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editora Malheiros cujo autor é MICHEL TEMER. Nele, está contido o conteúdo da
primeira prova de Constitucional.
O ESTADO FEDERAL
Conceito de federação
A federação brasileira
Características:
A UNIÃO
Competências da União
OS ESTADOS FEDERADOS
Autonomia estadual
O Estado federado detém competências próprias (art. 25, § 1º, e 155) e
autoridades próprias (art. 27, 28 e 125) – do Legislativo, do Executivo e do Judiciário.
O art. 25, § 1º, confere aos Estados “as competências que não lhes sejam
vedadas por esta Constituição”. Dele se entende que as competências dos Estados não estão
enumeradas no texto constitucional.
Implicitamente fica-lhes proibido dispor sobre as competências da União (arts.
21 e 22), dos Municípios (art. 30) e a respeito das competências tributárias da União e dos
Municípios.
Explicitamente estão as do art. 34, VII; 19, I, II e III.
Chega-se, assim, a concluir que a eles pertence o resíduo do que não foi
conferido à União ou aos Municípios, daí porque falar em competências residuais.
Além da residual o Estado tem:
• Competência expressa – matéria tributaria – art. 145 e art. 155;
• Competência comum – o Estado titulariza juntamente com a União, o
DF e os Municípios – art. 23;
• Competência concorrente – competência do Estado exercida ao lado da
União e do DF – art. 24;
• Competência suplementar – decorre da concorrente. Nas competências
concorrentes União pode editar apenas normas gerais. Mas o Estado
pode suplementar essa atividade da União. Ou seja, o Estado pode – em
atenção às suas peculiaridades locais – legislar sobre normas gerais nos
claros deixados pelo legislador federal. E, inexistindo lei federal sobre
tais normas, o Estado as expedirá plenamente, sem limitação.
TERRITORIOS FEDERAIS
Não se pode admitir que o Território seja parte integrante da Federação. Ser
parte componente é compor a sua substancia, o que quer significar que desaparecidas suas
partes componentes desaparece o todo, o que não ocorre com os Territórios, pois só a
extinção dos Estados enquanto centro de capacidade política pode importar o
desaparecimento da Federação.
Não é o território, contudo, mero órgão da União. É ser personalizado que
integra a administração descentralizada. É centro para onde convergem direitos e
obrigações. Ver os artigos constitucionais: 128, I, “d” e o § 3º; 102, I, “e”; 211, § 1º.
DISTRITO FEDERAL
O MUNICÍPIO
Autonomia municipal
TRIPARTIÇÃO DO PODER
Não há Estado sem poder. Este emana da soberania. Não há sociedade sem
organização.
Significado constitucional da palavra PODER:
• Poder enquanto revelação da soberania – art. 1º, parágrafo único, da
CF;
• Poder enquanto órgão do Estado – art. 2º da CF;
• Poder enquanto função – art. 44, 76 e 92 da CF.9.
PODER LEGISLATIVO
A Câmara do Deputados
Para candidatar-se deve ser brasileiro nato ou naturalizado, ser maior de 21 anos
de idade – art. 14. § 3º, I; VI, “c” e II.
A lei complementar é que estabelece, para cada legislatura, o número de
deputados que representarão o povo de cada Estado.
O Senado Federal
Cada uma das Câmaras pé dirigida pelo Presidente e demais membros da Mesa
Diretora. As reuniões das duas Câmaras são dirigidas pela Mesa.
Tem-se: Mesas dirigentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
Congresso Nacional.
Ora,m a função de membro da Mesa das Casas Legislativas é função de natureza
executiva. Não é função legislativa – função atípica.
Lei é ato normativo produzido pelo Poder Legislativo segundo forma prescrita
na Constituição, gerando direitos e deveres em nível imediatamente infraconstitucional.
• Leis de efeitos concretos são as que produzem efeito, concretamente. Se
consumam no ato instantâneo da promulgação.
• Lei auto-executável é a que atinge o resultado desejado pelo legislador
mediante dois procedimentos que se sucedem no tempo – a promulgação
e o ato de execução.
• Lei não auto-executável exige, para exaurir-se, três etapas sucessivas – a
promulgação, a regulamentação e o ato de execução.
As outras leis estatuem um comando impessoal e abstrato, que só mediante o ato
de execução, em fase subseqüente à promulgação, pode incidir sobre o direito individual.
