Professional Documents
Culture Documents
de 11 a 17 de agosto
2008
JUV
ENT
UDE
E O
DIR
EITO
À D
IGNI
DADE
2008
JUV
ENT
UD E E
O D
IREI
TO
À D
IGNI
DAD
E
2
Introdução
Olá galera estudantil!
TEMA
“Juventude e o direito à dignidade”
LEMA
“Temos mil razões para viver”
EIXOS
3
2. Participação: reflete o potencial de transformação que a
juventude dispõe através de sua participação na mudança da
realidade. A participação social e coletiva é vista como alternativa
de mudança sócia quando ela toca vidas e gera consciência
crítica.
3. Sentido da vida: diante de um mundo de desilusões e de vazios
queremos refletir com os jovens sobre os seus sonhos e o sentido
de suas vidas. A Semana é uma atividade promovida pelas
Pastorais da Juventude do Brasil (PJB) e coordenada pela Pastoral
da Juventude Estudantil (PJE). Ela faz parte de um processo que
contempla mais duas atividades: a Semana da Cidadania (14 a 21
de abril) e o Dia Nacional da Juventude (19 de outubro) que
acontecem anualmente.
A semana do estudante é um exercício ousado de
cidadania. Ela se propõe a trabalhar a partir do protagonismo
estudantil para que o/a jovem estudante assuma o compromisso
de construir a educação e a sociedade que tanto quer e sonha a
partir do seu chão, que é a escola. O objetivo da Semana do/a
Estudante é ser sinal de esperança entre os jovens e as jovens. No
entanto, nos dias de hoje, ser sinal de esperança é, sobretudo
profetizar, denunciando as injustiças e anunciando a possibilidade
de construção de um novo mundo, forjado por todas as mãos e
fecundo de esperança.
Apresentamos essa cartilha para auxiliar na preparação
das atividades para a realização da Semana do/a Estudante. Ela
contém um texto de aprofundamento, três roteiros de encontros
com dinâmicas, uma celebração estudantil, além de sugestões de
atividades e dicas importantes para a sua realização.
Contamos com todos vocês para construir uma linda e
comprometida Semana do/a Estudante em todo o Brasil!
4
Sugestões
de atividades a serem realizadas
2004
7
2005
2006
2007
8
Texto de aprofundamento
Juventude e o Direito à Dignidade
9
Há séculos a história nos conta que sempre houve ricos e
pobres, senhores e escravos, amos e explorados. Mas qual será a
origem da desigualdade? Não seria o capitalismo, esse sistema
que esquarteja o que alcança e que nega as raízes do povo, que
propaga a injustiça, a fome e o medo?
Há 40 anos, em tempos de gritos silenciados e de
censura política, era morto pelas armas da ditadura cruel e
sangrenta brasileira um jovem estudante. “Para que não se
esqueça e para que nunca mais aconteça” é que lembramos do
mártir estudante Édson Luis, símbolo da resistência estudantil
que queremos ser. Hoje, em tempos de liberdade de expressão e
de globalização, a polícia já não precisa proibir o acesso à cultura,
à formação e à informação, os preços já as proíbem. No entanto,
os grandes meios de comunicação bombardeiam nossos lares e
nossas escolas fomentando o individualismo e o consumismo e
criminalizando, por exemplo, a intervenção dos movimentos
sociais e populares na luta por justiça e igualdade.
A participação social e coletiva é vista como alternativa
de mudança social quando ela toca vidas e gera consciência
crítica. A juventude tem um largo potencial de transformação, não
por ser o futuro do país, mas por ser o seu presente. Organizada, a
juventude pode fazer lutas concretas e gerar alternativas, forjando
uma educação e uma cultura libertadoras, uma economia
solidária, uma comunicação democrática, um movimento
estudantil que paute as injustiças sociais e que seja força na luta
pelos direitos da juventude e de todos os esfarrapados do mundo,
na construção de uma nação solidária e fraterna.
