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Cesare Beccaria na obra " Dos Delitos e das Penas " expôs idéias que revolucionaram o direito penal à

época, tendo em vista os ideais humanitários propostos. A intenção do delinqüente em voltar a delinqüir
diminuiu em razão da penas estabelecidas.
Observamos no terceiro capitulo o autor leva em consideração três conseqüências: a primeira é facultado
a fixação de penas exclusivamente as leis, e que somente o legislador tem autoridade para alterar, sendo
o representante imediato da sociedade, a segunda, como representante da sociedade terá que elaborar
leis gerais, ou seja, que obriguem a todos da sociedade, mas julgar a sua violação, a terceira é que se
provasse que a crueldade das penas, não é suficiente para impedir os delitos.
A obscuridade da lei decorre sempre de uma interpretação equivocada, precipitada. Entretanto, a clareza
e o conhecimento das leis são fundamentais para minimizar os delitos. Haja vista que o desconhecimento
da penas beneficia sobremaneira a infiltração nos delitos.
O autor assevera acerca das testemunhas que tais devem ter credibilidade, não agindo com respaldos
nos sentimentos. Razão pela qual é necessária mais de uma testemunha, justamente para haver a
confrontação dos depoimentos. Até prova em contrário, até o livre convencimento do juiz, presume o réu
inocente. Os depoimentos devem ser feitos de forma circunstanciada ao crime, sugerindo ao réu
respostas objetivas e imediatas.
Com relação à ociosidade o autor afirma que governo comedido indefere a ociosidade política,
classificando, pois, ociosidade política aquela em que não ocorre para a coletividade.
Conclui-se que embora o autor tenha escrito o livro em estudo em época longínqua, abrangendo uma
sociedade diferente, seus efeitos na formação do direito penal foi indiscutivelmente fundamental. Houve a
partir do pensamento do autor houve um aprofundamento dos estudiosos do direito penal no que
concerne às penas.
Hodiernamente, os grandes ensinamentos proporcionaram aos legisladores debruçarem com maior
respeito na elaboração de normas penais. O Estado Democrático de Direito estampado na Constituição
Federal de 1988 é um avanço nas questões penais. Possibilitando ao apenado o direito ao contraditório e
a ampla defesa, excluindo as injustiças outrora cometidas pelo Estado. Evidentemente faltam algumas
reformas nas normas infraconstitucionais, como o CP e CPP. Mas antes de qualquer reforma aos
diplomas é mister que se providencie a reestrutura do Estado, principalmente no que diz respeito à lei de
execuções penais. O respeito ao apenado, sua integridade física e social, o seu retorno ao convívio
social. Aliás, o que propõe a aplicação de penas pelo Estado é reeducar o apenado e reintegrá-lo à
sociedade.

A obra é dividida em quarenta e sete capítulos e um apêndice. Nos traz, inicialmente, a origem das penalidades
e do direito de punir, juntamente com a interpretação da lei e da proporção entre o delito e a pena. Discorrendo
sobre vários categorias de delitos, também como sobre a tortura, as formas de julgamento e até mesmo sobre
a pena de morte.

É admirável a postura do autor em defender os princípios de igualdade perante a lei e o da proporcionalidade


entre a pena e o delito, em pleno século XVIII. Ele demonstra que a procura do homem sobre a certeza das
coisas e a garantia de proteção, pois é notável, até mesmo para nós iniciantes no estudo do direito, a
necessidade que o homem tem em buscar segurança. Essa necessidade para com a presença da segurança,
fazendo com que o movimento da sociedade seja harmônico e o mais positivo possível, vem se demonstrando
no homem mesmo antes do surgimento do Direito em si, pois ele é inerente a sociedade e ao homem. Dessa
forma, as penas, como o próprio autor coloca, são "motivos sensíveis" suficientes para dissuadir condutas
ilícitas, ou seja, afastando o homem do objeto ou ato ilícito, trazendo desta forma a segurança almejada.

Beccaria coloca que cabe exclusivamente às leis fixar as penas, não podendo o magistrado, sob qualquer
pretexto que seja, fazer uso de critérios não positivados para aumentar a pena do infrator. Dessa forma,
acompanhando o pensamento do autor, encontramos uma certa "segurança jurídica" na aplicação da
penalidade não obstante do princípio da reserva legal que nos é colocado: não há crime sem lei que o defina;
não há pena sem cominação, imposição legal.

A necessidade de as leis serem claras e acessíveis, enfatizada pelo autor, é notória para nós acadêmicos, até
mesmo quando nos colocamos diante do pensamento de grandes doutrinadores como Paulo Nader, que
também cita estas mesmas necessidades. Assim, como futuros criadores e provedores do Direito, temos de
buscar uma legislação não ambígua, homogênea, clara, auto-suficiente e simples, indo de encontro ao povo e
contribuindo na contenção dos impulsos provocados pela ignorância e incerteza das penas.

