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Art. 19.

Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União:

XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou
órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;

II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o


desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;

III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário;

IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas;

V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento
ostensivo de trânsito;

VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de
circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;

VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e
parada previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a infrações por
excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;

IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
previstas;

X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago nas vias;

XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;

XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção
de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;

XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unidade
da Federação;

XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;

XV - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as


diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;

XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;

XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações;

XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de tração animal;
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do
respectivo CETRAN;

XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga,
de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas de órgão ambiental local, quando
solicitado;

XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
serem observados para a circulação desses veículos.

§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão
ou entidade executivos de trânsito.

§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema
Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
COMPETÊNCIA MUNICIPAL

O Município é ente membro da República Federativa do Brasil. Possui autonomia administrativa o que significa que ele
não está subordinado à União nem aos Estados. Segundo o art.1° da Constituição Federal:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui -se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.

Ainda a Constituição Federal, no seus art.19 relaciona as proibições aos municípios:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

Pela Constituição Federal, o município possui três tipos de competências:

1- Competência Privativa que significa as atribuições legais próprias, que são basicamente de legislar sobre assuntos de
interesse local.

Art.30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual.

2- Competência Concorrente e Complementar que é a de complementar a legislação federal e a estadual quando assim
couber, objetivando adaptar a legislação federal e a estadual à realidade do município.. Por exemplo, trânsito e
transporte são disciplinados pela União e pelo Estado, mas, nos centros urbanos e nas estradas municipais, é o
Município que regula a questões ligadas as vias públicas, funcionamento dos ônibus urbanos etc.

Art.22 Compete à União legislar sobre:


I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico espacial e do trabalho;
II – desapropriação;
III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V – serviço postal;
VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII – política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII – comércio exterior e interestadual;
IX – diretrizes da política nacional de transportes;
X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI – trânsito e transporte;
XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e meta lurgia;
XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV – populações indígenas;
XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de
profissões;
XVII – organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem
como a organização administrativa destes;
XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX – sistema de poupança, captação e garantia de poupança popular;
XX – sistemas de consórcios e sorteios;
XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e
mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII – competência da Polícia Federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII – seguridade social;
XXIV – diretrizes e bases da educação nacional;
XXV – registros públicos;
XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a
administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas
esferas de governo, e empresas sobre seu controle;
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX – propaganda comercial.

Parágrafo único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas nesse artigo.

3- Competência Comum com a União e os Estados, cabendo a todos esses entes membros atentar para essas funções.

Art.23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e
cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

A Administração Pública Municipal deve ainda pautar seus atos administrativos pelos seguintes princípios:

? legalidade: cumprimento de normas legais sendo que o agente público somente pode fazer o que consta
expressamente em lei;

? impessoalidade: não distinguir pessoas, tratar todos igualmente e visando sempre o interesse público;

? moralidade: os atos devem estar revestidos da ética, bons costumes, boa-fé e lealdade.

? publicidade: os atos são públicos para facilitar a transparência e o controle.

? eficiência: deve-se buscar o melhor resultado possível

A violação desses princípios básicos pela Administração Municipal pode ensejar a decretação de ilegalidade do ato até
mesmo por via judicial. Nesse caso, ficam os agentes sujeitos a sanções penais, civis e administrativas.
o Sd anônimo. A expressão “veículo de aluguel” é uma expressão encontrada no Código de Trânsito Brasileiro e que desperta curiosidade, especialmente porque não é
encontrada essa definição no Anexo I. “Aluguel” é uma das classificações que o veículo pode ser enquadrado, conforme o Art. 96 da Lei, e cuja condição autoriza que ele
efetue transporte remunerado de pessoas ou bens. Ou seja, o “veículo de aluguel” é aquele autorizado a fazer transporte remunerado. Essa condição é expressa no
documento de registro e licenciamento do veículo, e externamente a identificamos por possuir as placas de identificação nas cores vermelha (fundo) e branca
(caracteres).
Ao adquirir o veículo caberá ao proprietário solicitar ao órgão executivo estadual (Detran) o registro nessa categoria. O detalhe é que quando se tratar de veículo de
transporte de passageiros, seja de caráter individual (motocicleta, automóvel), seja de caráter coletivo (ônibus e microônibus), para atender à solicitação o Detran
exigirá a autorização do poder público concedente do transporte (mototáxi, táxi, fretamento, transporte regular, etc.), conforme prevê o Art. 135 do CTB. Já quando se
trata de veículo de transporte de carga (caminhonete, caminhão, etc) bastará a solicitação do proprietário, já que o CTB não exige autorização específica nesse caso. Um
abração

Por dentro da lei


A profissão de motofrete não está oficialmente regulamentada, apesar de existir em todo o país. Saiba quais são as regras para exercer legalmente essa atividade.

Existem duas normas válidas no Brasil para os motociclistas que atuam em transporte remunerado (entrega e retirada). De acordo com Lucas Pimentel, presidente da
Associação Brasileira de Motociclistas - ABRAM, elas são encontradas no Artigo 231 do CTB - Código de Trânsito Brasileiro e na Resolução 219/07 do Contran - Conselho
Nacional de Trânsito. Entretanto, para isso é necessário que a cidade onde a moto esteja licenciada regulamente a atividade profissional, de acordo com a lei
correspondente (Artigo 135 do CTB). Assim, além das normas Federais, algumas regras devem ser obedecidas de acordo com cada município.

A lei da capital paulista, que serve de modelo para outras cidades, é a número 14.491, de 27 de julho de 2007. De acordo com ela, para ser legalizado o motorista precisa
apresentar:

I - Carteira Nacional de Habilitação, categoria A, válida e expedida há pelo menos 1 (um) ano;
II - Prontuário de condutor expedido pelo Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN, com extrato de pontuação por infrações de trânsito;
III - Certidão de antecedentes criminais;
IV - Certificado de conclusão de Curso Especial de Treinamento e Orientação.

Já no Artigo 12 da mesma lei estão as exigências quanto à moto, que precisa, entre outras coisas:
I - Ser original de fábrica;
II - Estar com no máximo 8 (oito) anos;
III - Ter cilindrada mínima de 120 c.c.;
IV - Possuir os equipamentos obrigatórios definidos no Código de Trânsito Brasileiro;
V - Ser licenciada como veículo de categoria aluguel destinado ao transporte de carga;
VI - Ser aprovada em vistoria anual;
VII - Ser dotada de compartimento fechado, tipo baú, ou outro equipamento específico para transporte de carga;
VIII - Estar equipada com antena;
IX - Ter equipamento de segurança para proteção de membros inferiores ("mata cachorro");
X - Possuir fixação superior e inferior na placa de identificação da motocicleta.

Feito isso, o motoprofissional terá sua licença para trabalhar: oCONDUMOTO.

É muito importante destacar que, mesmo trabalhando em uma cidade onde a lei não está regulamentada, o motoprofissional irregular poderá ter problemas. Afinal, o serviço
de motofrete também está respaldado nos Artigos 230 e 231 do Código de Trânsito Brasileiro que falam, respectivamente, sobre transporte remunerado sem licenciamento
específico e mudança nas características originais do veículo.

"Por exemplo, se uma moto anda com placa cinza (veículo de passeio) e baú, e é licenciada em um município onde não há regulamentação da atividade profissional, a
pessoa não é multada por não ter o Condumoto, mas por alterar as características da moto. É proibido moto de passeio com baú, no máximo bauleto", ensina o presidente
da ABRAM.

