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A PLASTICIDADE NEURAL E SUAS IMPLICAÇÕES NOS PROCESSOS DE MEMÓRIA E APREN-

artigo original \ a plasticidade neural e suas implicações nos processos de ...


DIZAGEM.
THE IMPLICATIONS OF THE NEURAL PLASTICITY IN THE PROCESS OF THE MEMORY AND
LEARNING.
ANDRÉ LUIZ MONÉZI ANDRADE1, ALFREDO LÖHR JUNIOR2
1
Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário Positivo.
2
Neuropediatra, Mestre em Medicina Interna- UFPR, Professor Adjunto do Centro de Ciências
Biológicas de da Saúde da PUC-PR e do Centro Universitário Positivo. Chefe da Unidade de
Neuropediatria do Hospital Pequeno Príncipe.

RESUMO

A neuroplasticidade é uma propriedade natural do sistema nervoso dos indivíduos carac-


terizada por alterações funcionais e/ou morfológicas nos neurônios em resposta a lesões,
hormônios, drogas ou estímulos ambientais. Existem cinco tipos de plasticidade neural: rege-
neração, plasticidade axônica, dendrítica, somática e sináptica. Esta última possui fundamental
importância na formação de redes neurais, permitindo o desenvolvimento adequado da capaci-
dade cognitiva dos indivíduos. Dessa forma, o presente artigo objetiva uma revisão de literatura
das implicações da plasticidade neural nos processos da memória e aprendizagem.
Palavras- chave: neuroplasticidade; memória; aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO
27
nos de plasticidade podem incluir modifica-
ções sinápticas do receptor, da membrana e
Durante o processo evolutivo, o desen- neuroquímicas.(3)
volvimento de interações sociais e a relação Estas últimas, também chamadas de
com eventos ambientais só foram possíveis fatores neurotróficos, possuem um papel-cha-
graças à ação sinérgica de diferentes órgãos, ve nos fenômenos de plasticidade, sendo ca-
coordenados pelo Sistema Nervoso Central racterizadas como uma classe de moléculas
(SNC). Esta ação ocorre por meio de um fe- que agem para dar apoio ao crescimento e à
nômeno chamado plasticidade, de forma que, diferenciação nos neurônios em desenvolvi-
quando ocorre com neurônios, é chamada de mento. Os fatores neurotróficos são produzi-
plasticidade neural. Esta pode ser definida dos em grandes quantidades no cérebro, tan-
como sendo a capacidade cerebral de alterar to pelos neurônios quanto pela neuróglia, e
funcionalmente e morfologicamente estrutu- podem afetar os neurônios regulando seu
ras em resposta a experiências, drogas, hor- crescimento e proporcionando um padrão
mônios e lesões.(1,2) Habilidades para apren- adequado das conexões entre as células neu-
der, recordar e esquecer também ocorrem em rais.(4) As ações por meio desses fatores po-
decorrência destas alterações, cuja função é dem ocorrer desde a vida embrionária até a
de caráter adaptativo dos organismos. Os idade adulta, com redução progressiva de
mecanismos pelos quais ocorrem os fenôme- acordo com o aumento da idade.(3) Atualmen-
1
andreandrade@unicenp.edu.br;
2
a.lohrjunior@unicenp.edu.br