A correlação entre a infração e a pena, também é outro ponto indiscutível da obra de Beccaria. Assim, temos
que quanto maior for o dano ou mal causado, maior deverá ser a pena. Tendo a pena por finalidade evitar que
o infrator seja reincidente e afastar os outros cidadãos a agirem desse modo e não "atormentar e afligir um ser
sensível, nem desfazer o delito já cometido".
Já naquele século o autor coloca em questão a credibilidade das testemunhas segundo uma proporção de ódio e
amizade, ou das estreitas relações existentes entre a testemunha e o réu, o mesmo que, de certa forma, é
colocado em nossa legislação, diminuindo ou até mesmo excluindo uma testemunha. Além de pregar a
publicidade dos julgamentos e das provas do crime, e a condenação as acusações secretas. Apesar de, em
casos específicos e até mesmo eu diria especiais, ser necessário a preservação da testemunha em todos os
âmbitos, se constatada a sua boa fé e algum perigo eminente contra ela derivado do réu ou outro.

A tortura, na época aplicada normalmente e que também foi muito usada no Brasil em épocas não muito
longínquas, é veemente condenada pelo autor, principalmente antes da sentença, pois, para ele, não se
justifica aplicação de pena a quem ainda não foi imputado nenhuma infração ou delito. Para ele a tortura "è o
meio mais seguro de absolver os robustos criminosos e de condenar os fracos inocentes".

Quanto mais próxima for a pena do crime cometido, isto é, levando em conta o delito e a pena equivalente,
maior será a impressão causada a sociedade, trazendo a pena como um conseqüência necessária àqueles que
descumprem a normas sociais, ressaltando o princípio fundamental da igualdade, mais um artifício necessário
para que haja segurança jurídica, "devendo" a lei ser igual em para todos.

Quando o autor traz que a melhor forma de se reprimir os delitos não é a crueldade das penas, mas sim a
certeza de sua infalibilidade, nos deparamos com nosso cotidiano. Ao invés de buscarmos a alteração das leis
por serem brandas em demasia, temos de pensar em como torná-las mais efetivas, buscando exaurir a
impunidade existente. Desse modo, com a certeza de ser punido, trará um "amedrontamento" do espírito
humano, enquanto a possibilidade de impunidade fortalece-lhe o ímpeto.

O homem é mais facilmente sensibilizado por impressões mínimas, mas renovadas, do que por abalos intensos,
mas efêmero. Além de parecer incoerente que o mesmo Estado que repele e puni o homicídio venha a praticá-
lo. E desta forma que o autor desfigura a pena e morte como solução e demonstra o seu verdadeiro teor, que
não traz o efeito necessário dentro da sociedade. A morte não impressiona tanto como a dor e sofrimento da
privação da liberdade.

Em nossa sociedade temos uma grande gama de impunidades, nossa legislação é um tanto quanto branda fruto
de uma ditadura que fez com que nossos legisladores pensassem nos presos políticos da época e não nos
infratores de hoje, alterações tem de serem feitas, sem infringir os Direitos e Garantias Fundamentas do
homem, ao contrário nos igualaría-mos aos que no século XVIII inspiraram Beccaria a escrever este livro
trazendo afirmações que nos soam próximo a obviedade, mas que revolucionaram o Direito Penal de sua época.

"Para que a pena não seja a violência de um ou de muitos contra o cidadão particular, deverá ser
essencialmente pública, rápida, necessária, a mínima dentre as possíveis, nas dadas circunstancias ocorridas,
proporcional ao delito e ditada pela lei" (p. 139) Cesare Beccaria

Fichamento de Resumo da Obra “Dos Delitos e das Penas” de Cesare Beccaria

Atividade válida como requisito parcial da nota avaliativa da 1ª prova de conhecimento


da disciplina de Teoria Geral do Direito Penal, ministrada pelo Prof. ( nome do
professor)

"Buona la legislazione non è altro che l'arte di dare agli uomini la più grande somma
dibenessere possibile e libero da tutto il dolore che essi possono provocare” (Cesare
Beccaria).

Introdução

Beccaria assevera que os homens devem emanar leis profícuas para o impedimento das
injustiças. No entanto, só quando se vêem atrelados às piores conseqüências, é que os
homens se determinam a remediar os males que lhes assolam.

Durante a História, o autor afirma que, quase sempre, as leis, que deveriam provir de
convenções feitas entre homens livres, não foram mais do que instrumento da minoria
das paixões, ou fruto do acaso e do momento, e jamais obra de um prudente observador
da natureza humana que tivesse por objetivo avalizar o bem-estar da maioria.
Apesar dos avanços conseguidos pela sociedade, ainda não se conseguiu mitigar todos
os prejuízos que a alvejava. Segundo ele, ninguém se dispôs a declarar uma cruzada
contra as injustiças e barbáries, penais e processuais criminais, que se encenavam nos
tribunais europeus da época. Além disso, raramente se procurou erradicar, em seus
fundamentos, os erros acumulados nos séculos; e escassas foram as pessoas que
procuraram reprimir, pela força, as verdades imutáveis, os abusos de um poder ilimitado
e deter os exemplos bem comuns dessa fria atrocidade que os homens poderosos julgam
um de seus direitos.

