da suspensão, o agente autônomo ficará
Parágrafo único. Da decisão do Superintendente que indeferir o pedido impedido de exercer a atividade, exonerando-se do cumprimento das
cabe recurso ao Colegiado da CVM, nos termos da regulamentação em obrigações previstas nesta Instrução e do dever de pagar a taxa de
vigor. fiscalização instituída pela Lei nº 7.940, de 20 de dezembro de 1989.

CANCELAMENTO DA AUTORIZAÇÃO ATUALIZAÇÃO CADASTRAL


Art. 12. A autorização para o exercício da atividade de agente Art. 14. O agente autônomo de investimento deve comunicar à CVM
autônomo de investimento pode ser cancelada: qualquer alteração cadastral, por intermédio da página da CVM na rede
mundial de computadores, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados
I – se constatada a falsidade dos documentos ou de declaração
da data de sua ocorrência.
apresentada para obter a autorização;

II – se, em razão de fato superveniente devidamente comprovado, ficar


evidenciado que a pessoa autorizada pela CVM não mais atende a NORMAS DE CONDUTA
quaisquer dos requisitos e condições estabelecidos nesta Instrução para
a concessão da autorização; e Art. 15. O agente autônomo de investimento deve observar as
seguintes regras de conduta:
III – a pedido do agente autônomo.
I – empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado e a diligência
§1º A CVM comunicará previamente ao agente autônomo a decisão de que todo homem ativo e probo costuma dispensar à administração de
cancelar o seu registro, nos termos deste artigo, concedendo-lhe o seus próprios negócios;
prazo de 10 (dez) dias úteis, contados da data do recebimento da
comunicação, para apresentar as suas razões de defesa ou regularizar II – abster-se da prática de atos que possam ferir a relação fiduciária
o seu registro. entre investidores e a instituição intermediária à qual estiver vinculado;
e
§2º Da decisão do Superintendente que cancelar a autorização, cabe
recurso ao Colegiado da CVM, nos termos da regulamentação em vigor. III – zelar pelo sigilo de informações confidenciais a que tenha acesso
no exercício de sua função.
§3º Na hipótese prevista no inciso I deste artigo, a CVM oficiará ao
Ministério Público para a propositura da competente ação penal, sem
prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. 11 da Lei nº
6.385, de 07 de dezembro de 1976. VEDAÇÕES

§4º O pedido de cancelamento da autorização deverá ser instruído Art.16. É vedado ao agente autônomo de investimento:
com os seguintes documentos:
I – receber ou entregar a investidores, por qualquer razão, numerário,
I – no caso de pessoa natural: títulos ou valores mobiliários, ou quaisquer outros valores, que devem
ser movimentados através de instituições financeiras ou integrantes do
a) se for o caso, comprovante de sua retirada da sociedade de agentes sistema de distribuição;
autônomos de investimento ou da adequação de sua participação ao
limite de que trata o § 1º do art. 8º; e II – ser procurador de investidores para quaisquer fins;

b) comprovante de rescisão dos contratos de distribuição e mediação III – atuar como contraparte, direta ou indiretamente, em operações
de valores mobiliários ou declaração de que não mantém contrato de das quais participem clientes da instituição intermediária à qual o
distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição agente autônomo esteja vinculado, sem prévia e específica autorização
integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários; do mesmo;

II – no caso de pessoa jurídica: IV – contratar com investidores a prestação de serviços de:

a) apresentação do seu distrato social ou mudança de seu objeto, com a) análise ou consultoria de valores mobiliários, salvo se estiver
registro no órgão competente; e autorizado pela CVM a exercer tais atividades; e

b) comprovante de rescisão dos contratos de distribuição e mediação b) administração de carteira de títulos e valores mobiliários, salvo se o
de valores mobiliários ou declaração de que não mantém contrato de agente autônomo – pessoa natural, autorizado pela CVM também para
distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição exercer a atividade de administração de carteira, não estiver
integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários. contratualmente vinculado, direta ou indiretamente, a entidades do
sistema de distribuição de valores.
§5º O deferimento do pedido de cancelamento não impede que a CVM
instaure ou dê andamento a procedimento visando apurar a V – atuar como preposto de instituição com a qual não tenha contrato;
responsabilidade do agente, por atos ocorridos até aquela data. e

§6º O cancelamento da autorização de agente autônomo será VI – delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços
comunicado pela CVM às instituições que o houverem inscrito no que constituam objeto do contrato celebrado com a instituição
cadastro da CVM como agente autônomo contratado. intermediária.

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RESPONSABILIDADE DO AGENTE AUTÔNOMO DE


INVESTIMENTO

Art. 17. O agente autônomo de investimento é responsável, civil e


administrativamente, no exercício de suas atividades, pelos prejuízos
resultantes de seus atos dolosos ou culposos e pelos atos que
infringirem normas legais ou regulamentares, sem prejuízo de sua
eventual responsabilidade penal.

§1º A instituição intermediária é responsável pelos atos praticados


pelo agente autônomo na condição de seu preposto.

§2º A responsabilidade administrativa da instituição intermediária


decorrerá de eventual falta em seu dever de supervisão sobre os atos
praticados pelo agente autônomo.

PENALIDADES E MULTA COMINATÓRIA

Art. 18. Constituem infração grave, para efeito do disposto no § 3º do


art. 11 da Lei nº 6.385, de 1976:

I – o exercício da atividade de agente autônomo de investimento por


pessoa não autorizada, nos termos desta Instrução, ou autorizada com
base em declaração ou documentos falsos;

II – o descumprimento dos deveres estabelecidos no art. 15 desta


Instrução; e

III – aconselhar clientes da instituição intermediária à qual o agente


autônomo esteja vinculado a realizar negócio com a finalidade de obter,
para si ou para outrem, vantagem indevida.

Art. 19. Constitui hipótese de infração de natureza objetiva, sujeita ao


rito sumário de processo administrativo, o descumprimento das
disposições do art. 16 desta Instrução.

Art. 20. Sujeitam-se à multa cominatória diária de R$ 200,00 (duzentos


reais), incidente a partir do dia seguinte ao término do prazo
estabelecido para o cumprimento da obrigação, e sem prejuízo da
aplicação das penalidades previstas no art. 11 da Lei nº 6.385, de
1976:

I – o agente autônomo de investimento que:

a) não encaminhar à CVM as informações previstas no parágrafo único


do art. 9º desta Instrução; ou

b) não mantiver seu cadastro atualizado, nos termos do art. 14 desta


Instrução;

II – as instituições contratantes mencionadas no § 1º do art. 4º desta


Instrução, quando não cumprirem os prazos ali estabelecidos.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 21. Os agentes autônomos – pessoas jurídicas autorizados pela


CVM previamente à vigência desta Instrução terão o prazo de 180
(cento e oitenta) dias, contado da data de sua entrada em vigor, para
se adaptarem ao disposto nos parágrafos do art. 8º desta Instrução.

Art. 22. Os pedidos de autorização de agentes autônomos


protocolados antes da data de entrada em vigor desta Instrução,
pendentes de apreciação final, serão deferidos caso atendam os
requisitos previstos no art. 5º ou no art. 8º, conforme o caso.

Parágrafo único. Na hipótese de haver necessidade de


complementação de documentos ou informações, o requerente deverá
ser intimado para cumprir as exigências cabíveis, no prazo de 30
(trinta) dias, sob pena de indeferimento do pedido.

Art. 23. Para os aprovados em exames de certificação para agentes


autônomos de investimento concluídos previamente a esta Instrução, o
prazo de que trata o § 2º do art. 7º será contado a partir da data de
entrada em vigor desta Instrução.

Art. 24. Ficam revogadas as Instruções CVM nºs. 355, de 1º de agosto


de 2001, e 366, de 29 de maio de 2002.

Art. 25. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação no


Diário Oficial da União.

Original assinado por


MARCELO FERNANDEZ TRINDADE
Presidente

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INSTRUÇÃO CVM Nº 461, DE 23 DE OUTUBRO DE 2007, COM A II –regras adotadas em seus ambientes ou sistemas de negociação
ALTERAÇÃO INTRODUZIDA PELA INSTRUÇÃO CVM No 468/08 para a formação de preços, conforme descrito nos arts. 65 e 73, no
caso de bolsa, e arts. 95 e 96, no caso de balcão organizado;

III –possibilidade de atuação direta no mercado, sem a intervenção de


Disciplina os mercados regulamentados de valores mobiliários e dispõe intermediário;
sobre a constituição, organização, funcionamento e extinção das bolsas
de valores, bolsas de mercadorias e futuros e mercados de balcão IV –possibilidade de diferimento da divulgação de informações sobre as
organizado. Revoga as Instruções CVM nº 42, de 28 de fevereiro de operações realizadas;
1985; nº 179, de 13 de fevereiro de 1992, nº 184, de 19 de março de
1992; nº 203, de 07 de dezembro de 1993; nº 263, de 21 de maio de V –volume operado em seus ambientes e sistemas; e
1997; nº 344, de 17 de agosto de 2000; nº 362, de 05 de março de VI –público investidor visado pelo mercado.
2002; nº 379, de 12 de novembro de 2002; o art. 6º da Instrução CVM
nº 312, de 13 de agosto de 1999; os arts. 1º a 14 e 17 da Instrução Parágrafo único. As características de que tratam os incisos I, III e IV
CVM nº 243, de 1º de março de 1996, Instrução CVM nº 250, de 14 de só são admitidas para os mercados de balcão organizado, na forma
junho de 1996; arts. 2º a 7º, caput e §1º do art. 8º, arts. 10, 13, 15 e prevista, respectivamente, nos arts. 92, inciso III, 93 e 105 desta
16 da Instrução CVM nº 297, de 18 de dezembro de 1998; o parágrafo Instrução.
único do art. 1º e o art. 3º da Instrução CVM nº 202, de 06 de
dezembro de 1993; e a Deliberação CVM nº 20, de 15 de fevereiro de Art. 6º A CVM pode determinar a transformação do mercado de balcão
1985. organizado em bolsa, a alteração de procedimentos ou normas de
funcionamento de mercado de balcão organizado, ou a alteração das
A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM torna dispensas ou autorizações especiais que tenham sido conferidas nos
público que o Colegiado, em reuniões realizadas em 17 e 18 de termos desta Instrução, em razão das características concretas do
setembro de 2007, tendo em vista o disposto nos arts. 8º, inciso I, e mercado.
18, inciso I, alínea "f " da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
RESOLVEU baixar a seguinte Instrução: Parágrafo único. A determinação de que trata o caput observará o
procedimento do art. 115 desta Instrução.

ÂMBITO E FINALIDADE
Seção II
Art. 1º A presente Instrução disciplina o funcionamento dos mercados Normas Gerais
regulamentados de valores mobiliários, bem como a constituição,
organização, funcionamento e extinção das bolsas de valores, bolsas de Art. 7º O funcionamento e a extinção dos mercados organizados de
mercadorias e futuros e mercados de balcão organizado. valores mobiliários depende de prévia autorização da CVM.

§1º Os mercados organizados de valores mobiliários poderão ser


divididos em segmentos de negociação, levando em conta as
CAPÍTULO I características das operações cursadas, os valores mobiliários
MERCADOS REGULAMENTADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS negociados, seus emissores, requisitos de listagem, o sistema de
negociação utilizado e as quantidades negociadas.
Seção I
Abrangência §2º O funcionamento e a extinção de segmento de negociação
dependem de prévia autorização da CVM.
Art. 2º Os mercados regulamentados de valores mobiliários
compreendem os mercados organizados de bolsa e balcão e o §3º Todo material informativo ou publicidade relativa a mercados
mercados de balcão não-organizados. organizados de valores mobiliários deverá indicar, destacadamente, sua
natureza de bolsa ou de balcão organizado.
Art. 3º Considera-se mercado organizado de valores mobiliários o
espaço físico ou o sistema eletrônico, destinado à negociação ou ao Art. 8º O material de publicidade não-institucional deve ser enviado
registro de operações com valores mobiliários por um conjunto pela entidade administradora à CVM, em versão integral, no prazo de 5
determinado de pessoas autorizadas a operar, que atuam por conta (cinco) dias antes de sua veiculação.
própria ou de terceiros.
§1º Para os fins deste artigo, entende-se como publicidade não-
§1º Os mercados organizados de valores mobiliários são as bolsas de institucional aquela que constitua oferta de produtos ou serviços
valores, de mercadorias e de futuros, e os mercados de balcão relacionados a mercados organizados de valores mobiliários.
organizado.
§2º O material de que trata o caput deverá:
§2º Os mercados organizados de valores mobiliários devem ser
administrados por entidades administradoras autorizadas pela CVM. a) utilizar linguagem serena e moderada;

Art. 4º Considera-se realizada em mercado de balcão não organizado a b) não subestimar o risco envolvido nas operações com o produto ou
negociação de valores mobiliários em que intervém, como serviço; e
intermediário, integrante do sistema de distribuição de que tratam os
c) atender aos princípios de clareza, completude e veracidade da
incisos I, II e III do art. 15 da Lei nº 6.385, de 1976, sem que o
informação.
negócio seja realizado ou registrado em mercado organizado que
atenda à definição do art. 3º. §3º A CVM poderá, a qualquer momento, requerer retificações,
alterações ou mesmo a suspensão da divulgação da publicidade
Parágrafo único. Também será considerada como de balcão não
prevista no caput deste artigo.
organizado a negociação de valores mobiliários em que intervém, como
parte, integrante do sistema de distribuição, quando tal negociação
resultar do exercício da atividade de subscrição de valores mobiliários
por conta própria para revenda em mercado ou de compra de valores CAPÍTULO III
mobiliários em circulação para revenda por conta própria. ENTIDADES ADMINISTRADORAS DE MERCADOS RGANIZADOS
DE VALORES MOBILIÁRIOS

CAPÍTULO II Seção I
MERCADOS ORGANIZADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS Normas Gerais

Seção I Art. 9º Os mercados organizados de valores mobiliários serão


Classificação dos Mercados Organizados de Valores Mobiliários obrigatoriamente estruturados, mantidos e fiscalizados por entidades
administradoras autorizadas pela CVM, constituídas como associação ou
Art. 5º Um mercado organizado de valores mobiliários será como sociedade anônima, e que preencham os requisitos desta
considerado pela CVM como de bolsa ou de balcão organizado Instrução.
dependendo, principalmente, do seguinte:
§1º Os requisitos estabelecidos por esta Instrução para a estrutura,
I –existência de sistema ou ambiente para o registro de operações organização e funcionamento da entidade administradora de mercados
realizadas previamente; organizados de valores mobiliários poderão ser cumpridos, total ou
parcialmente, através de pessoas jurídicas por ela controladas, ou por

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sua controladora, ou, ainda, pela contratação de terceiros, desde que, a § 2º Será vedada a participação da entidade administradora de
critério da CVM, as finalidades visadas com a imposição de tais mercado organizado no capital de pessoas autorizadas a operar nos
requisitos sejam alcançadas. mercados sob sua responsabilidade

§2º As normas desta Instrução relativas aos deveres de conduta e


responsabilidades dos sócios, administradores, empregados e prepostos
das entidades administradoras aplicam-se aos sócios, administradores, Seção II
empregados e prepostos dos mercados por elas administrados, quando Deveres das Entidades Administradoras
estes se organizem autonomamente, seja como sociedade controlada Art. 14. A entidade administradora de mercado organizado deverá
cujo capital pertença integralmente à entidade administradora, seja
manter equilíbrio entre seus interesses próprios e o interesse público a
como sociedade por ela controlada. que deve atender, como responsável pela preservação e auto-regulação
§3º Para efeito de aplicação do disposto nos §§ 1º e 2º, a entidade dos mercados por ela administrados.
administradora submeterá à CVM, quando do pedido de autorização
Art. 15. Caberá à entidade administradora aprovar regras de
para o funcionamento de mercado organizado, sua estrutura jurídica, organização e funcionamento dos mercados por ela administrados,
societária, de capital, patrimonial e organizacional.
abrangendo, no mínimo, o seguinte:
§4º O Colegiado da CVM poderá dispensar a observância de requisitos I – condições para admissão e permanência como pessoa autorizada a
impostos por esta Instrução para a estrutura, organização e
operar nos mercados por ela administrados, inclusive na condição de
funcionamento da entidade administradora, desde que tais requisitos sócio, quando exigida, observado o disposto no art. 51, §2º;
não sejam compatíveis com a estrutura ou a natureza do mercado a ser
administrado pela entidade, ou as finalidades visadas com a imposição II – procedimento de admissão, suspensão e exclusão das pessoas
de tais requisitos sejam alcançadas por mecanismos alternativos autorizadas a operar nos mercados por ela administrados, inclusive na
adotados pela entidade. condição de sócio, quando exigida;
Art. 10. Considera-se sócio da entidade administradora de mercados III – definição das classes, direitos e responsabilidades das pessoas
organizados de valores mobiliários, para os efeitos desta Instrução, o autorizadas a operar nos mercados por ela administrados;
associado ou acionista, conforme a forma jurídica de organização.
IV – definição das operações permitidas nos mercados por ela
Parágrafo único. A qualidade de sócio pode constituir condição para a administrados, assim como as estruturas de fiscalização dos negócios
autorização para operar, conforme dispuser o estatuto da entidade realizados;
administradora.
V – condições para admissão à negociação e manutenção da
Art. 11. Considera-se pessoa autorizada a operar, para efeitos desta autorização à negociação de valores mobiliários nos mercados por ela
Instrução, a pessoa natural ou jurídica devidamente autorizada, pela administrados, bem como as hipóteses de suspensão e cancelamento
entidade administradora, a atuar nos ambientes ou sistemas de da autorização para negociação; e
negociação ou de registro de operações do mercado organizado.
VI – criação e funcionamento de departamento de auto-regulação, na
Parágrafo único A atuação de que trata o caput pode se dar, nas forma da Seção II do Capítulo IV.
hipóteses e condições definidas pela entidade administradora de
mercado organizado: Parágrafo único. A CVM poderá recusar a aprovação das regras ou
exigir alterações, sempre que as considere insuficientes para o
I – por intermediários, em nome próprio e de terceiro; adequado funcionamento do mercado de valores mobiliários, ou
contrárias a disposição legal ou regulamentar, observado, quanto à
II – por operadores especiais, em nome próprio ou de intermediário;
exigência de alterações, o procedimento descrito no Capítulo VIII.
III – em nome próprio, por outras pessoas jurídicas, ou fundos de Art. 16. A entidade administradora de mercado organizado de valores
investimento, diretamente e sem a necessidade da intervenção de
mobiliários deve:
intermediário.
I – manter registro das operações realizadas nos ambientes de
Art. 12. Uma mesma entidade poderá instituir e administrar mais de
negociação que administre pelo prazo de 5 (cinco) anos, ou até o
um mercado organizado de valores mobiliários desde que:
encerramento das investigações, quando a CVM houver comunicado
I – atenda aos requisitos exigidos para cada categoria de mercado sua existência à entidade administradora;
organizado;
II – ressalvados os casos em que a liquidação direta entre pessoas
II – obtenha autorizações específicas da CVM; autorizadas a operar estiver expressamente prevista em regulamento,
efetuar a liquidação física e financeira das operações realizadas nos
III – mantenha controles segregados dos riscos operacionais de cada ambientes de negociação que administre, diretamente ou contratando
mercado; e para isso entidade de compensação e liquidação autorizada pela CVM e
pelo Banco Central do Brasil;
IV – proveja o departamento de auto-regulação com recursos
financeiros apropriados e recursos humanos especializados para a III – promover a cooperação e a coordenação entre as entidades
supervisão de cada um dos mercados, adotando os mecanismos de responsáveis pela supervisão e fiscalização, e pela compensação e
segregação que se façam necessários para a correta fiscalização. liquidação, bem como pelo processamento das informações relativas
aos negócios realizados, sempre que esses serviços não sejam providos
Art. 13. As entidades, além das atividades necessárias a sua atuação internamente.
como administradoras de mercados organizados de valores mobiliários,
podem: Parágrafo único. A prestação dos serviços de compensação e
liquidação pela própria entidade administradora ou por entidade por ela
I – gerir sistemas de compensação, liquidação e custódia de valores contratada depende de autorizações específicas da CVM e do Banco
mobiliários, desde que tenham obtido autorizações específicas da CVM Central do Brasil.
ou do Banco Central do Brasil;
Art. 17. Caberá à entidade administradora de mercados organizados de
II – prestar às pessoas autorizadas a operar suporte técnico, de valores mobiliários aprovar normas de conduta necessárias ao seu bom
mercado, administrativo e gerencial, relacionado ao seu objeto social; funcionamento e à manutenção de elevados padrões éticos de
negociação nos mercados por ela administrados, detalhando as
III – exercer, direta ou indiretamente, atividades educacionais,
obrigações de seus administradores, empregados, prepostos e sócios
promocionais e editoriais relacionadas ao seu objeto social e aos
controladores, bem como das pessoas autorizadas a operar, seus
mercados que administre;
administradores, empregados e prepostos.
IV – prestar serviços de desenvolvimento de mercado; e
§1º A entidade administradora estabelecerá sanções em caso de
V – exercer outras atividades mediante prévia autorização da CVM. descumprimento das normas referidas no caput, respeitado sempre o
direito de defesa.
§ 1º Ressalvadas as participações decorrentes de sua política de
investimentos financeiros, a entidade administradora do mercado §2º As normas referidas no caput devem disciplinar, no mínimo, a
organizado e suas controladas somente poderão participar do capital de forma de negociação de valores mobiliários admitidos à negociação nos
terceiros que desenvolvam atividades conexas ou assemelhadas às mercados organizados de valores mobiliários administrados pela
suas. entidade por parte de seus administradores, empregados e prepostos, e

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pelos administradores, empregados e prepostos das pessoas VII – o órgão responsável pela admissão, suspensão e exclusão de
autorizadas a operar, de maneira a assegurar o controle das operações pessoas autorizadas a operar, exceto quando se tratar de medida
de tais agentes pela entidade administradora e pela pessoa autorizada decorrente da imposição de penalidades pelo Conselho de Auto-
a operar, respectivamente, bem como a impedir negociações indevidas Regulação (art. 49).
por tais agentes.
§1º Quando a qualidade de sócio for requisito para a concessão de
Art. 18. Observado o disposto na Lei Complementar nº 105, de 10 de autorização para operar em mercado administrado pela entidade, o
janeiro de 2001, as entidades administradoras de mercados estatuto deve:
organizados de valores mobiliários devem estabelecer entre si
mecanismos e regras: I – disciplinar as matérias de que tratam os inc. I a III do art. 15; e

I – de troca de informação sobre fatos que possam afetar a II – prever a livre negociação dos títulos patrimoniais ou das ações de
regularidade e transparência das operações realizadas em seus emissão da entidade administradora do mercado.
mercados, sempre que os valores mobiliários ali negociados estiverem
§2º As alterações do estatuto social dependem, para vigorar, de prévia
admitidos à negociação em mais de um mercado organizado, ou autorização da CVM, que será concedida segundo o procedimento
tiverem como ativo subjacente valores mobiliários e outros ativos
estabelecido no Capítulo VIII.
admitidos à negociação em mais de um mercado organizado; e

II – que viabilizem a compensação e a liquidação de operações


cursadas fora de seus ambientes e sistemas de negociação. Seção V
Assembléia Geral

