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Manual CONPA$
$U
para
Central de
Inseminação
Artificial
Não podemos deixar de citar, como vantagem, o controle sanitário, que se faz
quando se usa inseminação artificial, pois com a interrupção do uso direto do macho,
reduz-se a transmissão de doenças que através do coito natural contamina tanto o
macho quanto a fêmea, transmitindo-se desta forma para outros animais do plantel.
Sem dúvida, temos que considerar os custos, como benefício também, pois como
veremos detalhadamente abaixo, a cobertura por inseminação artificial fica menos da
metade do preço de uma monta natural.
E 1% melhoria na carcaça:
1. EM SISTEMAS DE TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇA + 1,5% NO PREÇO BASE
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Laboratório:
Para o preparo do sêmen, temos que ter um laboratório preparado, possuindo
estufas para esterilização, microscópio com contraste de fase, destilador de água,
vidraria, segue abaixo uma relação do material p/ uso no laboratório:
Destilador 2 l/hora, Estufa de secagem para vidraria, Banho Maria Digital, Esterilizador
de Pipetas, para pipetas de Melrose,Geladeira para conservação do sêmen, Microscópio,
Barriletes para armazenamento da água,Bastões de Vidro, Câmara de Bürker ou
Neubauer, Erliermeyers, Provetas Graduadas, Lâminas e Lamínulas, Placa Térmica,
Pipetas, Termômetros de Leitura rápida e de mínima e máxima, Copo Térmico p/ Coleta
e Beckers.
Freqüência de coletas:
O macho suíno pode trabalhar como doador de sêmen a partir de 200 dias de
idade, porém até completar um ano de idade, deve ser coletado somente uma vez por
semana a após um ano de idade e mantendo boa qualidade espermática, pode ser
coletado 3 vezes a cada 14 dias, com intervalos de 5-4-5 dias.
Mesmo que não tenha necessidade de sêmen, o macho deve ser esgotado toda
semana, pois o sêmen tende a diminuir sua qualidade e capacidade fecundante quando
mantido no epidídimo por longo tempo.
Qualquer alteração da condição física do macho, como Febre, Inapetência, Falta
de Apetite, Manqueira pode afetar a qualidade do sêmen, e desta forma, estes sinais
devem ser observados atentamente, para evitar o uso de sêmen comprometido. Sempre
que possível, ou até mesmo como ideal, é que se faça a contagem em Câmara de Bürker
ou Neubauer, pois assim pode se avaliar as patologias das células espermáticas em toda
coleta, interferindo através de tratamentos ou cuidados especiais com o macho e seu
sêmen, sempre que notar qualquer problema.
Devemos lembrar ainda que pode ser encontrada patologia espermática até 60
dias após o aparecimento de sinais clínicos no animal, pois este é o tempo para se
formar um espermatozóide.
Qualidade do Sêmen
Procurar avaliar sempre os defeitos dos espermatozóides e somente usar sêmen com o
seguinte padrão:
Parâmetros Valores
Motilidade >=70 %
Tipo de Movimento >= 4
Caudas em Laço <= 30 %
Gota Citoplasmática Proximal <= 20 %
Gota Citoplasmática Distal <= 30 %
Defeitos Totais (soma dos defeitos acima) <= 30 %
Nos dias subseqüentes à coleta, antes de usar o sêmen avaliar sua motilidade e somente
usar se:
dias 1 2 3
Motilidade/Tipo Mov 70/4 60/3 50/3
CUIDADOS NO LABORATÓRIO
Usar roupa própria do laboratório, ou roupa limpa para manipular o sêmen, nunca
entrar ou deixar entrar pessoas no laboratório com roupas de dentro da granja ou botas
sujas, usar sandálias específicas para o laboratório.
9- Não esquecer que, antes de pegar as pipetas para inseminar deve-se lavar as
mãos com água e sabão secando posteriormente com papel toalha descartável.
10-Lubrificar a pipeta externamente com gel lubrificante, ou com o próprio sêmen.
11-Introduzir a pipeta girando-a no sentido anti-horário (p/esquerda).
12-Evitar contato da pipeta com a parte externa da fêmea, ou paredes, muros ou
corpo do tratador, para não haver contaminação.
13-Acoplar a bisnaga com o conteúdo seminal diretamente na pipeta.
14-Aplicar a dose seminal lentamente durante 5 a 7 minutos, deixando que a fêmea
sugue o sêmen, não pressionar para adiantar a infusão.
15- Mesmo que a fêmea sugue o sêmen rapidamente, manter a pipeta introduzida
até completar 5 minutos, no mínimo.
16-Em seguida retirar a pipeta girando-a no sentido horário.
Resultados
DIAGNÓSTICO DE CIO
O macho usado para o diagnóstico de cio deve receber treinamento para este fim,
deve ser um animal dócil, de boa conduta, apresentar odor próprio, intensa salivação,
pois na saliva se encontra a maior concentração de FERORMÔNIO, e estes ferormônios
atuam diretamente no ciclo estral da porca, este macho deve ainda obedecer aos
comandos do tratador, urinar freqüentemente, e não ter o hábito de montar sobre as
porcas durante a realização do diagnóstico de cio.
O diagnóstico de cio deve ser realizado, no mínimo, duas vezes ao dia, nos
horários mais frescos, e se inicia com as fêmeas desmamadas, que devem ser testadas
para a tolerância à palpação feita pelo Homem, o chamado Reflexo de Tolerância ao
Homem (RTH), após inicia-se a passagem do macho diante das fêmeas vagarosamente,
dando tempo para que a fêmea reconheça a presença do cachaço, e através do famoso
eixo hipotálamo-hipófise-ovário (eixo reprodutivo), comece as reações fisiológicas que
levam a produção de hormônios responsáveis pelos sinais externos do cio. Durante a
passagem do macho, o tratador deve observar as reações das fêmeas, assinalando as
que apresentarem interesse ao macho.
O ciclo estral da fêmea suína é dividido em três fases distintas, conforme veremos
a seguir, caracterizando uma a uma:
1- Pró-estro: O pró-estro é a fase que antecede o cio, tem uma duração de 2 a 4 dias, e
se caracteriza pela inquietude da fêmea, falta ou diminuição de apetite, edema e
hiperemia da vulva e uma abundante secreção vulvar aquosa (corrimento líquido).
3- Pós-estro: É o período logo após o cio, onde a fêmea não se deixa montar e seu
comportamento volta ao normal.
Para fêmeas desmamadas (cio normal) devemos fazer o RTH antes do macho, e aquelas
positivas ao RTH devem ser inseminadas imediatamente, após o RTH fazemos o RTM
(com o macho), assinalando as positivas para serem testadas pelo homem 12 horas
após, se positivas para o RTH devem ser inseminadas, caso contrário aguardar mais 12
horas e inseminar na 24ª hora do início de tolerância ao macho.
CONCLUSÃO: