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e Patrim ônio
ANEXOS .........................................................................................................................................................40
O gestor de patrimônio como todo o bom profissional, deve estar sempre bem
atualizado no que se refere ao desempenho do seu trabalho, seja no que diz respeito às
suas próprias atividades, como também sobre as tendências futuras, a fim de que possa
adequar a sua rotina bem como a de todos aqueles que interagem nesse sentido,
evitando um direcionamento que venha causar prejuízos à organização que representa
ou a terceiros.
A Administração pública tem suas características próprias, diante disso, vamos citar
algumas dessas que possam servir de apoio para o desenvolver do tema.
ENTIDADES COMPONENTES
Conceitos :
Sistemas de Gestão
Sistema que tem por objetivo evidenciar, registrar e controlar a situação orçamentária,
financeira e patrimonial da União, apontar os atos e fatos relacionados com a
Administração financeira, orçamentária e patrimonial, através do Sistema de
Contabilidade Federal (Constituição Federal de 1988, no Titulo IV, Capítulo I, Seção
IX, art. 70 ao 75; capítulo II seção I, art.163 e 164; seção II art. 165 ao 169; e, Lei nº
8.112 de 11/12/90) com vistas à elaboração de demonstrações contábeis.
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Todos os anos o poder público em suas diversas esferas, seja federal, estadual ou
municipal, destina significativa parcela de recursos à aquisição de materiais que serão
utilizados com as mais diferentes finalidades, visando o atendimento da população.
Como material pode-se definir todo o conjunto de bens tangíveis, isto é, móveis
e imóveis que compõem o patrimônio de uma organização.
Bens imóveis é todo o conjunto de edificações e espaços, terrenos etc. que não
podem ser deslocados de seu local de instalação. Por sua vez, os bens móveis têm essa
característica de mobilidade potencial. Estas definições são importantes para o controle
físico desses bens e sua respectiva avaliação.
Para fins de elaboração e controle dos orçamentos e das contas públicas duas
definições são fundamentais. Material de consumo e material permanente.
Por material de consumo, pode-se definir aquele que, em razão de seu uso
corrente e de definição da Lei n°. 4.320/64, perde sua identidade física e/ou tem sua
utilização limitada em dois anos. São definidos como despesas de custeio, da categoria
econômica despesas correntes.
Por sua vez, material permanente pode ser entendido como aquele que,
igualmente em razão de seu uso corrente e de definição legal, não perde a sua
identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem e/ou tem uma durabilidade
superior a dois anos. São definidos como despesas de investimento, da categoria
econômica despesas de capital.
1 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 36ª. reimpressão.
Tal alerta serve para indicar que, antes da natureza e do material, propriamente
dito, com que foi fabricado um dado bem, a sua função para a sociedade é que deve
servir de indicador para a sua classificação e esta para as atividades de planejamento e
controle associadas a este patrimônio material.
Afinal, sem a sua presença certamente haveria a falta de materiais, o que poderia
significar a interrupção de atividades nas organizações públicas e, também, a má
aplicação de recursos na busca de seu suprimento.
Tal instrumento para a estruturação dessa diferenciação pode ser obtido através
do cadastramento de materiais.
E se dirige para o interior do almoxarifado. Em seguida, volta para o balcão sem nada
nas mãos.
A – Severino, não posso atender você. Existem muitos tipos de papel no almoxarifado e
também existe uma ordem expressa de que não serão aceitas devoluções. Ajude-me a
não errar no que pede!
S – Por que não disse logo. Preciso de papel tipo “off-set” para impressão.
Agenor se dirige novamente para o interior do almoxarifado. Outra vez, volta para o
balcão sem nada nas mãos.
A – Severino, ainda não posso atender você. Existem muitos tipos de papel no
almoxarifado. Ajude-me a não errar no que pede!
S – Isso, você também me ajudou a pedir melhor Quero folhas no formato ofício!
E Agenor se dirige mais uma vez para o interior do almoxarifado. Em seguida, retorna
ao balcão sem nada nas mãos.
S – Preciso de papel “off-set”, em folhas, no formato ofício e brancas. Ah, antes que me
esqueça, duas resmas, 75 de gramatura, por favor!
Disse Severino em tom irritado, querendo a todo custo ter o seu pedido atendido.
E lá vai Agenor para o interior do almoxarifado e... retorna com as duas resmas de
papel “off-set”, formato ofício, em folhas branquinhas e de 75g/m2.