De acordo com Lucas, a atividade profissional de motofrete já está regulamentada em cidades como São José dos Campos, Jundiaí, Santo André, Guarulhos, Osasco,
todas no Estado de São Paulo, além da própria capital, e também em Goiânia, Belo Horizonte e, mais recentemente, em Curitiba.

"O projeto paulistano é bom, mas contém um inconveniente grave que os outros municípios já modificaram. Mais de 60% dos veículos comprados pelos motoprofissionais
estão em nome de terceiros, e a lei de São Paulo não prevê um período de transição para que a pessoa regularize sua situação de titularidade da moto. E como a licença
profissional só é concedida ao proprietário do veículo, o condutor se vê obrigado a trabalhar ilegalmente. Segundo Lucas Pimentel, em outros municípios a regulamentação
concede um ano de prazo para que a pessoa passe a moto para o seu nome. Enquanto isso, pode trabalhar legalizado."
Considerando regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, Resoluções do CONTRAN e CETRAN e Legislação Municipal, na
qualidade de Diretor de Trânsito, venho através desta, informar aos proprietários de veículos de aluguel, destinados ao transporte individual
ou coletivo de passageiros, que estes deverão satisfazer, além das exigências previstas no CTB, às condições técnicas e aos requisitos de
segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade,
conforme Art. 107 do CTB.

São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros estabelecidos pelo CONTRAN:
(conforme Art. 105 do CTB.)
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros
em percursos em que seja permitido viajar em pé;
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso
bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
tempo (tacógrafo);
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;

Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua
tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o
uso em desacordo com sua classificação, conforme Art. 117 do CTB.

Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer
serviço remunerado, para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão estar devidamente
autorizados pelo poder público concedente, conforme Art. 135 do CTB.

Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelos
órgãos ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se para tanto, conforme Art. 136 do CTB.
I - registro como veículo de passageiros;
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança;
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e
traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui
indicadas devem ser invertidas;
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas
na extremidade superior da parte traseira;
VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN.

A autorização para transporte de escolares, deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação
permitida, sendo vedada a condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante, conforme Art. 137 do CTB.

Os condutores dos veículos de que tratam os Arts. 135 e 136 do CTB, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, previamente,
certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores,
renovável a cada ano, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização, conforme Art. 329 doCTB.

O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: ter idade superior a vinte e um anos; ser
habilitado na categoria D; ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN, conforme Art. 138 do CTB.

O disposto no CTB, não exclui a competência municipal de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos, para o transporte de
escolares, conforme Art. 139 do CTB.

Portanto é infração ao CTB:

> Transitar com o veículo em desacordo com a autorização especial, expedida pela autoridade competente para transitar, ou quando a
mesma estiver vencida; com lotação excedente; efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse
fim, salvo em casos de força maior ou com permissão da autoridade competente; conforme Art. 231 do CTB.
> Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua identificação, quando
exigidas pela legislação, conforme Art. 237 do CTB.

Táxi Convencional

Solicitação de licença de permissão para exploração de serviços de transporte individual de passageiros, denominado como táxi convencional:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do requerente;
II – Prova de aquisição de veículo, com idade máxima de 5 (cinco) anos;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes (original e atualizado);
V – Folha corrida judicial (original);

Solicitação de renovação de licença de permissão para exploração de serviços de transporte individual de passageiros, denominado como táxi
convencional:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do autorizado ou permissionário;
II – Cópia do certificado de registro do veículo utilizado na prestação dos serviços;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes original e atualizado;
V – Folha corrida judicial original;
VI – Certificado de inscrição junto à Receita Federal ou INSS como autônomo ou pessoa jurídica;
VII – Laudo técnico de oficina credenciada atestando as condições do veículo;
VIII – Certidão Negativa de Débito Municipal;
IX – Certidão de aferição do taxímetro expedida pelo INMETRO;

Todos os Processos que se tratar de requerimento solicitando autorização ou permissão e renovação de licença para exploração de serviços
de transporte será exigido do requerente:

EXIGÊNCIAS LEGAIS:
I – Estar quite referente aos débitos com a municipalidade;
II – Estar de acordo com a legislação vigente;
III – Estar com o taxímetro aferido pelo INMETRO e de acordo com as tarifas fixadas em decreto expedido pelo Poder Executivo Municipal;
IV – Que o veículo possua luminoso com a palavra “Táxi”;
V – Cadastro de no máximo 2 (dois) condutores que irão trabalhar sob responsabilidade do permissionário de licença dos serviços de
transporte;
VI – Aprovação em vistoria completa dos itens de segurança, estado de conservação e documentação do veículo, que será realizada pelo
Diretor de Trânsito;
VII – Apresentar todos os documentos solicitados anteriormente;

Táxi Lotação

Solicitação de licença de permissão para exploração de serviços de transporte coletivo de passageiros, denominado como táxi lotação:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do requerente;
II – Prova de aquisição de veículo, com idade máxima de 5 (cinco) anos;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes (original e atualizado);
V – Folha corrida judicial (original);

Solicitação de renovação de licença de permissão para exploração de serviços de transporte coletivo de passageiros, denominado como táxi
lotação:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do autorizado ou permissionário;
II – Cópia do certificado de registro do veículo utilizado na prestação dos serviços;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes original e atualizado;
V – Folha corrida judicial original;
VI – Certificado de inscrição junto à Receita Federal ou INSS como autônomo ou pessoa jurídica;
VII – Laudo técnico de oficina credenciada atestando as condições do veículo;
VIII – Certidão Negativa de Débito Municipal;

Todos os Processos que se tratar de requerimento solicitando autorização ou permissão e renovação de licença para exploração de serviços
de transporte será exigido do requerente:

EXIGÊNCIAS LEGAIS:
I – Estar quite referente aos débitos com a municipalidade;
II – Estar de acordo com a legislação vigente;
III – Que o veículo possua descrição de linha e itinerário;
IV – Cadastro de no máximo 2 (dois) condutores que irão trabalhar sob responsabilidade do permissionário de licença dos serviços de
transporte;
V – Aprovação em vistoria completa dos itens de segurança, estado de conservação e documentação do veículo, que será realizada pelo
Diretor de Trânsito;
VI – Apresentar todos os documentos solicitados anteriormente;

Transporte Escolar

Solicitação de licença de autorização para exploração de serviços de transporte de escolares e professores, denominado como transporte
escolar:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do requerente;
II – Prova de aquisição de veículo, com idade máxima de 15 (quinze) anos;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes (original e atualizado);
V – Folha corrida judicial (original);

Solicitação de renovação de licença de autorização para exploração de serviços de transporte escolar:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do autorizado ou permissionário;
II – Cópia do certificado de registro do veículo utilizado na prestação dos serviços;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes original e atualizado;
V – Folha corrida judicial original;
VI – Certificado de inscrição junto à Receita Federal ou INSS como autônomo ou pessoa jurídica;
VII – Laudo técnico de oficina credenciada atestando as condições do veículo;
VIII – Certidão Negativa de Débito Municipal;

Todos os Processos que se tratar de requerimento solicitando renovação de licença para exploração de serviços de transporte será exigido do
requerente:

EXIGÊNCIAS LEGAIS:
I – Estar quite referente aos débitos com a municipalidade;
II – Estar de acordo com a legislação vigente (pricipalmente Art. 136 do CTB);

a - registro como veículo de passageiros;


b - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança;
c - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e
traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui
indicadas devem ser invertidas;
d - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
e - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas
na extremidade superior da parte traseira;
f - cintos de segurança em número igual à lotação;
g - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN.
III – Cadastro de no máximo 2 (dois) condutores que irão trabalhar sob responsabilidade do permissionário de licença dos serviços de
transporte;
IV – Aprovação em vistoria completa dos itens de segurança, estado de conservação e documentação do veículo, que será realizada pelo
Diretor de Trânsito;
V – Apresentar todos os documentos solicitados anteriormente;

Moto Frete

Solicitação de licença de autorização para exploração de serviços de transporte de cargas em motocicletas, denominado como moto frete:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do requerente;
II – Prova de aquisição de veículo, com idade máxima de 5 (cinco) anos;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes (original e atualizado);
V – Folha corrida judicial (original);

Solicitação de renovação de licença de autorização para exploração de serviços de moto frete:

DOCUMENTAÇÃO:
I – Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do autorizado ou permissionário;
II – Cópia do certificado de registro do veículo utilizado na prestação dos serviços;
III – Cópia de comprovante de residência atualizado em nome do requerente;
IV – Atestado de Antecedentes original e atualizado;
V – Folha corrida judicial original;
VI – Certificado de inscrição junto à Receita Federal ou INSS como autônomo ou pessoa jurídica;
VII – Laudo técnico de oficina credenciada atestando as condições do veículo;
VIII – Certidão Negativa de Débito Municipal;

Todos os Processos que se tratar de requerimento solicitando renovação de licença para exploração de serviços de transporte será exigido do
requerente:

EXIGÊNCIAS LEGAIS:
I – Estar quite referente aos débitos com a municipalidade;
II – Estar de acordo com a legislação vigente (pricipalmente Art. 139-A do CTBIncluído pela Lei nº 12.009, de 2009);

a – registro como veículo da categoria de aluguel;


b – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso
de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;
c – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do Contran;
d – inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

III – Cadastro de no máximo 2 (dois) condutores que irão trabalhar sob responsabilidade do permissionário de licença dos serviços de
transporte;
IV – Aprovação em vistoria completa dos itens de segurança, estado de conservação e documentação do veículo, que será realizada pelo
Diretor de Trânsito;
V – Apresentar todos os documentos solicitados anteriormente;
FISCALIZAÇÃO DO TRANSITO PELA GUARDA MUNICIPAL

1.APRESENTAÇÃO: definindo o problema objeto de estudo.

Nosso estudo tem como base os fundamentos de precedentes judiciais que determinaram a suspensão dos efeitos de todas as

multas lavradas pela guarda municipal e declararam nulidade da norma municipal que regulamentava a atuação destes agentes públicos.

Alguns precedentes têm principalmente como fundamento constitucional o fato de o art. 144 § 8º da Magna Carta não se referir ao

exercício do poder de polícia para apuração de infrações de trânsito como competência da guarda municipal, inclusive para aplicação de multas.

Da análise da polêmica emerge a questão fundamental: pode a guarda municipal investir-se de competência para fiscalizar o

trânsito e para aplicar multas?

Pretendemos com este modesto estudo responder à questão suscitada com objetividade e ampla fundamentação de modo a

colaborar efetivamente com as discussões acerca do tema.

2.Pode a guarda municipal investir-se de competência para fiscalizar o trânsito e aplicar multas?

2.1.– A concepção do perfil constitucional do Município: uma questão fundamental - a resistência em tratar o Município

como ente político autônomo na Federação Brasileira.

Em outros estudos nossos concernentes a Direito Municipal e, em especial deste, percebemos que muitas posições teóricas

quanto ao caráter jurídico – constitucional dos municípios brasileiros estão permeados por uma visão jurídica estrábica, viciada por uma falsa noção

deste ente federativo.

O município brasileiro teve como embrião histórico os municípios portugueses. No Brasil-Colônia o município brasileiro ganhou

caracteres particulares não obstante as diretrizes da Coroa Portuguesa.

A Constituição de 1824 dispôs em seus artigos 167 a 169 sobre a administração das cidades e criou câmaras municipais

compostas por membros eleitos, possuindo certa autonomia.

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 Álcool e direção: a aplicabilidade da legislação penal e a diminuição dos acidentes de trânsito
 Da vigência do art. 65 da Lei Complementar nº 109/2001

Em 1834, a lei n. 16 de 12/08 reduziu a autonomia municipal, transferindo para a esfera de competência das assembléias da

província boa parte das atribuições municipais. Foi um golpe na autonomia dos municípios.

A Constituição do 1891, no art. 68, restabelece a autonomia, dispondo que "os estados organizar-se-ão de forma que fique

assegurada a autonomia municipal em tudo quanto respeite ao peculiar interesse".

A Constituição de 1934 manteve a autonomia, entretanto a Constituição de 1937 concebida pelo regime ditatorial de Vargas a

reduz. A Constituição seguinte de 1946 devolveu em parte a autonomia municipal mantida com mitigações pela Carta Política de 1964 e pela Emenda

nº 1 de 1969.

A Constituição vigente definitivamente traçou o perfil autônomo dos municípios brasileiros de modo categórico. Não poderia dispor

a Constituição Cidadã de 1988 diferentemente.

Vejamos:
"Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

(...)

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

(...)

c) autonomia municipal;

(...) ". Destacamos.

A interpretação sistemática das disposições transcritas não deixa dúvidas: o Município brasileiro integra a federação e lhe é

assegurada uma esfera de competências que não pode ser invadida pela União ou pelos Estados-membros, sustentando a medida extrema da

intervenção em caso de desrespeito.

Esta apertada síntese da evolução histórica revela que, quanto mais autoritário é o regime político, menor é a

autonomia municipal.

2.1.1.– As competências municipais.

Referimo-nos à expressão autonomia várias vezes. Aqui é o ponto em que cabe definir seu conceito.

Autonomia, no âmbito da relação federativa, é a faculdade jurídica de governar a si mesmo política e administrativamente. Ou nas

palavras do professor Michel Temer " é a capacidade conferida a certos entes para a) legislarem sobre b) negócios seus c) por meio de autoridades

próprias" [01].

A autonomia política é a capacidade de certas entidades se organizarem segundo as leis que adotarem e comandarem

politicamente os rumos de uma sociedade.

Autonomia administrativa diz respeito à capacidade de auto-organização das estruturas para gestão do interesse público no

âmbito de suas competências: serviços públicos locais, estrutura da administração municipal, servidores, etc.

Neste âmbito de atuação autônoma, estabelecem-se delimitações legais a que se denominamcompetências. A definição do mestre

José Afonso da Silva é precisa. Competência é "a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, ou a um órgão ou agente do Poder Público para

emitir decisões [02]".

Sistemas de repartição de competência tradicionalmente adotam o critério da predominância do interesse. Assim, as matérias

pertinentes ao interesse nacional serão atribuídas ao órgão central, enquanto aos Estados-membros e aos Municípios são reservadas as matérias

relativas aos interesses regionais ou locais respectivamente

Tais competências se classificam em legislativa e administrativa. A competência legislativa se expressa no poder de a entidade

estabelecer normas gerais. Enquanto a administrativa, ou material, cuida dos atos concretos do ente estatal, ou seja, da atividade administrativa.
Fixadas estas noções cabe atentar que é, no espaço da administração municipal, que se apresentam os problemas do cotidiano

das pessoas. É o Município que é fiscalizado mais diretamente pela sociedade. Esta natureza dinâmica da vida municipal justifica a ampliação de seu

âmbito de atuação.

