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Pólvora:

Pólvora é uma substância que queima com


rapidez, usada como propelente em armas de fogo.
Propelente ou Propulsante é um material que pode
ser usado para mover um objeto aplicando uma
força.
Arma de fogo é um artefato utilizado para
propulsão de projéteis sólidos, por meio de uma
rápida expansão de gases obtidos pela queima
controlada de um propelente, geralmente sólido, que
na maioria dos casos é a pólvora, contida em uma
câmara fechada por todos os lados, exceto por
aquele que conduz o projétil através de um orifício
cilíndrico denominado cano ou tubo. É
imprescindível para o funcionamento letal da arma
de fogo também a munição.
O tiro esportivo é praticado com armas de fogo e é
uma modalidade olímpica.
São partes de uma arma de fogo:
• Cano ou tubo
• câmara de expansão dos gases
• culatra
• sistema de disparo ou percussão
• sistema de segurança
• sistema de mira
• cabo ou dispositivo de ancoragem
• municiador ou carregador
Artefacto ou artefato: em arqueologia, é qualquer
objeto feito ou modificado por um humano numa
cultura arqueológica, que dê evidência da atividade e
da vida do homem. Muitas vezes, tais artefatos
foram recuperados mais tarde por esforços de alguns
arqueólogos. Em
arqueologia, chama-se de cultura material ou
cultura arqueológica o conjunto de objetos -
tecidos, utensílios, ferramentas, adornos, meios de
transporte, moradias, armas etc. - que formam o
ambiente concreto de determinada sociedade.
Para superar os obstáculos do meio ambiente, o ser
humano, desde os primórdios, criou diversos
utensílios e implementos, aproveitando matérias-
primas encontradas na natureza. Com o
desenvolvimento das diversas culturas e sociedades,
foram sendo elaboradas formas que, além de úteis,
fossem consideradas belas, com acabamento que
proporcionasse satisfação ao usuário e ao
observador. Tudo isso refletia (e reflete) o modo de
pensar e os valores de cada cultura e cada sociedade.
Reação exotérmica
Uma reação química é uma
transformação da matéria na qual
ocorrem mudanças qualitativas na
composição química de uma ou mais
substâncias reagentes, resultando em um
ou mais produtos. Envolve mudanças
relacionadas à mudança nas
conectividades entre os átomos ou íons,
na geometria das moléculas das espécies
reagentes ou ainda na interconversão
entre dois tipos de isômeros.
Resumidamente, pode-se afirmar que
uma reação química é uma
transformação da matéria em que pelo
menos uma ligação química é criada ou
desfeita.

Hp = Entalpia dos produtos , Hr =


Entalpia dos reagentes

Uma reação exotérmica é uma reação química


cuja energia é transferida para um meio do seu
interior ao exterior, assim esquentando o
ambiente. Um exemplo disso é a reação de queima
de produtos inflamáveis, como álcool ou a gasolina,
que produzem muita energia não contida em seu
meio.
Reação exotérmica: reação química que libera calor,
sendo, portanto, a energia final dos produtos menor
que a energia inicial dos reagentes. Disso se conclui
que a variação de energia é negativa.
Reação Endotérmica: reação química que absorve
calor, sendo, portanto, a energia final dos produtos
maior que a energia inicial dos reagentes. Desta
forma a variação de energia é positiva. Um exemplo
de reação endotérmica é a decomposição da bauxita,
para obter o alumínio.
Uma reação química é uma
transformação da matéria na qual
ocorrem mudanças qualitativas
na composição química de uma ou
mais substâncias reagentes,
resultando em um ou mais
produtos. Envolve mudanças
relacionadas à mudança nas
conectividades entre os átomos
ou íons, na geometria das
moléculas das espécies reagentes
ou ainda na interconversão entre
dois tipos de isômeros.
Resumidamente, pode-se afirmar
que uma reação química é uma
transformação da matéria em que
pelo menos uma ligação química é
criada ou desfeita.

Pólvora "sem fumo"

