Tema: Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) INTRODUÇÃO
• O presente trabalho, se debruça sobre o sistema de
informação e tecnologia de informação e comunicação (SI/TIC), tomando como base de análise, do Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE). Com efeito, aborda vários conceitos e teorias relacionados com este tema, com a finalidade de apreciar a sua influência no processo de melhoria do funcionamento dos serviços Públicos. • A escolha deste tema (SISTAFE), tem em vista verificar o impacto do uso da informação e tecnologias de informação e comunicação sobretudo nas Instituições do Estado. OBJECTIVO GERAL
• Analisar o contributo gerado pela introdução e
utilização dos sistemas de informação e tecnologias de informação e comunicação nos serviços Públicos. • No âmbito do SISTAFE estabelece e harmoniza regras e procedimentos de programação e execução, gestão execução e controlo do erário publico, de modo a permitir o seu uso eficaz e eficiente, bem como produzir a informação de forma integrada e atempada, concernente a administração financeira dos órgãos e instituições do estado OBJECTIVOS ESPECIFICOS • Perceber a forma como as instituições do estado aplicam os sistemas de informação e de tecnologias de informação e comunicação. Verificar a diferença existente entre a situação antes da introdução e uso das tecnologias de informação e comunicação e apresente, com vista a avaliar os avanços conquistados para a satisfação, pelos serviços públicos das preocupações do cidadão em participar e da população em geral.
• No âmbito do SISTAFE vai estabelecer, implementar e manter o
sistema contabilístico de controlo da execução orçamental e patrimonial, adequado ás necessidades do registo, da organização da informado registo, da organização da informação e da avaliação do desempenho das acções desenvolvidas no domínio da actividade financeira dos órgãos e Instituições e do estado CONCEITOS BÁSICOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Sistema é um conjunto de elementos, ou de componentes que mantém
relações entre si. • Sistema de Informação é todo e qualquer sistema que tem dados ou informações como elemento de entrada visando gerar informações de saída, de modo a se obter tais informações para satisfazer determinadas necessidades, o que corresponde ao objectivo geral dos Sistemas de Informação (Galliers 1987 a). • Sistema de Tecnologias (TI) e um conjunto de equipamentos e suportes logicos (hardwere e softwere) que permitem executar tarefas como a aquisição, transmissão, armazenamento, recuperação e exposição de dados( Aiter 1992) • Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) – Compreende um conjunto de órgãos, subsistemas, normas e procedimentos Administrativos que tornam possível a obtenção de receita, a realização da despesa e a gestão do património do Estado, incluindo suas aplicações e correspondentes registos. Compreende também a obtenção e gestão das receitas que não determinem as alterações ao património do estado. (Manual básico sobre sistafe) SUBSISTEMAS DO SISTAFE
• Subsistema do Orçamento do Estado (SOE), que compreende todos os órgãos ou
instituições que intervêm nos processos de programação e controlo orçamental e financeiro, e abrange as respectivas normas e procedimentos; • Subsistema de Tesouro Público ( STP), que compreende todos os órgãos e instituições que intervêm nos processos de programação, captação de recursos e gestão de meios de pagamento, e abrange as respectivas normas e procedimentos; • Subsistema de Contabilidade Pública (SCP), que compreende todos os órgãos ou instituições que intervêm nos processos de execução orçamental, recolha, registo, acompanhamento e processamento de transacções, e abrange as respectivas normas e procedimentos; • Subsistema do Património do Estado (SPE), que compreende todos os órgãos ou instituições que intervêm nos processos de administração e gestão de bens patrimoniais do Estado, e abrange as respectivas normas e procedimentos; • Subsistema de Controlo Interno (SCI), que compreende todos os órgãos ou instituições que intervêm na inspecção e auditoria dos processos de arrecadação, cobrança e utilização dos recursos públicos, e abrange as respectivas normas e procedimentos. DESENVOLVIMENTO
• O SISTAFE aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado,
incluindo as instituições do Estado com autonomia administrativa e financeira, também aplica-se às autarquias e empresas do Estado. • No SISTAFE, foi desenvolvida uma base de dados para cada uma das gestões do Orçamento do Estado, e o acesso a esta base de dados só é realizado por meio de transacções pertencentes a um perfil de operação. • O decreto nº23/2004 de 20 de Agosto, aprovou o regulamento de sistema de regulamento do estado, que tem como objectivo estabelecer o sistema integrado, uniforme e harmonizado de normas e procedimentos para a aplicação do SISTAFE a todos os órgãos e instituições do estado, respeitando os limites de autonomia legalmente estabelecido. E nesta base, com vista a atender a criatividade e o sigilo das informações tratadas pelo e- SISTAFE, a rede de comunicação de dados que apoia o e- SISTAFE deve ser privada • Na Administração Pública em Moçambique, no âmbito da implantação do SISTAFE, nos Departamentos Financeiros de Instituições do Estado, ao nível Central e Provincial, o Ministério das Finanças tem desenvolvido acções de formação dos funcionários ligados a gestão financeira de modo a adoptá-los de conhecimentos básicos para desenvolver as suas actividades e garantir a execução da despesa por via directa. • Os funcionários públicos que operam o e-SISTAFE, devem ser qualificados em curso de formação específico para a gestão do SISTAFE. E é vedado o acesso à operação do e-SISTAFE os indivíduos que não sejam funcionários públicos ou de empresas públicos, e mesmos estes quando não estão devidamente autorizados com a atribuição de um perfil para a sua operação • E para conseguir atingir os objectivos preconizados, o Governo de Moçambique teve que adoptar um sistema de Gestão de Informação e Comunicação (e-SISTAFE), que por sua vez tem como Hardware o equipamento e o Software os programas instalados. • Sabido que para obter uma informação primeiro tem que se fazer uma colecta de dados que por sua vez esses dados são processados e depois é a comunicação para o conhecimento. • O SISTAFE, também é a gestão de informação e comunicação, pois para obter os resultados desejados deve-se fazer a colecção e processamento de dados para ter como produto à informação e por fim fazer a comunicação. • O e-SISTAFE é um sistema informático que suporta o SISTAFE, e que atende a todos os procedimentos previstos no mesmo sistema. Este sistema é desenvolvido, mantido e disponibilizado, considerando a crítica e o sigilo das informações nele tratadas; a função típica do Estado estabelecida nos procedimentos do SISTAFE; e as especificações para as empresas do Estado. • Mais ainda, um usuário do SISTAFE, deve ser um funcionário que tem a prerrogativa de operar o sistema informático com o objectivo de executar um ou mais procedimentos do SISTAFE, registado num único órgão ou instituição do Estado, sendo este uma Unidade de Supervisão, Intermédia ou Gestora Executora, e este funcionário registado deve ser vinculado a um perfil de operação, o qual agrupa diferentes transacções do e-SISTAFE destinadas a possibilitar a execução de tarefas específicas e correlacionadas; e também o usuário do e-SISTAFE é registado observando, além do perfil de operação, o nível de acesso – 1 a 5, o qual estabelece a abrangência do acesso á base de dados do sistema. • É com o perfil e o nível de acesso que os usuários do e- SISTAFE são diferenciados e que certo modo podemos dizer que o sistema quer ser operado por um funcionário que está dotado de um sigilo rigoroso, pois os três perfis são os que colectam os dados para serem processados para se obter a informação que será posterior comunicada. • Antes de aprofundar muito com os conteúdos que vão ser abordados, é necessariamente ter em conta que para se obter bons resultados é preciso planificar, tomar decisão, resolver problemas e avaliar os resultados. • A informação colectada e processada pode ser consumida/consultada e/ou gerida por pessoas que assim o desejam, dar suporte a instituição na monitorização das actividades, mas por um período não superior a cinco anos. • Na Gestão de Informação e Comunicação, a informação permite que cada funcionário conheça o funcionamento da sua instituição, ter troca de opiniões/ideias de interactividade e adesão à solidariedade. • • De acordo com o Ivo Melo (1999), “a identificação dos componentes do