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6 - ELEMENTOS DE UNIÃO
Ex.: - Uma roda de um rodeiro ferroviário é aquecida para montar no eixo (resfriado
com nitrogênio líquido). Nessa montagem não se reutiliza nem o eixo nem a roda, pois
as superfícies de contato danificam-se com a desmontagem.
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6.1 - PARAFUSOS
- Com certeza esse é o elemento de união mais utilizado no planeta, e temos diversos
tipos de parafusos, materiais e filetes de roscas.
- Basicamente o parafuso é utilizado para união de componentes, mas também é
utilizado para movimentação de cargas.
- Um elevador elétrico - muito utilizado em oficinas de acessórios – é um exemplo da
utilização do parafuso para movimentação de cargas.
- O conceito fundamental de parafuso é a transformação do movimento de rotação em
movimento linear.
Figura 6.1
• Perfil da rosca
• Tolerância da rosca
• Passo
• Tipo do material
• Tipo do acabamento superficial
B) Tolerâncias:
- As duas figuras abaixo mostram tolerâncias utilizadas para fabricação de roscas UNC
(Unifed Threads Coarse).
- Para cada tipo de parafuso conforme as normas usuais utilizadas (DIN, ISSO,
ABNT,...) tem-se classes de tolerâncias. Geralmente uma dessas classes torna-se de uso
mais comercial.
- No caso da rosca UNC, a classe 2 é a mais utilizada (comercial).
111
Figura 6.4
Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts
Figura 6.5
Retirada do livro: Design of Machine Elements - M.F. Spotts
C) Passos de rosca:
Figura 6.6
Figura 6.7
Retirada do catálogo: B29/2000 - Starrett
113
D) Tipos de materiais:
- São manufaturados parafusos nos mais diversos materiais tais como: aço carbono; aço
inox; nylon; alumínio; bronze e etc.
- Os materiais utilizados – amplamente normalizados – definem a resistência do
material. Existem vários graus de resistência para as diversas utilizações.
Exemplo:
1) Graus ABNT para parafusos em aço:
Resistência aumenta
1) Graus SAE
1 2 4 5 8
Resistência aumenta
E) Acabamentos superficiais:
Para cada aplicação, no caso de parafusos manufaturados em aço, têm-se diversos tipos
de tratamentos superficiais, tais como:
• Oxidado preto
• Bi-cromatizado
• Galvanizado
• Fosfatizado
• Niquelado
• Cadmiado
F) Bitola do parafuso:
- São os diversos tamanhos normalizados para um certo tipo de rosca.
Ex.: M20 – como aparece na figura, temos:
• M – rosca métrica
• 20 é o diâmetro externo do parafuso.
Figura 6.8
114
- Quando nada é citado, a rosca é direita, portanto, para rosca esquerda deve ser citada
na descrição.
M16 x 2 x 60 comprimento – rosca esquerda.
Figura 6.9
Retirada do catálogo: Fabricante Ciser - www.ciser.com.br
115
Figura 6.10
117
Figura 6.11
118
Figura 6.12
119
Figura 6.13
120
Figura 6.14
121
Figura 6.15
122
Figura 6.16
123
Figura 6.17
124
Figura 6.18
125
Figura 6.19
- Quando se faz o aperto, à parte do parafuso situada entre a cabeça e a porca sofre um
estiramento.
- E as partes que estão sendo “apertadas” pelo parafuso e a porca são comprimidas.
- Analisando o conjunto parafuso/ porca e as partes isoladamente teremos:
Figura 6.20
Figura 6.21
A) Analisando o parafuso:
Figura 6.22
127
Figura 6.23
Fi
σ = (6.1)
AB
F
εE = i (6.2)
AB
∆l ∆l F
ε = B ⇒ B EB = i
lB lB AB
Figura 6.24
A1E1
K p1 = ;
l1
AE
K p2 = 2 2 ;
l2
AE
K p3 = 3 3
l3
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- onde:
A1: área efetiva da parte 1
E1: módulo de elasticidade da parte 1
Kp1: coeficiente de mola da parte 1
- As Dimensões e o materiais nos dão os valores de: E1; E2; E3 e l1; l2; l3, mas e os
valores de A1; A2 e A3 ?
Figura 6.25
Figura 6.26
Sendo que:
l
DE = S + ;
2
π ⎛⎜ ⎛ ⎞
2
l⎞
Área = ⎜ S + ⎟ − D2 ⎟ (6.4)
4 ⎜⎝ ⎝ 2⎠ ⎟
⎠
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Onde:
D – furo passante
- Com isso (determinação das áreas) temos como obter a constante de mola para o
conjunto das partes comprimidas (molas em série).
