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ESCOLA DE MINAS
UFOP
Março, 2009.
Prof. Valdir Costa e Silva
1. PERFURAÇÃO DE ROCHA
1.1 OBJETIVO
fundo de furo (down the hole) com diâmetro de perfuração na faixa de 150 mm
(6”) a 229 mm (9”) vem ganhado campo de aplicação nas rochas de alta
resistência por propiciar maiores taxas de penetração quando comparadas com
o método rotativo.
Estas perfuratrizes possuem dois sistemas de acionamento básicos, rotação
e percussão.
Estas duas forças são transmitidas através da haste para a coroa de perfuração.
Os martelos podem ter acionamento pneumático ou hidráulico, e são localizados
na superfície sobre a lança da perfuratriz, conforme figura 2. O surgimento dos
martelos hidráulicos na década de 70 deu novo impulso a este método de
perfuração, ampliando o seu campo de aplicação.
Perfuratrizes Pneumáticas
Perfuratrizes hidráulicas
1.4 Rotação/Trituração
1.5 Rotação/Corte
11
Cabeça Rotativa
EestabEilid
ador
Estabilizador
Estabilizad
or
bit
Broca
• corrente direta;
• cilindros hidráulicos.
12
Retilinidade do furo
Estabilidade do furo
16
melhor fragmentação;
diminuição dos problemas de repé devido ao melhor aproveitamento das
ondas de
choque na parte crítica do furo (linha de greide, pé da bancada);
maior lançamento;
permite maior malha;
permite redução da Razão de Carregamento que pode ser obtida pelo uso de
explosivos de menor densidade;
maior estabilidade da face da bancada;
menor ultra-arranque.
Malha Triângulo Eqüilátero: são malhas estagiadas com a relação E/A = 1,15.
São indicadas para rochas compactas e duras. Possuem ótima distribuição da
energia do explosivo na área de influencia do furo, maximizando a
fragmentação. O centro do triângulo eqüilátero, o ponto mais crítico para
fragmentação, recebe igual influência dos três furos circundantes.
A tabela 1 apresenta um resumo dos fatores que devem ser avaliados durante o
processo de seleção do método e equipamento de perfuração. Durante o
processo de seleção do método e do equipamento de perfuração é necessário
discutir e adequar estes fatores às características da jazida ou mina, de forma a
se fazer a melhor escolha.
Tabela 1 - Fatores para seleção dos diferentes tipos de perfuratrizes. Fonte: Moraes, 2001
Fatores Perfuratriz rotativa Perfuratriz de martelo de superície Perfuratriz de martelo de fundo de furo
165 a 228 em rocha macia
Diâmetro do furo, a média 250 a 432 em 152 a 228 em formações média a muito
38 a 127.
mm todas formações, incluíndo dura; diâmetros menores em furos longos.
muito dura.
Formações na faixa de Media a muito dura. Restrições em rochas
Tipo de rocha Média a muito dura.
macia a muito dura. muito fraturadas.
Profundidade
Maior que 60 m. Menor que 20 m. Maior que 60 m.
máxima do furo, m
O ar tem dupla função: limpeza do furo
Grandes vazões para se ter e acionamento do martelo. Não pode A taxa de penetração aumenta com o
Volume de ar
uma limpeza eficiente do usar pressões tão altas como no aumento da pressão de ar, mas o volume de
requerido
furo. martelo de fundo. Máquinas hidráulicas ar requerido também.
reduzem bastante o consumo de ar.
Baixo em formações Altas taxas de penetração podem ser
Avanço (pulldown) Boa penetração com menos carga de
macias a muito alto em alcançadas com menores pressões de
requerido avanço.
rochas duras. avanço.
Rotação para o bit é aproximadamente
Requer alta velocidade em Opera com menores velocidades de rotação:
de 100 a 120 rpm para furos de 64 mm,
Velocidade de rocha macia e velocidades 30 a 50 rpm para rocha macia; 20 a 40 para
em rocha macia; em rocha dura, 75 a
rotação, rpm mais baixas em rocha rochas intermediárias e 10 a 30 rpm para
100 rpm para furos de 64 mm e 40 a 50
dura. rochas duras.
rpm para furos de 127 mm.
Aumenta com o aumento Taxas iniciais mais altas que o método Taxas relativamente constantes ao longo do
do diâmetro da broca; de martelo de fundo. Taxa cai com furo. Maiores taxas em rochas duras, na
Taxa de penetração
diminui com o aumento da cada haste adicionada. Taxa decresce faixa de diâmetro de 152 mm a 228 mm,
resistência da rocha. com o aumento do diâmetro. comparando-se com o método rotativo.
Ruído é crítico: imacto do martelo e ar Nível de ruído é mais baixo que o método de
Níveis de ruído Geralmente baixo. comprimido. Máquinas hidráulicas martelo de superfície. Ruído é dissipado
possuem menor nível de ruído. dentro do furo.
VA
NF =
A x E x H f x Nd
sendo:
VA = volume anual (m3); A = afastamento (m); E = espaçamento (m);
Hf = comprimento do furo (m); Nd = dias trabalhados por ano.
PT = Nf x Hf x Nd (m)
sendo:
Nf = número de furos por dia; Hf = comprimento do furo (m);
Nd = dias trabalhados durante o ano.
MP = NH x TP x DM x RMO x U
sendo:
NH = número de horas/dia trabalhado por uma perfuratriz;
TP = taxa de penetração (m/h);
DM = disponibilidade mecânica da perfuratriz (%);
RMO = rendimento da mão-de-obra (%);
U = utilização do equipamento (%).
PT
NP =
N d x MP
20
Exemplo
VA 10
. 0000
. 0
NF = = = 22
A x E x H f x 3 65 2,5 x 5 x 1 0 x 36 5
PT = Nf x Hf x Nd = 22 x 10 x 365 = 80.300 m
PT 80300
.
NP = = = 1,26
365 x M P 365 x 17408
,
Hf + C 1 0+ 3
K = = = 2,1 7
2C 2x3
PT x K 8030
. 0 x 2,17
NH e NL = = = 116
vidautil 1500
PT 80300
.
NP = = = 32
vidautil 2.500
PT 80.300
NC = = = 32
vida util 2500
A D
CTP = +
M VP
sendo:
A = custo da ferramenta de perfuração (brocas e cortadores);
M = vida útil da ferramenta em metros;
D = custo horário da perfuratriz (custo de propriedade e custo operativo);
VP = velocidade de penetração (m/h).
Exemplo do CTP
Uma perfuratriz trabalha em uma mina de cobre a céu aberto, com uma broca
de diâmetro de 12¼”. Considerando os seguintes dados:
23
Broca normal:
US $ 5.356 US $ 450 / h
CTP = + = US $ 19,785 / m
3.000 m 25 m / h
US $ 6169
. US $ 450 / h
CTP = + = US $ 18,420 / m
3.000 m 27,5 m / h
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2.1 INTRODUÇÃO
2.2 EXPLOSIVOS
Definição
Ingredientes de um explosivo
(a) Explosivo básico (ou explosivo base) é um sólido ou líquido que, submetido a
uma aplicação suficiente de calor ou choque, desenvolve uma reação
exotérmica extremamente rápida e transforma-se em gases a altas
temperaturas e pressões. Exemplo típico de explosivos básico é a
nitroglicerina C3H5O9N3, descoberta em 1846 pelo químico italiano Ascanio
Sobrera.