A – Enquanto eu tivesse qualquer dúvida sobre o que realmente você precisava, eu não
poderia atendê-lo. E isso serve para qualquer um de vocês aí na fila!...
Foi logo aproveitando a oportunidade para dar a lição a todos os que se encontravam
esperando a vez. E concluiu...
A – E é bom dizer para todos que pretendem vir aqui buscar material, que só atendo a
pedidos quando não houver qualquer chance de errar no que se pede. Para não haver
erros vocês têm que fazer o pedido através da correta especificação do material!
Entenderam?!?
mas quando ele disse que queria no formato ofício, ele informou as
dimensões do material desejado.
assim, quando ele disse que queria folhas brancas e de gramatura 75 (ou
75g/m2), apresentou outras especificações que ainda se faziam necessárias
para a perfeita caracterização de seu pedido e de sua necessidade. Desta
forma, Agenor, pôde finalmente atendê-lo.
1. Denominação principal
2. Referência básica
3. Forma de apresentação
4. Dimensões
5. Outras formas de especificação.
Claro que não! Se o cadastramento dos materiais for bem feito, poderá utilizar
códigos que representarão o conjunto de características de cada material. Para não
ocorrer à possibilidade de erros, entende-se que cada material somente poderá ser
demonstrado por um código que, por sua vez, representará um único material. Uma
relação de um para um!
Esta divisão dará origem ao sistema de codificação, que servirá como um meio
rápido e eficiente de recuperar o conjunto de especificações que caracteriza cada
material. Nesta assertiva, quando qualquer característica for relevante na diferenciação
de dois materiais, implica dizer que estes são distintos no tratamento a ser dispensado e
que, portanto, devem ter códigos diferentes.
871.11.283 – 871 estará presente em todo o conjunto de matrículas do ano de 1987, para
alunos que foram aprovados para o 1 semestre letivo; 11 – por exemplo, significa
engenharias, estará em todos os códigos de alunos aprovados para as engenharias; 283,
por sua vez, identificará um aluno em questão, apesar de todos os outros alunos
aprovados, para aquele semestre, terem matrícula iniciando com 871 e mesmo os alunos
das engenharias desse ano que tenham matrícula 871.11.XXX.
1ª . 2ª . 3ª - 4ª .
1.3. A terceira chave serve para diferenciar os vários produtos produzidos por
um mesmo produto A lógica do sistema é a mesma do exemplo do sistema decimal
anteriormente descrito (matrículas dos alunos).
Para produtos que têm pequenas dimensões é utilizada uma versão reduzida
chamada de EAN-8 e que tem apenas oito dígitos. O sistema EAN é utilizado em todo
mundo. Nos Estados Unidos (EUA) e Canadá, e também nos países que mantêm
estreitas relações comerciais com estes. É comum um outro sistema de codificação por
barras, chamado de UPC, que guarda os mesmos princípios, e tem formatos diferentes
para grandes e pequenas embalagens. Por força da integração dos mercados mundiais
estes sistemas – EAN e UPC – estão passando por um processo de integração que
resultará, em breve, no sistema UCC-EAN já em testes.
Há várias formas de aquisição de bens pelo Poder Público. Elas são regidas pelo:
Direito Privado – compra e venda, recebimento de bens de doação, permuta,
herança, usucapião, invenção (achado de coisa perdida) etc.
Direito Público – desapropriação, aquisição por força de lei ou processo judicial
(Execução), investidura, etc.
Nesta ótica, pode-se resumir o parágrafo anterior em uma única frase: “As
compras representam a porta de saída da maior parte dos recursos de uma organização
ou a sua plena capacidade de operação”. Com a escassez de recursos públicos, uma boa
compra é condição fundamental para a manutenção dos níveis de atendimento que o
Estado pode oferecer aos cidadãos.
Uma boa compra, então, é aquela que atende, ao mesmo tempo, as exigências
técnicas do solicitante e de quem vai recebê-la (que devem estar expressas como
especificações), os requisitos legais de sua aquisição (licitação, por exemplo) e de sua
entrega (locais, prazos e datas). Para que isso possa ser alcançado necessário se faz, que
as pessoas, que exercem atividades associadas a tais funções trabalhem de forma
integrada, diferentemente, do que ainda acontece hoje em muitas organizações públicas,
conforme fora falado no início deste tema.
