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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO

APONTAMENTOS DE AULAS

CONTABILIDADE PÚBLICA

O presente material é auxiliar na compreensão da disciplina contabilidade pública,


devendo ser completada através das bibliografias recomendadas.
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FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE AULAS
DISCIPLINA CONTABILIDADE PÚBLICA CÓD. 33026114 CH 36
PROFESSOR RICARDO S. TAKATORI CURSO CCONT

AULA ATIVIDADE REFERÊNCIA


Apresentação do conteúdo programático, critério de
avaliação e programação de trabalho.
- O que é Contabilidade Pública.
Serviço Público
- Conceito
Cap. 01 - Kohama
- Serviço Privativo do Estado
- Serviço de Utilidade Pública
- Prestação de Serviço Mista
Administração Pública Cap. 02 - Kohama
- Conceito
Cap. 9.3a 9.5–Slomski
- Organização político-administrativa brasileira
- Organização da administração pública Cap. 02 - Piscitelli
- Estruturação
- Entidades que compõem a administração
indireta ou descentralizada.
Contabilidade Pública – Sistemas Cap. 03 -Kohama
- Conceito
Cap. 02 -Slomski
- Sistema Orçamentário
- Sistema Financeiro Cap. 1.1 e 1.2–Lima
- Sistema Patrimonial
- Sistema de Compensação
Regimes Contábeis Cap. 04 – Kohama
- Regime de Caixa
Cap. 1.8 – Slomski
- Regime de Competência
- Regime adotado no Brasil
Orçamento Público Cap. 05 – Kohama
- Processo de planejamento – orçamento
Cap. 07 – Slomski
- Princípios orçamentários
- Ciclo orçamentário Cap. 3 ao 6 – Piscitelli
- Orçamento por programa
- Orçamento base zero Cap. 1.3 e 1.4 - Lima
Receita Pública Cap. 06 – Kohama
- Classificação
Cap. 7.4 – Slomski
- Receita orçamentária
- Receita extra-orçamentária Cap. 7 – Piscitelli
- Codificação
- Estágios Cap. 2.2.1 - Lima
- Restituição e anulação da receita
- Divida ativa
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Cap. 07 – Kohama
Despesa Pública
Cap. 7.6 – Slomski
- Classificação
- Estágios Cap. 8 – Piscitelli

Cap. 2.2.24 - Lima


Contabilidade Pública
- Restos a pagar
- Divida pública Cap. 8 ao 13-Kohama
- Regime de adiantamento
- Patrimônio público
- Créditos adicionais
- Assuntos específicos
Lei de Responsabilidade Fiscal Cap. 6 Slomski

Legislação Específica
comentada
Licitação
- Objetivo Cap. 1.7 – Kohama
- Modalidades Cap. 10 - Piscitelli
- Limites

Bibliografia Básica:

KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública – Teoria e Prática. São Paulo. Atlas. 8ª


ed. 2001

SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Um enfoque na


Contabilidade Municipal. São Paulo. Atlas. 2ª ed. 2003

Bibliografia Complementar:

LIMA, Diana Vaz de; CASTRO, Robison Gonçalves. Contabilidade Pública


Integrando União, Estados e Municípios (SIAFI e SIAFEM) . São Paulo. Atlas.
2000

PISCITELLI, Roberto Bocaccio. TIMBÓ, Maria Zalene. ROSA, Maria Berenice.


Contabilidade Pública. Uma abordagem da Administração Financeira Pública. São
Paulo. Atlas. 2002

ANGELICO, João. Contabilidade Pública. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1994.

KOHAMA, Heilio. Balanços Públicos: Teoria e Prática. 2 ed. São Paulo: Atlas,
2000.

SILVA, Lino Martins da. Contabilidade Governamental: um enfoque administrativo.


4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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CRUZ, Flavio da, et al. Comentários à Lei 4320. São Paulo: Atlas, 1998.

Legislação:

Constituição Federal. - 1988

Lei Complementar n.º 101/2000. Lei de Responsabilidade Fiscal.

Lei n.º 4.320/64 – Normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da união, dos estados, dos municípios e do distrito
federal.

Portarias e Resoluções da Secretaria do Tesouro Nacional

Lei n.º 8.666/93 – Lei das licitações


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CONTABILIDADE PÚBLICA

A contabilidade publica tem base legal de acordo com a Lei Complementar nº


4320 de 17/03/1964

Contabilidade Pública é um dos ramos da Contabilidade, aplicada às entidades de


direito publico.

O campo de atuação da Contabilidade Pública é o das pessoas jurídicas de Direito


Público Interno – União, Estados, Distrito Federal, Municípios, seus fundos, suas
autarquias e fundações.

SERVIÇO PÚBLICO

É conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados a disposição da


coletividade, visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem estar
ou prosperidade pública.

=> Prestado pelo Poder Público


Serviço Público => Concessão – Delegação
=> Permissão
Serviço Privativo do Estado
São serviços exclusivos exercidos pelo Estado:
Relações diplomáticas e consulares.
Defesa e segurança do território nacional.
Emissão de moeda.
Controle e fiscalização de instituições financeiras e de seguros.
Manutenção do serviço postal e o Correio Aéreo Nacional.
Estabelecimento e execução de planos nacional de saúde e educação.
Planos Regionais de desenvolvimento.
Serviços que se relacionam com o poder de polícia e segurança pública,
Serviços que garantem a distribuição da justiça.

Serviços de Utilidade Pública


São serviços prestados por delegação do poder público, sob condições fixadas por
ele: eletricidade, telefones, água, gás.

Serviços de Utilidade Pública por Concessão


A concessão de serviços é um procedimento que uma autoridade, confia a uma
pessoa física ou jurídica – concessionária – explorar um serviço público.

A concessão é um ato que deve ser amparado por autorização legislativo e as


condições dos serviços são fixadas no edital de concorrências.
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O poder público tem o poder de fiscalizar, regulamentar e havendo a possibilidade


de intervir e retomar o serviço.

A concessão transfere ao concessionário a ter uma remuneração

Transporte coletivo
Energia Elétrica
Telefonia
Radio difusão
Exploração jazidas e fontes minerais
Utilização de jazigo em cemitérios

Serviços de Utilidade Pública por Permissão


A autoridade delega a título precário a execução de obras e serviços de utilidade
pública.
Serviços Transportes Específicos
Atos dos capitães de navios – ex. casamento
Instalação de banca de jornais

Serviços de Utilidade Pública Mista


Os serviços de utilidade pública mista, podem ser prestados pelo Poder Público e
pelas pessoas físicas ou jurídicas, independentemente de delegação.
Saúde
Educação
Seguro e previdência

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública é todo aparelhamento do Estado, preordenado à realização
de seus serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas.

“Administrar é gerir os serviços públicos; significa não só prestar serviços,


executá-lo, como também, dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de
obter um resultado útil”.(Osvaldo Aranha Bandeira de Mello)
“ Na Administração Pública não há liberdade pessoal. Enquanto na Administração
particular é lícito fazer tudo o que a Lei não proíbe, na Administração Pública só é
permitida fazer o que a Lei autoriza.” (Hely Lopes Meirelles)

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA


O Brasil consoante dispositivo inserido no primeiro artigo da Constituição, define-
se como Estado Federal, através do seguinte texto: “ A República Federativa do
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I-a soberania; II- a cidadania; III- a dignidade da pessoa humana; IV-os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa; V – o pluralismo público.”
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Verifica-se pela expressão textual do artigo constitucional que a União constitui-se


em pessoa de direito público interno, autônoma em relação aos Estados, tendo
por missão o exercício das prerrogativas da soberania do Estado brasileiro, pois
configura-se como entidade federal resultante da reunião dos Estados-membros,
Municípios e do Distrito Federal.

A organização Político Administrativa Brasileira é a de um Estado Federal e


caracteriza-se pela união indissolúvel dos Estados-membros, dos Municípios e do
Distrito Federal, destacando-se, ainda, no sistema brasileiro, a existência de
Territórios, não caracteristicamente entidades federativas, mas unidades político-
administrativas, que integram a União, reconhecidas pela Constituição.