Art. 21. A assembléia geral é competente para eleger e destituir os


Seção III
membros do Conselho de Administração e decidir sobre todos os atos
Organização das Entidades Administradoras relativos à entidade administradora, preservada, no entanto, a
Art. 19. A entidade administradora de mercado organizado, autonomia da estrutura de auto-regulação de que trata o Capítulo IV.
independentemente de sua forma jurídica de organização, deve contar Parágrafo único O edital de convocação das assembléias gerais das
necessariamente com os seguintes órgãos:
entidades administradoras, juntamente com a proposta da
I – Conselho de Administração, com Comitê de Auditoria; administração, quando houver, devem ser enviados à CVM
concomitantemente à sua divulgação.
II – Diretor-Geral;

III – Conselho de Auto-Regulação;


Seção VI
IV – Departamento de Auto-Regulação; e Administração

V – Diretor do Departamento de Auto-Regulação. Art. 22. A administração da entidade administradora de mercado


organizado compete ao Conselho de Administração, ao Diretor Geral e
§1º Os órgãos referidos no caput têm os deveres e responsabilidades aos demais Diretores, devendo o estatuto estabelecer as competências
estabelecidos pelo estatuto, observado o disposto nesta Instrução. do Conselho de Administração e dos diretores, observado o disposto
nesta Instrução.
§2º As atividades de auto-regulação competem exclusivamente aos
órgãos mencionados nos incisos III a V do caput, vedada a atribuição, Parágrafo único. Os administradores da entidade administradora
fora das hipóteses previstas nesta Instrução, de funções de fiscalização devem exercer as atribuições que a lei, as normas regulamentares e o
e supervisão ao Conselho de Administração e ao Diretor-Geral. estatuto lhes conferem para lograr os fins e o interesse da entidade,
sempre respeitado o interesse público no adequado funcionamento do
§3º A vedação estabelecida no §2º não impede a participação de
mercado organizado por ela administrado.
administradores da entidade administradora no Conselho de Auto-
Regulação, observado o disposto no art. 47. Art. 23. Os administradores devem ser pessoas naturais e ter
qualificação, conhecimento e capacidade técnica necessários para a
§4º O disposto no §2º não exime o Conselho de Administração de sua
execução das responsabilidades que lhes são atribuídas.
competência descrita no art. 24, VIII, nem o Diretor-Geral de suas
competências descritas no art. 28, incisos II a VII e no art. 64. §1º Quando se tratar de proposta do controlador ou da administração
da entidade administradora, a convocação da assembléia geral em que
se pretenda proceder à eleição de administrador deve ser feita com
Seção IV indicação de que todas as informações descritas no Anexo IV estão
Estatuto Social disponíveis em declaração assinada, sob as penas da lei, pelo
candidato.
Art. 20. O estatuto social deve estabelecer regras relativas à estrutura
administrativa da entidade administradora que assegurem o §2º São impeditivas da eleição de administrador, ou da contratação
funcionamento adequado do mercado por ela administrado e o como empregado ou preposto relevante da entidade administradora:
atendimento de suas funções de auto-regulação, dispondo, ainda,
I – a ocorrência de quaisquer das hipóteses de impedimento previstas
sobre:
na Lei nº 6.404, de 1976, salvo quando a Lei admitir dispensa pela
I – eleição, posse, substituição e destituição dos membros do Conselho assembléia geral;
de Administração e de seu Comitê de Auditoria, do Conselho de Auto-
II – a condenação transitada em julgado em algum dos crimes
Regulação, do Diretor Geral e do Diretor do Departamento de Auto-
previstos no Capítulo VII-B da Lei nº 6.385, de 1976, na Lei nº 7.492,
Regulação;
de 1986 e na Lei nº 9.613, de 1998, salvo se já determinada a
II – requisitos mínimos para nomeação ao Conselho de Administração e reabilitação;
seu Comitê de Auditoria, Conselho de Auto-Regulação e aos cargos de
III – a prestação de declarações falsas, inexatas, ou omissas, quando,
Diretor Geral e de Diretor do Departamento de Auto-Regulação;
pela sua extensão ou conteúdo, se mostrarem relevantes para aferição
III – atribuições do Conselho de Administração, de seu Presidente e de do disposto no caput e no §1º deste artigo.
seu Comitê de Auditoria, do Diretor Geral, do Conselho de Auto-
§3º Para efeitos de aplicação do disposto no §2º, considera-se
Regulação, do Departamento de Auto-Regulação e do seu Diretor,
empregado ou preposto relevante aquele a quem seja atribuída função
observado o disposto nesta Instrução;
de gerência, conforme for indicado no organograma apresentado pela
IV – incorporação, fusão, cisão, transformação e dissolução da entidade entidade administradora quando do pedido de autorização, ou quando
administradora; de sua atualização.

V – convocação, competência e funcionamento da assembléia geral, §4º Os administradores que deixem de preencher, por fato
prevista, no mínimo, uma assembléia anual, a realizar-se nos quatro superveniente ou desconhecido à época da aprovação de seu nome, os
primeiros meses seguintes ao término do exercício social; requisitos exigidos para a função, devem ser imediatamente
destituídos, comunicando-se o fato à CVM.
VI – prazo máximo de suspensão cautelar, pelo Diretor Geral, das
atividades de pessoa autorizada a operar (art. 28, VII); e

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Seção VII I – relação empregatícia ou decorrente de contrato de prestação de


Conselho de Administração serviços profissionais permanentes ou participação em qualquer órgão
administrativo, consultivo, fiscal ou deliberativo;
Subseção I
Competência II – participação direta ou indireta, em percentual igual ou superior a
10% (dez por cento) do capital total ou do capital votante; ou
Art. 24. Compete privativamente ao Conselho de Administração:
III – ser cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau.
I - aprovar as regras relativas ao funcionamento geral do mercado
administrado, seus regulamentos, bem como as regras relativas à §2º Equipara-se à relação atual, para efeito do disposto no inciso I do
admissão, suspensão e exclusão das pessoas autorizadas a operar; §1º deste artigo, aquela existente no prazo de até um ano antes da
posse como membro do Conselho.
II - aprovar as regras relativas à admissão à negociação, suspensão e
exclusão de valores mobiliários e respectivos emissores, quando for o §3º Não se considera vínculo, para efeito do disposto no caput, a
caso; participação em órgão administrativo ou fiscal na qualidade de membro
independente.
III – sem prejuízo da competência delegada ao Diretor-Geral no art. 64,
I, determinar o recesso, total ou parcial, do mercado;

IV – escolher e destituir os auditores independentes, na forma proposta Seção VIII


pelo Comitê de Auditoria (art. 27); Comitê de Auditoria

V – estabelecer as hipóteses, prazos e efeitos da interposição de Art. 27. O Comitê de Auditoria é órgão do Conselho de Administração e
recursos ao Conselho de Administração, em especial nos casos terá competência para examinar as seguintes matérias:
referidos nos arts. 28 e 64;
I – propor ao Conselho de Administração a indicação dos auditores
VI – julgar recursos nas hipóteses previstas no estatuto ou em independentes e ratificar a escolha feita;
regulamento;
II – acompanhar os resultados da auditoria interna, propondo ao
VII – aprovar o orçamento do Departamento de Auto-Regulação e do Conselho de Administração as ações que forem necessárias para
Conselho de Auto-Regulação, bem como o programa de trabalho a ele aperfeiçoá-la;
correspondente;
III – analisar as demonstrações financeiras da entidade administradora,
VIII – examinar os relatórios previstos no art. 45, elaborados pelo efetuando as recomendações que entender necessárias ao Conselho de
Diretor do Departamento de Auto-Regulação, e deliberar sobre as Administração; e
providências necessárias por força de seu conteúdo;
IV – avaliar, quanto à sua efetividade e suficiência, a estrutura de
IX – aprovar o relatório anual de controles internos de riscos controles internos de que trata o art. 75, bem como o relatório anual ali
operacionais, assim como o plano de continuidade de negócios de que referido.
trata o art. 63;

X – eleger e destituir o Diretor-Geral e os demais Diretores;


Seção IX
XI – eleger e destituir os membros do Conselho de Auto-Regulação; e Diretor Geral

XII – eleger e destituir o Diretor do Departamento de Auto-Regulação, Art. 28. Incumbe ao Diretor Geral:
dentre os membros independentes do Conselho de Auto-Regulação
(art. 38). I – quando solicitado, encaminhar à CVM as informações relativas às
operações com valores mobiliários, no prazo, forma e detalhamento
§1º Os documentos de que trata o inciso VII devem ser enviados à especificados, inclusive com a especificação dos comitentes finais;
CVM no prazo de 5 (cinco) dias úteis após sua aprovação,
acompanhados, se for o caso, da justificativa para a rejeição da II – admitir, suspender ou excluir valores mobiliários da negociação;
proposta apresentada pelo Conselho de Auto-Regulação.
III – promover, sem prejuízo das atividades realizadas pelo
§2º Da deliberação de que trata o inciso XII devem participar apenas Departamento de Auto-Regulação, o acompanhamento em tempo real
os membros independentes do Conselho de Administração. e a fiscalização das operações realizadas nos mercados que administre;

IV – tomar medidas e adotar procedimentos para coibir a realização de


operações que possam configurar infrações a normas legais e
Subseção II regulamentares;
Composição
V – cancelar negócios realizados, desde que ainda não liquidados, no
Art. 25. O estatuto social da entidade administradora estabelecerá as mercado administrado ou suspender ou solicitar às entidades de
regras relativas à composição e ao funcionamento do Conselho de compensação e liquidação que suspendam sua liquidação, quando
Administração, observado o seguinte: diante de situações que possam configurar infrações a normas legais e
regulamentares;
I – a maioria de seus integrantes deverá ser de conselheiros
independentes, como definido pelo art. 26; e VI – informar imediatamente ao Diretor do Departamento de Auto-
Regulação os fatos de que venha a ter conhecimento que possam
II – não poderá haver mais de um conselheiro que mantenha vínculo constituir infração às normas legais e regulamentares;
com a mesma pessoa autorizada a operar, ou a mesma entidade,
conglomerado ou grupo a que pertença uma mesma pessoa autorizada VII – determinar cautelarmente, sem prejuízo das atribuições
a operar. específicas do Departamento de Auto-Regulação, a suspensão das
atividades de pessoa autorizada a operar, nos casos previstos nas
Art. 26. Conselheiro independente é aquele que não mantém vínculo normas de que trata o inciso IV do art. 15, ou em hipótese de aparente
com: violação das normas de conduta de que trata o art. 17, observado o
prazo máximo previsto no estatuto, comunicando imediatamente a
I – a entidade administradora, sua controladora direta ou indireta,
suspensão ao Diretor do Departamento de Auto-Regulação, à CVM e ao
controladas ou sociedade submetida a controle comum direto ou
Banco Central do Brasil;
indireto;
VIII – fixar, assegurada a ampla e prévia divulgação aos interessados e
II – administrador da entidade administradora, sua controladora direta
à CVM:
ou indireta, ou controlada;
a) as contribuições periódicas das pessoas autorizadas a operar e dos
III – pessoa autorizada a operar em seu mercado; e
emissores de valores mobiliários admitidos à negociação;
IV – sócio detentor de 10% ou mais do capital votante da entidade
b) os emolumentos, comissões e quaisquer outros custos a serem
administradora.
cobrados pelos serviços decorrentes do cumprimento de suas
§1º Conceitua-se como vínculo com as pessoas mencionadas no caput: atribuições funcionais, operacionais, normativas e fiscalizadoras;

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IX - implementar as punições determinadas pelo Conselho de Auto- Parágrafo único. A situação econômica e financeira da entidade
Regulação; administradora deve ser sempre adequada ao bom funcionamento dos
mercados sob sua administração, podendo a CVM determinar a
X – informar imediatamente à CVM a ocorrência de eventos que afetem realização de aportes de capital ou a adequação do patrimônio, sempre
o funcionamento regular dos mercados que administre, ainda que que entender que a situação econômica ou financeira da entidade não
temporariamente; e é compatível com suas funções, ou com as condições de que deve
dispor para exercê-las, observado o procedimento do art. 115 desta
XI – enviar à CVM e ao Diretor do Departamento de Auto-Regulação,
Instrução.
diariamente, até o dia subseqüente:
Seção XII
a) relatório das operações que foram submetidas a leilão e das
Participações no Patrimônio ou Capital Social
operações canceladas, caso se trate de mercado de bolsa;
Art. 33. Depende de autorização prévia da CVM, a aquisição, por
b) relatório de saldo de posições individualizadas nos mercados de
pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas agindo em conjunto ou
liquidação futura e de empréstimo de valores mobiliários; e
representando o mesmo interesse, de participação direta ou indireta
c) relatório com movimento diário de cada ambiente ou sistema de igual ou superior a 15% (quinze por cento) do patrimônio ou capital
negociação e de registro de operações, com a identificação das pessoas social com direito a voto de entidade administradora de mercado
autorizadas a operar e dos comitentes finais. organizado.

§1º A competência para as deliberações de que trata o inciso VIII §1º Para efeito de aplicação da norma do caput, equipara-se à
pode ser atribuída pelo estatuto ao Conselho de Administração, total ou aquisição de participação igual ou superior a 15% (quinze por cento) a
parcialmente. aquisição de participação que, somada à anteriormente detida pelas
pessoas mencionadas no caput, faça com que tais pessoas passem a
§2º O Diretor Geral deve tomar as providências necessárias à deter participação direta ou indireta igual ou superior a 15% (quinze
preservação do sigilo das informações obtidas no exercício de suas por cento) do patrimônio ou capital social com direito a voto de
atribuições.Art. 29. É vedado ao Diretor Geral prestar a qualquer entidade administradora de mercado organizado.
integrante do Conselho de Administração informações não divulgadas
ao público relativas a: §2º Para efeitos desta Instrução, considera-se representando o mesmo
interesse o controlador das pessoas mencionadas no caput, as
I – operações realizadas nos ambientes de negociação do mercado que sociedades por elas controladas, suas coligadas, e as sociedades com
administre; elas submetidas a controle comum direto ou indireto.
II – posições de custódia; e §3º Em sua análise sobre a concessão da autorização de que trata o
caput, a CVM deve considerar, além do cumprimento dos requisitos
III – posições detidas nos mercados de liquidação futura e de
estabelecidos nesta Instrução em relação ao controlador de entidade
empréstimo de valores mobiliários.
administradora, principalmente, a relevância do mercado organizado
Art. 30. O Diretor Geral deve atender aos requisitos de independência para o mercado de capitais brasileiro, a existência ou não de
de que tratam os incisos III e IV do art. 26, a ele não se aplicando, compromisso formal que assegure a manutenção do mercado
contudo, a norma do § 2º do art. 26. organizado em território nacional e o oferecimento de condições
satisfatórias para a participação dos investidores locais e o acesso de
pessoas autorizadas a operar de nacionalidade brasileira.

Seção X §4º A aquisição ou alienação de 5% (cinco por cento) ou mais de


Exercício Social e Demonstrações Financeiras títulos patrimoniais ou ações da mesma espécie ou classe, de emissão
de entidade administradora, está sujeita ao disposto no art. 12 da
Art. 31. O exercício social da entidade administradora deve findar em Instrução CVM 358, de 2002.
31 de dezembro de cada ano, sendo obrigatória a elaboração de
demonstrações financeiras no final do exercício social, na forma Art. 34. A pessoa autorizada a operar em mercado organizado, ou
determinada pela Lei 6.404, de 1976, e regulamentação da CVM grupo de pessoas agindo em conjunto ou representando o mesmo
aplicável às companhias abertas. interesse, assim como suas controladoras diretas e indiretas,
controladas e pessoas submetidas a controle comum direto ou indireto,
§1º As demonstrações financeiras da entidade devem ser auditadas não podem deter mais de 10% (dez por cento) do patrimônio ou capital
por auditor independente registrado na CVM. social com direito a voto da entidade que o administre.
§2º O auditor independente deve apresentar relatório circunstanciado Art. 35. O descumprimento do disposto nesta Seção acarretará, sem
sobre: prejuízo das demais medidas que vierem a ser determinadas pela CVM,
I – o funcionamento dos controles internos e dos procedimentos a limitação dos direitos de voto inerentes às participações no
contábeis, indicando eventuais deficiências ou sua ineficácia; e patrimônio ou capital social, devendo tal limitação ser estabelecida no
estatuto social da entidade administradora.
II – a qualidade e a segurança dos procedimentos e sistemas
operacionais, inclusive acerca das medidas previstas em situações de §1º Sempre que os órgãos de deliberação e administração da entidade
ruptura, contingência ou emergência, na forma prevista no art. 63. administradora tenham conhecimento de alguma situação que
determine a limitação do exercício de direitos de voto de que trata o
§ 3º Aplicam-se ainda às entidades administradoras: caput deste artigo, devem comunicar esse fato ao presidente da mesa
da assembléia ou reunião de órgão de administração, o qual atuará de
I - o dever de prestação de informações trimestrais aplicáveis às forma a impedir o exercício dos direitos de voto limitados.
companhias abertas; e
§2º Sem prejuízo da anulação judicial e do processo administrativo
II – o dever de prestação do formulário de informações anuais – IAN, e sancionador cabível, as alterações estatutárias e demais deliberações
de sua atualização, aplicável às companhias abertas. sociais tomadas com base em votos que violem as limitações
estabelecidas nesta Seção não produzem efeito perante a CVM.
§4º As demonstrações financeiras, acompanhadas de parecer dos
auditores, assim como as informações trimestrais e o formulário IAN,
devem estar disponíveis na página da entidade administradora na rede
mundial de computadores. CAPÍTULO IV

§5º Quando da concessão da autorização para a entidade AUTO-REGULAÇÃO DOS MERCADOS ORGANIZADOS DE
administradora, a CVM poderá dispensar a observância dos §§ 3º e 4º, VALORES MOBILIÁRIOS
considerando o porte e o público investidor visado pelo mercado a ser
administrado pela entidade. Seção I
Estrutura da Auto-Regulação

Art. 36. O Departamento de Auto-Regulação, o Diretor do


Seção XI Departamento de Auto-Regulação e o Conselho de Auto-Regulação são
Patrimônio ou Capital Social os órgãos da entidade administradora encarregados da fiscalização e
supervisão das operações cursadas nos mercados organizados de
Art. 32. O patrimônio ou o capital social da entidade adminitradora valores mobiliários que estejam sob sua responsabilidade, das pessoas
será dividido, conforme o caso, em cotas, títulos patrimoniais ou ações. autorizadas a neles operar, bem como das atividades de organização e

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acompanhamento de mercado desenvolvidas pela própria entidade II - escolher, ainda que provisoriamente, substituto do Diretor do
administradora. Departamento de Auto-Regulação, dentre os membros independentes
do Conselho de Auto-Regulação.
§1° O Departamento de Auto-Regulação, o Diretor do Departamento
de Auto-Regulação e o Conselho de Auto-Regulação também serão §4º No prazo de 5 (cinco) dias após a destituição do Diretor de Auto-
encarregados de fiscalizar e supervisionar o cumprimento, por parte da Regulação, deverá ser enviado à CVM relatório detalhado contendo as
entidade administradora, do acompanhamento das obrigações dos justificativas consideradas pelo Conselho de Administração para a
emissores de valores mobiliários, quando houver. referida destituição, inclusive com a análise do desempenho do
Departamento de Auto-Regulação durante a gestão do Diretor de Auto-
§2º Caberá ao Departamento de Auto-Regulação, ao Diretor do Regulação destituído.
Departamento de Auto-Regulação e ao Conselho de Auto-Regulação,
conforme previsto nesta Instrução, no estatuto social e em seus §5º A CVM poderá determinar a divulgação ao público do relatório
regulamentos, monitorar, de ofício ou por comunicação do Diretor Geral previsto no §4º deste artigo.
ou de terceiros, o cumprimento das regras de funcionamento do
mercado e da entidade administradora, bem como impor as Art. 39. O Diretor do Departamento de Auto-Regulação e os demais
penalidades decorrentes da violação das normas que lhes incumba integrantes do Conselho de Auto-Regulação:
fiscalizar. I – serão eleitos e destituídos pelo Conselho de Administração;
§3º A entidade administradora do mercado organizado pode constituir
II – devem ter mandato fixo de três anos, renovável;
associação, sociedade controlada, ou submetida a controle comum, de
propósito específico, que exerça as funções de fiscalização e supervisão III – somente perderão seus mandatos por força de renúncia,
de que trata este artigo, ou, ainda, contratar terceiro independente condenação judicial ou em processo sancionador instaurado pela CVM,
para exercer tais funções. em ambos os casos por decisão irrecorrível que leve ao impedimento
ou à inabilitação, ou se assim deliberar o Conselho de Administração,
§4º Na hipótese do §3º, a sociedade controlada ou o terceiro
com base em proposta fundamentada e detalhada acerca das
contratado deverão observar as restrições decorrentes do sigilo a ser circunstâncias que a justificaram, apresentada por qualquer membro do
preservado sobre as operações realizadas em mercado, bem como as
Conselho de Administração ou do Conselho de Auto-Regulação; e
demais normas estabelecidas para o Conselho de Auto-Regulação, o
Diretor do Departamento de Auto-Regulação e o Departamento de IV – estão sujeitos aos impedimentos de que trata o §2º do art. 23.
Auto-Regulação.
Parágrafo único. A destituição do Diretor do Departamento de Auto-
Art. 37. O Departamento de Auto-Regulação e o Conselho de Auto- Regulação ou de membros do Conselho de Auto-Regulação, assim
Regulação devem: como as condições em que tal destituição tenha se dado, serão
consideradas pela CVM ao avaliar as atividades de auto-regulação
I – ser funcionalmente autônomos dos órgãos de administração da
desenvolvidas pela entidade administradora, inclusive no tocante à
entidade administradora dos mercados que lhes incumba fiscalizar;II – observância do princípio de independência e autonomia estabelecidos
possuir autonomia na gestão dos recursos previstos em orçamento
no art. 37.
próprio, que deverão ser suficientes para a execução das atividades sob
sua responsabilidade; e Art. 40. A estrutura do Departamento de Auto-Regulação, incluindo
nome e currículo resumido dos principais executivos, além dos demais
III - possuir amplo acesso a registros e outros documentos
recursos humanos e materiais disponíveis para a execução da
relacionados às atividades operacionais dos mercados que lhes incumba programação de trabalho, devem ser informados à CVM anualmente,
fiscalizar, da entidade de compensação e liquidação que preste esses
bem como eventuais alterações ao longo do ano.
serviços para os mercados, se for o caso, e das pessoas autorizadas a
operar, contando, para tanto, com o dever de cooperação do Diretor Art. 41. A entidade administradora deve fazer aprovar um Código de
Geral e mantendo à disposição da CVM e do Banco Central do Brasil, se Conduta específico para os integrantes do Departamento e do Conselho
for o caso, os relatórios de auditoria realizados. de Auto-Regulação, disciplinando, no mínimo:
§1º O Departamento de Auto-Regulação, o Diretor do Departamento I – as regras relativas ao exercício de suas funções, prevendo inclusive
de Auto-Regulação e o Conselho de Auto-Regulação devem tomar as as hipóteses de impedimento daqueles integrantes;
providências necessárias à preservação do sigilo das informações
obtidas por força de sua competência, bem como daquelas constantes II – as condições em que seus integrantes podem deter e negociar com
dos relatórios e processos que lhes incumba conduzir. valores mobiliários negociados nos ambientes e sistemas do mercado
organizado; e
§2º As providências referidas no §1º devem incluir:
III – procedimento e sanções, inclusive suspensão, em caso de
I – definição clara e precisa de práticas que assegurem o bom uso de infrações disciplinares.
instalações, equipamentos e arquivos comuns a mais de um setor da
entidade administradora;

