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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Título: PINTURA INDUSTRIAL


Número: Revisão: Data de Emissão: Página:
IT-MM-010 00 28/04/2009 1 / 15
1 – OBJETIVO

Fornecer informações relativas aos trabalhos necessários e padrões exigidos para o tratamento
superficial e a pintura de instalações industriais, sejam em estruturas metálicas, tubulações, tanques,
peças de concreto, alvenarias e demais dispositivos que requeiram tratamento especial.

2 - APLICAÇÃO

Em toda área de atuação da ELEB, ressalvando-se procedimentos próprios do Cliente.

3 – AUTORIDADES E RESPONSABILIDADES

3.1 – As seguintes Autoridades e Responsabilidades são aplicáveis:

Tabela 1 – Matriz de Autoridades e Responsabilidades

FUNÇÃO AUTORIDADES / RESPONSABILIDADE


• Exigir que a pintura seja realizada com total
obediência a esta Instrução Técnica;
Supervisor e/ou encarregado de Manutenção
• Fornecer EPI’s específicos para os Pintores;
e/ou Montagem Mecânica ou Elétrica
• Verificar a qualidade da pintura executada e
determinar correções necessárias.
• Verificar se para todos os produtos químicos
utilizados no processo de pintura existem as
respectivas FISPQ’s, se os pintores tem
conhecimento do teor delas e praticam as
Técnico de Segurança ações preventivas indicadas e se os produtos
estão sendo adequadamente armazenados;
• Interromper a realização de pintura fora dos
padrões de segurança exigidos e tomar
outras ações requeridas.
• Utilizar corretamente os EPI’s fornecidos pela
ELEB e cuidar de sua conservação;
Pintor
• Cumprir fielmente esta IT e as regras de
segurança para trabalhos com pintura.
4 – REFERÊNCIAS

Emitido por: Aprovado por: Local de Utilização:

Bernardino Coelho da Silva Elcio José Miranda Caldeiraria


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• NBR 5987:1980 - Tintas - Preparo para utilização e técnicas de aplicação na pintura de


estruturas, instalações e equipamentos industriais – Procedimento;
• NBR 7346:1982 - Limpeza de superfícies de aço com ferramentas manuais – Procedimento;
• NBR 15156:2004 - Pintura industrial – Terminologia.

5 – DEFINIÇÕES

5.1 – São aplicáveis as definições da Norma NBR 15156:2004 - Pintura industrial – Terminologia e
aquelas que, porventura, forem de utilização privativa do Cliente, onde possível.

6 – DIRETRIZES

6.1 – Nenhum trabalho de pintura poderá ser feito sem que o Pintor tenha conhecimento e esteja de
posse da Análise Preliminar de Riscos e da (s) respectiva (s) FISPQ’S e utilizando os adequados
EPI’s (máscara, óculos, vestimentas especiais);

6.2 – Tintas, solventes e estopas impregnadas destes produtos, quando não estiverem em uso,
deverão estar acondicionados em recipientes metálicos fechados (container), os quais não devem
ser abertos até o momento de uso;

6.2.1 - Não é permitida a acumulação de recipientes vazios, trapos sujos de tintas ou solventes,
entulhos, etc, nos locais de trabalho;

6.3 – O armazenamento de tintas e solventes deverá ser feito em locais limpos, secos, bem
ventilados, protegidos de centelha e de chama, bem como de radiação solar direta ou calor excessivo
(tipo gaiola) e equipado com sistema de combate a incêndio;

6.3.1 – Lotes de tinta aprovados, rejeitadas e pendentes de inspeção devem ser mantidos em locais
separados um do outro e devidamente identificados;

6.4 - Durante o período de armazenamento deverá ser providenciada uma movimentação das tintas a
cada mês, mudando os recipientes de posição por meio de rolamento 180º para evitar excessiva
sedimentação e melhorar a condição de mistura quando da aplicação;

6.4.1 - Deve-se usar sempre as tintas com data de estocagem mais antigas visando-se manter o
estoque dentro do prazo de armazenamento recomendado pelo fabricante;

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6.5 - Máscaras de ar deverão ser utilizadas pelos pintores que estiverem dentro de ambientes
fechados, exceto quando solventes não tóxicos e não explosivos estiverem sendo utilizados.