• Iniciativa – é o ato que deflagra o processo de criação da lei. Podem iniciar esse
processo o Presidente da República (iniciativa reservada no art. 61, § 1º), Deputado,
Senador (iniciativa reservada no art. 52, VIII), Comissão da Câmara dos Deputados
(iniciativa reservada no art 51, IV), Comissão do Senado Federal, Comissão do
Congresso Nacional, o STF, os Tribunais Superiores (iniciativa reservada no art. 96,
II, “B”) e o Procurador-Geral da República e os cidadãos (iniciativa popular) – art.
61 da CF.
Se o projeto é de iniciativa do Presidente e dos Tribunais Federais ou de Deputado,
será apresentado à Câmara dos Deputados; se oferecido pó Senador, a discussão se
inicia no Senado Federal.
• Discussão – apresentado o projeto à Casa legislativa competente, passa-se à sua
discussão. Esta se opera tanto nas comissões permanentes (art. 58, § 2º) como,
posteriormente, em plenário.
As comissões permanentes examinarão a constitucionalidade (aspecto formai) e o
conteúdo (aspecto material). Discutido o projeto nas comissões, é remetido ao plenário
para final discussão e votação. Essa tramitação se opera tanto na Casa dos Deputados
quanto no Senado Federal. Se a segunda Câmara, incumbida de apreciar o projeto
(revisora), aprová-lo, será enviado para sanção ou promulgação; se o emendar; deverá
devolvê-lo à Casa iniciadora para que aprecie a emenda; se o rejeitar, será arquivado
(art. 65 e parágrafo único). O projeto de lei arquivado ou não sancionado somente
poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta
da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
• Promulgação – é atestar que a ordem jurídica foi inovada. É o ato pelo qual o
Executivo autentica a lei, isto é, atesta a sua existência, ordenando-lhe a aplicação e
conseqüente cumprimento, por parte de terceiro, depois dessa providencia. Ver art.
66, § 7º.
AS ESPÉCIES NORMATIVAS
• Emendas à Constituição
É, enquanto projeto, um ato infraconstitucional: só ingressando no sistema
normativo é que passa a ser preceito constitucional. O art. 60, §§ 1º e 4º, fixa vedações de
natureza circunstancial e material.
A emenda só pode ingressar no sistema se obedecer a processo determinado, o
qual vem arrolado no at. 60, I a III, e §§ 2º e º.
PROCESSO DE CRIAÇÃO: Iniciativa – art. 60, I, II e III, § 2º. Inexiste sanção
no caso de Emendas Constitucionais. Votado e aprovado o projeto, passa-se à
promulgação, efetivada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o
número de ordem seqüente a anteriores emendas. Sobre a publicação o Texto
Constitucional silencia. Há de entender-se que essa competência é do Congresso Nacional.
A leitura do art. 59, III, indica que as leis ordinárias encontram seu fundamento
de validade no próprio Texto Constitucional, tal qual as leis complementares. Hierarquia,
para o Direito, é a circunstância de uma norma encontrar sua nascente numa norma
superior. Portanto, não há hierarquia entre lei complementar e lei ordinária.
Diferenças entre elas é o âmbito material de sua abrangência e o quorum
especial para aprovação – art. 69 da CF em confronto com o art. 47.
O campo material da lei ordinária é o que não foi entregue expressamente ao
legislador complementar, nem ao editor do decreto legislativo e das resoluções.
PROCESSO DE CRIAÇÃO: Iniciativa para a criação da lei complementar e lei
ordinária no art. 61 da CF, discussão, art. 64 e 64. A votação se dá por maioria simples para
lei ordinária (art. 47) e por maioria absoluta para lei complementar (art. 69). A sanção (art.
66) e a promulgação (art. 66, § 7º) é competência do Presidente para as duas. A publicação
caberá a quem a tenha promulgado.
• Leis delegadas
Não são leis (por não nascem no Legislativo), é ato que tem a “força de lei”.
A edição da medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que
versava a mesma matéria. Se a medida provisória for aprovada, se opera a revogação. Se,
entretanto, ela for rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior, isto porque, com a
rejeição, o Legislativo expediu ato volitivo consistente em repudiar o conteúdo daquela
medida provisória, tornando subsistente anterior vontade manifestada de que resultou a lei
antes editada.
PROCESSO DE CRIAÇÃO: Tem iniciativa do Presidente. A discussão é
posterior, já em vigor, produzindo efeitos, é submetida ao congresso Nacional, que deverá
apreciá-la para aprová-la ou rejeitá-la no prazo de 30 dias a contar de sua publicação. A
aprovação há de ser expressa onde irá convertê-la em lei. Não há sanção, visto que não há
projeto. De igual maneira, não se cogita da promulgação, cuida-se apenas, de publicação,
ato que dá nascimento à medida provisória, porque veicula a vontade do Presidente da
República;
• Decreto legislativo
• Resoluções