II – a preservação de informações por todos os seus integrantes, Seção II


inclusive quanto ao planejamento das atividades de auto-regulação, Departamento de Auto-Regulação
relatórios delas decorrentes e processos instaurados, proibindo a
Art. 42. A entidade administradora deve manter um Departamento de
transferência de tais informações a pessoas não autorizadas ou que
Auto-Regulação com a função de exercer primariamente, observada a
possam vir a utilizá-las indevidamente.
competência do Conselho de Auto-Regulação (art. 46), a fiscalização e
Art. 38. Ao Diretor do Departamento de Auto-Regulação cabe a supervisão das operações cursadas nos mercados organizados de
condução dos trabalhos do Departamento de Auto-Regulação. valores mobiliários que estejam sob sua responsabilidade e das pessoas
ali autorizadas a operar.
§1º Exceto pelo Diretor do Departamento, não podem integrar o
Departamento de Auto-Regulação os integrantes do Conselho de Parágrafo único. A entidade administradora deve estabelecer
Administração ou da Diretoria, nem empregados ou prepostos da mecanismos e procedimentos eficazes para que o Departamento
entidade administradora que exerçam qualquer outra função na fiscalize a observância de suas regras e normas de conduta, bem como
entidade. da regulamentação vigente, de maneira a identificar violações,
condições anormais de negociação ou comportamentos suscetíveis de
§2º O Diretor do Departamento de Auto-Regulação deve ser eleito por em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a
pelo Conselho de Administração entre os membros independentes do credibilidade do mercado.
Conselho de Auto-Regulação, como definido no art. 26, e somente pode
ser destituído, pelo Conselho de Administração, nas hipóteses do art. Art. 43. Caberá ao Departamento de Auto-Regulação, sem prejuízo de
39, observado o parágrafo único do art. 24. outras atribuições que lhe sejam conferidas:

§3º Ocorrendo a hipótese de destituição do Diretor do Departamento I - fiscalizar as operações realizadas nos mercados administrados pela
de Auto-Regulação, o Conselho de Administração deverá, entidade, com intuito de detectar eventuais descumprimentos que
imediatamente: possam configurar infrações às normas legais e regulamentares;

I – decidir sobre a permanência ou não do Diretor do Departamento de II – fiscalizar, direta e amplamente, as pessoas autorizadas a operar;
Auto-Regulação como integrante do Conselho de Auto-Regulação; e
III - apontar deficiências no cumprimento das normas legais e
regulamentares verificadas no funcionamento dos mercados

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administrados pela entidade, ainda que imputáveis à própria entidade §1º Cabe ao Conselho de Auto-Regulação, sem prejuízo de outras
administradora, bem como nas atividades das pessoas autorizadas a atribuições que lhe sejam conferidas:
operar, acompanhando os programas e medidas adotadas para saná-
las; I - aprovar o regulamento dos procedimentos a serem observados na
instauração e tramitação dos processos e na negociação e celebração
IV – instaurar, instruir e conduzir processos administrativos disciplinares de termos de compromisso, sendo certo que tal regulamento, bem
para apurar as infrações das normas que lhe incumbe fiscalizar; como suas modificações, só produzirão efeitos depois de aprovados
pela CVM, observado o procedimento previsto no Capítulo VIII;
V – propor ao Conselho de Auto-Regulação a aplicação das penalidades
previstas no art. 49, quando cabível; e II - determinar ao Diretor Geral a aplicação das penalidades previstas
no art. 49;
VI – tomar conhecimento das reclamações efetuadas quanto ao
funcionamento dos mercados organizados de valores mobiliários III – elaborar seu próprio regimento interno; e
administrados pela entidade, acompanhando seu andamento e as
medidas decorrentes de seu recebimento. IV – aprovar os documentos de que trata o inciso II do art. 44, bem
como informações sobre eventuais providências, recomendações e
§1º O Departamento de Auto-Regulação pode, no exercício de suas ressalvas que tenham sido propostas em decorrência dos fatos
atividades, exigir das pessoas autorizadas a operar e da própria observados; e
entidade administradora do mercado todas as informações, ainda que
sigilosas, necessárias ao exercício de sua competência. V – aprovar a proposta orçamentária e a programação anual de
trabalho do Departamento de Auto-Regulação;
§2º O estatuto da entidade administradora pode prever que algumas
das sanções referidas no inciso V sejam aplicadas pelo Diretor do §2º Na hipótese de o estatuto prever a aplicação de certas sanções
Departamento de Auto-Regulação, cabendo recurso para o Conselho de pelo Diretor do Departamento de Auto-Regulação, a competência do
Auto-Regulação. Conselho de Auto-Regulação deve incluir, necessariamente, a de julgar
os recursos contra essas decisões.
§3º O Departamento de Auto-Regulação se reporta diretamente ao
Conselho de Auto-Regulação e ao Conselho de Administração, neste §3º O resultado do julgamento dos processos, com as sanções
último caso apenas para prestação de contas sobre suas atividades no disciplinares aplicadas, deve ser encaminhado à CVM, no prazo de 5
cumprimento do programa anual de trabalho. (cinco) dias úteis.

Art. 47. O Conselho de Auto-Regulação deve ser composto por pelo


Subseção I menos 2/3 (dois terços) de membros independentes, nos termos do
Prestação de Informações art. 26, sendo um deles eleito Diretor do Departamento de Auto-
Regulação.
Art. 44. O Diretor do Departamento de Auto-Regulação deve enviar à
CVM: §1º O Presidente do Conselho de Auto-Regulação deve ser eleito pelos
demais membros desse órgão, entre os membros independentes, não
I – imediatamente, informação sobre a ocorrência, ou indícios de podendo exercer a função de Diretor do Departamento de Auto-
ocorrência, de infração grave às normas da CVM, tais como, Regulação.
exemplificativamente, as tipificadas nas Instruções CVM nos 08, de 8 de
outubro de 1979 e 358, de 2002; eII – mensalmente, até o décimo §2º Ao Presidente do Conselho de Auto-Regulação cabe, além da
quinto dia do mês subseqüente e após aprovação do Conselho de Auto- condução dos trabalhos administrativos do Conselho, representá-lo
Regulação: perante a CVM.

a) relatório descritivo sobre a possível inobservância das normas legais


vigentes no mercado organizado de valores mobiliários de que se cuide Subseção II
e os desvios observados nas operações, mencionando as análises
Sujeição às Penalidades
iniciadas e concluídas no período, com a indicação dos comitentes
envolvidos, bem como das providências adotadas; Art. 48. Estão sujeitos às penalidades aplicadas pelo Diretor de Auto-
Regulação ou pelo Conselho de Auto-Regulação, os integrantes dos
b) relatório sobre as auditorias concluídas no período, mencionando as
órgãos de administração da entidade administradora, as pessoas
pessoas autorizadas a operar que foram inspecionadas, o escopo do autorizadas a operar, assim como os administradores e prepostos das
trabalho realizado, o período abrangido, o resultado final, as
pessoas antes mencionadas.
irregularidades identificadas e as providências adotadas; e
Parágrafo único. Os emissores e seus administradores também estão
c) relatório com a enumeração dos processos administrativos
sujeitos às penalidades de que trata o caput quando a atividade de
instaurados, inclusive aqueles relativos ao uso do mecanismo de
acompanhamento das obrigações por eles assumidas perante a
ressarcimento de prejuízos, com identificação das pessoas interessadas entidade administradora de mercado organizado for atribuída ao
e respectivas condutas.
Departamento de Auto-Regulação.
Art. 45. O Diretor do Departamento de Auto-Regulação deve elaborar
anualmente, para aprovação do Conselho de Auto-Regulação, os
seguintes documentos: Subseção III
Penalidades
I - relatório de prestação de contas das atividades realizadas pelo
Departamento de Auto-Regulação, auditado por auditor independente Art. 49. A violação das normas cuja fiscalização incumba ao
registrado na CVM, indicando os principais responsáveis por cada uma Departamento de Auto-Regulação sujeita seus infratores às penalidades
delas, bem como as medidas adotadas ou recomendadas como previstas em regulamento.
resultado de sua atuação; e
§1º Sem prejuízo dos mecanismos de publicidade adotados pela
II – relatório contendo a proposta orçamentária para o exercício entidade administradora nos termos do regulamento referido no caput
subseqüente. deste artigo, a suspensão ou o cancelamento de autorização de pessoa
autorizada a operar deve ser comunicada, de imediato, à CVM e ao
Parágrafo único. Os relatórios previstos neste artigo deverão ser Banco Central do Brasil.
encaminhados ao Conselho de Auto-Regulação, que, após apreciá-los,
os enviará ao Conselho de Administração e, no mesmo dia, à CVM. §2º Os recursos arrecadados com multas e termos de compromisso
celebrados no âmbito da auto-regulação devem ser revertidos, em sua
totalidade, para as atividades previstas neste Capítulo ou para a
Seção III indenização de terceiros prejudicados.
Conselho de Auto-Regulação §3º Das decisões do Conselho de Auto-Regulação não cabe recurso à
Subseção I CVM.
Competência e Composição §4º O investigado pode requerer que a penalidade que lhe tenha sido
Art. 46. Ao Conselho de Auto-Regulação compete supervisionar as imposta, ou a prestação que tenha sido acordada em termo de
atividades do Departamento de Auto-Regulação e julgar os processos compromisso celebrado no âmbito da auto-regulação, seja submetida à
por ele instaurados, instruídos e conduzidos. CVM como base para a celebração de termo de compromisso.

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§5º No julgamento das infrações das normas legais sob sua Seção III
competência, a CVM poderá reduzir, das penalidades que venha a Responsabilidade pelas Operações
aplicar, aquelas que tenham sido impostas no âmbito da auto-
regulação. Art. 53. As pessoas autorizadas a operar são responsáveis pelos
negócios realizados em mercados organizados, seja perante seus
§6º Em processos administrativos perante a CVM que tenham por comitentes, seja perante suas contrapartes.
objeto os mesmos fatos já apurados no âmbito da auto-regulação, a
pena máxima prevista no art. 11, §1º, da Lei 6.385, de 1976, deve ser §1º As pessoas autorizadas a operar são responsáveis, inclusive:
calculada somando-se a pena imposta pela auto-regulação e aquela I – por negócios realizados sem poderes de representação ou sem a
aplicada pela CVM, quando forem da mesma natureza.
devida autorização;

II – pela perda ou alienação indevida de valores mobiliários;


CAPÍTULO V
III – pela evicção, solidariamente com o alienante; e
OPERAÇÕES NOS MERCADOS ORGANIZADOS DE VALORES
MOBILIÁRIOS IV – pela liquidação dos negócios realizados.
Seção I §2º A responsabilidade prevista neste artigo poderá ser excluída em
Normas Gerais negócios meramente registrados em mercado organizado.
Art. 50. Os ambientes ou sistemas de negociação devem assegurar a
transparência das ofertas e operações realizadas e propiciar uma
adequada formação de preços. Seção IV
Operações em Mercados Organizados de Valores Mobiliários
§1º Quando se tratar de mercados organizados de valores mobiliários
que se destinem apenas ao registro de operações previamente Art. 54. Conforme dispuserem as regras estabelecidas pela entidade
ocorridas, os registros devem realizar-se por meio de sistemas ou com administradora do mercado organizado, as operações podem ser
a adoção de procedimentos que propiciem adequada informação sobre realizadas em nome próprio ou de terceiro.
os preços das transações realizadas, inclusive quanto a sua eventual
discrepância em relação a padrões de negócios similares, sendo
permitida a recusa de registro de negócios discrepantes. Seção V
Contraprestações
§2º Verificando que o mercado organizado não está adotando as
medidas necessárias para o cumprimento do disposto neste artigo, a Art. 55. As contraprestações estabelecidas pela entidade
CVM pode determinar a adoção de medidas suplementares e, caso as administradora de mercado organizado (art. 28, inc. VIII, “a” e “b”)
deficiências apontadas não sejam corrigidas, cancelar a autorização devem ser razoáveis e proporcionais aos serviços prestados, não se
para o funcionamento do mercado organizado de valores mobiliários. constituindo em mecanismo de indevida restrição ao acesso aos
mercados por ela administrados.

Parágrafo único. A CVM não aprovará previamente as contraprestações


Seção II
estabelecidas pela entidade administradora, mas poderá solicitar
Pessoas Autorizadas a Operar
demonstração detalhada de sua formação e determinar sua revisão ou
Art. 51. As operações em um mercado organizado somente podem ser estabelecer limites máximos.
realizadas por pessoa autorizada a operar em tal mercado.

§1º A admissão como pessoa autorizada a operar em mercado


Seção VI
organizado de valores mobiliários depende de autorização da entidade
Cadastramento de Comitentes
administradora, que deve considerar a sua organização, os recursos
humanos e materiais exigíveis e a idoneidade e aptidão profissional das Art. 56. A entidade administradora de mercado organizado deve
pessoas que atuem em seu nome. manter:
§2º Os requisitos de admissão como pessoa autorizada a operar devem I – relação de comitentes aptos a negociar nos mercados por ela
observar os princípios de igualdade de acesso e de respeito à administrados, permanentemente atualizada pelas pessoas autorizadas
concorrência. a operar; e,
§3º As qualificações mínimas para a admissão e manutenção como II – registro das operações realizadas nos mercados que permitam
pessoa autorizada a operar contemplarão, inclusive, as eventuais identificar o comitente de cada operação, nos termos da
necessidades de patrimônio alocado à proteção de riscos de cada uma regulamentação da CVM.
das atividades autorizadas, a segregação de atividades destinada a
prevenir conflitos de interesse e a existência de departamento Parágrafo único. A entidade administradora deve transmitir as
encarregado de verificar a observância das regras e normas de conduta informações cadastrais e de registro à entidade de compensação e
aplicáveis às operações realizadas no mercado. liquidação que lhe preste esses serviços, se for o caso, com o objetivo
de manter um cadastro único e atualizado, inclusive com observações
§4º As entidades administradoras poderão estabelecer outros quanto a comitentes faltosos.
requisitos, inclusive de reputação ilibada, ou indicar outros
impedimentos para admissão e permanência de pessoa autorizada a
operar, a juízo de seu Conselho de Administração.
Seção VII
§5º É vedado à entidade administradora, sem prévia autorização da Admissão à Negociação de Valores Mobiliários
CVM, estabelecer limite máximo de pessoas autorizadas a operar, ou
reduzir o limite previamente aprovado, ainda que por classes ou para o Art. 57. São negociáveis em mercados organizados os valores
exercício de determinados direitos de acesso aos mercados por ela mobiliários registrados pela CVM.
mantidos. §1º A admissão à negociação em mercado organizado de valores
Art. 52. As pessoas autorizadas a operar, em nome próprio ou de mobiliários específico depende de decisão da respectiva entidade
terceiros, em mercado organizado: administradora responsável.

I – devem acatar e dar cumprimento às decisões dos órgãos de §2° A admissão à negociação, em mercado organizado de valores
administração e de fiscalização e supervisão da entidade mobiliários, de outros ativos que não valores mobiliários, depende de
administradora; e prévia aprovação da CVM, sem prejuízo das autorizações
eventualmente exigidas por outros órgãos públicos.
II – devem prestar todas as informações, conforme requerido pelos
órgãos de administração e de fiscalização e supervisão da entidade §3º É vedada a negociação simultânea de ações em mercados de
administradora. bolsa e de balcão organizado, sendo facultada sua negociação em mais
de uma bolsa ou em mais de um mercado de balcão organizado.

§4º É permitida a negociação simultânea de outros valores mobiliários,


com exceção de ações, em mercado organizado de valores mobiliários
distinto daquele em que o emissor tem seus valores mobiliários

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negociados, desde que tenha sido obtida a autorização referida no §1º comunicar a medida à entidade responsável pela administração do
deste artigo. mercado organizado em que seus valores mobiliários sejam mais
negociados.

§3º A exclusão da negociação é obrigatória quando:


Seção VIII
Auto-listagem I – deixem de se verificar os requisitos de admissão, desde que se trate
de falta insanável; e
Art. 58. O mercado organizado de valores mobiliários pode admitir à
negociação valores mobiliários de emissão da respectiva entidade II – não tenham sido sanadas as faltas ou situações que justificaram a
administradora. suspensão.

§1º Na hipótese prevista no caput, o Departamento de Auto-Regulação §4º A suspensão da negociação de valores mobiliários em mercado
deve atestar que a admissão à negociação dos valores mobiliários de organizado acarreta a suspensão da negociação desse mesmo valor
emissão da entidade está em conformidade com os requisitos previstos mobiliário, ou de outros de que seja ativo subjacente, em outros
nas regras gerais que estabelecer para os demais emissores, bem como mercados organizados de valores mobiliários, desde que os motivos
monitorar continuamente esta conformidade e confirmá-la no relatório que tenham causado a suspensão também os afetem.
referido no art. 44, II, “a”.
§5º A exclusão de valores mobiliários cuja negociação seja condição
§2º O Departamento de Auto-Regulação deve fiscalizar as operações para a admissão de outros implica a exclusão destes dos mercados
realizadas com valores mobiliários de emissão da própria entidade organizados de valores mobiliários em que sejam negociados.
administradora, com atenção à observância das restrições e limites à
sua negociação estabelecidos em normas estatutárias, legais e §6º A exclusão deve ser imediatamente comunicada à CVM.
contratuais, vedada a fiscalização por amostragem.
Art. 61. A CVM pode determinar à entidade administradora de mercado
§3º Caso seja verificada alguma irregularidade na admissão dos organizado que proceda à suspensão ou exclusão de valores mobiliários
valores mobiliários de emissão da entidade, no atendimento às da negociação, bem como estender a suspensão ou exclusão aos
condições para a manutenção do registro desses valores ou nas demais mercados organizados de valores mobiliários.
operações realizadas com eles, o Departamento de Auto-Regulação
deverá comunicar o fato à CVM imediatamente.
Seção XI
Divulgação de Informações
Seção IX
Art. 62. A entidade administradora de mercado organizado deve
Negociação, fora de Mercado Organizado, de Valores divulgar pelo menos as seguintes informações relativas aos mercados
Mobiliários Listados
sob sua administração:
Art. 59. É vedada a negociação, fora de mercado organizado, de
I – características, regras e manuais de funcionamento e operação;
valores mobiliários nele admitidos, exceto nas seguintes hipóteses:
II – informações sobre as características de cada valor mobiliário
I – negociações privadas;
admitido à negociação;III – informações sobre as operações realizadas
II – distribuição pública, durante o período da respectiva distribuição; e respectivos preços;

III – integralização de cotas de fundos e clubes de investimento, nas IV – informações eventuais e periódicas recebidas dos emissores dos
hipóteses admitidas na regulamentação específica; valores mobiliários admitidos à negociação;

IV – evento societário que determine ou permita a substituição ou V – na abertura de cada pregão diário, o preço mínimo, máximo, médio
permuta do valor mobiliário por outro; ponderado, de referência ou de ajuste e de fechamento, bem como as
quantidades negociadas no pregão anterior; e
V – alienação em oferta pública de aquisição; e
VI – relação atualizada das pessoas autorizadas a operar em cada um
VI – em outras hipóteses expressamente previstas em regulamentação de seus mercados.
baixada pela CVM.
§1º O conteúdo, meios e periodicidade da informação a ser
publicamente prestada devem ser os adequados às características de
cada mercado, ao nível de conhecimento dos investidores e à
Seção X composição dos vários interesses envolvidos.
Suspensão e Exclusão de Valores Mobiliários da Negociação
§2º A CVM pode exigir a alteração das regras relativas à divulgação de
Art. 60. As normas de funcionamento da entidade administradora de informações quando verificar que não são suficientes para a proteção
mercado organizado devem disciplinar as situações em que se dos investidores.
procederá à suspensão da negociação ou à exclusão dos valores
mobiliários admitidos à negociação, bem como as informações a serem
prestadas relativamente aos valores mobiliários atingidos por tais
medidas. Seção XII
Sistemas Informatizados e Continuidade das Operações
§1º A suspensão da negociação pode justificar-se quando:
Art. 63. A entidade administradora de mercado organizado deve
I – deixem de se verificar os requisitos de admissão, desde que se trate manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, ou até o encerramento das
de falta sanável; e investigações, quando a CVM houver comunicado sua existência à
entidade administradora:
II – tornar-se pública notícia ou informação vaga, incompleta ou que
suscite dúvida quanto ao seu teor ou procedência, que possa vir a I – sistema de armazenamento e recuperação de dados referentes às
influir de maneira relevante na cotação do valor mobiliário ou induzir os ofertas e operações realizadas que permitam sua consulta ou
investidores a erro. reconstituição, ressalvadas, quanto às ofertas, as especificidades dos
sistemas de negociação em viva-voz;
§2º As normas de que tratam o caput deverão, obrigatoriamente,
disciplinar os procedimentos a serem adotados quando: II – estrutura de duplicação e guarda das informações contidas nos
sistemas informatizados; e
I – houver informação sobre a existência de pedido de falência, desde
que indique risco de insolvência do emissor, ou de recuperação judicial III – plano de continuidade de negócios apto a assegurar o
ou extrajudicial; funcionamento do mercado organizado em situações de ruptura ou de
emergência.
II – houver deferimento de pedido de recuperação, judicial ou
extrajudicial, ou decretação de falência do emissor; e §1º A entidade administradora deve submeter anualmente à CVM o
relatório de auditoria de seus sistemas, comprovando sua adequação
III – houver decretação, pelo Banco Central do Brasil ou pela ao disposto neste artigo, inclusive quanto aos procedimentos aptos a
Superintendência de Seguros Privados, de intervenção, liquidação assegurar a continuidade conforme o plano referido no inciso III.
extrajudicial ou administração especial temporária do emissor, cabendo
ao interventor, liquidante ou conselho diretor, conforme o caso,

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§2º A CVM pode determinar a realização de auditorias extraordinárias seus sistemas de negociação, deve obter prévia autorização da CVM,
específicas, se houver indício de que os mecanismos adotados não que será concedida desde que o pretendente à autorização:
estão atendendo, ou podem não vir a atender, às suas finalidades.
I – seja reconhecido como bolsa e esteja devidamente autorizado a
operar como tal em seu país de origem;

Seção XIII II – esteja sujeito à supervisão da autoridade reguladora de mercado


Medidas Cautelares de capitais de seu país de origem, com a qual a CVM mantenha
convênio ou acordo de cooperação internacional ou que seja signatária
Art. 64. Com o objetivo de assegurar o funcionamento eficiente e do Memorando Multilateral de Entendimentos da Organização
regular do mercado ou preservar elevados padrões éticos de Internacional de Comissões de Valores – OICV/IOSCO; e
negociação, a entidade administradora de mercado organizado, em
decisão fundamentada, sem prejuízo dos poderes atribuídos ao III – os requisitos exigidos para autorização e funcionamento de bolsas
Departamento de Auto-Regulação, tem competência, por decisão do no país de origem do pretendente sejam, no mínimo, substancialmente
Diretor Geral, para: equivalentes aos previstos nesta Instrução.