7 – PROTEÇÃO DE PARTES QUE NÃO SERÃO PINTADAS

7.1 – Todos os materiais não ferrosos como bronze, alumínio, materiais à base de resina plástica,
etc, e superfícies em aço inoxidável não deverão ser pintadas, pelo que, todas estas partes deverão
ser previamente protegidas com fita adesiva;

7.2 - Números de série de equipamentos, placas de identificação, hastes de válvulas, partes de


peças de aço a serem embutidas em concreto ou quaisquer outras que não são normalmente
pintadas, deverão ser convenientemente protegidas com uma fita adesiva para que as extremidades
fiquem limpas e perfeitas;

7.3 – Eixos, superfícies usinadas ou correntes de acionamento, quando não protegidas por fita
adesiva poderão ser protegidos com uma camada de óleo lubrificante, graxa ou produto específico
para esta aplicação;

7.4 - Todo cuidado deverá ser observado para que outras partes de equipamentos e/ou instalações
não sejam atingidas por respingos, borrifos, etc, devendo ficar a cargo do Pintor providenciar a
instalação de lonas de proteção, telas ou outras precauções necessárias à proteção do equipamento
ou estruturas que não estão sendo pintadas, contra pingos, borrifos ou névoa;

7.5 - Frestas, cantos e depressões de difícil aplicação de pintura deverão ser hermeticamente
vedados por meio de solda (antes da aplicação do Primer) ou aplicação cuidadosa de massa epóxi
(depois da aplicação do Primer);

7.6 – As seguintes partes de peças metálicas não deverão ser pintadas, a menos que especificado
em contrário:

a) Superfícies que entrem em contato com o concreto ou a serem engastadas em concreto,


pavimentações ou fundações;
b) Superfícies de apoio previstas para o contato de metal com metal;
c) Partes a serem soldadas posteriormente;
d) Superfícies de contato de partes de estruturas a serem unidas por parafusos e porcas de alta
resistência em junções do tipo em que as reações aos esforços são obtidas através do atrito
entre as superfícies;
e) Chanfro a ser soldado não deve ser pintado a partir do centro da junta até cerca de 50 mm para
cada lado;

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f) Superfícies em contato direto ou usinada.

7.6.1 – Estas partes deverão ser protegidas com verniz anticorrosivo de fácil remoção.

8 - PREPARAÇÃO MANUAL E MECÂNICA DE SUPERFÍCIES PARA PINTURA

8.1 – RECOMENDAÇÕES GERAIS

8.1.1 - Qualquer superfície a ser pintada deverá ser completamente limpa de toda sujeira, pó, graxa,
óleo, ferrugem, ou qualquer outra substância prejudicial, antes da aplicação da tinta, devendo ser
utilizados produtos e sistemas de limpeza não prejudiciais à superfície ou ao sistema de pintura, com
as devidas precauções de segurança, quanto ao manuseio dos produtos ou equipamentos para
limpeza;

8.1.1.1 - As superfícies deverão estar secas a não ser quando a umidade for necessária a um tipo
particular de pintura;

8.1.1.2 - Qualquer superfície que sofra algum processo de contaminação no decorrer do trabalho
deverá ser limpa novamente, antes de se dar continuidade ao processo de pintura;

8.1.1.3 - Pinturas anteriores deverão ser completamente removidas, salvo se forem do mesmo
esquema de pintura que será executado e estejam em perfeitas condições de aderência;

8.1.2 - Deverão ser tomadas precauções especiais na limpeza dos cordões de solda, devido à
elevada porosidade, sendo que todos os resíduos e escória deverão ser cuidadosamente removidos,
com posterior limpeza cautelosa;