Pólvora "sem fumo" consiste, quase que somente, de


pura nitrocelulose (pólvoras de base simples),
frequentemente combinada com até 50% de
nitroglicerina (pólvoras de base dupla), e algumas
vezes com nitroguanidina (pólvoras de base tripla),
embebida em pequenas pelotas esféricas, lâminas ou
cilindros extrudados, usando éter como solvente.
Pólvora "sem fumo" queima somente na
superfície dos grãos. Grãos maiores queimam mais
vagarosamente, e a taxa de queima é controlada por
uma camada superficial de detenção de chama. A
intenção é regular a taxa de queima, de modo que
uma pressão relativamente constante seja exercida
para propelir o projétil ao longo de todo o seu
percurso dentro do cano da arma, para se obter a
maior velocidade possível. Pólvora para canhões
possui os maiores grãos, cilíndricos, com até o
tamanho de um polegar e com sete perfurações (uma
central e as outras seis formando um círculo na
metade do caminho entre o centro e a face externa).
As perfurações estabilizam a taxa de queima porque,
enquanto o exterior se queima em sentido do
interior, ocorre o inverso nos furos, para fora.
Pólvoras de queima rápida para armas de fogo
são feitas com formas estudadas com maior área
superficial, como lâminas, ou por achatamento de
grãos esféricos. A secagem é realizada a vácuo. Os
solventes são então recondensados e reciclados. Os
grãos são também revestidos com grafite, para
prevenir que faíscas provenientes de eletricidade
estática causem ignições indesejadas, além de
reduzir ou acabar com a tendência dos grãos em se
aglutinarem, tornando o manuseio e o carregamento
mais fáceis.
A pólvora negra é composta de ingredientes
granulares:
• Enxofre (S),
• Carvão vegetal (provê o Carbono) e
• nitrato de potássio (Salitre - KNO3, que provê o
Oxigênio)
A proporção ótima para a pólvora é:
salitre 74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal
13,51%.
A proporção básica de seus elementos constituintes
é:
2 partes de Enxofre: 3 partes de Carvão mineral:
15 partes de Salitre
Um mito urbano comumente associado a pólvora
negra é de que o carvão mineral (ou então grafite)
sejam preferidos com relação ao vegetal, por
conterem mais carbono. Isso é a mais falsa lenda. A
queima de polvoras usando esses materiais vai ser,
medíocre, se muito (considerando que acenda). A
razão para essa lenda, talvez venha do fato da
estequiometria da pólvora ser um bocado confusa. O
carbono da reação escrita lembra 'carbono puro' que
é grafite ou carvão, mas não é isso na realidade: o
que causa a rápida reação são os chamados
"materiais voláteis" presentes no carvão que além
disso deve ser pouco denso; por isso é de origem
vegetal e preparado com o maior cuidado de
madeiras escolhidas a dedo (a mais famosa é o
carvão do salgueiro, mas outros tipos de madeira
pouco densas são usados também). A carbonização
da madeira também é uma arte em si ; o processo de
carbonização, se falho, levará a polvoras bem
inferiores. Esse processo é feito simplesmente
usando a madeira na forma de pequenos pedaços
dentro de um recipiente metálico com um pequeno
furo. O recipiente é aquecido POR FORA. Isso faz a
água evaporar da madeira e escapar na forma de
vapor pelo pequeno orifício; depois que a água vai
embora, os materiais celulósicos e ligninicos da
madeira começam a se modificar, e a serem
parcialmente carbonizados; após certo tempo, se
extingue o fogo e deixa o carvão formado esfriar
lentamente e sem abrir o recipiente (caso contrario o
oxigênio atmosferico reagiria com o carvão quente
formado, fazendo-o ignitar).
História
A pólvora foi descoberta na China, durante a
dinastia Han. A descoberta foi feita por acidente por
alquimistas que procuravam pelo elixir da longa
vida, e as primeiras referências à pólvora aparecem
como avisos em textos de alquimia para não se
misturarem certos materiais uns com os outros.[1]
Por volta do século X a pólvora começou a ser usada
com propósitos militares na China na forma de
foguetes e bombas explosivas lançadas de
catapultas. A primeira referência a um canhão surge
em 1126 quando foram utilizados tubos feitos de
bambu para se lançarem mísseis contra o inimigo.
Eventualmente os tubos de bambu foram
substituídos por tubos de metal, e o mais antigo
canhão na China data de 1290. Da China, o uso
militar da pólvora parece ter se espalhado para o
Japão e a Europa.
Foi usada pelos mongóis contra os Húngaros em
1241 e foi mencionada por Roger Bacon em 1248,
no entanto há quem atribua também ao monge
franciscano alemão Berthold Schwarz a sua
redescoberta.
Por volta de meados do século XIV, os primeiros
canhões são mencionados extensivamente tanto na
Europa quanto na China. O salitre necessário na
obtenção da pólvora negra era conseguido a partir do
"cozimento" de fezes de animais.
A pólvora foi usada pela primeira vez para lançar
projéteis de uma arma portátil de tamanho
semelhante ao dos rifles atuais na Arábia, por volta
de 1304
Na China assim como na Europa, o uso da pólvora
em canhões e armas de fogo foi atrasado pela
dificuldade em se obter tubos de metal
suficientemente resistentes que pudessem conter a
explosão. Este problema pode ter criado o falso mito
de que os chineses usaram a descoberta somente
para a manufatura de fogos de artifício. De fato, a
pólvora utilizada para propelir projéteis de canhão e
foguetes foi utilizada extensivamente na conquista
da Mongólia no Século XIII e um aspecto da Guerra
do Leste Asiático depois disso. As muralhas da
cidade de Beijing (Pequim), por exemplo, foram
especificamente projetadas para suportar um ataque
de artilharia e a Dinastia Ming mudou a capital de
Nanjing para Beijing especialmente por causa das
colinas em volta de Nanjing, que eram bons locais
para os invasores disporem sua artilharia.
Do século XV até o Século XVII se viu um
desenvolvimento generalizado na tecnologia da
pólvora tanto na Europa quanto no extremo Oriente.
Avanços na metalurgia conduziram ao
desenvolvimento de armas leves e os mosquetes. A
tecnologia de artilharia na Europa gradualmente
ultrapassou a da China e essas melhorias
tecnológicas foram tranferidas de volta à China pelas
missões jesuítas que foram postas a prova pela
manufatura de canhões pelo último imperador Ming
e o primeiro Qing.
Em 1886, Paul Vieille inventou na França a pólvora
"sem fumo" chamada de Poudre B. Feita de
nitrocelulose gelatinosa misturada com éter e álcool,
ela era passada através de rolos para formar finas
folhas que eram cortadas com uma guilhotina para
formar grãos de tamanhos desejados. A pólvora de
Vielle foi usada pelo rifle Lebel e foi adotada pelo
Exército Francês no final dos anos 1880.
O exército francês foi o primeiro a usar a Poudre B
mas não foi muito depois que outros países europeus
seguiram seu exemplo. A pólvora de Vieille
revolucionou a eficiência das armas curtas e dos
rifles. Primeiramente porque não havia,
praticamente, a formação de fumo quando a arma
era disparada e depois porque era muito mais
poderosa do que a pólvora negra dando uma
precisão de quase 1.000 metros aos rifles.
Em 1887 Alfred Nobel também desenvolveu a
pólvora "sem fumo". Ela se tornou conhecida como
cordita ou cordite, uma pólvora mais fácil de
carregar e mais poderosa do que a Poudre B.
A pólvora "sem fumo" possibilitou o
desenvolvimento das modernas armas semi-
automáticas e das armas automáticas. A queima da
pólvora negra deixa uma fina camada de resíduo que
apresenta propriedades higroscópicas e corrosivas. O
resíduo da pólvora "sem fumo" não exibe nenhuma
dessas propriedades. Isto torna possível uma arma de
carregamento automático com diversas partes
móveis, que sofreriam de emperramento se
utilizassem pólvora negra.
Pólvora
Durante a Dinastia Han, alquimistas taoístas, ao
pesquisar um elixir da imortalidade, produziram
vários incêndios ao fazer testes com os ingredientes
enxofre e salitre (nitrato de potássio). Um desses
alquimistas depois escreveu um texto de alquimia,
dhamado “O Livro da Ligação dos Três”, que
alertava sobre a mistura de certas substâncias.
No Século 8, ao final da Dinastia Tang, foi
descoberta uma fórmula para fazer pólvora. Feita de
uma combinação de salitre e enxofre com carvão, a
pólvora ou “huo yao” foi usada inicialmente para
fazer fogos de artifício e chamas para sinalização.
Mais tarde, foram inventadas as granadas de mão
simples, atiradas sobre o inimigo por meio de
catapultas.
Durante a Dinastia Song, a pólvora era usada em
rifles e foguetes. O exército Song também
comprimia pólvora em canos de bambu, além de
usá-la como uma forma primitiva de sinalização. Em
1126 d.C., um oficial local chamado Li Gang
registrou a defesa da cidade de Kaifeng com o uso
de canhões, que causaram um grande número de
vítimas em uma tribo nômade de saqueadores.
Muitas misturas antigas da pólvora chinesa
continham substâncias tóxicas, como compostos de
mercúrio e arsênico, e podem ser consideradas como
uma forma primitiva de guerra química.
A pólvora é a munição de canhões.
A pólvora clássica (explosiva) é constituída por 75%
de Salitre, 15% de carvão e 10% de enxofre. O
principal componente - o salitre ou Nitrato de Sódio,
cuja composição química é (NaNO3), possui alto
poder de combustão e explosão. Ao longo dos
séculos, a composição da pólvora sofreu algumas
alterações, de acordo com o que se destinava,
surgindo a pólvora de caça, de minas e de guerra.