Organização da Administração Pública


Para exercer ou colocar à disposição da coletividade o conjunto de atividades e de
bens, visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem-estar social,
o Estado, aqui entendido como a organização do poder político da comunidade
nacional, distribui-se em três funções essenciais, quais sejam: função normativa
ou legislativa – Poder Legislativo; função administrativa ou executiva – Poder
Executivo e função judicial – Poder Judiciário.

Poderes:
Executivo
Presidência da República e Ministros
Governador do Estado e Secretários
Prefeito e Secretários

Legislativo
Congresso Nacional – Senado e Câmara dos Deputados
Assembléia Legislativa
Câmara dos Vereadores

Judiciário
Supremos Tribunais – STF, STJ
Justiça Federal – Tribunais do Trabalho, Eleitoral
Tribunais Estaduais

Administração Direta ou Centralizada


A Administração Direta ou Centralizada é a constituída dos serviços integrados na
estrutura administrativa do poder executivo – Presidência da República e
Ministérios - esfera federal, na esfera estadual – Governador e Secretarias de
Estado e na esfera municipal – Prefeito e Secretarias.

A Administração direta ou centralizada tem a estrutura de uma pirâmide, e no seu


ponto mais alto encontra-se a Presidência – no âmbito federal – que do topo dirige
todos os serviços.
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Administração Indireta ou Descentralizada


A Administração Indireta é aquela atividade administrativa caracterizada como
serviço público ou de interesse público, transferida ou deslocada do Estado, para
outra entidade por ele criada ou cuja criação é por ela autorizada.

Autarquia
É a forma de descentralização administrativa, através da personificação de um
serviço retirado da administração centralizada e, por essa razão, à autarquia só
deve ser outorgado serviço público típico e não atividades industriais ou
econômicas, ainda que de interesse coletivo.

A autarquia, geralmente, são indicados serviços que requeiram maior


especialização e, conseqüentemente, organização adequada, autonomia de
gestão e pessoal técnico especializado.

Exemplos de autarquias:
- Autarquia previdenciária
- Instituto de Assistência Médica e Previdência Social
- Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.
- Autarquia profissionais
- Conselho Federal de Contabilidade
- Conselho Federal de Engenharia
- Ordem dos Advogados do Brasil
- Autarquias Industriais
- Depto Nacional de Estradas de Rodagem
- Depto Nacional de Águas e Energia Elétrica
- Depto Estadual de Estradas de Rodagem
- Depto Estadual de Águas e Energia Elétrica
- Autarquias Especiais
- Banco Central do Brasil
- Comissão Nacional de energia Nuclear
- Universidade de São Paulo
- Universidade de Campinas
- Autarquias Educacionais
- Faculdades Isoladas.

Entidades Paraestatais
Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação é
autorizada por lei, com patrimônio público e misto, para a realização de atividades,
obras ou serviços de interesse coletivo, sob normas e controle do Estado.
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista
- Fundações

São características gerais das entidades paraestatais:


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1.- a organização depende de autorização legislativa, mas obedece as


normas das pessoas jurídica de direito privado;
2.- regem-se por seus estatutos ou contratos sociais, registrados na Junta
Comercial ou Registro Civil, conforme a natureza dos seus objetivos;
3.- o patrimônio dessas entidade pode ser constituído por recursos do poder
público, de particulares, ou por ambos os recursos conjugados;
4.- a administração de tais entidades varia conforme o tipo e modalidade
que lei determinar, sendo possível a direção unipessoal ou colegiada, com ou sem
elementos do Estado;
5.- possuem autonomia administrativa e financeira, e são apenas
supervisionadas pela entidade estatal a que estiverem vinculadas, através da ação
de orientação, coordenação e controle, para ajustar-se ao Plano Geral de
Governo;
6.- não possuem privilégios tributários ou processuais, a não ser que sejam
especialmente concedidos por lei;
7.- a realização de despesas de compras, serviços ou obras sujeita-se a
sistema licitatório especial, através da edição de regulamentos próprios,
devidamente publicados, com procedimentos seletivos simplificados e observância
dos princípios básicos da licitação estabelecida para as entidades públicas;
8.- o pessoal sujeita-se ao regime da Consolidação da Leis do trabalho; os
atos dos empregados, para fins criminais, por determinação do Código Penal,
equiparam-se aos de funcionários públicos, e os dos dirigentes são equiparados a
atos de autoridade e sujeitos a mandado de segurança e ação popular.

As entidades paraestatais, são entidades de personalidade de direito privado, com


finalidade de executar atividades de interesse ou utilidade pública que tanto
podem ser atividades econômicas com fins lucrativos, como podem perseguir fins
não lucrativos e para tanto deverá ser escolhida a estrutura e organização
adequada a cada finalidade.

Empresas Públicas
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivamente governamental, criação autorizada por lei, para
exploração de atividade econômica ou industrial, que o governo seja levado a
exercer por força de contingência ou conveniência administrativa.
Federal
Rede Ferroviária Federal
Casa da Moeda
Caixa Econômica Federal
Empresa Brasileira dos Correios
Estadual
Caixa Econômica Estadual – Nossa Caixa
Imprensa Oficial do Estado
Metrô – Cia Metropolitano de São Paulo
Municipal
EMURB – Empresa Municipal de Urbanismo
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Sociedade de Economia Mista


Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio, criação autorizada por lei para exploração de atividades econômica ou
serviço, com participação do poder público e de particulares no seu capital e na
sua administração.
Federal
Petrobrás
Banco do Brasil
Telesp

Estadual
Eletropaulo
Prodesp

Municipal
Prodam

Fundações
As fundações instituídas pelo poder público são entidades dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação
autorizada por lei, escritura público e estatuto registrado e inscrito no Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, com objetivos de interesse coletivo, geralmente de
educação, ensino, pesquisa, assistência social, etc. com personificação de bens
públicos, sob o amparo e controle permanente do Estado.

Federal
FUNAI – Fundação Nacional do índio
Fundação Universidade de Brasília
Estado
Fundação Padre Anchieta
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo

Serviços Sociais Autônomos


São aquelas autorizadas por lei, com personalidade de direito privado, com
patrimônio próprio e administração particular, com finalidade específica de
assistência ou ensino a certas categorias sociais ou determinadas categorias
profissionais, sem fins lucrativos.
SESI – Serviço Social da Indústria
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESC – Serviço Social do Comércio
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas
SEST – Serviço Social de Transporte
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CONTABILIDADE PÚBLICA

É o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a


organização e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas
variações.

A Contabilidade Pública tem por objetivo evidenciar perante a Fazenda Pública a


situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem
despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiado.

Os serviços de contabilidade são organizadas de forma a permitir o


acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição
patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento
dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e
financeiros – art. 85 da Lei 4320/64

Controle nas Entidades Públicas

Como qualquer entidade, as entidades públicas tem duplo controle: o controle


interno e o controle externo.

Controle Interno
O controle interno nas entidades de direito público, ressalvadas as competências
dos Tribunais de Contas ou órgãos equivalentes, a tomada de contas dos agentes
responsáveis por bens ou dinheiros públicos, é realizado ou superentendido pelos
serviços de contabilidade.

Controle Externo
Nas entidades públicas, como, também, nas entidades privadas, existe o controle
externo, que é exercido de várias formas, diretamente pela sociedade, por meio do
acompanhamento de obras e serviços, e/ou indiretamente, pela promotoria pública
ou pelo poder legislativo. A fiscalização contábil, financeiras e orçamentária será
exercida pelo Congresso Nacional; na União, terá como órgão auxiliar, quando da
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, o
Tribunal de Contas da União, nos termos da Carta Constitucional.

Nos Estados e nos Municípios, os Poderes Legislativos têm como órgão auxiliar
para tal tarefa os Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e suas atribuições, no que couber, o que nestes artigos estiver
disposto, cabendo à Constituição dos Estados, do Distrito Federal e a Lei
Orgânica dos Municípios dispor sobre os respectivos Tribunais.