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te, sabe-se que elas passam a ser sintetiza- transmissão de informações entre os neurô-
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das em maior quantidade pelo tecido nervoso nios. O padrão das espinhas dendríticas se
submetido a traumas.(5) modifica dinamicamente com a aprendizagem,
Existem 5 tipos de neuroplasticidade: re- possuindo um importante papel nas funções
generação, plasticidade axônica, dendrítica, neurais altas.(5,8) Em alguns casos este padrão
somática e sináptica. pode se modificar, resultando em disfunções
Quando o sistema nervoso sofre uma entre as conexões interneurais. Estas altera-
lesão estrutural ou funcional, este experimenta ções estão relacionadas a diversas patologi-
mudanças no intuito de restaurar estas lesões. as, dentre elas a síndrome do X Frágil, sín-
Atualmente, sabe-se que a plasticidade neu- drome de Rett, Retardo Mental, Neurofibrima-
ral, sob a forma de regeneração, ocorre prin- tose e Epilepsia. (11,12,9)
cipalmente no sistema nervoso periférico A plasticidade somática pode ser enten-
(SNP), tendo em vista que esta é facilitada dida como a capacidade de regular a prolife-
por um ambiente favorável composto por mi- ração ou a morte de células nervosas. Somen-
elina que, por sua vez, é produzida pelas cé- te o sistema nervoso central embrionário é do-
lulas de Schwann, o qual orienta o crescimento tado de tal capacidade, e ele não responde a
axonal.(6) Indivíduos que sofreram traumatis- influências do meio externo.(6) Dessa forma,
mos envolvendo secção de nervos periféricos, uma das esperanças na recuperação somáti-
por exemplo, podem obter uma recuperação ca está na utilização de células-tronco. Este
das funções de maneira parcial ou completa tipo de célula pode se diferenciar, constituin-
caso haja uma intervenção rápida. do diferentes tecidos no organismo, além de
Existe uma etapa da vida em que há um gerar cópias idênticas de si mesmas. Por cau-
período de maior neuroplasticidade, chama- sa dessas duas capacidades, as células-tron-
do período crítico, que ocorre por meio da plas- co são objetos de intensas pesquisas, pois
ticidade axônica ou ontogenética.(4) Este perí- poderiam, no futuro, funcionar como células
odo compreende a fase que vai dos 0 aos 2 substitutas em tecidos nervosos lesionados ou
28 anos de idade, sendo fundamental para um doentes, como nos casos da doença de Alzhei-
desenvolvimento normal do sistema nervoso. mer , Parkinson, Acidentes Vasculares Cere-
Dessa forma, um ambiente rico em estímulos brais , entre outros.
é fundamental para a aquisição de várias ca- A plasticidade sináptica é caracterizada
pacidades cerebrais, uma vez que eles pro- por alterações nas sinapses entre as células
porcionam a excitação necessária para a nervosas. As sinapses são conexões especi-
modificação permanente dos circuitos neu- alizadas que permitem transmitir informação
rais.(7) Segundo Lent(8), o desenvolvimento da desde um neurônio a outro.(3) Na maioria das
linguagem humana é um exemplo de plastici- sinapses, a informação que viaja na forma de
dade axônica em que a recuperação das fun- impulsos elétricos ao longo de um axônio é
ções lingüísticas decorrentes de lesões cere- convertida em um sinal químico, o qual é libe-
brais na infância são mais facilmente recupe- rado nas conexões interneurais. Na membra-
ráveis do que em adultos em decorrência da na pós-sináptica, este sinal químico é conver-
neuroplasticidade axônica. tido novamente em elétrico. Esta transforma-
A plasticidade dendrítica é caracteriza- ção da informação em elétrica-química-elétri-
da por alterações no número, no comprimen- ca pode acarretar alterações duradouras nas
to, na disposição espacial e na densidade das conexões interneuronais por meio da plastici-
espinhas dendríticas, principalmente nas fa- dade sináptica.(13) Este sistema possui um pa-
ses iniciais de desenvolvimento do indiví- pel fundamental nos processos do aprendi-
duo.(9,10) As espinhas dendríticas constituem- zado e memória, os quais serão detalhados
se de micropetídeos privilegiados que concen- adiante.
tram íons e pequenas moléculas influentes na

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1.1 O Processo da Plasticidade Neural 1.2 Classificação dos Processos de Apren-

