A sociedade Creminal, Limitada, detém uma danceteria denominada ³Até de madrugada´.
Por escritura pública datada de 12.03.2011, aquela sociedade transmitiu o referido estabelecimento para João Daniel, excluindo, porém, do negócio o acervo de fonogramas e de videogramas utilizado para a respectiva exploração e ainda o sistema de som que havia sido instalado no final dos anos 80. A danceteria está instalada num armazém tomado de arrendamento a Nuno Lima, seu proprietário. Este apenas soube do negócio descrito quando, no dia 08.04.2011, João Daniel lhe enviou um cheque para pagamento da renda, que prontamente depositou. No entanto, interessado em ficar com o armazém livre e devoluto, questionou um velho amigo que lhe respondeu que o negócio teria de ser consentido por ele.
a) Nuno Lima pretende saber que direitos tem e a justificação legal ou doutrinária da resposta a essa questão;
b) No dia 14.04.2011, a sociedade Creminal, Limitada, inaugurou, com pompa e circunstância,
a 400 metros da danceteria ³Até de madrugada´ uma outra danceteria denominada ³Até à alvorada´, que a maioria dos seus antigos clientes passou a frequentar. João Daniel não se conforma com a situação, mas sente que tem de resignar-se pelo facto de nada estar expressamente previsto no contrato quanto a esta matéria. Como aconselharia João Daniel?