(b) Os combustíveis e oxidantes são adicionados ao explosivo básico para
favorecer o balanço de oxigênio na reação química de detonação. O
combustível (óleo diesel, serragem , carvão em pó, parafina, sabugo de
milho, palha de arroz etc.) combina com o excesso de oxigênio da mistura
explosiva, de forma que previne a formação de NO e NO2; o agente oxidante
(nitrato de amônio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, nitrato de sódio etc.)
assegura a completa oxidação do carbono, prevenindo a formação de CO. A
formação de NO, NO2 e CO é indesejável, pois além de altamente tóxicos
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25
Densidade de um explosivo
Energia de um explosivo
26
ETx
RWS =
ETp
ETx ρx ρx
RBS = x = RWS x
ETp ρp ρp
RBS = 1,28 ou RBS = 128. Uma unidade de volume da emulsão possui 28%
a mais de energia quando comparada com a mesma unidade de volume do
ANFO.
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Necessidades de oxigênio: -3
Hf = Hp - Hr
Composto Hf (kcal/mol)
H20 -57,80
CO2 -94,10
CO -26,40
N 0
NO + 21,60
30
NO2 + 8,10
2
VOD
PF = ρ x 10 −6
4
sendo:
31
Sensibilidade à iniciação
Diâmetro crítico
32
A toxidez dos gases da explosão é avaliada pelo balanço de oxigênio (BO). Isto
quer dizer que, o oxigênio que entra na composição do explosivo pode estar em
falta ou em excesso, estequiometricamente, resultando uma transformação
completa ou incompleta. Quando a transformação é completa, os produtos
resultantes são CO2, H2O e N2, todos não tóxicos. Na realidade pequenas
proporções de outros gases (NO, CO, NH3 e CH4 etc.) também são gerados,
mas não comprometem a boa qualidade dos produtos finais.
A pesquisa do BO de um explosivo, apresenta uma grande importância prática,
não só do ponto de vista da formação dos gases tóxicos, mas, porque ela está
correlacionada com a energia da explosão, o poder de ruptura e outras
propriedades do explosivo usado. O máximo de energia é conseguido quando o
BO é zero. Na prática, esta condição é utópica (Reis, 1992).
33
Equilibrando a equação:
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a = x; b = 2y; d = 2x + y; c = 2x + y ⇒ c = 2a + b/2 ,
quando então a transformação é completa, tendo em vista os produtos de
reação.
Exemplo:
Nitroglicerina: C3H5O9N3
Oxigênio existente na molécula: 9 átomos
Oxigênio necessário: c = 2a + b/2 = 2 x 3 + 5/2 = 8,5 átomos
BO = 3,52%
Resistência à água
Primário Secundário
35
Explosivos deflagrantes
Dinamites
• Dinamite guhr
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• Dinamites simples
• Dinamites amoniacais
Dinamite guhr
De interesse puramente histórico, resulta da mistura de Nitroglicerina,
Kieselguhr e estabilizantes. Não é mais usada.
Dinamite simples
Resultante da mistura: Nitroglicerina + Serragem + Oxidante + Estabilizante.
Como se vê, a serragem substitui o kieselguhr como absorvente e nitrato de
sódio é, em geral, o oxidante usado. Como estabilizante, ou antiácido, usa-se o
carbonato de cálcio, com cerca de 1%. A dinamite simples produz boa
fragmentação. Em contrapartida, apresenta um alto custo e gera gases tóxicos.
Dinamites amoniacais
O alto custo da dinamite simples e as qualidades indesejáveis já citadas
permitiram o desenvolvimento das dinamites amoniacais. As dinamites
amoniacais são similares em composição, às dinamites simples, mas a
nitroglicerina e o nitrato de sódio são parcialmente substituídos por nitrato de
amônio.
Gelatinas
A gelatina também foi descoberta por Alfred Nobel, em 1875. A gelatina é um
explosivo bastante denso de textura plástica, parecendo uma goma de mascar,
constituída de nitroglicerina + nitrocelulose + nitrato de sódio. São utilizadas
apenas em casos especiais. Geram gases nocivos. Tem grande velocidade de
detonação, produz boa fragmentação e ótimo adensamento no furo.
Gelatinas amoniacais
As gelatinas amoniacais têm formulações semelhantes àquelas das gelatinas,
porém o nitrato de amônio substitui, parcialmente, a nitroglicerina e o nitrato de
sódio. Essas gelatinas foram desenvolvidas para substituir as gelatinas, com
37
Semigelatinas
Constituem um tipo intermediário entre as gelatinas e as dinamites amoniacais,
combinando a baixa densidade das amoniacais com a resistência à água e a
coesão das gelatinas, em grau mais atenuado. As composições são
semelhantes àquelas das gelatinas amoniacais, com variações nas proporções
de nitroglicerina, nitrato de sódio e nitrato de amônio, este em porcentagens
mais altas. Os gases variam de excelentes a pouco tóxicos. Existem diversas
variantes comerciais.
EXPLOSIVOS GRANULADOS
ANFO
Entre os explosivos granulados, há um universalmente conhecido, formado pela
mistura pura e simples de nitrato de amônio (94,5%) e óleo diesel (5,5%)
denominado ANFO, sigla esta resultante dos vocábulos ingleses Ammonium
Nitrate e Fuel Oil. As proporções acima, consideradas ideais, foram
determinadas pelos americanos Lee e Akre, em 1955. As maiores vantagens do
ANFO são: ocupar inteiramente o volume do furo, grande insensibilidade aos
choques, poucos gases tóxicos e redução do preço global do explosivo (US$
0,40/kg). As maiores desvantagens: falta de resistência à água, baixa densidade
(0,85 g/cm3) e necessidade de um iniciador especial. A reação ideal do ANFO
(N2H403 - Nitrato de amônio e CH2 - Óleo diesel) quando o balanço de oxigênio
é zero, pode ser expressa por:
ANFO/AL
FASE CONTÍNUA
Água 15 - 20%
Nitrato de Amônio e/ou de Sódio/Cálcio 65 – 80%
Goma + Agentes Cruzadores 1 – 2%
FASE DESCONTÍNUA
Óleo Diesel 2 - 5%
Alumínio 0 - 10%
Agentes de Gaseificação 0,2 %
EMULSÕES
40
Tabela 8 - Composição típica do ANFO Pesado com resistência à água (Katsabanis, 1999).
Água 7,2
Óleo diesel 5,9
Alumínio 7,0
Agente Emulsificante: Oleato de sódio ou 1,1
Monoleato de ezorbitol _____
100,0
EXPLOSIVOS PERMISSÍVEIS
São assim chamados os explosivos que podem ser usados em algumas minas
subterrâneas, nas quais podem acontecer emanações de metano que, com o ar,
forma uma mistura inflamável, ou então, em minas com poeiras carbonosas em
suspensão.
A tabela 9 apresenta um resumo das principais propriedades dos explosivos
industriais.
- Desmontes em geral
Tabela 11 - Equivalência de alguns explosivos comerciais disponíveis no mercado brasileiro.