8.1.2.1 - A oxidação superficial formada durante o resfriamento da solda deverá ser removida por
esmerilhamento ou jateamento, sendo que as superfícies deverão apresentar-se secas conforme a
necessidade para aplicação da tinta de base (primer) ou demais demãos;

8.1.3 – No caso da utilização de solvente para remoção de sujeira da superfície a ser pintada, deve-
se levar em consideração o caráter tóxico e a inflamabilidade do mesmo, não sendo permitido o uso
de benzeno (benzol), tetracloreto de carbono e gasolina e o solvente deverá ser aplicado por meio de
estopas ou escovas, sendo que a aplicação final deverá ser feita com solvente e estopa, limpos;

8.1.3.1 - No caso de pequenas regiões contendo películas de óleos, graxas ou gorduras, pode-se
dispensar a limpeza com solventes, já que essas contaminações poderão ser retiradas com a escova
rotativa;

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8.1.4 - A superfície metálica, após a limpeza, deverá apresentar coloração cinza claro de aspecto
metálico uniforme e ligeira aspereza, para facilitar a aderência da "tinta de fundo" (Primer);

8.1.5 – Os metais não-ferrosos, por apresentarem geralmente, sua superfície muito lisa, necessitam
de cuidados especiais na sua preparação antes de receberem a aplicação do Primer de aderência;

8.1.5.1 – Normalmente, uma rigorosa limpeza com solventes desengraxantes é suficiente, mas
outros métodos podem ser exigidos, como o lixamento manual;

8.1.6 - A remoção de poeira das superfícies limpas deverá ser feita com escovas de fibra ou crina
devidamente limpas, ou então por meio de ar comprimido (principalmente nas regiões onde não se
pode atingir com escovas) isento de óleo e água;

8.2 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES FERROSAS

8.2.1 – A preparação manual pode ser feita por meio de escovas de fios metálicos de aço ou cerdas
não ferrosas (metálicas), raspadeiras ou martelos, sendo este processo usado em peças pequenas
onde outro não puder ser utilizado;

8.2.2 – A preparação mecânica não deve ser feita em superfícies que apresentem carepas de
laminação e grande quantidade de ferrugem, sendo executada por meio de lixadeiras, escovas
mecânicas, marteletes pneumáticos ou esmerilhadeiras, usadas com o devido cuidado, a fim de se
evitar danos às superfícies;

8.2.3 - Pontos críticos como cantos, arestas, fendas, parafusos, porcas, cordões de solda deverão
ser cuidadosamente limpos, sendo que os respingos de solda deverão ser retirados e as arestas
vivas e defeitos superficiais removidos com o uso de lixadeira.

8.3 - PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES NÃO FERROSAS

8.3.1 – Se uma limpeza rigorosa com solvente desengraxante não for suficiente, pode haver a
necessidade do uso de lixamento manual, ataque químico ou até limpeza mecânica em galvanizados
envelhecidos e oxidados.

8.4 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES EM CONCRETO E ALVENARIA

8.4.1 – PISOS E CONCRETOS LISOS NOVOS

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8.4.1.1 – Em pisos e concretos, a pintura só terá aderência se a superfície estiver áspera e o prazo
mínimo de cura para se aplicar qualquer tipo de revestimento é de pelo menos 25 dias;

8.4.1.1.1 – Para se conseguir uma superfície adequada para pintura deve se usar, de preferência,
jato abrasivo de areia ou por ataque ácido;

8.4.1.1.2 – Para tratamento por ataque ácido, a área deverá ser previamente umedecida com água
limpa, evitando-se a formação de poças;

8.4.1.1.3 – Deverá ser aplicada uma solução de ácido clorídrico a 10% diluído na proporção de 1
parte de ácido para 2 partes de água limpa, sendo que cada litro de solução deverá ser aplicado em
uma área aproximada de 1,8 m2;

8.4.1.1.3.1 – Pode também utilizar solução de ácido muriático (a 15%) aplicada sobre o concreto e
deixando-o agir até que a superfície apresente uma aparência rugosa e áspera;

8.4.1.4 – No máximo 10 minutos depois da aplicação da solução ácida, a superfície deverá ser
enxaguada vigorosamente com água limpa, tomando-se o cuidado para que a solução não seque
sobre a superfície;

8.4.1.5 – partes soltas e os resíduos deverão ser removidos por escovamento e a superfície deverá
estar perfeitamente seca e limpa antes de se iniciar a aplicação da pintura.