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dizagem e Memória
Uma maneira de se entenderem os pro-
cessos de plasticidade é por meio da teoria pro- A classificação dos processos de apren-
posta por Hebb.(5) Segundo o autor, quando um dizagem guarda íntima relação com os pro-
axônio de uma célula A está próximo o suficien- cedimentos experimentais de laboratório, co-
te para excitar uma célula B, e esta excitação nhecidos como habituação, sensibilização,
se mantém de maneira persistente por meio de condicionamento clássico e condicionamento
potenciais de longa duração (LTP), acontece um operante.
processo de crescimento ou alterações meta- A habituação é uma maneira simples de
bólicas em uma ou em ambas as células, o que aprendizado em que a força de uma resposta
acaba por aumentar a eficiência das sinapses. a um determinado estímulo diminui com as
Para que o LTP ocorra, é necessário que um suas apresentações repetidas. Um indivíduo
neurônio receba estimulações elétricas mais que se muda para o centro de uma cidade
fortes que o comum como forma de aumentar o agitada, e inicialmente possui dificuldades
tamanho dos potenciais de campo na célula.(14) para dormir em decorrência do barulho, com
Esse aumento da carga elétrica na célula faz o tempo deixa de perceber a maior parte dos
com que esta envie estímulos mais fortes para ruídos através do processo de habituação.
as outras e assim sucessivamente. A sensibilização corresponde ao proces-
O glutamato é um neurotransmissor que so inverso da habituação, de forma que o es-
desempenha um papel-chave na plasticidade tímulo tem sua resposta acentuada à medida
neural.(15) Ele age sobre dois tipos de recepto- que é apresentado. Esse é um sistema adap-
res, NMDA e AMPA. Os receptores AMPA são tativo em termos evolutivos, o qual permite,
mediadores das respostas produzidas quando por exemplo, o reforço de memórias impor-
o glutamato é liberado de uma membrana pré- tantes para a sobrevivência.
sináptica, ao passo que os receptores NMDA Com a habituação, o influxo de íons Ca2+
permanecem com seus canais bloqueados. em resposta ao potencial de ação diminui, re- 29
Quando existe uma estimulação elétrica mais sultando em menos neurotransmissores libe-
forte, ela acaba por abrir os canais do receptor rados na membrana pré- sináptica, gerando
NMDA. Esta abertura permite um influxo de íons um estímulo mais fraco na membrana pós-si-
de Ca2+ no neurônio pós-sináptico, iniciando uma náptica. O inverso acontece na sensibilização,
cascata de eventos bioquímicos em que esta na qual o influxo de íons Ca2+ aumenta em
célula nervosa gera estímulos mais intensos decorrência de um potencial de ação prolon-
para outras.(16) Esta série de eventos intracelu- gado causado pela redução do efluxo de íons
lares pode durar de horas a dias e possui fun- K+ na membrana pré-sináptica. Estes even-
ções importantes nos processos da memória e tos intracelulares são responsáveis pelas al-
aprendizagem. (11,2,17) terações sinápticas nesses dois sistemas de
A definição de memória e aprendizagem aprendizagem .
é extremamente difícil, uma vez que, em geral, A história dos estudos com condiciona-
estes processos são inferidos a partir de altera- mento clássico começou com o fisiologista
ções comportamentais, ao invés de serem men- russo Ivan Pavlov. A partir de seus estudos,
surados diretamente.(18) Uma das definições atualmente sabe-se que a base do condicio-
correntes indica que a aprendizagem é a modi- namento clássico é a associação entre estí-
ficação do comportamento, como resultado da mulos. No decurso de seu estudo da fisiolo-
experiência ou aquisição de novos conhecimen- gia das secreções digestivas em cães, Pavlov
tos acerca do meio, e a memória é a retenção notou que os animais, além de salivarem di-
deste conhecimento por um tempo determina- ante de estímulos, como alimentos, também
do. (18) o faziam quando viam a pessoa que os ali-