A história revela que a pólvora foi descoberta na


China no Século IX e depois espalhada pelo mundo.
A descoberta foi acidental e feita por alquimistas
que procuravam pelo elixir da imortalidade, isso
explica por que as primeiras referências à pólvora
aparecem como avisos em textos de alquimia: “Não
misturem certos materiais uns com os outros.”

A pólvora pode ser classificada em:

• Propelente: se queima mais lentamente e


constante, é a pólvora usada nas munições.
• Explosiva: de queima média e alta velocidade, é
por isso que gera grande volume de gás e explode se
estiver confinada. É usada basicamente para fogos
de artifício (pólvora negra).

Por volta do século X, a pólvora começou a ser


usada com propósitos militares na China, era
encontrada na forma de foguetes e bombas
explosivas lançadas de catapultas. O canhão surgiu
em 1126, quando foram utilizados tubos feitos de
bambu para se lançarem mísseis contra o inimigo.
Posteriormente, os tubos de bambu foram
substituídos por tubos de metal. Depois da China, o
uso militar da pólvora se espalhou para o Japão e a
Europa.

Por volta do ano de 1304, na Arábia, a pólvora foi


usada pela primeira vez para lançar projéteis de uma
arma portátil de tamanho semelhante ao dos rifles.
Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
1-
Pólvora
Vamos começar com a,
provavelmente, mais
famosa invenção da antiga BryanStelling
China. Diz a lenda que a / iStockphoto
pólvora foi descoberta Agradeça
acidentalmente por aos
alquimistas procurando por alquimistas
uma cocção que poderia chineses
dar aos humanos a pelos fogos
imortalidade (a busca de de artifício
todos os alquimistas, desde e pelos
o início dos tempos). projéteis
Ironicamente, esses
alquimistas acabaram tropeçando
acidentalmente em uma invenção que
poderia facilmente tirar a vida humana.

A pólvora primitiva era feita de uma mistura de


nitrato de potássio (salitre), carvão e enxofre, e foi
descrita em 1044 no livro "Collection of the Most
Important Military Techniques", compilado por
Zeng Goliang [fonte: Embaixada da China na África
do Sul]. Considera-se que a descoberta da pólvora
tenha ocorrido muito antes, já que Zeng descreve
três diferentes misturas de pólvora, e os chineses
usavam-na para sinalização e fogos de artifício antes
de que ela fosse usada para fins militares em
granadas rudimentares.
Com o tempo, percebemos que metal adicionado à
mistura criava cores brilhantes em explosões de
pólvora e - cabuum! - nasciam as exibições de fogos
de artifícios modernos. A mistura também se
mostrou um explosivo conveniente para projéteis
como balas.

A China é um dos antigos países civilizados do


mundo, a sua seda, a porcelana, a Grande Muralha e
o Palácio Imperial são muito conhecidos
mundialmente. Mas das suas ricas heranças culturais
e históricas, as mais famosas e influentes para o
progresso do mundo humano, destacam-se as quatro
grandes invenções antigas, ou seja, o papel, a
tipografia, a pólvora e a bússola.
A pólvora antiga inventada pela China era uma
mistura proporcional de salitre, enxofre e carvão de
madeira, chamando-lhe vulgarmente "remédio do
fogo".
Esta invenção deveu-se principalmente à arte antiga
chinesa de fundir minerais em busca de "panacéias
divinas", arte que apareceu no período dos Reinos
Combatentes (475-221 a.n.e.).
No decorrer desta prática adquiriram-se alguns
conhecimentos químicos e ficou-se a conhecer
pouco a pouco as naturezas e funções das matérias-
primas necessárias ao fabrico da pólvora,
descobrindo-se que a mistura destas matérias podia
resultar em combustão violenta. Através de repetidas
experimentações, os fundidores encontraram por fim
a proporção adequada de salitre, enxofre e carvão.
Como esses alquimistas, na obtenção das suas
"panacéias divinas", gostavam de guardar os seus
segredos, até hoje não sabemos o ano exato da
invenção da pólvora. Segundo Sun Simiao, famoso
farmacológico do reinado inicial da dinastia Tang
(618-907), que foi o primeiro a registrar por escrito
o método de fabrico da pólvora, os cientistas
chineses consideraram que a pólvora chinesa foi
inventada antes da dinastia Tang.
A pólvora chinesa foi usada na guerra desde o século
X, e no século XII apareceram as armas de fogo que
se carregavam com pólvora. Tal como a arte do
fabrico de papel, a pólvora saiu da China primeiro
para a Arábia, e depois para a Europa.
Fonte: portuguese.cri.cn
Pólvora

Goya - Fabricação de Pólvora em Sierra de


Tardienta (1810-1814)

Segundo a história, a pólvora foi inventada pelos


chineses no século IX quando buscavam o elixir da
imortalidade. Irônico, não? Ela é composta, em
volume, de três partes de carvão vegetal, 15 partes
de salitre e 2 partes de enxofre, triturados e
misturados. Esta fórmula básica é a chamada
pólvora negra, que queima de média para baixa
velocidade, produzindo um enorme volume de gases
quentes na forma de fumaça branca. Sabendo como
funciona a mente humana, não demorou muito para
alguém depositar um pouco de pólvora em um
recipiente fechado, colocando depois fogo e obtendo
uma bela explosão.
Como foram os chineses que também inventaram
os fogos de artifício, foi um passo para seu uso
nas guerras: as primeiras armas eram foguetes
feitos de bambu, visto que a metalurgia não era uma
arte bem dominada na época; portanto, as primeiras
armas de fogo, como o canhão e mosquetes,
demoraram um pouco para aparecer no teatro de
guerra.
As ciências por trás das armas de fogo são a química
e a física. A química nos explica como um pequeno
volume de pólvora pode gerar um enorme volume de
gás em velocidade quando em combustão, enquanto
a física nos mostra a forma correta de se aproveitar
esta geração e expansão de gases a fim de projetar
um objeto, o projétil, em determinada direção e com
determinada força.
Não sou mestre nas complexas teorias e fórmulas
da física, mas posso descrever: colocando pólvora
dentro de um tubo com uma das extremidades
fechada, e pela outra ponta se colocando um projétil
fechado e vedando a passagem dos gase de forma a
criar uma pequena câmara, teremos estão uma arma
de fogo. Imaginado um meio de se iniciar a
combustão da pólvora, esta irá gerar um enorme
volume de gás em velocidade tal que forçará o
projétil a sair pela outra ponta em velocidades que
vão da subsônica (menos de 300 m/s) a velocidades
que passam a do som, as supersônicas.
Podemos classificar a pólvora em:
· Explosiva, de queima média a alta velocidade e,
portanto, gerando grande volume de gás em
velocidades altas, produzindo explosão se estiver
confinada. Na prática, é usada basicamente para
fogos de artifício (pólvora negra), visto que existem
modernos explosivos com características de
manuseio e potência superiores;
· Propelente, de queima mais lenta e constante, usada
nas munições.
A pólvora negra gera muita fumaça e resíduos. É um
composto relativamente estável e de fácil manuseio,
sendo obtido hoje em moinhos de roda, onde
enormes rodas de metal pesando até 200 kg trituram
e misturam todos os elementos até se obter um pó
fino. Dependendo da granulação da pólvora, obtida
por outros processos, se obtem diferentes
velocidades de queima. É o principal ingrediente dos
fogos de artifício por serem baratas e de fácil
fabricação, e o outro uso corrente é nas armas de
pólvora negra. No interior do Brasil, ainda se
encontram armas caseiras fabricadas de tubos de
metal, onde se carrega pela boca a pólvora, bucha e
chumbinho. Esta é a mais tradicional arma caipira,
eficiente nas mãos dos caboclos que dependem delas
para sua defesa e subsistência.
Nos Estados Unidos, e também no Brasil, pratica-
se uma modalidade de tiro esportivo usando
modernas armas que são réplicas das antigas
armas de pólvora negra: o ritual de carregar cada
tiro é o que torna divertida a barulheira e fumaceira
que segue cada tiro. Depois de uma sessão de tiro,
normalmente arma e atirador estão cobertos de
fuligem.
A pólvora sem fumaça é um composto de
nitrocelulose e outros elementos, e é o propelente
das modernas munições de hoje, obtidas a partir de
complexos processos de fabricação, onde os grãos
podem ter formatos e dimensões diversas para cada
aplicação.
Outro uso da pólvora sem fumaça é o industrial:
uma pistola dispara um cartucho especial que finca
pinos em estruturas de concreto e metal, processo
esse muito utilizado na construção civil para fixar
elementos como conduites, tubulações, luminárias,
trilhos para cortinas, etc.
Da pólvora surgiram outras invenções do homem,
como os artefatos bélicos, os explosivos usados
tanto para a guerra (parabellum) como nos tempos
de paz em minerações e demolições, os fogos de
artifício para comemorações e entretenimento, os
sinalizadores de resgate, os foguetes e mísseis e os
satélites de comunicação e monitoramento. Tudo o
que o homem cria pode ser usado tanto para o bem
como para o mal, e a pólvora não deixa de ser mais
um item desta enorme lista de criações que fazem
parte do rol de descobertas da humanidade.

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Pólvora é uma substância que queima com rapidez,
usada como propelente em armas de fogo.
Tipos de pólvora

Existem dois tipos de pólvora: pólvora negra e


pólvora "sem fumaça" (o termo não é estrito, pois
deveria ser "com pouca fumaça"). Quase todas as
armas de fogo modernas usam pólvora "sem
fumaça". Enquanto a pólvora negra é classificada
como explosivo, a moderna pólvora "sem fumaça"
meramente queima rapidamente como descrito a
seguir.
A pólvora queima produzindo uma onda de
deflagração subsônica ao contrário dos altos
explosivos que geram uma onda de detonação
supersônica. Isto reduz o pico de pressão na arma,
mas também a torna menos capacitada de destruir
rochas ou fortificações.
Pólvora "sem fumaça"

Pólvora "sem fumaça" consiste, quase que somente,


de pura nitrocelulose (pólvoras de base simples),
frequentemente combinada com até 50% de
nitroglicerina (pólvoras de base dupla), e algumas
vezes com nitroguanidina (pólvoras de base tripla)
embebida em pequenas pelotas esféricas ou lâminas
e cilindros extrudados usando éter como solvente.
Pólvora "sem fumaça" queima somente na superfície
dos grãos. Grãos maiores queimam mais
vagarosamente, e a taxa de queima é controlada,
além disso por uma camada superficial de detenção
de chama. A intenção é regular a taxa de queima de
modo a que uma pressão relativamente constante
seja exercida para propelir o projétil ao longo de
todo o seu percurso dentro do cano da arma para se
obter a maior velocidade possível. Pólvora para
canhões possui os maiores grãos, cilíndricos com até
o tamanho de um polegar e com sete perfurações
(uma central e as outras seis formando um círculo na
metade do caminho entre o centro e a face externa).
As perfurações estabilizam a taxa de queima porque,
enquanto o exterior se queima em sentido do interior
ocorre o inverso dos furos para fora. Pólvoras de
queima rápida para armas de fogo são feitas por
formas extrudadas com maior área superficial como
lâminas ou então por achatamento dos grãos
esféricos. A secagem é realizada à vácuo. Os
solventes são então recondensados e e reciclados. Os
grãos são também revestidos com grafite para
prevenir faíscas provenientes de eletricidade estática
causarem ignições indesejadas, além de reduzir ou
acabar com a tendência dos grãos em se aglutinarem,
o que torna o manuseio e carregamento mais fácil.
Pólvora negra

A pólvora negra é composta de ingredientes


granulares:
Nitrato de sódio (NaNO3)
Enxofre (S),
Carvão vegetal (provê o Carbono) e
Nitrato de potássio (Salitre - KNO3, que provê o
Oxigênio)
A proporção ótima para a pólvora é:
Salitre 74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal
13,51%.
A proporção básica de seus elementos
constituintes é:
2 partes de Enxofre : 3 partes de Carvão mineral :
15 partes de Salitre
Descobrimos uma melhor formula para a polvora
negra!
Salitre 63%, enxofre 18% , carvão vegetal 19%!