1 1 1 1
= + + (6.5)
K p K p1 K p 2 K p 3
- Geralmente o aperto inicial do parafuso tem como limite uma tensão inicial no
parafuso = 75% da σ e , dessa forma teremos:
Fi ≤ 0,75σ e ABe (6.6)
- Imagine agora que a junta comprimida (montada com aperto inicial) sofra uma força F
como indicado na figura 6.27, e a parte superior passe para a posição tracejada, dessa
forma teremos um aumento de tração no parafuso e uma redução de compressão nas
partes.
Figura 6.27
Figura 6.28
Seja:
• ∆lB - Deformação inicial do parafuso
• ∆lP - Deformação inicial das partes
Fi
tgα 2 = = KP (6.8)
∆lP
KP
FPT = F (6.12)
(K P + K B )
Logo a força atuante no parafuso (tração) é:
KB
FB = F + Fi (6.13)
(K P + K B )
E a força atuante na compressão das partes tem o seguinte valor:
KP
FP = Fi − F (6.14)
(K P + K B )
- Para a relação entre o torque de aperto e a força inicial no parafuso para roscas
métricas e americanas (UNC/UNF), podemos utilizar para cálculos aproximados a
expressão abaixo - desenvolveremos essa fórmula detalhadamente na seção de
acionamento por parafuso.
T = 0,2.d .Fi (a seco) (6.16)
T = 0,15.d .Fi (roscas lubrificadas) (6.17)
Figura 6.29
133
Aplicação 1:
Figura 6.30
A) Força na tampa:
π .d 2 π .4902
F= pressão = → FTotal = 37715Kgf
4 4
B) Aperto inicial:
- Conforme recomendado em (6.15) utilizar Fi > F
- Arbitrando Fi = 4F;
Fitotal = 4 F = 4 x37.715 = 150.860 Kgf
C) No de parafusos:
π .560
N≥ = 17,5 ;
100
134
- Observando a tabela 6.2, vemos que o parafuso M16 x 2mm de passo, é o que
apresenta uma área superior ao calculado.
- Parafuso pré-dimensionado: M16
I) Verificação do parafuso:
F 7817
σB = B = = 46 < 67,5 = 0,75 x90 ← OK
ABe 169,7
I) Torque de aperto:
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Aplicação 2:
Figura 6.31
Item 1:
AE 314 x 21000
- Substituindo a área em K p = = = 550000 Kgf / mm
l 12
C) FS para Fi = 0 :
- Força por parafuso:
Fmáx = 4000 / 4 = 1000 Kgf
Fmin = 0
-
Fm = 500 Kgf
Fv = 500 Kgf
- Tensões no parafuso:
σ m = σ v = 500 / 92,7 = 5,4 Kgf / mm 2
D) Verificação do FS:
1 σ σ
= m +k v
FS σ e σn
1 5,4 5,4
= +3
FS 35 16
⇒ FS = 0,86 < 1
Resposta: ë uma situação insegura se não houver aperto inicial, pois apresentará FS<1.
Item 2:
- No limite FP = 0 ;
- De (6.14)
KP
FP = Fi − F → A força F máxima tem o valor de F = 1000 Kgf , então:
(K P + K B )
550000
0 = Fi − 1000 → Fi = 735Kgf / parafuso → Fi − sup orte = 2940 Kgf
(550000 + 198000)
Resposta: Força inicial no suporte para impedir perda de compressão →
Fi − sup orte = 2940 Kgf
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Item 3:
Item 4:
Aplicação 3:
- Sabendo-se que:
- Parafuso para a biela indicada na figura 6.32: 3/8” – 24 UNF,
- A força inicial de aperto = 1600kgf
.- Dados do material do parafuso:
138
σ e = 63Kgf / mm 2
σ n = 40 Kgf / mm 2
- onde σ n é a tensão de fadiga corrigida.
- Considere a área das partes AP = 320mm 2
- Fator de concentração de tensões na rosca k = 3
- A carga de trabalho varia de 0 a 1150 Kgf.
Figura 6.32
Resposta:
1) F.S = 1,65
Aplicação 4º:
- Sabendo-se que:
- O olhal indicado pela figura 6.33 é fixado por apenas 1 parafuso.
- A força F varia de 4000 a 8000 Kgf.
- Parafuso: 1” – 12 UNF.
.- Dados do material do parafuso:
σ e = 63Kgf / mm 2
σ n = 40 Kgf / mm 2
- Considere a área das partes AP = 780mm 2
- Fator de concentração de tensões na rosca k = 3
- A área efetiva do parafuso 1” – 12 UNF → ABe = 0,6624in 2 = 428mm 2
OBS.: Considere para cálculo da constante elástica que → AB = 507 mm 2 .
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1) Com os dados acima qual deve ser à força de aperto inicial para que o F. S. = 2?
2) E para que F.S. = 3 qual deve ser essa força?
Figura 6.33
Respostas:
1) 7440 Kgf
2) 2920 Kgf