Então:
Compra ruim
Quando uma compra é ruim resulta:
• Aumento dos custos
• Descontrole do fluxo de caixa
• Constantes empréstimos, doações, perdas etc.
• Há excessos e/ou faltas.
Quanto pedir – qual o volume do lote econômico (as quantidades de materiais que
compõem o pedido)?
Quando pedir – Em que momento ou nível de estoque o pedido deve ser colocado?
Como controlar o sistema – Que procedimentos e rotinas devem ser implantados para
ajudar a tomar essas decisões?
Quanto pedir?
Para saber quanto pedir os responsáveis devem avaliar os custos que estão envolvidos
com o pedido e manutenção do estoque, são eles:
Quando pedir?
1.10. FORNECEDORES
Não existe verdade maior do que dizer que: “O problema do seu fornecedor
hoje, poderá tornar-se seu no amanhã!”. Falhas técnicas ou mesmo administrativas de
seu fornecedor podem comprometer o funcionamento de sua organização. Assim, em
alguns casos, melhor que os abandonar ou trocá-los, será desenvolvê-los!
Quando o contrato envolve, como uma das partes, o poder público, este recebe o
nome de contrato administrativo e se caracteriza pela predominância deste em relação
às demais partes, face à finalidade do atendimento de interesses públicos.
Para a sua efetiva validade, os contratos devem ter seus termos previamente
publicados, para amplo conhecimento dos interessados, e, após o seu estabelecimento,
os prazos previstos na legislação, de acordo com o tipo de processo em execução.
Além disso, deve ser observada a regularidade desse material, no que se refere
aos aspectos fiscais, (documentação emitida pelo fornecedor, nota fiscal ou similar) e à
compatibilidade do que é entregue com a documentação que originou o pedido
(licitação, empenho, autorização de despesa etc.).
A elaboração de uma relação geral sobre os itens a ser verificada evitaria essa
variação avaliativa, bem como o esquecimento de algum ponto a ser avaliado, tem-se
mostrado um instrumento adequado. Adicionalmente, justificam-se a elaboração de
listas de verificação e a sua adoção formal pelos órgãos públicos, vez que permite que o
conhecimento sobre os materiais possa estar disponível para todos na organização,
diminuindo a dependência do conhecimento centrado nas pessoas.
Assim, quando o titular de uma função sair de férias ou, por algum motivo, não
puder exercer suas atribuições, outra pessoa poderá assumi-las, sem maiores perdas de
desempenho.
A justificativa mais comum para tal atitude é que, por vezes, a quantidade de
material a receber é bastante grande, não havendo como verificar a totalidade do
material entregue.
Assim, o gestor de patrimônio poderá ter algum tempo a mais para a verificação
das condições em que um dado material lhe é entregue.
Vale afirmar que, quando aplicável, pois nem todos os materiais podem passar
por recepção provisória, é sempre favorável ao patrimônio a recepção, após a qual, será
considerado como recebido, em definitivo, o material entregue.
1.13. DA ARMAZENAGEM
O gestor de materiais poderá ser responsabilizado pelos danos que possam vir a
ocorrer por falta de adequada conservação dos materiais. Poderá responder pela perda
dos materiais em si e pelos danos decorrentes de seu uso em condições deterioradas, o
que pode ensejar complicações de maior gravidade.
Atividades de Armazenagem
• Recebimento do material
• Descarregamento, inspeção e separação
• Movimentação
• Segurança
• Picking
• Consolidação/quebra/mistura de cargas
• Paletização
• Expedição
• Resolução de problemas de documentação
• Carregamento
• Em alguns casos:
– Embalagem
– Montagem de kits
– Controle de temperatura e umidade.
Estoque, por sua vez, é toda e qualquer presença de materiais na empresa. Deve-
se, inclusive, considerar como estoque os materiais em trânsito, sejam aqueles, que
estão em processo de recebimento, bem como, os que foram distribuídos para os vários
setores da empresa e, ainda, não foram consumidos.
Esse controle é fundamental para que não ocorram excessos ou falta de materiais
de qualquer natureza. A otimização da relação, entre a disponibilidade dos materiais e o
custo desta, também é obtida por esse controle. A compra ou renovação de estoques,
igualmente, deve ser orientada por seu controle.