Deixando a pólvora negra com uma combustão mais


rapida!
Um mito urbano comumente associado a pólvora
negra é de que o carvão mineral (ou então grafite)
sejam preferidos com relação ao vegetal, por
conterem mais carbono. Isso é a mais falsa lenda. A
queima de polvoras usando esses materiais vai ser,
medíocre, se muito (considerando que acenda). A
razão para essa lenda, talvez venha do fato da
estequiometria da pólvora ser um bocado confusa..
O carbono da reação escrita lembra 'carbono
puro' que é grafite ou carvão, mas não é isso na
realidade: o que causa a rápida reação são os
chamados "materiais voláteis" presentes no carvão
que além disso deve ser pouco denso; por isso é de
origem vegetal e preparado com o maior cuidado de
madeiras escolhidas a dedo (a mais famosa é o
carvão do salgueiro, mas outros tipos de madeira
pouco densas são usados também). A carbonização
da madeira também é uma arte em si ; o processo de
carbonização, se falho, levará a polvoras bem
inferiores. Esse processo é feito simplesmente
usando a madeira na forma de pequenos pedaços
dentro de um recipiente metálico com um pequeno
furo. O recipiente é aquecido POR FORA. Isso faz a
água evaporar da madeira e escapar na forma de
vapor pelo pequeno orifício ; depois que a água vai
embora, os materiais celulósicos e ligninicos da
madeira começam a se modificar, e a serem
parcialmente carbonizados; após certo tempo, se
extingue o fogo e deixa o carvão formado esfriar
lentamente e sem abrir o recipiente (caso contrario o
oxigênio atmosferico reagiria com o carvão quente
formado, fazendo-o ignitar).
Ainda sobre a reação da polvora negra, podemos
dizer que existem várias reações que
supostamente ocorrem na mistura e ao mesmo
tempo. a mais simples, talvez, é :
2KNO3 + S + 3C ---> K2S + N2 + 3CO2

Mas na literatura existem várias outras, como


por exemplo :

4KNO3 + S2 + 6C ---> 2K2S + 2N2 + 6CO2

16KNO3 + 6S + 13C ---> 5K2SO4 + 2K2CO3 +


K2S + 8N2 + 11CO2

2KNO3 + S + 3C ---> K2S + 3 CO2 + N2 2KNO3 +


S + 3C ---> K2CO3 + CO2 + CO + N2 + S 2KNO3
+ S + 3C ---> K2CO3 + 1.5 CO2 + 0.5 C + S + N2

l0KNO3 + 3S + 8C ---> 2K2CO3 + 3K2SO4 +


6CO2 + 5N2

Etc.
A graduação de tamanhos dos grãos de pólvora
negra vão do áspero Fg, usado em rifles de grande
calibre e pequenos canhões, passando pelo FFg
(médios e pequenos calibres de rifles), FFFg
(pistolas) e FFFFg (pistolas curtas e garruchas de
pederneira).
Apesar de a pólvora negra não ser verdadeiramente
um alto explosivo, geralmente o é classificado pelas
autoridades em virtude de sua fácil obtenção.
História

A pólvora primeiramente descoberta na China no


Século IX. A descoberta, aparentemente, foi feita
por acidente por alquimistas que procuravam pelo
elixir da longa vida, e as primeiras referências à
pólvora aparecem como avisos em textos de
alquimia para não se misturarem certos materiais uns
com os outros.
Por volta do século X a pólvora começou a ser usada
com propósitos militares na China na forma de
foguetes e bombas explosivas lançadas de
catapultas. a primeira referência a um canhão surge
em 1126 quando foram utilizados tubos feitos de
bambu para se lançarem mísseis contra o inimigo.
Eventualmente os tubos de bambu foram
substituídos por tubos de metal, e o mais antigo
canhão na China data de 1290. Da China, o uso
militar da pólvora parece ter se espalhado para o
Japão e a Europa.
Foi usada pelos mongóis contra os Húngaros em
1241 e foi mencionada por Roger Bacon em 1248,
no entanto há quem atribua também ao monge
franciscano alemão Berthold Schwarz a sua
redescoberta. Por volta de meados do século XIV, os
primeiros canhões são mencionados extensivamente
tanto na Europa quanto na China. O salitre
necessário na obtenção da pólvora negra era
conseguido a partir do "cozimento" de fezes de
animais.
A pólvora foi usada pela primeira vez para lançar
projéteis de uma arma portátil de tamanho
semelhante ao dos rifles atuais na Arábia, por volta
de 1304

Na China assim como na Europa, o uso da pólvora


em canhões e armas de fogo foi atrasado pela
dificuldade em se obter tubos de metal
suficientemente resistentes que pudessem conter a
explosão. Este problema pode ter criado o falso mito
de que os chineses usaram a descoberta somente
para a manufatura de fogos de artifício. De fato, a
pólvora utilizada para propelir projéteis de canhão e
foguetes foi utilizada extensivamente na conquista
da Mongólia no Século XIII e um aspecto da Guerra
do Leste Asiático depois disso. As muralhas da
cidade de Beijing (Pequim), por exemplo, foram
especificamente projetadas para suportar um ataque
de artilharia e a Dinastia Ming mudou a capital de
Nanjing para Beijing especialmente por causa das
colinas em volta de Nanjing, que eram bons locais
para os invasores disporem sua artilharia.
Do século XV até o Século XVII se viu um
desenvolvimento generalizado na tecnologia da
pólvora tanto na Europa quanto no extremo Oriente.
Avanços na metalurgia conduziram ao
desenvolvimento de armas leves e os mosquetes. A
tecnologia de artilharia na Europa gradualmente
ultrapassou a da China e essas melhorias
tecnológicas foram tranferidas de volta à China pelas
missões jesuítas que foram postas a prova pela
manufatura de canhões pelo último imperador Ming
e o primeiro Qing.
Em 1886, Paul Vieille inventou na França a pólvora
"sem fumaça" chamada de Poudre B. Feita de
nitrocelulose gelatinosa misturada com éter e álcool,
ela era passada através de rolos para formar finas
folhas que eram cortadas com uma guilhotina para
formar grãos de tamanhos desejados. A pólvora de
Vielle foi usada pelo rifle Lebel e foi adotada pelo
Exército Francês no final dos anos 1880.
O exército francês foi o primeiro a usar a Poudre B
mas não foi muito depois que outros países europeus
seguiram seu exemplo. A pólvora de Vieille
revolucionou a eficiência das armas curtas e dos
rifles. Primeiramente porque não havia,
praticamente, a formação de fumaça quando a arma
era disparada e depois porque era muito mais
poderosa do que a pólvora negra dando uma
precisão de quase 1.000 metros aos rifles.
Em 1887 Alfred Nobel também desenvolveu a
pólvora "sem fumaça". Ela se tornou conhecida
como cordita ou cordite, uma pólvora mais fácil de
carregar e mais poderosa do que a Poudre B.
A pólvora "sem fumaça" possibilitou o
desenvolvimento das modernas armas semi-
automáticas e das armas automáticas. A queima da
pólvora negra deixa uma fina camada de resíduo que
apresenta propriedades higroscópicas e corrosivas. O
resíduo da pólvora "sem fumaça" não exibe
nenhuma dessas propriedades. Isto torna possível
uma arma de carregamento automático com diversas
partes móveis, que sofreriam de emperramento se
utilizassem pólvora negra.
Referência