8.4.2 – PISOS E CONCRETOS ANTIGOS

8.4.2.1 – Caso a superfície apresente aspecto limpo deverá ser adotado o procedimento indicado
anteriormente;
8.4.2.2 – Estando a mesma muito contaminada, os resíduos deverão ser eliminados com jato de
água de alta pressão e oleosidades e graxas com o auxílio de solventes desengraxantes ou vapor e
detergente alcalino.

9 – PREPARAÇÃO POR JATEAMENTO DE SUPERFÍCIE FERROSAS PARA PINTURA

9.1 – A Limpeza por Jateamento Abrasivo Comercial ou Cinza remove as impurezas, ferrugem e
carepas de laminação, deixando o óxido cinza da laminação, base das carepas;

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9.2 – A Limpeza por Jateamento Abrasivo ao Metal Quase Branco remove toda carepa de laminação,
ferrugem, incrustações e demais impurezas de modo a restarem somente ligeiras manchas ou raias
em não mais de 5% da área jateada;

9.3 – A Limpeza por Jateamento Abrasivo ao Metal Branco remove todos os traços de impurezas,
ferrugem e carepas de laminação, produzindo acabamento uniforme de cor cinza claro ao metal puro;
9.4 - Se houver formação de ferrugem após o jateamento, a superfície deverá ser novamente jateada
antes da aplicação da "tinta de fundo" (Primer).

9.4 – PREPARAÇÃO DE SUPERFICIES EM MADEIRA

9.4.1 - A superfície de madeira deverá ser lixada, no sentido dos veios da madeira, com lixas nºs 1,
0 e 00, sucessivamente.

10 – PROCESSO DE PINTURA DE SUPERFICIES FERROSAS

10.1 – RECOMENDAÇÕES GERAIS

10.1.1 - As tintas deverão ser aplicadas por meio de pistola, trincha, brocha, pincel ou rolo, conforme
o caso e de tal forma a obter uma película regular e de espessura e tonalidade uniformes,
consistente sobre toda a superfície, livre de poros, escorrimentos, gotas ou marcas excessivas de
pincel;

10.1.2 - No momento da aplicação, a tinta deverá ser perfeitamente homogeneizada, de preferência


mecanicamente, e se for necessário, diluída com uma quantidade mínima de solvente para a
aplicação, sendo este processo repetido constantemente durante a sua aplicação;

10.1.3 – Deverão ser observadas as seguintes condições para aplicação da pintura:

a) A pintura não deverá ser efetuada em dias chuvosos ou com nevoeiro;


b) A tinta não deverá ser aplicada em tempo chuvoso ou nebuloso, ou ainda quando a umidade
relativa estiver acima de 85 %, salvo se a tinta for formulada para tal;
c) As pinturas exteriores deverão ser evitadas sempre que a velocidade do vento provoque o
acúmulo de sujeira e pó na pintura, normalmente acima de 25 km/h;
d) Nenhuma pintura deverá ser efetuada quando o tempo se apresentar com temperatura inferior a
15 ºC, a menos que seja autorizada pelo Cliente, ou se a superfície estiver com mais de 50ºC.

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10.1.4 – Para a correta especificação da cor da tinta utilizar a tabela seguinte:

Tabela 2 – Código de cores mais utilizadas na indústria (Padrão Munsell)

COR PADRÃO MUNSELL COR PADRÃO MUNSELL


Alaranjado Segurança 2,5 YR 6/14 Cinza Médio 5 B 5/1
Alumínio Natural - Creme areia 2,5 Y 8/2
Amarelo 10 YR 7/12 Creme Canalizações 5 Y 8/6
Amarelo Ouro 10 YR 8/14 Gelo 10 Y 9/1
Amarelo Segurança 5 Y 8/12 Lilás 2,5 P 5/6
Azul claro 5 B 7/4 Marrom Canalizações 2,5 YR 2/4
Azul médio 7,5 PB 6/8 Preto N1
Azul escuro 2,5 PB 3/4 Verde claro 2,5 G 9/2
Azul pastel 2,5 PB 6/4 Verde Pastel 5 G 8/4
Azul Segurança 2,5 PB 4/10 Verde estrutura 10 G 6/4
Bege cáqui 2,5 Y 5/6 Verde limão 2,5 G 8/8
Bege Pêssego 7,5 YR 7/4 Verde Segurança 10 GY 6/6
Branco N 9,5 Vermelho 5 R 3,5/16
Cinza Claro N 6,5 Vermelho Segurança 5 R 4/14
Cinza Escuro N5

10.1.4.1 – Caso precise de outra cor não constante da tabela acima, recorrer a tabela completa
disponibilizada pelos fabricantes de tinta, impressas ou pela internet.

10.2 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO

10.2.1 - APLICAÇÃO A TRINCHA OU PINCEL

10.2.1.1 - Marcas de pincel deverão ser evitadas, devendo ser usados pincéis adequados, de tal
forma a se obter uma superfície uniforme e lisa, com a aplicação de pinceladas verticais, não se
devendo repassar a trincha na parte recém pintada, a fim de não prejudicar o folheamento e,
conseqüentemente, a aparência do acabamento;

10.2.1.2 - Soldas, porcas e parafusos deverão ser pintados a pincel, mesmo que a área adjacente
deva ser pintada por outro processo;

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10.2.1.3 - Os pincéis e trinchas deverão ser mantidos sempre limpos e em bom estado de
conservação, para não afetar a qualidade da pintura;

10.2.2 - APLICAÇÃO A PISTOLA A AR COMPRIMIDO

10.2.2.1 - Os equipamentos deverão ser adequados, com reguladores de pressão e manômetros


apropriados, sendo que o mecanismo atomizador, as pistolas e agulhas deverão ser os
recomendados pelo fabricante do equipamento para o material a ser aplicado, de forma a não ser
necessária a excessiva diluição da tinta para solventes;

10.2.2.2 - Filtros ou separadores devem ser previstos a fim de se remover óleo ou água condensada
do ar, sendo que esses filtros ou separadores devem ser de tamanhos apropriados e devem ser
drenados periodicamente, durante as operações de pintura para que a superfície fique isenta de
água condensada ou óleo;

10.2.2.3 - A tinta deverá ser mantida adequadamente misturada, tanto nos tanques como nos
recipientes, durante a aplicação da pintura, ou por agitação mecânica contínua ou intermitente, com a
necessária freqüência;

10.2.2.4 - Os equipamentos de pintura deverão ser suficientemente limpos após o uso, de maneira
que poeira, tinta seca, e outros materiais estranhos não venham a impregnar posteriormente a tinta;

10.2.2.5 – Quando aplicada com pistola, deverá ser pulverizado sobre a superfície, devendo o
mesmo ficar a uma distância entre 50 e 300 mm, tomando-se o cuidado para que não haja
escorrimento da tinta na sua pulverização.
10.2.3 – APLICAÇÃO A PISTOLA “AIR LESS” (SEM AR)

10.2.3.1 - Ao contrário da pistola convencional que utiliza o ar para atomização da tinta, a pintura
sem ar utiliza uma bomba, acionada pneumaticamente, para pressurizar a tinta, e a energia com que
a mesma chega ao bico da pistola provoca a sua pulverização. As principais vantagens da
pulverização por airless spray são as aplicações de tintas de alta espessura sem diluição, para
trabalhos de grande escala com chaparias ou peças planas, garantindo menor perda de material e
redução do over spray, além de uma aplicação rápida e conseqüentes vantagens econômicas;