Como observa Temer:

"Os Municípios titularizam competências próprias. Di-lo o art. 30. Tudo o que disser com a administração própria no que respeite ao

seu interesse local. Caracterizada a matéria como sendo de interesse local só o legislador dela poderá cuidar.

(...)

Doutrina e jurisprudência, ao tempo da Constituição anterior, se pacificaram no dizerem que é peculiar interesse aquele que

predomina o do Município no confronto com os interesses do Estado e da União. Peculiar interesse significa interesse predominante. Interesse

local é expressão idêntica a peculiar interesse" [03]. Grifos originais.

Observa o mestre HELY LOPES MEIRELES:

"(...) o assunto de interesse local se caracteriza pela predominância ( e não pela exclusividade) do interesse para o Município, em

relação ao do Estado e da União. Isso porque não há assunto municipal que não seja reflexamente de interesse estadual e nacional. A diferença é

apenas de grau, e não de substância" [04].

A competência do Município para organizar e manter serviços públicos locais está reconhecida constitucionalmente como um dos

princípios asseguradores de sua autonomia administrativa (art. 30). A única restrição é a de que tais serviços sejam de seu interesse local. O interesse

local, como já definimos, não é o interesse exclusivo do Município, porque não há interesse municipal que o não seja, reflexamente, do Estado-

membro e da União. O que caracteriza o interesse local é a predominância desse interesse para o Município.

Conclusivamente, podemos afirmar que matéria de interesse local ou peculiar não é aquela que interessa exclusivamente ao

Município, mas aquela que predominantemente afeta aos munícipes. Logo não se pode excluir matérias do rol dos temas a serem legislados pelo

Município. Basta que haja interesse local para fixar-se a competência municipal.

2.2.– O Sistema Nacional de Transito.

2.2.1. Trânsito, direito à vida e à cidadania: fiscalização do trânsito, um serviço público essencial.

Transitar livre e seguramente é em última análise garantir o direito à vida. É direito de todos e dever do Poder Público assegurá-lo.

Para tanto devem os entes públicos administrar este interesse de modo eficiente.

Administrar é gerir interesses alheios. Em seu sentido objetivo, administração Pública é a gestão de bens e de interesses públicos.

Em outras palavras é:

"(...) a gestão de bens e interesses do povo, com um mínimo de sacrifício dos direitos e garantias individuais, visando o bem

comum. A função administrativa compreende, fundamentalmente, o planejamento, a tomada de decisões e a execução para alcançar os fins

estatais [05]."

Conforme definição do professor MEIRELLES, serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados,

sob normas e controles estatais, com fim de satisfazer necessidades da coletividade ou conveniências do Estado.

Essenciais são aqueles serviços que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer ser necessário para a

sobrevivência do grupo social e do próprio Estado.


O controle do trânsito pelo Poder público é serviço de relevante interesse social. É serviço que, por sua natureza, é essencial.

Neste sentido, as considerações da resolução do CONTRAN n. 166/2004 são categóricas:

(...) "Um trânsito ruim e no limite criminoso, por falta de consciência dos seus perigos e por falta de punição, aproxima-nos da

barbárie e do caos. Por outro lado, um trânsito calmo e previsível estabelece um ambiente de civilidade e de respeito às leis, mostrando a

internalização da norma básica da convivência democrática: todos são iguais perante a lei e, em contrapartida, obedecê-la é dever de todos.

Diferentemente de algumas outras normas sociais, que podem ser rompidas ou ignoradas sem que ninguém perceba, as normas

de trânsito produzem um efeito imediato, levando, sua obediência ou não, à manutenção da qualidade de vida do cidadão e da coletividade, ou a

resultados desastrosos. Com isso, o trânsito configura-se em uma notável escola de e para a democracia.

O Código de Trânsito Brasileiro e a legislação complementar em vigor vieram introduzir profundas mudanças no panorama

institucional do setor. Para sua real implementação em todo o País, muito é preciso ainda investir, principalmente no que diz respeito à capacitação,

fortalecimento e integração dos diversos órgãos e entidades executivos de trânsito, nas esferas federal, estadual e municipal, de forma a produzir

efeito nacional, regional e local e buscando contribuir para a formação de uma rede de organizações que constituam, verdadeiramente, o Sistema

Nacional de Trânsito. [06]

Uma política de trânsito deve ter o cidadão brasileiro como foco de todas as ações. Dentro desta visão cidadã, sendo a segurança

no trânsito uma questão mundial grave e urgente e tendo em conta que as estatísticas alarmantes de mortes prematuras em ocorrências de trânsito

são assustadoras; faz-se necessário uma intervenção efetiva das esferas estatais e não há como negar a essencialidade do serviço de policiamento

do trânsito.

2.2.2.– Competências dos Municípios no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

O Código de Trânsito Brasileiro (lei nº 9503/1997) estrutura o Sistema Nacional de Trânsito, estendendo aos Municípios as

competências executivas de gestão do trânsito.

O Sistema Nacional de Trânsito - SNT, é o instrumento de efetivação da política nacional e é formado pelo conjunto de órgãos e

entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o planejamento, administração, normalização, pesquisa, registro e

licenciamento de veículos, formação, habilitação e educação continuada de condutores, educação, engenharia, operação do sistema

viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

O CTB fixou a competência municipal expressamente nos artigos 21 e 24, não restando dúvidas quanto à

competência municipal nesta esfera.

Entretanto se não o fizesse, a matéria não estaria fora do alcance da competência municipal para legislar e administrar o

trânsito municipal em tudo quanto se referir ao interesse local. É do professor MEIRELES a conclusão:

"Exemplos típicos dessa categoria são o trânsito e a saúde pública, sobre os quais dispõem União (regras gerais: Código Nacional

de Trânsito, Código Nacional de Saúde Pública), os Estados (regulamentação: Regulamento Geral de Trânsito, Código Sanitário Estadual) e o

Município (serviços locais: estacionamento, circulação, sinalização etc; regulamentos sanitários municipais) [07]. Destacamos.

Também TEMER assentou:

"Exemplificando: é de competência da união legislar sobre tráfego e trânsito nas vias terrestres (art. 22, XI). Entretanto, não se

põe em dúvida a competência do Município para dispor sobre tais matérias nas vias municipais. Estacionamento, locais de parada, sinalização,

mão e contramão de direção corporificam matérias de peculiar interesse municipal. Afastam a legislação estadual e federal [08]". Grifos nossos.
Além disso, há previsão legal expressa de competências em matéria de trânsito exercitável pelo Município. Dispõe o art. 21 do CTB

sobre competências gerais dos órgãos e entidades integrantes do SNT. No art. 24, o CTB fixa as competências municipais dentre as quais destacamos

os itens respeitantes ao nosso estudo.

Vejamos:

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;

VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação,

estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;

VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas

neste Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso,

dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;

Os preceitos legais destacados fixam competência para o exercício do poder de polícia pelo Município. Para exercê-lo a

Administração Municipal necessita de estruturas e equipar de recursos materiais, técnicos e humanos para desempenhar seu múnus.

Como já anotamos:

(...), "conclui-se correto afirmar que a competência para agir deve corresponder igualmente à competência para legislar sobre a

matéria"

(...) Somente pode a Administração agir quando previamente autorizada por lei, a diferença entre competência legislativa e

administrativa fica muito reduzida de conteúdo, porquanto a ação administrativa sempre será necessariamente precedida de legislação [09]. Grifamos.