Gunpowder: Alchemy, Bombards, & Pyrotechnics,


Jack Kelly, Basic Books. ISBN 0-465-03718-6
Fonte: saber.sapo.mz
Pólvora

Barcos disparando seus canhões


Durante a Dinastia Han, alquimistas taoístas, ao
pesquisar um elixir da imortalidade, produziram
vários incêndios ao fazer testes com os ingredientes
enxofre e salitre (nitrato de potássio). Um desses
alquimistas depois escreveu um texto de alquimia,
dhamado “O Livro da Ligação dos Três”, que
alertava sobre a mistura de certas substâncias.
No Século 8, ao final da Dinastia Tang, foi
descoberta uma fórmula para fazer pólvora. Feita de
uma combinação de salitre e enxofre com carvão, a
pólvora ou “huo yao” foi usada inicialmente para
fazer fogos de artifício e chamas para sinalização.
Mais tarde, foram inventadas as granadas de mão
simples, atiradas sobre o inimigo por meio de
catapultas.
Durante a Dinastia Song, a pólvora era usada em
rifles e foguetes. O exército Song também
comprimia pólvora em canos de bambu, além de
usá-la como uma forma primitiva de sinalização. Em
1126 d.C., um oficial local chamado Li Gang
registrou a defesa da cidade de Kaifeng com o uso
de canhões, que causaram um grande número de
vítimas em uma tribo nômade de saqueadores.
Muitas misturas antigas da pólvora chinesa
continham substâncias tóxicas, como compostos de
mercúrio e arsênico, e podem ser consideradas como
uma forma primitiva de guerra química.
Fonte: www.discoverybrasil.com
Pólvora
O QUE É?

Pólvora é uma substância que queima com rapidez,


usada como propelente em armas de fogo.
Existem dois tipos: pólvora negra e pólvora "sem
fumaça" (o termo não é estrito pois deveria ser "com
pouca fumaça"). Quase todas as armas de fogo
modernas usam pólvora "sem fumaça". Enquanto a
pólvora negra é classificada como explosivo, a
moderna pólvora "sem fumaça" meramente queima
rapidamente como descrito a seguir.
A pólvora queima produzindo uma onda de
deflagração subsônica ao contrário dos altos
explosivos que geram uma onda de detonação
supersônica. Isto reduz o pico de pressão na arma,
mas também a torna menos capacitada de destruir
rochas ou fortificações.
Pólvora "sem fumaça" consiste, quase que somente,
de pura nitrocelulose (pólvoras de base simples),
frequentemente combinada com até 50% de
nitroglicerina (pólvoras de base dupla), e algumas
vezes com nitroguanina (pólvoras de base tripla)
embebida em pequenas pelotas esféricas ou lâminas
e cilindros extrudados usando éter como solvente.
Pólvora "sem fumaça" queima somente na superfície
dos grãos.
Grãos maiores queimam mais vagarosamente, e a
taxa de queima é controlada, além disso, por uma
camada superficial de detenção de chama. A
intenção é regular a taxa de queima de modo a que
uma pressão relativamente constante seja exercida
para propelir o projétil ao longo de todo o seu
percurso dentro do cano da arma para se obter a
maior velocidade possível. Pólvora para canhões
possui os maiores grãos, cilindricos com até o
tamanho de um polegar e com sete perfurações )uma
central e as outras seis formando um círculo na
metade do caminho entre o centro e a face externa).
As perfurações estabilizam a taxa de queima porque,
enquanto o exterior se queima em sentido do interior
ocorre o inverso dos furos para fora. Pólvoras de
queima rápida para armas de fogo são feitas por
formas extrudadas com maior área superficial como
lâminas ou então por achatamento dos grãos
esféricos. A secagem é realizada à vácuo. Os
solventes são então recondensados e e reciclados. Os
grãos são também revestidos com grafite para
prevenir faíscas provenientes de eletricidade estática
causarem ignições indesejadas.
A pólvora negra é composta de ingredientes
granulares: Enxofre (S), carvão vegetal (provê o
Carbono para a reação) e nitrato de potássio (Salitre
- KNO3, que provê o Oxigênio para a reação).
A proporção ótima para a pólvora é: salitre
74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal 13,51%.
Aproporção básica de seus elementos
constituintes é:
2 partes de Enxofre : 3 partes de Carvão vegetal :
15 partes de Salitre
A pólvora negra é também conservada em sal para
alterar sua taxa de aquecimento, isto é muito
perigoso pois a pólvora negra explode quando
triturada. Essa trituração deve ser feita com a
pólvora molhada. A graduação de tamanhos dos
grãos de pólvora negra vão do áspero Fg, usado em
rifles de grande calibre e pequenos canhões,
passando pelo FFg (médios e pequenos calibres de
rifles), FFFg (pistolas) e FFFFg (pistolas curtas e
garruchas de pederneira).
Apesar de a pólvora negra não ser verdadeiramente
um alto explosivo, geralmente o é classificado pelas
autoridades em virtude de sua fácil obtenção.
História