I – decretar o próprio recesso, em caso de grave emergência, §1º As negociações com valores mobiliários por meio dos sistemas de
comunicando o fato imediatamente à CVM; negociação de que trata o caput deste artigo são restritas a
investidores qualificados, assim considerados:
II – suspender, provisoriamente, pessoa autorizada a operar, quando a
proteção dos investidores assim o exigir, comunicando, de imediato, a I – instituições financeiras;
ocorrência à CVM, ao Banco Central do Brasil e ao Diretor do
Departamento de Auto-Regulação; II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;

III – impedir a realização de certas operações em seus ambientes de III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
negociação, quando existirem indícios de que possam configurar IV – pessoas físicas ou jurídicas com investimentos financeiros
infrações a normas legais e regulamentares; e
superiores a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
IV – cancelar negócios realizados, desde que ainda não liquidados, ou V – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários
suspender a sua liquidação, ou solicitar à entidade de compensação e
autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
liquidação a suspensão, caso haja indícios de que possam configurar
infrações a normas legais e regulamentares. VI – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios;
CAPÍTULO VI VII – fundos de investimento destinados a investidores que preencham
MERCADOS DE BOLSA os requisitos previstos neste parágrafo.
Seção I §2º O procedimento para concessão, cancelamento ou alteração da
Características autorização prevista neste artigo deve observar o disposto no Capítulo
VIII.
Art. 65. Consideram-se mercados de bolsa aqueles que:
Art. 68. A bolsa estrangeira deve enviar à CVM:
I - funcionam regularmente como sistemas centralizados e multilaterais
de negociação e que possibilitam o encontro e a interação de ofertas de I – quando do protocolo do pedido de autorização:
compra e de venda de valores mobiliários; ou
a) documentação comprobatória do atendimento aos requisitos do art.
II - permitem a execução de negócios, sujeitos ou não à interferência 67 incisos I, II e III;
de outras pessoas autorizadas a operar no mercado, tendo como
contraparte formador de mercado que assuma a obrigação de colocar b) indicação da pessoa residente no país com poderes para receber
ofertas firmes de compra e de venda, desde que: intimações e citações, em nome da bolsa estrangeira;

a) a atuação do formador de mercado seja regulada pela bolsa, nos c) relação e descrição dos valores mobiliários admitidos à negociação,
termos da regulamentação específica da CVM para formadores de com indicação do emissor, quando couber.
mercado, e fiscalizada pelo Departamento de Auto-Regulação;
II – tão logo esteja disponível, a relação dos intermediários brasileiros
b) a regulação da bolsa preveja limites máximos para a diferença entre autorizados a operar em seus mercados, bem como de seus
os preços de compra e de venda ofertados pelo formador de mercado; representantes;
e
III – semanalmente, o volume operado pelos intermediários brasileiros
c) seja admitida a interferência de outras pessoas autorizadas a operar autorizados a operar em seus mercados;
no intervalo entre as ofertas de compra e de venda, desde que para a
IV – anualmente, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias após o
quantidade total daquele negócio.
encerramento do exercício social:
Parágrafo único. Considera-se sistema centralizado e multilateral
a) relação de intermediários brasileiros admitidos, suspensos ou
aquele em que todas as ofertas relativas a um mesmo valor mobiliário
excluídos no período;
são direcionadas a um mesmo canal de negociação, ficando expostas a
aceitação e concorrência por todas as partes autorizadas a negociar no b) descrição sobre eventuais mudanças nos padrões de governança da
sistema. bolsa, no exercício de suas funções de auto-regulação e alterações
relevantes na composição da sua administração e controle acionário;

c) relatório descritivo das inspeções e demais procedimentos


Seção II
investigativos envolvendo os intermediários brasileiros, realizados no
Pedido de Registro
período;
Art. 66. O pedido à CVM de autorização para funcionamento da bolsa
d) mudanças relevantes na regulamentação que discipline a autorização
deve ser instruído com os documentos e informações listados no Anexo
e o funcionamento da bolsa em seu país de origem;
II, e na forma prevista no Capítulo VIII.
IV – mediante solicitação da CVM, no prazo de 10 (dez) dias contados
Parágrafo único. A CVM pode solicitar ao pretendente à autorização
do recebimento do pedido:
elementos e informações complementares, bem como realizar as
investigações que considerar necessárias. a) dados sobre as operações realizadas, inclusive com a identificação
dos beneficiários finais, quando tal informação estiver disponível para a
bolsa estrangeira;
Seção III
b) descrição de critérios de cálculo de margens exigidas, garantias e
Telas de Acesso à Negociação em Bolsas Estrangeiras
demais informações ligadas ao risco dos participantes e à compensação
Art. 67. A bolsa estrangeira que desejar instalar no Brasil, em e liquidação das operações realizadas;
instituições integrantes do sistema de distribuição, telas de acesso aos
c) descrição das características dos valores mobiliários admitidos à
negociação;

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d) informações sobre processos, investigações e inspeções em III – evitar ou coibir práticas não-eqüitativas em seus ambientes; e
andamento, envolvendo intermediários ou investidores brasileiros;
IV – fixar as variações de preços e quantidades ofertadas, em seu
V – no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da confirmação da existência ambiente de negociação que for caracterizado como centralizado e
de indícios, a descrição das irregularidades envolvendo investidores ou multilateral, que exigem a adoção de procedimentos especiais de
intermediários brasileiros. negociação, bem como os procedimentos operacionais necessários para
quando tais variações forem alcançadas, respeitadas as condições
Art. 69. A autorização de que trata o art. 67 depende, ainda, da mínimas que forem estabelecidas pela CVM em regulamentação
acessibilidade, suficiência e qualidade das informações a respeito dos específica.
ativos negociados na bolsa estrangeira, bem como de seus emissores,
quando for o caso.

§1º Na aferição dos requisitos previstos no caput a CVM deve Seção VI


considerar, entre outras características julgadas relevantes:I – se se Controle de Risco
trata de um contrato derivativo cujo ativo subjacente possua
características homogêneas, produzido e cotado em escala Art. 75. As entidades administradoras de mercado de bolsa devem
internacional; e manter sistemas de controle de risco apropriados ao monitoramento
dos riscos inerentes às suas atividades, bem como ao cumprimento das
II – o padrão contábil em que são elaboradas as demonstrações disposições desta Instrução.
financeiras dos emissores dos ativos negociados.
§1º Os sistemas de controle de risco devem definir os procedimentos
§2º A autorização para instalação da tela de negociação implicará adequados para assegurar:
dispensa de registro dos emissores e dos valores mobiliários nela
negociados, podendo a autorização ser limitada a ativos e emissores I – o cumprimento das regras prudenciais que tenham sido
específicos ou a segmentos de negociação. estabelecidas para o funcionamento do mercado;

II - o funcionamento regular e a segurança de seus sistemas


Seção IV informatizados;
Autorização para Operar em Bolsa
III – o cumprimento de seus deveres de informação; e
Art. 70. A admissão como pessoa autorizada a operar em mercado de
IV – a identificação, gestão e mitigação de riscos significativos ao
bolsa depende de autorização da entidade administradora. funcionamento da entidade administradora.
Art. 71. A indicação sobre a denominação e o endereço da pessoa que
§2º Anualmente, deve ser elaborado relatório sobre os sistemas de
pretenda obter autorização para operar, bem como os nomes de seus controle de risco referidos no caput, o qual será submetido à aprovação
administradores, se for o caso, devem ser divulgados na página da rede
do Conselho de Administração da entidade administradora do mercado
mundial de computadores da entidade administradora e no seu boletim
de bolsa, ouvido o Comitê de Auditoria, e enviado à CVM no prazo de 5
oficial, durante o prazo estabelecido no estatuto ou regulamento. (cinco) dias úteis após a sua aprovação.
Art. 72. Nos 15 (quinze) dias subseqüentes ao término do período
referido no artigo anterior, o Conselho de Administração ou o Diretor
Geral, conforme dispuser o estatuto da entidade administradora, deve Seção VII
decidir sobre o pedido de autorização para operar, devendo ser Divulgação de Informações
apresentada justificativa para a decisão adotada.
Art. 76. A entidade administradora de mercado de bolsa deve tornar
§1º O candidato que tiver seu pedido de autorização denegado pode públicas de forma contínua, ao longo dos pregões diários, no mínimo,
recorrer da negativa, na forma que dispuser o estatuto. as informações sobre cada negócio realizado, incluindo preço,
quantidade e horário, com no máximo 15 (quinze) minutos de atraso.
§2º A decisão final da entidade administradora do mercado de bolsa
deve ser comunicada imediatamente à CVM. Parágrafo único. O resumo das operações realizadas na bolsa deve
constar no seu boletim diário de informações, que deve ser
§3º O estatuto deverá prever o direito à revisão da decisão do Diretor-
disponibilizado em sua página na rede mundial de computadores.
Geral que determinar a suspensão ou exclusão de pessoa autorizada a
operar.

Seção VIII
Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos
Seção V
Regras de Negociação Art. 77 A entidade administradora de mercado de bolsa deve manter
um mecanismo de ressarcimento de prejuízos, com a finalidade
Art. 73. O ambiente ou sistema de negociação da bolsa deve possuir
exclusiva de assegurar aos investidores o ressarcimento de prejuízos
características, procedimentos e regras de negociação, previamente decorrentes da ação ou omissão de pessoa autorizada a operar, ou de
estabelecidos e divulgados, que permitam, permanentemente:
seus administradores, empregados ou prepostos, em relação à
I – a regular, adequada e eficiente formação de preços; intermediação de negociações realizadas na bolsa ou aos serviços de
custódia, especialmente nas seguintes hipóteses:
II - a pronta realização, visibilidade e registro das operações realizadas;
e I - inexecução ou infiel execução de ordens;

III – a disseminação pública das ofertas e negócios envolvendo ativos II - uso inadequado de numerário e de valores mobiliários ou outros
ali negociados, com rapidez, amplitude e detalhes suficientes à boa ativos, inclusive em relação a operações de financiamento ou de
informação do mercado e formação de preços. empréstimo de valores mobiliários;

Parágrafo único. Quando se tratar de sistema de negociação III - entrega ao investidor de valores mobiliários ou outros ativos
centralizado e multilateral, a formação de preços deve se dar por meio ilegítimos ou de circulação restrita;
da interação de ofertas, em que seja dada precedência sempre à oferta
IV - inautenticidade de endosso em valores mobiliários ou outros ativos,
que represente o melhor preço, respeitada a ordem cronológica de
ou ilegitimidade de procuração ou documento necessário à sua
entrada das ofertas no sistema ou ambiente de negociação, ressalvados transferência;
os casos de procedimentos especiais de negociação previstos em
regulamento. V – intervenção ou decretação de liquidação extrajudicial pelo Banco
Central do Brasil; e
Art. 74. As regras de negociação da bolsa devem:
VI - encerramento das atividades.
I – evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a
criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores §1º O mecanismo de ressarcimento de prejuízos previsto neste
mobiliários negociados em seus ambientes; capítulo aplica-se apenas às operações com valores mobiliários.
II – assegurar igualdade de tratamento às pessoas autorizadas a operar §2º O mecanismo de ressarcimento de prejuízos pode ser mantido
em seus ambientes, observadas as distinções entre categorias que pela própria entidade administradora da bolsa, ou por entidade
venham a ser estipuladas em seu estatuto e regulamento; constituída exclusivamente ou contratada para este fim.

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Art. 78. A entidade administradora de mercado de bolsa deve baixar §2º A realização de novas diligências determinadas pela CVM suspende
regulamento específico disciplinando o funcionamento do mecanismo o prazo a que se refere o §1º.
de ressarcimento de prejuízos, contendo no mínimo o seguinte:
Art. 84. A discussão em torno do direito de regresso contra a pessoa
I – descrição da forma de organização e designação de seus autorizada a operar, que tenha dado causa aos prejuízos objeto do
administradores, quando couber; ressarcimento devido ao reclamante, não pode obstar o pagamento ao
reclamante, no prazo previsto no regulamento.
II – descrição detalhada da forma de indenização aos reclamantes, dos
prazos de pagamento e da forma de correção dos valores; §1º No caso de a pessoa autorizada a operar referida no caput ajuizar
demanda judicial com o propósito de elidir a sua responsabilidade,
III – procedimentos e prazos para análise dos pedidos de indenização, visando ou não a obstar o pagamento ao reclamante, a entidade
que não podem exceder 120 (cento e vinte) dias entre o pedido de administradora de mercado de bolsa deve comunicar, de imediato, a
indenização e a decisão da bolsa a respeito; ocorrência à CVM, informando se há medida liminar ou tutela
antecipada concedida, bem como fornecendo toda a documentação
IV - as instâncias responsáveis pela condução do processo e pela
pertinente.
decisão final;
§2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, a entidade
V– origem dos recursos;
administradora de mercado de bolsa deverá utilizar todos os meios e
VI – valores mínimo e máximo do patrimônio ou montantes mínimo e recursos disponíveis para assegurar a efetividade das decisões
máximo alocados para o mecanismo de ressarcimento de prejuízos, os proferidas no curso do procedimento ora regulado.
quais devem ser fundamentados na análise dos riscos inerentes à sua
Art. 85. A CVM deve, quando houver conflito entre entidades
atividade, bem como os critérios de rateio em caso de insuficiência do
administradoras de mercado de bolsa quanto à responsabilidade dos
patrimônio;
respectivos mecanismos de ressarcimento, determinar qual deles será
VII – política de aplicação dos recursos do mecanismo de ressarcimento responsável.
de prejuízos; e
Art. 86. A descontinuidade ou término do mecanismo de ressarcimento
VIII – forma e prazo de reposição ao mecanismo, pela pessoa de prejuízos, com ou sem distribuição de recursos aos seus
autorizada a operar que deu causa à reclamação, do valor pago ao contribuintes, depende de prévia aprovação da CVM.
reclamante, bem como a penalidade prevista pelo descumprimento
Parágrafo único. A aprovação deve ser dada mediante a demonstração
desta obrigação.
de que não mais subsiste a finalidade da constituição do mecanismo de
Art. 79. O regulamento, bem como suas alterações posteriores, devem ressarcimento de prejuízos, bem como de que não é mais possível a
ser previamente aprovados pela CVM, observando-se o procedimento formulação de reclamação a ele, devendo ser comprovado, outrossim,
previsto no art. 117. que todos os débitos pendentes foram quitados e que os
procedimentos administrativos específicos estão encerrados.

Subseção I Subseção II
Reclamação ao Mecanismo Escrituração
Art. 80. O investidor poderá pleitear o ressarcimento do seu prejuízo Art. 87. O patrimônio ou recursos vinculados ao mecanismo de
por parte do mecanismo instituído para esse fim, independentemente ressarcimento de prejuízos devem ter escrituração própria e especial,
de qualquer medida judicial ou extrajudicial, no prazo de 18 (dezoito) para assegurar a sua destinação exclusiva.
meses, a contar da data de ocorrência da ação ou omissão que tenha
dado origem ao pedido. Art. 88. Até três meses após o encerramento de cada exercício social,
a entidade administradora de mercado de bolsa, com base nos registros
Parágrafo único. O valor máximo proporcionado pelos recursos contábeis e documentos relativos ao mecanismo de ressarcimento de
oriundos do mecanismo de ressarcimento de prejuízos será de R$ prejuízos, deve elaborar as demonstrações financeiras, que serão
60.000,00 (sessenta mil reais) por investidor reclamante em cada auditadas por auditor independente registrado na CVM, e colocadas à
ocorrência a que se refere o caput, sem prejuízo da fixação voluntária, disposição na página da bolsa na rede mundial de computadores.
pela bolsa, de quantias superiores.
Art. 89. Devem ser encaminhadas mensalmente à CVM, até o 15º
Art. 81. O pedido de ressarcimento será formulado, devidamente (décimo quinto) dia do mês subseqüente, as demonstrações financeiras
fundamentado, à entidade administradora de mercado de bolsa em que não auditadas do mecanismo.
o intermediário a quem tiver sido dada a ordem ou entregue
numerário, valores mobiliários ou outros ativos seja pessoa autorizada
a operar. Subseção III
Despesas da Administração
§1º Quando o intermediário for pessoa autorizada a operar em mais
de uma bolsa, o pedido de ressarcimento deve ser dirigido àquela em Art. 90. Com a finalidade de ressarcir-se das despesas essenciais ao
que tenha ocorrido a operação que deu causa à reclamação. funcionamento do mecanismo de ressarcimento de prejuízos, a
entidade administradora de mercado de bolsa pode cobrar, por sua
§2º No caso de repasse da ordem, se não houver responsabilidade da administração, taxa aprovada previamente pela CVM.
sociedade que a repassou, cabe a esta, em conjunto com o investidor,
pleitear o ressarcimento do prejuízo.

Art. 82. A decisão sobre o pedido de ressarcimento deve ser Subseção IV


imediatamente comunicada às partes, contendo, no mínimo: Divulgação

I – os seus fundamentos; Art. 91. A entidade administradora de mercado de bolsa deve divulgar
amplamente aos investidores a existência, os objetivos e o modo de
II – valor e condições de pagamento da indenização devida ao funcionamento do mecanismo de ressarcimento de prejuízos.
reclamante; e

III – a indicação do responsável pelo prejuízo que enseja


ressarcimento. CAPÍTULO VII
MERCADOS DE BALCÃO ORGANIZADO
Parágrafo único. O reclamante pode apresentar recurso à CVM da
decisão que tiver negado o ressarcimento. Seção I
Características
Art. 83. No julgamento do recurso a que se refere o § único do art. 82,
a CVM pode determinar a realização de novas diligências e, inclusive, a Art. 92. O mercado de balcão organizado poderá operar por uma ou
tomada de depoimentos. mais das seguintes formas:

§1º A decisão da CVM deve ser exarada no prazo de 90 (noventa) I – como sistema centralizado e multilateral de negociação, definido no
dias, a contar do recebimento do recurso, observados os requisitos termos do parágrafo único do art. 65, e que possibilite o encontro e a
estabelecidos no art. 82 e seus incisos. interação de ofertas de compra e de venda de valores mobiliários;

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II – por meio da execução de negócios, sujeitos ou não à interferência II – dispensar a apresentação de documentos e informações constantes
de outras pessoas autorizadas a operar no mercado, tendo como do Anexo III quando elas não se mostrarem justificáveis pela
contraparte formador de mercado que assuma a obrigação de colocar ponderação, entre outros, dos seguintes fatores:
ofertas firmes de compra e de venda;
a) exigüidade da estrutura da entidade administradora;
III – por meio do registro de operações previamente realizadas.
b) número de pessoas autorizadas a operar;
Art. 93. Em mercado de balcão organizado, a negociação ou o registro
de operações previamente realizadas pode ocorrer sem a participação c) número e natureza dos investidores que tenham acesso ao mercado
direta de intermediário integrante do sistema de distribuição de valores de balcão organizado;
mobiliários, desde que neste caso, nos termos previstos no
d) volume de negócios; e
regulamento, a liquidação da operação seja assegurada
contratualmente pela entidade administradora do mercado de balcão e) porte e relevância do mercado.
organizado, ou, alternativamente, seja realizada diretamente entre as
partes da operação.
Seção IV
Organização dos Mercados de Balcão Organizado
Seção II
Regras de Negociação e de Registro Art. 101. As entidades administradoras de mercado de balcão
organizado estão dispensadas da observância:
Subseção I
Sistemas de Negociação I – das limitações à aquisição de participação no patrimônio ou capital
social de que tratam os arts. 33 e 34, assegurada, entretanto, a
Art. 94. Os ambientes ou sistemas de negociação do mercado de existência de instrumentos legais que assegurem o exercício do poder
balcão organizado deverão possuir características, procedimentos e de polícia da CVM sobre os acionistas, administradores e pessoas
regras de negociação, previamente estabelecidos e divulgados, que autorizadas a operar; e
permitam, permanentemente, a regular, adequada e eficiente formação
de preços, assim como a pronta realização e registro das operações II – da obrigatoriedade de existência do Comitê de Auditoria de que
realizadas. trata o art. 27.

Art. 95. Quando se tratar de sistema de negociação centralizado e Art. 102. O Conselho de Administração da entidade administradora de
multilateral, a formação de preços deverá se dar por meio da interação balcão organizado deve ser composto por, no mínimo, 25% (vinte e
de ofertas, em que seja dada precedência sempre à oferta que cinco por cento) de conselheiros independentes, como definido pelo art.
represente o melhor preço, respeitada a ordem cronológica de entrada 26.
das ofertas no sistema ou ambiente de negociação, ressalvados os
Art. 103. Sem prejuízo do disposto nos arts. 101 e 102, a CVM pode
casos de procedimentos especiais de negociação previstos em
fixar limites ao exercício do direito de voto em entidade administradora
regulamento.
de balcão organizado ou decidir pela aplicação de requisitos de
Art. 96. Quando se tratar de mercado em que sejam contrapartes independência a seus administradores, aplicando-se, neste caso, os
formadores de mercado, conforme descrito no inciso II do art. 92, sua critérios de análise estabelecidos no inciso II, parágrafo único, do art.
atuação deverá ser regulada e fiscalizada pela entidade administradora 100.
de mercado de balcão organizado, nos termos da regulamentação
específica da CVM para formadores de mercado.
Seção V
Art. 97. As regras de negociação do sistema de negociação do
Autorização para Operar em Mercado de Balcão Organizado
mercado de balcão organizado devem:
Art. 104. A admissão como pessoa autorizada a operar em mercado de
I – evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a
balcão organizado depende de autorização da entidade administradora,
criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores
aplicando-se o disposto nos arts. 71 e 72.
mobiliários negociados em seus ambientes;

II – assegurar igualdade de tratamento às pessoas autorizadas a operar


em seus ambientes, observadas as distinções entre categorias que Seção VI
venham a ser estipuladas em seu estatuto e regulamento; e Divulgação de Informações
III – evitar ou coibir práticas não-eqüitativas em seus ambientes. Art. 105. A entidade administradora do mercado de balcão organizado
deve tornar disponíveis informações sobre cada negócio realizado,
incluindo preço, quantidade e horário.
Subseção II
§1º As informações referidas no caput podem ser ou não divulgadas
Sistemas de Registro
de forma contínua durante os pregões, bem como de forma
Art. 98. As regras e procedimentos do mercado de balcão organizado individualizada ou agrupada por conjunto de operações, devendo a
que funcione como sistema de registro devem permitir à entidade política de divulgação da entidade ser previamente aprovada pela CVM,
administradora identificar e coibir modalidades de fraude ou que pode autorizar a divulgação diferida ou agrupada das informações
manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta referidas dependendo:
ou preço dos valores mobiliários.
I – do modelo de mercado de balcão organizado;
Art. 99. Os registros de operações previamente realizadas devem ser
II – do grau de padronização do ativo ou contrato negociado;
feitos por meio de sistemas ou com a adoção de procedimentos que
propiciem adequada informação sobre os preços das transações III – do fato de tratar-se ou não de segmento de mercado para
realizadas, inclusive quanto a sua eventual discrepância em relação a grandes lotes; e
padrões de negócios similares, sendo permitida a recusa de registro de
negócios discrepantes. IV – do tipo de investidor que tenha acesso ao segmento ou ao
mercado.