É pertinente aqui registrar a lição de IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, para quem:

"A dificuldade, todavia, que se coloca é que, regido o país pelo princípio da legalidade, nenhuma entidade federativa pode agir, sem

ter legislação anterior que a autorize, de tal forma que tanto o art. 21 quanto o art. 22 cuidam, em verdade, de competência para legislar sobre

aquelas matérias. O mesmo se pode dizer no que concerne à competência comum e/ou concorrente, visto que a ação é sempre precedida

de legislação (...)" [10].

Há de se observar as noções dos mestres aqui transcritas. Delas concluímos que, ao fixar a competência

administrativa municipal para fiscalizar o trânsito, implícita e indubitavelmente, também se estabeleceu competência legislativa que deve ser exercida

de modo autônomo, respeitando-se os limites estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição Estadual pertinente. Delas também extraímos

fundamento para a conclusão no sentido de que o múnus municipal determinado pelo CTB implica a necessidade de o Município estruturar-se

administrativamente para bem desempenhá-lo.

A integração do Município ao SNT pressuposto para o exercício das competências legais imputáveis ao ente municipal conforme

dispõem o CTB arts. 24 § 2º e 333 e Resoluções do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito).

"Art. 24, § 2º - Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema

Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.

Art. 333. Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias após a nomeação de seus membros, as disposições

previstas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para exercerem suas

competências.
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem às

novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo.

§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exercerão as competências previstas neste Código em cumprimento às

exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão ou

entidade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de

Trânsito.

Compete, pois ao CONTRAN estabelecer as normas e padrões exigidos pelos entes estaduais ou municipais que se integrarem ao

Sistema Nacional de Trânsito e a serem praticados por todos os órgãos e entidades do Sistema(CTB art 91).

Especificamente em relação à integração dos Municípios ao sistema nacional o CONTRAN, através da Resolução nº 166 de 15 de

setembro / 2004, no item 2.1.4.1, dispôs que:

"A integração do município ao Sistema Nacional de Trânsito independe de seu tamanho, receitas equadro de pessoal. É exigida

a criação do órgão de trânsito e da Junta Administrativa de Recursos de Infrações - JARI, à qual cabe julgar os recursos interpostos pelos presumidos

infratores".

Como se vê. não se condiciona a integração do município ao SNT à existência de quadro de pessoal especializado. Ilação que nos

leva ao centro da questão objeto de nossa análise sintetizada na indagação seguinte:podem os Municípios utilizar estruturas já existentes como a

Guarda Municipal para fins de policiamento do trânsito?

O exposto até agora nos conduz à resposta positiva. Nos itens subseqüentes apresentamos os fundamentos intrínsecos de nossas

conclusões.

2.3.– O tratamento constitucional dispensado às Guardas Municipais.

Ao analisar os precedentes jurisprudenciais, sobretudo sob o prisma constitucionalista, à prima vista chama atenção o fato de a

decisão apresentar como fundamento constitucional, singelamente, o art. 144 § 8º da Constituição Federal / 1988 a partir de uma interpretação literal e

isolada do dispositivo.

Como advertimos, em estudo por nós publicado é imperativo estudar a Constituição Federal cuidadosa e sistematicamente. No

mesmo sentido é a lição do professor Paulo Bonavides:

"A interpretação de todas as normas vem regida basicamente pelo critério valorativo de natureza mesma do sistema. Faz-se assim

suspeita ou falha a análise interpretativa de normas consideradas insularmente, à margem do amplo contexto que deriva do sistema constitucional. De

modo que nenhuma liberdade ou direito, nenhuma norma de organização ou constituição do Estado será idônea, fora dos cânones da interpretação

sistemática, única apta a iluminar a regra constitucional em todas as suas possíveis dimensões para exprimir-lhe corretamente o alcance e grau de

eficácia. [11]".

Ora a declaração de inconstitucionalidade pelo Judiciário de atos de seus órgãos ou dos demais Poderes requerer solidez

extraordinária exigida pela Constituição. Isto porque a imputação de inconstitucionalidade é decisão de graves repercussões nas relações jurídico -

constitucionais.

Exemplificando o afirmado, basta mencionar o preceito do art. 85 da CF / 1988 que tipifica genericamente como crime de

responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal.


Dentro de um sistema constitucionalista como o nosso, é evidente que qualquer decisão declaratória de inconstitucionalidade de

atos deve se revestir de fundamentação reforçada. Não pode ser proferida como decisões outras em que a preservação da autoridade de normas

constitucionais não está em jogo.

Obviamente toda decisão judicial deve ser fundamentada como dispõe o art 93, IX da CF / 1988. Entretanto no que tange à

declaração de inconstitucionalidade, para garantir cautela por parte do Poder Judiciário, a Carta Magna vigente determinou:

"Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os

tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público".Destacamos.

O dispositivo transcrito não exige expressamente uma fundamentação reforçada, mas dá indicativos seguros de que decisão em

matéria de controle de constitucionalidade se distingue das demais. Tal exigência, por nós referida, decorre de uma análise sistemática e da percepção

da Constituição como norma fundamental de toda ordem jurídica.

Feitas estas observações, pomos em relevo nossa crítica aos precedentes relativamente à fundamentação desprovida de

argumentação substanciosa e à afoiteza interpretativa do § 8º do art 144 da Lei Maior.

Textualmente dispõe a CF / 1988:

Art. 144 (...)

§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,serviços e instalações, conforme

dispuser a lei.

A CF, como se vê, apenas faculta a criação da Guarda Municipal por isso não a listou nos incisos do mesmo art. 144 como órgão

do sistema de segurança pública..

O dispositivo transcrito situa-se no capítulo III referente à segurança pública do TÍTULO V (Da Defesa do Estado e Das

Instituições Democráticas). A segurança pública consiste em serviços destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das

pessoas e do patrimônio. A Guarda Municipal segundo a letra do dispositivo em exame é a segurança ou proteção dos bens, serviços e patrimônio

municipais.

Observe-se que as expressões constitucionais são genéricas. A nosso ver, a CF fê-lo assim propositalmente para respeitar as

realidades diversas.

O problema que aqui sobressai é perquirir qual o âmbito de competência da Guarda Municipal e se a lei pode ampliá-lo.

No item seguinte, apresentamos argumentos para responder afirmativamente à questão.

2.4.– A possibilidade do exercício do poder de policia de trânsito pela Guarda Municipal.

2.4.1. – Inexistência de veto expresso pela Constituição e pelo CTB.

Como já destacamos, ao dispor sobre a Guarda Municipal, a CF em vigor limitou-se a facultar à criação e, genericamente, a referir

à missão de proteger bens, serviços e o patrimônio da municipalidade.

Observamos primeiro que não há dispositivos constitucionais que vetem expressa e taxativamente a possibilidade de além de

atribuir à Guarda Municipal outra função que não seja a segurança dos interesses do Poder Público Municipal referidos pelo preceito constitucional

do § 8º do art. 144 da CF.


A primeira leitura do dispositivo pode levar à conclusão de que a competência ali enunciada é restrita e insuscetível de ampliação.

Concluir assim sem maior investigação é por de lado o sistema constitucional, seus princípios e valores mais amplos e fundamentais à integridade

constitucional.

Para ilustrar a pertinência de nossa crítica e preocupação expressa no item anterior quanto aos cuidados com interpretação literal e

isolada de normas constitucionais, lembramos a polêmica quanto à sobrevivência do jus postulandi na Justiça do Trabalho e nos Juizados de

Pequenas Causas. Discutiu-se nos tribunais a não recepção constitucional da regra celetista que garantia o acesso à Justiça Trabalhista sem a

presença do advogado. O fundamento era a interpretação do art. 133 da CF / 1988 que dispõe textualmente que o advogado é indispensável à

administração da justiça. No entanto a Jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas e do Supremo Tribunal Federal superaram a textualidade da

expressão legal (indispensável à administração da justiça) por meio de interpretação sistemática.