Fechando a introdução, o autor pondera que é o momento de analisar e dissertar sobre


as particularidade e peculiaridades das penas, dos delitos. Indicando os princípios mais
gerais, as faltas mais comuns e os erros mais maléficos. Beccaria finaliza indagando-se
sobre: origem das penas; fundamentos do direito de punir; aspectos gerais da pena de
morte; ajustamento das torturas; prevenção de delitos; utilidade das penas na linha do
tempo e influência dos costumes.

Capítulo II - Origem das penas e do direito de punir

Cesare Beccaria inicia analisa a da influência moral política sobre as leis. Continua
dizendo que as leis surgiram inicialmente com o propósito de aglutinar os homens que
viviam independentes e isolados, à superfície da terra e em constante estado de
beligerância entre si. Assim cansados de viver nessas condições eles sacrificaram uma
parcela da sua liberdade para usufruir o restante com mais segurança. A soma dessas
liberdades originou o Estado, e o encarregado pelas leis como depositário dessas
liberdades e dos trabalhos da administração foi aclamado o soberano (influência clara da
doutrina de Thomas Hobbes). (1)

Entretanto, não bastava a formação deste posto. Fazia-se necessário a criação de um


meio de proteção contra possível usurpação de um particular: as penas. Essas penas
precisariam causar imediata impressão aos sentidos. Só a necessidade obriga o homem a
ceder parte da sua liberdade. Isso advém que cada qual apenas concorda ceder parte de
sua liberdade, exatamente proporcional ao necessário para manter posse da restante. O
conglomerado de todas essas pequenas porções de liberdade constitui o fundamento do
direito de punir. Toda ação de poder que se afasta desse fundamento constitui abuso e
não justiça.

Capítulo III - Conseqüências desses princípios

São três as conseqüências, como elenca Beccaria. A primeira é que apenas as leis
podem indicar as penas dos delitos. Quem estabelecerá leis penais somente será a
pessoa do legislador – representante legítimo da sociedade ligada por um contrato social
(viés de Rousseau nesse pensamento).(2) Assim, o magistrado jamais poderá aplicar
uma pena justa que não esteja na lei; se o fizer, tornar-se-á injusto (princípio positivado
no atual Código Penal Brasileiro; consagrado na Constituição Federal de 1988).(3)
A segunda é que o Soberano só pode fazer leis gerais obrigatórias a todos os cidadãos,
não lhe compete, porém, julgar se alguém infringiu tais leis. Cabe, então, ao magistrado
atribuir, em caso de delito, cujas sentenças são inapeláveis (neste texto, há presença da
corrente doutrinária de Montesquieu).(4)

A terceira é que ainda que a possível crueldade das penas não seja reprovada pela
filosofia, se provar-se que aquela é inútil e atroz demasiadamente – incapaz de
contribuir eficientemente para o impedimento de crimes (único fim da mesma) -, dever-
se-á considerá-la como um contra-senso aberrante ao contrato social.

Capítulo IV - Da interpretação das leis.

Neste capítulo, o autor refere-se que, ainda por causa dos princípios supracitados,
resulta outra conseqüência: a que explica que os juízes não podem interpretar as leis
penais porque não são eles os legisladores. A aqueles, só cabe examinar se tal homem
infringiu ou não as lei.

Beccaria afirma que juiz há de fazer um silogismo perfeito, a risco de, se não feito,
haver casos onde os mesmos delitos sejam punidos com penas distintas devido à
instabilidade e parcialidade dos juizes, que são os encarregados de interpretar as leis e
distribuir justiça (dar a cada um o que é seu).

Cesare defende que as leis penais sejam fixas e literais, a pretexto de cada cidadão poder
calcular exatamente o inconveniente de uma ação reprovável; e isso é útil, afirma
Beccaria, porque tal conhecimento desviar-lhe-á do crime. Ressalta, também, que,
assim, um espírito independente surgirá ao cidadão; e que ele será menos escravo do
que ousaram dar o nome de virtude à covardia, às fraquezas e às complacências cegas
(seria crítica ao pensamento de Maquiavel?); (5) estarão, porém, menos submetidos às
leis e à autoridade dos magistrados.
Capítulo V - Da obscuridade das leis

O autor assegura que, para que os indivíduos possam entender e mesurar as


conseqüências e disposições das leis penais, estas devem ser escritas numa linguagem
concernente ao povo. Beccaria afiança que quanto mais difundidas as leis, quanto mais
disseminadas forem as penas postas a certas condutas, quanto mais o povo souber
discernir o que é certo e errado, menos delitos ocorrerão.