§2º O resumo das operações realizadas no mercado de balcão


Seção III organizado deve constar no seu boletim diário de informações, que será
Pedido de Registro disponibilizado em sua página na rede mundial de computadores.
Art. 100. O pedido à CVM de autorização para funcionamento do §3º Quando se tratar de mercado de registro, a política de divulgação
mercado de balcão organizado deve ser instruído com os documentos e de que trata o § 1º poderá dispor sobre formas e conteúdos
informações listados no Anexo III e deve observar os procedimentos alternativos de divulgação de operações que, a juízo da CVM, produzam
previstos no Capítulo VIII. efeito semelhante aos referidos neste artigo.
Parágrafo único. A CVM pode:

I – solicitar ao requerente elementos e informações complementares,


bem como realizar as investigações que considerar necessárias; e

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Seção VII §2º O prazo a que se refere o §1º pode ser interrompido uma única
Fiscalização e Supervisão dos Mercados de Balcão Organizado vez se a CVM solicitar ao requerente documentos e informações
adicionais relativos ao pedido de autorização, passando a fluir prazo de
Art. 106. A entidade administradora de mercado de balcão organizado 90 (noventa) dias, quando se tratar de mercado de bolsa, e 60
poderá adotar estruturas de auto-regulação diferentes das previstas no (sessenta dias), quando se tratar de mercado de balcão organizado, a
Capítulo IV, desde que: partir do cumprimento das exigências, para a manifestação final da
CVM.
I – mantenha órgãos encarregados da fiscalização e supervisão das
operações cursadas em seus ambientes e sistemas, e das pessoas §3º Para o atendimento das eventuais exigências a que se refere o §2º
autorizadas a neles operar; e será concedido prazo não superior a 60 (sessenta) dias.
II – observe , quanto aos órgãos de que trata o inciso I deste artigo, os
princípios da independência e da autonomia previstos no art. 37.
Seção III
Parágrafo único Os órgãos de fiscalização e supervisão referidos no Disposições Comuns às Seções Precedentes
caput devem elaborar e enviar à CVM os relatórios a que se referem os
arts. 44 e 45, na forma e nos prazos ali definidos. Art. 111. As autorizações de que tratam os arts. 109 e 110 serão
denegadas caso:
Art. 107. A CVM deve avaliar, em cada caso, a estrutura destinada ao
desempenho das funções previstas nesta Seção, podendo determinar I – o pedido não esteja instruído com os elementos necessários à sua
as alterações que se fizerem necessárias para garantir a confiabilidade apreciação, ou caso não sejam entregues os elementos e informações
do mercado em questão, valendo-se, para tanto, dos critérios de complementares solicitados;II – sejam identificadas informações falsas
análise descritos no parágrafo único, inciso II, do art. 100. ou inexatas nos documentos apresentados com o pedido, quando, pela
sua extensão ou conteúdo, se mostrarem relevantes para apreciação do
pedido de autorização;
Seção VIII III – o requerente não disponha dos meios humanos, técnicos e
Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos materiais, ou dos recursos financeiros adequados à administração do
mercado ou ao atendimento do disposto nesta Instrução; ou
Art. 108. Não é obrigatória a existência, em mercado de balcão
organizado, do mecanismo de ressarcimento de prejuízos previsto na IV – não sejam atendidas, em sua substância, as exigências formuladas
Seção VIII do Capítulo VI. pela CVM, ou seja verificado que não foram observados os requisitos e
condições estabelecidos nesta Instrução para constituição e
Parágrafo único. A entidade administradora de mercado de balcão
funcionamento do requerente, no caso do art. 109, ou para
organizado deve dar divulgação destacada, no material informativo
funcionamento do mercado, no caso do art. 110.
destinados ao público investidor, bem como em suas ações
publicitárias, à inexistência do mecanismo de ressarcimento referido no Parágrafo único. As denegações de que trata este artigo são passíveis
caput. de recurso ao Colegiado, na forma e no prazo estabelecidos na
regulamentação em vigor.

Art. 112. A CVM pode submeter a eficácia da autorização que vier a


CAPÍTULO VIII
conceder para funcionamento de entidade administradora de mercado
PROCEDIMENTOS
organizado, ou para funcionamento de mercado organizado, ao
Seção I implemento de eventos futuros, descritos na decisão que conceder a
Procedimento de Autorização para Entidade Administradora de autorização, a qual também deve indicar o prazo máximo para a
Mercado Organizado ocorrência dos referidos eventos, findo o qual, se não forem
implementados, a autorização deixará de vigorar.

Art. 113. As autorizações para funcionamento de entidade


Art. 109. O pedido de autorização para funcionamento como entidade administradora de mercado organizado, ou para funcionamento de
administradora de mercado organizado deve ser formulado mediante a mercado organizado, serão concedidas pela Superintendência de
apresentação de requerimento instruído com os documentos descritos Relações com Mercados e Intermediários – SMI, mas somente
no Anexo I, e necessariamente acompanhado de pedido de autorização produzirão efeito no prazo de 30 (trinta) dias após sua comunicação.
para funcionamento de mercado organizado, instruído com os
documentos descritos no Anexo II, quando se tratar de mercado de §1º Dentro do prazo previsto no caput, o Colegiado poderá confirmar a
bolsa, ou no Anexo III, quando se tratar de mercado de balcão autorização concedida, formular exigências adicionais ao requerente, ou
organizado. revogar a decisão de autorização.

§1º A autorização será considerada automaticamente concedida se o §2º No caso de o Colegiado formular novas exigências, como previsto
pedido não for denegado pela CVM dentro de 90 (noventa) dias a no §1º, o prazo para seu cumprimento não pode ser superior a 30
contar do protocolo de sua entrega. (trinta) dias, findos os quais o Superintendente deve informar ao
Colegiado o resultado do cumprimento das exigências, e o Colegiado
§2º O prazo a que se refere o §1º pode ser interrompido uma única decidirá, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, confirmando a
vez se a CVM solicitar ao requerente documentos e informações autorização, com ou sem emendas ou condições suspensivas, ou
adicionais relativos ao pedido de autorização, passando a fluir prazo de revogando-a.
90 (noventa) dias, a partir do cumprimento das exigências, para a
manifestação final da CVM. §3º Ao formular as exigências iniciais ao pedido de autorização para
funcionamento de entidade administradora de mercado organizado, ou
§3º Para o atendimento das eventuais exigências a que se refere o § para funcionamento de mercado organizado, o Superintendente as
2º deve ser concedido prazo não superior a 60 (sessenta) dias. enviará ao Colegiado, para conhecimento, dando conta do estágio do
processo na primeira reunião ordinária do Colegiado realizada após o
envio da informação.
Seção II
Procedimento de Autorização para Funcionamento de Mercado §4º O procedimento de que tratam as seções precedentes aplica-se
Organizado também à autorização de telas de acesso à negociação em bolsa
estrangeira prevista no art. 67.
Art. 110. O pedido de autorização para funcionamento de mercado
organizado deve ser formulado em conjunto com o pedido da entidade Art. 114. Na análise dos pedidos de autorização para funcionamento
administradora, na forma do art. 109, ou por entidade administradora de entidade administradora de mercado organizado, ou para
autorizada mediante a apresentação de requerimento instruído com os funcionamento de mercado organizado, a CVM deve privilegiar o
documentos descritos no Anexo II, quando se tratar de mercado de atendimento substancial das normas desta Instrução, sempre que as
bolsa, e no Anexo III, quando se tratar de mercado de balcão finalidades de tais normas puderem ser alcançadas por meios
organizado. alternativos, e substancialmente menos onerosos, que os aqui
estabelecidos.
§1º A autorização deve ser considerada automaticamente concedida se
o pedido não for denegado pela CVM dentro de 120 (cento e vinte)
dias, quando se tratar de mercado de bolsa, ou 90 (noventa) dias,
quando se tratar de mercado de balcão organizado, a contar do
protocolo de sua entrega.

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Seção IV §6º O disposto nesta seção aplica-se também à autorização de telas de


Procedimento de Cancelamento de Autorização acesso à negociação em bolsa estrangeira de que trata o art. 67.

Art. 115. A autorização para funcionamento de entidade


administradora ou para funcionamento de mercado organizado pode
ser cancelada: Seção V
Procedimentos relativos a Atos Dependentes de Aprovação
I – a pedido da entidade administradora de mercado organizado, por Prévia
meio de requerimento contendo suas justificativas, juntamente com
cópia da ata da assembléia geral que houver deliberado sobre a Art. 117. Sem exclusão de outras matérias previstas nesta Instrução,
matéria; estão sujeitos à aprovação prévia da CVM, para produzirem efeito:

II – pelo Colegiado da CVM, após processo administrativo em que I – as normas de funcionamento de mercados organizados de valores
sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, nas seguintes mobiliários, ou segmentos de mercados organizados de valores
hipóteses: mobiliários, bem como suas alterações;

a) se for constatado que a autorização para funcionamento foi obtida II – as alterações do estatuto social das entidades administradoras de
mediante declarações falsas ou outros meios ilícitos; mercado organizado;

b) se, em razão de fato superveniente devidamente comprovado, ficar III – as deliberações societárias e dos órgãos da administração que
evidenciado que a entidade ou o mercado autorizados não mais importem alteração substancial da organização da entidade
atendem a quaisquer dos requisitos e condições estabelecidos nesta administradora, do mercado organizado de valores mobiliários ou das
Instrução para a concessão da autorização; ou atividades de auto-regulação de mercados organizados de valores
mobiliários;
c) se ficar comprovado que a entidade deixou de acatar determinação
da CVM ou não tem capacidade para observar, e zelar pela IV – os procedimentos a serem observados pelo Departamento e pelo
observância, por parte das pessoas autorizadas a operar, de suas Conselho de Auto-Regulação das entidades administradoras de
regras e contratos, bem como da lei e da regulamentação da CVM; e mercados organizados de valores mobiliários na instauração e
tramitação dos processos administrativos disciplinares e na celebração
d) se a entidade autorizada não iniciar suas atividades no prazo dos termos de compromisso; e
estabelecido em seu pedido de autorização.
V – caso existente, o regulamento disciplinando o funcionamento do
Art. 116. O processo referido no art. 115, II, deve observar o seguinte mecanismo de ressarcimento de prejuízos (art. 78).
procedimento:
§1º Nas matérias de que trata este artigo, o prazo para aprovação pela
I – a SMI, após analisar os elementos de prova que julgar necessários, CVM é de 20 (vinte) dias úteis contados da data de apresentação do
deve intimar a entidade administradora do mercado organizado a respectivo requerimento ou da alteração do estatuto social, conforme o
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por no caso, ou da prestação de esclarecimentos ou informações
máximo 10 (dez) dias, indicando, na intimação: complementares solicitados pela CVM.

a) que se trata de processo que pode resultar no cancelamento de §2º Após o cumprimento de exigências, que poderão ser formuladas
autorização, na forma desta Seção; uma única vez, com prazo máximo de 10 (dez) dias úteis para
cumprimento, a CVM terá prazo de 10 (dez) dias úteis para se
b) a autorização, ou autorizações, que podem ser canceladas por força manifestar, contados da apresentação do respectivo requerimento ou
do processo; e da prestação de esclarecimentos ou informações complementares
solicitadas.
c) detalhadamente, as falhas ou omissões da entidade administradora,
dentre as descritas no inciso II do art. 115. §3º Caso a CVM não se manifeste sobre o pedido ou o cumprimento
das exigências nos prazos referidos nos §§ 1º e 2º deste artigo, os
II – a entidade administradora de mercado organizado, no prazo para a
documentos apresentados serão considerados aprovados.
resposta, poderá:
§4º O disposto neste artigo não se aplica às alterações oriundas de
a) contestar as alegações da SMI ou justificar a desnecessidade da
determinações de outros órgãos públicos, em relação a matérias não
adoção das providências por ela determinadas; ou
abrangidas pela competência legal da CVM.
b) solicitar prazo, não superior a 60 (sessenta) dias, para cumprimento
das exigências formuladas ou suprimento das deficiências apontadas
pela SMI. CAPÍTULO IX
COMPETÊNCIA DA CVM
III – a SMI, no prazo de 10 (dez) dias, deve decidir o feito:

a) acolhendo as alegações da entidade administradora;


Art. 118. Além das competências descritas nesta Instrução, a CVM
b) concedendo o prazo solicitado para cumprimento das exigências
pode, em relação a quaisquer dos mercados regulamentados de que
formuladas ou suprimento das deficiências; ou
trata esta Instrução:
c) cancelando a autorização para funcionamento de mercado ou da
I – suspender a execução de normas adotadas pelos mercados
entidade administradora, conforme o caso.
organizados de valores mobiliários, se julgadas inadequadas ao seu
§1º Da decisão referida no inciso III, “c”, cabe recurso ao Colegiado, funcionamento, e determinar a adoção daquelas que considere
no prazo de 15 (quinze) dias, com efeito suspensivo. necessárias;

§2º O Colegiado decidirá o recurso em no máximo 5 (cinco) sessões II – sustar a aplicação de decisões tomadas pelos mercados
ordinárias após sua distribuição a Relator. organizados de valores mobiliários, no todo ou em parte, especialmente
quando se trate de proteger os interesses dos investidores;
§3º O processo sancionador contra administradores, sócios
controladores ou demais responsáveis pela entidade administradora ou III – cancelar os negócios realizados, e ainda não liquidados, em
pelo mercado organizado, com base nos mesmos fatos que derem mercados regulamentados, ou determinar às entidades de
origem ao processo de que trata o art. 115, não pode ser iniciado antes compensação e liquidação a suspensão da sua liquidação, nos casos de
da decisão final deste último. operações que possam configurar infrações a normas legais e
regulamentares;
§4º O processo de que trata o art. 115 deve ser necessariamente
antecedido de pelo menos uma intimação, com prazo de no mínimo 30 IV – decretar o recesso de mercado organizado de valores mobiliários,
(trinta) dias para cumprimento, em que a SMI indique as providências com o fim de prevenir ou corrigir situações anormais de mercado,
que julga necessárias por parte da entidade administradora de mercado definidas na regulamentação vigente;
organizado.
V – suspender ou cassar a autorização de funcionamento do mercado
§5º O cancelamento de autorização para funcionamento de entidade organizado de valores mobiliários;
administradora importa o cancelamento da autorização para
VI – determinar ao mercado organizado de valores mobiliários, em
funcionamento de todos os mercados por ela administrados.
caráter preventivo, o imediato afastamento de conselheiros ou diretores

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quando houver indício de cometimento de infração incompatível com o de 1996; arts. 2º a 7º, caput e §1º do art. 8º, arts. 10, 13, 15 e 16 da
exercício do cargo para o qual tenham sido eleitos ou nomeados, até a Instrução CVM nº 297, de 18 de dezembro de 1998; o parágrafo único
conclusão do respectivo processo administrativo, que deve ser do art. 1º e o art. 3º da Instrução CVM nº 202, de 06 de dezembro de
concluído na CVM no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da 1993; e a Deliberação CVM nº 20, de 15 de fevereiro de 1985.
apresentação das defesas, após o que o administrador em questão
pode ser reintegrado em suas funções, se for o caso; Art. 124. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

VII – determinar ao mercado organizado de valores mobiliários a


suspensão das atividades de membros e pessoas autorizadas a operar, Original assinado por
que estejam relacionadas aos negócios realizados em seus ambientes e
MARIA HELENA DOS SANTOS FERNANDES DE SANTANA
sistemas, ou o imediato afastamento de seus administradores do Presidente
exercício de funções nesse âmbito, quando houver indício de
cometimento de infração incompatível com o exercício de sua atividade
em mercado organizado, até a conclusão do respectivo processo
administrativo, que deve ser concluído na CVM no prazo de 120 (cento
e vinte) dias; ANEXO I

VIII – determinar o refazimento das demonstrações financeiras da DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO
entidade administradora de mercado organizado de valores mobiliários PARA FUNCIONAMENTO COMO ENTIDADE ADMINISTRADORA
que estiverem em desacordo com a Lei nº 6.404/, de 1976 e DE MERCADO ORGANIZADO
regulamentação aplicável;

IX – apurar a responsabilidade, por meio de processo administrativo, da


I –Atos constitutivos e modificações posteriores, devidamente
entidade administradora de mercado organizado de valores mobiliários
atualizados e revestidos das formalidades legais.
que não tenha providenciado a recomposição dos recursos do
mecanismo de ressarcimento de prejuízos, quando existente, no prazo II – Demonstrações financeiras consolidadas, elaboradas de acordo
de 60 (sessenta) dias, contados a partir do dia em que esse saldo com a Lei nº 6.404/76 e demais normas editadas pela CVM, e
tenha se tornado inferior ao valor mínimo fixado no regulamento; auditadas por auditor independente registrado na CVM, relativas aos
três últimos exercícios sociais.
X - recusar a aprovação de regras ou procedimentos, ou exigir
alterações, sempre que os considere insuficientes para o adequado III – Comprovação da integralização do patrimônio ou do capital social.
funcionamento do mercado organizado de valores mobiliários, ou
contrários a disposição legal ou regulamentar. IV – Estudo de viabilidade que evidencie sua capacidade econômica e
financeira de cumprir o objeto social, com descrição dos meios
Art. 119. O descumprimento às normas desta Instrução configura humanos, técnicos e materiais afetos ao exercício de suas atividades.
infração grave para os efeitos do § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385, de
1976. V – Relatório descritivo abordando os seguintes pontos:

a) procedimentos, estruturas e, quando cabível, controles de risco que


assegurem o atendimento às normas legais;
CAPITULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS b) estrutura de governança da entidade administradora;

Seção I c) procedimentos de auditoria interna;


Notificações Judiciais
d) organograma funcional da entidade administradora, contendo
Art. 120. As notificações judiciais referentes a valores mobiliários ou indicação do número de pessoas afetas a cada área ou função, bem
outros ativos destruídos, desaparecidos ou indevidamente retidos como informação quanto ao tipo de qualificações requeridas;
devem ser arquivadas pelas entidades administradoras do mercado
organizado de valores mobiliários respectivo, de maneira a permitir fácil e) estrutura de fiscalização e supervisão prevista no Capítulo IV, ou no
acesso e verificação, quando necessário, devendo ainda ser divulgadas, art. 111 quando se tratar de entidade administradora de mercado de
para conhecimento das pessoas autorizadas a operar e das demais balcão organizado, incluindo nome e qualificações dos ocupantes de
entidades administradoras de mercado organizado de valores cargos executivos; e
mobiliários, preservando-se o sigilo dos envolvidos. f) programa anual de auto-regulação e recursos humanos e materiais
disponíveis para sua execução.VI – Relação dos integrantes do
Conselho de Administração, Diretoria, Conselho de Auto-Regulação e
Seção II Diretor do Departamento de Auto-Regulação, descrevendo, para cada
Publicação dos Atos Normativos um deles:

Art. 121. Os atos normativos, resoluções e deliberações relativas aos a) nome, cargo, prazo de início e término de mandato;
mercados organizados de valores mobiliários devem ser publicados no
boletim oficial da entidade administradora e na sua página na rede b) experiência e qualificações profissionais e acadêmicas para o
mundial de computadores. exercício dos respectivos cargos;

c) documento ou declaração comprobatória do preenchimento dos


requisitos exigidos por esta Instrução; e
Seção III
Adaptação à Instrução d) atividades e setores que estejam sob sua responsabilidade.

Art. 122. As entidades administradoras de mercado organizado de VII – Caso se trate de entidade administradora organizada como
valores mobiliários atualmente autorizadas pela CVM a funcionar, em sociedade anônima, relatório indicando todos os acionistas que
caráter definitivo ou precário, deverão adaptar seu estatuto social e detenham, direta ou indiretamente, 5% ou mais de qualquer espécie ou
suas normas e as normas dos mercados por elas administrados às classe de valores mobiliários de sua emissão. Caso se trate de entidade
disposições desta Instrução, no prazo máximo de 270 (duzentos e administradora organizada sob forma associativa, relatório daqueles
setenta) dias, a contar de sua vigência. (Artigo com redação dada pela que tenham contribuído, ou que tenham direito ao recebimento, em
Instrução CVM nº 468, de 18 de abril de 2008). caso de liquidação, de 5% ou mais do seu patrimônio. Em ambos os
casos, deverá constar do relatório, para cada uma das pessoas ali
Parágrafo único. As autorizações precárias ou condicionais hoje relacionadas:
existentes para entidades administradoras de mercado organizado
ficam convoladas em definitivas, sem prejuízo do disposto no caput. a) denominação social completa;

Art. 123. Ficam revogadas as Instruções CVM nº 42, de 28 de fevereiro b) número de ações e outros valores mobiliários ou quantidade de
de 1985; nº 179, de 13 de fevereiro de 1992, nº 184, de 19 de março títulos patrimoniais de sua titularidade;
de 1992; nº 203, de 07 de dezembro de 1993; nº 263, de 21 de maio c) participação social aproximada;
de 1997; nº 344, de 17 de agosto de 2000; nº 362, de 05 de março de
2002; nº 379, de 12 de novembro de 2002; o art. 6º da Instrução nº d) a existência ou não de vínculo de controle; e
312, de 13 de agosto de 1999; os arts. 1 a 14 e 17 da Instrução nº
243, de 1º de março de 1996; Instrução CVM nº 250, de 14 de junho e) informação sobre a existência de acordos de acionistas.

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VIII – Código de Conduta aplicável ao quadro funcional e diretivo da ANEXO IV


entidade administradora e aos integrantes do Departamento e Conselho
de Auto-Regulação. DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PELOS
PRETENDENTES AOS CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO E
FISCALIZAÇÃO EM MERCADOS ORGANIZADOS

ANEXO II

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO I – Qualificação completa;


PARA FUNCIONAMENTO DE MERCADO DE BOLSA
II – Descrição completa de sua experiência profissional, mencionando
as atividades profissionais anteriormente desempenhadas, bem como
as qualificações profissionais e acadêmicas;
I – Regulamentos, contratos e demais documentos que disciplinem:
III – Tipo de relação profissional pretendida com a entidade
a) a negociação em seus ambientes e sistemas; administradora de mercado organizado;
b) a listagem, suspensão e exclusão de emissores ou de valores IV – Informações sobre condenações, ainda que não transitadas em
mobiliários admitidos à negociação; e julgado, em processos disciplinares e judiciais, neste último caso
relativos a matérias ligadas aos mercados financeiro e de capitais.
c) a admissão, suspensão e exclusão de pessoas interessadas em
operar, inclusive com os critérios e condições aplicáveis em cada caso,
bem como de seus representantes com acesso aos ambientes e
sistemas de negociação;

d) contraprestações cobradas;

e) mecanismo de ressarcimento de prejuízos.

II – Relatório descritivo abordando os meios de acesso ao mercado e


horários de negociação.

III – Relatório descritivo, auditado por auditor independente registrado


na CVM:

a) dos sistemas de negociação, de registro e de duplicação de


informações;

b) do sistema de liquidação, e respectivo sistema de duplicação de


informações, caso a entidade administradora do mercado de bolsa seja
autorizada pela CVM a executar a atividade diretamente, ou
apresentação de contrato com entidade de compensação e liquidação
autorizada pela CVM.

IV - Código de conduta aplicável às pessoas autorizadas a operar e


seus representantes com acesso aos ambientes e sistemas de
negociação.

V – Informação sobre as sociedades coligadas ou controladas pela


entidade administradora do mercado de bolsa, ou com as quais esta
entidade mantenha relação, contratual ou de outra natureza, relativa à
operação dos sistemas utilizados nas negociações cursadas em seus
ambientes e na liquidação dos negócios, se for o caso.

VI – Tão logo esteja disponível, relação, em ordem alfabética, de todas


as pessoas autorizadas a operar no mercado de bolsa, bem como de
seus representantes, incluindo as seguintes informações:

a) nome;

b) data de concessão da autorização para operar ou da permissão para


atuar como seu representante com acesso aos ambientes e sistemas de
negociação, informando neste caso o nome da instituição à qual está
ligado e a natureza do vínculo mantido;

c) endereço e telefone da sede social;

d) descrição das atividades desenvolvidas pela pessoa autorizada a


operar;

e) categoria associativa ou de autorização concedida.

VII – Tão logo esteja disponível, relação e descrição dos valores


mobiliários admitidos à negociação, com indicação do emissor, quando
couber.

ANEXO III

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO


PARA FUNCIONAMENTO DE MERCADO DE BALCÃO
ORGANIZADO

I – Todos os documentos exigidos no Anexo II, com exceção da letra


“e” do item I.