A citada jurisprudência habilita nossa ilação de que o tratamento constitucional dado à GuardaMunicipal não pode se resumir à

letra do referido dispositivo.

Evidente é que a finalidade para que foi pensada a Guarda é proteção do patrimônio e serviços municipais, mas não há empecilho

constitucional para alargamento da competência por força de lei. Deve-se atentar para o enunciado da cláusula de discricionariedade legislativa

(conforme dispuser a lei) e investigar o grau de liberdade para a atuação normativa municipal.

O âmbito da discricionariedade normativa delimita-se pela matéria e pelo princípio da razoabilidade. Ora imputar às Guardas

Municipais o exercício de policiamento de trânsito está dentro do linde material, pois não se deve esquecer a localização normativa do dispositivo que

é o capítulo da segurança pública.

Aliás, isto não passou despercebido pelo STF. Em 12 de novembro de 2003, a Suprema Corte, através de decisão monocrática do

Ministro Maurício Correia, julgou liminar antecipatória de tutela concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

"(...) 9. A liminar concedida não merece subsistir, tendo em vista os valores que o artigo 4º da Lei 8437/92 visa proteger e o dano

efetivo que o seu cumprimento imediato causará à segurança pública e à disciplina de trânsito, além dos eventuais malefícios aos munícipes."

(Proc.: Classe / Origem - STA 9 / RJ - SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA - Min. MAURÍCIO CORRÊA DJ DATA- 26/11/2003 P - 00009)

Grifamos.

A Lei Magna textualmente refere-se à proteção do patrimônio municipal, mas a segurança pública consiste nos serviços de

preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144, caput da CF). Assim afigura-nos razoável a atribuição à

Guarda Municipal do múnus já mencionado por não fugir do campo da matéria segurança pública uma vez que o policiamento do trânsito visa

preservar a incolumidade das pessoas. Respeitadas as esferas de competências dos outros entes integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, as

medidas neste sentido são, a nosso ver, constitucionais.

2.4.2. – O caso da Polícia Militar.

Nesta discussão, intriga-nos o caso da Policia Militar que também tem dispositivo constitucional no mesmo capítulo da segurança

pública. A Lei Maior preceitua que a segurança pública será exercida através, inclusive, das polícias militares e corpos de bombeiros militares (CF art

144, V).

No § 5º do mesmo artigo, determina a CF que às polícias militares cabem a preservação da ordem pública e aos corpos de

bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

O CTB no art. 7º, VI dispõe que as Polícias Militares dos Estados e Distrito Federal integram o SNT. E, em respeito à autonomia

político - administrativa, dos Estados –membros, estabelece no art. 23:


"Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal:

III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de

trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados; "

O curioso é que o exercício de polícia de trânsito pelas Polícias Militares não tem sofrido oposição dos tribunais. No entanto se para

estas estruturas o exercício é legítimo, também o será para as Guardas Municipais.

Esta nossa observação causa certa perplexidade, autorizando concluir que a interpretação constitucional restritiva adotada para as

Guardas dos Municípios por alguns tribunais estaduais não tem motivação consistente.

2.4.3.– A essencialidade do serviço de fiscalização do trânsito e os princípios da razoabilidade e da eficiência.

No item 2.2.1, assentamos o caráter de essencialidade do serviço de controle do tráfego de pessoas e veículos.

Com espeque neste traço de essencialidade do serviço, entendemos que a imputação de competência de policiamento do trânsito

é solução que se respalda nos princípios da eficiência e da razoabilidade.

A CF/1988 fixa como principio de observância obrigatória por todas as esferas e níveis da administração, dentre outros, o princípio

da eficiência.

Como posto por CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO:

"Quanto ao princípio da eficiência, não há nada a dizer sobre ele. Trata-se, evidentemente, de algo mais do que desejável.

Contudo, é juridicamente tão fluido e de tão difícil controle ao lume do Direito, que mais parece um simples adorno agregado ao art. 37 ou o

extravasamento de uma aspiração dos que burilam no texto. De toda sorte, o fato é que tal princípio não pode ser concebido (entre nós nunca é

demais fazer ressalvas óbvias) senão na intimidade do princípio da legalidade, pois jamais suma suposta busca de eficiência justificaria postergação

daquele que é o dever administrativo por excelência. Finalmente, anote-se que este princípio da eficiência é uma faceta de um princípio mais amplo já

superiormente tratado, de há muito, no Direito italiano: o princípio da ‘boa administração’" [12].

Precisa é a definição de UBIRAJARA COSTODIO:

"(...) identifica-se no princípio constitucional da eficiência três idéias: prestabilidade, presteza e economicidade. Prestabilidade,

pois o atendimento prestado pela Administração Pública deve ser útil ao cidadão.Presteza porque os agentes públicos devem atender o cidadão

com rapidez. Economicidade porquanto a satisfação do cidadão deve ser alcançada do modo menos oneroso possível ao Erário

público. [13]" Grifamos.

Atento ao princípio constitucional o CTN preceitua expressamente:

"Art. 25 - Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as atividades

previstas neste Código, com vistas à maior eficiência e à segurança para os usuários da via."

Ora a imputação da competência para fiscalizar o trânsito à Guarda Municipal é decisão administrativa que encontra sustentação

no princípio da eficiência uma vez que assim:

a) será prestado pela Administração Pública serviço público de utilidade essencial ao cidadão;

b) atende-se com presteza ao direito ao trânsito seguro;


c) a satisfação do cidadão é alcançada do modo menos oneroso ao Erário Municipal.

A decisão administrativa de fixar já tão referida competência ás Guardas Municipais também se assentano principio da

razoabilidade abrigado no artigo 1º da Constituição Federal, que deu ao Brasil status de Estado Democrático de Direito.

O princípio referido possui três elementos conceituais: a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito.

A adequação é conseqüência da exigência de compatibilidade entre o fim pretendido pela norma e os meios por ela enunciados

para sua consecução. Os atos dos Poderes Públicos somente devem ser afastados se absolutamente incapazes de alcançar o resultado pretendido.

A necessidade revela-se na indispensabilidade à preservação de direitos e interesse do bem comum.

A proporcionalidade em sentido estrito diz respeito a um sistema de valoração de situação juridicamente aceitável sob a ótica dos

fins pretendidos pelo Estado. O exame da proporcionalidade permite um equilíbrio entre o fim almejado e o meio utilizado.

A razoabilidade é, em suma, padrão valorativo dos atos dos Poderes Públicos.

Aplicando o conceito à hipótese em exame, é compreensível prontamente que o aproveitamento de estrutura já existente é legítima,

não constituindo violação ao principio constitucional da razoabilidade.

Neste sentido, é eloqüente a passagem transcrita logo a seguir da decisão já referida do STF em que o Ilustre Ministro Maurício

Corrêa ponderou:

"(...) Subsistentes, por conseguinte, os fundamentos da decisão de primeira instância que indeferiu o pedido de liminar, não

obstante tenha sido reformada pelo Tribunal de Justiça. A título ilustrativo, trago à colação o seguinte excerto daquela decisão: "(...) Não narra a inicial

qualquer prejuízo decorrente da prática do poder de polícia por ente da administração indireta, devendo preponderar o supremo interesse

da manutenção da ordem e regularidade do trânsito, elemento essencial da qualidade de vida nos centros urbanos , sobre meros interesses

patrimoniais dos particulares que violam as regras cogentes de trânsito ou sobre questões formais secundárias ao interesse público. (...) As

questões trazidas na inicial são meramente formais, não se questionando o exercício da atividade administrativa ou mesmo sua eficiência"(fl. 39).