Regimes Contábeis

Ano Financeiro: período em que se executa o orçamento.


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Exercício Financeiro: é o período de tempo durante o qual se exercem todas as


atividades administrativas e financeiras relativas a execução do orçamento,
consoante a Lei 4320/64.

A Lei 4320/64 dispõe que o Exercício Financeiro coincidirá com o ano civil e que
pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas
nele legalmente empenhadas.

Regime de Caixa
As receitas serão reconhecidas pelo recebimento

Regime de Competência
As despesas serão reconhecidas pelo empenho

Portanto no Brasil, a contabilidade pública utiliza o Regime Misto.

Orçamento Público

Orçamento público é o planejamento feito pela Administração Pública para


atender, durante determinado período aos planos e programas de trabalho por ela
desenvolvidas por meio da planificação das receitas a serem obtidas e pelos
dispêndios a serem efetuados, objetivando a continuidade e a melhoria
quantitativa e qualitativa dos serviços prestados a sociedade.

A metodologia utilizada no Brasil é a denominada de Orçamento-Programa,


definido como “um plano de trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar
e pela identificação dos recursos necessários à sua execução”

Ciclo Orçamentário
Corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades
típicas do Orçamento Público, desde sua concepção até sua operacionalização
final.

Exercício Financeiro
É o espaço de tempo compreendido entre o dia 1º de janeiro e o dia 31 de
dezembro de cada ano, no qual se promovem a execução orçamentária e os
demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quantitativas que
afetam os elementos patrimoniais dos órgãos e entidades do Setor Público.

Princípios orçamentários
Anualidade – as previsões de receita e despesa devem fazer referência ao
exercício financeiro

Unidade – deve existir um único orçamento para cada entidade da federação.


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Universalidade – o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas


aos três poderes, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta.

Exclusividade – Deverão ser incluídos no orçamento exclusivamente, assuntos


que lhe sejam pertinentes.

Clareza – o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.

Equilíbrio – o orçamento deverá manter o equilíbrio do ponto de vista financeiro


entre os valores de receita e da despesa.

CICLO ORÇAMENTÁRIO
Elaboração
A elaboração é efetuada com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado bem
como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários a sua
materialização e concretização.

O poder Executivo encaminha projeto de Lei para o poder Legislativo:


01- mensagem, contendo a situação econômico-financeira, exposição e
justificativa das receitas e despesas;
02- projeto de Lei do orçamento;
03- tabelas explicativas
04- especificações dos programas, as metas, os custos estimados, as
justificativas econômico-financeira, social e administrativa.

O Executivo deve encaminhar o projeto de Lei para o Legislativo até o dia 31 de


agosto. O Legislativo deve aprovar o projeto de Lei para sanção até o dia 31 de
dezembro, caso não ocorra a aprovação, não ocorrerá o recesso do Legislativo
até a aprovação da LOA.

Análise e Aprovação
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, até o encerramento da Sessão
Legislativo, o poder legislativo deverá devolvê-lo para sanção.

As emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I- Sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes


Orçamentárias;
II- Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas provenientes de
anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:
dotações para pessoal e encargos;
serviços da dívida;
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transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito


Federal;
III- Sejam relacionadas:
com a correção de erros e omissões;
com os dispositivos do texto do projeto de Lei.

Execução
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e
metas determinados para o setor público.

Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos


limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de COTAS
TRIMESTRAIS das despesas que cada unidade orçamentária fica autorizada a
utilizar.

A fixação dessas cotas atende aos seguintes objetivos:


a.- assegurar as unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de
recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de
trabalho;
b.- manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a
receita arrecadada e a despesa realizada, para reduzir ao mínimo eventuais
insuficiências de tesouraria.

As cotas de despesas constituem um instrumento de regulação para


condicionar os recursos financeiros as reais necessidades dos programas de
trabalho.

Avaliação
A avaliação refere-se a organização aos critérios e trabalhos destinados a
julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas
durante a execução.

A avaliação impõe a necessidade de um sistema estatístico cuja informação


básica se obtém em cada uma das repartições ou órgãos.

De posse dos dados coletados, o grupo de avaliação orçamentária deve


elaborar tabelas, calcular indicadores e apresentar informes periódicos para uso e
tomadas decisões dos dirigentes das unidades executoras.

Orçamento por Programa


A elaboração do Orçamento por Programa exige sempre a especificação clara,
tanto em quantidade como em qualidade dos recursos humanos, materiais e
financeiros, necessários a execução das atividades, procurando o melhor
aproveitamento dos recursos existentes.
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O Orçamento por Programa permite:


- melhor aproveitamento dos recursos
- determinar os meios financeiros em base mais realista
- critérios objetivos de análise e decisão
- verificar se as atividades previstas são as mais adequadas para o atingir o
objetivo
- o acompanhamento e controle para que o objetivo concretize.

Exemplo:
- construir uma ponte de concreto para escoar a safra atual e dos próximos
quatro períodos – construir em 6 meses com largura mínima de 7 metros
apontar: recursos humanos, materiais e financeiros.

Função: 16 – transporte
Programa ; 88 – transporte rodoviário
Subprograma: 534 – estradas vicinais
Projeto: 1,001 – construção de pontes.

RECEITA PÚBLICA

Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público, consignada na


Lei Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer a discriminação constante
do anexo 3 da Lei 4320/64. Se divide em Receita Corrente e Receita de Capital.

Receita Corrente: dizem respeito a todas as transações que o Governo realiza


diretamente ou através de suas ramificações, como sejam os órgãos da
administração indireta ou descentralizada (autarquias) e de cujo esforço não
resultam constituição ou criação de bens de capital, ou seja, acréscimos no seu
patrimônio.

Receita de Capital: são as que resultam na constituição ou criação de bens de


capital, acréscimo no patrimônio. São as que provem da alienação de um bem de
capital, as que estejam na lei, definidas como operações de capital.

Receita Extra Orçamentária – compreende os recolhimentos feitos que


constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização
orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Exemplo: caução e
fianças. São valores NÃO PERTENCENTES AO GOVERNO, porém depositados
em nome do governo.
I – Receitas Correntes
Receita Tributária – impostos, taxas e contribuições de melhorias
Receita de Contribuição – contribuições sociais e econômica
Receita Patrimonial – receita imobiliária, valores imobiliários, participações
e dividendos e outras receitas
Receita Agropecuária – receita da produção vegetal, animal e derivados
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Receita Industrial – industria extrativa mineral, transformação e de serviços


industriais de utilidade pública.
Receita Serviços – comerciais, financeiros, transportes, comunicação,
saúde e outros serviços.
Transferências Correntes – transferências inter e intragovernamentais.
Outras receitas correntes – multas e juros de mora, divida ativa,
indenizações e restituições.

II – RECEITAS de CAPITAL
Operações de crédito: operações de crédito interno e externo
Alienação de Bens: alienação de bens móveis e imóveis
Amortização de empréstimos: amortização de empréstimos concedidos.
Transferência de capital: transferências inter e intragovernamental
Outras receitas de capital: outras

Estágios da Receita
A receita orçamentária consoante a Legislação vigente no Brasil, passa por
três fases:

1º Estágio – Previsão da Receita

É a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exercício,


estabelecida na Lei Orçamentária.

2º Estágio – Arrecadação da Receita

É o recolhimento por parte dos contribuintes aos cofres públicos. Só através


do recolhimento, em conta específica é que se pode dizer que os recursos estarão
efetivamente disponíveis para utilização dos gestores financeiros, de acordo com
a programação que for estabelecida.

3º Estágio – Recolhimento

É a transferência da Receita, por parte das instituições financeiras


arrecadadoras à Conta Única da União, dos Estados e Municípios. Pela Lei nº
4595 de 31.12.1964, ficou estabelecido que o Banco do Brasil S.A. na qualidade
de agente financeiro do Tesouro Nacional deveria receber, a crédito do Tesouro
Nacional, as importâncias provenientes da arrecadação de tributos ou rendas
federais e realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do
Orçamento Geral da União.

A contabilização da Receita ocorre com base no regime de caixa.

Classificação Econômica da Receita


Discriminação Econômica Código Orçamentário Especificação
Categoria Econômica 1.000.00.00 Receitas Correntes
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Fonte 1.100.00.00 Receita tributária


Subfonte 1.110.00.00 Impostos
Rubrica 1.113.00.00 Imp.S/produção e a
Circulação
Alínea 1.113.02.00 ICMS
Subalínea 1.113.02.01 Parcela do Estado
Subalínea 1.113.02.02 Parcela do Municípios

Conversão de Códigos Tributários da Receita em Orçamentários e Contábeis


Cód Trib. Especificação da Receita Cód.Orçam. Código Contábil
Imp. S/Transm Causa Mortis e
028 Doação Bens Direitos – parte 1.112.03.00 402.01.01
do Estado 100%
045 ICMS – Parte do Estado 1.113.02.01 402.01.01
75% 1.113.02.02 402.01.01
Parte do Município
25%
059 ICMS–estimativa – Parte do 1.113.02.01 402.01.01
Estado 75% 1.113.02.02 402.01.01
Parte
Município 25%
786 Multas e Juros de Mora
s/ICMS 1.911.01.01 402.01.09
Parte do 1.911.01.01 402.01.09
Estado 75%
Parte
Município 25%
838 Multas p/Infração de Transito 1.912.02.00 402.01.09
100%
920 Receita patrimonial
921 Aluguéis de próprios do 1.311.01.00 402.01.03
922 Estado 1.311.01.00 402.01.03
Juros de Empréstimos
Receita Extraorçamentária
813 Cauções 113.01.03
808 Fianças Diversas 113.01.09
832 Saldos de Adiantamentos 116.03.13
Fonte: Contabilidade Publica – Heilio Kohama – valido para o Est. São Paulo

DESPESAS PÚBLICAS
São os gastos fixados na Lei Orçamentária

I – DESPESAS CORRENTES
Despesas Correntes
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FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO

Dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as


destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

Pessoal
Material de Consumo
Serviços de Terceiros e Encargos
Diversas Despesas de Custeio

Transferências Correntes
Dotações para as despesas às quais não corresponda contraprestação
direta em bens e serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a
atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado.

Transferências Inter e Intragovernamentais


Transferências a Instituições Privadas
Transferências ao exterior
Transferências as pessoas
Encargos da Divida Interna
Encargos da Divida Externa
PASEP – Contribuição da Formação Patrimônio do Servidor Público
Diversos Transferência Correntes

Despesas de Capital
Investimentos
Dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de
instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento de
capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Obras e Instalações
Equipamentos e Material Permanente
Investimento em Regime Execução Especial
Constituição ou aumento do capital de empresas industriais e
agrícolas
Diversos Investimentos

Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis
Aquisição de Outros Bens de Capital já em utilização
Aquisição de Bens para Revenda
Aquisição de Títulos de Créditos
Aquisição de Títulos Representativos de Capital Integralizado
Constituição ou aumento de capital de empresas comerciais ou
financeiros.
Depósitos Compulsórios
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Diversas Inversões Financeiras

Transferências de Capital
Dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas
de direito publico ou privado devam realizar.

Transferências Inter e Intragovernamentais


Transferências Instituições Privadas
Transferências para o Exterior
Amortização de Divida Interna e Externa
Diferenças de Câmbio
Diversas Transferências de Capital.

Estágios da Despesas

As despesas públicas sofrem três estágios:

1º Estágio – Empenho

Empenho é a formalização da obrigação de pagamento da despesa. O


empenho é efetuado sob três modalidades:

Empenho Ordinário – quando o montante a ser pago for previamente


conhecido e deva ocorrer de uma só vez.

Empenho Global – quando o montante a ser pago for previamente


conhecido e o pagamento deva ocorrer parceladamente – caso dos contratos de
longa duração.

Empenho Estimativo – destinado a fazer face as despesas cujo valor não se


possa determinar previamente; luz, água, telefone, diárias de viagens, etc.

Anulação dos Empenhos

O empenho de despesas não liquidada será considerado em 31 de


dezembro, anulado, exceto se:
- vigente o prazo para cumprimento da obrigação;
- interesse da administração exigir o cumprimento da obrigação;
- transferências as instituições publicas e privadas, e
- compromisso assumido no exterior.
No decorrer do exercício poderá ocorrer a anulação de empenho por:
- erro na emissão do empenho
- o serviço contratado não for realizado
- o material encomendado não for entregue

2º Estágio – Liquidação
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No estágio da Liquidação verifica-se o cumprimento da obrigação, de


conformidade com o estipulado na contratação e a precisão da Nota de Empenho.

A Liquidação tem por finalidade apurar:


a.- origem e o objeto do que se deve pagar;
b.- importância exata a ser paga;
c.- a quem se deva pagar a importância, para extinguir a obrigação.

3º Estágio – Pagamento
É o último estágio, consistindo na entrega de recursos financeiros
equivalentes à divida líquida, mediante Ordem Bancária.

CONTABILIZAÇÃO DAS RECEITAS


Exemplo de contabilização da receita orçamentária.

Previsão
No Sistema Orçamentário – lançamento 01

Conta Nome da Conta Valor


401.01.01 Receita Tributária 45.000,00
401.01.03 Receita Patrimonial 3.000,00
401.01.08 Outras Rec. Correntes 7.000,00
401.02.01 Operações de Créditos 4.000,00
401.02.02 Alienação de Bens 1.000,00

400.01.01 a Receita Tributária 45.000,00


400.01.03 a Receita Patrimonial 3.000,00
400.01.08 a Outras Rec. Correntes 7.000,00
400.02.01 a Operações de Créditos 4.000,00
400.02.02 a Alienação de Bens 1.000,00

Valor das receitas previstas para o exercício de 200X de acordo com a Lei
Orçamentária nº 199.

No Sistema Financeiro, no Sistema Patrimonial e no Sistema de Compensação


não há lançamento.

Lançamento
É o ato administrativo que o Poder executivo utiliza, visando identificar e
individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e
vencimento.

Não há lançamento contábil em quaisquer sistemas.

Arrecadação e Recolhimento
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Arrecadação e Recolhimento da Receita Orçamentária


Arrecadação é o ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao
agente arrecador.

Sistema Financeiro – lançamento 02


Conta Nome da Conta Valor
100.0X Caixa ou Bancos 78.000,00
120.01 a Receitas Correntes 63.000,00
120.02 a Receitas de Capital 15.000,00

Receita arrecadada durante o mês, conforme livro diário da receita orçamentária.

Sistema Orçamentário – lançamento 02


Conta Nome da Conta Valor
402.01.01 Receita Tributária 50.000,00
402.01.03 Receita Patrimonial 4.000,00
402.01.08 Outras Rec. Correntes 9.000,00
402.02.01 Operações de Créditos 10.000,00
402.02.02 Alienação de Bens 5.000,00

401.01.01 a Receita Tributária 50.000,00


401.01.03 a Receita Patrimonial 4.000,00
401.01.08 a Outras Rec. Correntes 9.000,00
401.02.01 a Operações de Créditos 10.000,00
401.02.02 a Alienação de Bens 5.000,00

Receita arrecadada durante o mês conforme livro diário da receita orçamentária.

Restituição e anulação de Receitas


Restituição e Anulação de receitas são procedimentos relativos ao processamento
e execução da receita orçamentária adotados para o ressarcimento de valores
recebidos indevidamente dos contribuintes.

Existe um sem-número de causas pelas quais a escritura acaba não se realizando


e, eventualmente é desfeito o negócio. Em face dessa ocorrência, o contribuinte
deve encaminhar um pedido à repartição fazendária correspondente, solicitar a
devolução ou a restituição do valor pago, mencionando uma justificativa para o
fato, juntar cópia da guia de recolhimento chancelada pela instituição financeira.