3. ACESSÓRIOS DE INICIAÇÃO
3.1 Introdução
3.2 Histórico
Os acessórios surgiram a partir do momento em que o homem tendo
conhecimento do poder do explosivo, pólvora negra, que até então era utilizada
em armas de fogo e em fogos de artifícios, decidiu utilizá-la na atividade de
mineração. No ano de 1613, Morton Weigold sugeriu a utilização de explosivos
nas minas da região da Saxônia. Porém sua idéia não obteve sucesso. Em
fevereiro de 1627, Kaspar Weindl, nascido na região do Tirol, nos Alpes
austríacos, realizou uma detonação na mina real de Schemnitz, em Ober-
Biberstollen, na Hungria, sendo esta, a primeira detonação em mineração que
se tem notícia. Provavelmente, Kaspar Weindl utilizou um acessório, também de
pólvora negra, para iniciar a carga explosiva. Possivelmente este primeiro
acessório teria sido uma trilha, que descia acesa ao furo, preenchido por pólvora
negra. O sistema era muito inseguro e impreciso (Rezende, 2002).
3.3 Generalidades
Estopim de Segurança
Acessório desenvolvido para mineração, por William Bickford, na Inglaterra, no
ano de 1831. O estopim de segurança, ou estopim, conduz chama com
velocidade uniforme a um tempo de queima constante de 140 s (± 10 s) por
metro, para ignição direta de uma carga de pólvora ou detonação de uma
espoleta simples. Constituída de um núcleo de pólvora negra, envolvida por
materiais têxteis que, por sua vez, são envolvidos por material plástico ou outro,
visando sua proteção e impermeabilização.
Para se iniciar o estopim, poder-se-á usar palitos de fósforos comuns e
isqueiros.
Espoleta simples
Alfred Nobel, conhecedor do poder da nitroglicerina, por vários anos tentou criar
uma carga de iniciação que pudesse detonar este explosivo. Após várias
tentativas fracassadas, utilizando-se de uma mistura de pólvora negra e
nitroglicerina, observou que a nitroglicerina molhava a pólvora negra reduzindo
46
Espoletas Elétricas
As exigências do mercado com relação à necessidade de um acessório que
oferecesse um maior controle da detonação levaram H. Julius Smith a inventar a
espoleta elétrica em 1876. A grande idéia que este cientista teve foi a de utilizar
o conceito da lâmpada e da espoleta simples, para criar a espoleta elétrica. Esta
novidade, que poderia ser chamada de cruzamento entre os dois acessórios,
tinha como princípio de funcionamento uma fonte de energia elétrica que gerava
um aquecimento pelo efeito joule, em uma ponte de fio altamente resistente,
incandescente, capaz de desencadear a detonação da carga explosiva de
ignição da cápsula, formada por uma pequena substância pirotécnica.
A espoleta elétrica é um iniciador ativado por corrente elétrica.
O tipo instantâneo funciona em tempo extremamente curto quando a corrente
circula pela ponte elétrica.
47
Cordel Detonante
Histórico
• França – 1879
Tubos finos de chumbo, carregados com nitrocelulose que depois eram
estirados.
• Áustria – 1887
Fulminato de mercúrio, misturado com parafina, envolto por uma fiação de
algodão; VOD = 5000 m/s.
• França – 1906
Melinte (trinitro fenol fundido misturado com pó de nitrocelulose); VOD = 7000
m/s.
• Alemanha – 1910
TNT fundido envolvido por tubos flexíveis de estanho; VOD = 5400 m/s.
• Europa – 1920
Pentaeritritol (nitropenta) envolvido por uma fiação de algodão parafinado ou
coberto com betume ou uma capa de chumbo.
• Cobertura de chumbo – anos 50.
• Cobertura Plástica – Meados da década de 50.
Definição
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O sistema não elétrico de iniciação, com linha silenciosa, foi desenvolvido por P.
A. Person, nos laboratórios da empresa Nitro Nobel, na Suécia, entre 1967 e
1968. Consiste basicamente de uma espoleta comum, não elétrica, conectada a
um tubo de plástico transparente, altamente resistente, com diâmetro externo e
interno de 3 mm e 1,5 mm, respectivamente. O tubo plástico contém, em média,
uma película de PETN pulverizada de 20 mg/m de tubo, que, ao ser iniciada,
gera uma onda de choque, causada pelo calor e expansão dos gases dentro do
tubo, que se propaga com uma velocidade, aproximadamente, de 2000 m/s.
Essa reduzida carga explosiva, geradora da onda de choque, que se desloca
através do tubo, não chega a afetar o lado externo do mesmo, porém, inicia a
espoleta instantânea ou de retardo. O sistema oferece inúmeras vantagens
quando comparado a outros acessórios. Entre elas, baixo ruído, é insensível à
corrente elétricas e parasitas, não destrói parte da coluna de explosivo dentro do
furo, diferentemente do cordel, seu tubo não detona nenhum tipo de explosivo
comercial, permite a iniciação pontual, contribuindo para diminuir a carga por
espera.
Esse sistema apresenta a seguinte desvantagem em relação ao cordel
detonante: quando a coluna de explosivos encartuchados perde o contato, a
depender do “Air Gap”, alguns cartuchos podem não ser iniciado.
Detonador Eletrônico
Programação da unidade
Ligação no campo
Após os fios de cada espoleta serem conectados a uma unidade de
programação, três parâmetros de identificação são atribuídos para cada
detonador: número do furo, seqüência de saída e o tempo de retardo. Existe a
possibilidade em qualquer instante ser checado ou modificado o seu tempo de
retardo. Após a programação de cada detonador, elas são conectadas à linha
de desmonte através de um conector. Duas linhas, então, são conectadas à
maquina detonadora, que armazena todos os dados contidos na unidade de
programação. Caso ocorra curto-circuito ou existam fios desconectados, um
aviso é dado pela máquina detonadora, bem como sugestões para sanar o
problema.
51
Precisão
Medições realizadas nos tempos de detonação dos iniciadores eletrônicos em
uma mina na França, em julho/97, através de fotografias ultra-rápida e
sismogramas dos desmontes, os valores observados apresentaram uma
diferença de tempo de retardo, em relação aos teóricos, de ± 3 ms.
Comprovando a grande precisão dos detonadores eletrônicos em relação aos
sistemas convencionais de iniciação.
Segurança
O detonador eletrônico é imune à eletricidade estática, a sinais de rádio e à
detonação pré-matura pelos detonadores apresentarem as seguintes
características eletrostáticas e eletromagnéticas, respectivamente: 2000 pF – 10
KV – 0 Ω , 150 KHz a 1 GHz/40 V/m.
Benefícios
Os detonadores eletrônicos apresentam os seguintes benefícios aos desmontes
de rochas:
FASE DINÂMICA
A fase dinâmica do processo de fragmentação corresponde à ação das ondas
de choque. Inicia pela deflagração da reação química do explosivo,
termodinamicamente instável.
Para SCOTT (1996), a fase dinâmica corresponde à fase de choque
representada pelas ondas de tensão P (compressão) e S (cisalhamento)
associadas à rápida aceleração da explosão da parede do furo. A passagem da
onda de tensão em volta do furo estabelece um estado de tensão semi-estático.
A fase dinâmica finda com o surgimento gradativo das fraturas tangenciais a
partir das faces livres.
55
FASE SEMI-ESTÁTICA
Esta fase corresponde a ação da pressão dos gases de detonação. Trata-se do
trabalho mecânico realizado durante o processo de expansão ou
descompressão dos gases da detonação. Ao percorrem pelas fendas e pelas
microfissuras resultantes da fase dinâmica, os gases gerados da Prof. Valdir Costa e Silva
detonação
agem através da ação de cunhas, propagando fendas e fraturas, conforme
ilustrado na figura 9. Assim, separam parte do maciço rochoso em fragmentos
de rochas. A medida em que os gases são liberados, ocorre o lançamento dos
blocos, consumando-se o desmonte de rocha propriamente dito (Magno, 2001).
Trituração da rocha
Fraturamento radial
Durante a propagação da onda de choque, a rocha circundante ao furo é
submetida a uma intensa compressão radial que induz componentes de tração
nos planos tangenciais da frente da onda. Quando as tensões superam a
resistência dinâmica à tração da rocha, inicia-se a formação de uma zona densa
de fraturas radiais ao redor da zona triturada que rodeia o furo.
5.1 Introdução
59
Aplicações
As aplicações mais importantes são: escavação de obras públicas e mineração
a céu aberto.
Diâmetro da perfuração
Altura do banco
A escolha da altura de bancada é uma decisão que deve ser tomada levando-se
em consideração questões de ordem técnica e econômica, a saber:
60
1º CASO 2º CASO
60 m
15 m
10 m
Fica claro que todos os itens listados acima, sofreriam uma redução de 33 % se
optássemos pelo segundo caso no exemplo da figura 11.
Todavia, ao adotarmos bancadas mais altas nos deparamos com alguns
inconvenientes, os quais podem ou não anular e até suplantar o peso das
vantagens obtidas:
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Granulometria exigida
sendo:
Afastamento (A) - É a menor distância que vai do furo à face livre da bancada
ou a menor distância de uma linha de furos a outra. De todas as dimensões do
plano de fogo essa é a mais crítica.
AFASTAMENTO MUITO PEQUENO - A rocha é lançada a uma considerável
distância da face. Os níveis de pulsos de ar são altos e a fragmentação poderá
ser excessivamente fina.
65
ρe
A = 0,0123 2
+ 1,5 x de
ρr
E = 0,33 (H b +2 A )
- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:
(H b + 7 A )
E =
8
No caso de bancada alta (Hb/A>4), dois casos devem ser observados:
- os furos são iniciados instantaneamente, a seguinte expressão pode ser
usada:
E = 2xA
- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:
E = 1,4 x A
O espaçamento nunca deve ser menor que o afastamento, caso contrário, o
número de matacões será excessivo.
S = 0,3 A
Hb α
Hf = + 1 − xS
cos α 100
e) TAMPÃO (T) - É a parte superior do furo que não é carregada com explosivos,
mas sim com terra, areia ou outro material inerte bem socado a fim de confinar
os gases do explosivo. O ótimo tamanho do material do tampão (OT) apresenta
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um diâmetro médio (D) de 0,05 vezes o diâmetro do furo, isto é:
OT = D / 20
O material do tampão deve ser angular para funcionar apropriadamente. Detritos
de perfuração devem ser evitados.
O adequado confinamento é necessário para que a carga do explosivo funcione
adequadamente e emita a máxima de energia, bem como para o controle da
sobrepressão atmosférica e o ultralançamento dos fragmentos rochosos. A
altura do tampão pode ser calculada pela seguinte expressão:
T = 0,7 A
f) VOLUME DE ROCHA POR FURO (V) - O volume de rocha por furo é obtido
multiplicando-se a altura da bancada (Hb) pelo afastamento (A) e pelo
espaçamento (E):
V = Hb x A x E
Hf
PE =
V
π de 2
RL = x ρ
4000 e
Carga de coluna é a carga acima da de fundo; não precisa ser tão concentrada
quando a de fundo, já que a rocha desta região não é tão presa.
A altura da carga de coluna é igual a altura total da carga (Hc) menos a altura da
carga de fundo (Hcf):
Hcc = Hc - Hcf
CT = CF + CC
CT
RC = ( g / m 3 ) ou
V
CT
RC = (g / t)
ρr V
70
Exemplo 1
Dados:
Rocha: calcário
Altura da bancada: 15,0 m
Diâmetro da perfuração: 101 mm (4”)
Angulo de inclinação dos furos: 20°
Explosivo utilizado: ANFO (94,5/5,5); ρ = 0,85 g/cm3
Densidade da rocha: 2,7 g/cm3 = 2,7 t/m3
Condição de carregamento: furos secos.
ρe
A = 0,0123 2
ρ + 1,5 x De
r
0,85
A = 0,0123 2 + 1,5 x 101 = 2,6 m
2,7
Hb α 15 20
Hf = + 1 − xS = + 1 − x 0,8 = 16,6 m
cos α 100 cos 20
100
d) Cálculo do Espaçamento (E)
Como Hb/A = 5,8 ⇒ Hb/A > 4, e utilizaremos elementos de retardos entre os furos
de uma mesma linha, a seguinte expressão será aplicada:
π de2
RL= x ρ
4000 e
Para o ANFO:
π de 2 3,14(101)
2
RL ANFO = x ρe = x 0,85 = 6,8 Kg / m
4000 4000
72
Hf 16,6 m 0,12 m / m 3 m
PE = = = 0,12 m / m 3 ou = 0,04
V 140,4 m 3 2,7 t / m 3 t
Exemplo 2
MP = NF x Hf = 32 x 16,6 = 531,2 m
TE = NF x CE = 32 x 100,64 kg = 3220,48 kg
g) Custo por m3
Exemplo 3
1,15
A = 0,0123 2 +1,5 x 64 ≅ 2,0m
2,5
Hb α 7,5 20
Hf = + 1 − xS = + 1 − x 0,6 = 8,2 m
cos α 100 cos 15
100
Como Hb/A =3,8 ⇒ Hb/A < 4, e utilizaremos elementos de retardos entre os furos
de uma mesma linha, a seguinte expressão será aplicada:
(Hb + 7 A ) ( 7,5 + 7 x 2)
E = = = 2,7 m
8 8
H cc 6,8 m
N Ce = = = 11
Comp . do cartucho 0,610 m
Hf 8,2 m 0,20 m / m 3 m
PE = = = 0,20 m / m 3 ou = 0,08
V 40,5 m 3 2,5 t / m 3
t
77
Carregamento Transporte
- menor enchimento das caçambas - atraso na pilha de deposição
- presença de blocos e lajes - pisos irregulares
- pilha baixa e compacta - ângulos acentuados das
- aumento nos custos da das vias de acesso
manutenção - aumento nos custos de
- aumento do ciclo dos caminhões, manutenção
escavadeiras e/ou pá carregadeira - desgastes dos pneus e/ou das
- aumento do desmonte secundário correias transportadoras
Meio Ambiente
- excessivo pulso de ar
- maior ultralançamento
- excessiva poeira e gases
- excessiva vibração
- riscos de danos às instalações,
estruturas, equipamentos e
operários
80
Figura 16: a) ligação em um banco que apresenta apenas uma face livre;
b) ligação em um banco que apresenta duas faces livres.