- Proc.: Classe / Origem - STA 9 / RJ - SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA - Min. MAURÍCIO CORRÊA DJ DATA-

26/11/2003 P – 00009. Grifamos.

Irracional é exigir dos municípios a criação de nova estrutura administrativa cujo custo financeiro nem sempre é suportável pela

municipalidade e ainda que haja recursos para tanto ainda assim entendemos ser razoável a medida. Ora a Guarda Municipal ao exercer a

incumbência de proteger o patrimônio e serviços municipais ao mesmo tempo pode colaborar com o sistema nacional de trânsito, fiscalizando trânsito

de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres.

Irrazoável é o impasse criado pelos precedentes judiciais, ao impor aos municípios a inércia diante de danos à vida e integridade

física de inúmeros cidadãos.


PRIMEIRO EMPLACAMENTO
Documentação Básica:

• DANFE ou original e cópia da nota fiscal fornecida pelo fabricante / revendedor já cadastrada na SEFA;
• Laudo de vistoria do veículo no DETRAN/PA, conforme o contido na resolução 282/08 do CONTRAN;
Se Pessoa Física:
o Documento de Identificação Oficial com Foto;
o CPF do proprietário.
o Comprovante de residência de acordo com o artigo 6º da Instrução Normativa nº 01/2010 do
DETRAN/PA.

Se Pessoa Jurídica:

o Documento de Identificação Oficial com Foto e CPF do representante legal;


o Cartão CNPJ atualizado;
o Documento constitutivo da pessoa jurídica - Contrato social ou estatuto acompanhado de ata de
eleição ou Requerimento de Empresário.

• Procuração, se o proprietário outorgou poderes de acordo com o artigo 3º da Instrução Normativa nº 01/2010
do DETRAN/PA devendo o reconhecimento ser por autenticidade.
Documentação Complementar:

Veículos Importado:

• Verificar se existe o pré-cadastro na BIN. Se não existir informar ao cliente que retorne a receita federal;
• Vistoria no DETRAN/PA, conforme o contido na resolução 282/08 do CONTRAN;
Veículos a serem registrado na categoria aprendizagem:

• Certificação de Segurança Veicular (CSV);.


• Laudo de Vistoria para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança, além da exigência
prevista no art. 154 do CTB;
• Autorização pelo Gerente do CFC de Belém ou pelo Gerente da CIRETRAN;
Veículos a serem registrado na categoria aluguel e utilizado no transporte individual ou coletivo de passageiros:

• Autorização do poder público concedente, conforme previsão no art. 135 do CTB (Prefeitura Municipal,
ANTT, ARCON).
• Para veículos de turismo o cliente deverá apresentar o Certificado de Cadastro do Ministério de
Turismo/PARATUR e podendo ser confirmado na internet.
Veículos a serem registrado na categoria aluguel e utilizado no transporte remunerado de carga:

• RNTRC válida, somente para pessoas ou empresas transportadoras já cadastradas na ANTT,


considerando que as que ainda não possuírem cadastro deverão registrar inicialmente na categoria
particular;
• Autorização do poder público concedente quando se tratar de motocicleta utilizada no transporte
remunerado de carga, conforme previsão no art. 135 do CTB.
Veículos do tipo: caminhões, ônibus ou microônibus :

• Nota fiscal ou DANFE da carroceria nova (encarroçador).


Veículos de missões diplomáticas, repartições consulares de carreira e organismos consulares, representações de organismos internacionais
acreditados junto ao Governo Brasileiro e de acordos de cooperação internacional:
• Autorização expedida pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores;
• Documento de importação fornecido pela Secretaria da Receita Federal, quando for o caso.
Veículos destinados ao transporte escolar:

• Autorização ou documento equivalente expedido do poder público municipal (Prefeitura, Órgão


Municipal de Trânsito, Secretaria de Transporte) comprovando a atendimento do art. 135 do CTB;
• Laudo de Vistoria para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança, com decalque do
chassi e motor em observância aos incisos III, IV, V e VI do art. 136 do CTB.
Veículos a serem registrado na categoria oficial:

• Ofício do Órgão requerente firmado por seu representante legal;


• Laudo de Vistoria comprovando a pintura nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade
em cujo nome o veículo será registrado, conforme previsão do art. 120, § 1.º do CTB;
• Quando a nota fiscal ou DANFE vier faturada em nome do Ministério e com destinação especificada, o
registro será para o órgão descriminado na nota fiscal. Em caso de ausência da destinação especifica,
apresentar o termo de doação.
Veículos a serem utilizados no transporte de contêineres:

• Apresentação do Certificado de Garantia do fabricante.


Veículos modificados antes do primeiro registro:

• Proceder conforme descrito no serviço de mudança de característica.


Veículos de fabricação artesanal:

• Proceder conforme descrito na aquisição de veículo artesanal.


Procedimentos e Observações

• Após a compra do veículo na concessionária ou revendedora ou fabrica e a nota fiscal cadastrada na


Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA). O cliente deverá dirigir-se ao DETRAN sede ou postos de
serviços em Belém ou nas CIRETRAN de sua jurisdição, conforme endereço informado no SITE;
• Para veículo vistoriado fora do município no qual será emplacado, o laudo de vistoria deverá ser
enviado à Gerência da Ciretran ou Postos da Capital onde será processado o serviço via ofício assinado
pelo Gerente da Ciretran remetente ou Gerente de Vistoria no caso da Capital, constando o Laudo de
Vistoria com selo de autenticidade e com a assinatura do vistoriador e agendador (onde houver) em
envelope lacrado;
• Os veículos automotores pertencentes às missões diplomáticas, repartições consulares de carreira e
organismos consulares, representações de organismos internacionais, aos funcionários estrangeiros
administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação internacional, serão registrados,
emplacados e licenciados pelo DETRAN/PA em conformidade com a sistemática do RENAVAM;
• Todo veículo novo (nacional ou importado) deverá estar obrigatoriamente pré-cadastrado na BIN para
consecução do primeiro registro junto ao DETRAN/PA, com exceção das empilhadeiras, máquinas
agrícolas, tratores, protótipos utilizados exclusivamente em competições esportivas;
• Nota Fiscal de Demonstração e/ou Entrega Futura, não pode ser utilizada em processo “PARA EFEITO
DE REGISTRO DE VEÍCULO”;
• Não será exigida a apresentação da Nota Fiscal ou DANFE do fabricante nos casos de venda da
concessionária para o consumidor final;
• Para os veículos que necessitem ser encarroçados (caminhões e caminhonetes) deverá ser verificado
quando da solicitação do registro, na base BIN (no pré-cadastro do veículo) se o mesmo está completo.
Se constar incompleto, o interessado deverá ser instruído a procurar o encarroçador do veículo para que
este providencie a complementação do pré-cadastro;
• Quando se tratar de instalação de carroçaria nova processada por fabricante não homologado pelo
DENATRAN será exigido o correspondente CSV;
• Quando se tratar de veículo usado no qual foi instalado carroçaria nova por fabricante/instalador
homologado pelo DENATRAN, serão exigidos o CAT e o CSV;
• As erratas de nota fiscal ou DANFE de compras do veículo não devem ser aceitas se configurar:
o A venda a outro proprietário (mudança de CPF/CNPJ);
o A venda de outro veículo (mudança de chassi);
o Outra data de emissão da nota fiscal ou DANFE;
o A emissão em outro Estado ou Município.
• Os dados cadastrais, no que se refere ao nome do proprietário, deverão ser confirmados através de RG,
CPF ou CPNJ e o registro do sistema informatizado do DETRAN/PA e, quando verificado tratar-se de
equivoco, será aceita errata com a correção do nome;
• Poderá também ser aceito a errata nos casos de alteração de endereço, desde que não haja mudança da
unidade federativa do comprador;

• O serviço de 1º emplacamento objeto de arrendamento mercantil/leasing, pode ser solicitado pelo


arrendatário (ou seu representante), sem necessidade de autorização pela instituição
financeira/arrendante.