A educação pode ser uma ferramenta forte na garantia de
direitos e na construção da autonomia das pessoas para a
10
mudança social. Acreditamos na educação enquanto prática da
liberdade, que ensaia a vida, que respeita e vive a diversidade, que
dialoga porque aprende ao ensinar, que constrói o conhecimento
na partilha de saberes. Negamos a educação que não é forjada na
vida das pessoas, que se limita em impor o conhecimento exigido
nas provas de vestibular e que gera medo e impotência diante das
injustiças. O estudante, chamado/a de aluno/a (do latim alumnus,
que quer dizer ser sem luz) por esta educação, não encontra
perspectiva de transformação da sociedade e se sente apenas
culpado pela realidade e pela história, muitas vezes mentirosas,
que lhes são contadas nas salas de aula.
Acreditamos, sobretudo, na possibilidade de mudarmos
o rumo dessa história, sendo profetas. Profetizar é denunciar as
injustiças que ferem nossos olhos e as vidas oprimidas e anunciar
a possibilidade de fazer hoje o outro mundo acontecer. Falar de
dignidade é crer que esse mundo só será possível se todos e
todas, juntos assumirem a Vida como causa maior, co-
responsabilizando-se pela prática que gera e garante a vida. E é por
isso que, motivados/as pela esperança, entoamos o grito
proposto pelo querido profeta D. Hélder Câmara: Temos mil razões
para viver!
Bibliografia
11
Eixos: Juventude e Direito à dignidade:
Identidade, Participação e Sentido da vida.
Lema: Temos mil razões para viver
12
Primeiro Encontro
- Sentindo na pele -
Objetivo
Sensibilizar os adolescentes e jovens para a realidade juvenil e
para a necessidade de indignar-se diante dos acontecimentos e
fatos que atentam contra o direito à dignidade de todas as
pessoas, suas culturas e etnias.
Ambiente
Na preparação do ambiente do encontro sugerimos:
13
DINÂMICA DO ENCONTRO
1º Momento
Tendo preparado o ambiente com antecedência, fazer uma boa
acolhida dos/das participantes. Pode ser pensado algum gesto,
canto ou refrão enquanto é feita a acolhida.
2º Momento
Ler o fragmento da Terceira Carta Pedagógica Do assassinato de
Galdino Jesus dos Santos índio pataxó, Paulo Freire (Pedagogia
da Indignação). Seria aconselhável que um/a jovem ou o/a
professor/a tivesse tempo para preparar bem a leitura.
3º Momento
Técnica “Tô vendo tudo, mas bico calado, faz de conta que sou
mudo”.
4º Momento
Sensibilizar para que os participantes olhem com mais atenção
para as duas realidades trazidas pelo texto do Paulo Freire e pela
música do Zé Ramalho:
5º Momento
Iluminar com o texto bíblico estas realidades e as reações que
temos diante das realidades apresentadas. Para isso, ler o texto
de João 8, 1-11 (Jesus não veio para condenar) e ajudar a refletir:
16
a) Qual é a ligação da realidade que vivemos e o texto bíblico?
b) Que atitudes Jesus teria em nossos dias?
c) Que atitudes precisamos ter para ser coerentes com a proposta
de Jesus Cristo?
6º Momento
Sensibilizar para a atitude que se deve ter diante das realidades
com as quais nos defrontamos diariamente. Não é possível ficar
parado, calado, indiferente... Quando se vê tudo, não é permitido
ficar mudo. Por isso, depois deste debate, buscar colocar em seu
próprio corpo (incorporar), através de “marcas” (tatuagens) os
pensamentos sobre o direito que todos/as que temos, enquanto
gente, a uma vida digna. Esta “tatuagem” pode ser feita com
caneta hidrocor ou tinta pinta cara (rosto, braços, pernas). Desta
forma, será possível “marcar simbolicamente” a indignação e a o
desejo de sensibilizar outras pessoas para a não-acomodação
diante de situações injustas e contrárias aos valores propostos
por Jesus Cristo.