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DECRETO Nº 3.859, DE 4 DE JULHO DE 2001 Art. 5o A LFT-B terá as seguintes características:


Estabelece as características dos Títulos da Dívida I - prazo: até quinze anos;
Pública Mobiliária Federal Interna.
II - forma de colocação: direta, em favor do interessado;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista III - valor nominal na data-base: R$ 1.000,00 (mil reais);
o disposto na Lei no 10.179, de 6 de fevereiro de 2001, e na IV - rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos
Lei no 9.711, de 20 de novembro de 1998, diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de
DECRETA: Custódia - SELIC para títulos públicos federais, divulgada pelo
Banco Central do Brasil;
Art. 1o As Letras do Tesouro Nacional - LTN terão as seguintes
características: V - resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo
rendimento, desde a data-base do título.
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
da emissão do título; Art. 6o As Notas do Tesouro Nacional - NTN poderão ser
emitidas em dez séries distintas: NTN Série A - NTN-A; NTN
II - modalidade: nominativa; Série B - NTN-B; NTN Série C - NTN-C; NTN Série D - NTN-D;
NTN Série F - NTN-F; NTN Série H - NTN-H; NTN Série I -
III - valor nominal: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais); NTN-I; NTN Série M - NTN-M; NTN Série P - NTN-P; e NTN
IV - rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal; Série R, Sub-série 2 - NTN-R2.

V - resgate: pelo valor nominal, na data de vencimento. Art. 7o A NTN-A, a ser utilizada nas operações de troca por
"Brazil Investment Bonds - BIB", de acordo com o inciso III do
Art. 2o As Letras Financeiras do Tesouro-LFT terão as art. 1o da Lei no 10.179, de 2001, e pelos demais títulos
seguintes características: emitidos em decorrência de acordos de reestruturação da
dívida externa brasileira, e para fins de substituição das Notas
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
do Tesouro Nacional Série L - NTN-L, existentes junto ao
da emissão do título;
Banco Central do Brasil, até o limite da obrigação decorrente
II - modalidade: nominativa; do "Multi-Year Deposit Facility Agreement - MYDFA", conforme
disposto no art. 6o da Medida Provisória no 2.179-34, de 28 de
III - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil junho de 2001, será emitida em nove sub-séries distintas:
reais); NTN-A1, NTN-A3, NTN-A4, NTN-A5, NTN-A6, NTN-A7, NTN-A8,
IV - rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos NTN-A9 e NTN-A10.
diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de § 1o A NTN-A1, a ser utilizada nas operações de troca por
Custódia - SELIC para títulos públicos federais, divulgada pelo "Brazil Investment Bonds - BIB", terá as seguintes
Banco Central do Brasil, calculada sobre o valor nominal; características:
V - resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo I - prazo: até dezesseis anos, observado o cronograma
rendimento, desde a data-base do título. remanescente de vencimento do BIB utilizado na operação de
Art. 3o As Letras Financeiras do Tesouro destinadas ao troca;
cumprimento dos contratos de assunção pela União das II - taxa de juros: seis por cento ao ano, calculada sobre o
dívidas de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal, valor nominal atualizado;
nos termos da Lei no 9.496, de 11 de setembro de 1997, bem
como das operações relativas à redução da presença do setor III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
público estadual na atividade financeira bancária nos termos podendo ser ao par, com ágio ou deságio;
da Medida Provisória no 2.192-68, de 28 de junho de 2001,
IV - modalidade: nominativa;
poderão ser emitidas em duas séries distintas: Letras
Financeiras do Tesouro Série A - LFT-A e Letras Financeiras do V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
Tesouro Série B - LFT-B. reais);
Parágrafo único. Poderão também ser emitidas Letras VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
Financeiras do Tesouro Série B - LFT-B, para o cumprimento venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
dos contratos de assunção pela União das dívidas de câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
responsabilidade dos Municípios, nos termos da Medida sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
Provisória no 2.185-33, de 28 de junho de 2001. anterior à data-base e à data do vencimento do título;
Art. 4o A LFT-A terá as seguintes características: VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de
março e setembro, com ajuste no primeiro período de fluência,
I - prazo: até quinze anos;
quando couber;
II - forma de colocação: direta, em favor do interessado;
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas
III - valor nominal na data-base: R$ 1.000,00 (mil reais); para o pagamento do BIB que originou a operação de troca,
com ajuste no primeiro período de fluência, quando couber.
IV - rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos
diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de § 2o A NTN-A3, a ser utilizada nas operações de troca por "Par
Custódia - SELIC para títulos públicos federais, divulgada pelo Bond", terá as seguintes características:
Banco Central do Brasil, acrescida de 0,0245% a.m.;
I - prazo: até vinte e sete anos, observado o cronograma
V - resgate do principal: em até cento e oitenta parcelas remanescente de vencimento do "Par Bond" utilizado na
mensais e consecutivas, vencendo a primeira no mês seguinte operação de troca;
ao da emissão, sendo cada uma delas de valor correspondente
II - taxa de juros, calculada sobre o valor nominal atualizado,
ao resultado obtido pela divisão do saldo remanescente,
da seguinte forma:
atualizado e capitalizado, na data do vencimento de cada uma
das parcelas pelo número de parcelas vincendas, inclusive a a) até 14 de abril de 1998: cinco inteiros e vinte e cinco
que estiver sendo paga. centésimos por cento ao ano;

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b) de 15 de abril de 1998 a 14 de abril de 1999: cinco inteiros a) até 14 de abril de 1998: quatro inteiros e cinco décimos por
e cinco décimos por cento ao ano; cento ao ano;
c) de 15 de abril de 1999 a 14 de abril de 2000: cinco inteiros b) de 15 de abril de 1998 a 14 de abril de 1999: cinco por
e setenta e cinco centésimos por cento ao ano; cento ao ano;
d) de 15 de abril de 2000 até o vencimento: seis por cento ao c) de 15 de abril de 1999 a 14 de abril de 2000: cinco por
ano; cento ao ano;
III - forma de colocação: direta, em favor do interessado, d) de 15 de abril de 2000 até o vencimento: "LIBOR"
podendo ser ao par, com ágio ou deságio; semestral, divulgada pelo Banco Central do Brasil, sendo
considerada a taxa referente ao segundo dia útil anterior ao
IV - modalidade: nominativa; da repactuação, acrescida de "spread" de oito mil, cento e
V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil vinte e cinco décimos de milésimos por cento ao ano,
reais); respeitado o limite de doze por cento ao ano;

VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de podendo ser ao par, com ágio ou deságio;
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, IV - modalidade: nominativa;
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
anterior à data-base e à data do vencimento do título; V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
reais);
VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril
e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
couber; venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
para o pagamento do "Par Bond" que originou a operação de anterior à data-base e à data do vencimento do título;
troca, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
couber. VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril
o e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
§ 3 A NTN-A4, a ser utilizada nas operações de troca por couber;
"Discount Bond", terá as seguintes características:
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas
I - prazo: até vinte e sete anos, observado o cronograma para o pagamento do "FLIRB" que originou a operação de
remanescente de vencimento do "Discount Bond" utilizado na troca, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
operação de troca; couber.
II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco § 5o A NTN-A6, a ser utilizada nas operações de troca por
Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao "Front Loaded Interest Reduction Bond With Capitalization - C-
segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de Bond", terá as seguintes características:
"spread" de oito mil, cento e vinte e cinco décimos de
milésimos por cento ao ano, calculada sobre o valor nominal I - prazo: até dezessete anos, observado o cronograma
atualizado, respeitado o limite de doze por cento ao ano; remanescente de vencimento do C-Bond utilizado na operação
de troca;
III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
podendo ser ao par, com ágio ou deságio; II - taxa de juros, calculada sobre o valor nominal atualizado
da seguinte forma:
IV - modalidade: nominativa;
a) até 14 de abril de 1998: quatro inteiros e cinco décimos por
V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil cento ao ano;
reais);
b) de 15 de abril de 1998 a 14 de abril de 2000: cinco por
VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de cento ao ano;
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, c) de 15 de abril de 2000 até o vencimento: oito por cento ao
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente ano;
anterior à data-base e à data do vencimento do título;
d) a diferença entre as taxas de juros vigentes até 14 de abril
VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril de 2000 e a taxa de oito por cento ao ano será capitalizada
e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando nas datas de pagamento;
couber;
III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas podendo ser ao par, com ágio ou deságio;
para o pagamento do "Discount Bond" que originou a
operação de troca, com ajuste no primeiro período de fluência, IV - modalidade: nominativa;
quando couber. V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
§ 4o A NTN-A5, a ser utilizada nas operações de troca por reais);
"Front Loaded Interest Reduction Bond - FLIRB", terá as VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
seguintes características: venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
I - prazo: até doze anos, observado o cronograma câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
remanescente de vencimento do FLIRB utilizado na operação sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
de troca; anterior à data-base e à data do vencimento do título;

II - taxa de juros, calculada sobre o valor nominal atualizado, VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril
da seguinte forma: e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
couber;

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VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas § 8o A NTN-A9, a ser utilizada nas operações de troca por
para o pagamento do "C-Bond" que originou a operação de "Eligible Interest Bond - EIBond", terá as seguintes
troca, com ajuste no primeiro período de fluência, quando características:
couber.
I - prazo: até nove anos, observado o cronograma
§ 6o A NTN-A7, a ser utilizada nas operações de troca por remanescente de vencimento do EIBond utilizado na operação
"Debt Conversion Bond - DCB", terá as seguintes de troca;
características:
II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco
I - prazo: até quinze anos, observado o cronograma Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao
remanescente de vencimento do DCB utilizado na operação de segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de
troca; "spread" de oito mil, cento e vinte e cinco décimos de
milésimos por cento ao ano, calculada sobre o valor nominal
II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco atualizado, respeitado o limite de doze por cento ao ano;
Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao
segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
"spread" de oitocentos e setenta e cinco milésimos por cento podendo ser ao par, com ágio ou deságio;
ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado, respeitado
o limite de doze por cento ao ano; IV - modalidade: nominativa;

III - forma de colocação: direta, em favor do interessado, V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
podendo ser ao par, com ágio ou deságio; reais);

IV - modalidade: nominativa; VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de


venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
reais); sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
anterior à data-base e à data do vencimento do título;
VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente couber;
anterior à data-base e à data do vencimento do título;
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas
VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril para o pagamento do "EIBond" que originou a operação de
e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando troca, com ajuste no primeiro período de fluência, quando
couber; couber.
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas § 9o A NTN-A10, a ser emitida para fins de substituição das
para o pagamento do "DCB" que originou a operação de troca, NTN-L existentes junto ao Banco Central do Brasil, até o limite
com ajuste no primeiro período de fluência, quando couber. da obrigação decorrente do "MYDFA", terá as seguintes
características:
§ 7o A NTN-A8, a ser utilizada nas operações de troca por
"New Money Bond - NMB", terá as seguintes características: I - prazo: até nove anos, observado o cronograma
remanescente de vencimentos do MYDFA;
I - prazo: até doze anos, observado o cronograma
remanescente de vencimento do NMB utilizado na operação de II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco
troca; Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao
segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de
II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco "spread" de oito mil, cento e vinte e cinco décimos de
Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao milésimos por cento ao ano, calculada sobre o valor nominal
segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de atualizado, respeitado o limite de doze por cento ao ano;
"spread" de oitocentos e setenta e cinco milésimos por cento
ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado, respeitado III - forma de colocação: direta, em favor do interessado;
o limite de doze por cento ao ano;
IV - modalidade: nominativa e inegociável;
III - forma de colocação: direta, em favor do interessado,
podendo ser ao par, com ágio ou deságio; V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
reais);
IV - modalidade: nominativa;
VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
reais); câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de anterior à data-base e à data do vencimento do título;
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente março e setembro, com ajuste no primeiro período de fluência,
anterior à data-base e à data do vencimento do título; quando couber;
VII - pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de abril VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas
e outubro, com ajuste no primeiro período de fluência, quando para o pagamento do MYDFA, com ajuste no primeiro período
couber; de fluência, quando couber.
VIII - resgate do principal: nas mesmas condições observadas Art.8o A NTN-B terá as seguintes características:
para o pagamento do NMB que originou a operação de troca,
com ajuste no primeiro período de fluência, quando couber. I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
da emissão do título;

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II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano, da emissão do título;
calculada sobre o valor nominal atualizado;
II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da
III - modalidade: nominativa; Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano,
calculada sobre o valor nominal;
IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
reais); III - modalidade: nominativa;
V - atualização do valor nominal: pela variação do Índice IV - valor nominal: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês
anterior, divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de V - rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal;
Geografia e Estatística - IBGE, desde a data-base do título; VI - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do
VI - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo no primeiro período de fluência, quando couber. O
prazo no primeiro período de fluência, quando couber. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa
primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis meses, independentemente da data
integral definida para seis meses, independentemente da data de emissão do título;
de emissão do título; VII - resgate: pelo valor nominal, na data do seu vencimento.
VII - resgate do principal: em parcela única, na data do seu Art. 12. A NTN-H terá as seguintes características:
vencimento.
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
Art.9o A NTN-C terá as seguintes características: da emissão do título;
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando II - modalidade: nominativa;
da emissão do título;
III - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da reais);
Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano,
calculada sobre o valor nominal atualizado; IV - atualização do valor nominal: por índice calculado com
base na Taxa Referencial - TR, divulgada pelo Banco Central
III - modalidade: nominativa; do Brasil, desde a data-base até a data do vencimento do
IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil título;
reais); V - resgate do principal: em parcela única, na data do seu
V - atualização do valor nominal: pela variação do Índice Geral vencimento.
de Preços - Mercado - IGP-M do mês anterior, divulgado pela Art. 13. A NTN-I, a ser utilizada exclusivamente na captação
Fundação Getúlio Vargas, desde a data-base do título; de recursos para o pagamento de equalização das taxas de
VI - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do juros dos financiamentos à exportação de bens e serviços
prazo no primeiro período de fluência, quando couber. O nacionais amparados pelo Programa de Financiamento às
primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa Exportações - PROEX, de que trata a Lei no 10.184, de 12 de
integral definida para seis meses, independentemente da data fevereiro de 2001, quando previsto na Lei Orçamentária Anual,
de emissão do título; terá as seguintes características:

VII - resgate do principal: em parcela única, na data do seu I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
vencimento. da emissão do título;

Art. 10. A NTN-D terá as seguintes características: II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da
Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano,
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando calculada sobre o valor nominal;
da emissão do título;
III - modalidade: nominativa e inegociável, observado o
II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da disposto no § 1o deste artigo;
Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano,
calculada sobre o valor nominal atualizado; IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1,00 (um
real);
III - modalidade: nominativa;
V - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
reais); câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
V - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de anterior à data-base e à data do vencimento do título;
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, VI - resgate do principal e pagamento dos juros: até a data de
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente vencimento da correspondente parcela de juros do
anterior à data-base e à data do vencimento do título; financiamento à exportação.
VI - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do § 1o As NTN-I emitidas a partir de janeiro de 1998 serão
prazo no primeiro período de fluência, quando couber. O negociáveis, mantidas suas demais características.
primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa
integral definida para seis meses, independentemente da data § 2o A emissão da NTN-I será realizada após a comprovação
de emissão do título; pela instituição beneficiária da equalização ou por seu
representante legal:
VII - resgate do principal: em parcela única, na data do seu
vencimento. I - nas operações com recursos em moeda estrangeira: do
embarque das mercadorias, bem como da liquidação dos
Art. 11. A NTN-F terá as seguintes características: contratos de câmbio relativos à totalidade do valor da
exportação, na modalidade International Commercial Terms -
INCOTERMS negociada;

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II - nos financiamentos concedidos com recursos em moeda mobiliária federal de emissão do Tesouro Nacional e para
nacional: do embarque das mercadorias, do crédito em conta custear programas e projetos na área da ciência e tecnologia,
corrente bancária titulada pelo exportador dos valores em da saúde, da defesa nacional, da segurança pública e do meio
moeda nacional correspondentes ao montante negociado, bem ambiente, aprovados pelo Presidente da República.
como da liquidação dos contratos de câmbio de exportação
relativos à parcela não financiada. § 2o Os detentores das NTN-P poderão utilizá-las, ao par,
mediante expressa anuência do credor, para:
Art. 14. A NTN-M, a ser adquirida com os recursos decorrentes
das capitalizações realizadas ao amparo do Contrato de Troca I - pagamento de dívidas próprias vencidas ou vincendas para
e Subscrição do Bônus de Dinheiro Novo e de Conversão de com a União ou com entidades integrantes da Administração
Dívida, datado de 29 de novembro de 1993, terá as seguintes Pública Federal;
características: II - pagamento de dívidas de terceiros vencidas ou vincendas
I - prazo: quinze anos; para com a União ou com entidades integrantes da
Administração Pública Federal, mediante expressa autorização
II - taxa de juros: "LIBOR" semestral, divulgada pelo Banco do Ministro de Estado da Fazenda e dos Ministros de Estado
Central do Brasil, sendo considerada a taxa referente ao sob cuja supervisão se encontrem as entidades envolvidas;
segundo dia útil anterior ao da repactuação, acrescida de
"spread" de oitocentos e setenta e cinco milésimos por cento III - transferência, a qualquer título, para entidade integrante
ao ano, calculada sobre o valor nominal atualizado, até o da Administração Pública Federal.
limite de doze por cento ao ano; § 3o Observados os privilégios legais, terão preferência, para
III - forma de colocação: direta, em favor do interessado e efeito de pagamento, as dívidas vencidas com o Tesouro
mediante expressa autorização do Ministro de Estado da Nacional, ou aquelas decorrentes de avais honrados pela
Fazenda, não podendo ser por valor inferior ao par, em União.
quantidade equivalente ao necessário para atender à demanda § 4o O disposto no § 2o não se aplica às dívidas de origem
decorrente do Contrato de Troca e Subscrição do Bônus de tributária para com a Fazenda Nacional.
Dinheiro Novo e de Conversão da Dívida, datado de 29 de
novembro de 1993; § 5o Nas operações a que se refere este artigo, a NTN-P será
recebida ao par, valorizada "pro rata" dias úteis.
IV - modalidade: nominativa e inegociável;
§ 6o É vedada a utilização das NTN-P como meio de
V - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil pagamento para aquisição de bens e direitos alienados no
reais); âmbito do PND.
VI - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de § 7o Os conselhos de administração ou órgãos competentes
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de das sociedades de economia mista, das empresas públicas e
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil, de outras entidades da Administração Federal, titulares de
sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente ações e bens alienados de acordo com o PND, adotarão as
anterior à data-base e à data do vencimento do título; providências necessárias no sentido de que os recursos
VII - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste no recebidos em moeda corrente, pela alienação daqueles bens,
primeiro período de fluência, quando couber; sejam aplicados na aquisição das NTN-P.

VIII - resgate do principal: em dezessete parcelas semestrais e § 8o Para efeito do disposto no parágrafo anterior, os recursos
consecutivas, a partir do sétimo aniversário, a contar de 15 de em moeda corrente recebidos pelos alienantes de ações, bens
abril de 1994, inclusive. e direitos no âmbito do PND serão atualizados pela taxa de
remuneração das aplicações realizadas, por intermédio do
Parágrafo único. A NTN-M poderá ser utilizada, ao par, como Banco Central do Brasil, pelas empresas abrangidas pelo
meio de pagamento para aquisição de bens e direitos Decreto-Lei no 1.290, de 3 de dezembro de 1973, desde a data
alienados no âmbito do Programa Nacional de Desestatização - da liquidação financeira do respectivo leilão de privatização até
PND, nos termos da Lei no 9.491, de 9 de setembro de 1997. a data da aquisição da NTN-P, na forma deste Decreto.
Art. 15. A NTN-P, a ser emitida para atender ao disposto no Art. 16. A NTN-R2, a ser utilizada para fins de aquisição por
inciso II do art. 1o da Lei no 10.179, de 6 de fevereiro de 2001, parte das entidades fechadas de previdência privada que
terá as seguintes características: tenham por patrocinadoras, exclusivas ou não, empresas
públicas, sociedades de economia mista, federais ou estaduais,
I - prazo: mínimo de quinze anos, a contar da data da autarquias, inclusive as de natureza especial, e fundações
liquidação financeira da alienação ocorrida no âmbito do PND; instituídas pelo Poder Público, terá as seguintes
II - taxa de juros: seis por cento ao ano, calculada sobre o características:
valor nominal atualizado; I - prazo: dez anos;
III - modalidade: nominativa e inegociável, observado o II - taxa de juros: doze por cento ao ano, calculada sobre o
disposto no § 2o deste artigo; valor nominal atualizado;
IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1,00 (um III - modalidade: nominativa;
real);
IV - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil
V - atualização do valor nominal: por índice calculado com reais);
base na TR, divulgada pelo Banco Central do Brasil, desde a
data-base até a data do vencimento do título; V - atualização do valor nominal: pela variação da cotação de
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de
VI - pagamento dos juros: na data do resgate do título; câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
VII - resgate do principal: em parcela única, na data do sendo consideradas as taxas médias do dia útil imediatamente
vencimento. anterior à data-base e à data do vencimento do título;

§ 1o Os recursos em moeda corrente provenientes da emissão VI - pagamento de juros: mensalmente;


da NTN-P serão utilizados para amortizar a dívida pública

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VII - resgate do principal: em dez parcelas anuais, iguais e de Longo Prazo - TJLP, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
sucessivas. desde a data-base do certificado.
Parágrafo único. Fica facultada a aquisição de NTN-R2 por Art. 26. Os CFT poderão ser emitidos em cinco sub-séries
parte das demais entidades fechadas de previdência privada, distintas: CFT Sub-série 1 - CFT-1, CFT Sub-série 2 - CFT-2,
bem assim pelas sociedades seguradoras, sociedades de CFT Sub-série 3 - CFT-3, CFT Sub-série 4 - CFT-4 e CFT Sub-
capitalização e entidades abertas de previdência privada. série 5 - CFT-5.
Art. 17. Fica criado o Certificado Financeiro do Tesouro - CFT, § 1o O CFT-1 terá as seguintes características gerais:
destinado a atender preferencialmente a operações com
finalidades específicas definidas em lei, que poderá ser emitido I - pagamento de juros: na data de resgate do certificado;
em oito séries distintas, CFT Série A - CFT-A, CFT Série B - II - pagamento de principal: em parcela única, na data do seu
CFT-B, CFT Série C - CFT-C, CFT Série D - CFT-D, CFT Série E vencimento.
- CFT-E e CFT Série F - CFT-F, CFT Série G - CFT-G e CFT
Série H - CFT-H, e terá as seguintes características: § 2o O CFT-2 terá as seguintes características gerais:

I - forma de colocação: direta em favor de interessado I - pagamento de juros: anualmente, com ajuste do prazo no
específico; primeiro período de fluência, quando couber. O primeiro
cupom de juros, a ser pago após um período a ser definido
II - modalidade: nominativa; pelo Ministro de Estado da Fazenda, contemplará a taxa
III - valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil integral definida para doze meses, independentemente da
reais); data de emissão do título;

IV - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, II - pagamento de principal: em parcela única, na data do seu
quando da emissão do certificado; vencimento.

V - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da Fazenda, § 3o O CFT-3 terá as seguintes características gerais:
quando da emissão, em porcentagem ao ano, calculada sobre I - pagamento de juros: semestralmente, com ajuste do prazo
o valor nominal atualizado. no primeiro período de fluência, quando couber. O primeiro
Art. 18. O CFT-A terá por característica específica a atualização cupom de juros, a ser pago após um período a ser definido
mensal do valor nominal pela variação do Índice Geral de pelo Ministro de Estado da Fazenda, contemplará a taxa
Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI do mês anterior, integral definida para seis meses, independentemente da data
divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, desde a data-base do de emissão do título;
certificado. II - pagamento de principal: em parcela única, na data do seu
Art. 19. O CFT-B terá por característica específica a atualização vencimento.
mensal do valor nominal por índice calculado com base na TR, § 4o O CFT-4 terá as seguintes características gerais:
divulgada pelo Banco Central do Brasil, desde a data-base do
certificado. I - pagamento de juros: mensalmente, com ajuste do prazo no
primeiro período de fluência, quando couber. O primeiro
Parágrafo único. Os CFT-B emitidos como caução a que se cupom de juros, a ser pago após um período a ser definido
refere o § 10 do art. 34 da Lei no 6.368, de 21 de outubro de pelo Ministro de Estado da Fazenda, contemplará a taxa
1976, terão como valor nominal múltiplo de R$ 1,00 (um real). integral definida para um mês, independentemente da data de
Art. 20. O CFT-C terá por característica específica o emissão do título;
rendimento definido pela taxa média ajustada dos II - pagamento de principal: em parcela única, na data do seu
financiamentos diários apurados no Sistema Especial de vencimento.
Liquidação e de Custódia (SELIC), divulgada pela Banco
Central do Brasil, desde a data-base do certificado. § 5o O CFT-5 terá as seguintes características gerais:

Art. 21. O CFT-D terá por característica específica a I - pagamento de juros: periodicamente, nas datas de
atualização do valor nominal pela variação da cotação de aniversário do certificado, juntamente com os pagamentos de
venda do dólar dos Estados Unidos da América no mercado de principal, a partir do primeiro pagamento;
câmbio de taxas livres, divulgada pelo Banco Central do Brasil,
II - pagamento de principal: periodicamente, nas datas de
sendo consideradas as taxas médias do último dia
aniversário do certificado, conforme sistema francês de
imediatamente anterior à data-base e à data do vencimento
amortização - "Tabela Price".
do certificado.
Art. 27. Fica criado o Certificado do Tesouro Nacional - CTN,
Art. 22. O CFT-E terá por característica específica a atualização
destinado a prover recursos necessários à cobertura de déficits
mensal do valor nominal pela variação do IGP-M do mês
orçamentários, observados os limites fixados pelo Poder
anterior, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, desde a
Legislativo.
data-base do certificado.
§ 1o O CTN poderá ser colocado ao par, com ágio ou deságio,
Parágrafo único. Os CFT-E emitidos em função do art. 7o da
em favor de interessado específico, o qual deverá utilizá-lo
Medida Provisória no 2.094-28, de 13 de junho de 2001, terão
para fins de garantia em operações de crédito de que trata a
como valor nominal múltiplo de R$ 1,00 (um real).
Resolução no 2.471, de 26 de fevereiro de 1998, do Conselho
Art. 23. O CFT-F terá por característica específica o Monetário Nacional.
rendimento definido pelo deságio sobre o valor nominal.
§ 2o O valor de face dos títulos a serem adquiridos pelos
Art. 24. O CFT-G terá por característica específica a devedores deve corresponder ao saldo devedor da operação
atualização do valor nominal pela variação do Índice Nacional de crédito.
de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, divulgado pela
§ 3o Para emissão do título mencionado no caput, serão
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
observadas as seguintes condições:
deste a data-base do certificado.
I - limite de emissão: definido pela Secretaria do Tesouro
Art. 25. O CFT-H terá por característica específica a
Nacional, observando-se que:
atualização do valor nominal pela variação da Taxa de Juros

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a) as emissões anuais de títulos pelo Tesouro Nacional não V - atualização do valor nominal: mensalmente, por índice
poderão ultrapassar o montante correspondente às calculado com base na TR, divulgada pelo Banco Central do
amortizações de principal dos créditos securitizados indexados Brasil, desde a data da emissão do título;
a índices gerais de preços, deduzidas do volume de novas
securitizações efetuadas no mesmo exercício, mediante o VI - resgate do principal e pagamento dos juros: em parcela
registro de créditos escriturais indexados aos citados índices; única, na data do resgate do título.

b) para fins de cálculo das emissões permitidas na forma da Parágrafo único. Os CDP serão emitidos, adotando-se uma das
alínea anterior, não serão computadas as securitizações seguintes formas, a ser definida pelo Ministro de Estado da
efetuadas a partir de 1998, e suas respectivas amortizações, Fazenda:
realizadas ao amparo das Leis no 9.364, de 16 de dezembro de I - oferta pública, com a realização de leilões, podendo ser ao
1996, e no 9.496, de 1997, e das Medidas Provisórias no 2.192- par, com ágio ou deságio;
68, de 2001, e no 2.162-70, de 28 de junho de 2001;
II - direta, em favor do Instituto Nacional do Seguro Social,
II - data de emissão: dia primeiro de cada mês; nos termos do § 3o do art. 3o da Lei no 9.711, de 1998.
III - prazo: vinte anos; Art. 29. Os títulos a que se refere este Decreto poderão ser
IV - forma de colocação: direta; emitidos com data-base que servirá como data de referência
para atualização do valor nominal dos referidos títulos.
V - valor nominal : R$ 1.000,00 (mil reais);
Art. 30. O Ministro de Estado da Fazenda fica autorizado a:
VI - preço unitário: calculado à taxa de desconto de doze por
cento ao ano sobre o valor nominal atualizado; I - disciplinar as formas de operacionalização para emissão e
resgate dos títulos da dívida pública de responsabilidade do
VII - atualização: com base na variação do IGP-M, divulgado Tesouro Nacional e de registro em sistema centralizado de
pela Fundação Getúlio Vargas, ou outro índice que venha a liquidação e custódia;
substituí-lo;
II - celebrar convênios, ajustes ou contratos para emissão,
VIII - opção de recompra pelo emissor: com base no preço colocação e resgate dos títulos referidos neste Decreto.
unitário, devidamente atualizado até a data da recompra, que
poderá ser exercida a partir da liberação da garantia; Art. 31. O Ministro de Estado da Fazenda baixará os demais
atos necessários para o fiel cumprimento deste Decreto.
IX - modalidade: negociável, observando-se que:
Art. 32. Este Decreto entra em vigor na data de sua
a) os títulos serão cedidos à instituição financeira credora da publicação.
operação de renegociação da dívida, em garantia do principal,
com cláusula resolutiva, os quais deverão permanecer Art. 33. Ficam revogados os Decretos nº 2.941, de 18 de
bloqueados enquanto constituírem garantia e não houver janeiro de 1999, e 3.540, de 11 de julho de 2000.
manifestação do Tesouro Nacional acerca do exercício da
opção de recompra;
Brasília, 4 de julho de 2001; 180o da Independência e 113o da
b) no caso de transferência dos títulos à instituição financeira, República.
em decorrência de execução da garantia, os títulos passarão a
ser considerados inegociáveis, mediante substituição do FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
referido ativo pela Secretaria do Tesouro Nacional, Pedro Malan
especificando esta nova característica;
X - resgate: em parcela única, na data de vencimento do
título.
§ 4o No caso de resgate antecipado da dívida, o mutuário, por
intermédio da instituição financeira custodiante, deverá
solicitar à Secretaria do Tesouro Nacional manifestação acerca
do interesse de recompra do CTN. Na hipótese de a recompra
não se efetivar pela Secretaria do Tesouro Nacional, o título
passa a ser negociável em mercado no prazo de até quinze
dias úteis após o recebimento da solicitação de manifestação
de recompra especificada no caput deste artigo.
Art. 28. Os Certificados da Dívida Pública Mobiliária Federal -
Instituto Nacional do Seguro Social - CDP/INSS, a serem
emitidos com a finalidade exclusiva de amortização ou
quitação de dívidas previdenciárias, nos termos da Lei no
9.711, de 20 de novembro de 1998, terão as seguintes
características:
I - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando
da emissão do título;
II - taxa de juros: definida pelo Ministro de Estado da
Fazenda, quando da emissão, em porcentagem ao ano,
calculada sobre o valor nominal atualizado;
III - modalidade: nominativa e negociável;
IV - valor nominal: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);

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LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. autor, co-autor ou partícipe colaborar espontaneamente com
as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à
Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, apuração das infrações penais e de sua autoria ou à
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho
de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras
providências. CAPÍTULO II
Disposições Processuais Especiais
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Lei:
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência do
CAPÍTULO I juiz singular;
Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens,
Direitos e Valores II - independem do processo e julgamento dos crimes
antecedentes referidos no artigo anterior, ainda que praticados
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, em outro país;
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou
valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime: III - são da competência da Justiça Federal:
I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem
afins; econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou
interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou
II – de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela empresas públicas;
Lei nº 10.701, de 9.7.2003)
b) quando o crime antecedente for de competência da Justiça
III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou Federal.
material destinado à sua produção;
§ 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da
IV - de extorsão mediante seqüestro; existência do crime antecedente, sendo puníveis os fatos
V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena
si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer o autor daquele crime.
vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão § 2º No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o
de atos administrativos; disposto no art. 366 do Código de Processo Penal.
VI - contra o sistema financeiro nacional; Art. 3º Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de
VII - praticado por organização criminosa. fiança e liberdade provisória e, em caso de sentença
condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu
VIII – praticado por particular contra a administração pública poderá apelar em liberdade.
estrangeira (arts. 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal). (Inciso Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público,
incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002) ou representação da autoridade policial, ouvido o Ministério
Público em vinte e quatro horas, havendo indícios suficientes,
Pena: reclusão de três a dez anos e multa. poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a
apreensão ou o seqüestro de bens, direitos ou valores do
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular
acusado, ou existentes em seu nome, objeto dos crimes
a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de
previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 a
qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
144 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 -
I - os converte em ativos lícitos; Código de Processo Penal.

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em § 1º As medidas assecuratórias previstas neste artigo serão
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; levantadas se a ação penal não for iniciada no prazo de cento
e vinte dias, contados da data em que ficar concluída a
III - importa ou exporta bens com valores não diligência.
correspondentes aos verdadeiros.
§ 2º O juiz determinará a liberação dos bens, direitos e valores
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: apreendidos ou seqüestrados quando comprovada a licitude
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos de sua origem.
ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos § 3º Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o
crimes antecedentes referidos neste artigo; comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo determinar a prática de atos necessários à conservação de
conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é bens, direitos ou valores, nos casos do art. 366 do Código de
dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. Processo Penal.

§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do § 4º A ordem de prisão de pessoas ou da apreensão ou
art. 14 do Código Penal. seqüestro de bens, direitos ou valores, poderá ser suspensa
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, nos casos imediata possa comprometer as investigações.
previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o crime
for cometido de forma habitual ou por intermédio de Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
organização criminosa. ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa qualificada para a
administração dos bens, direitos ou valores apreendidos ou
§ 5º A pena será reduzida de um a dois terços e começará a seqüestrados, mediante termo de compromisso.
ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de
aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o Art. 6º O administrador dos bens:

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I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão
satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente,
que permita a transferência de fundos;
II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas
da situação dos bens sob sua administração, bem como V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de
explicações e detalhamentos sobre investimentos e fomento comercial (factoring);
reinvestimentos realizados.
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou,
apreendidos ou seqüestrados serão levados ao conhecimento ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio
do Ministério Público, que requererá o que entender cabível. ou método assemelhado;
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que
CAPÍTULO III exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste
Dos Efeitos da Condenação artigo, ainda que de forma eventual;
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de
Código Penal: autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de
câmbio, de capitais e de seguros;
I - a perda, em favor da União, dos bens, direitos e valores
objeto de crime previsto nesta Lei, ressalvado o direito do IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras,
lesado ou de terceiro de boa-fé; que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras,
comissionárias ou por qualquer forma representem interesses
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades
qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de referidas neste artigo;
administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas
no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade X - as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção
aplicada. imobiliária ou compra e venda de imóveis;
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias,
CAPÍTULO IV pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.
Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes
Praticados no Estrangeiro XII – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de
luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam
Art. 8º O juiz determinará, na hipótese de existência de grande volume de recursos em espécie. (Incluído pela Lei nº
tratado ou convenção internacional e por solicitação de 10.701, de 9.7.2003)
autoridade estrangeira competente, a apreensão ou o
seqüestro de bens, direitos ou valores oriundos de crimes
descritos no art. 1º, praticados no estrangeiro. CAPÍTULO VI
Da Identificação dos Clientes e Manutenção de
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de Registros
tratado ou convenção internacional, quando o governo do país
da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil. Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:

§ 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado,
valores apreendidos ou seqüestrados por solicitação de nos termos de instruções emanadas das autoridades
autoridade estrangeira competente ou os recursos competentes;
provenientes da sua alienação serão repartidos entre o Estado II - manterão registro de toda transação em moeda nacional
requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito,
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé. metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em
dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
CAPÍTULO V competente e nos termos de instruções por esta expedidas;
Das Pessoas Sujeitas À Lei III - deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial
Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 competente, as requisições formuladas pelo Conselho criado
as pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou pelo art. 14, que se processarão em segredo de justiça.
eventual, como atividade principal ou acessória, § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica,
cumulativamente ou não: a identificação referida no inciso I deste artigo deverá
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; como seus proprietários.

II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste
ativo financeiro ou instrumento cambial; artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de
cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão
III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
intermediação ou administração de títulos ou valores autoridade competente.
mobiliários.
§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados,
houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações
I - as bolsas de valores e bolsas de mercadorias ou futuros; com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade
de previdência complementar ou de capitalização; competente.

III - as administradoras de cartões de credenciamento ou Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado
cartões de crédito, bem como as administradoras de formando o cadastro geral de correntistas e clientes de
consórcios para aquisição de bens ou serviços; instituições financeiras, bem como de seus
procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

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IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a


CAPÍTULO VII comunicação a que se refere o art. 11.
Da Comunicação de Operações Financeiras
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos reincidência específica, devidamente caracterizada em
de instruções emanadas das autoridades competentes, transgressões anteriormente punidas com multa.
possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos
nesta Lei, ou com eles relacionar-se; § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de
reincidência específica de infrações anteriormente punidas
II - deverão comunicar, abstendo-se de dar aos clientes com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
ciência de tal ato, no prazo de vinte e quatro horas, às
autoridades competentes: Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções
previstas neste Capítulo será regulado por decreto,
a) todas as transações constantes do inciso II do art. 10 que assegurados o contraditório e a ampla defesa.
ultrapassarem limite fixado, para esse fim, pela mesma
autoridade e na forma e condições por ela estabelecidas,
devendo ser juntada a identificação a que se refere o inciso I CAPÍTULO IX
do mesmo artigo; (Redação dada pela Lei nº 10.701, de Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
9.7.2003)
Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o
b) a proposta ou a realização de transação prevista no inciso I Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a
deste artigo. finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas,
receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da
inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por competência de outros órgãos e entidades.
suas características, no que se refere às partes envolvidas,
valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela § 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas
falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão
hipótese nele prevista. próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,
competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12.
neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou
administrativa. § 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações
§ 3º As pessoas para as quais não exista órgão próprio rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação
fiscalizador ou regulador farão as comunicações mencionadas de bens, direitos e valores.
neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades
Financeiras - COAF e na forma por ele estabelecida. § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração
Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de
pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO VIII nº 10.701, de 9.7.2003)
Da Responsabilidade Administrativa
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir
administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados
as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as
seguintes sanções: Art. 16. O COAF será composto por servidores públicos de
reputação ilibada e reconhecida competência, designados em
I - advertência; ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes
II - multa pecuniária variável, de um por cento até o dobro do do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da
valor da operação, ou até duzentos por cento do lucro obtido Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de
ou que presumivelmente seria obtido pela realização da Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
operação, ou, ainda, multa de até R$ 200.000,00 (duzentos da Secretaria da Receita Federal, de órgão de inteligência do
mil reais); Poder Executivo, do Departamento de Polícia Federal, do
Ministério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para União, atendendo, nesses quatro últimos casos, à indicação
o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas dos respectivos Ministros de Estado. (Redação dada pela Lei
referidas no art. 9º; nº 10.683, de 28.5.2003)
IV - cassação da autorização para operação ou funcionamento. § 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Presidente
da República, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda.
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no
cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. § 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de penas
10. administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado da
Fazenda.
§ 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no
art. 9º, por negligência ou dolo: Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos
em estatuto aprovado por decreto do Poder Executivo.
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de
advertência, no prazo assinalado pela autoridade competente; Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
II – não realizarem a identificação ou o registro previstos nos Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º
incisos I e II do art. 10; da República.
III - deixarem de atender, no prazo, a requisição formulada FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
nos termos do inciso III do art. 10; Iris Rezende

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Luiz Felipe Lampreia


Pedro Malan
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 4.3.1998

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CIRCULAR BACEN 3.461 DE 24 DE JULHO DE 2009 I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de


depositantes previstas no art. 1º da Resolução nº 2.025, de 24
Consolida as regras sobre os procedimentos a serem adotados de novembro de 1993, com a redação dada pela Resolução nº
na prevenção e combate às atividades relacionadas com os 2.747, de 28 de junho de 2000;
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso de
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão pessoas naturais, e de faturamento médio mensal dos doze
realizada em 23 de julho de 2009, com base no disposto nos meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas;
arts. 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 de março de III - declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da
1998, e tendo em vista o disposto na Convenção Internacional relação de negócio com a instituição.
para Supressão do Financiamento do Terrorismo, adotada pela
Assembléia Geral das Nações Unidas em 9 de dezembro de § 1º As informações relativas a cliente pessoa natural
1999, promulgada por meio do Decreto nº 5.640, de 26 de devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-
dezembro de 2005, la.
§ 2º As informações cadastrais relativas a cliente pessoa
jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a
DECIDIU representá-la, bem como a cadeia de participação societária,
até alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições final.
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem
implementar políticas e procedimentos internos de controle § 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas jurídicas
destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de constituídas sob a forma de companhia aberta ou entidade
que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. sem fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais
devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-
§ 1º As políticas de que trata o caput devem: las, bem como seus controladores, administradores e
I - especificar, em documento interno, as responsabilidades diretores, se houver.
dos integrantes de cada nível hierárquico da instituição; § 4º As informações cadastrais relativas a cliente fundo de
II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas investimento devem incluir a respectiva denominação, número
sobre clientes, que permitam a identificação dos riscos de de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ),
ocorrência da prática dos mencionados crimes; bem como as informações de que trata o inciso I relativas às
pessoas responsáveis por sua administração.
III - definir os critérios e procedimentos para seleção,
treinamento e acompanhamento da situação econômico- § 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem realizar
financeira dos empregados da instituição; testes de verificação, com periodicidade máxima de um ano,
que assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus
IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob clientes.
a ótica da prevenção dos mencionados crimes;
Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem obter as
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua seguintes informações cadastrais de seus clientes eventuais,
ausência, pela diretoria da instituição; do proprietário e do destinatário dos recursos envolvidos na
operação ou serviço financeiro:
VI - receber ampla divulgação interna
I - quando pessoa natural, o nome completo, dados do
§ 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir
documento de identificação (tipo, número, data de emissão e
medidas prévia e expressamente estabelecidas, que permitam:
órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de
I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e Pessoas Físicas (CPF);
identificar os beneficiários finais das operações;
II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de
II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como inscrição no CNPJ.
pessoas politicamente expostas.
Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento de
§ 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente eventual procedimento interno destinado à identificação de operações
ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica com a qual ou serviços financeiros eventuais que não apresentem risco de
seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou utilização para lavagem de dinheiro ou de financiamento ao
permanente, relacionamento destinado à prestação de serviço terrorismo, para os quais é dispensada a exigência de
financeiro ou à realização de operação financeira. obtenção das informações cadastrais de clientes, ressalvado o
cumprimento do disposto no art. 12 desta circular.
§ 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser
reforçados para início de relacionamento com:
I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes Pessoas Politicamente Expostas
localizados no exterior, especialmente em países, territórios e
Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem coletar de
dependências que não adotam procedimentos de registro e
seus clientes permanentes informações que permitam
controle similares aos definidos nesta circular;
caracterizá-los ou não como pessoas politicamente expostas e
II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações dos
mediante correspondentes no País ou por outros meios clientes assim caracterizados.
indiretos.
§ 1º Consideram-se pessoas politicamente expostas os
agentes públicos que desempenham ou tenham
desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em
Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas países, territórios e dependências estrangeiros, cargos,
Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem coletar e empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus
manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes representantes, familiares e outras pessoas de seu
permanentes, incluindo, no mínimo: relacionamento próximo.

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§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:


I – os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio
e Legislativo da União;
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente devem
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: iniciar relação de negócio de caráter permanente ou dar
prosseguimento a relação dessa natureza já existente com o
a) de ministro de estado ou equiparado; cliente se observadas as providências estabelecidas nos arts.
b) de natureza especial ou equivalente; 2º e 4º

c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de


autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou Registros de Serviços Financeiros e Operações
sociedades de economia mista; Financeiras
d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter
6, ou equivalentes; registros de todos os serviços financeiros prestados e de todas
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores; nome.

IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o § 1º No caso de movimentação de recursos por clientes
Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da permanentes, os registros devem conter informações
República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral consolidadas que permitam verificar:
da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a
os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito atividade econômica e capacidade financeira do cliente;
Federal;
II - a origem dos recursos movimentados;
V - os membros do Tribunal de Contas da União e o
Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de III - os beneficiários finais das movimentações.
Contas da União; § 2º O sistema de registro deve permitir a identificação:
VI - os governadores de estado e do Distrito Federal, os I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa,
presidentes de tribunal de justiça, de Assembleia e Câmara conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo mês
Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de contas calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu
de Estado, de Municípios e do Distrito Federal; conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma,
capitais de Estados. configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de
§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins do disposto no identificação, controle e registro.
caput, as instituições mencionadas no art. 1º devem adotar
pelo menos uma das seguintes providências:
Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua Cheques Depositados em Outra Instituição Financeira
classificação; e da Utilização de Instrumentos de Transferência de
II - recorrer a informações publicamente disponíveis; Recursos

III - consultar bases de dados comerciais sobre pessoas Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem manter
politicamente expostas; registros específicos das operações de transferência de
recursos.
IV - considerar a definição constante do glossário dos termos
utilizados no documento "As Quarenta Recomendações", do § 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:
Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o I - das operações referentes ao acolhimento em depósitos de
Financiamento do Terrorismo (Gafi), não aplicável a indivíduos Transferência Eletrônica Disponível (TED), de cheque, cheque
em posições ou categorias intermediárias ou inferiores, administrativo, cheque ordem de pagamento e outros
segundo a qual uma pessoa politicamente exposta é aquela documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação
que exerce ou exerceu importantes funções públicas em um de cheques depositados em outra instituição financeira;
país estrangeiro, tais como, chefes de estado e de governo,
políticos de alto nível, altos servidores dos poderes públicos, II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem
magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas e pagamento, de ordem de pagamento, de Documento de
públicas ou dirigentes de partidos políticos. Crédito (DOC), e TED e de outros instrumentos de
transferência de recursos, quando e valor superior a
§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser contado, R$1.000,00 (mil reais).
retroativamente, a partir da data de início da relação de
negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar § 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por
como pessoa politicamente exposta. instituição depositária devem conter, no mínimo, os dados
relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código
§ 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares os e compensação da instituição sacada, os números da agência
parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, o e da conta de depósitos sacadas e o número de inscrição no
companheiro, a companheira, o enteado e a enteada. CPF ou no CNPJ do respectivo titular.
§ 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro § 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por
que também seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada instituição sacada devem conter, no mínimo, os dados
por entidade governamental assemelhada ao Banco Central do relativos ao valor e ao número do cheque, o código de
Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas compensação da instituição depositária, os números da
politicamente expostas sejam adotadas pela instituição agência e da conta de depósitos depositárias e o número de
estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular, cabendo à
o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados. instituição depositária fornecer à instituição sacada os dados

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relativos ao seu código de compensação e aos números da espécie, de operação cambial ou de transferência a débito de
agência e da conta de depósitos depositárias. contas de depósito.
§ 4º No caso de cheque utilizado em operação simultânea de § 3º Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I e
saque e depósito na própria instituição sacada, com vistas à II do § 1º devem conter as seguintes informações:
transferência de recursos da conta de depósitos do emitente
para conta de depósitos de terceiros, os registros de que trata I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição
o inciso I do § 1º devem conter, no mínimo, os dados relativos no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica responsável
ao valor e ao número do cheque sacado, bem como aos pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no
números das agências sacada e depositária e das respectivas caso de emissão ou recarga efetuada por residente ou
contas de depósitos. domiciliado no País;

§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país
conter, no mínimo, as seguintes informações: emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão
pré-pago efetuada por pessoa natural não residente no País
I - o tipo e o número do documento emitido, a data da ou domiciliada no exterior;
operação, o nome e o número de inscrição do adquirente ou
remetente no CPF ou no CNPJ; III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da
pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago;
II - quando pagos em cheque, o código de compensação da
instituição, o número da agência e da conta de depósitos IV - a identificação das instituições, das agências e das contas
sacadas referentes ao cheque utilizado para o respectivo de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares
pagamento, inclusive no caso de cheque sacado contra a das contas e respectivos números de inscrição no CPF, no caso
própria instituição emissora dos instrumentos referidos neste de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
artigo; oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou
de poupança tituladas por pessoas naturais;
III - no caso de DOC, o código de identificação da instituição
destinatária no sistema de liquidação de transferência de V - a identificação das instituições, das agências e das contas
fundos e os números da agência, da conta de depósitos de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares
depositária e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do das contas e respectivos números de inscrição no CNPJ, bem
respectivo titular; como os nomes das pessoas naturais autorizadas a
movimentá-las e respectivos números de inscrição no CPF, no
IV - no caso de ordem de pagamento: caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou
a) destinada a crédito em conta: os números da agência de poupança tituladas por pessoas jurídicas;
destinatária e da conta de depósitos depositária;
VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valores
b) destinada a pagamento em espécie: os números da em cartão pré-pago;
agência destinatária e de inscrição do beneficiário no CPF ou
no CNPJ. VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago;
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF das
recursos envolvendo pessoa física residente no exterior pessoas naturais que representem as pessoas jurídicas
desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela responsáveis pela emissão ou recarga de valores em cartão
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identificação pré-pago.
prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", pode ser efetuada
pelo número do respectivo passaporte, complementada com a
nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o Registros de Movimentação Superior a R$100.000,00
organismo internacional de que seja representante para o em Espécie
exercício de funções específicas no País.
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os
§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito
não se aplica às operações de transferência de recursos imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades
envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior de poupança e empréstimo e as cooperativas de crédito
desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela RFB. devem manter registros específicos das operações de depósito
em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de
cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque.
Registros de Cartões Pré-Pagos
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de:
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem manter
registros específicos da emissão ou recarga de valores em um I - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie
ou mais cartões pré-pagos. por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento
para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação da: mil reais);
I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré- II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie
pagos, em montante acumulado igual ou superior a por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento
R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda para saque, que apresente indícios de ocultação ou
estrangeira, no mês calendário; dissimulação da natureza, da origem, da localização, da
disposição, da movimentação ou da propriedade de bens,
II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago que direitos e valores;
apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza,
da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer
da propriedade de bens, direitos e valores. outro instrumento de transferência de fundos contra
pagamento em espécie, de valor igual ou superior a
§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré-pago R$100.000,00 (cem mil reais).
como o cartão apto a receber carga ou recarga de valores em
moeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em § 2º Os registros de que trata o caput devem conter as
informações abaixo indicadas:

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I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no Manutenção de Informações e Registros


CNPJ, conforme o caso, do proprietário ou beneficiário dos
recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o saque em Art. 11. As informações e registros de que trata esta circular
espécie ou o pedido de provisionamento para saque; devem ser mantidos e conservados durante os seguintes
períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano
II - o tipo e o número do documento, o número da instituição, seguinte ao do término do relacionamento com o cliente
da agência e da conta corrente de depósitos à vista ou da permanente ou da conclusão das operações:
conta de poupança a que se destinam os valores ou de onde o
valor será sacado, conforme o caso; I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de que trata
o art. 7º;
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no
CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas referidas no II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de que
inciso II, se na mesma instituição; tratam os arts. 6º, 8º e 9º.

IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º devem
caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago cujo ser mantidas e conservadas juntamente com o nome da
portador seja residente ou domiciliado no País; pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente
responsável pela conferência e confirmação das informações
V - o nome e o número do passaporte e o respectivo país prestadas e a data de início do relacionamento com o cliente
emissor, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré- permanente.
pago cujo portador seja não residente no País ou domiciliado
no exterior;
VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do Comunicações ao Coaf
saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar
provisionamento para saque. ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
forma determinada pelo Banco Central do Brasil:

Especial Atenção I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no


prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do mês
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar calendário;
especial atenção a:
II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III,
I - operações ou propostas cujas características, no que se na data da operação.
refere às partes envolvidas, valores, formas de realização e
instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamento Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao Coaf as
econômico ou legal, indiquem risco de ocorrência dos crimes propostas de realização das operações de que trata o caput.
previstos na Lei nº 9.613, de 1998, ou com eles relacionados; Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar
II - propostas de início de relacionamento e operações com ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
pessoas politicamente expostas de nacionalidade brasileira e I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor
as oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado seja igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e que,
número de transações financeiras e comerciais, fronteiras considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de
comuns ou proximidade étnica, linguística ou política; realização, os instrumentos utilizados ou a falta de
III - indícios de burla aos procedimentos de identificação e fundamento econômico ou legal, possam configurar a
registro estabelecidos nesta circular; existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de
1998;
IV - clientes e operações em que não seja possível identificar o
beneficiário final; II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por
sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que
V - transações com clientes oriundos de países que aplicam objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e
insuficientemente as recomendações do Gafi, conforme registro;
informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil;
II - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer
VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente tenham
informações cadastrais de seus clientes. perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou neles
participado ou facilitado o seu cometimento, bem como a
§ 1º A expressão "especial atenção" inclui os seguintes existência de recursos pertencentes ou por eles controlados
procedimentos: direta ou indiretamente;
I - monitoramento reforçado, mediante a adoção de IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.
procedimentos mais rigorosos para a apuração de situações
suspeitas; § 1º O disposto no inciso III aplica-se também às entidades
pertencentes ou controladas, direta ou indiretamente, pelas
II - análise com vistas à verificação da necessidade das pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas e entidades
comunicações de que tratam os arts. 12 e 13; atuando em seu nome ou sob seu comando.
III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no início § 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os
ou manutenção do relacionamento com o cliente. incisos III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de cargo ou àquele em que verificadas.
função de nível hierárquico superior ao daquele § 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de
ordinariamente responsável pela autorização do realização das operações e atos descritos nos incisos I a IV.
relacionamento com o cliente.
Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13
deverão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos
envolvidos.

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§ 1º As comunicações relativas a cliente identificado como Alvir Alberto Hoffmann


pessoa politicamente exposta devem incluir especificamente Diretor
essa informação.
§ 2º A alteração ou o cancelamento de comunicação
efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua inclusão
devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência.
Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13
relativas a instituições integrantes de conglomerado financeiro
e a instituições associadas a sistemas cooperativos de crédito
podem ser efetuadas, respectivamente, pela instituição líder
do conglomerado econômico e pela cooperativa central de
crédito.
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem manter,
pelo prazo de 5 (cinco) anos, os documentos relativos às
análises de operações ou propostas que fundamentaram a
decisão de efetuar ou não as comunicações de que tratam os
arts. 12 e 13.

Procedimentos Internos de Controle


Art. 17. O Banco Central do Brasil aplicará, cumulativamente
ou não, as sanções previstas no art. 12 da Lei nº 9.613, de
1998, na forma estabelecida no Decreto nº 2.799, de 8 de
outubro de 1998, às instituições mencionadas no art. 1º, bem
como aos seus administradores, que deixarem de cumprir as
obrigações estabelecidas nesta circular.
Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao
Banco Central do Brasil diretor responsável pela
implementação e cumprimento das medidas estabelecidas
nesta circular, bem como pelas comunicações de que tratam
os arts. 12 e 13.
§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput,
admite-se que o diretor indicado desempenhe outras funções
na instituição, exceto a relativa à administração de recursos de
terceiros.
§ 2º No caso de conglomerados financeiros, admite-se a
indicação de um diretor responsável pela implementação e
cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem
como pelas comunicações referentes às respectivas
instituições integrantes.
Art. 19. Banco Central do Brasil divulgará:
I - os procedimentos para efetuar as comunicações de que
tratam os arts. 12 e 13;
II - operações e situações que podem configurar indício de
ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;
III - situações exemplificativas de relacionamento próximo,
para fins do disposto no art. 4º.
Art. 20. A atualização das informações cadastrais relativas a
clientes permanentes cujos relacionamentos tenham sido
iniciados antes da entrada em vigor desta circular deve ser
efetuada em conformidade com os testes de verificação de
que trata o § 5º do art. 2º.
Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua
publicação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias após a data de
publicação para os relacionamentos com clientes permanentes
ou eventuais estabelecidos a partir dessa data.
Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3 de
dezembro de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006, e
3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da
Circular nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.
Brasília, 24 de julho de 2009.
Alexandre Antonio Tombini
Diretor

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IN CVM No 301, DE 16 DE ABRIL DE 1999, COM f) informações acerca dos rendimentos e da situação
ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM patrimonial.
Nº 463/08.
II – se pessoa jurídica:
a) a denominação ou razão social;
Dispõe sobre a identificação, o cadastro, o registro, as b) nomes dos controladores, administradores e procuradores;
operações, a comunicação, os limites e a responsabilidade
administrativa de que tratam os incisos I e II do art. 10, I e II c) número de identificação do registro empresarial (NIRE) e no
do art. 11, e os arts. 12 e 13, da Lei nº 9.613, de 3 de março Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
de 1998, referente aos crimes de “lavagem” ou ocultação de d) endereço completo (logradouro, complemento, bairro,
bens, direitos e valores. cidade, unidade da federação e CEP) e número de telefone;
e) atividade principal desenvolvida;
O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - f) informações acerca da situação patrimonial e financeira
CVM torna público que o Colegiado, em reunião realizada respectiva; e
nesta data, tendo em vista a Lei nº 6.385, de 7 de dezembro g) denominação ou razão social de pessoas jurídicas
de 1976, bem como o disposto nos arts. 9º, 10, 11, 12 e 13 controladoras, controladas ou coligadas.
da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e no parágrafo único
do art. 14 do Anexo ao Decreto nº 2.799, de 8 de outubro de III - nas demais hipóteses:
1998, resolveu baixar a seguinte Instrução:
a) a identificação completa dos clientes e de seus
representantes e/ou administradores; e

DO ÂMBITO E FINALIDADE b) informações acerca da situação patrimonial e financeira


respectiva.
Art. 1º São regulados pelas disposições da presente Instrução
a identificação e o cadastro de clientes, o registro de §2º Os clientes deverão comunicar, de imediato, quaisquer
transações e o limite de que tratam os incisos I e II do art. 10, alterações nos seus dados cadastrais.
as operações, a comunicação e o limite referidos nos incisos I § 3º As pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
e II do art. 11, e a responsabilidade administrativa prevista deverão promover a atualização das fichas cadastrais dos
nos arts. 12 e 13, todos dispositivos da Lei nº 9.613, de 3 de clientes ativos em períodos não superiores a 24 meses. (§ 3º
março de 1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou acrescentado pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de
ocultação de bens, direitos e valores, inclusive no que se 2008.)
refere à prevenção da utilização do sistema financeiro para a
prática de tais ilícitos. Art. 3º-A. As pessoas mencionadas no art. 2º deverão:

Art. 2º Sujeitam-se às obrigações previstas nesta Instrução as I - adotar medidas de controle, de acordo com procedimentos
pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou prévia e expressamente estabelecidos, que procurem
eventual, como atividade principal ou acessória, confirmar as informações cadastrais de seus clientes, de forma
cumulativamente ou não, a custódia, emissão, distribuição, a evitar o uso da conta por terceiros e identificar os
liquidação, negociação, intermediação ou administração de beneficiários finais das operações;
títulos ou valores mobiliários, assim como as entidades
II - identificar as pessoas consideradas politicamente
administradoras de mercados de bolsa e de balcão organizado,
expostas;
além das demais pessoas referidas no art. 9º da Lei nº
9.613/98, que se encontrem sob a disciplina e fiscalização III – supervisionar de maneira mais rigorosa a relação de
exercidas pela CVM, e dos administradores das pessoas negócio mantida com pessoa politicamente exposta; e
jurídicas. (Redação dada pela Instrução CVM nº 463, de 08 de
janeiro de 2008.) IV – dedicar especial atenção a propostas de início de
relacionamento e a operações executadas com pessoas
politicamente expostas oriundas de países com os quais o
Brasil possua elevado número de transações financeiras e
DA IDENTIFICAÇÃO E CADASTRO DE CLIENTES
comerciais, fronteiras comuns ou proximidade étnica,
Art. 3º Para os fins do disposto no art. 10, inciso I, da Lei nº lingüística ou política.
9.613/98, as pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
Parágrafo único No caso de relação de negócio entre as
identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado dos
pessoas mencionadas no art. 2º e cliente estrangeiro que
mesmos.
também seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada por
§ 1º Sem prejuízo do disposto na Instrução CVM nº 387, de autoridade governamental assemelhada à CVM, admite-se que
28 de abril de 2003, o cadastro de clientes deverá conter, no as providências previstas nesta Instrução sejam adotadas pela
mínimo, as seguintes informações: (Redação dada pela instituição estrangeira, desde que assegurado à CVM o acesso
Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de 2008.) aos dados e procedimentos adotados.

I – se pessoa física: Art. 3º-B Para efeitos do disposto nesta Instrução considera-
se:
a) nome completo, sexo, data de nascimento, naturalidade,
nacionalidade, estado civil, filiação e nome do cônjuge ou I – pessoa politicamente exposta aquela que desempenha ou
companheiro; tenha desempenhado, nos últimos 5 (cinco) anos, cargos,
empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em
b) natureza e número do documento de identificação, nome
outros países, territórios e dependências estrangeiros, assim
do órgão expedidor e data de expedição;
como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu
c) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas relacionamento próximo.
(CPF/MF);
II – cargo, emprego ou função pública relevante exercido por
d) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos
cidade, unidade da federação e CEP) e número de telefone; servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de
e) ocupação profissional; e

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alto nível, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de DO PERÍODO DE CONSERVAÇÃO DOS CADASTROS E
partidos políticos; e REGISTROS
II – familiares da pessoa politicamente exposta, seus parentes, Art. 5º Os cadastros e registros referidos, respectivamente,
na linha direta, até o primeiro grau, assim como o cônjuge, nos arts. 3º e 4º, bem como a documentação que comprove a
companheiro e enteado. adoção dos procedimentos previstos no art. 3º-A desta
Instrução, deverão ser conservados, à disposição da CVM,
§1º O prazo de 5 (cinco) anos referido no inciso I deve ser durante o período mínimo de 5 (cinco) anos, a partir do
contado, retroativamente, a partir da data de início da relação encerramento da conta ou da conclusão da última transação
de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar realizada em nome do respectivo cliente, podendo este prazo
como pessoa politicamente exposta. ser estendido indefinidamente na hipótese de existência de
§2º Sem prejuízo da definição do inciso I do caput deste investigação comunicada formalmente pela CVM à pessoa ou
artigo, são consideradas, no Brasil, pessoas politicamente instituição. (Redação dada pela Instrução CVM nº 463, de 08
expostas: de janeiro de 2008.)

I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo


e Legislativo da União; DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: Art. 6º Para os fins do disposto no art. 11, inciso I, da Lei nº
a) de Ministro de Estado ou equiparado; 9.613/98, as pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
dispensarão especial atenção às seguintes operações
b) de natureza especial ou equivalente; envolvendo títulos ou valores mobiliários:
c) de Presidente, Vice-Presidente e diretor, ou equivalentes, de I - operações cujos valores se afigurem objetivamente
autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos
sociedades de economia mista; ou e/ou a situação patrimonial ou financeira de qualquer das
partes envolvidas, tomando-se por base as informações
d) do grupo direção e assessoramento superiores - DAS, nível
cadastrais respectivas;
6, e equivalentes;
II -operações realizadas entre as mesmas partes ou em
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do
benefício das mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores;
ou perdas no que se refere a algum dos envolvidos; (Redação
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o dada pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de 2008.)
Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da
III - operações que evidenciem oscilação significativa em
República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral
relação ao volume e/ou freqüência de negócios de qualquer
da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e
das partes envolvidas;
os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal; IV - operações cujos desdobramentos contemplem
características que possam constituir artifício para burla da
V - os membros do Tribunal de Contas da União e o
identificação dos efetivos envolvidos e/ou beneficiários
Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de
respectivos;
Contas da União;
V - operações cujas características e/ou desdobramentos
VI - os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os
evidenciem atuação, de forma contumaz, em nome de
Presidentes de Tribunal de Justiça, de Assembléia Legislativa e
terceiros; e
de Câmara Distrital e os Presidentes de Tribunal e de Conselho
de Contas de Estados, de Municípios e do Distrito Federal; e VI - operações que evidenciem mudança repentina e
objetivamente injustificada relativamente às modalidades
VII - os Prefeitos e Presidentes de Câmara Municipal de
operacionais usualmente utilizadas pelo(s) envolvido(s);
capitais de Estados. (Arts. 3º-A e 3º-B acrescentados pela
Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de 2008.) VII – operações realizadas com finalidade de gerar perda ou
ganho para as quais falte, objetivamente, fundamento
econômico;
DO REGISTRO DE TRANSAÇÕES E DO LIMITE RESPECTIVO
VIII – operações com a participação de pessoas naturais
Art. 4º As pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução residentes ou entidades constituídas em países e territórios
manterão registro de toda transação envolvendo títulos ou não cooperantes, nos termos das cartas circulares editadas
valores mobiliários, independentemente de seu valor, de forma pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF;
a permitir:
IX – operações liquidadas em espécie, se e quando permitido;
I – a tempestiva comunicação a qual se refere o art. 7º.
X – transferências privadas, sem motivação aparente, de
II – a verificação da movimentação financeira de cada cliente, recursos e de valores mobiliários;
com base em critério definido nos procedimentos de controle
XI – operações cujo grau de complexidade e risco se afigurem
da instituição, em face da situação patrimonial e financeira
incompatíveis com a qualificação técnica do cliente ou de seu
constante de seu cadastro, considerando:
representante;
a) os valores pagos a título de liquidação de operações;
XII – depósitos ou transferências realizadas por terceiros, para
b) os valores ou ativos depositados a título de garantia, em a liquidação de operações de cliente, ou para prestação de
operações nos mercados de liquidação futura; e garantia em operações nos mercados de liquidação futura; e

c) as transferências de valores mobiliários para a conta de XIII – pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta
custódia do cliente. (Redação dada pela Instrução CVM nº de liquidação de operações ou resgates de valores depositados
463, de 08 de janeiro de 2008.) em garantia, registrados em nome do cliente.

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§ 1º As pessoas mencionadas no caput deste artigo deverão DISPOSIÇÕES FINAIS


dispensar especial atenção às operações em que participem as
seguintes categorias de clientes: Art. 9º As pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
deverão:
I – investidores não-residentes, especialmente quando
constituídos sob a forma de trusts e sociedades com títulos ao I - desenvolver e implementar manual de procedimentos de
portador; controle que viabilizem a fiel observância das disposições
desta Instrução; e
II – investidores com grandes fortunas geridas por áreas de
instituições financeiras voltadas para clientes com este perfil II - manter programa de treinamento contínuo para
(“private banking”); e funcionários, destinado a divulgar os procedimentos de
controle e de prevenção à lavagem de dinheiro. (Redação
III – pessoas politicamente expostas (art. 3º-B). dada pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de 2008.)
§ 2º. Para os fins do disposto nesse artigo, as pessoas Art. 10. As pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
mencionadas no caput deverão analisar as operações em deverão ter um diretor responsável pelo cumprimento das
conjunto com outras operações conexas e que possam fazer obrigações ora estabelecidas, ao qual deve ser franqueado
parte de um mesmo grupo de operações ou guardar qualquer acesso aos dados cadastrais de clientes, bem como a
tipo de relação entre si. (Incisos VII a XIII e §§ 1º e 2º quaisquer informações a respeito das operações realizadas.
incluídos pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de (Redação dada pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro
2008.) de 2008.)
Art. 7º Para os fins do disposto no art. 11, inciso II, da Lei nº
9.613/98, e no Decreto nº 5.640/05, as pessoas mencionadas
no art. 2º desta Instrução deverão comunicar à CVM, no prazo VIGÊNCIA
de vinte e quatro horas a contar da ocorrência que, Art. 11. Esta Instrução entra em vigor na data da sua
objetivamente, permita fazê-lo, todas as transações, ou publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a
propostas de transação, abarcadas pelos registros previstos no partir de 2 de agosto de 1999.
art. 4º desta Instrução que possam constituir-se em sérios
indícios de crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos
e valores provenientes dos crimes elencados no art. 1º da Lei
Original assinado por
nº 9.613, de 1998, inclusive o terrorismo ou seu
FRANCISCO DA COSTA E SILVA
financiamento, ou com eles relacionar-se, em que:
Presidente
I - se verifiquem características excepcionais no que se refere
às partes envolvidas, forma de realização ou instrumentos
utilizados; ou,
II - falte, objetivamente, fundamento econômico ou legal.
(Redação dada pela Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro
de 2008.)
§1º As comunicações de que trata este artigo poderão ser
efetivadas com a utilização, no que couber, de meio
magnético, abstendo-se os comunicantes de dar, aos
respectivos clientes, ciência de tais atos.
§2º As comunicações de boa-fé não acarretarão, nos termos
da lei, responsabilidade civil ou administrativa às pessoas
referidas no caput deste artigo.
§ 3º Consideram-se operações relacionadas com terrorismo ou
seu financiamento aquelas executadas por pessoas que
praticam ou planejam praticar atos terroristas, que neles
participam ou facilitam sua prática, bem como por entidades
pertencentes ou controladas, direta ou indiretamente, por tais
pessoas e as pessoas ou entidades que atuem sob seu
comando.
§4º A comunicação prevista no caput deste artigo deverá,
ainda, informar se se trata de cliente considerado como
pessoa politicamente exposta. (§§ 3º e 4º incluídos pela
Instrução CVM nº 463, de 08 de janeiro de 2008.)

DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Art. 8º Às pessoas mencionadas no art. 2º desta Instrução
que deixarem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10
e 11 da Lei nº 9.613/98 e nesta Instrução serão aplicadas,
cumulativamente ou não, as sanções do art. 12 da Lei nº
9.613/98, na forma prevista no Anexo ao Decreto nº 2.799, de
8 de outubro de 1998.

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ANOTAÇÕES

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