Veículo de Aluguel ou Empregado em Qualquer Serviço Remunerado

- Trazer autorização do Órgão concedente , conforme disposto no Artigo 135 doCTB - Código de Trânsito Brasileiro.

Veículo Alienado

- Confirmação de que a financeira já incluiu o gravame no SNG - Sistema Nacional de Gravames.

Veículo Importado (Importação Direta)

- DI - Declaração de Importação (devidamente cadastrada no BIN pela alfândega).

Ônibus ou Caminhão

- Uma via da Nota Fiscal da carroceria e / ou do terceiro eixo;


- Se o caminhão for destinado ao transporte de carga remunerado, trazer autorização da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres;
- Veículo destinado ao transporte de passageiros, trazer autorização dos Órgãos concedentes estaduais e municipais.

Veículo Adquirido Através de Leilão

Edital de Publicação e Nota Fiscal do leiloeiro e / ou Termo de Arremate (original e cópia).

Reboque ou Trailer

- Se o veículo for de fabricação artesanal, CSV - Certificado de Segurança Veicular expedido por entidade credenciada pelo INMETRO;
- Nota Fiscal do revendedor ou avulsa da SEFAZ relativa aos equipamentos adquiridos.

Veículo Adquirido por Sorteio

- Nota Fiscal expedida pela empresa patrocinadora e Termo de Entrega fornecido pela empresa responsável;
- Certificado de Autorização da Receita Federal para realização do sorteio;
- 1ª via da Nota Fiscal do revendedor em nome da entidade que efetuou o sorteio com decalque do Chassi.
Categoria Aluguel - se refere aos veículos que prestam serviços de transporte de carga ou de passageiros, de forma remunerada (Ex: táxi,
moto-taxi, caminhão, ônibus, caminhão trator, reboque, semi - reboque e micro-ônibus);

3. Antes de requerer o serviço junto ao DETRAN, o proprietário deverá receber prévia autorização do poder concedente (município em que se
encontra registrado o veículo) para que possa desenvolver atividade remunerada com seu veículo, conforme previsto no art. 135 do CTB;

4. Se houver Transferência de Propriedade ou de Unidade Federativa cumulada com a alteração de categoria e o veículo for adquirido através
de financiamento (alienação fiduciária, arrendamento mercantil, penhor ou reserva de domínio) – o agente financeiro deve inserir ou adequar a
restrição no SNG - Sistema Nacional de Gravames, para que possa ser realizado o serviço no DETRAN.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 356, DE 2 DE AGOSTO DE 2010


Art. 1º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando autorizados pelo poder concedente para
transporte remunerado de cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), deverão ser registrados
pelo Órgão Executivo de Trânsito do Estado e do Distrito Federal na categoria de aluguel,
atendendo ao disposto no artigo 135 do CTB e legislação complementar.

"Veículo de aluguel" ?
A expressão "veículo de aluguel" é uma expressão encontrada no Código de Trânsito Brasileiro e que desperta
curiosidade, especialmente porque não é encontrada essa definição no Anexo I. "Aluguel" é uma das classificações que
o veículo pode ser enquadrado, conforme o Art. 96 da Lei, e cuja condição autoriza que ele efetue transporte
remunerado de pessoas ou bens. Ou seja, o "veículo de aluguel" é aquele autorizado a fazer transporte remunerado.
Essa condição é expressa no documento de registro e licenciamento do veículo, e externamente a identificamos por
possuir as placas de identificação nas cores vermelha (fundo) e branca (caracteres).

Ao adquirir o veículo caberá ao proprietário solicitar ao órgão executivo estadual (Detran) o registro nessa categoria. O
detalhe é que quando se tratar de veículo de transporte de passageiros, seja de caráter individual (motocicleta,
automóvel), seja de caráter coletivo (ônibus e microônibus), para atender à solicitação o Detran exigirá a autorização do
poder público concedente do transporte (mototáxi, táxi, fretamento, transporte regular, etc.), conforme prevê o
Art. 135 do CTB. Já quando se trata de veículo de transporte de carga (caminhonete, caminhão, etc) bastará a
solicitação do proprietário, já que o CTB não exige autorização específica nesse caso.

Mas, para que serve? Transportar gratuitamente num veículo de aluguel (sejam pessoas ou bens) não é irregular,
porém, transportar onerosamente pessoas ou bens em veículos registrados na categoria "particular" (placa cinza e preta)
é uma infração de natureza média prevista no Art. 231 inc. VI do CTB. A maior dificuldade da fiscalização é ter a certeza
(e não pressuposição ou aparência) que o transporte em veículo "particular" esteja sendo remunerado. Como haver
certeza de que os passageiros de um veículo com placa particular (cinza) não estão sendo gratuitamente transportados.
A mera divisão das despesas poderia caracterizar isso, ou seja, remunerado sem lucro. Quando se trata de carga
também não é simples. Quando uma empresa transporta seus próprios objetos a placa do caminhão pode ser cinza,
mas, se p.ex. fizer entrega de mercadorias que vende estará caracterizada a remuneração, mesmo que embutida no
preço da mercadoria. Nesse caso, o critério da Nota Fiscal comparado ao registro do veículo, mostrando que o
proprietário do veículo e do objeto são distintos tem sido um absurdo critério adotado, como se nunca alguém pudesse
fazer um favor a alguém. O pior ocorre quando uma empresa terceiriza a frota através de locação, mas, para transportar
seus próprios funcionários (passageiros) ou seus próprios objetos (carga), e como o proprietário de registro é um
(locadora) e os objetos ou funcionários são de outra (locatária) algumas autoridades entendem que esse veículo deva
possuir placa vermelha. Aliás, lembramos que no caso das locadoras o entendimento é de que elas são registradas com
placa "particular" cinza, pois a remuneração é pela posse do veículo e não pelo transporte. Ônibus e caminhões são
vítimas dessa pressuposição, mas, convenhamos ser possível alguém comprar um desses veículos apenas para
passear com a família...

Marcelo José Araújo é advogado e assessor jurídico do Cetran/PR. Professor da Faculdade de Direito de Curitiba.
Art. 10. O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás - DETRAN-Go somente concederá o
registro, o licenciamento e o respectivo emplacamento de característica comercial dos veículos de
aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou
empregadas em qualquer serviço remunerado, se a pessoa física ou jurídica interessada apresentar
autorização emitida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, se transporte
interestadual ou internacional; pela AGR, se transporte intermunicipal; pela CMTC, se transporte
metropolitano e pelo órgão municipal competente, se transporte municipal, nos termos do art. 135 do
Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.

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