Pela restituição e anulação de receitas


a) Quando o despacho autorizatório ocorre no mesmo exercício
Sistema Financeiro – lançamento 03
Conta Nome da Conta Valor
120.01 Receitas Correntes 2.000,00
111.XY a Restituições a Pagar de 20XX 2.000,00
Pela autorização de restituição da receita orçamentária, recolhida indevidamente.
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Sistema Orçamentário – lançamento 03


Conta Nome da Conta Valor
401.01.01 Receitas Tributárias 2.000,00
402.01.01 a Receitas Tributárias 2.000,00
Pela anulação da receita, conforme despacho exarado no processo xxxx.

No Sistema Patrimonial e de Compensação não lançamentos.

b) Pelo efetivo pagamento da restituição – lançamento 04


Sistema Financeiro – lançamento 04
Conta Nome da Conta Valor
111.XY Restituições a Pagar de 20XX 2.000,00
100.0X Caixas ou Bancos 2.000,00
Pelo pagamento da restituição da receita orçamentária no processo xxxx

Nos Sistemas Orçamentário, Patrimonial e de Compensação não há registros.

c) Quando o despacho autorizatório ocorre no exercício seguinte.


Em vista da necessidade de se empenhar o valor correspondente a resituição a
ser feita, deve-se proceder como nos gastos normais da despesa orçamentária,
passando-se pelos estágios correspondentes, como sejam: EMPENHO,
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO, e a escrituração contábil a eles necessária.

Divida Ativa
Constituem Divida Ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da
Fazenda Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de
vencimento a partir da sua inscrição nos livros apropriados.

Pela inscrição da Divida Ativa


No sistema Patrimonial – lançamento 01
Conta Nome da Conta Valor
203.03.01 Créditos Fiscais Inscritos 10.000,00
203.03.02 Créditos Diversos Inscritos 9.000,00
230.03.01.0 a Inscrição de Créditos Fiscais 10.000,00
230.03.01.02 a Inscrição de Outros Créditos 9.000,00
Pela inscrição da divida ativa, conforme registro no livro Divida Ativa

Nos Sistemas Orçamentário, Financeiro e de Compensação não há lançamentos.

Pela cobrança da Dívida Ativa

No Sistema Financeiro – é feito o lançamento idêntico ao da Receita Orçamentária


– pela arrecadação e recolhimento – lançamento 02. É classificada na Fonte
Outras Receitas Correntes.
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Sistema Financeiro – lançamento 02


Conta Nome da Conta Valor
100.0X Caixa ou Bancos 78.000,00
12X.01 a Outras Receitas Correntes 63.000,00

No Sistema Orçamentário – é feito o lançamento idêntico ao da arrecadação e


recolhimento da receita orçamentária, lançamento 2. É classificada na fonte
Outras Receitas Corrntes.
Sistema Orçamentário – lançamento 02
Conta Nome da Conta Valor
402.01.08 Outras Rec. Correntes 9.000,00
401.01.08 a Outras Rec. Correntes 9.000,00

No Sistema Patrimonial – lançamento 02


Conta Nome da Conta Valor
231.02.01 Cobrança da Divida Ativa 9.000,00
203.03.01 a Créditos Fiscais Inscritos 5.000,00
203.03.02 a Créditos Diversos Inscritos 4.000,00
Baixa de créditos da Divida Ativa , pela cobrança, conforme Livro da Divida Ativa

No Sistema de Compensação não há lançamentos.

CONTABILIZAÇÃO DAS DESPESAS

A Escrituração contábil da fixação da despesa orçamentária (1º estágio) é feita


com base nos valores constantes da Lei de Orçamento, publicada e devidamente
registrada no Livro de Despesa, abrindo-a em toda a sua discriminação.

Lançamento 01 – Pela fixação da despesa orçamentária – 1º Estágio


No Sistema Orçamentário
No Órgão Central de Contabilidade

Conta Nome da Conta Valor


420.01.01 Despesas Correntes 40.000,00
420.01.02 Despesas de Capital 20.000,00
410.01 a Despesas Correntes 40.000,00
410.02 a Despesas de Capital 20.000,00
Fixação da dotação inicial, distribuída conforme discriminação da Lei
Orçamentária.

Nos órgãos Setoriais de Contabilidade


Conta Nome da Conta Valor
420.01.01 Despesas Correntes 40.000,00
420.01.02 Despesas de Capital 20.000,00
410.01.01 a Despesas Correntes 40.000,00
410.02.02 a Despesas de Capital 20.000,00
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Fixação dos créditos orçamentário, de acordo com a Lei Orçamentária.

Quando a execução da despesa for centralizada.


Conta Nome da Conta Valor
420.01.01 Despesas Correntes 40.000,00
420.01.02 Despesas de Capital 20.000,00
410.01.01 a Despesas Correntes 40.000,00
410.02.02 a Despesas de Capital 20.000,00
Fixação dos créditos orçamentário, de acordo com a Lei Orçamentária.

Nos Sistemas Financeiro, Patrimonial e de Compensação não há registro.

Empenho
Como segundo estágio da despesa orçamentária, empenho é o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição.

A escrituração contábil do empenho é feita mensalmente e com base nos registros


efetuados no chamado LIVRO DE DESPESA, distinguindo-se os empenhos
ordinários ou comuns e globais dos empenhos emitidos por estimativa, pois
possuem controles específicos. Ao final de cada mês, providencia-se a somatória
dos empenhos registrados que será objeto de escrituração contábil.

Pela emissão de empenho – 2º estágio

No Sistema Orçamentário

Empenho ordinários ou globais


Conta Nome da Conta Valor
440.01 Despesas Correntes 27.000,00
440.02 Despesas de Capital 18.000,00
421.01.01 a Despesas Correntes 27.000,00
421.01.02 a Despesas de Capital 18.000,00
Despesa empenhada no mês, conforme registro no Livro de Despesa

Empenho por estimativa


Conta Nome da Conta Valor
430.01 Despesas Correntes 10.000,00
421.01.01 a Despesas Correntes 10.000,00
Despesa empenhada por estimativa, no mês conforme registro no Livro de
Despesa

Nos Sistemas Financeiro, Patrimonial e de Compensação não há registro.

Pela obrigação
No Sistema de Compensação
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Conta Nome da Conta Valor


305 Contrapartida de Responsabilidade do Governo 5.000,00
315.01 a Obrigações Contratuais 5.000,00
Registro da responsabilidade do governo, relativo as obrigações contratuais
assumidas durante o mês.

Anulação De Empenho
A escrituração contábil da anulação de empenho é feita mensalmente, tomando-se
por base os registros efetuados no Livro de Despesa, que é inscrito no caso pela
emissão de Nota de Anulação de Empenhos. Esta anulação de empenho pode
ocorrer por vários motivos.

Pela Anulação de empenhos


No Sistema Orçamentário

De empenhos ordinários ou globais


Conta Nome da Conta Valor
421.01.01 Despesas Correntes 2.000,00
440.01 a Despesas Correntes 2.000,00
Pela anulação de empenhos ocorridas no mês, conforme registro no Livro da
Despesa.

De empenhos por estimativa


No Sistema Orçamentário
Conta Nome da Conta Valor
421.01.01 Despesas Correntes 1.000,00
430.01 a Despesas Correntes 1.000,00
Pela anulação de empenhos por estimativa, ocorridas no mês, conforme registro
no Livro de Despesa.

Nos Sistemas Financeiro, Patrimonial e de Compensação não há registro.

Liquidação
A escrituração contábil da liquidação da despesa – 3º estágio é feita
mensalmente, e tem como base os registros efetuados no Livro da Despesa e
distingue-se no caso dos empenhos ordinários ou globais, dos empenhos por
estimativa, em virtude dos controles específicos já mencionados. Ao final de cada
mês, providencia-se a somatória dos registros das liquidações feitas, para efeito
de escrituração contábil.