Capítulo VI - Da prisão

Neste capítulo, Beccaria afirma que o direito dos magistrados de prender


discricionariamente os cidadãos constitui-se erro grave. Dita, ainda, que a lei deve fixar
as situações que um homem pode ter sua liberdade retirada. Assim como também
disserta que a lei deve conter os indícios nos qual um acusado pode ser preso e
submetido a interrogatório.

Cesare lança a idéia de que os militares devessem guardar as prisões civis, mas
reconhece que a sociedade que ele vive está anos-luz adiantados em relação às leis que a
rege.

Capítulo VII - os indícios do delito e da forma de julgamento

Esse conteúdo explica o teorema das provas: quando várias provas se apóiam entre si,
ou seja, quando a destruição de uma delas acaba com todas as outras, o número dessas
merece poucas considerações; mas quando as provas forem independentes, autônomas,
quanto mais indícios dessa natureza, mais provável será o delito.

As provas podem distinguir-se em, continua Beccaria: perfeitas – demonstram


positivamente que é impossível a inocência do acusado; e imperfeitas – não excluem a
possibilidade da inocência do mesmo.

Uma única prova perfeita é suficiente para condenar o acusado; se, porém, quiser-se
condenar com provas imperfeitas, será necessária uma quantidade grande para, juntas,
valerem como uma perfeita, e assim, ser impossível que o acusado não seja o culpado.

Provas imperfeitas não justificadas pelo acusado tornam-se provas perfeitas.


Em seguida, o autor dá lições preliminares para a formação dos julgamentos e dos júris
contemporâneos.

Capítulo VIII - Das testemunhas

O autor italiano começa doutrinando que toda legislação boa deve expressar o grau de
confiança que se deve dar às testemunhas e a natureza das provas necessárias para
constatar o delito. Continua dizendo que todo homem racional pode ser testemunha; e
que é necessário que sempre haja mais de uma testemunha, porque se um afirma e outro
nega, não há nada de certo, prevalecendo o conceito que todo homem é inocente até que
se demonstre o contrário (como estabelece um dos pilares do Direito Penal
contemporâneo: “in dubio pro reo”(6) ; princípio consagrado na Constituição Federal da
República Federativa do Brasil de 1988). (7)

Capítulo IX - Das acusações secretas

O autor abomina esse tipo de comportamento, explicando que as acusações secretas são
um escárnio à sociedade. Porém, consagrado em alguns Estados. As acusações secretas
são típicas da Monarquia. Na República, como ressalta Montesquieu, é típico as
acusações públicas.

Qualquer um que pode suspeitar vê no semelhante um inimigo. Numa sociedade que a


admite, qualquer cidadão é um delator em potencial.

O autor requer a publicidade dos atos penais e processuais penais a título de


transparência e devida justiça (princípio modernamente consagrado nas constituições
atuais, inclusive na brasileira)(8)

Capítulo X - Dos interrogatórios sugestivos

Beccaria explica, nesse capítulo, que os interrogatórios sugestivos são aqueles


destinados ao réu e remetem a uma resposta imediata.

Critica o fato das leis proibirem tal procedimento mas permitirem a tortura. Sugere que
se substitua a tortura pelo interrogatório sugestivo.
Capítulo XI - Dos juramentos

O artífice destaca a inutilidade das leis dos juramentos, uma vez que ninguém tem o
interesse de dizer a verdade para sua própria destruição. Esta lei vai de encontro com as
leis naturais.

Capítulo XII - Da questão ou tortura

Neste capítulo, o artífice italiano retoma e reforça a presunção de inocência(9) do


acusado até que se protele sentença em contrário. O autor questiona o uso dos castigos
como a tortura(10) e faz uma proposição: ou o delito é certo, ou é incerto. Se for certo,
deve-se punir com a pena fixada em lei, e a tortura é inútil – por ser desnecessária a
confissão do acusado; se é incerto, paira ser hediondo atormentar um possível inocente
(aquele cujo delito não se provou).

Diz ainda, o autor, que importa que nenhum delito conhecido fique impune, mas não é
necessário descobrir o autor de um delito encoberto. Para um delito já cometido, para o
qual não tenha remédio, só dever-se-á ser punido pela sociedade política, a fim de
impedir que outros homens cometam o mesmo crime pela esperança de impunidade.

Continua dizendo que é monstruoso exigir que um homem seja acusador de si mesmo.
A tortura é, além de ineficaz – pois alguém poderia confessar um crime só pelo
imediatismo da dor, deixando o verdadeiro culpado livre de pena ou sanção -, ela é
tendenciosa a culpa o homem fraco e absolver o homem robusto. É um meio onde o
inocente tem tudo que perder; o culpado só pode ganhar.

Fecha o capítulo repudiando a tortura como meio de descobrir cúmplices de delitos e


como meio de extorquir e acusar um homem que praticou certo delito a outro delito
distinto. Diz, ainda, que a tortura só era permitida aos escravos em Roma e que, na
Suécia, ela já se abolira. Encerra dizendo que os homens que a admitem são crápulas da
carnificina e cultivadores do derrame de sangue.

Capítulo XIII - Da duração do processo e da prescrição


Beccaria salienta que, uma vez conhecidas as provas, é necessário conceder ao réu
tempo e meios oportunos para que este se justifique. Mas esse tempo há de ser breve, de
modo que não prejudique o imediatismo da pena. Assevera, ainda, que os crimes
atrozes, se provados, não deverão se prescrever. (11) Quando um crime atroz não é
comprovado, menos verossímil é ele. Será preciso, pois, diminuir o tempo do processo e
aumentar o tempo de prescrição.

O autor disserta que existem dois tipos de delitos: os delitos atrozes (homicídios e toda
progressão dos mais horríveis assassínios) – os quais se devem diminuir-se o tempo do
processo e da investigação, mas aumentar o tempo da prescrição; e os delitos menores –
para os quais, o processo deve ser mais demorado e o tempo de prescrição ser menor.
(12)

Capítulo XIV - Dos crimes começados; dos cúmplices; da impunidade

O artífice europeu afirma que, se bem que as leis não possam punir as intenções, os
delitos que estão no começo com alguma ação que manifesta vontade de fazê-lo,
também merecem castigo. Porém, esse ultimo deve receber uma pena menos severa do
que o anterior.

Doutrinando sobre os cúmplices, o autor diz que, quando há vários cúmplices de um


delito, o executor sofrerá a pena maior, e os cúmplices serão castigados com uma pena
menor que a do executor, salvo se o executor receber recompensa dos cúmplices. Aí, as
penas devem ser iguais a todos.

O autor admite, ainda, a atribuição de impunidade ao cúmplice que entregar os outros


cúmplices. Precisando, ainda, acrescentar aos dispositivos dessa lei que a impunidade
traria consigo o banimento do delator.(13)

Capítulo XV - Da moderação das penas


O presente capítulo explica que a finalidade das penas não é atormentar um indivíduo,
nem fazer que um crime não cometido seja cometido. O fim das penas, simplesmente, é
impedir que o réu de cometer novos delitos, e desviar seus concidadãos da seara do
crime.

A forma de punir proporcionalmente os delitos é aquela que produza a impressão mais


eficaz e duradoura sobre os ânimos dos homens, de modo que não cometam tais delitos.

Para que o castigo produza o efeito que dele se deve esperar, basta que o mal que causa
ultrapasse o bem que o culpado retirou do crime.

Toda severidade que ultrapasse os limites se torna supérflua e, por conseguinte, tirânica.
A crueldade das penas produz ainda dois efeitos nefastos – contrários ao seu fim
principal, que é prevenir o crime: difícil proporção entre delito e pena; e instabilidade da
pena cruel (resultante de um furor passageiro do tirano), o que acarretaria na perda de
vigor da lei e na impunidade do crime.

O artífice finda refletindo que o rigor das penas deve ser relativo ao estado atual da
nação. Primariamente, deve-se agir mais energicamente contra os grosseiros selvagens,
mas à medida que a sociedade vai caminhando, os homens se tornam mais sensíveis,
fazendo com que as penas amenizem.

Capítulo XVI - Da pena de morte

Neste capítulo, Beccaria explica que a pena de morte não é um direito, nada mais é que
uma guerra declarada a um cidadão pela nação, que julgou esse cidadão inútil e alvo
destrutivo.

No geral, se justifica a pena de morte em dois motivos: quando o estado está em perigo
de perder a sua liberdade, e sua lei é substituída pela desordem(14) ; e quanto um
cidadão, mesmo privado de sua liberdade, pode atentar contra a segurança pública,
podendo sua existência gerar revolução perigosa no governo estabelecido.

Porém, sob a serena calmaria do reino das leis, sob uma unanimidade de governo, um
estado bem defendido e estável interna e externamente, onde tudo está nos moldes
corretos, não pode haver necessidade de tirar a vida de algum cidadão.

Continua Beccaria dizendo que o rigor do castigo causa menos efeito sobre o espírito
humano do que a duração da pena. A morte de um malfeitor é para o crime menos
eficaz do que o longo e contínuo exemplo de um homem privado de sua liberdade,
tornado até certo ponto uma besta de carga e que repara com trabalhos penosos o dano
que causou à sociedade.

Num governo tranqüilo e livre, são necessários menos espetáculos de execução do que
impressões duráveis. Para que uma pena seja justa, deve ter apenas o grau de rigor
bastante para desviar os homens do crime. Não há homem que possa vacilar entre o
crime, mal grado a vantagem que esse prometa, e o risco de perder para sempre a
liberdade.

Assim, então, a escravidão perpétua, em vez da pena de morte, supre toda necessidade
de rigor para afastar do crime o espírito mais determinado. Numa nação em que a pena
de morte é empregada, é imprescindível, para cada exemplo que se dá, um novo crime;
ao passo que a escravidão perpétua de um único culpado pões sob os olhos do povo um
exemplo que subsiste sempre, e se repete.