83
Figura 17 - Ligação em “V” utilizada para se obter uma pilha mais alta e uma melhor
fragmentação, utilizando o sistema de iniciação de tubos de choque.
84
Figura 18 - Sistema de iniciação “down -the-hole” utilizada para evitar cortes na ligação.
Prof. Valdir Costa e Silva
85
DE EXPLOSIVOS
9.1 HISTÓRICO
Em 41 D.C. os romanos usaram cerca de 20.000 homens por 10 anos para abrir
um túnel de 6 km para drenar o lago Fucinus.
O primeiro dos diversos túneis hidroviários foi o do canal “du Medi” túnel francês
construído de 1666-1681 por Pierre Riquet como parte do primeiro canal ligando
o oceano Atlântico ao mar Mediterrâneo através da Europa Central.
Simultaneamente, a abertura de túneis ferroviários espetaculares foi iniciada na
Europa Central através dos Alpes. O primeiro deles, o túnel Mont Cenis
necessitou de 14 anos (1857-1871) para ser completado em seus 14 km. Seu
engenheiro, Germain Sommeiller, introduziu várias técnicas pioneiras, incluindo
carretas de perfuração sobre trilhos, compressores de ar hidráulicos e
acampamento de operários completos com dormitórios, residências, escolas,
hospitais e áreas recreativas além de oficinas de reparos. Sommeiller também
projetou uma perfuratriz a ar que se tornou possível o avanço da face do túnel a
razão de 4,5 m por dia. Estas perfuratrizes foram usadas em vários túneis
europeus posteriores, após a substituição das brocas por outras mais
resistentes desenvolvidas por Simon Ingersoll e outros nos Estados Unidos, na
obra do túnel de Hoosac.
No Brasil o privilégio para a construção e exploração industrial de uma estrada
de ferro que partisse de Santos, alcançasse São Paulo e fosse em direção à
então vila de Judiai, foi iniciado pelo Barão de Mauá para a constituição de uma
empresa, que mais tarde se chamaria “São Paulo Railway Company”. O primeiro
sistema funicular, ou “Serra Velha”, consistia de 8 km de rampas de 10% por
onde os trens se deslocavam através de um sistema de duas pontas chamado
“tail-end”. Foi inaugurado em 29 de julho de 1864, e aberto ao tráfego na
inauguração de toda estrada em 1867.
A abertura de túneis sob rios era considerada impossível até o desenvolvimento
da couraça protetora, na Inglaterra, por Mar Brunel, um engenheiro imigrante
francês. O primeiro uso da couraça foi em 1825 no túnel de Wapping-
Rotherhithe através das argilas do rio Tamisa.
As esporádicas tentativas do sonho dos engenheiros e túneis de possuir uma
escavadora mecânica rotativa foram coroadas com êxito em 1954, na barragem
88
A nova obra facilitou não só o acesso dos turistas ao litoral, mas a ligação com o
porto de Santos, principal canal de exportação dos produtores brasileiros.
As empresas optaram por fazer dois terços do trajeto na área da Serra do Mar
em túneis e o terço restante em viadutos.
Foram construídos três túneis, com extensão total de 8,23 quilômetros. O Túnel
Descendente (TD) 1, que tem 3,146 metros de comprimento, é o maior túnel
rodoviário do Brasil. A utilização de túneis diminui a interferência na floresta
nativa.
A abertura em túneis é uma obra muito comum nos projetos de engenharia civil.
Os comprimentos dos túneis podem variar de alguns metros, em túneis
ferroviários, até alguns quilômetros em projetos hidrelétricos.
Em muitos casos, os túneis na engenharia civil não apresentam nenhum valor
até os mesmos serem completados, então, uma rápida taxa de avanço é
usualmente uma meta.
Outros fatores de preocupação incluem o uso final (requerendo um acabamento
na parede), tipos de suporte, tipos de revestimentos, tipos de rochas
encontradas, perfuração, carregamento e equipamentos de carregamento,
ventilação, habilidade e experiência dos trabalhadores e outras restrições tais
como a proximidade de estruturas e a presença de água.
• Seção Plena;
• Galeria Superior e Bancada;
• Galeria Lateral;
• Abertura Integral da Galeria Superior e Bancada;
• Galerias múltiplas.
• Seção Plena
Sempre que possível o sistema conhecido por sistema inglês ou da seção plena
(figura 26 a) avanço integral da seção é escolhido para realizar um determinado
avanço de uma só vez.
As principais vantagens da abertura de túneis por seção plena constituem que
esse tipo de avanço permite a aplicação de equipamento de alta capacidade, e
conseqüentemente é o procedimento que atinge as maiores velocidades de
avanço nas frentes.
Existem sérias restrições quando as seções são maiores principalmente em
áreas de grande tensão tectônica, quando a descompressão da rocha pode
causar sérios problemas de explosão da rocha (“rock bursting”).
93
9.8 PILÕES
O pilão em pirâmide, também conhecido por pilão alemão, caracteriza-se por ter
os 3 ou 4 furos centrais convergentes a um ponto. Usa-se principalmente em
poços e chaminés. Em trechos horizontais este pilão não tem sido muito
utilizado devido aos furos desviados para baixo.
Pilão em V ou em Cunha
Vista
Vista
Isométrica
Frontal
97
Plano
Vista Frontal
Vista Isométrica
Pilão Norueguês
98
Vista Lateral
Vista Frontal
Vista Isométrica
Pilão Coromant
Pilão em Cratera
Conceituação
Chama-se “plano de fogo” o plano que engloba o conjunto dos elementos que
permitem uma perfuração e detonação correta de um túnel, galeria, poço etc.,
através do equipamento previsto para este serviço e dos tempos necessários ao
cumprimento do cronograma.
A primeira parte de um plano de fogo refere-se à determinação do explosivo e
sua forma de detonação. Seguem-se a verificação do projeto e o estudo do
tempo. As figuras 28 e 29 mostram as zonas de um desmonte de um túnel ou
galeria.
Pilão
PILÃO
2
H = 0,15 + 34,1 D 2 − 39,4 D2
X = 0,95 x H
Um bom avanço nos desmontes de rochas, bem como uma boa fragmentação
da rocha, são extremamente dependentes da precisão do esquema de
perfuração. A qualidade da perfuração da rocha é afetada pelos três tipos de
erros:
CÁLCULO DO 1° QUADRADO
a = 1,5 x D2
T1 = a
πd e 2
RL = xρ
4000
107
onde:
Q1 = (H – T1) x RL
(H − T1 )
NC 1 =
0,610 m
W1 = a 2
W 2 = d cc 2 2
T2 = 0,5W1
Q2 = (H – T2) x RL
(H − T2 )
NC 2 =
0,610 m
CÁLCULO DO 3° QUADRADO
dcc3 = 1,5W2
W3 = d cc 3 2
T3 = 0,5W2
Carga explosiva por furo do 3° Quadrado (Q3)
Q3 = (H – T3) x RL
Número de cartuchos por furo (NC3)
(H − T3 )
NC 3 =
0,610 m
CÁLCULO DO 4° QUADRADO
W 4 = d cc 4 2
T4 = 0,5ar
Q4 = (H – T4) x RL
(H − T4 )
NC 4 =
0,610 m
El = 1,1ar
Tl = 0,2ar
Ql = (H – Tl) x RL
(H − Tl )
NC l =
0,610
FUROS DA PAREDE
Tp = 0,5ap
Qp = (H-Tp) x RL
111
Altura da parede − a l
NF p = INT + 1 x 2
Ep
πR
NF t = INT − 1
ET
LD
NF c = INT − 1
ET
onde:
sendo:
Eli = 1,1 x ar
EDH = LT – W4 – 2 x ap
EDV = ap – al
Til = 0,5 x ar
Qil = (H - Til ) x RL
Ei = 1,2 x ai = 1,2 m
π r
NF1 = INT 1
Ei
π r
NF 2 = INT 2
Ei
π r
NF 3 = INT 3
Ei
Eh
NF h = INT
E i
Tiap = 0,5 x ar
Qiap = (H - Tiap ) x RL
Cálculo do número de cartuchos por furo (NCiap)
A África do Sul é um dos poucos paises no mundo em que a iniciação dos furos
na escavação do túnel é feita utilizando-se retardos de períodos longos (LPD),
incluindo o uso do estopim de segurança. Na maioria dos túneis na Europa e na
América do Norte e em outras partes do mundo é utilizado retardo de tempos
curtos (SPD).