Representação Gráfica:
Quantidade
em estoque
Tempo
t1 t2 t3 (F)
Representação Gráfica:
Quantidade
em estoque
(f)
(c)
(b)
(a)
(d) (e)
São elas:
Bens Móveis
Isto, porque, como dito acima, o patrimônio público é bens e direitos, de valor
econômico, que pertencem à União, a um Estado, a um Município, a uma autarquia ou
empresa pública. Para tanto, devem ser registrados na Contabilidade a título de controle
e fiscalização.
ATIVO PASSIVO
Bens
( - ) Obrigações
- Móveis
- Dívidas
- Imóveis
- Débitos
- Bens de Natureza Industrial
Todo aquele que, por ação ou omissão, gera lesão ao patrimônio público, ou
ainda, de forma ilícita, se apropria do mesmo, está sujeito a responder pelo crime de
Improbidade administrativa, previsto na Lei n.º 8.429/92.
1.18. DO DESFAZIMENTO
Os bens dominicais, entretanto, uma vez que não são afetados a uma finalidade
pública específica, podem ser alienados a qualquer tempo, através dos institutos de
direito privado (compra e venda, doação, permuta) ou de direito público (investidura,
retrocessão, etc.).
1.2. pela cessão a outra unidade, para que esta possa fazer uso do bem, mas
com a manutenção da posse pelo órgão original;
1.3. pela alienação, que consiste na transferência do poder sobre o bem, para
novos proprietários externos ou não ao Poder Público.
1.4. a venda (que pode ser realizada por concorrência, leilão ou convite);
1.5. a permuta;
1.6. a doação;
Por outro lado, também, em razão da natureza dos materiais, existe a previsão
legal do abandono, que caracteriza a simples renúncia ao direito de propriedade.
Convém lembrar que, somente após a conclusão dos devidos processos, é que se
poderá verificar o respectivo ajuste patrimonial com a anotação das baixas e a
atualização dos valores devidos.
Suas ações têm, por princípio, ser orientadas quanto à redução da geração de
resíduos, a fim do reaproveitamento e da reciclagem dos materiais.
Àqueles que, pela primeira vez tomaram contato com o assunto, espera-se que o
texto tenha sido convidativo e consiga despertar interesse em continuar, cada vez mais,
estudando e aprofundando-se nesta temática.
A todos os que tomarem contato com este instrumento, espera-se que ele seja
capaz de revelar a importância do gestor de patrimônio para o Estado, reconhecendo os
seus esforços.
Este é um trabalho sem maiores pretensões. Por isso mesmo deve ser sempre
considerado factível de análises e adequações, inclusive, porque a sua própria
concepção já prevê a realização e a edição de revisões periódicas.
Pelo papel que cabe aos gestores de patrimônio, espera-se, também, enfatizar
que em “coisa pública” não há mais espaço para meros servidores ou não-profissionais
públicos. O servidor público tem uma função específica na sociedade na qual está
inserido. É servidor porque deve servir à sociedade com o seu profissionalismo,
conquistado através de sua habilitação. Esta é a melhor forma de serví-la e, por isto,
deve se orgulhar!
CRUZ, Flávio da Cruz e Outros. Comentários à Lei 4.320. São Paulo: Atlas, 1999.
PIRES, João Batista Fontes de Souza. Contabilidade Pública – teoria e prática. 6ª. ed.
Franco e Fortes, 2001.
MENDES, Renato Geraldo. Lei de Licitações e Contratos Anotada. 3ª. ed. Znt, 1998.
Centralização:
Oportunidade de negociar maiores quantidades de materiais;
Homogeneidade da qualidade dos materiais adquiridos;
Controle de materiais e estoques.
Descentralização:
Distância geográfica;
Tempo necessário para a aquisição de materiais;
Facilidade de diálogo.
21. Como deve ser o julgamento de uma proposta num processo de Licitação?
E se houver empate qual o critério usado para o desempate?
O julgamento, conforme dispõe o art. 45 da lei 8.666/93, será objetivo, devendo a
Comissão de Licitação ou o responsável pelo Convite realizá-lo de acordo com o tipo de
licitação e os critérios estabelecidos no ato da convocação; quanto à ocorrência do
empate, deverá ser obedecido o disposto no § 2º., do art. 3º, que estabelece igualdade de
condições entre os participantes, tendo assegurada para critério de desempate a
preferência aos bens e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras de
capital nacional; produzidos no país; produzidos ou prestados por empresas brasileiras,
persistindo o desempate a classificação será feita obrigatoriamente por sorteio, em ato
público, para qual todos os licitantes deverão ser convocados, sendo vedado qualquer
outro processo de desempate.