A vantagem da pena da escravidão para a sociedade é que amedronta mais aquele que a
testemunha do que quem a sofre.

Capítulo XVII - Do banimento e das confiscações

Nesse capítulo, Beccaria explana que todo cidadão que perturba a tranqüilidade pública
deve ser excluído da sociedade – banido. Os cidadãos banidos da sociedade podem
perder seus bens ou parte deles.

Quando o indivíduo é banido da sociedade, deve-se confiscar total ou parcial de seus


bens, de acordo com a gravidade do delito. Há casos em que o indivíduo não pode ser
privado de seus bens.

A perda de todos os bens é uma pena maior do que seu banimento e acontece quanto à
pena imposta por lei anula todas as relações que existem entre a sociedade e o indivíduo
delinqüente.

Capítulo XVIII - Da infâmia

Beccaria propaga que a infâmia é um sinal de desaprovação pública, que priva o réu da
confiança da pátria e da sociedade. As penas de infâmia não devem ser muito
freqüentes, porque os efeitos reais do poder de opinião enfraquecem a força da própria
união. Tampouco devem recair sobre um grande número de pessoas há um tempo,
porque a infâmia de muitos se transformaria na infâmia de nenhum.

Capítulo XIX - Da publicidade e da presteza das penas

Beccaria elucida que, quanto mais pronta e mais cerco fizer ao delito cometido, mais
justa e útil será a pena. Será mais justa porque o réu evita os inúteis e ferozes tormentos
da incerteza que crescem com o vigor da imaginação e com o sentimento da própria
fraqueza.

A prisão só deve ser uma simples custódia de um cidadão que espera ser julgado. Deve
durar o menor tempo possível e ser o mais brando possível. A estreiteza do cárcere só
deve ser a necessária para impedir sua fuga e que ele oculte as provas do crime.

A presteza das penas é útil porque quanto menor a distância de tempo entre a pena e o
delito, mais forte e durável será a associação das idéias de delito e pena.

Capítulo XX - Que o castigo deve ser inevitável. – Das graças.

Segundo Beccaria, a certeza de um castigo, embora moderado, leva à obediência das


leis e à prevenção eficaz de crimes. Por temer a idéia dos pequenos males, o homem se
abstém de fazer certos atos que são punidos com pequenas penas. Às vezes, abster-se de
punir um delito pode parecer benevolência, fortaleza. Porém, se o é feito pelo soberano,
o sistema está viciado. Se há de haver graça, há de se fixar em códigos. Pois estando a
discricionariedade do executor das leis, a graça alcançará só os que lhe bem entender,
ferindo o conceito de justiça comum a todos.

Capítulo XXI - Dos asilos

Beccaria explana que as forças das leis devem incidir em cada cidadão, não devendo
existir nenhum lugar independente das leis dentro da fronteira de um país. Na História,
vê-se que dos asilos originaram-se grandes revoluções nos Estados e nas opiniões
humanas.

Continua, o autor, dizendo que os crimes cometidos em uma sociedade não são puníveis
em outra, em regra. O direito de impor leis a um cidadão não é universal, só é lhe
peculiar a sua sociedade, ao contrato social no qual ele está inserido.(15)

Capítulo XXII - Do uso de pôr a cabeça a prêmio

Assimila Beccaria que, se o governo põe a cabeça de um criminoso a prêmio, mostra-se


fraco. Há de se unir a moral à política, desprezando as leis que incentivam a competição
moral e jurídica entre os cidadãos.

Capítulo XXIII - Que as penas devem ser proporcionadas aos delitos

O artífice salienta que deve existir uma proporção entre os delitos e as penas. Essa
proporção se deve a que nem todos os delitos danam igualmente a sociedade; uns mais,
outros menos. Então, quanto mais danoso o delito, maior deverá se a pena
correspondente.

Existe uma escala de delitos, cujo no primeiro escalão estão aqueles que destroem
imediatamente a sociedade; e os menores são as pequenas ofensas feitas a particulares.
Por isso, também deve existir uma escala de penas, que devem ser proporcionais aos
delitos cometidos. (16)

Capítulo XXIV - Da medida dos delitos

Como assegura Beccaria, a verdadeira medida dos delitos é o tamanho do dano à


sociedade. Quanto maior o dano à sociedade, maior será o delito e, portanto, a pena.
Alguns opinam que a graduação dos delitos deve considerar a gravidade do pecado
(visão divina). Isso, segundo Cesare, é um erro, já que a gravidade do pecado depende
da malicia do coração de cada um, e nenhum ser humano pode saber o que se passa no
coração do outro. O único capaz de ter esse conhecimento é Deus.