sistema e das suas inter-relações é que se denomina estrutura do sistema. Nela podemos observar mais de um nível de detalhes, se pelo menos um componente do sistema também puder ser compreendido como sistema (subsistema)”. • O Sistema de Administração Financeira do Estado, abordado neste trabalho é um sistema complexo que está nos ajudar a tratar os dados de uma forma adequada, minimizando a complexidade e demora por rotas muito demoradas para se resolver um problema simples. • Este sistema como também na gestão de documentos e arquivos que é toda a informação registada em suporte material, susceptível de ser utilizado como material de consulta, estudo, prova e pesquisa, comprova factos e fenómenos. • O Sistafe, assim como os outros sistemas de informação, que é o caso de (SIP, CAF, CUF, Netgov, Cadastro de terra entre outros), é para se obter informação mais ampla de visão sobre o que temos e o que devemos fazer para o nosso desenvolvimento. • Este sistema de informação e comunicação é muito bom uma vez que tornou mais flexível e fiável na prestação de serviços na Administração Pública. Embora o nosso País ainda acarrete dificuldades em termos das redes de comunicação, fornecimento de energia e instituições financeiras, pois nem todos os Distritos têm essas condições criadas para flexibilizar os movimentos e as comunicações no geral, duma forma geral são visíveis as vantagens conseguidas com a introdução e uso da informação e tecnologia da informação no nosso pais. • E no caso dos outros sistemas cada um tem os seus objectivos, finalidades e metas a atingir. Mas temos que ter em conta que quando um sistema atinge seus objectivos, sempre estará a oferecer uma satisfação plena das necessidades. Na formulação das necessidades temos que ter em conta a formulação em razão dos objectivos definidos. CONCLUSÃO • Os sistemas de Informação de um modo geral são muito bons tendo em conta que o fluxo de informação inicia-se sempre em uma etapa de colecta de dados, a qual é muito significativa, pois dela são obtidos os dados referentes a uma determinada expressão de factos. Pois esta actividade se não for bem realizada todo o sistema estará comprometido em termos de qualidade e de resultados esperados, pois também poderá estar a funcionar bem, mas produzindo informações não condizem com o desejado, como é o caso do SISTAFE. • Cada momento de processamento do sistema de informação deve gerar uma informação de saída. Não é só na colecta de dados que deve ter muitos cuidados especiais para que tudo ocorra sem distorcer a realidade dos factos. • Para que o sistema de informação SISTAFE não seja um sistema que em vez de resolver os problemas, mas sim criar dores de cabeça, o Ministério das Finanças – Departamento de Formação e em coordenação com a UTRAFE têm redobrado esforços no sentido de planear, programar, preparar e organizar acções de formação para todos os funcionários da Função Pública e instituições do Estado afectos nos Departamentos Financeiros, de modo a dotá-los de conhecimentos e cuidados a ter com o sistema de modo se evitar problemas no futuro de distorcer ou de fornecer resultados errados e não desejados. • Sendo o nosso País muito extenso gostaria que fossem criadas condições em todos os locais onde existem instituições do Estado, em termos de infra-estruturas, comunicações, energia eléctrica, instituições financeiras e outros elementos básicos para o bem servir este maravilhoso povo moçambicano que bem precisa dos nossos serviços. Enumero estas necessidades como sendo necessidades básicas para a instalação do sistema de informação e-SISTAFE. Bibliografia • CHOO, W. C. (2003), Gestão de Informação para a Organização Inteligente, Lisboa, Editorial Caminho. • MELO, I. S. (1999), Administração de Sistemas de Informação, São Paulo, Editora Guazzelli, Lda. • MEEGGIINSON, L. C.; MOSLEY, D. C. & PIERTRI Jr. P. H. (1986), Administração: Conceitos e Aplicações, São Paulo, Editora Harper & Row do Brasil, Lda. • Lei nº 9/2002, de 12 de Fevereiro de 2002, Cria o Sistema de Administração Financeira do Estado, Boletim da República nº 7, I Série, 2º Suplemento. • Decreto nº 23/2004, de 20 de Agosto de 2004, Aprova o Regulamento do Sistema de Administração Financeira do Estado, e revoga o Decreto nº 17/2004, de 27 de Junho, Boletim da República nº 33, I Série, 2º Suplemento.