23. Quais medidas a serem tomadas quando uma determinada quantidade dos
produtos adquiridos apresentarem defeitos?
Existem duas possibilidades para a detecção desses defeitos. A primeira quando o
material é entregue. Ou seja, uma parte está adequada para consumo imediato e a outra
não (a que apresentou defeitos). Para a devida solução desse problema recomenda-se
adotar a recepção provisória para a conferência da qualidade e da quantidade dos
produtos entregues. Tal condição deve estar previamente estabelecida no edital de
fornecimento. A outra oportunidade é quando se percebe o defeito algum tempo após a
entrega e já tendo sido consumida parte do material recebido. Nesta última, a
comprovação de uma possível má intenção do fornecedor pode ficar prejudicada devido
à, entre outros fatos, armazenagem indevida, mistura entre lotes oriundos de diferentes
fornecedores etc. Sempre que possível, deve-se verificar amostras do produto entregue
na presença do fornecedor e fazer constar cláusulas sobre penalidades para o
fornecimento de materiais defeituosos, inclusive com a restrição de fornecimento ou da
participação de certames licitatórios.
26. Numa licitação, quando houver um fornecedor com “Melhor Preço” (com
qualidade inferior) e outro com “Melhor Técnica” (com preço superior);
qual procedimento adotar para justificar a decisão que indicará o vencedor
do certame? Que argumentos poderão ser usados?
Somente ocorrerão dúvidas dessa natureza quando no edital não forem previamente
definidos todos os critérios para a seleção do fornecimento, o que poderá causar
transtornos de diversas naturezas. Se as regras não forem estabelecidas com
antecedência qualquer decisão tomada pela comissão de licitação poderá ser
questionada, independente da argumentação utilizada como justificativa. Ao ser
publicado um edital e verificada qualquer pendência a melhor providencia é a sua
republicação para a inclusão do aspecto em falta ou para a devida correção.
28. Como proceder no caso de bens em regime de cessão de uso em que foram
leiloados pelo cessionário?
O cessionário não é o proprietário do bem, logo não poderia se desfazer deste. O que
implica o descumprimento das cláusulas do contrato, ficando ele, sujeito a execução das
sanções previstas a ao ressarcimento do bem de origem.
31. O inventário deve ter data programada para o início e fim de suas
atividades?
Sim, deve ser em datas programadas, visando a contribuir para o seu melhor
planejamento e execução.
49. Quais as informações obrigatórias nas notas fiscais, que deverão ser
observadas pelo gestor quando do recebimento de materiais?
Data de emissão;
Descrição do material;
Quantidades;
Unidades de medida (dúzia, quilo, etc.);
Preços (unitários e total);
Bem como o destaque das alíquotas dos impostos (ICMS e IPI);
Caracterização do fornecedor (CGC, inscrições estadual e municipal, entre outras).
50. O exame qualitativo de um material deverá ser feito somente pelo gestor do
almoxarifado?
Não, deverá ser realizado por uma comissão, na qual ele deverá tomar parte.
72. Como é feita a saída de bens de consumo do almoxarifado, cuja entrada não
existe registro?
Há a obrigação do registro patrimonial de todos os bens públicos, ainda que pelo
simples relacionamento. Um bem não registrado, formalmente, não existe e, portanto,
não integra o patrimônio. Logo, não haverá a possibilidade de registros relativos a
saídas, enquanto não houver a entrada ou registro patrimonial do bem.
76. O almoxarifado pode dar saída em mercadoria, cuja nota fiscal ainda se
encontra a pagar no setor financeiro?
Como orientação geral o gestor de patrimônio deverá observar a liquidação da
aquisição, que consolida a plena propriedade do bem pelo Estado. Todavia, a emissão
de empenho implica em assumir responsabilidades sobre a aquisição, de onde, de
acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, após a entrega do material e sua entrada
no patrimônio público, se caracteriza a impossibilidade do cancelamento da operação.
Ou seja, esta despesa consta, obrigatoriamente, do orçamento anteriormente
estabelecido e da programação para a sua execução associada à disponibilidade
financeira.
81. Qual o procedimento a ser adotado pelo setor de almoxarifado para saída
de mercadorias, quando o Órgão tiver cronograma de encerramento para a
elaboração do movimento de almoxarifado?