Capítulo XXV - Divisão dos delitos

Neste posto capítulo, o autor italiano explica que há distintos tipos de delitos.
Classificam-se em três grupos, segundo a gravidade. Os delitos que estão no topo dessa
graduação são os que destroem imediatamente a sociedade ou a quem a representa. Em
segundo plano, menos graves, se encontram os delitos que atingem a vida, os bens ou a
honra de um cidadão. Depois estariam os atos contrários ao que a leis fixam ou
proíbem, tendo em vista o bem público.

Toda conduta que não se encaixar numa dessas classes não poderá ser considerado
como crime, nem punido com tal.

Capítulo XXVI - Dos crimes de lesa-majestade

Disserta Beccaria que esses crimes foram postos na classe dos grandes crimes, porque
são nefastos à sociedade. Assegura o autor, ainda, que todo delito é nocivo à sociedade,
mas nem todos tendem a destruí-la. Assim, há de se julgar as ações morais por seus
efeitos positivos tendo em conta o tempo e o lugar.
Capítulo XXVII - Dos atentados contra a segurança dos particulares e,
principalmente, das violências

Depois de explanar sobre os crimes que atingem a sociedade, continua Beccaria, vêm os
atentados contra a segurança dos particulares. Entre esses crimes, uns são contra a vida,
outros contra a honra, e outros contra os bens.

Os atentados contra as pessoas devem ser punidos com penas corporais. Os atentados
contra a segurança e liberdade dos cidadãos são uns dos delitos mais graves. Pela
periculosidade jurídica que a dosimetria de pena distinta a ricos e pobres poderia causar,
impera-se, e é justa, a aplicação de pena a ambos da mesma maneira.

Capítulo XXVIII - Das injúrias

Beccaria doutrina neste capítulo que as injúrias pessoais, contrárias à honra, devem ser
punidas pela infâmia. Existe uma contradição notória entre as leis – ocupadas de
proteger a fortuna e a vida do cidadão – e as leis de honra – que preferem a opinião a
tudo. Nada mais é do que um paradigma moral de cada um. Pode-se deflagrar um
denominador comum do que seja a honra, se junta à peculiaridade de todos os
indivíduos. É esse denominador comum que será um portal para retornar ao estado de
natureza.

Capítulo XXIX - Dos Duelos

O artífice emana que os duelos – estabelecidos na celeuma das más leis - nasceram da
necessidade dos sufrágios públicos – a honra. Continua assegurando que esses
espetáculos vis devem ser combatidos com punições ao agressor (aquele que deu lugar à
querela) e declarar inocente aquele que, sem procurar tirar a espada, se viu constrangido
a defender a própria honra.

Capítulo XXX - Do roubo

O doutrinador italiano elucida que um roubo cometido sem violência só deve-se atribuir
pena pecuniária. Mas, se o roubo for por necessidade, a pena pecuniária só agravará a
situação do delinqüente, cabendo para este tipo de roubo, uma espécie de escravidão
temporária – trabalho para reparar o dano causado ao pacto social. Se, porém, o roubo é
acompanhado de violência, é justo ajuntar à servidão as penas corporais.

Capítulo XXXI - Do contrabando


Nessa parte da obra, Beccaria assevera que o contrabando é um delito que afrontar o
soberano e a nação, mas que a pena não deve ser infamante, pois a opinião pública não
presta nenhuma infâmia a esta espécie de delito.

O contrabando nasce da própria lei, já que ao aumentar os impostos aduaneiros,


aumenta a tentação de realizar o contrabando. Se os impostos aduaneiros forem
pequenos, seguramente haveria menos contrabando, já que os cidadãos não se
arriscariam tanto quanto se os impostos forem altos.

As penas impostas aos contrabandistas, além do confisco do material contrabandeado,


não necessita ser o mesmo de um assassino, por exemplo.

Capítulo XXXII - Das falências

Beccaria afirma que há dois tipos de falidos: os fraudulentos – que devem ser punidos
com a mesma pena de falsificadores de moeda - e os falidos de boa fé – aos quais se
deve castigar com menos rigor. O autor diz que a lei deve trazer as explicações e as
atribuições penais e processuais dos falidos fraudulentos e de boa fé.

Capítulo XXXIII - Dos delitos que perturbam a tranqüilidade pública

Esse capítulo trata dos delitos da terceira espécie. Aqueles que perturbam a
tranqüilidade pública dos cidadãos. Cabe ao magistrado de polícia evitar que se perturbe
a tranqüilidade pública, mas eles não podem atribuir leis arbitrárias, pois, se assim
procederem, abriram caminho para a tirania.

Devem agir consoante um código que circule entre as mão dos cidadãos, de modo que
eles saiba quando são passíveis de culpa e quando são inteiramente inocentes.

Capítulo XXXIV - Da ociosidade

Cesare Beccaria, neste capítulo, explana que os governos sábios não permitem o ócio
político no meio do trabalho, já que aquele que perturbe a tranqüilidade pública e não
obedeça às leis deve ser excluído da sociedade.