Vantagens dos retardos de tempos curtos:
• fragmentação mais fina;
• pilha mais solta (mais fácil de escavar);
115
2
H = 0,15 + 34,1 D 2 − 39,4 D2
0,15 + 34 ,1( 0,127 ) − 39 ,4( 0,127 )
2
H = ⇒ H = 3,8 m
Avanço (X)
πd e 2 3,14( 29 )
2
RL = xρ= x 1,15 ⇒ RL = 0,759 kg / m
4000 4000
Tampão (T1)
T1 = a = 0,19 m = 19 cm
( H − T1 ) ( 3,8 m − 0,19 m )
NC 1 = = ⇒ NC 1 = 6
compriment o do cartucho 0,610 m
(H − T2 ) ( 3,8 m − 0,14 m )
NC 2 = = ⇒ NC 2 = 6
0,610 m 0,61 m
119
d) Cálculo do 3° Quadrado
(H − T3 ) ( 3,8 m − 0,3 m )
NC 3 = = ⇒ NC 2 = 6
0,610 m 0,61 m
120
e) Cálculo do 4° Quadrado
( H − T4 ) ( 3,8 m − 0,5 m )
NC 4 = = ⇒ NC 2 = 5,5
0,610 m 0,610 m
121
( H − Tl ) ( 3,8 m − 0,2 m)
NC l = = ⇒ NC l = 6
0,610 0,610 m
g) FUROS DA PAREDE
RL = 0,230 kg/m
h) FUROS DO TETO
πR 3,14 x 6,0 m
NF t = INT − 1 = INT − 1 ⇒ NF t = 30
ET 0,6 m
LD 23,4 m
NF c = INT − 1 = INT − 1 ⇒ NF c = 38
ET 0,6 m
onde:
LD = 23,4 m
sendo:
8,12 m
NLV = INT +1 ⇒ NLV = 8
1,1 m
ar = 1,0 m
2,28 m
NLH = INT +1 ⇒ NLV = 3
1, 0 m
π r 3,14 (6 m − 0,8 m)
NF1 = INT 1 = INT ⇒ NF1 = 13
Ei 1,2 m
Eh 5,6 m
NF h = INT = INT ⇒ NF h = 6
E i 1,2 m
RESUMO
128
• Volume total de rocha “in situ” por detonação (V): 3,6 m x 96 m2 = 346
m3
Espoleta não elétrica com retardo: 127 peças / desmonte x 385 detonações:
48.895 peças
745,73 g/m3 / densidade da rocha = 745,73 g/m3 / 2,7 t/m3 ⇒ RC = 276,20 g/t
10.1 Introdução
• maior diluição do minério com o estéril, nas zonas de contato, nas minas
metálicas;
• aumento do custo de carregamento e transporte, devido ao incremento do
volume do material escavado;
• aumento do custo de concretagem nas obras civis: túneis, centrais
hidráulicas, câmaras de armazenamento, sapatas, muralhas etc.;
• necessidade de reforçar a estrutura rochosa residual, mediante custosos
sistemas de sustentação: tirantes, cavilhas, split set, cintas metálicas,
revestimento e/ou jateamento de concreto, redes metálicas, enchimento etc.;
• manutenção do maciço residual com um maior risco para o pessoal da
operação e equipamentos;
135
Nas minerações a céu aberto, no controle dos taludes finais, podem produzir as
seguintes vantagens:
• elevação do angulo do talude, conseguindo-se um incremento nas reservas
recuperáveis ou uma diminuição da relação estéril/minério;
• redução dos riscos de desprendimento parciais do talude, minimizando a
necessidade de bermas largas, repercutindo positivamente sobre a produção
e a segurança nos trabalhos de explotação;
• tornar seguro e estético os trabalhos de desmonte relacionados à engenharia
urbana.
Paralelamente, nos trabalhos subterrâneos a aplicação dos desmontes de
contorno tem as seguintes vantagens:
• menores dimensões dos pilares nas explotações e, por conseguinte, maior
recuperação do jazimento;
• melhora a ventilação, devido ao menor atrito entre o ar e as paredes das
galerias;
• aberturas mais seguras com um menor custo de manutenção das paredes,
tetos e pisos;
• menor risco de danos à perfuração prévia, no caso do método de lavra VCR
(Vertical Crater Retreat).
sendo:
PF = pressão da carga da coluna de explosivo acoplada ao furo (GPa);
ρ = densidade do explosivo (g/cm3);
VOD = velocidade de detonação de um explosivo confinado (m/s);
2,4
d
PE = PF Cl
D
onde:
PE = pressão efetiva (amortecida), GPa;
Cl = quociente entre a longitude da carga de explosivo e da longitude da
carga de coluna (Cl = 1 para cargas contínuas, isto é, sem
espaçadores);
d = diâmetro da carga de explosivo (polegadas ou mm);
D = diâmetro da perfuração (polegadas ou mm).
137
32 0,25 - 0,40 90
38 0,30 - 0,45 130
45 0,35 - 0,50 180
51 0,40 - 0,55 230
64 0,45 - 0,65 350
76 0,50 - 0,75 500
89 0,55 - 0,85 690
102 0,65 - 0,95 900
127 0,75 - 1,15 1400
152 0,90 - 1,30 2000
Tampão Tampão
Tampão
Plugue
Carga
Desacoplada Cargas
Espaçadas
Carga
Fig.38-a - Pré-corte com carga contínua Fig. 38-b - Pré-corte com cargas Fig. 38-c – Pré-corte
desacopladas. com AIR-
DECK
O método de desmonte escultural com AIR DECK diminui a pressão inicial dos
gases produzidos pela explosão, e incrementa o confinamento dos gases e
tempo de ação da explosão sobre a rocha. O princípio básico é o de permitir que
a energia potencial do explosivo seja transferida ao meio sólido em uma
seqüência de pulsos em vez de uma expansão instantânea. Essa técnica
apresenta as seguintes vantagens em relação à técnica do pré-corte com cargas
desacopladas ou cargas espaçadas:
• uso de explosivos comuns (ANFO), em vez de explosivos especiais
utilizados para o pré-corte, traduzindo-se em redução de custo;
• obtenção de taludes mais altos e seguros, pela diminuição de fraturas nos
bancos;
• diminuição dos níveis de vibração do terreno provocado pelo desmonte
escultural;
• permite usar o mesmo diâmetro de perfuração que é utilizado na produção,
evitando-se a necessidade de usar uma segunda perfuratriz.