Pela Liquidação da Despesa


No Sistema Orçamentário
Liquidação de empenhos ordinários ou globais

Conta Nome da Conta Valor


451.01 Despesas Correntes 23.000,00
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450.02 Despesas de Capital 18.000,00


440.01 a Despesas Correntes 23.000,00
440.02 a Despesas de Capital 18.000,00
Despesa realizada durante o mês, conforme Livro da Despesa

Liquidação de empenhos por estimativa

Conta Nome da Conta Valor


450.01 Despesas Correntes 8.000,00
430.01 a Despesas Correntes 8.000,00
Despesa realizada e subempenhada durante o mês conforme Livro da Despesa

No Sistema Financeiro
Conta Nome da Conta Valor
123.01 Legislativa 1.000,00
123.02 Judiciária 1.000,00
123.04 Agricultura 5.000,00
123.08 Educação e Cultura 15.000,00
123.13 Saúde e Saneamento 15.000,00
123.14 Trabalho 2.000,00
123.16 Transporte 10.000,00

118.01 a Despesas Correntes 31.000,00


118.02 a Despesas de Capital 18.000,00
Despesa Orçamentária, realizada durante o mês, conforme Livro da Despesa, a
pagar.

Nos Sistemas Patrimonial e de Compensação não há registro.

Pagamento
A escrituração contábil do pagamento da despesa é feita mensalmente e tem
como base os registros efetuados no Livro da Despesa. Embora possa ocorrer
pagamentos, diariamente, estes fazem parte dos boletins de caixa que são
contabilizados mensalmente consoante a discriminação do Livro de Despesa.

Pelo pagamento da despesa


No Sistema Financeiro
a) Quando efetuado por caixa

Conta Nome da Conta Valor


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118.01 Despesas Correntes 2.000,00


118.02 Despesas de Capital 1.000,00
100.01 a Caixa Geral 3.000,00
Pelo pagamento da despesa orçamentária, conforme boletins diários da
Tesouraria e registros no Livro da Despesa, efetuados no mês.

Quando efetuado por Limite de Saque Bancário


Pela liberação do limite de Saque
1.- No órgão central

Conta Nome da Conta Valor


132 Conta Interferencial 50.000,00
100.01 a Unid. Executoras c/Limite de Saques 50.000,00
Pela emissão da ALS – Aviso de Liberação de Saques nº 001

2.- No Órgão Setoria


Conta Nome da Conta Valor
131.01 Bancos c/Limite de Saques a confirmar 50.000,00
132 Conta Interferencial 50.000,00
Pela recebimento da ALS – Aviso de Liberação de Saques nº 001

Pelo pagamento

Conta Nome da Conta Valor


118.01 Despesas Correntes 28.000,00
118.02 Despesas de Capital 15.000,00
131.01 a Bcos C/ Limite de Saques a Confirmar 43.000,00
Pelo pagamento da despesa orçamentária, conforme boletins diários da
Tesouraria e registros no Livro da Despesa, efetuados no mês.

No Sistema de Compensação

Conta Nome da Conta Valor


315.01 Obrigações Contratuais 2.000,00
305 a Contrapartida de Responsabilidade do
Governo 2.000,00
Pela Baixa da responsabilidade do Governo, relativa ás obrigações contratuais
pagas durante o mês

Nos Sistemas Patrimonial e Orçamentário não há registro.

LICITAÇÃO LEI 8666/93


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As despesas com obras, serviços, inclusive de publicidade e compras da


administração pública, quando contratadas com terceiros serão, necessariamente
precedida de licitação.

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade e da
igualdade.

No julgamento das propostas serão levadas em conta, conforme o caso, sempre


no interesse do serviço público, as condições de:

qualidade;
rendimento;
preço;
pagamento;
prazos e
outras previstas no edital ou no convite.

Portanto, para realização de despesas, no exame de preço de uma licitação, serão


consideradas todas as circunstâncias de que resulte vantagem para a
Administração Pública.

Para efeito de licitação de obras, serviços e compras considera-se:

Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou realização por


execução direta ou indireta.

Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesses


para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem,
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação
de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.

Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez


ou parceladamente.

Modalidade de Licitação

São modalidades de licitação


Concorrências
Tomada de preços
Convite
Concurso
Leilão

Concorrência
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É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de


habilitação comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução de seu objeto.
A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de
seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, como nas concessões
de direito real de uso e nas licitações internacionais.

Tomada de Preços
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior a data de recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.

Convite
É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três, pela
unidade administrativa a qual fixará em local apropriado, cópia do instrumento
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da
apresentação das propostas.

Concurso
É modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores conforme edital.

Leilão
É a modalidade de licitação para a venda a quem oferecer o maior lance, nos
casos:
- Venda de bens móveis inservíveis ou produtos legalmente apreendidos ou
penhorados;
- Alienação de bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento.

As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada,


salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado, porém não
impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.

Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências e das tomadas de


preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição
interessada deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:

- No Diário Oficial, quando não houver, publicação em local de grande circulação


de interessados.
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- Em jornal diário de grande circulação no município ou região onde ocorrerá a


licitação.

O aviso publicada conterá a indicação do local em que os interessados poderão


ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. O
prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

Quarenta e cinco (45) dias para:


concurso
Concorrências, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de
empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e
preço.

Trinta dias (30) para


Concorrência não especificada no item b anterior
Tomada de preços quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e
preço.

Quinze (15) dias para tomada de preços, nos casos não especificados na letra b
anterior, ou leilão

Cinco (5) dias para o convite.

Os prazos estabelecidos serão contados a partir da última publicação do edital


resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital
ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.

LIMITES DE VALORES PARA LICITAÇÕES


Artigo 23 – Lei 9648/98 -27/05/1998

Modalidade: Obras Serviços de engenharia

a) Convite até R$ 150.000,00

b) Tomada de Preços até R$ 1.500.000,00

c) Concorrência acima R$ 1.500.000,00

Modalidade: Compras e outros Serviços

a) Convite até R$ 80.000,00

b) Tomada de Preços até R$ 650.000,00

c) Concorrência acima R$ 650.000,00


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Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de


preços e, em qualquer caso a concorrência.

Das Dispensas e Inexigibilidades de Licitação

para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00;


para outros serviços e compras até R$ 8.000,00;
nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
nos casos de emergência ou calamidade pública;
outros casos fortuitos previstos na legislação.

Habilitação nas Licitações


Para a habilitação nas licitações será exigida dos interessados, exclusivamente,
documentação relativa a:

Habilitação Jurídica
- Documentos pessoais dos sócios e ou responsáveis.
- Documentação jurídica de constituição e continuidade da empresa

Qualificação Técnica
- Documentação junto aos órgãos técnicos profissionais.
- Comprovação de aptidão para o desempenho da atividade pertinente;
- Prova de atendimento de requisitos previstos em lei, quando for o caso.

Qualificação Econômico-financeira
- Balanço Patrimonial e demais demonstrações contábeis do último
exercício social
- Índices Contábeis exigidos no edital.

Regularidade Fiscal
- Prova de inscrição e regularidade nos órgãos reguladores – Secretaria da
Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado e Secretaria de Finanças do
Município.
- Prova de regularidade à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por
Tempo de Serviços

Os documentos apresentados, com exceção dos de Regularidade Fiscal, poderão


ser apresentados em cópias autenticadas por cartórios ou por funcionário público
do órgão licitante.

Registros Cadastrais
Os órgãos e entidades que realizem constantemente licitações, manterão registros
cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no
máximo, um ano.
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O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar


permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele
responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de
jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e
para o ingresso de novos interessados.

Procedimento e Julgamento

O procedimento da licitação será iniciado com a abertura do processo


administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a
autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio
para a despesa, e ao qual serão juntados:
- edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
- comprovante das publicações do edital resumido, ou da entrega do convite;
- ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial,
ou do responsável pelo convite;
- original das propostas e dos documentos que as instruírem;
- atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
- recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas
manifestações e decisões;
- despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso,
fundamentado circusntacialmente;
- termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
outros comprovantes de publicação;
demais documentos relativos à licitação.

Edital
O edital conterá o número de ordem em série anual, o nome da repartição
interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo de
licitação, a menção de que será regida pela Lei de Licitações, o local, data e hora
do recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura
dos envelopes e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

- objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;


- local para obtenção do edital com todas as informações, tais como projeto
básico, condições específicas e técnicas, e outras informações.
- condições de pagamentos e critérios de reajustes.
- outras formalidades previstas em Lei.