Mística Final
Os /as participantes são convidados/as a se reunir, abraçados no
centro da sala. Aos poucos os símbolos e materiais utilizados no
encontro são colocados no meio do grupo reunido. Pode-se cantar
um refrão para criar um clima de tranqüilidade. Dois jovens (casal)
podem proclamar o “Creio”. Cada frase é repetida pelo grupo em
forma de salmo (oração). Ao final pode se rezar o Pai-nosso como
oração do compromisso com as realidades juvenis, com as
pessoas que sofrem com as marcas das desigualdades e que
vivem sem perspectivas.
18
Creio
Eu creio na espiritualidade encarnada da juventude militante, da
Igreja povo que assume a causa dos excluídos e que brota da raiz
do Evangelho;
Eu creio na Igreja como casa de todos, onde todos têm voz e vez
para discutir e opinar;
Creio numa Igreja testemunha e sinal de Jesus Cristo e seu
projeto, transformadora e comprometida com a mudança, com
uma espiritualidade vivida em comunidade de forma jovem e
verdadeira;
Eu creio no Cristo libertador, naquele que morreu por nós e lutou
por seu ideal para nos salvar;
Creio no Espírito que vive em nós para termos coragem e força no
nosso viver;
Eu creio na Igreja renovadora que luta para mudar o mundo e na
espiritualidade que busca um Cristo vivo, cheio de vida,
trabalhador, que não tem medo da luta;
Creio em Jesus místico, humano, em sua proposta de vida, justiça
e igualdade, em seu convite missionário comprometedor com sua
causa;
Creio que Cristo revolucionou seu tempo e exige uma revolução
dentro de nós, dentro de meu grupo e de meu país;
Creio que Ele tem especial carinho pelos pobres sem desprezar os
ricos;
Creio na Igreja que busca a libertação integral da pessoa humana,
que encarna o projeto de Deus em sua ação e que é sinal visível do
Novo Reino;
Amém.
19
Segundo Encontro
- Direito de ser e de participar -
Objetivos
üRefletir sobre a importância de assumir-se como protagonista
da história na busca do bem comum, como possibilidade de dar
sentido à vida.
üDespertar a solidariedade, um valor indispensável à vida
humana.
Ambiente
Na preparação do ambiente do encontro estar atento/a para:
20
DINÂMICA DO ENCONTRO
1º Momento
Tendo preparado o ambiente com antecedência, fazer uma boa
acolhida dos/das participantes, entregando a cópia da letra da
música “Girassol”, do Cidade Negra enquanto ela é ouvida e
cantada neste momento inicial.
2º Momento
É importante lembrar de fazer uma breve motivação para a
temática do encontro e, depois, ler a história de Peterson Xavier,
retirado do site do Museu da Pessoa (www.museudapessoa.net)
que aborda o tema da participação juvenil.
4º Momento
Após a memória individual e coletiva, reescrever essa história com
própria história dos/as jovens participantes do encontro. Algumas
questões podem ajudar na escrita:
5º Momento
Buscar a iluminação bíblica e ver como a Palavra de Deus pode ser
“lâmpada para os passos” na busca de mais protagonismo e
participação. Para isso, utilizar o texto de Marcos 5, 21-43 (Jesus
e a história de fé e participação de duas mulheres):
23
a) Qual é a ligação da realidade que vivemos e o texto bíblico?
b) Que atitudes Jesus teria nos dias atuais?
c) Como você pode “fazer a diferença”, a exemplo de Jesus, na
promoção da pessoa humana e na construção de relações mais
humanas e que ajudam as pessoas a despertarem e serem
curadas da acomodação?
6º Momento
Sensibilizar os/as jovens para pensar um pouco sobre as
questões abaixo:
Mística Final
Os/as participantes são convidados/as a fazer preces
espontâneas considerando as reflexões feitas e o que foi
aparecendo no cartaz. Para finalizar pode ser cantada a música
“Comece”, de Jorge Trevisol.
24
Girassol (Cidade Negra) Tchu ru ru ru ru ru ru ru
Tchu ru ru ru ru ru
Todo dia, toda hora
na batida da evolução
harmonia do passista
A favor da comunidade vai encantar a avenida
Que espera o bloco passar e todo o povo vai sorrir, sorrir,
Ninguém fica na solidão sorrir.
Embarca com suas dores e todo o povo vai sorrir.
Prá longe do seu lugar
A verdade prova que
A favor da comunidade o tempo é o senhor
Que espera o bloco passar dos dois destinos
Ninguém fica na solidão dos dois destinos
O Bloco vai te levar
Ninguém fica na solidão Já que prá ser homem
tem que ter a grandeza
A verdade prova que de um menino de um menino
o tempo é o senhor
dos dois destinos No coração de quem faz a
dos dois destinos guerra
nascerá uma flor amarela
já que prá ser homem como um girassol
tem que ter a grandeza como um girassol
de um menino de um menino como um girassol... amarelo!
amarelo!
No coração de quem faz a como um girassol
guerra como um girassol... amarelo!
nascerá uma flor amarela amarelo!
como um girassol
como um girassol Tchu ru ru ru ru ru ru ru
como um girassol... amarelo! Tchu ru ru ru ru ru
amarelo!
Tchu ru ru ru ru ru ru ru
Tchu ru ru ru ru ru
25
COMECE
Jorge Trevisol
26
Terceiro Encontro
- Participação que dá sentido à vida -
Objetivos
Discutir o sentido da vida de cada um e cada uma e perceber que a
dignidade que dá sentido é aquela que é vivenciada e partilhada
em favor de outras vidas.
Ambiente
Preparar o ambiente do encontro e prever que haja flores, panos
coloridos e imagens de pessoas para sintonizar com a temática do
encontro.
DINÂMICA DO ENCONTRO
1º Momento
Acolhida: Música Tempos Modernos - Lulu Santos (Música da
Semana do/a Estudante 2008).
27
2º Momento
Motivar a imaginação dos/as jovens com a seguinte história:
3º Momento
Em duplas ou pequenos grupos, conversar sobre:
4º Momento
Iluminar a reflexão sobre o sentido da vida e a importância de
vidas em prol da outras vidas com o texto do semeador (Lucas 8,
5-8):
29
5º Momento
Distribuir as sementes para cada participante e sensibilizar para o
plantio no espaço físico ou nos vasos. As sementes juntamente
com o gesto de plantá-las ajudam a refletir sobre o sentido que
queremos dar à nossa vida, a partir da dinâmica da terra
(importância, cuidado, fecundidade, a multiplicação, o alimento). É
importante que todos/as se comprometam com as sementes que
foram plantadas, que as cuidem, para que floresçam.
Mística Final
Finalizar com a música “Cio da Terra”, abraçados como sinal do
compromisso coletivo com a vida sonhada, semeada e assumida.
30
O Cio da Terra (Milton Nascimento) Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão
31
Celebração Ecumênica Estudantil
“Mil razões pra viver”
Orientações Gerais
1) Ler toda a proposta da celebração e ter o cuidado de prepará-la
com antecedência.
2) É importante que nesta celebração haja convite para outros
jovens estudantes, pais, educadores.
3) Motivar para que os participantes tragam algo para ser
partilhado no final da celebração.
4) Pensar no compromisso coletivo que será assumido no final da
celebração. Isso deve ser feito em cada escola ou grupo.
5) Que seja a celebração da esperança entre os jovens e as
jovens. Que tenha a marca do profetismo, da denúncia, do
anúncio da possibilidade de construção de um novo mundo,
forjado por todas as mãos e fecundo de esperança.
Ambiente
üProvidenciar painel branco, tinta colorida, girassóis, Bíblia,
imagem de Dom Hélder e outros símbolos da caminhada.
üTer o cuidado para não “poluir” a ambiente com muitos
elementos. Cuidar para que os participantes estejam em
círculo.
Abertura
Música de fundo (instrumental), entrada de dois jovens com
girassóis, anunciando alguns artigos do “Estatuto da Pessoa
Humana”, de Thiago de Mello. Os participantes são convidados à
celebração e recebem as boas vindas.
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida,
e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis
em todas as janelas, que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem
permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde
onde cresce a esperança.
33
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática
sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão
juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente
dajustiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira
generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Recordação da Vida
Memória da caminhada (dos três encontros): “Sentindo na minha
pele” (1º encontro), “Direito de ser e de participar” (2º encontro) e
“Participação que dá sentido à vida” (3º encontro). Três jovens
preparam esta retomada com antecedência e a realizam de forma
breve e criativa. Podem ser escolhidos três refrões que ajudem a
resgatar aspectos dos encontros.
Hino
Orientação: todos devem receber cópia da música e, se possível,
ensaiar antes e motivar para que a música sirva para “sintonizar”
com o momento de celebração.
34
Tempos Modernos (Lulu Santos) Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
Eu quero crer
No amor numa boa
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...
Canto de Resposta
Como resposta às Palavras de Vida entoar o canto “Aquarela” -
Toquinho e Vinicius de Moraes
Compromisso
Ler o trecho de Dom Hélder como motivação inicial para o
compromisso a ser assumido: “Que toda palavra nasça da ação e
da meditação. Sem ação ou tendência à ação ela será apenas
teoria que está levando os jovens ao desespero. Se ela é apenas
ação sem meditação ela acabará no ativismo sem fundamento,
sem conteúdo, sem força”.
39
De uma América a outra
Aquarela (Toquinho e Vinícius) Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
Eu consigo passar num
segundo
É fácil fazer um castelo... Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o
Corro o lápis em torno mundo...
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover Um menino caminha
Com dois riscos E caminhando chega no muro
Tenho um guarda-chuva... E ali logo em frente
A esperar pela gente
Se um pinguinho de tinta O futuro está...
Cai num pedacinho
Azul do papel E o futuro é uma astronave
Num instante imagino Que tentamos pilotar
Uma linda gaivota Não tem tempo, nem piedade
A voar no céu... Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Vai voando Muda a nossa vida
Contornando a imensa E depois convida
Curva Norte e Sul A rir ou chorar...
Vou com ela
Viajando Havaí Nessa estrada não nos cabe
Pequim ou Istambul Conhecer ou ver o que virá
Pinto um barco a vela O fim dela ninguém sabe
Branco navegando Bem ao certo onde vai dar
É tanto céu e mar Vamos todos
Num beijo azul... Numa linda passarela
De uma aquarela
Entre as nuvens Que um dia enfim
Vem surgindo um lindo Descolorirá...
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo Numa folha qualquer
Com suas luzes a piscar... Eu desenho um sol amarelo
Basta imaginar e ele está (Que descolorirá!)
Partindo, sereno e lindo E com cinco ou seis retas
Se a gente quiser É fácil fazer um castelo
Ele vai pousar... (Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Numa folha qualquer Num círculo eu faço
Eu desenho um navio O mundo
De partida (Que descolorirá!)...
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
40
Nota Biográfica de Dom Hélder Câmara -
Por Nicolau Paiva
42
Pastorais da Juventude do Brasil (PJB)
A PJB é a articulação das pastorais da juventude,
Sendo estas a pastoral da Juventude Estudantil
(PJE), a Pastoral da Juventude do Meio Popular
(PJMP), A Pastoral da Juventude (PJ) e a Pastoral
da Juventude Rural (PJR). As Pastorais da
Juventude organizam os/as jovens como igreja a
partir de sua realidade.
Tem como missão organizar a ação pastoral a partir e junto da
juventude “jovem evangelizando jovem”, reafirmam a opção
profética e transformadora pelos/as empobrecidos/as
colocando-se a serviço de uma nova sociedade - a sonhada
“Civilização do Amor”.
2008
Secretaria Nacional da Pastoral
da Juventude Estudantil
Rua Lajeado, 1300
Bairro Niterói - Canoas/RS
CEP 92120-090
secretaria@pjebr.org
www.pjebr.org
JUV
ENT
UDE
E O
DIR
EITO
À D
Organização Apoio Patrocínio IGNI
DADE