140
Regras práticas para o cálculo do desmonte escultural com o sistema AIR DECK
• Espaçamento dos furos: (16 a 24) vezes o diâmetro do furo (em metros);
• Carga de explosivos por furo (Q): (0,4 a 1,4) x H x E (em kg), sendo: H = prof. do furos,
E = espaçamento;
Para efeito de cálculo utilizaremos os valores médios das regras práticas na determinação
dos seguintes parâmetros:
Observações:
• a última linha de furos de produção (buffer line) deve ter sua carga
reduzida, no mínimo de 50%, para que a parede do pré-corte não seja
danificada durante a detonação principal;
Dados do furo:
Diâmetro dos furos( φ f): 3” = 0,0762 m; Profundidade dos furos (H): 14 m; Comprimento da
carga de fundo (Cf): 0,6 m (um cartucho de 2-1/2” x 24”, por exemplo).
Cálculos:
• Longitude do tampão (T) ou posição do plugue em relação ao topo do furo:
T = 19 x φf = 19 x 0,0762 = 1,4 m
A maioria dos países tem normas locais, que especificam legalmente níveis
aceitáveis de vibração do solo provocadas por detonações. Estas normas são
baseadas em pesquisas que relacionam o pico da velocidade com os dados
estruturais. No Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
estabeleceu normas, válidas a partir de 31/10/2005, através da ABNT NBR 9653
(Norma Brasileira Registrada), para reduzir os riscos inerentes ao desmonte de
rocha com uso de explosivos em minerações, estabelecendo os seguintes
parâmetros a um grau compatível com a tecnologia disponível para a segurança
das populações vizinhas:
A ABNT NBR 9653:2005 apresenta as seguintes definições:
a) velocidade de vibração de partícula de pico: máximo valor instantâneo da
velocidade de uma partícula em um ponto durante um determinado intervalo de
tempo, considerando como sendo o maior valor dentre os valores de pico das
componentes de velocidade de vibração da partícula para o mesmo intervalo de
tempo;
b) velocidade de vibração de partícula resultante de pico (VR): máximo valor
obtido pela soma vetorial das três componentes ortogonais simultâneas de
velocidade de vibração de partícula, considerado ao longo de um determinado
intervalo de tempo, isto é:
2 2 2
VR = VL + VT + Vv
onde:
VL, VT e VV são respectivamente os módulos de velocidade de vibração de
partícula, segundo as direções L - longitudinal, T - transversal e V – vertical;
c) pressão acústica: aquela provocada por uma onda de choque aérea com
componentes na faixa audível (20 Hz a 20.000 Hz) e não audível, com uma
duração menor do que 1 s;
d) área de operação: área compreendida pela união da área de licenciamento
ambiental mais a área de propriedade da empresa de mineração.
e) ultralançamento: arremesso de fragmentos de rocha decorrente do
desmonte com uso de explosivos, além da área de operação.
145
D
DE =
Q
onde:
D é a distância horizontal entre o ponto de medição e o ponto mais próximo da
detonação, em metros;
Q é a carga máxima de explosivos a ser detonado por espera, em quilogramas.
g) desmonte de rocha com uso de explosivos: operação de arrancamento,
fragmentação, deslocamento e lançamento de rocha mediante aplicação de
cargas explosivas.
Na maioria das operações, os níveis de vibrações são mantidos bem abaixo dos
critérios estabelecidos para evitar danos. Entretanto, o respeito às leis não
excluem problemas: vibrações dentro de limite legais podem ainda aborrecer
vizinhos. Estes aborrecimentos poderão induzir a problemas de relacionamento
com a vizinhança, litígios e fechamento da mina.
147
Vibração do terreno
a)
b)
As ondas do tipo superficial que são geradas pelos desmontes de rochas são:
as Ondas Rayleigh-R e as Ondas Love-Q. Outros tipos de ondas superficiais
são as ondas Canal e as Ondas Stonelly.
Na prática, a velocidade de pressão das ondas transversais é da ordem de 50 a
60% da velocidade das ondas compressionais.
Figura 43:
Causas dos
ultralançamentos dos
fragmentos rochosos.
Continuação da
Figura 43.
A continuação da
−m
D
V = k
Q
153
onde:
V = velocidade de vibração da partícula (mm/s);
D = distância do local do desmonte até o ponto de registro (m);
Q = carga máxima por retardo (kg);
Kem = constantes que dependem do tipo de desmonte, tipo de explosivo,
da homogeneidade da rocha e da presença de juntas, falhas, fendas etc.
No gráfico da figura 44 o valor de m corresponde a inclinação da reta, e k é o
ponto onde a reta intercepta o eixo das ordenadas.
154
−1, 6 −1, 6
D 305
V =320 =320 =16 ,5 mm / s
Q
2280
Caso fosse utilizado um retardo entre as linhas, a carga máxima por espera
passaria a ser de 1140kg (10 furos x 114 kg). Dessa forma a nova velocidade
de vibração seria de:
−1, 6 −1, 6
D 305
V =320 =320 =9,5 mm / s
Q
1140
D
DR =
Q
Exemplo:
Assuma que um valor seguro (imposto por lei) seja de DR = 60. Uma pedreira
normalmente usa uma carga máxima de 350 kg por espera. Uma nova casa
está sendo construída a uma distância de 300 m do local do desmonte. As
condições de desmonte são seguras?
D 300
DR = = = 16
Q 3 50
Sendo 16 < 60, o desmonte não será seguro, pois, existe a probabilidade de
danos.
A que distância ou qual a carga máxima por espera que deve ser utiliza para
satisfazer o padrão legal de segurança?
300
60 = = 25 kg
Q
2
π de
RL = x ρe
4000
162
RL
SEA =
RC
A = E = SEA
e) Subperfuração (S)
f) Tampão (T)
A
T =
3
CF = RL (Hf - T)
Exemplo
Deseja-se efetuar um desmonte subaquático de um banco de rocha de 12 m de
altura que se encontra debaixo de uma lâmina d’água de 15 m e com um
163
RL 10,21 kg / m
SEA = = = 6,19 m 2
RC 1,65 kg / m 3
e) Subperfuração (S)
f) Tampão (T)
Hf = HR + S = 5 m + 1,8 m = 6,8 m
164
Prof. do corte
Altura do banco
165
Uma certa quantidade de subperfuração deve ser utilizada para garantir que
a eventual rampa satisfaça a inclinação desejada.
A seqüência de iniciação deve garantir que ocorra um movimento suficiente
da rocha antes da detonação dos próximos furos.
E
A
A
A = KADe ; E = KE A ; S = KSA ; T = KT A
166
Onde:
A = afastamento; E = Espaçamento; S = Subperfuração; T = tampão;
KA = constante relacionando o afastamento e o diâmetro do furo;
KE = constante relacionando o espaçamento e o afastamento;
KS = constante relacionando a subperfuração e o afastamento;
KT = constante relacionando o tampão e o afastamento.