Julgamento
A licitação será julgada e processada com observância dos seguintes
procedimentos:
- abertura dos envelopes contendo a documentação relativa a habilitação dos
concorrentes e sua apreciação;
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- abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados,


desde que transcorrido o prazo sem interposição de recursos, ou tenha havido
desistências expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
- análise das propostas e julgamento, desclassificando as propostas desconformes
ou incompatíveis;
- julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação
constantes do edital;
- deliberação da autoridade competente quanto a homologação e adjudicação do
objeto da licitação.

Garantia Contratual
A critério da autoridade competente e desde que prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras:
1.- caução em dinheiro ou títulos da dívida pública
2.- seguro-garantia
3.- fiança bancária

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Lei Complementar nº 101 de 04/05/2000


Estabelece Normas de Finanças Públicas voltadas para a responsabilidade na
Gestão Fiscal da União, dos Estados e dos Municípios e dos três poderes
públicos.

O objetivo da Lei é alcançar o equilíbrio das contas públicas mediante o


cumprimento de metas de resultado entre Receitas e Despesas, e obediência a
limite e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas,
dívidas consolidadas e mobiliária, operações de crédito, concessão de garantia e
inscrição em restos a pagar.

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe:


- Ação planejada e transparente, prevenindo riscos e corrigindo desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.

O equilíbrio das contas públicas exige:


- O cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas.
- obediência a limites e condições no que tange a:
- renúncia de receitas
- geração a despesas
- dívidas consolidadas e mobiliárias
- operações de receitas (antecipação de receitas)
- concessão de garantia
- inscrição em restos a pagar
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Os documentos a serem analisados dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal,


são:
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei das Diretrizes Orçamentária
LOA – Lei do Orçamento Anual

Prazos
PPA – Plano Plurianual

O PPA é um instrumento de planejamento público previsto na Constituição Federal


que tem como finalidade estabelecer as diretrizes, os objetivos e metas para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
de duração continuada.

Mandato do Poder Executivo 4 anos


Envio do projeto do PPA 1º ano do mandato do Executivo – até 31/08
Devolução para sanção 15 de dezembro
Vigência do PPA 2º ao 4º ano e 1º ano do novo mandato
Poder Executivo: Presidência, Governador e Prefeito

O PPA deve conter os indicadores e metas a serem alcançados.

Exemplo: PPA Prefeitura Municipal de São Paulo – 2002 – 2005

Programa Educação de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos.


Objetivo: atendimento a demanda de 7 a 14 anos, através da construção e
reforma de escolas municipais de ensino fundamental, garantindo a formação
permanente de seus profissionais, sua manutenção, seus equipamentos, inclusive
na área de informativa, materiais permanentes e de consumo, assim como
projetos pertinentes à ação educativa, a qualidade e a gestão.

2002 2003 2004 2005 Total


Recursos 36,1 40,0 59,0 59,4 194,5

Ação: Construção, reforma e ampliação de Escolas de Ensino Fundamental


Meta: Expansão de 36 mil vagas no ensino fundamental
Indicador: Aluno atendido.

LDO – Lei das Diretrizes Orçamentária


É uma Lei, instituída pela Constituição Federal de 1988, de periodicidade anual,
que disciplina a elaboração da lei orçamentária para o exercício financeiro
subseqüente.

Envio LDO 15/04 – oito meses e meio antes do encerramento do


exercício financeiro
Devolução p/ 30/06 – primeiro período da sessão legislativa.
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sanção

A Lei de Responsabilidade Fiscal criou dois anexos que devem ser elaborados
com a LDO:

Anexo de Metas Fiscais


Anexo de Riscos Fiscais

Anexo de Metas Fiscais


O Objetivo do Anexo de Metas Fiscais é estabelecer as metas anuais, em
valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultado nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referir a proposa,
bem como para os dois subseqüentes.

Anexo de Riscos Fiscais


A LDO conterá o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.

LOA – Lei do Orçamento Anual


Elaborado pelo Executivo que consolida todas as informações de todos os
órgãos e dos três poderes.
Encaminha para Legislativo para analise e aprovação.

Envio do projeto do LOA 31/08 – 4 meses antes do encerramento do exercício


financeiro
Devolução para sanção 15/12 – encerramento do exercício financeiro

A LOA deve ser elaborado em conformidade com o PPA, LDO e a LRF.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A execução orçamentária inicia-se no primeiro dia de janeiro e termina em
31 de dezembro, coincidindo com o ano civil. Consiste na arrecadação de receitas
de impostos, taxas, contribuições, transferências aplicação desses recursos nos
projetos e atividades aprovados na LOA.

Despesas com Pessoal


Artigo 18 LRF

Despesa com Pessoal é composto dos seguintes itens:


pessoal ativo
pessoal inativo
pensionistas
subsídios
salário-família
contribuição ao PASEP
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encargos sociais
obrigações patronais
mão-de-obra terceirizadas

Não são despesas com pessoal:


vale e auxílio-refeição
vale e auxílio-transporte
indenização por demissão de servidores e empregados
valores pagos, tais como férias indenizadas, multa do FGTS, despesas com
diárias, ajuda de custo, licença premio indenizada;
incentivos a demissão voluntária;
pagamentos decorrentes de decisão judicial e da competência de períodos
anterior ao da apuração;
auxílio-funeral – outras transferências a pessoas;
inativos: valores pagos com recursos provenientes da arrecadação de
contribuições de segurados ou outros fundos vinculado;
compensação financeira, em que diversos regimes de previdência social se
compensarão financeiramente.

Limite das Despesas com Pessoal – artigo 20 LRF


Conforme a legislação, os seguintes limites deverão ser observados para a
Despesas com Pessoal

Poder Executivo 54%


Poder Legislativo 6%
Exemplo.

Pessoal Ativo 1.876.452,53


Pessoal Inativo e Pensionistas 874.411,40
(-) Precatórios referentes ao período anterior a apuração (17.567,13)
(-) Indenização por demissão (89,87)
(-) Incentivo a demissão voluntária (108.517,00)
(-) Despesas de exercícios anteriores (35.728,00)
Outras Despesas de Pessoal – Mão de obra terceirizada 255,87
DESPESA LÍQUIDA DE PESSOAL-DLP 2.589.217,80
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL 4.915.613,42
% Gasto com Pessoal 52,67%
Limite Prudencial – 95% do limite legal 2.521.709,68
Limite Legal – 54% 2.654.431,25

Caso haja excesso nas Despesas com Pessoal, as seguintes medidas devem
adotadas:
- medidas que reduzam o gasto, eliminação de horas extras, paralisação dos
aumentos, reajustes ou reenquadramentos e readequações, alterações de
estruturas, eliminação de concessão de vantagens.
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- eliminação de criação de cargos, empregos ou novas funções que aumentem as


despesas;
- eliminação do excedente nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos
um terço no primeiro quadrimestre;
- redução de pelos menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções
de confiança;
- exoneração dos servidores não estáveis;
- exoneração dos servidores estáveis

Exemplo de Receita Corrente Líquida – RCL

Discriminação Valores Valores


01.- Receita Corrente 1.272.500,00
Tributária 510.000,00
Contribuições 6.500,00
Patrimonial 56.000,00
Agropecuária 5.000,00
Industrial 10.000,00
Serviços 15.000,00
Transferências 470.000,00
Outras Rec.Correntes 200.000,00

02.- Deduções
(-) Contribuições Fundo Previdência (240.000,00)
(-) Compensação Financeira ( art 21 (18.000,00)
CF)
(-) Perdas p/ Fundef ( Saldo Negativo) (7.000,00)

Receita Corrente Líquida 1.007.500,00

DESPESAS COM SAÚDE PÚBLICA

Deverão ser aplicados 15% da Receita


A Receita é composta por:
Receita de Impostos
Transferência da União
Transferência do Estado
Outras Receitas Correntes