Ócio político é atribuído a quem não contribui à sociedade nem com trabalho nem com
riqueza. É aquele que sempre acumula, sem jamais perder.

Não é ocioso aquele que acumulou riquezas trabalhando, nem aquele que goza da
riqueza de seus antepassados. Pelo contrário, esses são bem-vindos na sociedade, uma
vez que o aumento do número deles pode trazer prosperidade à nação.
Capítulo XXXV - Do suicídio

Esse capítulo explica que o suicídio não é um delito que se pode atribuir uma pena
propriamente dita, já que se para castigar alguém, só um inocente ou um defunto – algo
ilógico.

Trata-se de um crime que Deus, e somente Ele, pune após a morte do culpado. Não é,
porém, um crime perante os homens, porque o castigo recai sobre família inocente e não
sobre o culpado.

Capítulo XXXVI - De certo delitos difíceis de constatar

Beccaria explica aqui que o há delitos que são freqüentes, mas difícil de prová-los, tais
como: o adultério, a pederastias e o infanticídio. O melhor meio de preveni-los seria
proteger com leis eficazes a fraqueza e a infelicidade contra essa espécie de tirania, que
só se levanta contra os vícios que não se podem cobrir com o manto da virtude.

Capítulo XXXVII - De uma espécie particular de delito

O autor emana, nesse capítulo, uma breve explanação da espécie de delito cuja punição
inundou a Europa de sangue humano, e que ele não se pretende alonga devido suas
atrocidades desumanas. O autor fala da festa das fogueias humanas, nas quais os
espetáculos de fumaça preta atraiam semelhantes às ruas, cobrindo as vias com
destroços palpitantes e cinzas humanas. E encerra abstendo-se de analisá-la sob a luz da
humanidade e da filosofia.

Capítulo XXXVIII - De algumas fontes gerais de erros e de injustiças na legislação

E, em primeiro lugar, das falsas idéias de utilidade

O autor começa explicando que as falsas idéias que os legisladores fizeram da utilidade
são uma das fontes mais fecundas de erros e injustiças. Falsa idéia de utilidade é
ocupar-se mais com inconvenientes particulares do que com gerais; é querer comprimir,
ao invés de excitar, os sentimentos naturais; é silenciar a razão e escravizar o
pensamento. É, ainda, sacrificar mil vantagens reais ao temor de uma desvantagem
imaginária. As leis que proíbem porte de arma – pois só desarma o cidadão pacífico e
deixa o celerado com o ferro nas mãos.

Capítulo XXXIX - Do espírito de família


Beccaria assinala que o espírito familiar é outra fonte genérica de injustiças na
legislação. Assim, nas repúblicas livres, é que se considerou o Estado antes como uma
sociedade de famílias do que como a associação de certo número de homens.

Capítulo XL - Do espírito do fisco

O artífice conta que, certo tempo atrás, todas as penas eram pecuniárias. O objeto das
penas era um litígio entre o fisco e o réu; agindo o fisco em dever de acumular
patrimônio para o soberano. O juiz era mais que um protetor das leis, era um advogado
do fisco. Quanto o réu de declarava-se culpado, automaticamente se tornava devedor do
fisco.

Capítulo XLI - Dos meios de prevenir crimes

O autor inicia afirmando que é melhor prevenir os crimes do que ter de puni-los. Em
toda boa legislação o fim não é castigar os delitos, é, sim, evitá-los. Por cada motivo
que leva o cidadão a cometer um verdadeiro delito, há mil que nos levam a acometer
ações indiferentes que são definidas como delito pelas más legislações.

Um bom método de prevenir os delitos é a produção de leis simples e claras,


identificando-se com a nação, não protegendo nenhuma casta nem classe social.
Promovendo a igualdade intelectual das camadas do povo. Propiciando o conhecimento
e o progresso das ciências.

É, igualmente, meio de prevenir delitos, afastar do santuário das leis a própria sombra
da corrupção, interessando os magistrados em conservar em toda a sua pureza o
depósito que a nação lhes confia. Quanto mais numerosos forem os tribunais, menos se
violarão os direitos dos homens.

Também é artifício de prevenção de penas é recompensando a virtude. Recompensa


essa que estimularia os cidadãos a deixar de cometer delitos. Uma “meritocracia”
pacífica.

Afim, o meios mais seguro, mas ao mesmo tempo mais difícil, de tornar os homens
menos inclinados a praticar o mal, é aperfeiçoar a educação deles.

Destarte, o autor finda expondo sobre a vastidão dos limites do assunto.

Capítulo XLII - Conclusão

O autor fecha elucidando que, de toda teoria supracitada, pode-se deduzir um teorema
geral utilíssimo: é que, para não ser um ato de violência contra o cidadão, a pena deve
ser essencialmente pública, pronta, necessária, a menor das penas aplicáveis nas
circunstâncias dadas, proporcionada ao delito e determinada pela Lei.

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