Mas A = S/KS = mS
onde m = constante de proporcionalidade = 1/KS.
A zona rasa figura 50 é definida como a região de corte controlada tanto pela
mínima dimensão da malha, como pela mínima perfuração. A profundidade dos
furos e o tamanho da carga são constantes nesta região (figura 51).
Zona Rasa
Zona Profunda
S’
167
S' D
H' + = 19 e
2 2
3) Normalmente, nessa região, explosivos encartuchados são utilizado em vez
de explosivos bombeados. O comprimento S’, para um único cartucho, pode
ser expresso em função do diâmetro do explosivo (De) do cartucho: S’ =
KeDe, onde K é a relação entre o comprimento e diâmetro do explosivo
encartuchado utilizado. Depende do tipo e do adensamento do explosivo
utilizado.
Para furos com diâmetro ≥ 8”, Ke varia de 2 a 3. Assumiremos um valor
médio de 2,5, teremos:
S’ = 2,5De
A = mS
C) ZONA DE TRANSIÇÃO
Rasa Profunda
Transição
S’ ST S
Figura 52 – Detalhes das Zonas de uma rampa.
Utilizando a semelhança de triângulo da figura 52 demonstra-se que:
(H' + S') L D − (H + S ) L S
X =
(H + S ) − (H' + S')
ST = K(LT + X) - HT HT = LT x G AT = mST
Exemplo
LT = LD - LS = 150 m - 26 m = 124 m
(H' + S') L − (H + S ) L
X = ( 2,08 + 0,6)D150 − (12 + 1,8S) 26
= =
X
(H ++1S,8)) −− ((H
(12 +S
2,'08 +'0) ,6)
3,88 m
H+S 12 + 1,8
K = = = 0,09
LD + X 150 + 3,88
170
Este processo pode ser repetido para qualquer ponto desejado dentro da zoa de
transição.
Etapa 5. O ábaco da figura 53, desenvolvido por Chung, pode ser utilizado para
simplificar o processo de cálculo. Contém 4 escalas: distância horizontal (L);
profundidade de escavação (H); subperfuração (S); afastamento e espaçamento.
Para demonstrá-lo vamos desenhar uma linha através do ponto que representa a distância
horizontal de 50 m e o alinhamento no ponto P. A linha intercepta as outras 3 escalas
dando as seguintes variáveis: H = 4m; S = 0,85 m e A = 3,3 m.
Distância Horizontal
L (m)
Prof. do corte
H (m)
Subperfuração
S (m) E (m) e A (m)
Profundidade
173
π 3,14
Q = De
2
(H + S − T ) 850 = ( 0,25 ) 2 (12 + 1,8 − 4,5 ) x 850 = 388 kg
4 4
π 2 3,14
Q = d L ( 850 ) = ( 0,203 ) 2 ( 0,490 ) x 850 = 13,5 kg
4 4
quantidade de explosivo (Q) será:
O comprimento da carga de explosivo é de 0,32 m. A tabela 20 mostra as
massas das cargas para cada malha definida.
Tabela 20 - Comprimento e massa das cargas para diferentes malhas
Malha (A x E) Comprimento da carga (m) Massa da Carga
(kg)
7 9,3 391
6 5,0 210
5 1,8 76
4 0,7 29
174
3 0,4 17
2 0,3 13
Retardos
Iniciação
Neste caso serão utilizados retardos “osso de cachorro” com cordel detonante, e
iniciando o desmonte na zona mais profunda para criar um vazio que sirva de
pilão. Chung sugere os seguintes intervalos de tempo de retardo entre as linhas:
- zona profunda: 25 ms;
- zona rasa: 15 ms.
A figura 55 mostra ao método de amarração para a rampa na qual um lado será
parte permanente da cava.
175
Longitude da Perfuração.
H α
L = + 1 − xS
cos α 100
Onde:
177
Esquemas de perfuração.
São sempre realizadas com furos verticais, e conforme seja a relação “H/D” dois
casos se distinguem:
a) Se H > 100D. É mais habitual para bancos de 10 a 12 m de altura. Os
valores do afastamento (A) e do Espaçamento (E) são calculados a partir da
tabela 23.
0,5
Qf
A =
x H x CE
E
A cos α
Esquema de iniciação.
Os esquemas mais utilizados são os retangulares (figura 57) ou triângulos
equiláteros (figuras 58 e 59).
Exemplo
Uma empreiteira responsável pela construção de uma rodovia fará a escavação
de uma trincheira. O canteiro de obra dispõe de um ROCK DRILL que executa
furos de 76 mm (0,0706 m). A trincheira apresenta as seguintes características:
furos verticais, altura do banco 12 m, extensão de 25 m e largura de 10 m. A
resistência à compressão simples da rocha é de 150 MPa. Na carga de fundo
será utilizado emulsão encartuchada (2 ½” x 24”) , e na carga de coluna ANFO,
cuja razão linear (RL) será de 3,85 kg/m.
Em função desses dados elabore o plano de fogo.
180
H α 12 m 0
L = + 1 − xS = + 1 − x 0,8 ⇒ L = 12,8 m
cos α 100 cos 0 0
100
Este tipo de obra pode ser executada segundo três procedimentos (figura 61):
As aberturas das pistas de acesso são assinaladas na figura 61 com a letra “A”.
Nessa etapa utiliza-se o mesmo equipamento de perfuração, executando furos
horizontais. O objetivo nesta etapa é de abrir plataformas cujas alturas variam
de 6 a 9 m.
182
E = 3x DxL
Onde:
D = diâmetro do furo (m);
L = longitude do furo (m).
Se a altura do banco é inferior a 5 m utiliza-se somente uma linha de furos, entre
5 e 8 m duas linhas e acima de 8 m três ou mais linhas.
Seqüência de iniciação.
A figura 62 representa uma seqüência de iniciação para o desmonte de meia
encosta.
Quando nos desmontes são combinados furos horizontais com verticais, é
conveniente efetuar a escavação por fases, desmontado-se o material do
primeiro tiro antes de disparar o segundo. Se pela necessidade da obra o
desmonte se dispõe em uma só seção, a seqüência recomendada deve ser da
figura 63.
16.1 INTRODUÇÃO
Estas instruções e regras não invalidam, e isso deve ser bem compreendido, as
leis, ordens ou regulamentações federais, estaduais, corporacionais ou
municipais com as quais possam estar em conflito. Para o controle do
transporte, do manuseio, da armazenagem e da destruição dos explosivos
sugere-se a leitura do R-105 elaborado pelo exército brasileiro.
A maioria dos acidentes ocorridos com explosivos poderia ter sido evitada e o
objetivo deste capítulo é o de ajudar na prevenção de tais acidentes. Para
que os trabalhos de perfuração e desmonte de rochas se realizem em condições
seguras, é preciso que em tais operações se observem os seguintes aspectos:
cumprimento das normas e regulamentos vigentes;
formação técnica dos operadores, cabos de fogo (blasters) e do pessoal
encarregado do carregamento com cursos periódicos adequados;
utilização de máquinas, explosivos e acessórios e sistema de iniciação em
condições de segurança.
16.2 PERFURAÇÃO
16.3 DESMONTE
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