10.2.3.2 - O leque de pulverização é produzido por uma fenda na ponta dos bicos e a escolha do bico
dependerá da pressão de fluido necessária para produzir a correta vazão de saída do fluido;

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10.2.3.3 - A escolha do tamanho do leque de aplicação está relacionada com o tamanho do orifício e
escolha do bico, dependendo do tipo de acabamento desejado e facilidade de aplicação.

10.2.4 - APLICAÇÃO A ROLO

10.2.4.1 - A pintura a rolo deverá ser aplicada somente em superfície plana de grande extensão,
conforme especificado, com a segunda demão de tinta aplicada em sentido perpendicular à primeira;

10.2.4.2 - A pintura deverá ser iniciada na parte superior da superfície, procurando-se cobrir o maior
comprimento possível, unindo as faixas paralelas ligeiramente entre si, para evitar descontinuidade;

10.2.4.3 - Os rolos e as bandejas de tinta deverão ser apropriados para o fim a que se destinam e
deverão ser mantidos em bom estado de conservação, com os rolos e as bandejas sendo limpos por
meios apropriados após o uso.

10.3 – PREPARAÇÃO DA TINTA

10.3.1 – Antes e durante a aplicação, as tintas devem ser homogeneizadas, por agitação, para evitar
que o pigmento fique depositado no fundo do recipiente;

10.3.2 – Nenhuma tinta deverá ser submetida à adição de outros produtos ou secagem forçada sob
condições que venham a causar fendilhamento, enrugamento, poros, formação de bolhas, ou outros
defeitos, que não os especificamente indicados pelos Fabricantes;

10.3.3 – Para as tintas, cujos ingredientes são fornecidos em embalagens separadas, devem ser
rigorosamente seguidas as proporções de mistura indicadas pelo fabricante da tinta e observados os
tempos de repouso antes da aplicação;

10.3.4 – As diluições, quando houver, só poderão ser feitas em locais apropriados e com a utilização
de solventes especificados pelo fabricante da tinta e ser uniformes para todas as embalagens, a fim
de que, as tintas tenham características similares.

10.4 – APLICAÇÃO DA TINTA DE FUNDO (PRIMER)

10.4.1 - Os trabalhos deverão ser programados de modo a permitir a limpeza das superfícies,
remoção de poeiras, inspeção e aplicação da primeira demão de “tinta de fundo’’ no mesmo dia ou
jornada de trabalho;

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10.4.1.1 - O tempo máximo que poderá ocorrer entre a preparação da superfície a ser pintada e a
aplicação da “tinta de fundo” ou “Primer” deverá ser estabelecido em função das condições locais,
mas nunca superior a 4 horas;

10.4.2 - A primeira demão de “tinta de fundo”, aplicada sobre a superfície metálica preprada, deverá
ser colorida a fim de haver contraste com a cor da superfície metálica, podendo as camadas
subseqüentes serem de cores que permitam a distinção das diferentes demãos;

10.4.2.1 – A segunda demão, no caso de primer epóxi, deverá ser aplicada após a secagem da
primeira, com intervalo entre 18 e 72 horas, conforme recomendação do fabricante;

10.4.2.1 - As camadas inferiores de tintas que possuam superfícies lisas, a ponto de diminuir a
aderência da camada subseqüente, deverão ser submetidas a leve lixamento superficial e posterior
limpeza com escova para remoção do pó, antes de aplicar a demão subseqüente;

10.4.2.2 – No caso de superfícies galvanizadas a pintura de fundo deverá ser feita com tinta especial
chamada comercialmente de Galvite ou Super Galvite, que é recomendado para promover aderência
nas pinturas em construção civil e industrial , sobre galvanizados (eletrodutos,, canaletas, calhas,
chapas lisas e onduladas, painéis de propaganda, carrocerias etc.);