Despesas consideradas:
Pessoal e Encargos Sociais dos empregados na Saúde
Outras despesas correntes
Construção de Hospitais
Aquisição de Equipamentos hospitalares
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Não devem ser consideradas como gastos com a Saúde:


Pagamento com Aposentadoria e Pensões dos empregados que atuaram
na Saúde
Saneamento básico – taxas/tarifas e fundo de combate e erradicação da
pobreza
Limpeza urbana e lixo
Merenda Escolar

Exemplo de Despesa com Saúde

Discriminação Valores Valores


Receitas – Impostos
IPTU 170.000,00
ISS 90.000,00
ITBI 60.000,00
IRRF 30.000,00 350.000,00

Transferência da União
Quota parte FPM 130.000,00
Quota parte ITR 50.000,00
Lei Kandir 40.000,00 220.000,00

Transferência do Estado
Quota parte ICMS 130.000,00
Quota parte IPI Exp 10.000,00
Quota parte IPVA 110.000,00 250.000,00

Outras Receitas Correntes


Multas e Juros – Impostos 70.000,00
Divida Ativa Tributária 90.000,00 160.000,00

TOTAL RECEITA 980.000,00

DESPESAS
Pessoal e Encargos 68.000,00
Outras Despesas Correntes 26.000,00
Construção de Hospital 25.000,00
Aquisição Equipamentos Hospitalares 7.000,00 126.000,00

TOTAL DESPESA SAÚDE 126.000,00


% da Receita 12,86%

DESPESAS COM ENSINO PÚBLICO

Limite Mínimo de aplicação


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União – 18%
Estados e Municípios 25%

Além dos percentuais acima, os seguintes programas deverão ser aplicados


integralmente no ensino público:

FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental –


60% para Profissionais Magistério
PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Exemplo de Despesa com Ensino Público.

Discriminação Valores Valores


Receitas – Impostos
IPTU 170.000,00
ISS 90.000,00
ITBI 60.000,00
IRRF 30.000,00 350.000,00

Transferência da União
Quota parte FPM 130.000,00
Quota parte ITR 50.000,00
Lei Kandir 40.000,00 220.000,00

Transferência do Estado
Quota parte ICMS 130.000,00
Quota parte IPI Exp 10.000,00
Quota parte IPVA 110.000,00 250.000,00

Outras Receitas Correntes


Multas e Juros – Impostos 70.000,00
Divida Ativa Tributária 90.000,00 160.000,00

TOTAL RECEITA 980.000,00

DESPESAS
Pessoal e Encargos 184.000,00
Outras Despesas Correntes 40.000,00
Construção de Escolas 25.000,00
Aquisição Equipamentos Informática 6.000,00 255.000,00

TOTAL DESPESA ENSINO 255.000,00


% da Receita 26,02%

DESPESAS COM SEGURIDADE SOCIAL


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O sistema previdenciário no Brasil é composto de três subsistemas:


a.- Regime Geral de Previdência Social – RGPS
b.- Regimes Próprios de Previdência de Servidores Públicos e dos Militares
c.- Regime de Previdência Complementar

Na Lei de Responsabilidade Fiscal o poder público deve equacionar o equilíbrio da


previdência, pois o desequilíbrio pode comprometer as receitas, isto para os
municípios que mantém regime próprio de previdência.

Regime Próprio de Previdência


- somente servidor titular, cargo efetivo, concursado
- estatuário – não ser CLT
Todos os demais servidores estarão sujeito ao RGPS
- A contribuição do município não poderá ser superior ao dobro do total de
contribuição dos segurados.
- Nem a despesa líquida com pessoal inativo e pensionista poderá concomitante
ultrapassar a 12% da Receita Corrente Líquida

Penalidades
- suspensão das transferências de recursos da União, exceto Saúde e Educação.
- impedimento de celebração de contratos, convênios, acordos ou outros com a
União.

Teto Salarial
Federal – Ministro do Supremo Tribunal Federal
Estado – Governador
Municípios – Prefeitos
Legislativo Estadual – Deputado Estadual
Judiciário Estadual – 90,25% Ministro do STF.

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS E DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA O


SETOR PRIVADO

Há três formas de transferências:

1.- Transferências Constitucionais


As transferências constitucionais correspondem a parcela de recursos
arrecadados pelo Governo Federal e repassados aos Municípios por força de
exigências contidas na Constituição Federal: Fundo de Participação dos
Municípios - FPM e o Imposto Territorial Rural – ITR

2.- Transferências Legais


Transferências Legais são aquelas regulamentadas através de leis específicas.
Essas leis especificam a forma de habilitação, transferência, aplicação de
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recursos, bem como a prestação de contas. Existem duas formas de


transferências legais:
a.- Transferências automáticas
São aquelas que consistem no repasse de recursos financeiros sem que seja
utilizado convênio, acordo, ajuste ou contrato. Depositado direto em conta corrente
do beneficiário. Normalmente programas da área da educação.

b.- Transferências Fundo a Fundo


São transferências efetuadas pelo repasse de fundos da esfera federal para
fundos estaduais ou municipais, sem exigência de convênio. Essas transferências
são utilizadas na área da saúde.

3.- Transferências Voluntárias


Transferência voluntária é o repasse de recursos entre níveis de governos sem
que haja imposição legal ou constitucional, a título de cooperação, auxilio ou
assistência financeira, são efetivados através de convênio ou contrato de repasse,
não prevalecendo para saúde, educação e assistência sociais.

Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado

O Poder Público pode conceder recursos ao setor privado – PF ou PJ em forma


de empréstimos, financiamentos ou refinanciamentos, inclusive as respectivas
prorrogações e a composição de dividas, a concessão de subvenções e a
participação em constituição ou aumento de capital.
A destinação desses recursos deve estar respaldado por lei específica, atender a
LDO, estar prevista na LOA.
A entidade privada deve ser considerada de Utilidade Pública e devidamente
registrada no CNAS Conselho Nacional de Assistência Social.

Prestação de Contas
Deverá ser apresentada toda documentação da execução dos recursos e da
realização das despesas, tendo como prazo a data final da vigência.

DIVIDA E ENDIVIDAMENTO PÚBLICO


Dívida Pública Consolidada
Obrigações financeiras, inclusive as decorrentes de emissão de títulos, assumidas
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito para amortização em prazo superior a 12 meses.

Dívida Pública Mobiliária


Dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, Distrito Federal e
pelos Municípios.

Operações de Crédito
São os compromissos assumidos com credores situados no país ou no exterior,
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
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financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a


termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com uso de derivativos financeiros.

Limites da Dívida Pública

Estados e Distrito Federal – duas (2) vezes a Receita Corrente Líquida


Municípios - um inteiro e dois décimos (1,2) vezes a Receita
Corrente Líquida.

Exemplo
Determinado Município apresenta a seguinte situação
Divida Pública Consolidada 16.700.000,00
Disponibilidade Financeira 2.000.000,00
Receita Corrente Líquida 7.000.000,00

Divida Consolidada 16.700.000,00


(-) Disponibilidade Financeira (2.000.000,00)
Divida Consolidada Líquida 14.700.000,00
Limite de Endividamento 1,2 X RCL 8.400.000,00
Excesso de Endividamento 6.300.000,00

RESTOS A PAGAR
É permitido a prefeitura apresentar déficit financeiro moderado nos três primeiros
anos de mandato, no último ano de mandato deverá ser eliminado este déficit.

Não poderá deixar dívida – restos a pagar sem disponibilidade para o próximo
mandatário. È vedado ao titular, nos dois quadrimestre do seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.

As despesas continuadas, por exemplo: coleta de lixo terceirizadas poderão ser


contratadas ou prorrogadas nesse período, pois a contratação ocorre dentro do
Princípio da Competência. Devendo ser emitido o empenho no início da vigência
do contrato em valor suficiente para atender as despesas do exercício.

TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL

Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas


e o respectivo parecer prévio; O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e
o Relatório de Gestão Fiscal e as versões simplificadas desses documentos, são
os instrumentos de transparências da gestão fiscal, aos quais será dada
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público.
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