A pólvora foi primeiramente descoberta na China no


século IX. A descoberta, aparentemente, foi feita por
acidente por alquimistas que procuravam pelo elixir
da imortalidade, e as primeiras referências à pólvora
aparecem como avisos em textos de alquimia para
não se misturarem certos materiais uns com os
outros. Por volta do século X a pólvora começou a
ser usada com propósitos militares na China na
forma de foguetes e bombas explosivas lançadas de
catapultas. a primeira referência a um canhão surge
em 1126 quando foram utilizados tubos feitos de
bambu para se lançarem mísseis contra o inimigo.
Eventualmente os tubos de bambu foram
substituídos por tubos de metal, e o mais antigo
canhão na China data de 1290. Da China, o uso
militar da pólvora parece ter se espalhado para o
Japão e a Europa. Foi usada pelos mongóis contra os
Húngaros em 1241 e foi mencionada por Roger
Bacon em 1248. Por volta de meados do século XIV,
os primeiros canhões são mencionados
extensivamente tanto na Europa quanto na China.
Na China assim como na Europa, o uso da pólvora
em canhões e armas de fogo foi atrasado pela
dificuldade em se obter tubos de metal
suficientemente resistentes que pudessem conter a
explosão. Este problema pode ter criado o falso mito
de que os chineses usaram a descoberta somente
para a manufatura de fogos de artifício.
De fato, a pólvora utilizada para propelir projéteis de
canhão e foguetes foi utilizada extensivamente na
conquista da Mongólia no século XIII e um aspecto
da Guerra do Leste Asiático depois disso. As
muralhas da cidade de Beijing (Pequim), por
exemplo, foram especificamente projetadas para
suportar um ataque de artilharia e a Dinastia Ming
mudou a capital de Nanjing para Beijing
especialmente por causa das colinas em volta de
Nanjing, que eram bons locais para os invasores
disporem sua artilharia.
Do século XV até o XVII se viu um
desenvolvimento generalizado na tecnologia da
pólvora tanto na Europa quanto no extremo Oriente.
Avanços na metalurgia conduziram ao
desenvolvimento de armas leves e os mosquetes. A
tecnologia de artilharia na Europa gradualmente
ultrapassou a da China e essas melhorias
tecnológicas foram tranferidas de volta à China pelas
missões jesuítas que foram postas a prova pela
manufatura de canhões pelo último imperador Ming
e o primeiro Qing.
Pólvora "Sem Fumaça"

Em 1886, Paul Vieille inventou na França a pólvora


"sem fumaça" chamada de Poudre B. Feita de
nitrocelulose gelatinosa misturada com éter e álcool,
ela era passada através de rolos para formar finas
folhas que eram cortadas com uma guilhotina para
formas grãos de tamanhos desejados. A pólvora de
Vielle foi usada pelo rifle Lebel e foi adotada pelo
exército francês no final dos anos 1880.
O exército francês foi o primeiro a usar a Poudre B
mas não foi muito depois que outros países europeus
seguiram seu exemplo. A pólvora de Vieille
revlucionou a eficiência das armas curtas e dos
rifles. Primeiramente porque não havia,
praticamente, a formação de fumaça quando a arma
era disparada e depois porque era muito mais
poderosa do que a pólvora negra dando uma
precisão de quase 1.000 metros aos rifles.
Em 1887 Alfred Nobel também desenvolveu a
pólvora "sem fumaça". Ela se tornou conhecido
como cordita, uma pólvora mais fácil de carregar e
mais poderosa do que a Poudre B.
A pólvora "sem fumaça" possibilitou o
desenvolvimento das modernas armas semi
automáticas e das armas automáticas. A queima da
pólvora negra deixa uma fina camada de resíduo que
apresenta propriedades higroscópicas e corrosivas. O
resíduo da pólvora "sem fumaça" não exibe
nenhuma dessas propriedades. Isto torna possível
uma arma de carregamento automático com diversas
partes móveis, que sofreriam de emprerramento se
utilizassem pólvora negra.
A Pólvora é uma mistura descoberta na China por
Alquimistas que procuravam o Elixir da Vida
Eterna, com isso acharam a vida eterna deles após
uma grande explosão da barraca que eles estavam
Composição
• Salitre(obtido com o cozimento de fezes de
vaca, ou em adubos de coqueiros)
• Carvão
• Enxofre
A Pólvora é uma mistura descoberta na China por
Alquimistas que procuravam o Elixir da Vida
Eterna, com isso acharam a vida eterna deles após
uma grande explosão da barraca que eles estavam.
pólvora

A pólvora é uma mistura explosiva de diversos


componentes. A mais antiga, também denominada
de pólvora negra, era já conhecida pelos chineses
desde o ano de 1000 a. C. Embora não haja certeza
absoluta da data, os chineses começaram a usá-la
como explosivo em fogo de artifício e foguetes
apenas a partir do século X d. C. Foi introduzida
pelos Árabes na Europa no século XII. Passou a ser
utilizada como explosivo a partir do início do século
XIV, atribuindo-se ao monge franciscano alemão
Berthold Schwarz (Friburgo de
Brisgóvia,1300/Veneza,1384) a sua redescoberta.
Há quem atribua também a sua redescoberta a Roger
Bacon, um erudito inglês do século XIII que sabia
ler em árabe e que, por conseguinte, poderia ter
adquirido os seus conhecimentos sobre a pólvora
directamente de fontes arábicas.
As pólvoras podem ser classificadas quanto à sua
composição e textura em: pólvoras físicas, pólvoras
químicas e pólvoras mistas.
As pólvoras físicas são constituídas por uma mistura
de substâncias que isoladamente não possuem
propriedades explosivas.
As mais importantes são as pólvoras negras,
constituídas por carbono, enxofre e nitrato de
potássio em proporções variáveis dependendo da sua
utilização. O enxofre é combustível e aglutinante, o
carbono, na forma de carvão, é muito poroso e é
combustível e o nitrato, de preferência de potássio, é
comburente.
As pólvoras químicas ou homogéneas são pólvoras
em que existe uma substância que contém nas suas
moléculas elementos redutores e elementos
oxidantes. Devido a qualidades próprias e a
tratamento apropriado a decomposição destas é do
tipo deflagrante.
O principal componente das pólvoras químicas é a
nitrocelulose de alta nitração (algodão de pólvora)
ou de baixa nitração (algodão colódio).
O tratamento aplicado é a gelatinização com a qual
as nitroceluloses finamente cortadas e de aspecto
pulverulento são transformadas numa massa
compacta.
Se o agente gelatinizante é volátil, como é o caso da
acetona, acetato de etilo, mistura de álcool e éter,
entre outros, este é eliminado e diz-se que a pólvora
é de base simples. Se pelo contrário, o agente não é
volátil, como é o caso da nitroglicerina, nitroglicol,
entre outros, este fica incorporado na pólvora,
denominada de base dupla.
As pólvoras mistas contêm quase sempre outras
substâncias que lhes alteram convenientemente as
propriedades. Estas substâncias podem ser
estabilizadores, reveladores, moderadores,
revestimentos de grafite e absorvedores de calor.
As pólvoras podem ainda ser classificadas quanto ao
regime de deflagração e classificam-se em pólvoras
degressivas e pólvoras progressivas.
Nas pólvoras degressivas, a decomposição é muito
viva, atingindo-se o máximo de pressão
rapidamente. Nas pólvoras progressivas a pressão
desenvolve-se lentamente.
Explosivo