10.4.3 – A tinta de fundo deverá ser impelida para dentro de todas as fendas e cantos em que isto for
possível e, nas juntas em que houver separações, estas devem ser preenchidas com massa de
vedação de secagem rápida da mesma natureza da "tinta de fundo", antes da aplicação da pintura de
acabamento;

10.4.4 - Áreas críticas como cantos, arestas, fendas, rebites e cordões de solda deverão ser pintadas
previamente a pincel (Strip Coating) com a "tinta de fundo", até a uma margem de cerca de
3 (três) centímetros em torno de cada uma destas áreas;

10.4.5 - Após secagem da tinta aplicada nos pontos citados acima deverá ser dada a demão de "tinta
de fundo" cobrindo toda a superfície, incluindo os pontos críticos, mais uma vez.

10.5 – PINTURA DE ACABAMENTO

10.5.1 – A Pintura de Acabamento consiste no revestimento final da superfície, protegendo-a da ação


das intempéries, evitando sua degradação ou mesmo alteração e deve promover um acabamento
estético agradável;

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10.5.2 – A tinta utilizada deverá ter perfeita aderência ao Primer, que deverá apresentar sua
superfície preparada, retocada, limpa, seca e livre de graxa;

10.5.3 – A tinta de acabamento deverá ser aplicada em um período entre 10 e 24 horas após a
aplicação do Primer, salvo recomendação do fabricante. Caso o tempo determinado seja
ultrapassado, a superfície deverá ser lixada para receber a pintura definitiva;

10.5.4 – A pintura de acabamento deverá ser executada em duas demãos, com pincel ou pistola,
sendo que a segunda demão deverá ser aplicada após a secagem da primeira, com intervalo de
tempo mínimo de 10 horas, para esmaltes sintéticos, e de 24 horas para tintas à base de borracha
clorada, salvo recomendação do fabricante;

10.5.4.1 – No caso da aplicação de tinta epóxi em estrutura ou peça de aço carbono, a segunda
demão deverá ser aplicada após a secagem da primeira, com intervalo de tempo de 16 a 72 horas,s
alvo recomendação do fabricante;

10.5.4.2 – O período máximo entre demãos, para tinta á base de borracha clorada, será de 15 dias;

10.5.5 - A tinta aplicada, enquanto não estiver seca, deverá ser protegida de danos causados pela
poeira ou qualquer matéria estranha, por todos os meios práticos;

10.5.6 - As peças pintadas não deverão ser manuseadas antes da secagem da tinta, a não ser o
indispensável para a operação da pintura ou posicionamento para a secagem.

10.5.7 - Deverá ser tomado todo o cuidado para se evitar a contaminação da superfície em processo
de pintura como, por exemplo, por sal, cimento ou outras matérias estranhas;

10.5.8 - Todas as demãos de tinta deverão ser completamente livres de defeitos tais como poros,
vazios, bolhas, escorrimentos, devendo se apresentar em películas contínuas e de espessuras
uniformes;

10.5.9 – Para pintura de tubulações deverão ser observadas as cores fundamentais estabelecidas na
Norma NBR 6493, devendo ser utilizadas conforme tabela abaixo:

Tabela 3 – Cores fundamentais de identificação de tubulações

NOTAÇÃO
CONTEÚDO DAS TUBULAÇÕES COR
MUNSELL
Água Alaranjado segurança 2,5 YR 6/14

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Álcalis Verde canalização 2,5 G 3/4


Ar comprimido Azul segurança 2,5 PB 4/10
Combustível de alta viscosidade Preto N1
Combustível de média viscosidade Creme canalizações 5 Y 8/6
Eletrodutos Cinza escuro N 3,5
Gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis
Alumínio -
de baixa viscosidade
Gases não liquefeitos Amarelo segurança 5 Y 8/12
Sistemas de lubrificação e de óleo hidráulico Marrom canalizações 2,5 YR 2/4
Sistema de combate a incêndio Vermelho segurança 5 R 4/14
Vácuo Cinza claro N 6,5
Vapor Branco N 9,5

10.6 - RETOQUE DE PINTURA

10.6.1 – Peças metálicas que tenham tido sua pintura danificada durante transporte ou manuseio
devem ser tratadas e recuperadas ou retocadas com o mesmo tipo de tinta usada na pintura original;

10.6.2 – A preparação da superfície para execução da pintura de retoque deve ser adequada ao tipo
de tinta a ser aplicada.