A maioria dos problemas relacionados à gestão de estoques está relacionada com a falta
do estabelecimento prévio de condições para a sua entrega e recebimento. Ou seja,
ainda na contratação do fornecimento. Para que sejam sanados estes problemas o
contrato deve prever claramente quais as condições necessárias para que o fornecimento
seja realizado de modo a atender todas as expectativas do órgão ou unidade a(o) qual se
destina. Para evitar problemas numa unidade que tiver que apresentar mensalmente
relatórios de movimentação, devem ser adotados procedimentos como o recebimento de
entregas no máximo até o 2° dia útil anterior ao final do mês (ou outra antecedência,
conforme necessidade da unidade) e recebimento prévio para posterior processamento,
seguindo as mesmas diretrizes de quaisquer outros fornecimentos com esta condição.
84. Que destinação deve ser dada aos materiais obtidos, através de convênio,
após o término deste?
Em regra, deverão ser destinados para a respectiva entidade, salvo expresso, de outra
forma, no próprio convênio.
92. O que é vida útil física (VUF) e vida útil econômica (VUE) de máquinas e
equipamentos?
VUF e VUE são dois conceitos associados à substituição de máquinas e equipamentos.
VUF diz respeito ao período da vida útil dos materiais em que o seu desempenho é
compatível com o desempenho para o qual foi adquirido ou projetado.
VUE diz respeito ao período da vida útil do material em que o seu custo operacional ou
de funcionamento é compatível com o de similares encontrados no mercado, para um
dado desempenho tomado como referência.
93. Como estabelecer adequadamente a classificação da divisória de ambientes
para efeito de baixa?
Classificar como material de consumo devido à fragilidade do mesmo. Sugere-se a
inclusão dessa alteração na classificação orçamentária, manual técnico de orçamento,
visando uniformizar tal procedimento por todos os gestores de patrimônio do Estado.
Gestão de Almoxarifado e Patrimônio 58
94. Como efetuar a baixa de um bem encaminhado para leilão?
Proceder à baixa mediante termo de transferência para o órgão responsável pelo leilão,
que assumirá a carga do bem.
95. Como dar saída de um bem, que existe, fisicamente, mas que pela falta de
controle não se sabe a origem deste, pois, o mesmo não foi localizado na relação
geral de bens do patrimônio?
Proceder avaliação para em seguida, dar entrada no patrimônio e baixar conforme valor
avaliado.
97. Como dar a saída de livros técnicos extraviados em uma unidade, quando o
órgão não possui informações sobre a aquisição destes, em seu patrimônio?
Bens que não foram devidamente registrados como integrantes do patrimônio público
ficam mais susceptíveis a extravio, furto ou outras formas de perda. Todavia, o
responsável por este patrimônio poderá responder, administrativamente, caso comprove
a existência de omissão por sua parte, não procedendo aos devidos registros, em tempo
hábil.
98. Bens públicos foram colocados à venda através de leilão, sendo arrematados
ao final do exercício fiscal de um ano. Todavia, a documentação comprobatória da
operação, somente, chegou à unidade de patrimônio no exercício seguinte. Como
proceder a baixa?
A baixa acontecerá no exercício atual, tomando por base a documentação, mesmo que
esta seja de períodos anteriores.
103. Como proceder à saída de bens, que serão dados em permuta por
outro, de forma a realizar os ajustes no sistema de patrimônio?
Os bens somente poderão ter sua baixa realizada após a formalização da permuta,
inclusive, quando dados em pagamento por outro, fato este que deve estar corretamente
registrado, nos processos e publicações pertinentes.
104. Quais os procedimentos legais para a baixa de um bem que foi dado
em pagamento?
Após a execução da dívida, atualizar o valor do bem incorporando-o ao patrimônio e
proceder a baixa normalmente.
106. Como fazer a baixa de um bem cedido para um órgão público sem
contrato de cessão de uso?
Nenhuma movimentação de materiais deverá ser feita sem o devido registro e
autorização competente. Há a necessidade de se estabelecer um processo de
responsabilidade pela inobservância dos requisitos formais.
112.Quais são as penalidades para o gestor de patrimônio que não obedecer aos
procedimentos para levantamento de inventários mensais, a fim de atender às
prestações de contas mensais do governo?
Como qualquer servidor, estará sujeito às penalidades administrativas e até mesmo à
perda das funções.