Preparando o explosivo C-4 militar para


detonação
Um Explosivo é uma substância ou conjunto de
substâncias que podem sofrer o processo de
explosão, liberando grandes quantidades de gases e
calor em curto espaço de tempo. Com o calor, os
gases se expandem e, se estiverem num espaço
pequeno, a pressão exercida é enorme até chegar ao
ponto de ruptura, com grande onda de choque.
No sentido muito amplo, é um material
extremamente instável (metaestável) que se pode
decompor rapidamente formando produtos estáveis.
Os produtos da explosão são acompanhados da
libertação de energia sob diversas formas, entre as
quais: uma violenta expansão dos gases (o volume
dos produtos é superior ao volume dos reagentes);
elevação brusca da temperatura; luz; ruído…
Os primeiros explosivos, criados há séculos, eram
misturas de carvão e salitre com cera mineral,
resinas e areias petrolíferas com a finalidade de
produzir fumaça, incêndios e fogos de artifícios.
Somente a partir do século XIV passou a ser usado
em guerras.
Classificação dos explosivos
Os explosivos podem ser classificados de diversas
formas. Duas formas muito comuns de os classificar
são as seguintes:
• Constituição
o Heterogêneos - constituídos por matérias
que, separadas, não têm características
explosivas (ex: pólvora, nafos)
o Homogêneos - constituídos por um
composto químico com fórmula definida e
autosuficiente do ponto de vista da reação
(ex: TNT, nitrocelulose, nitroglicerine)
o Mistos - explosivos químicos com adição
de outros compostos que melhoram ou
alteram as suas propriedades (ex: dinamite)
• Aplicações
o Iniciadores - explosivos muito sensíveis,

usados em detonadores.
o Reforçadores - usados quando o explosivo

principal seja demasiado insensível para


garantir a ignição pelo detonador. Mais
sensíveis e menos potentes que o principal,
e menos sensíveis mas mais fortes que os
detonadores.
o Balísticos - usados em munições ou para

criar um efeito de deslocamento. Mais


lentos.
o Ruptura - explosivos com uma detonação

forte o suficiente para causar a ruptura dos


materiais em vez do arrastamento. Mais
rápidos.
o Incendiários - cuja principal função é

aumentar a temperatura ou causar que o seu


redor entre em combustão.
o Pirotécnicos - como os usados no fogo-de-
artifício. Muito barulho, muita luz. Podem
ser misturados a diferentes compostos
químicos como Mg, Ca, Ba e P para criar
efeitos coloridos.
É comum reduzir esta segunda forma para Altos
Explosivos e Baixos Explosivos, seguindo de perto a
bibliografia de língua inglesa (High Explosives and
Low Explosives), para, respectivamente, os
explosivos que apresentem um grande ou pequeno
poder. Mesmo assím, é freqüente ler Detonantes e
Deflagrantes no equivalente sentido de
classificação.
Destes, alguns exemplos são:
TNT ; RDX ; Tetranitrato de pentaeritritol(PETN ou
Nitropenta) ; ANFOS ; Ácido pícrico(TNP ou
trinitrofenol) ; Tricloreto de nitrogênio ;
H.M.T.D ;Astrolite ; Nitroglicerina ; MMAN ;
Heptóxido de Dimanganês ; Fulminato de mercúrio ;
Azida de chumbo ; Diazodinitrofenol(DDNP) ;
Nitrocelulose(tipos com alto teor de nitrogênio
compreendendo trinitrocelulose e
hexanitrocelulose) ; HMX , etc.
Baixos Explosivos:
Pólvora negra ; nitrocelulose(tipos com baixo teor de
nitrogênio, conhecida também como "colóide" e
"piroxilina" ,mas com a ressalva de que a
trinitrocelulose - citada em altos explosivos - pode
ser usada também com finalidades balísticas e/ou
propulsivas), etc.
Explosivos ainda são classificados em primários e
secundários, e por algumas referências como
terciários. Primários seriam os explosivos mais
sensíveis, facilmente detonáveis, que iniciam a
explosão de um explosivo mais seguro ao manuseio
em grande quantidade e normalmente de mais baixo
custo, no caso, secundário.
Ver artigo principal: Explosivos primários e
secundários
[editar] Características dos explosivos
Os explosivos podem ter diversas características,
que podem, de uma forma ou de outra, dar uma ideia
da sua aplicabilidade em determinadas
circunstancias. O estudo destas remete-se,
geralmente, à Química dos Explosivos.
Entre estas, temos:
• Balanço de oxigênio - a suficiência ou não de
oxigénio na composição pode gerar condições
perigosas, nomeadamente em minas e locais
com baixa ventilação.
o Balanço muito negativo - geração de gases

tóxicos.
o Balanço muito positivo - geração de gases
inflamáveis.
• Sensibilidade - importante para as condições de
manuseamento do explosivo. Estas condições
prevêem geralmente as formas de transmissão
de energia a que o explosivos é mais ou menos
sensível (impacto, fricção, calor, etc.)
• Estabilidade - para as condições de
armazenamento do explosivo.
• Calor de Explosão/Temperatura da explosão
- diferentes utilizações podem requerer um
elevado calor (soldadura, por exemplo) ou
baixo.
• Volume de gases/Pressão da explosão - já que
é este o factor que determina a onda de choque.
• Densidade - já que a alteração desta (muitas
vezes no local de aplicação) pode alterar as
propriedades da explosão.
• Velocidade da explosão - que determina, entre
outros, a força que esta terá.
• Potência específica/Poder de fragmentação
(brisance) - que procuram dar uma ideia da
potência do explosivo.
[editar] Explosivos vs. Combustíveis
A diferença entre estes dois é a auto-suficiência dos
primeiros em termos de oxigénio.
Relacionada com esta diferença está a velocidade de
reacção de cada um. Por exemplo, a gasolina tem
maior energia potencial que a maior parte dos
explosivos, no entanto a sua velocidade de
detonação é de 1680m/s, comparada com uma
velocidade de 6940m/s do TNT. Assim, o TNT
liberta mais energia no mesmo espaço de tempo que
a gasolina.
Para uma explicação sobre a onda explosiva e a
velocidade da reacção, veja o artigo sobre explosão.

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