10.7 – PINTURA DE MANUTENÇÃO

10.7.1 – A pintura de manutenção deve ser feita em superfícies metálicas de equipamentos,


estruturas, tubulações e outras superfícies montadas cuja pintura existente esteja apresentando
pontos de corrosão ou outros defeitos;

10.7.2 – A pintura parcial deve ser feita seguindo-se o mesmo esquema de pintura anteriormente
aplicado;

10.7.2.1 – quando por limitação de preparação de superfície ou outro motivo qualquer, não for
possível manter-se o esquema existente, deve-se adotar um esquema de pintura compatível com o
existente;

10.7.3 – Quando a limpeza tiver de cobrir áreas dispersas na superfície, deve ser feita de modo a
reduzir-se ao mínimo qualquer dano à pintura que se encontre em boas condições;

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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Título: PINTURA INDUSTRIAL
Número: Revisão: Data Emissão: Página:
IT – MM010 0 28/04/2009 14
10.7.4 – Os pontos oxidados devem ser rigorosamente limpos e as bordas da tinta velha devem ser
raspadas até alcançar material em boas condições.

11 – PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA

11.1 – No caso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) específicos, buscar maiores


informações na Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) do produto;

11.2 - O manuseio, a diluição e o uso de tintas durante a pintura e secagem, deverão realizar-se
longe de chamas, faíscas ou calor excessivo e em locais ventilados por tratar-se de produtos
inflamáveis, sendo proibido fumar na área de trabalho;

11.3 - Certifique-se de que as instalações elétricas estejam perfeitas e que não provoquem faíscas;

11.4 - Ocorrendo sintomas de intoxicação pela inalação de vapores de solvente, remover


imediatamente a pessoa do local de trabalho para locais ventilados;

11.4.1 - Em caso de desmaio, chamar imediatamente um médico;


11.5 – No caso de algum produto ser ingerido, não induza a pessoa ao vômito e, no caso de contato
com os olhos, lave-os abundantemente com água, buscando o atendimento médico imediatamente;

11.5.1 - Não usar diluente para limpeza da pele, mãos e outras partes do corpo. Para limpar as mãos
usar álcool, em seguida, lavar com água e pastas de limpeza apropriada. Usar creme protetor
reconstituinte da pele;

11.6 - Em caso de incêndio, usar extintores de CO2 ou pó químico não sendo recomendado o uso de
água para extinguir o fogo produzido pela queima das tintas.

12 – CONTROLE DA QUALIDADE DA PINTURA

12.1 – No mínimo os seguintes aspectos estéticos deverão ser observados:

a) Escorrimento - A espessura do escorrimento não sendo superior em 20% a espessura da


película adjacente, será aceitável;
b) Impregnação por Substâncias Estranhas - Não deverá haver impregnação por substâncias
estranhas;
c) Sobre – Aplicação (Overspray) - Não serão aceitos defeitos de sobre-aplicação;

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d) Outros Defeitos - Irregularidades de aplicação, tais como, fraturas, empolamentos, impurezas,
casca de laranja e outras não serão aceitas, principalmente se esses defeitos forem propícios a
formação de corrosão.

13 – REGISTROS

CÓDIGO DESCRIÇÃO
RIT-GE003.01 Relatório de Não Conformidade

14 – HISTÓRICO DE MUDANÇAS

28/04/2009 – Revisão 00: Emissão Inicial

Pintura Industrial

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