Neste semestre trabalhamos a identidade de cada um dos nossos pequenos,
através de um ambiente lúdico visando estimular os aspectos psíquicos, físicos, sociais e emocionais, respeitando a maturidade de cada criança. O processo de construção da identidade da criança inicia quando ela se percebe como sujeito e começa a ter consciência corporal, adaptando-se ao espaço. Ao ser inserido no contexto escolar começa a perceber que é um ser separado de sua mãe, assim começa a construção de sua própria identidade. Sendo assim, nossos objetivos são: conhecer um pouco da história de cada um, estimular o racicínio, a percepção visual, iniciar o desenvolvimento da linguagem, identificar as preferências de cada um , estimular a sociabilidade, o reconhecimento do diferente e a identificar a imagem de familiares e sua própria. Por volta dos 6 a 7 meses começam a explorar tudo a sua volta, vivenciando percepções e sensações diferenciadas, tendo nesta etapa o tato e o paladar muito aguçado, então começa a autodescoberta, uma exploração que permite a criança a descobrir como seu comportamento repercute no ambiente, este fator torna-se importante para conseguir distinguir o quanto um é diferente do outro. Dos 9 aos 11 meses o bebe fica mais ativo, alguns engatinham rápido, outros já ficam de pé apoiando-se, há ainda criança que arriscam seus primeiros passos. O pequeno já responde ao ser chamado pelo seu nome. O temperamento começa desabrochar, protestando quando for contrariado. Por volta dos 12 até os 15 meses iniciam os primeiro passos, ficando cada vez mais independentes. São bastante individualistas, brinca basicamente sozinho, mas gosta de outras crianças ao seu redor. Consegue entender instruções simples e pode até decidir ignorar. É nesta fase que começamos a impor limites aos pequenos, então devemos explicar o porque do “não”. É hora de estimular a linguagem, trabalhar a coordenação motora fina, de jogar, lançar, empurrar objetos. São capazes de relacionar os nomes com objetos, bichinhos, pessoas, brinquedos entre outros. Também temos o início do egocentrismo que perdurará por algum tempo, é nesta fase que devemos estimular a brincar com outras crianças, a emprestar os brinquedos, a dividir com os amiguinhos. Nossa turma contém ao todo dez crianças, as idades diferem e nessa etapa devemos trabalhar com certa individualidade conforme a atividade proposta. Inicialmente, buscamos estabelecer uma relação de confiança e acolhimento para então familiarizá-lo pouco a pouco em nossa rotina. Músicas, histórias, brincadeiras e dramatizações fazem parte do nosso cotidiano, explorando as características e vivências de cada um, trazendo um pouco da história de sua casa para escola. A auto-imagem também é construída a partir das relações estabelecidas nos grupos em que a criança convive. Um ambiente farto em interações, que acolha as particularidades de cada indivíduo, promova o reconhecimento das diversidades, aceitando-as e respeitando-as, ao mesmo tempo que contribui para a construção da unidade coletiva, favorece a estruturação da identidade, bem como de uma auto imagem positiva. É através das brincadeiras que as crianças aprendem, usam a imaginação, experimentam o mundo, desenvolvem sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas. O início do projeto se desenrolou bem devagar, era tudo novidade, algumas atividades exigia bastante tempo para ser para ser executado, devido o trabalho no berçário ser mais individualizado. As crianças apresentaram muitas curiosidades e vontade de fazer, com o passar do semestre fomos conhecendo um a um e conseguindo distinguir o que dava prazer, o que despertava repugno, o que cada um preferia. Algumas crianças como a Isabella, o Bernardo, a Larissa e a Sophia apresentam certa dificuldade de acabar as atividades, pois sentem tanto prazer em fazer os trabalhinhos manuais que não querem parar. Observamos que o Nicolas, o Pietro e a Rafaela no primeiro momento são resistentes as novas texturas, mas logo após se “soltam” e aproveitam o momento. A Joana e o Mateus sempre ficavam muito alegres quando viam as suas fotos, batiam palmas e dançavam, maneira que encontraram para demonstrara a felicidade de se reconhecer. O Gabriel o menos integrante da turma, sem dúvida gostas de músicas com sons de bichinhos, bate as perninhas e abre um belo sorisso. As experiências foram maravilhosas, aos poucos eles foram se reconhecendo nas fotos, ao ver a foto da mamãe e do papai, soava um som “mama” ou “papa”, aos poucos foram construindo os seus primeiro sons, passos, gostos, angustias, medos e através de cada atividade, de cada estimulação, de músicas cantadas ou de cada desafio apresentada eles iam reagindo de formas mais decididas e autenticas, desta forma deixando claro que realmente sua identidade estava sendo traçada. Mostrando com o dia-a-dia o crescimento individual e do grupo.