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ANÁLISE DO ARTIGO

«Empobrecimento relativo do país é inevitável»

Nota: as notas apresentadas foram recolhidas em aula prática de


Finanças Públicas, leccionadas pela Exmo. Professor Doutor José Reis.
Procedeu-se à análise do artigo «Empobrecimento relativo do país é
inevitável», de João Cravinho, publicado em 19 de Outubro de 2010, no
Jornal de Negócios.

 O artigo apresentado debruça-se sobre as perspectivas futuras de


empobrecimento do país;
 Salienta-se que já não possuímos a faculdade de desvalorização
cambial, sendo que a política orçamental é o único instrumento
disponível para reverter a tendência de empobrecimento, para além
da realização de cortes na despesa directa;
 João Cravinho salienta a necessidade de o Estado prever no ano
económico seguinte que a receita fiscal obtida, dependente da
produtividade do país, seja superior às despesas previstas, para
garantir o equilíbrio orçamental. O aumento da produtividade
revela-se essencial para admitir maiores rendimentos e estes, por
sua vez, admitirem aumento do consumo (isto dependendo da
propensão para o consumo). Contudo, actualmente, vivemos num
estado de estagnação e de possível recessão;
 A despesa pública nacional está muito associada ao tipo de Função
Pública e de prestação de serviços públicos;
 Com a adesão à moeda única, prescindiu-se do controlo monetário
(política cambial, de valorização e desvalorização da moeda, e de
controlo da quantidade de moeda em circulação) e da faculdade de
fixação da taxa de juro (de desconto) a ser praticada nos Estados-
Membros (agora fixada pelo Banco Central Europeu), mais
precisamente nos bancos a operar na Zona EURO. Perderam-se,
portanto, importantes instrumentos de combate à crise.
o Com a desvalorização da moeda, apresentando uma balança
de pagamentos deficitária, obtém-se, artificialmente:
 Um equilíbrio da balança de pagamentos;
 O aumento da produtividade.

o Com a possibilidade de fixação da taxa de juro pelos Bancos


Centrais Nacionais, numa situação de consumo excessivo e
rendimentos disponíveis deficitários, pode-se promover uma
política de desincentivo aos empréstimos, através do
aumento da taxa de juro (passivo). Por outro lado, também
incita à aplicação de dinheiro em produtos financeiros a
prazo.

o Hoje, o único instrumento disponível é o aumento dos


impostos, nas sucessivas fases da técnica tributária, o que
constitui uma medida extremamente impopular, que conduz
à diminuição do rendimento disponível e do consumo
privado.

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