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A ação da narrativa é constituída por três acções: Intriga, Acção principal e Acção
secundária.
• Encaixe, em que uma acção é introduzida numa outra que estava a ser narrada e
que depois se retoma
Personagens
Roland Barthes, além de retomar a importância que os clássicos davam à acção, avança
ao afirmar que “não existe uma só narrativa no mundo sem personagens”. Aqui se
entende personagem não como pessoas, seres humanos. Um animal pode ser personagem,
a morte pode ser personagem, uma cidade decadente ou uma caneta caindo podem ser
personagens, desde que estejam num espaço e praticando uma ação, ainda que
involuntária.
Relevo das personagens
• Personagem plana ou desenhada: estática, sem evolução, sem grande vida interior;
por outras palavras: a personagem plana comporta-se da mesma forma previsível
ao longo de toda a narrativa.
• Directa
Espaço ou Ambiente
• Espaço ou Ambiente físico: é o espaço real, que serve de cenário à ação, onde as
personagens se movem.
• Espaço ou Ambiente social: é constituído pelo ambiente social, representando, por
excelência, pelas personagens figurantes.
• Espaço ou Ambiente psicológico: espaço interior da personagem, abarcando as suas
vivências, os seus pensamentos e sentimentos.
O espaço ou ambiente pode ser desde uma praia a um lago congelado. De acordo com
espaço ou ambiente é que os fatos da narração se desenrolam.
Narrador
• Participação
• Heterodiegético: Não participante.
• Focalização neutra: O narrador não expõe seu ponto de vista( este modo
não existe na prática, apenas na teoria).
Sucessão e Integração
Claude Bremond, ao definir narrativa, acrescentará a sucessão e a integração como
essenciais para a narratividade: "Toda narrativa consiste em um discurso integrando uma
sucessão de acontecimento de interesse humano na unidade de uma mesma ação. Onde
não há sucessão não há narrativa, mas, por exemplo, descrição, dedução, efusão lírica,
etc. Onde não há integração na unidade de uma ação, não há narrativa, mas somente
cronologia, enunciação de uma sucessão de fatos não relacionados".
Totalidade de significação
A totalidade de significação é apontada por Greimas como outro elemento fundamental
da narrativa. Ainda que aparentemente o leitor não entenda um texto, há de ter nele uma
significação para que se configure como história, como narração.
Em prosa e verso
Apesar de aparecer comumente em prosa, a narração pode existir em versos. Os
exemplos clássicos são as epopéias , como a Odisseia, ou os romanceiros, como os
Romanceiros da InconfidênciaMas poemas como O Caso do Vestido e Quadrilha, de
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade, são verdadeiras narrativas
em versos, com acção, personagens, sucessão, integração e significação.