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mentava ou quando ouviam os passos dessa formações sobre uma determinada matéria o
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mesma pessoa. Nas condições experimentais faz por meio da memória declarativa. As me-
de laboratório, a apresentação de alimento, mórias procedurais estão relacionados aos
que é o estímulo incondicionado (EI) a um procedimentos e habilidades aprendidas gra-
animal, provocou a salivação, que é a resposta dualmente ao longo da vida. Saber andar de
incondicionada (RI). O condicionamento ocor- bicicleta, dirigir, costurar, entre outras tarefas,
re quando um estímulo neutro (EN) (o som de seriam exemplos de informações relaciona-
uma campainha, por exemplo), é emparelha- das a este sistema de memória. Em geral,
do com o EI, desencadeando uma reação si- estas habilidades são adquiridas de maneira
milar à RI, que é chamada de resposta condi- automática, não-consciente, o que faz com
cionada (RC). que o indivíduo não perceba de forma clara
O condicionamento operante ocorre cada passo da aprendizagem das tarefas em
sempre que os efeitos que se seguem a um contato com ele.
comportamento aumentam ou diminuem sua Estudos realizados com pacientes que
probabilidade de voltar a ser desempenhado apresentavam déficits de memória em decor-
em uma situação similar. Se um comporta- rência de lesões cerebrais identificáveis atra-
mento é repetidamente seguido de resultados vés de modernas técnicas de neuro-imagem,
agradáveis ao indivíduo, ele tende a ser de- incluindo a tomografia por emissão de pósi-
sempenhado com maior freqüência sob con- trons (PET) e ressonância magnética funcio-
dições similares. Entretanto, se o comporta- nal (MRI), proporcionaram um entendimento
mento for geralmente seguido de conseqüên- anátomo-funcional mais preciso das memóri-
cias desagradáveis, este tende a ser repetido as procedurais e, sobretudo, das declarativas.
(19)
com menos freqüência, sob condições seme- Como conseqüência, a formação das me-
lhantes. Dessa forma, a base do condiciona- mórias declarativas seriam permeadas, prin-
mento clássico é a associação entre estímu- cipalmente, pelo córtex pré-frontal, córtex pa-
los, enquanto que no condicionamento ope- rietal e o hipocampo, ao passo que a forma-
30 rante a base é a associação entre o estímulo ção das memórias procedurais se daria atra-
e o comportamento do animal. vés de regiões, como núcleo caudado, putâ-
men, cerebelo e amígdala cerebral.
Dentro dessa perspectiva, o armazena-
2 DISCUSSÃO mento de uma informação ocorre por meio de
modificações permanentes ou, pelo menos,
Está bem estabelecido que existem dois muito duradouras da forma e função das si-
tipos diferentes de armazenamento de infor- napses das redes neurais de cada memória.
mações: a memória de curto prazo e a me- A evocação de uma memória ocorre por meio
mória de longo prazo. A primeira dura poucos da reativação de redes sinápticas para cada
minutos, justamente o tempo suficiente para uma armazenada. Este processo pode ser
que as memórias de longa duração sejam inibido por mecanismos variados, tais como
consolidadas por meio de alterações morfo- as emoções, os níveis de consciência e o es-
lógicas das sinapses ou pelo fortalecimento tado de ânimo. (6,20,21)
das já existentes. Apesar de os avanços na área das neu-
As memórias também podem ser clas- rociências oferecerem um conhecimento cada
sificadas de acordo com o seu conteúdo em vez maior acerca da plasticidade neural e dos
memórias declarativas e procedurais. A pri- princípios que regem seu funcionamento e
meira refere-se a recordações de experiênci- adaptação aos processos da memória e
as sobre fatos e eventos passados, sendo que aprendizagem, ainda há muito por se enten-
o acesso a estas informações ocorre de ma- der e compreender. Conforme se avança no
neira consciente. Um indivíduo que retém in- conhecimento dos mecanismos neuroquími-

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cos e neuroanatômicos que dirigem a plastici- 3 Oda JY, Sant’ana DMG, Carvalho J. Plasti-

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dade sináptica, futuramente podem-se dese- cidade e regeneração funcional do sistema
nhar novas estratégias de atuação em indiví- nervoso: contribuição ao estudo de revisão.
duos com diferentes graus de dificuldades no Arq ciências saúde UNIPAR 2002;6(2):171-
processo de memorização e aprendizagem. 76.

4 Cheung ME, Broman SH. Adaptative lear-


3 CONCLUSÃO ning interventions for verbal e motor defi-
cits. Neurorehabilitation neural repair 2000;
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mente pelas sinapses nervosas. Um peque- 5 Kolb B, Wishaw I. Neurociência do compor-
no estímulo pode determinar uma alteração tamento. Barueri: Manole; 2002.
persistente nos circuitos cerebrais e que po-
dem permanecer por toda vida. Assim sendo 6 Yang CH, Huang CC, Hsu KS. Behavioral
estímulos neuropsicológicos, eletrofisiológi- stress modifies hippocampal synaptic plas-
cos, farmacológicos bem como a genética mo- ticity through corticosterone-induced sustai-
lecular alteram as sinapses nervosas, deter- ned extracellular signal-regulated kinase/mi-
minando alterações constantes nos circuitos togen-activated protein kinase activation. J
cerebrais principalmente no hipocampo. Estí- neurosci 2004 Dez 8;24(49):11029-34.
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tipos de aspartato são fundamentais nos fe-
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tic, somatic and synaptic. This last one has a
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ológicas do comportamento. 2.ed. São ral nets, allowing the adequate development of
Paulo: Atheneu, 2002. the cognitive capacity of the individuals. In this
32 way, this article aims at a literature revision of
18 Baudry M. Synaptic plasticity and learning the implications of the neural plasticity in the
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robiol learn mem 1998 Jul;70(2):113-18. Key words: neuroplasticity; memory; le-
arning.

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